TCC ELEN CRISTINE OLIVEIRA FREITAS ARTES

Prévia do material em texto

CENTRO UNIVERSITÁRIO FAVENI 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 ELEN CRISTINE OLIVEIRA FREITAS 
 
 
 
 
 
EDUCAÇÃO AMBIENTAL E A ARTE EM SALA DE AULA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
IPABA/ MG 
2022
 
 
 
 
 
 ELEN CRISTINE OLIVEIRA FREITAS 
 
 
 
 
 
EDUCAÇÃO AMBIENTAL E A ARTE EM SALA DE AULA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Trabalho de conclusão de curso 
apresentado como requisito 
parcial à obtenção do título 
especialista em ARTES VISUAIS. 
 
 
 
 
 
IPABA/ MG 
2022 
 
 
 
 
 
ELEN CRISTINE OLIVEIRA FREITAS1, 
 
 
Declaro que sou autor(a)¹ deste Trabalho de Conclusão de Curso. Declaro também que o mesmo 
foi por mim elaborado e integralmente redigido, não tendo sido copiado ou extraído, seja parcial ou 
integralmente, de forma ilícita de nenhuma fonte além daquelas públicas consultadas e corretamente 
referenciadas ao longo do trabalho ou daqueles cujos dados resultaram de investigações empíricas por 
mim realizadas para fins de produção deste trabalho. 
Assim, declaro, demonstrando minha plena consciência dos seus efeitos civis, penais e 
administrativos, e assumindo total responsabilidade caso se configure o crime de plágio ou violação aos 
direitos autorais. (Consulte a 3ª Cláusula, § 4º, do Contrato de Prestação de Serviços). “Deixar este texto 
no trabalho”. 
 
RESUMO- RESUMO 
Os objetivos que envolvem o ensino sobre educação ambiental vão muito além 
de meras palavras ou propostas subjacentes, pois, visa compreender o homem, a 
natureza e o espaço vivido pelo mesmo. Sendo assim, é possível questionamentos de 
como viver em harmonia com a natureza, como utilizar os recursos naturais sem 
prejudicar o meio ambiente e o que fazer para que atitudes dos homens não venham 
recair sobre as próximas gerações. Pensar em educação ambiental é pensar no que 
deixaremos para uma nova sociedade, modificar os hábitos de consumo para evitarmos 
o desperdício. Ao longo dos anos, o homem vem utilizando de maneira incorreta os 
recursos naturais disponíveis na natureza e consequentemente estas ações tem 
impactado gravemente na sobrevivência dos seres vivos. Um dos impactos ambientais 
preocupantes é o aquecimento global advindo das emissões de gases poluentes das 
queimadas, das indústrias e dos automóveis que deram origem ao aumento da 
temperatura, o derretimento das calotas polares, aumentando do nível do mar 
provocando inundações. Portanto, é preciso conscientização de como utilizar os recursos 
naturais de forma que não agridem o meio ambiente, apresentando propostas de 
sustentabilidade que visem melhorar a qualidade de vida e respeitando a natureza e os 
recursos que ela oferece. A proposta de pesquisa teve como objetivo a conscientização 
das Inter-relações dos elementos homem x meio ambiente, percebendo-se como parte 
integrante do meio e reconhecendo a importância individual e coletiva na preservação 
ambiental, compreender sobre as ações do homem e as catástrofes ambientais 
decorrentes do mau uso. 
 
 
 
 
Palavras-chave: Educação Ambiental. Arte na escola. Impactos Ambientais. 
Sustentabilidade. Conscientização. 
 
