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Professora Especialista Sandra Lea Rangel de Mesquita MÉTODOS E TÉCNICAS DE AVALIAÇÃO EM TO REITOR Prof. Ms. Gilmar de Oliveira DIRETOR DE ENSINO PRESENCIAL Prof. Ms. Daniel de Lima DIRETORA DE ENSINO EAD Prof. Dra. Giani Andrea Linde Colauto DIRETOR FINANCEIRO EAD Prof. Eduardo Luiz Campano Santini DIRETOR ADMINISTRATIVO Guilherme Esquivel SECRETÁRIO ACADÊMICO Tiago Pereira da Silva COORDENAÇÃO DE ENSINO, PESQUISA E EXTENSÃO Prof. Dr. Hudson Sérgio de Souza COORDENAÇÃO ADJUNTA DE ENSINO Prof. Dra. Nelma Sgarbosa Roman de Araújo COORDENAÇÃO ADJUNTA DE PESQUISA Prof. Ms. Luciana Moraes COORDENAÇÃO ADJUNTA DE EXTENSÃO Prof. Ms. Jeferson de Souza Sá COORDENAÇÃO DO NÚCLEO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA Prof. Me. Jorge Luiz Garcia Van Dal COORDENAÇÃO DOS CURSOS - ÁREAS DE GESTÃO E CIÊNCIAS SOCIAIS Prof. Dra. Ariane Maria Machado de Oliveira COORDENAÇÃO DOS CURSOS - ÁREAS DE T.I E ENGENHARIAS Prof. Me. Arthur Rosinski do Nascimento COORDENAÇÃO DOS CURSOS - ÁREAS DE SAÚDE E LICENCIATURAS Prof. Dra. Katiúscia Kelli Montanari Coelho COORDENAÇÃO DO DEPTO. DE PRODUÇÃO DE MATERIAIS Luiz Fernando Freitas REVISÃO ORTOGRÁFICA E NORMATIVA Beatriz Longen Rohling Carolayne Beatriz da Silva Cavalcante Caroline da Silva Marques Eduardo Alves de Oliveira Jéssica Eugênio Azevedo Marcelino Fernando Rodrigues Santos PROJETO GRÁFICO E DIAGRAMAÇÃO Hugo Batalhoti Morangueira Bruna de Lima Ramos Vitor Amaral Poltronieri ESTÚDIO, PRODUÇÃO E EDIÇÃO André Oliveira Vaz DE VÍDEO Carlos Firmino de Oliveira Carlos Henrique Moraes dos Anjos Kauê Berto Pedro Vinícius de Lima Machado Thassiane da Silva Jacinto FICHA CATALOGRÁFICA Dados Internacionais de Catalogação na Publicação - CIP M582t Mesquita, Sandra Lea Rangel, Métodos e técnicas de avaliação em TO / Sandra Lea Rangel Mesquita. Paranavaí: EduFatecie, 2023. 84 p. : il. Color. 1. Terapia ocupacional. 2. Terapeutas ocupacionais. 3. Terapia ocupacional – Métodos. I. Centro Universitário Unifatecie. II. Núcleo de Educação a Distância. III. Título. CDD: 23 ed. 615.8515 Catalogação na publicação: Zineide Pereira dos Santos – CRB 9/1577 As imagens utilizadas neste material didático são oriundas dos bancos de imagens Shutterstock . 2023 by Editora Edufatecie. Copyright do Texto C 2023. Os autores. Copyright C Edição 2023 Editora Edufatecie. O conteúdo dos artigos e seus dados em sua forma, correção e confiabilidade são de responsabilidade exclusiva dos autores e não representam necessariamente a posição oficial da Editora Edufatecie. Permitido o download da obra e o compartilhamento desde que sejam atribuídos créditos aos autores, mas sem a possibilidade de alterá-la de nenhuma forma ou utilizá-la para fins comerciais. https://www.shutterstock.com/pt/ 3 AUTORA Professora Especialista Sandra Lea Rangel de Mesquita ● Especialista em Análise do Comportamento Aplicada (ABA) em transtorno do Espec- tro Autismo; ● Bacharel em Terapia Ocupacional pela Universidade Guilherme Guimbala(ACE)- Joinville- SC; ● Especialista em psicomotricidade e Neuropedagogia pela UNIFATECIE-Paranavaí. Ampla experiência como reabilitação neurológica, Reabilitação de mão. Há oito anos em experiência com Transtorno do espectro Autista e ABA. CURRÍCULO LATTES: http://lattes.cnpq.br/7795736736336075 4 APRESENTAÇÃO DO MATERIAL Seja muito bem-vindo (a)! Prezado (a) aluno (a), se você se interessou pelo assunto desta disciplina, isso já é o início de uma grande jornada que vamos trilhar juntos a partir de agora. Proponho, junto com você, construir nosso conhecimento sobre os conceitos da história e dos fundamentos da Terapia ocupacional. Além de conhecer seus principais conceitos e definições, vamos explorar as mais diversas curiosidades sobre a nossa profissão. Na unidade I, começaremos a nossa jornada pela anamnese e conceitos de avalia- ção e a importância destes instrumentos para Terapia Ocupacional. Já na unidade II, vamos ampliar nossos conhecimentos em conceitos de avaliação, conhecer e entender o desenvolvimento humano e motor infantil nas diferentes fases. Logo em seguida, nas unidades III e IV, vamos aprender avaliações específicas da Terapia Ocupacional e a importância da profissão de terapia ocupacional e área de atuação. Também abordaremos a diferença entre multidisciplinariedade, transdisciplinaridade e a importância da análise de atividade. Aproveito para reforçar o convite a você, para junto conosco percorrer essa jornada de conhecimento e multiplicar os saberes sobre tantos assuntos abordados em nosso material. Esperamos contribuir para seu crescimento pessoal e profissional. Muito obrigado e bom estudo! SUMÁRIO UNIDADE 1 Introdução ao Estudo de Métodos e Técnicas de Avaliação UNIDADE 2 Avaliação UNIDADE 3 Modelos de Avaliação da Terapia Ocupacional UNIDADE 4 Prática Profissional do Terapeuta Ocupacional 5 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Plano de Estudos ● Conceitos e definições; ● Anamnese; ● Conceitos e definições sobre plano tratamento, atividade, análise de atividade e Ocupação Humana; ● Terapia ocupacional e equipe multidisciplinar. Objetivos da Aprendizagem ● Definir a Terapia Ocupacional; ● Identificar a importância de colher dados da anamnese; ● Definir a anamnese como o primeiro instrumento de avaliação; ● Compreender a importância da terapia ocupacional, na ocupação e atividade humana, assim como do trabalho multidisciplinar. 1UNIDADEUNIDADEINTRODUÇÃO A INTRODUÇÃO A PROJETOS ELÉTRICOSPROJETOS ELÉTRICOS Professora Especialista Sandra Lea Rangel de Mesquita INTRODUÇÃO UNIDADE 1 INTRODUÇÃO AO ESTUDO DE MÉTODOS E TÉCNICAS DE AVALIAÇÃO 7 Iniciaremos nosso estudo a partir da introdução da definição da ciência chamada terapia ocupacional, incluindo a anamnese, seus tipos, conceito sobre avaliação, plano de tratamento, análise de atividade, definição sobre atividade e ocupação humana. Veremos que avaliação em terapia ocupacional é o processo que determina como as dificuldades e problemas de ordem física ou psicológica estão interferindo na vida do paciente e em suas áreas de competência e desempenho ocupacional. Estudaremos, na sequência, que a Terapia ocupacional utiliza uma variedade de instrumentos e métodos de avaliação para coleta de dados, e um dos mais importantes é a anamnese, que faz todo rastreio inicial com a família e o paciente; é por meio dessa primeira coleta de dados que nos norteamos para qual área de atuação seguiremos com o paciente. Diante disso, esse capítulo irá tratar de conceitos importantes para um bom trabalho do profissional de terapia ocupacional. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . UNIDADE 1 INTRODUÇÃO AO ESTUDO DE MÉTODOS E TÉCNICAS DE AVALIAÇÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1 CONCEITOS E DEFINIÇÕESTÓPICO 8 1.1 O que é Terapia ocupacional? Em 1977, a Assembleia Representativa da Associação Americana de Terapia Ocu- pacional (AOTA) aprovou uma nova definição: Terapia ocupacional é a aplicação da ocupação (única atuação) de qualquer ativi- dade que se emprega para avaliação, diagnóstico e tratamento de problemas que interfiram na atuação funcional de pessoas debilitadas por doenças físicas ou men- tais, desordens emocionais, desabilidades congênitas ou de desenvolvimento ou no processo de envelhecimento, com o objetivo de alcançar um funcionamento ótimo e de prevenir e manter a saúde (REED e SANDERSON, 1980, p. 07). Reed e Sanderson (1980) em seu livro "Conceitos de Terapia Ocupacional", propõem algumas modificações à definição da AOTA/77 e conceituam a terapia ocupacional como: análise e aplicação da ocupação, especificamente auto manutenção, produtividade e lazer, as quais através do processo de problemas de avaliação, interpretação e tratamento de problemas que, interferindo com a execução funcional ou adapta- tiva em pessoas nas quais as ocupações são diminuídas por doenças físicas ou mentais, desordens emocionais, debilidades congênitas ou do desenvolvimento ou processo de envelhecimento, com o objetivo de promover a pessoa a uma ação funcional ótima e adaptativa, prevenir a diminuição ocupacional e promover saúde e manutenção ocupacional (REED e SANDERSON, 1980, p. 01). Então, o que é de fato a Terapia Ocupacional? A terapia ocupacional é uma ciência que usa a ocupação para o tratamento da saúde humana. E o terapeuta ocupacional traba- lha para o bem-estar biopsicossocial, auxiliando o indivíduo a alcançar uma postura no que diz respeito às suas capacidades e a possibilidade de alterar suas habilidades limitadas. Sendo assim, a terapia ocupacional procura auxiliar pessoas com diminuição ou alterações físicas/mentais para que tenham uma vida independente de forma a valorizar o 9UNIDADE 1 INTRODUÇÃO AO ESTUDO DE MÉTODOS E TÉCNICAS DE AVALIAÇÃO indivíduo, para que possa se adaptar ao meio físico e social. Por isso, a terapia ocupacional é encarregada pela prevenção, pelo que foi detectado em relação a sua patologia, e pelo tratamento das ocupações em diversas áreas. 