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Síndrome de Down Larissa Cristina Alves da Silva Introdução A síndrome de down é uma condição genética, geralmente caracterizada pela combinação de alterações físicas, bucais e comportamentais; Recebe o nome em homenagem a John Langdon Down, médico britânico que descreveu a síndrome em 1866 Incidência da síndrome de Down No mundo: 1 a cada 1000 pessoas no mundo possuem essa condição genética; No Brasil: 1 em cada 700 nascimentos ocorre a trissomia do 21; Cerca de 300 mil brasileiros possuem Síndrome de Down (SENADO,2021); Fatores que influenciam na incidência da SD Idade materna: Maior incidência em mães com idade entre 35 e 45 anos (TEODORO; RIBEIRO; SANTOS, 2010); Idade entre 18 e 35 anos de vida considerado ideal para reprodução (MOORE, 2018); Após isso há mais chances de alterações cromossômicas, como a SD (MOORE, 2018); Etiologia da síndrome de Down Tem origem na fase de formação dos gametas (óvulo ou espermatozóide), ou logo após a fecundação, por separação inadequada dos cromossomos 21, respectivamente na meiose ou na mitose. Ocorre quando há um cromossomo a mais no par 21 Pode afetar pessoas de todas as raças e classes sociais. As diferentes formas de alterações cromossômicas da Down Trissomia simples; Translocação; Mosaicismo. Trissomia simples (95% dos casos) SEM SÍNDROME DE DOWN COM SÍNDROME DE DOWN Translocação (3,5% dos casos) Quando o cromossomo extra do 21 está unido a outro cromossomo geralmente o 14 ou 22 Mosaicismo (1,5% dos casos) Quando a trissomia está presente somente em algumas células Diagnóstico da Síndrome de Down PRÉ-NATAL: auxilia no rastreio de doenças Ultrassom morfológico; Amniocentese; Biópsia do Vilo Corial; PÓS-NATAL: Exames de sangue; Cariótipo; Amniocentese Biópsia do Vilo Corial; Ultrassom morfológico - Translucência nucal Diagnóstico da Síndrome de Down PRÉ-NATAL: Ultrassom morfológico; Amniocentese; Biópsia do Vilo Corial; PÓS-NATAL: Exames de sangue; Cariótipo; Cariótipo Trissomia livre Cariótipo Translocação Cariótipo Mosaicismo Pontos importantes A síndrome de Down não é doença, é uma condição genética; Não existe uma cura para o síndrome de Down; O termo correto é pessoa com síndrome de Down, e não portadores da síndrome de Down; Pessoas com síndrome de Down não são eternas crianças; Cabelos lisos e finos; Fendas palpebrais oblíquas; Hipoplasia do osso nasal; Base nasal achatada; Malformação dos pavimentos auriculares; Orelhas pequenas com implantação baixa; Hipotonia muscular; Dobras nucais (Articulação atlanto axial); Dismorfia craniofacial; Braquicefalia; Membros curtos com prega palmar transversal/única; Distância aumentada entre o 1º e 2º dedo do pé Características fenotípicas comuns da pessoa com SD Características gerais Déficit cognitivo/intelectual; traço presente em todas as pessoas com a síndrome. representa aproximadamente 25% de todos os casos de atraso intelectual; Condições associadas a SD Alterações visuais; Alterações auditivas; Alterações cardíacas; Cardiopatias (prolapso da válvula mitral) ; Problemas respiratórios; Alterações na tireoide; Hipotireoidismo; Deficiência imunológica; Anatomia lingual diferenciada; Língua geográfica; Língua fissurada; Macroglossia; Interposição lingual; Mudanças da tonicidade da musculatura; Respiração bucal; Palato estreito e ogival; Alterações de oclusão: Classe III de Angle; Mordida cruzada anterior e posterior; Bruxismo; Erupção tardia dos dentes; Candidíase; Queilite angular; Características bucais Doença periodontal na SD Dificuldade imunológica de combater bactérias presentes no biofilme dental; Dificuldade motora para realizar a correta escovação; Doença Cárie na SD Baixa incidência; Fatores que influenciam: Atraso na erupção; Saliva mais alcalina; Superfícies oclusais planas (bruxismo); Presença de diastemas e dentes microdonticos; Alterações dentárias Taurodontia Dentes conoides Microdontia Agenesia Giroversão Características Comportamentais Impulsividade; Dificuldade para prestar atenção; hiperatividade Acompanhamento odontológico no paciente com SD Deve ter início precoce antes da primeira dentição devido a alterações bucais presentes na SD facilita a adaptação do paciente Qual tipo de abordagem adotar? Vai depender da resposta emocional e da colaboração do paciente com SD Técnicas odontopediatricas: Comunicação verbal e não verbal; Reforço positivo; Controle de voz; Dizer, mostrar e fazer; Distração; Ludoterapia; Estabilização protetora; Sedação por óxido nitroso Anestesia geral Gerenciamento comportamental para pacientes com Síndrome de Down Cuidados que devemos nos atentar no atendimento odontológico ao paciente com SD Tempo na cadeira; Anamnese (cardiopatias e hipotireoidismo); Estabilização da cabeça e do corpo do paciente quando necessário; Ter cautela ao manipulá-los na coluna cervical (articulação atlantoaxial); Em caso de necessidade, realizar profilaxia antibiótica antes de intervenções; Considerações finais Importância do conhecimento: Facilita a adaptação do paciente; Aumenta as chances de sucesso do tratamento; Atendimento mais inclusivo e humanizado. Referências BRASIL. Ministério da Saúde. Diretrizes de atenção à pessoa com Síndrome de Down, Brasilia, n. 1, 2013. 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Slide 26: Gerenciamento comportamental para pacientes com Síndrome de Down Slide 27: Cuidados que devemos nos atentar no atendimento odontológico ao paciente com SD Slide 28: Considerações finais Slide 29: Referências Slide 30: Referências Slide 31: Referências