 
 
1elencrisoliv@hotmail.com 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1 INTRODUÇÃO 
A proposta de pesquisa abordou sobre a Educação Ambiental e o estudo da Arte 
no contexto escolar, como o professor de artes poderá trabalhar com a 
interdisciplinaridade na sala de aula quando o assunto for Educação Ambiental, essa é 
a proposta do artigo, combinar educação ambiental e arte dentro do contexto escolar. 
Baseando-se em pesquisa bibliográfica, de acordo com as normas ambientais, com os 
atuais acontecimentos e conhecimentos científicos relacionados à educação ambiental, 
processo de educação responsável por formar indivíduos conscientes com os 
problemas ambientais e engajados com a conservação e preservação dos recursos 
naturais, sustentabilidade, abordando os aspectos econômicos, sociais, políticos, 
ecológicos e éticos. 
 Justificou-se a proposta de pesquisa pela necessidade de promover aos 
educando conscientização sobre a preservação do meio ambiente, nesse sentido cabe 
ao professor de artes, trabalhar de forma interdisciplinar envolvendo o educando em 
uma ampla discussão sobre como levar uma vida digna e ao mesmo tempo preservar o 
meio ambiente. Educação Ambiental apresenta-se como uma forma de promover ações 
que possam despertar o indivíduo para utilizar de forma sustentável os recursos 
naturais, promovendo ações que contribuem para o melhor aprendizado. Para que isso 
seja possível o professor deve trabalhar em sala de aula com reciclável, utilizando as 
habilidades artísticas, para promover um ensino de qualidade 
O motivo norteador da pesquisa deu-se pela necessidade de compreender sobre 
sustentabilidade e ações mediadoras que são apresentadas pela Educação Ambiental 
para preservação do meio ambiente. 
 O objetivo principal da proposta de pesquisa consiste em destacar o papel da 
Educação Ambiental X o ensino de artes, bem como promover a conscientização do 
indivíduo em relação ao meio em que está inserido. O trabalho com oficinas de 
reciclagem na sala de aula é um ótimo passo para que o aluno por exemplo aprenda a 
fazer arte e ao mesmo tempo se conscientiza da importância de preservar o meio 
ambiente, medidas simples como cuidar da limpeza da sala, em casa como ele pode 
 
 
 
 
conversar com os pais sobre reutilizar móveis que seriam descartados no meio 
ambiente, trabalhar em sala de aula sobre a reciclagem abordando temas artísticos 
com certeza trará um grande resultado na vida pessoal e escolar do docente. 
Como objetivos específicos promover conscientização das Inter-relações dos 
elementos homem x meio ambiente, identificar catástrofes ambientais e suas 
consequências para o meio ambiente, evidenciar o homem como parte integrante do 
meio e reconhecer a importância individual e coletiva na preservação ambiental, 
compreender sobre as ações do homem e as catástrofes ambientais decorrentes do 
mau uso pelo homem. 
 
2 DESENVOLVIMENTO 
 A metodologia foi baseada em pesquisa bibliográfica de autores, através de 
referências bibliográficas que fundamentaram o assunto, tendo como fonte de 
pesquisa livros e artigos que abordem sobre o tema proposto, sendo publicados em 
um período de dez anos, revisados em edições posteriores, tendo como principais 
autores: 
IALONGO (2006), TECGLEN (1979), ALMEIDA (1994), dentre outros citados no texto. 
 
2.1-FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 
 
3 2.2A EDUCAÇÃO AMBIENTAL E SUA IMPORTANCIA PARAO MEIO AMBIENTE 
 
 Educação Ambiental tem como principal objetivo reeducar os alunos, fazer com 
que eles aprendam o valor dos recursos naturais, a importância do consumo 
sustentável, pois, educar ambientalmente não se restringe apenas tomar 
conhecimento dos problemas ambientais, e sim criar estratégias para solucionar os 
problemas que causamos ao longo de nossa existência. 
 De acordo com a Lei 9.795/99, pode-se compreender a educação ambiental 
como sendo 
 
 
 
 
Processos por meio dos quais o indivíduo e a coletividade 
constroem valores sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e 
competências voltada para a conservação do meio ambiente, 
bem de uso comum do povo, essencial à sadia qualidade de vida 
e sua sustentabilidade. (BRASIL 1999,s/p). 
 