1.2 Conceito de Testar e Avaliar Podemos considerar o teste, um tipo de prova, exame, que serve para verificarmos o que determinada pessoa consegue realizar, fazer ou concluir. Existem vários tipos de teste, sendo eles: teste de escrita, teste oral, teste sanguíneo, teste motor e outros. A Avaliação é a coleta sistêmica de dados sobre atividades, características e efeitos de programas para uso de interessados, de forma a reduzir incertezas, melhorar a efetivi- dade e tomar decisões com respeito ao que aquele programa está fazendo, quais são seus resultados e como pode ser ajustado (PATTON, 1990). Então, a avaliação consiste, fundamentalmente, em fazer um julgamento de valor sobre o plano de tratamento do paciente, a fim de escolher a melhor abordagem de trata- mento, traçando objetivos e analisando a função motora e cognitiva de cada paciente. Podemos estranhar esta definição de “CHAMPAGNE”, por ser ampla, e pela falta dos conceitos de processo, estrutura e resultado. Então, podemos dizer que tal definição nos faz compreender melhor que as avaliações não são apenas informações profundas sobre o paciente, ou sobre o não alcançar os objetivos da intervenção, mas de alinhar melhor as mudanças necessárias a uma devida intervenção; nela e possível perceber o envolvimento de outros profissionais e até mesmo da família em relação à intervenção e tratamento do paciente. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . UNIDADE 1 INTRODUÇÃO AO ESTUDO DE MÉTODOS E TÉCNICAS DE AVALIAÇÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2 ANAMNESE TÓPICO 10 A Anamnese é um instrumento capaz de colher informações muito importantes so- bre a história de nossos pacientes; é comum e utilizado por vários profissionais da saúde. Nesse teste, o profissional pode incluir perguntas sobre as características do ambiente e das pessoas que participam da vida diária do paciente, as dúvidas e anseios diante do tra- tamento de habilitação e reabilitação; e o histórico de saúde, histórico de desenvolvimento infantil quando criança, história pregressa, história da vida atual, e a rotina diária dele. 1.1 A Importância da Ficha de Anamnese A anamnese tem como objetivo conhecer totalmente o seu paciente, por meio de questionário sobre família, fatores genéticos, história clínica, alergias e intolerâncias a me- dicamentos ou alimentos, vícios, tipo, padrão de vida, exercícios físicos, tratamentos a que está sendo submetidos, etc. A anamnese tem como objetivos estabelecer o vínculo inicial com o seu paciente. Essa coleta de dados é o principal instrumento para chegar a um diagnóstico com mais segurança. Existem várias formas de se fazer uma anamnese: 2.1.1 Anamnese livre: A ficha está em branco e o paciente relata tudo sobre a história da própria doença, o profissional observa e faz anotação de tudo. 11UNIDADE 1 INTRODUÇÃO AO ESTUDO DE MÉTODOS E TÉCNICAS DE AVALIAÇÃO 2.1.2 Anamnese dirigida: É a mais usada pelos profissionais da saúde, as perguntas já estão planejadas e são objetivas ou dissertativas. Nela o profissional vai dirigindo as perguntas específicas ao cliente; nesse modelo, o profissional deve fazer perguntas simples e de fácil compreensão, com uma linguagem clara, de acordo com o entendimento da família ou paciente. FIGURA 1 - ANAMNESE O local onde a anamnese é feita, deve ser reservado, sem interrupções. Podemos falar de dois Modelos na Anamnese dirigida a anamnese infantil e anamnese adulta. 2.2 A anamnese infantil se divide em: • Identificação: Nome da criança, data de nascimento, nome da mãe, nome do pai, diagnóstico, médico responsável, endereço, telefone residencial, telefone do local de trabalho dos res- ponsáveis, endereço do local de trabalho e outros. • História Pregressa: Histórico da Gravidez: idade da mãe; se a gravidez foi planejada; se a mãe realizou pré-Natal; se usou drogas ilícitas; se usou medicamentos durante a gestação; se já teve ameaça de aborto; se a mãe teve algumas intercorrências durante a gestação ou parto; se fez dieta durante a gestação. Qual o tipo de parto, idade Gestacional, peso, a cor da criança, choro, se a criança apresentou alguma intercorrência durante o parto ou nascimento. Período Neonatal: apre- sentou choro, convulsões, icterícia, movimentação, sucção. 12UNIDADE 1 INTRODUÇÃO AO ESTUDO DE MÉTODOS E TÉCNICAS DE AVALIAÇÃO Nota do APGAR dessa criança, saber se a mãe ou criança passou por algum tipo de tratamento, cirurgias, infecções, exames, médicos, reabilitação,internações e outros. • História e desenvolvimento: Relatar desenvolvimento infantil, se a criança apresenta desenvolvimento infantil dentro do esperado para idade, se possui atrasos no desenvolvimento, se nasceu pré-ma- tura, ou no tempo certo, e outros. • Rotina da criança Com quem / onde fica a criança; relacionamento familiar; assiste TV (posição, tem- po, programa); gosta de música (preferência, como reage); passeios, locais que frequência; brincar (como, posição, tempo, nível de atenção, brinquedos preferidos). • Escola Horário; série; relacionamento c/ prof.ª; relacionamento c/ colegas: Mobiliário: dificul- dades; comportamento (humor, birras, medos). • Atividades de vida diária Posição, local, dificuldades, nível de dependência; Alimentação; Higiene; Banho; Vestir; Despir. • Observações: Tudo que você observou do seu paciente, os fatos importantes e encaminhamentos; e assinatura e carimbo com o nome do profissional e conselho da categoria. 13UNIDADE 1 INTRODUÇÃO AO ESTUDO DE MÉTODOS E TÉCNICAS DE AVALIAÇÃO FIGURA 2 – MODELOS DE ANAMNESE INFANTIL 14UNIDADE 1 INTRODUÇÃO AO ESTUDO DE MÉTODOS E TÉCNICAS DE AVALIAÇÃO 15UNIDADE 1 INTRODUÇÃO AO ESTUDO DE MÉTODOS E TÉCNICAS DE AVALIAÇÃO 16UNIDADE 1 INTRODUÇÃO AO ESTUDO DE MÉTODOS E TÉCNICAS DE AVALIAÇÃO Fonte: A autora (2021). 17UNIDADE 1 INTRODUÇÃO AO ESTUDO DE MÉTODOS E TÉCNICAS DE AVALIAÇÃO 2.3 Anamnese adulta • Identificação: Data da Avaliação; Data de Nascimento; Nome; Nacionalidade; sexo; idade; naturali- dade, RG; CPF; Estado Civil; Escolaridade; Profissão; Endereço Residencial; Endereço do serviço, Religião; Telefone; Cidade; Estado; Patologia; Sequelas; Medicação atual: Médico responsável; Encaminhamento; Comorbidades: Responsável/acompanhante; Composição e estrutura familiar; Principal Queixa; história; antecedentes familiares; Tratamentos ante- riores / atuais (médicos, reabilitação, exames); internação; Histórico de cirurgias. • História Atual: Se possui Vícios, quais os vícios; como é o Sono: Atividades atuais; Rotina diária; relacionamento familiar; Âmbito social (passeio, locais frequentados, dificuldades); • Atividade de vida diária Atividade Instrumentais da Vida diária (posição: órteses / adaptações, cadeiras de rodas, dificuldades, outros) Transferências (cadeira de rodas); Higiene (escovas dentes, cabelo, etc.); usa fralda, Continência/Uso do sanitário; Banho; Alimentação; Vestir-se; Ativi- dades domésticas; Transporte público; dirigir carro; Outros. • Observações: Tudo que o profissional observou e analisou do seu paciente, os relatos importantes e encaminhamentos; carimbo e assinatura do profissional; carimbo deve conter o nome do profissional e conselho da categoria. 18UNIDADE 1 INTRODUÇÃO AO ESTUDO DE MÉTODOS E TÉCNICAS DE AVALIAÇÃO FIGURA 3 - MODELOS DE ANAMNESE ADULTA 19UNIDADE 1 INTRODUÇÃO AO ESTUDO DE MÉTODOS E TÉCNICAS DE AVALIAÇÃO 20UNIDADE 1 INTRODUÇÃO AO ESTUDO DE MÉTODOS E TÉCNICAS DE AVALIAÇÃO Fonte: A autora (2021). . