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Origem e Evolução da Seguridade Social 
• Marco inicial com a “Poor Law” em 1.601 na Inglaterra. Naquele contexto, a Inglaterra
atravessava o período da revolução industrial e muitas pessoas vinham para as cidades
trabalhar nas industrias sem nenhuma garantia em caso de doença ou morte, além de resultar
numa concentração demográfica excessiva em algumas cidades. Nesse sentido, em função
do aumento excessivo de pessoas desocupadas nas ruas bem como eclosão de diversas
revoltas sociais foi editado pela rainha Isabel I um ato normativo denominado “poor law”
visando assegurar o direito a um seguro destinado às pessoas em estado de vulnerabilidade.
• Em 1883, a Alemanha através do chanceler Otto Von Bismark criou o seguro de assistência
social. As leis instituídas por Bismark tornaram obrigatória às sociedades seguradoras ou
entidades de socorros mútuos por parte de todos os trabalhadores que recebessem até 2000
marcos anuais. 
• No Brasil, em 1824, a primeira constituição trouxe os socorros públicos (Art. 179, XXXI).
Essas atividades eram desenvolvidas pela iniciativa privada, por meio das santas casas de
misericórdia, a exemplo da Santa Casa da Misericórdia de Santos.
• Em 1835 o ministro da Justiça do Brasil, Barão de Sepetiba, propôs em a criação da
Mongeral (Montepio Geral da Economia dos Servidores do Estado), que pela primeira vez
oferecia planos de previdência privada, com características de facultatividade e mutualismo. 
• A constituição de 1891 foi a primeira a instituir o benefício da “aposentadoria por invalidez
permanente”, contudo, destinada apenas aos funcionários públicos. 
• Posteriormente o Decreto nº 3.274/1919 regulou as obrigações resultantes dos acidentes no
trabalho. 
• Ainda sob a égide da CF de 1891 foi editada a lei Eloy Chaves de 24 de janeiro de 1923, que
representou o marco inicial da seguridade social no Brasil porque cria a CAP – Caixa de
aposentadoria e pensão que inicialmente era restrita às empresas ferroviárias e concedia aos
empregados aposentadoria por invalidez, pensão por morte e aposentadoria ordinária.
Naquele contexto ainda não havia a participação do Estado como gestor, pois quem custeava
e administrava as CAP's eram apenas as empresas juntamente com os seus empregados. A
lei foi bem recepcionada, tanto que as demais empresas portuárias, mineração, telegráficos
etc adotaram a mesma iniciativa das empresas ferroviárias e acabaram por instituir as suas
respectivas CAP's ainda durante a década de vinte. 
• Em 1933 o governo Brasileiro de Getúlio Vargas cria o IAP – Instituto de aposentadorias e
pensões, oportunidade em que as 183 CAP's até então existentes foram unificadas pelo
Governo nas IAP's e organizadas sob a forma de autarquias representativas de trabalhadores
por categorias, passando a serem geridas pelo Governo. 
• Com o advento da CF de 1934 pela primeira vez foi cunhado o termo “previdência” e
instituído o custeio de tríplice responsabilidade (empregados, empregadores e governo) bem
como a noção de risco social (idade avançada, doença, invalidez e morte). 
• A constituição de 1946 foi a primeira a utilizar a expressão “previdência social”, em
substituição ao “seguro social” previsto na CF de 1937. 
• Em 1960 houve o surgimento da LOPS – Lei Orgânica da Previdência Social que unifica
toda a legislação securitária. Foi unificada toda a legislação das seis IAP's existentes.
• Em 1963 foi criado o Funrural – Fundo de Assistência ao Trabalhador Rural cujo objetivo
foi amparar o trabalhador rural, contudo, não teve aplicação prática, sendo implantados
apenas alguns serviços assistenciais, que eram diferenciados dos previstos para o trabalhador
urbano. Naquele mesmo foi criado o salário família e o abono anual. 
• Em 1966 foi criado o INPS que promoveu a unificação administrativa dos IAP's. 
• Em 1967 a lei 5.316 integrou o seguro de acidentes do trabalho à Previdência Social, criação
do salário família e do seguro desemprego; 
• A previdência social dos trabalhadores rurais somente foi instituída em 1971, com a criação
do Programa de Assistência ao Trabalhador Rural (PRORURAL), que utilizava recursos do
FUNRURAL, por meio da Lei Complementar nº11/1971. Não havia contribuição por parte
do trabalhador, que tinha direito a aposentadoria por velhice, invalidez, pensão e auxílio
funeral, todas no valor de meio salário mínimo. 
• Em 1977, foi criado o Sistema Nacional de Previdência e Assistência Social (SINPAS), por
meio da Lei 6.439/1977, o que possibilitou a integração das áreas de previdência social,
assistência social e assistência médica, bem como a gestão das entidades ligadas ao
Ministério da Previdência e Assistência Social (MPAS). As entidades integrantes do SINPAS
eram:
• IAPAS – Instituto de Administração Financeira da Previdência Social – autarquia responsável
pela arrecadação, fiscalização e cobrança das contribuições;
• INPS – Instituto Nacional de Previdência Social – autarquia que administrava os benefícios;
• INAMPS – Instituto Nacional de Assistência Médica da Previdência Social – autarquia 
responsável pela saúde;
• FUNABEM – Fundação Nacional do Bem-Estar do Menor – fundação responsável pela 
promoção de política social em relação ao menor;
• CEME – Central de Medicamentos – órgão ministerial responsável pela distribuição de 
medicamentos;
• LBA – Fundação Legião Brasileira de Assistência – fundação responsável pela Assistência 
Social;
• DATAPREV – Empresa de Processamento de Dados da Previdência Social - empresa pública,
gerencia os dados previdenciários.
Com exceção da DATAPREV, que hoje gerencia os sistemas informatizados do Ministério da 
Previdência Social e presta serviços de tecnologia da informação a outros órgãos e entidades 
federais, todas as entidades acima foram extintas.
Mas, foi com a promulgação da Constituição Federal de 1988 que ocorreu a grande inovação em 
matéria de seguro social, reunindo as três áreas da seguridade social: saúde, previdência social e 
assistência social. (Art. 194)
No ano de 1990, foi criado o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), por meio da Lei
8.029/1990, decorrente da fusão do INPS (benefícios) com IAPAS (custeio).

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