As atitudes egoístas do homem tem prejudicado o meio ambiente, e se não nos 
educarmos agora talvez não teremos mais oportunidade para mudarmos essa situação, 
“a educação ambiental é uma ação que hoje já está presente em todas as nações, que 
buscam o desenvolvimento tecnológico sem exaurir os recursos naturais do 
planeta’’.(IALONGO2006,p20) 
De acordo com as teorias de IALONGO (2006), é preciso mudar hábitos, 
posturas e comportamentos parar nãopensarmos que o problema ambiental se 
restringe apenas às autoridades competentes, mas à toda sociedade. 
A mais de um milhão de anos o homem luta pela sobrevivência nesse imenso 
planeta azul, e vem introduzindo mudanças irreparáveis no ambiente terrestre 
causando tragédias ambientais incalculáveis, além dos problemas de origem natural 
como erosões por exemplo. 
Observa-se que o homem aprendera por meio de técnicas, meios necessários 
para sua subsistência, no entanto, a civilização cresceu e o desenvolvimento da 
sociedade ocasionou impacto ambiental progressivo, resultando em uma 
desestabilização do ecossistema. 
 
Após a Revolução Industrial, os padrões interativos do ser 
humano com o meio ambiente caracterizaram - se pela busca de 
ganhos socioeconômicos. O aquecimento global, a destruição da 
camada de ozônio, o desmatamento, a extinção de espécies, a 
diminuição do suprimento de água potável, o crescimento 
populacional, a chuva ácida e a poluição tóxica do ar e das águas 
vêm sendo apontados como as principais ameaças ao meio 
ambiente terrestre”. (ALMEIDA, 1994 p.10) 
 
 Segundo Ialongo (2006), o impacto ambiental ocasionado pelo mal uso dos 
recursos naturais disponíveis na natureza para o homem acarretaram sérias 
consequências como o aumento da temperatura do planeta nas últimas décadas, 
provocando o aquecimento global devido as emissões de gases poluentes por meio das 
queimadas das matas e florestas, das indústrias e automóveis que lançam seus gases 
 
 
 
 
poluentes na atmosfera provocando o efeito estufa a variação climática, o derretimento 
das geleiras aumento do nível do mar provocando inundações, catástrofes ambientais, 
ou seja, a natureza se revoltando contra o homem através da lei da semeadura, ’’tudo 
o que se planta se colhe. Cada sociedade tem um modo próprio de deixar suas marcas 
no meio ambiente, seja política, econômica ou mesmo religiosa. Pensar nessas ações é 
pensar no modo de vida do homem. 
 Para Ialongo (2006), a concepção de desenvolvimento econômico de um país 
está associada à capacidade da sociedade de produzir e consumir bens matérias e 
outros serviços. Para manter o ciclo de produção, o mercado cria novos hábitos e novas 
necessidades de consumo, reduz a vida útil dos produtos e multiplica as opções por 
mercadorias e embalagens descartáveis. 
 Atualmente, essa lógica do mercado apoia - se no desenvolvimento ecológico, 
que cria novos produtos ou acrescenta recursos aos existentes, tornando a mercadoria 
obsoleta num período cada vez menor, o que resulta em toneladas de lixo tecnológico e 
outros jogados no meio ambiente, descartados a céu aberto. 
 
O ciclo da publicidade é o mais enganoso da sociedade de 
consumo. Os grandes fabricantes de produtos concedem à 
publicidade importantes fatias de seus orçamentos, mas 
inevitavelmente, fazem recair os custos no preço do produto 
vendido: desse modo, o consumidor é quem paga o caro sistema 
que convence a ele próprio de que deve comprar. (TECGLEN 
1979, p.46) 
Diariamente produtos são lançados no mercado e compra - se o que não é 
necessário, apenas para satisfação do ego, sendo assim, o maior que o homem tem é 
ele mesmo por não saber usar os recursos disponíveis na natureza, está se destruindo 
e destruindo o meio em que vive; hoje os objetos são feitos para se tornarem obsoletos, 
a mídia exerce um fator negativo importantíssimo no quesito consumismo por meio de 
ofertas e propagandas que fazem com que o telespectador acabe por comprar objetos 
desnecessários ao uso, comprando apenas para falar que possui. 
Com a mesma facilidade que compra descarta na natureza sem nenhum cuidado 
com o solo, os rios etc., portanto, são esses lixos lançados de qualquer maneira sem 
nenhum cuidado tem causado obstrução das redes fluviais e consequentemente 
alagamentos nas pequenas e grandes cidades, provocando a morte de pessoas e 
animais, causando doenças contagiosas como a leptospirose. 
 