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . UNIDADE 1 INTRODUÇÃO AO ESTUDO DE MÉTODOS E TÉCNICAS DE AVALIAÇÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3 CONCEITOS E DEFINIÇÕES SOBRE PLANO DE TRATAMENTO, ATIVIDADE, ANÁLISE DE ATIVIDADE E OCUPAÇÃO HUMANA TÓPICO 21 A documentação clínica em Terapia Ocupacional compreende toda informação registrada sobre um cliente/paciente/usuário, desde o seu encaminhamento até a alta do serviço (MATTHEWS e JABRI, 2004). As informações registradas incluem o raciocínio sobre o diagnóstico, planos de tratamento, ações e resultados da intervenção terapêutica ocupacional (ROGERS e HOLM, 1991). O Plano Terapêutico Ocupacional é uma ferramenta muito importante para a nossa profissão e intervenção, é a partir dele que vamos nortear o nosso atendimento clínico com o paciente, sendo assim é importante que o compreendamos. Então, os Planos Terapêuti- cos são estratégias elaboradas pelo Terapeuta ocupacional e um processo de tratamento, que devem ser respeitadas à risca para que o paciente alcance o objetivo proposto pelo terapeuta ocupacional, priorizando e estabelecendo metas a longo e curto prazo. Sendo assim, o plano de tratamento é composto por objetivos, técnicas, demandas e recursos. Os objetivos são os resultados que o terapeuta ocupacional pretende alcançar com aquele paciente; as técnicas são as ações desenvolvidas para consegui chegar no ob- jetivo; e os recursos são métodos, técnicas e avaliação, utilizados para alcançar o resultado esperado. A demanda, por sua vez, está interligada com as reclamações que o paciente apresenta, as quais a TO determina os alvos para serem alcançados com o sujeito, elabo- rando então o plano de tratamento ou plano terapêutico. O plano de tratamento deve sempre estabelecer a relação do paciente e de sua família em todo o tratamento, fornecendo informações sobre os objetivos, metas a serem alcançadas, diagnóstico, outras possibilidades de tratamento e metas futuras. 22UNIDADE 1 INTRODUÇÃO AO ESTUDO DE MÉTODOS E TÉCNICAS DE AVALIAÇÃO 3.1 Conceitos e definições sobre atividade, análise de atividade e ocupação humana A atividade é compreendida como conjunto de ações menores que fazem parte e compõem a ocupação (DICKIE, 2011; AOTA, 2008 ). É através da atividade focada que o terapeuta ocupacional busca melhoras na execução ocupacional do paciente. Nesse caso, cabe salientar a importância da análise da atividade, visto que ela ne- cessita estar sempre presente no plano terapêutico, uma vez que a análise de atividade nos permite um melhor entendimento da atividade como um todo e do seu valor terapêutico. A capacidade de analisar uma atividade é primordial para a identificar e traçar metas e obje- tivos do plano terapêutico. A análise de atividade possibilita, ao terapeuta ocupacional, entender a capacidade específica da atividade; que competências são necessárias para executá-las; quais equipa- mentos usar; quais recursos; qual ambiente; tempo que o paciente vai levar para concluir a atividade; quais as reações apresentadas; se é possível destrinchar em etapas ou adaptar; que objetivos são proporcionados; além de fornecer evolução do paciente. A análise de atividade é um instrumento que possibilita ao terapeuta ocupacional informações para um desempenho terapêutico eficiente. E para o Terapeuta Ocupacional a análise de atividade é o instrumento que possibilita a compreensão detalhada da atividade, permitindo enxergar o que pode ser mais adequado para alcançar os objetivos. De acordo com Benetton (2003), a ocupação e atividade dão sentido à vida huma- na e tem poder terapêutico na Terapia Ocupacional. Percebe-se assim que, a ocupação e atividade são dois conceitos muito importantes para que o terapeuta ocupacional, consiga realizar o seu trabalho. Entre muitos conceitos e definições existentes, podemos compreender que a ocupa- ção é como um agrupamento de conhecimento subjetivos e individuais vividos pela pessoa por toda sua vida, cheia de significados importantes e fortemente estimulada por convívios sociais, culturais, ambientais e espirituais. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . UNIDADE 1 INTRODUÇÃO AO ESTUDO DE MÉTODOS E TÉCNICAS DE AVALIAÇÃO . . . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4 TERAPIA OCUPACIONAL E EQUIPE MULTIDISCIPLINAR TÓPICO 23 Neste texto, ressaltamos sobre a atuação do Terapeuta Ocupacional junto à equipe multidisciplinar, levando em consideração que a atuação do terapeuta ocupacional é de extrema importância, e que o paciente, que está ou esteve em atendimento, recupere-se e mantenha apto em suas atividades físicas, espirituais, sociais e emocionais. O vínculo do Terapeuta Ocupacional com o grupo ou equipe se dá de maneira espon- tânea e eficiente. Após toda uma avaliação minuciosa, e criteriosa do paciente, o terapeuta ocupacional, efetua suas ações e encaminha esse paciente, de acordo com sua necessi- dade, para profissionais como a Fisioterapeuta, Psicóloga, Assistente Social, Nutricionista, Médico, Fonoaudiólogos e outros. A união com a equipe multidisciplinar e todo processo de tratamento do paciente favorecem a evolução do tratamento, as visitas domiciliares e acompanhamento com a equipe, são de suma importância para definir metas e planos de ação. O T.O., habilitado na análise do cotidiano do indivíduo e seus papéis ocupacionais, desvela com facilidade as dificuldades que o paciente e ou seus familiares podem estar passando e, com base em protocolos e técnicas especificas, intervir de forma a colaborar e de fato mudar este contexto. Dessa forma, o profissional define os planos de ação e metas a serem alcançadas. As reuniões periódicas para discussão de casos desse paciente, faz com que a equi- pe discuta, analise todo o tratamento, observando e conversando, o que está dando certo, o que precisa retroceder, quais são as evoluções e quais os novos objetivos do tratamento. A equipe se reúne principalmente para analisar se o tratamento está funcionando, se está paralisado ou se o paciente está tendo evoluções somente clínicas, se cabe orientar a família, verificar a dificuldade de a família ajudar no tratamento em casa. Portanto, precisa- mos ficar atentos se este paciente está generalizando o tratamento em outros ambientes, e se isso não ocorre, a equipe tem que rever o tratamento. 24UNIDADE 1 INTRODUÇÃO AO ESTUDO DE MÉTODOS E TÉCNICAS DE AVALIAÇÃO “A Terapia Ocupacional não é ocupar para ocupar. É potencializar recursos para ‘ocupar-se’ [cliente e ambiente] é utilizar o ‘ocupar’ [significativo] para conhecer, transformar, treinar, aprender, adaptar -se e ganhar novas habilidades para promover a independência e autonomia na realização ‘ocupacional’ do cotidiano em toda sua complexidade. É uma arte!” Fonte: ALBINO, J. P. C. Terapia Ocupacional. Pensador. Disponível em: https://www.pensador.com/ terapia_ocupacional/. Acesso em: 09 out. 2021. Durante a entrevista de anamnese, devemos dar importância aos aspectos emocionais cognitivos, sendo essenciais os conflitos internos, deve-se ter uma atitude empática e estabelecer um ambiente afetivo para criar um bom vínculo com o paciente. Devemos atrair a confiança do paciente. Uma empatia não se faz apenas com palavras, mas também com atitudes, gestos e expressões faciais. Tra- ta-se de uma situação consciente, em que se entende a situação do doente, faz-se com que ele compreenda isso, sem que, no entanto, ocorra uma identificação do entrevistador com o paciente. Tal identificação é uma situação inconsciente que, se não for bem trabalhada, pode facilmente ser exposta, de forma a colocar em risco todo o trabalho da anamnese. Atualmente se pensa que, se a anamnese não deve ser feita como de um interrogatório sistemático, pode-se perder a confiança do paciente, na medida em que este vai ver o terapeuta como simplesmente alguém que quer invadir a sua privacidade. Além disso, essa situação pode reforçar as resistências do paciente. Por isso, devemos deixá-lo falar, enten- der o que se passa com ele, dar importância para o que ele está dizendo, de maneira perceba que você está demonstrando interesse pela sua história, por isso ressalto o fato de a anamnese não ser feita às pressas. Fonte: INFOMEDIA. Anamnese. Porto Editora – anamnese na Infopédia. Disponível em: https://www.infopedia.pt/$anamnese. Acesso em: 09 out. 2021. https://www.pensador.com/terapia_ocupacional/ https://www.pensador.com/terapia_ocupacional/ CONSIDERAÇÕES FINAIS UNIDADE 1 INTRODUÇÃO AO ESTUDO DE MÉTODOS E TÉCNICAS DE AVALIAÇÃO 25 Prezado (a) aluno (a), Neste material, busquei trazer para você os aspectos gerais da disciplina Métodos e Técnicas de Avaliação em Terapia Ocupacional que servirá de base para o estudo dos temas subsequentes, fornecendo conhecimento de termos técnicos-científicos utilizados rotineiramente nos estudos. Nesta abordagem, definimos e destacamos definições e conceitos, modelos de anamnese, atividade, ocupação, avaliação, Análise de atividades e outros. Porém, nesta unidade, frisamos alguns conceitos, mas também elencamos a impor- tância da anamnese para o profissional de terapia ocupacional. Sendo assim, torna-se um instrumento indispensável para os atendimentos terapêuticos ocupacionais e a importância de se manter o Prontuário do paciente completo. A Anamnese é o principal instrumento para chegar a um diagnóstico de confiança, e estabelecer um bom vínculo com seu paciente, ela também estabelece qual melhor ava- liação poderemos usar, e para quais profissionais da saúde poderemos encaminhar, antes mesmo da avaliação física ou neurológica. Sendo ela um instrumento inicial de avaliação, observamos que ela deve conter todos os dados do paciente, e deve ser aplicada em local adequado e tem como objetivos estabelecer o contato inicial com o seu paciente. Segundo Creek (2002), no momento da anamnese inicial, alguns aspectos são valo- rizados, de forma a abranger o cliente e o ambiente. Porém, como sinaliza a autora, ainda que se tenha uma visão ampla do caso, isso não significa que seja possível acessar todos os aspectos funcionais do sujeito. A anamnese, no ponto de vista dos profissionais da área de saúde, é o instrumento mais utilizado, por meio do qual é possível saber as áreas a serem trabalhadas e quais as dificuldades apresentadas pela criança ou adulto. Dessa forma, a coleta de dados durante a anamnese revela que as informações obtidas pelos terapeutas são essenciais e são apresen- tadas durante a entrevista terapeuta/paciente no momento da anamnese. Essas informações devem ser consideradas durante o processo de avaliação do Terapeuta Ocupacional. Então, vimos que algumas situações e informações colhidas através dos pacientes ainda estão repletas de demandas valiosas, cada detalhe falado se faz importante, para processo de avaliação. Por isso é necessário o estudo afundo de todos os dados que de- vem obter numa anamnese, pois a mesma, nos ajudará a nortear melhor nossa escolha de avaliação, plano de tratamento e análise de atividade e reabilitação do mesmo. Até uma próxima oportunidade. Muito Obrigada! MATERIAL COMPLEMENTAR UNIDADE 1 INTRODUÇÃO AO ESTUDO DE MÉTODOS E TÉCNICAS DE AVALIAÇÃO 26 LIVRO Título: Anamnese e Exame físico Avaliação Diagnóstica de En- fermagem no Adulto Autor: Alba Lucia Bottura Leite de Barros. Editora: Artmed Sinopse: O Livro Anamnese e Exame físico irá nortear o Aluno para aplicar e estruturar uma anamnese, sendo que não existe um livro específico de anamnese na área de Terapia ocupacional, porém como é um instrumento utilizado por todas as áreas de saúde, qualquer livro que possa auxiliar e a estruturar uma boa anamnese, torna-se uma boa leitura, para quem quer se aprofundar mais no assunto. LIVRO Título: TerapiaOcupacional na complexidade do sujeito Autor(a): Andrea Fabíola C.T. Carvalho; Helena Maria Nica Sca- tolini. Editora: Rubio. Sinopse: O livro Terapia Ocupacional na complexidade do sujeito irá abordar as diferentes possibilidades de atuação do terapeuta Ocupacional, mostrando como o profissional trabalha no dia a dia. Ele chega a esta segunda edição, ampliada e revista, mostrando a importância de o profissional utilizar recursos terapêuticos e atividades diversas sem distinção, para pacientes de todas as idades. FILME/VÍDEO Título: Anamnese x tipo de avaliação Ano: 2016. Sinopse: Nesse vídeo poderão observar como os dados da anamnese são importantes, para desenvolver um bom plano de tratamento para seu paciente, sem cometer tantos erros, e a importância de ter um lugar correto para isso, reservado, onde o paciente se sinta à vontade e seguro para falar. Devemos manter sempre sigilo das informações, e estar observando e anotando tudo que o mesmo está relatando. Link de acesso: https://youtu.be/wPcAsFG0Uxw https://www.youtube.com/watch?v=wPcAsFG0Uxw UNIDADE 1 INTRODUÇÃO AO ESTUDO DE MÉTODOS E TÉCNICAS DE AVALIAÇÃO 27 FILME/VÍDEO Título: Terapia: Meu primeiro dia de consultório I Diário do Terapeuta Ano: 2016. Sinopse: Este Vídeo é de muita importância para entendermos alguns conceitos sobre anamnese e quais os erros que não devemos cometer. Link de acesso: https://youtu.be/nx0nr_5mRAM FILME Título: Meu pé Esquerdo Ano: 1989. Sinopse: Apesar de nascer com o problema e ser conside- rado retardado, sua mãe (Brenda Fricker) nunca desistiu de estimulá-lo, com seu pé esquerdo - a única parte do corpo que conseguia controlar ele aprende a escrever e desenhar. Christy Brown (vivido no filme por Hugh O'Conor como criança e por Daniel Day-Lewis como adulto) supera não apenas as barreiras físicas, mas também as dificulda- des emocionais, tornando-se poeta e pintor respeitado. Link de acesso: https://youtu.be/7vP-Sn-4nNY https://youtu.be/nx0nr_5mRAM https://youtu.be/7vP-Sn-4nNY . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Plano de Estudos • Conceito e definições; • Desenvolvimento humano da infância à fase adulta; • Desenvolvimento motor infantil. Objetivos da Aprendizagem • Proporcionar ao aluno conhecimento teórico e prático dos métodos, técnicas e materiais usados na avaliação em Terapia Ocupacional; • Fornecer o conhecimento sobre os métodos e técnicas de avaliação dos componentes sensoriais, perceptivos, cognitivos, neuro-motores e emocionais que integram a atividade humana; • Promover o desenvolvimento da habilidade do aluno para a condução do processo de avaliação, assim como a utilização de materiais e protocolos específicos para investigar a saúde de indivíduos nas diferentes faixas etárias. • Proporcionar o reconhecimento de sinais e sintomas que prejudicam o desempenho ocupacional dos indivíduos; • Demonstrar a importância da avaliação para a elaboração do plano terapêutico e planejamento da alta. 2UNIDADEUNIDADEAVALIAÇÃOAVALIAÇÃOProfessora Especialista Sandra Lea Rangel de Mesquita INTRODUÇÃO Iniciaremos nosso estudo a partir da introdução da definição de avaliação, bem como sua importância durante toda a trajetória na profissão de terapia ocupacional. Nesta unidade, abordaremos os tipos de avaliação e como aplicá-los, assim como proporcionar a você aluno (a) do curso de Terapia Ocupacional o conhecimento e os funda- mentos das avaliações de vários campos de atuação, para que avaliem e tracem um plano de tratamento adequado para seus pacientes. O aluno também irá aprender questões como: • Tratar a importância da observação para a Avaliação e o Diagnóstico; • Compreender os fundamentos da Avaliação e sua importância para o processo de aprendizagem humano; • Proporcionar o conhecimento, os princípios básicos e a aplicação das avaliações; • Entender a contribuição da avaliação para a intervenção e a reabilitação do indiví- duo; • Estabelecer parâmetros a serem considerados na prática da Avaliação; • Compreender a importância de cada passo, da observação ao diagnóstico, e a se- quência da intervenção, para o processo reabilitativo; • Compreender a importância das etapas do desenvolvimento humano e do desenvol- vimento motor infantil, para melhor conhecer as habilidades de cada criança, para assim traçar melhor plano de atendimento. UNIDADE 2 AVALIAÇÃO 29 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . UNIDADE 2 AVALIAÇÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1 CONCEITO E DEFINIÇÕESTÓPICO 1.1 O que é Avaliação? A avaliação é um processo executado com finalidade de identificar e interpretar da- dos pertinentes e necessários para o planejamento da intervenção. Quando começaram a ser criadas, as avaliações foram arquitetadas em um paradigma mecanicista, orientado nas composições corporais e suas funcionalidades; um exemplo disso é o desempenho motor, o processamento sensorial ou a percepção visual. Atualmente, ao falarmos de ocupação, o foco está totalmente no desempenho ocupacional das atividades como: autocuidado, lazer e trabalho. As avaliações com crianças possuem os mesmos objetivos gerais, diferenciando- se na coleta de dados e a forma com que são feitas. Essa coleta deve ser adequada à possibilidade de assimilação do paciente, elaborada a partir da etapa do desenvolvimento e estabelecendo critérios quando for necessário adicionar as concepções do profissional avaliador e as descrições dos pais. O terapeuta ocupacional busca conhecimento sobre o que a criança realiza no seu dia a dia, ou o que gosta de fazer, ou o que faz, ou como faz, sabendo observar suas pos- sibilidades, atrasos e dificuldades. Neste estudo traremos a importância da avaliação para conhecermos melhor o de- senvolvimento infantil da criança e do adulto. 1.1.1 A importância da avaliação A avaliação irá nortear o terapeuta ocupacional em relação ao desenvolvimento físico, psico- lógico e social dele. Sua importância agrega dados sobre o paciente, que nos trará conhecimento do grau de dificuldade, dos atrasos no desenvolvimento e o que devemos estimular ou reabilitar nele, a avalição trará o verdadeiro entendimento de como traçar um plano de tratamento adequado para cada paciente, seja adulto ou criança. 