 
 
 
 
A ocorrência e a gravidade de casos de doença devido à 
contaminação da água por micro-organismos, por exemplo, 
dependerão em parte da habilidade do indivíduo ou grupo de 
obter acesso a fontes de água alternativas ou a cuidados 
terapêuticos. A habilidade para enfrentar a gravidade dos efeitos 
de riscos ambientais é limitada muito frequentemente por 
circunstâncias econômicas (CARDOSO, 2005, p. 96) 
 
A preservação do meio ambiente, antes bandeira de um pequeno grupo de 
ativistas, passou a ser uma preocupação global e a partir daí políticas governamentais 
foram adotadas em todo o planeta. Essa inquietação deve-se à valorização da 
qualidade de vida e à percepção de que a sobrevivência do homem depende 
diretamente da preservação dos recursos naturais, “todos têm direito ao meio ambiente 
ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade 
de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e 
preservá-lo para as presentes e futuras gerações”. (Brasil, 1988, art. 225) 
 
4 2.3 ARTES X EDUCAÇÃO AMBIENTAL 
 
 Levando em conta o contexto apresentado sobre a importância da Educação 
Ambiental, verifica-se que trata de um tema que necessita de incentivo e de 
conscientização por parte da população, no sentido de promover melhorias para o meio 
em que o indivíduo está inserido. 
 Sobre o termo catástrofes Ambientais podem-se dizer que trata de acontecimentos 
que agridem o meio, como exemplos pode-se citar os mais recentes que foram 
considerados verdadeiras tragédias. 
_Rompimento da barragem em Mariana em novembro de 2015, especialistas e até 
mesmo o governo federal identificaram como sendo a maior tragédia ambiental da 
história do Brasil, sendo uma situação que rompeu com a fauna, flora e com a vida das 
pessoas, enfocando problemas com ambiente, com a cultura local, história das 
pessoas. Ficou evidente que tanto o solo, como a vida animal e vegetal sofreu perdas 
irreparáveis. 
_Rompimento da Barragem em Brumadinho, provocando danos industriais, 
humanitários e ambientais, com mortos e desaparecidos, as vidas perdidas e a 
 
 
 
 
contaminação da água e do solo, situação que poderia ter sido evitada, se as empresas 
fossem mais fiscalizadas e preservasse mais a vida e o meio ambiente do que apenas 
pensar em lucros. 
_Explosão na plataforma Deepwater Horizon, arrendada pela empresa British 
Petroleum (BP), na noite de 20 de abril de 2010, uma explosão na plataforma matou 11 
funcionários. Dois dias depois, a plataforma afundou a aproximadamente 80 
quilômetros da costa da Louisiana, sul dos Estados Unidos. O petróleo começou a 
vazar da tubulação rompida a 1,5 quilômetros da superfície do mar, formando uma 
enorme mancha que se aproxima do litoral americano. Desde então, o óleo vem 
prejudicando a fauna marinha, o turismo e a pesca na região. 
https://vestibular.uol.com.br/resumo-das-disciplinas/atualidades/desastre-
ambientalconsequencias-do-vazamento-de-petroleo-no-golfo-
dmexico.htm?cmpid=copiaecola 
A floresta Amazônica é outro assunto crítico que sofreu com os ambiciosos 
projetos, Radam, Calha Norte e o atual Sivan, vem sofrendo destruição sem 
precedentes da fauna e flora, enfim a biodiversidade amazônica está comprometida, ela 
que era considerada o pulmão do mundo agora está doente, ’ “um dos valores que 
passa a ser reconhecido como essencial para a sustentabilidade da vida na Terra é o 
da conservação da diversidade biológica (biodiversidade). E para a sustentabilidade 
social, reconhece-se a importância da diversidade dos tipos de sociedade, de culturas 
(socio diversidade) ”. (BRASIL 1997, p.42). 
 São crimes ambientais cometidos por ricos ambiciosos, traficantes que não 
preocupam com os povos indígenas nativos, os seringueiros e população ribeirinha. O 
projeto Sivan tem como objetivo examinar os mais de cinco milhões Km², utilizando a 
tecnologia para evitar o desmatamento e asqueimadas, detectar as jazidas minerais 
exploradas ilegalmente, o respeito as reservas e aos povos indígenas. 
O grande problema hoje da Biologia é que as espécies estão 
sendo extintas num ritmo maior do que são conhecidas. Há uma 
corrida para estudo das espécies, para catalogar e conhecer os 
seres que compartilham conosco a vida no planeta. É preciso 
saber quem são e onde estão esses nossos companheiros na 
Terra, para melhor protege-los. (MACHAD0 2009, p.6). 
 