30 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . UNIDADE 2 AVALIAÇÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2 DESENVOLVIMENTO HUMANO DA INFÂNCIA À FASE ADULTA TÓPICO O desenvolvimento humano estuda as mudanças e o equilíbrio em todos os domínios ou aspectos do progresso durante as fases da vida. No desenvolvimento humano estudamos três principais domínios: Físico, cognitivo e psicossocial. Veja abaixo as definições descritas por Papalia e Feldman (2013): Desenvolvimento físico: é o crescimento do cérebro e do corpo em relação à habilidade motora, capacidade sensorial e à saúde. Desenvolvimento cognitivo: Está ligado à aprendizagem, memória, atenção concentração, criatividade, linguagem, raciocínio e pensamento. Desenvolvimento psicossocial: Está conectado com nossas emoções, relações sociais e personalidade. Sendo assim, para um bom desenvolvimento humano, esses três processos precisam estar interligados e em sintonia, pois cada aspecto do desenvolvimento afeta o outro. 31 32UNIDADE 2 AVALIAÇÃO 2.1 Ciclo Vital QUADRO 1 - PERÍODO PRÉ-NATAL A PRIMEIRA INFÂNCIA Fonte: Papalia et al. (2006, p. 52-53). QUADRO 2 - PERÍODO DA TERCEIRA INFÂNCIA A ADOLESCÊNCIA Fonte: Papalia et al. (2006, p. 52-53). 33UNIDADE 2 AVALIAÇÃO QUADRO 3 - PERÍODO JOVEM ADULTO A MEIA IDADE Fonte: Papalia et al. (2006, p. 52-53). QUADRO 4 - PERÍODO DA TERCEIRA IDADE Fonte: Papalia et al. (2006, p. 52-53). . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . UNIDADE 2 AVALIAÇÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3 DESENVOLVIMENTO MOTOR INFANTIL TÓPICO Quando o bebê nasce não precisamos ensiná-lo a agarrar, andar, engatinhar, pegar, rolar, pois os mesmos só precisam de liberdade e espaço para se movimentar e testar o que podem fazer. Sendo assim, quando o sistema nervoso central, a musculatura e os ossos foram bem-preparados e for dado a devida liberdade e oportunidade dessa criança explorar o ambiente, ocorre o aprendizado e o desenvolvimento motor. Porém, quando há prematuridade ou algum tipo de atraso, transtorno ou deficiência motora nesta criança, faz-se necessário a intervenção do profissional de terapia ocupa- cional ou fisioterapia e demais áreas, estimulando essa criança, por meio de intervenção precoce. Abaixo, no quadro, iremos entender as etapas do desenvolvimento motor infantil: 3.1 Etapas do Desenvolvimento Motor Infantil 34 35UNIDADE 2 AVALIAÇÃO QUADRO 5 – ETAPAS DO DESENVOLVIMENTO MOTOR INFANTIL Fonte: Branas (2022). 3.2 Desenvolvimento motor Infantil de 6 meses a 12 meses QUADRO 6 - DESENVOLVIMENTO MOTOR INFANTIL DE 6 MESES A 12 MESES Fonte: Branas (2022). 36UNIDADE 2 AVALIAÇÃO 3.3 Desenvolvimento Motor Infantil dos 15 meses à 2 anos QUADRO 7 - DESENVOLVIMENTO MOTOR INFANTIL DOS 15 MESES A 2 ANOS Fonte: Branas (2022). Assim, nós, profissionais de terapia ocupacional, devemos entender toda a fase do desenvolvimento motor infantil, para sabermos em que e quando devemos intervir. 37UNIDADE 2 AVALIAÇÃO Você Sabia que a Esclerose Múltipla é uma doença progressiva do Sistema Nervoso, que atinge as capaci- dades neurológicas, fazendo com que a pessoa tenha dificuldades em tarefas simples do dia a dia, como segurar um objeto, se alimentar e até mesmo a perda de memória. Um dos seus principais sintomas é a fraqueza nas mãos, associada à rigidez. Diante disso, se torna essencial o acompanhamento com um Terapeuta Ocupacional. É esse profissional quem vai auxiliar o paciente com EM a executar suas funções, ocupações e tarefas diárias. Além do amplo conhecimento na área, a Terapia Ocupacional dispõe de diversos métodos que auxiliam o paciente a desenvolver e/ou manter suas habilidades motoras e emocionais. É o Terapeuta Ocupacional que vai auxiliar na sua rotina, adequando seus ambientes, adaptando suas atividades e até mesmo auxi- liando a se comunicar com as pessoas ao seu redor. Tudo isso, utilizando técnicas científicas e tecnologias assistivas produzidas individualmente para cada pa- ciente. O Terapeuta Ocupacional promove autonomia e independência no desempenho de ocupações das pessoas com Esclerose Múltipla. Por isso, lembre-se: pessoas com Esclerose Múltipla precisam de Terapia Ocupa- cional! Para saber mais acesse: https://www.crefito5.org.br/noticia/voce-sabia-que-pessoas-com-esclerose-mul- tipla-precisam-da-terapia-ocupacional https://www.crefito5.org.br/noticia/voce-sabia-que-pessoas-com-esclerose-multipla-precisam-da-terapia-ocupacional https://www.crefito5.org.br/noticia/voce-sabia-que-pessoas-com-esclerose-multipla-precisam-da-terapia-ocupacional 38UNIDADE 2 AVALIAÇÃO “Ouvir com atenção é muito mais que escutar. Ouvir com atenção é estar alerta, é abrir um espaço em que as palavras são acolhidas. As palavras se tornam então secundárias, podendo ou não fazer sentido. Bem mais importante do que aquilo que você está ouvindo é o ato em si de ouvir, o espaço de presença consciente que surge à medida que você ouve. Esse espaço é um campo unificador feito de atenção, em que você encontra a outra pessoa sem barreiras separadoras criadas pelos conceitos do pensamento. A outra pessoa deixa de ser o “outro”. Nesse espaço, você e ela se tornam uma só consciência”. Eckhart Tolle Fonte: ANDRADE, E de. Terapia Ocupacional – Frases. 2013. Disponível em: http://erimadeandrade. blogspot.com/2013/02/terapia-ocupacional-frases.html. Acesso em: 22 fev. 2023. #REFLITA# http://erimadeandrade.blogspot.com/2013/02/terapia-ocupacional-frases.html http://erimadeandrade.blogspot.com/2013/02/terapia-ocupacional-frases.html CONSIDERAÇÕES FINAIS UNIDADE 2 AVALIAÇÃO Prezado (a) aluno (a), Neste material, busquei trazer para você os aspectos gerais da disciplina Métodos e Técnicas de Avaliação em Terapia Ocupacional que servirá de base para o estudo dos temas subsequentes, fornecendo conhecimento de termos técnicos-científicos utilizados rotineiramente nos estudos. Porém, nesta unidade II, frisamos alguns conceitos, mas também elencamos as fa- ses do desenvolvimento humano e as do desenvolvimento motor infantil, para que possa- mos avaliar, de maneira adequada, cada fase da criança e entender seus atrasos e dificul- dades no desenvolvimento. Devemos, assim, dar uma atenção sobre o aumento de várias doenças em todo o mundo e, em consequência disso, uma crescente preocupação em utilização de instrumentos padronizados que possam contribuir para verificar os resultados das intervenções em reabilitação. Espera-se que esta disciplina possa contribuir para o aperfeiçoamento teórico-prá- tico de terapeutas ocupacionais que realizam intervenções junto ao paciente com danos neurológicos, físicos, mentais e comportamentais. Trazendo melhor qualidade nos atendimentos, e aprendendo a interpretar as condi- ções de saúde deles. Com as avaliações corretas, é possível traçar melhor plano terapêutico e analisar a atividade a ser aplicada, a avaliação que nos dá o norte do trabalho a ser realizado. Até uma próxima oportunidade. Muito Obrigada! 39 MATERIAL COMPLEMENTAR UNIDADE 2 AVALIAÇÃO LIVRO Título: Ferramentas paraa Prática em Terapia Ocupacional Autor: Rosemary Hagedorn. Editora: Roca. Sinopse: O Livro Ferramentas para a Prática em Terapia Ocu- pacional foi escrito para preencher uma lacuna entre as obras sobre a teoria da terapia ocupacional e aquelas que focam a administração da terapia ocupacional em condições específicas. Este livro torna-se um guia prático que examina os quatro processos centrais da terapia ocupacional: uso terapêutico do self; avaliação; análise e adaptação ocupacionais; e análise e adaptação do ambiente. Explica o escopo e o propósito de cada processo e fornece informação prática sobre sua aplicação no trabalho com adultos. Descreve as bases teóricas da terapia ocupacional e faz conexões explícitas entre teoria e prática. Introduz um modelo centrado no cliente baseado no processo: Desempenho Ocupacional Competente no Ambiente (COPE). Reflete os pensamentos mais recentes em terapia ocupacional, incluindo a análise ocupacional e do ambiente. Altamente agra- dável e livre de jargões. Ferramentas para a Prática em Terapia Ocupacional descreve as habilidades fundamentais e artes da prática, que são essenciais à prática centrada no cliente. Uma obra de valor inestimável para todos os estudantes de terapia ocupacional e também para profissionais mais experientes, pois é muito rica para reflexão. INDICAÇÃO DE VÍDEO https://youtu.be/kf2Z5eosG3Y https://youtu.be/Z6EwxLzLajc https://youtu.be/3BJP1gYBkYA 40 https://www.amazon.com.br/s/ref=dp_byline_sr_book_1?ie=UTF8&field-author=Rosemary+Hagedorn&text=Rosemary+Hagedorn&sort=relevancerank&search-alias=stripbooks https://youtu.be/kf2Z5eosG3Y https://youtu.be/Z6EwxLzLajc https://youtu.be/3BJP1gYBkYA UNIDADE 2 AVALIAÇÃO https://youtu.be/VtguCQhYp4E Acredito que depois de ter assistido a esses vídeos, você aluno (a) deve ter com- preendido a importância de se desenvolver as habilidades e que elas possuem uma relação muito próxima com o sucesso ou fracasso no processo de ensino e de aprendizagem. Vocês irão observar como os dados da avaliação são importantes para desenvolver um bom plano de tratamento para seu paciente, sem cometer tantos erros, e a importância de traçar os objetivos corretos para o tratamento adequado. Devemos manter sempre o sigilo das informações, além de manter o prontuário sempre atualizado, com relatório, análise de atividades e evoluções dele. A Avaliação norteia para onde e a quais profissionais devemos encaminhar esse paciente. FILME Título: Um Momento Pode Mudar Tudo Ano: 2014 Diretor: George C. Wolfe Sinopse: Kate é diagnosticada com esclerose lateral amiotrófi- ca. Bec é uma estudante e aspirante a cantora de rock que aceita uma tentativa desesperada de emprego para dar assistência a Kate. Enquanto o casamento de Kate e Evan se deteriora, ambas passam a se apoiar em algo que se torna um laço não convencional. Link de acesso: https://youtu.be/OLuTehbmVE0 Classificação: 14 anos 41 https://youtu.be/VtguCQhYp4E https://youtu.be/OLuTehbmVE0 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Plano de Estudos • Para que serve a avaliação de Terapia Ocupacional?; • Modelos de avaliação neurológica. Objetivos da Aprendizagem • Desenvolver e promover o conhecimento do aluno para uma boa condução no processo avaliativo, assim como a utilização de protocolos e materiais específicos, para identificar os atrasos e déficits do paciente. • Observar e reconhecer sintomas e sinais que afetam o desenvolvimento ocupacional dos pacientes. • Ressaltar a importância da análise de atividade e dos protocolos de avaliação para o planejamento do plano de tratamento, objetivos do tratamento, evoluções do paciente e alta. • Entender os conceitos e a importância de transdisciplinaridade, multidisciplinariedade e interdisciplinaridade. 3UNIDADEUNIDADEMODELOS DE MODELOS DE AVALIAÇÃO DA TERAPIA AVALIAÇÃO DA TERAPIA OCUPACIONALOCUPACIONAL Professora Especialista Sandra Lea Rangel de Mesquita INTRODUÇÃO Iniciaremos nosso estudo a partir da introdução da definição de avaliação, bem como sua importância durante toda a trajetória na profissão de terapia ocupacional. Nesta unidade iremos abordar os tipos de avaliação que nós terapeutas ocupacionais podemos utilizar. Sabemos que a terapia ocupacional tem poucos instrumentos próprios validados. Sendo assim, utilizaremos vários instrumentos de avaliação de aplicação multiprofissional. Com esta unidade, proporcionaremos o conhecimento e os fundamentos das avaliações de vários campos de atuação da infância até a fase adulta, assim como os princípios básicos e a aplicação das avaliações Dentre as avaliações escolhidas para esta unidade, estão as avaliações de força muscular, sensibilidade, capacidade Funcional, cognitiva, AVD e AVPS, rastreio autismo e rastreio cognitivo e mental. Conheceremos também sobre os testes e provas utilizados para as avaliações. Entenderemos a contribuição da avaliação para a intervenção e a reabilitação do indivíduo. Estabeleceremos os parâmetros a serem considerados na prática da Avaliação. E por fim compreenderemos a importância de cada passo, da observação ao diagnóstico, e a sequência da intervenção para o processo reabilitativo. UNIDADE 3 MODELOS DE AVALIAÇÃO DA TERAPIA OCUPACIONAL 43 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . UNIDADE 3 MODELOS DE AVALIAÇÃO DA TERAPIA OCUPACIONAL . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1 PARA QUE SERVE A AVALIAÇÃO DE TERAPIA OCUPACIONAL?TÓPICO Os instrumentos de avaliação possibilitam e estabelecem mensuração de resultados obtidos na terapia, fundamentando os objetivos terapêuticos para cada paciente. Isso é de tamanha importância para o reconhecimento científico e clínico da Terapia Ocupacional, pois possibilita o conhecimento geral e específico na área. A avaliação é um instrumento com a função de interpretar e identificar dados e resultados necessários para planejar uma boa intervenção. Geralmente, os terapeutas ocupacionais não possuem muitas avaliações padroni- zadas, o que nos leva a utilizar avaliações multiprofissionais, mas que levam ao mesmo objetivo de avaliação, porém, não serve para pesquisa científica e estudo de casos. Nesse estudo, traremos alguns modelos de avaliação infantil padronizada, traduzida, a daptada e outros instrumentos que são usados por profissionais da saúde. Sabemos que a terapia Ocupacional tem poucos instrumentos próprios para avalia- ção, porém podemos utilizar de vários protocolos avaliativos para detectar atrasos motores e disfunções motoras e cognitivas, para acompanhar o planoterapêutico de cada paciente, evolução e alta dos deles. 1.1 Conceito de avaliação de rastreio Avaliação de rastreio serve para identificar indivíduos com características ou doenças que ainda não foram diagnosticadas, podendo ser usada por vários profissionais da saúde, com objetivo de prever ou encaminhar casos suspeitos para outros profissionais. 44 45UNIDADE 3 MODELOS DE AVALIAÇÃO DA TERAPIA OCUPACIONAL 1.2 Modelos de Avaliação de rastreio M-Chat A escala Modified Checklist for Autism in Toddlers (M-CHAT) é um instrumento de rastreio precoce de autismo, que identifica indícios e características do transtorno autista entre crianças com a idade de 18 e 24 meses. Ela pode ser aplicada por professores, cui- dadores e pais. A aplicação dessa avaliação é simples, e apresenta altos indícios de um suposto autismo, podendo ser usado por qualquer profissional da saúde. Atualmente, o instrumento é utilizado para identificação precoce do autismo, sendo recomendado o uso pela Sociedade Brasileira Pediátrica o instrumento de O teste contém 23 questões de sim/não, que podem ser respondidas pelos responsáveis das crianças. O teste deve ser aplicado para crianças com idade de 16 e 30 meses de idade. A versão atua- lizada do protocolo (M-CHAT-R/F) consta uma segunda parte que refina melhor o resultado da avaliação. As respostas levam em conta a visão dos pais com relação ao comportamento do filho. A soma total dos pontos pode dar um indício de sinais de autismo, porém não serve como diagnóstico. A avaliação sugere que a criança tem um atraso no desenvolvimento e deve ser encaminhada para um médico especialista e equipe transdisciplinar. A escala classifica as crianças avaliadas em três níveis: 46UNIDADE 3 MODELOS DE AVALIAÇÃO DA TERAPIA OCUPACIONAL QUADRO 1 - AVALIAÇÃO Baixo Risco | Pontuação de 0 a 2 Há pouca chance de desenvolvimento de TEA, e não é necessária nenhuma outra medida. No caso de a criança ter menos de 24 meses, é preciso repe- tir a aplicação do teste. Risco Moderado | Pontuação de 3 a 7 Neste cenário, é importante que os pais participem da Entrevista de Seguimento (segunda etapa do M-CHAT-R/F), que vai reunir informações adicionais sobre indícios do distúrbio. Se nesta etapa o resul- tado for igual ou maior que 2, é um caso positivo e a criança deve ser encaminhada para um especialis- ta. Se a soma das respostas ficar entre 0 e 1, é um resultado negativo para TEA, mas a criança deve fazer o teste novamente nas próximas consultas de rotina. Alto Risco | Pontuação de 8 a 20 Com este resultado, não é necessário fazer a En- trevista de Seguimento. Os pais devem marcar uma consulta com especialistas para a confirmação do diagnóstico e a avaliação do tratamento personali- zado. É um lembrete: a avaliação pela M-CHAT é obrigatória para crianças em consultas pediá- tricas de acompanhamento realizadas pelo Sistema Único de Saúde (SUS), segundo a lei 13.438/17. Caso você suspeite de comportamentos do seu filho, peça ao pediatra para aplicar o teste e busque um especialista, se necessário. Fonte: Autismo e realidade. 2019. Disponível em: https://autismoerealidade.org.br/2019/05/08/o-que-e-a-es- cala-m-chat/. Acesso em: 22 fev. 2023. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2017/Lei/L13438.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2017/Lei/L13438.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2017/Lei/L13438.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2017/Lei/L13438.htm https://autismoerealidade.org.br/2019/05/08/o-que-e-a-escala-m-chat/. https://autismoerealidade.org.br/2019/05/08/o-que-e-a-escala-m-chat/. 47UNIDADE 3 MODELOS DE AVALIAÇÃO DA TERAPIA OCUPACIONAL QUADRO 2 - MODELO DE AVALIAÇÃO M-CHAT Fonte: Lopasio e Pondé (2008). 1.3 Avaliação de Rastreio de Declínio Cognitivo Teste de Rastreio Cognitivo MEEM (Miniexame do Estado Mental) Esse teste é um dos mais utilizados para testar e avaliar a função cognitiva por ser objetivo e rápido (em torno de 10 minutos); é de fácil compreensão e aplicação; não 48UNIDADE 3 MODELOS DE AVALIAÇÃO DA TERAPIA OCUPACIONAL necessita material específico. Deve ser usado como instrumento de rastreio, podendo ser utilizado por vários profissionais da saúde, porém não substitui uma avaliação do Médico assistente mais detalhada, pois, apesar de avaliar vários aspectos como: • Orientação espacial; • Orientação temporal; • Memória imediata e de evocação; • Cálculo; • Linguagem-nomeação; • Repetição; • Compreensão; • Escrita e cópia de desenho. Os Instrumentos de Rastreio não servem como teste diagnóstico, mas sim pra indicar funções que precisam ser investigadas. O MEEM (Miniexame de Estado Mental) é um teste validado e adaptado para a população brasileira. Abaixo segue Modelo do Instrumento MEEM. 49UNIDADE 3 MODELOS DE AVALIAÇÃO DA TERAPIA OCUPACIONAL QUADRO 3 – MEEM Fonte: Adaptado de: Folstein et al. (1975). . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . UNIDADE 3 MODELOS DE AVALIAÇÃO DA TERAPIA OCUPACIONAL . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2 MODELOS DE AVALIAÇÃO NEUROLÓGICA TÓPICO O terapeuta ocupacional desempenha um papel fundamental em diversas áreas, e a área neurológica é um dos principais campos de atuação. Na infância, as disfunções neu- rológicas podem ter origem em diversos fatores e ocorrer tanto durante o período pré-natal como pós-natal. Esses transtornos podem causar atrasos ou comprometer o desenvolvi- mento da criança, afetando seu desempenho ocupacional. Nesse contexto, o terapeuta ocupacional desempenha um papel crucial na neurolo- gia infantil. Através de intervenções terapêuticas personalizadas, ele auxilia as crianças a superarem desafios específicos relacionados a suas habilidades motoras, cognitivas, sen- soriais e emocionais. Na área neurológica infantil, o terapeuta ocupacional utiliza uma abordagem inte- grada, considerando as necessidades e metas individuais de cada criança. Ele desenvolve planos de tratamento personalizados, que podem incluir atividades e exercícios terapêu- ticos para melhorar a coordenação motora, o equilíbrio, a destreza manual, a percepção sensorial, a cognição, a comunicação e outras habilidades necessárias para o desempenho ocupacional adequado. Além disso, o terapeuta ocupacional também desempenha um papel importante no auxílio aos pais e cuidadores, oferecendo orientação e treinamento para que possam pro- mover um ambiente terapêutico adequado em casa e auxiliar no desenvolvimento contínuo da criança. Em resumo, a atuação do terapeuta ocupacional na neurologia infantil é essencial para auxiliar crianças com disfunções neurológicas a alcançarem seu potencial máximo de desenvolvimento, melhorando sua qualidade de vida e seu desempenho ocupacional em atividades diárias. 50 51UNIDADE 3 MODELOS DE AVALIAÇÃO DA TERAPIA OCUPACIONAL QUADRO 4 - AVALIAÇÃO NEUROLÓGICA ADULTO Fonte: A autora (2023). 52UNIDADE 3 MODELOS DE AVALIAÇÃO DA TERAPIA OCUPACIONAL QUADRO 5 - CONTINUAÇÃO DA AVALIAÇÃO NEUROLÓGICA Fonte: A autora (2023). 53UNIDADE 3 MODELOS DE AVALIAÇÃO DA TERAPIA OCUPACIONAL Você sabia que o Autismo não tem cura? O Autismo não é uma doença, portanto, não tem cura. O TEA é um transtorno do neurodesenvolvimento. Suas características podem ser percebidas ainda na primeira infância, quando a criança tem entre 18 me- ses e três anos.Pessoas com TEA podem apresentar diferentes níveis de necessidade de suporte. O que significa que, en- quanto alguns têm facilidade de realizar qualquer atividade pessoal e da vida diária, outros precisam de apoio para algumas atividades, como: • Tomar banho; • Ir ao banheiro; • Escovar os dentes; • Alimentar-se; • Vestir-se. Apesar de não podermos curar o autismo, é possível intervir com terapias para que a pessoa tenha melhor qualidade de vida, como aprimorar a comunicação, a concentração e diminuir os movimentos repetitivos que podem competir com a aprendizagem. Fonte: Genial Care. 2023. Disponível em: https://genialcare.com.br/blog/curiosidades-sobre o autis- mo/#:~:text=2.-, Autismo%20n%C3%A3o%20tem%20cura, n%C3%ADveis%20de%20necessidade%20 de%20suporte. Acesso em: 06 abr. 2023. 54UNIDADE 3 MODELOS DE AVALIAÇÃO DA TERAPIA OCUPACIONAL “Terapia ocupacional define-se em dois seres: eu e meu cliente. Ele, com suas rei- vindicações para si; eu, com o potencial de fazê-lo recriar o já vivido e criar o ainda não vivido...” Mário Battisti Fonte: Erimade Andrade. 2023. Disponível em: http://erimadeandrade.blogspot.com/2013/02/terapia-ocupa- cional-frases.html. Acesso em: 03 maio. 2023. http://erimadeandrade.blogspot.com/2013/02/terapia-ocupacional-frases.html http://erimadeandrade.blogspot.com/2013/02/terapia-ocupacional-frases.html CONSIDERAÇÕES FINAIS UNIDADE 3 MODELOS DE AVALIAÇÃO DA TERAPIA OCUPACIONAL Prezado (a) aluno (a), Neste material, busquei trazer para você os aspectos gerais da disciplina Métodos e Técnicas de Avaliação em Terapia Ocupacional que servirá de base para o estudo dos temas subsequentes, fornecendo conhecimento de termos técnicos-científicos utilizados rotineiramente nos estudos. Porém nesta unidade III, frisamos alguns modelos de avaliações, sendo: avaliações neurológicas, avaliações de rastreio de autismo e rastreio cognitivo. Sabemos que a terapia Ocupacional tem poucos instrumentos próprios para avaliação, sendo assim, podemos ter atrasos no desenvolvimento, declínio cognitivo, déficit motor, para acompanhar o plano terapêutico de cada paciente, evolução deles. Espera-se que essa disciplina possa contribuir para o aperfeiçoamento teórico- prático de terapeutas ocupacionais que realizam intervenções junto a paciente com danos neurológicos, físicos, mentais e comportamentais, trazendo melhor qualidade nos atendimentos e aprendendo a interpretar as condições de saúde deles. Com as avaliações corretas, é possível traçar melhor plano terapêutico e analisar a atividade a ser aplicada, a avaliação que nos dá o norte do trabalho a ser realizado. Até uma próxima oportunidade. Muito Obrigada! 55 MATERIAL COMPLEMENTAR UNIDADE 3 MODELOS DE AVALIAÇÃO DA TERAPIA OCUPACIONAL Título: Práticas em Terapia Ocupacional Autor: Gradim Editora: Editora Manole. Sinopse: Práticas em Terapia Ocupacional é um livro de refe- rência para profissionais de terapia ocupacional. O livro aborda vários assuntos relacionados à prática da terapia ocupacional, incluindo avaliação, diagnóstico, tratamento e intervenção. Os autores fornecem informações detalhadas sobre as abordagens e técnicas usadas em terapia ocupacional, bem como exemplos de casos práticos. Além disso, o livro fornece informações so- bre os princípios e fundamentos da terapia ocupacional, bem como sobre os direitos e responsabilidades dos profissionais. O livro Práticas em Terapia Ocupacional é uma excelente fonte de informação para profissionais desse campo. Os autores fornecem informações detalhadas e exemplos de casos práti- cos que ajudam os leitores a entenderem melhor a prática da terapia ocupacional. Além disso, o livro aborda os direitos e responsabilidades dos profissionais, bem como os princípios e fundamentos da terapia ocupacional. Recomendo fortemente esse livro para profissionais de terapia ocupacional que estão procurando informações atualizadas sobre a prática da terapia ocupacional. VÍDEO Título: M-CHAT Ano: 2016 Sinopse: Nesse vídeo poderão observar como os dados da avaliação M-CHAT são importantes, para rastreio de sinais do espectro autismo. Link de acesso: https://youtu.be/yf_DbmFnT1U VIDEO Título: ESCALA MINIMENTAL Ano: 2022 Sinopse: Esse vídeo irá relatar o exame de rastreio cognitivo em pessoas idosas, que pode observar declínio nas áreas de memória, raciocínio lógico, memoria de curto prazo e outros. Link de acesso: https://youtu.be/df_T4y8DHyY 56 https://youtu.be/yf_DbmFnT1U https://youtu.be/df_T4y8DHyY UNIDADE 3 MODELOS DE AVALIAÇÃO DA TERAPIA OCUPACIONAL Acredito que depois de ter assistido esses vídeos, você, aluno (a), deve ter compreendido a importância de avaliar seus pacientes, rastrear características e comportamento. Vocês irão observar como os dados da avaliação são importantes, para traçar um bom plano de tratamento para seu paciente, e compreender e a importância de planejar objetivos corretos para o tratamento adequado. A Avaliação nos possibilita o entendimento sobre a necessidade de nossos pacien- tes e o encaminhamento para outros profissionais se necessário. FILME Título: “Lição de Vida” Sinopse: Eli (Miles Elliot) tem apenas 10 anos, mas já enfrentou vários problemas familiares com sua mãe viciada em drogas e o pai alcóolatra. Após ser agredido pelo pai embriagado, Eli é levado para um orfanato. Em um acampamento juvenil, Eli conhece Ken Matthews (michael MAttera), um consultor de investimentos que está tentando impressionar um cliente. Ken fica responsável por Eli e precisa cuidar da criança revoltada, porém, ao saber do passado de Eli, Ken precisa decidir como irá lidar com ele. Ano: 2013. Link de acesso: https://youtu.be/0eqGTUJcECg 57 https://youtu.be/0eqGTUJcECg . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Plano de Estudos • Conceitos de análise de atividade; • Avaliação instrumentais de vida diária e COPM; • Conceito de interdisciplinaridade, multidisciplinaridade e transdiscipli- naridade, áreas de atuação do terapeuta Ocupacional. Objetivos da Aprendizagem • Definir o que é análise de atividade e sua importância; • Identificar a importância de colher dados de uma avaliação; • Definir a anamnese como o primeiro instrumento de avaliação; • Compreender a importância da terapia ocupacional, na ocupação e saber avaliar o desempenho ocupacional e assim como explicar e conceituar a interdisciplinaridade, a multidisciplinariedade e a transdisciplinaridade; • Entender as áreas de atuação da terapia Ocupacional. 4 UNIDADEUNIDADEPRÁTICA PRÁTICA PROFISSIONAL PROFISSIONAL DO TERAPEUTA DO TERAPEUTA OCUPACIONALOCUPACIONALProfessora Especialista Sandra Lea Rangel de Mesquita INTRODUÇÃO Seja muito bem-vindo a nossa quarta unidade referente à análise de atividade. Este material irá disponibilizar conhecimento teórico sobre o que é a análise e quais meios devemos seguir frente as necessidade e dificuldades apresentadas por alguém. Iniciaremos este conteúdo com as definições e conceitos de análise, assim como os modelos de análise que utilizamos no dia a dia. Além disso, veremos ainda o conhecimento relacionado àanálise de atividade voltada para as tarefas do cotidiano e, por fim, falaremos de avaliações de atividades de vida diária, conceito de interdisciplinaridade, multidisciplinariedade e transdisciplinaridade, assim como as áreas de atuação do terapeuta Ocupacional. UNIDADE 4 PRÁTICA PROFISSIONAL DO TERAPEUTA OCUPACIONAL 59 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . UNIDADE 4 PRÁTICA PROFISSIONAL DO TERAPEUTA OCUPACIONAL . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1 CONCEITOS DE ANÁLISE DE ATIVIDADE TÓPICO A análise de atividade objetiva possibilitar, sempre, ao ser humano, quais conhe- cimentos necessários e quais suas necessidades específicas, bem como entender quais estratégias podem ser usadas para um trabalho final. Sabemos que muitas vezes a forma de realizar um determinado trabalho ou ativida- de no cotidiano é definido, ou diferenciado de acordo com a perspectiva de cada pessoa, o mais importante sempre será o resultado final. O terapeuta ocupacional pode assim analisar e definir quais os melhores meios para se chegar a esses resultados, avaliando, assim, seu grau de complexidade e estruturação de etapas a serem realizadas. Na análise de atividades encontraremos, frequentemente, diversos modelos e diferentes roteiros a serem seguidos para a realização de uma determinada atividade. Entretanto, todos irão destacar que, independentemente do método a ser praticado, determinadas tarefas sempre necessitarão da realização de movimentos repetitivos, cabendo ao terapeuta ocupacional anotar, cuidadosamente, quais ações obtidas em determinadas situações. Sabemos que a atividade (ação) do ser humano é algo inerente desde a sua concepção, e por isso nunca deve ser pensada de forma isolada, será sempre através de ações que nós seres humanos iremos construir ideias e conceitos, nos organizarmos interiormente para refletirmos externamente. De acordo com a literatura, as análises podem ocorrer de diversas formas, algumas delas podem ser tanto análise biomecânica quanto análise psicodinâmica. A análise biomecânica propõe analisar as habilidades motoras, sensoriais, cognitivas, sociais e até emocionais. Já a análise psicodinâmica procura avaliar e analisar agressividade, simbologia e até identificação sexual de um determinado indivíduo (SILVA e EMMEL, 2008). Um dos princípios básicos da terapia ocupacional é justamente analisar e estimular o desenvolvimento através de atividades previamente planejadas, o que poderá 60 61UNIDADE 4 PRÁTICA PROFISSIONAL DO TERAPEUTA OCUPACIONAL definir categorias e áreas que determinam a ação que será realizada. Cabe ressaltar que essa análise vale tanto para as atividades diárias na vida adulta, quanto às de lazer ou recreação para o público infantil. 1.1 Modelos de Análise Os vários modelos de análise devem solucionar e encontrar a melhor maneira de realização de uma ação ou movimento. Quando aplicado, devemos analisar vertentes que interferem no resultado de tal objetivo. Essas vertentes são influenciadas tanto por ambiente externo (atos motores, por exemplo), quanto por vertentes internas (agressividade, por exemplo). A adaptação de uma determinada atividade não significa que o paciente não tenha capacidade de realizar de tal maneira, mas quando adaptamos algo é para possibilitar que, independentemente da forma de realização, a atividade adaptada vem para não ser uma barreira no momento da realização padronizada (LIMA, 2004) . 62UNIDADE 4 PRÁTICA PROFISSIONAL DO TERAPEUTA OCUPACIONAL FIGURA 1 - ANÁLISE DE ATIVIDADE 63UNIDADE 4 PRÁTICA PROFISSIONAL DO TERAPEUTA OCUPACIONAL FIGURA 2 - CONTINUAÇÃO DA ANÁLISE DE ATIVIDADE Fonte: A autora (2023). 64UNIDADE 4 PRÁTICA PROFISSIONAL DO TERAPEUTA OCUPACIONAL QUADRO 1 - ANÁLISE DE ATIVIDADE COMPONENTES DO DESEMPENHO OCUPACIONAL Fonte: A autora (2023). 65UNIDADE 4 PRÁTICA PROFISSIONAL DO TERAPEUTA OCUPACIONAL QUADRO 2 - ANÁLISE DE ATIVIDADE COMPONENTES COGNITIVOS Fonte: A autora (2023). QUADRO 3 - ANÁLISE DE ATIVIDADE COMPONENTES PSICOSOCIAIS Fonte: A autora (2023). 66UNIDADE 4 PRÁTICA PROFISSIONAL DO TERAPEUTA OCUPACIONAL QUADRO 4 - CONTINUAÇÃO DA ANÁLISE DA ATIVIDADE Fonte: A autora (2023). 67UNIDADE 4 PRÁTICA PROFISSIONAL DO TERAPEUTA OCUPACIONAL QUADRO 5 - ANÁLISE DE ATIVIDADE GRADUANDO A ATIVIDADE . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . UNIDADE 4 PRÁTICA PROFISSIONAL DO TERAPEUTA OCUPACIONAL . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2 AVALIAÇÃO INSTRUMENTAIS DE VIDA DIÁRIA E COPM TÓPICO O QUE SÃO ATIVIDADES DA VIDA DIÁRIA? Atividades da vida diária (AVD) são tarefas do dia a dia como de autocuidado, pare- cidas com as habilidades que aprendemos ao longo de nossa infância. Elas são: • Escovar os dentes; • Alimentar-se; • Higiene pessoal; • Pentear o cabelo; • Maquiar-se; • Arrumar-se; • Vestir-se; • Ir ao banheiro; • Escolher a roupa; • Banhar-se; • Manter-se continente; • Andar e transferir (por exemplo, da cama para a cadeira de rodas). As atividades instrumentais de vida diária são mais complexas, pois depen- dem de habilidades mais desenvolvidas aprendidas durante a adolescência, como: • Usar transporte, tanto ônibus, quanto taxi e dirigir carro; • Ir ao supermercado, fazer compras; • Preparar alimentação; • Usar o telefone e outros aparelhos de comunicação; 68 69UNIDADE 4 PRÁTICA PROFISSIONAL DO TERAPEUTA OCUPACIONAL • Cuidar das medicações; • Gerenciar tarefas domésticas e da casa; • Cuidar das Finanças. As AVDs e AIVDs representam as capacidades que as pessoas geralmente adqui- rem para viver como adultos independentes. O terapeuta ocupacional avalia as AVDS e AIVDS, observando a funcionalidade, dificuldade ou facilidade da criança e do adulto em completar aquela determinada função. 2.1 Avaliação do desempenho ocupacional A avaliação do desempenho ocupacional está inserida em toda a intervenção do te- rapeuta ocupacional e em todas as áreas que atua, representando um modelo profissional. A avaliação do desempenho ocupacional é um documento oficial da AOTA. Dentro desta avaliação temos 3 áreas de domínio, entre elas: Atividades de Vida Diária; Trabalho e Atividades Produtivas; e Atividades Recreativas e de Lazer. Componen- tes: Componentes Sensório Motores, Componentes sensório-Motores e Atividades Recrea- tivas e de Lazer. Contextos: Temporal, Ambiental. 1. Áreas • Atividades da vida diária; • Trabalho e atividades produtivas; • Atividades recreativas e de lazer. 2. Componentes • Componentes sensório-motores; • Componentes cognitivos; • Componentes psicológicos e psicossociais. 70UNIDADE 4 PRÁTICA PROFISSIONAL DO TERAPEUTA OCUPACIONAL 3. Contextos • Temporal; • Ambiental. O modelo de Desempenho Ocupacional se baseia em quatro etapas que são: Você já ouviu falar do modelo
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