 
 
 
 
Segundo Gouveia (1999) um tipo de contaminação comum no meio ambiente são 
os lixos jogados pelas ruas, quando vêm as chuvas são levados para os rios, lagos e 
mares. Esses lixos obstruem as redes fluviais causando alagamento e enchentes por 
toda a cidade, provocando até mesmo a morte de pessoas. 
A intensificação da urbanização pela qual quase todo o mundo vem passando 
também trouxe consequências ambientais profundas, principalmente nos países mais 
pobres, onde o processo vem ocorrendo mais rapidamente, muitas vezes de forma não 
planejada e não controlada, além de sub - financiada. 
Nesses países a urbanização descontrolada ultrapassou a capacidade financeira e 
administrativa das cidades em fornecer infra - estrutura e serviços essenciais como 
água, saneamento, coleta e destinação adequada do lixo e serviços de saúde, além de 
emprego, moradia, segurança e controle do meio ambiente para toda a população. 
Com relação à questão da água e saneamento, considerada um 
dos maiores problemas ambientais, principalmente nas áreas 
urbanas mais pobres, estima - se que cerca de ¼ da população 
urbana de países subdesenvolvidos e em desenvolvimento não 
têm acesso à água potável. Essa situação se deve ao rápido 
crescimento populacional urbano e à pressão que ele exerce 
sobre os ecossistemas e recursos naturais. (GOUVEIA1999, 
p36). 
 
 
 Outro fator preocupante é a ocupação das cidades em áreas de riscos causando 
grandes transtornos para o meio ambiente, por exemplo, casas são construídas às 
margens de rios onde os dejetos são lançados nas águas, poluindo os rios, cidades não 
planejadas com redes de esgoto a céu aberto, lixões expostos, muito lixo advindo dos 
objetos obsoletos. ’’ Maior parte dos contaminantes que chegam aos cursos d’ água de 
todo o mundo é material orgânico em forma de águas residuais domésticas e efluentes 
da indústria e da agricultura.’’ (Dias, 1998, p.20). 
 Conforme IALONGO (2006) os recursos naturais são explorados sem nenhum 
aviso prévio, por causa da ganância do homem que não mede esforço para adquirir 
aquilo que lhe satisfaz sem pensar nas consequências de seus atos. O homem fere, 
mata e destrói a natureza, até que chegará um dia que o homem terá muito dinheiro, 
mas não terá o que comprar caso não repense em suas atitudes. Ressalta - se que a 
 
 
 
 
Concepção de desenvolvimento econômico de um país está associada à capacidade da 
sociedade de produzir e consumir bens materiais e outros serviços. 
 Daí a importância de ensinar os alunos de preferência à partir do ensino 
fundamental I sobre a educação ambiental, ensinando medidas simples de suma 
importância para que possamos utilizar os recursos naturais sem prejudicar nossa 
saúde e o meio ambiente; propor trabalhos com projetos e atividades interdisciplinares 
em sala de aula como economizar água, plantar árvores e cuidar das nascentes. 
A educação oferecida nas escolas é fundamental para a 
problemática ambiental que se propõem a educar os jovens, 
visando a uma nova lógica nas relações do homem com o 
homem e do homem com a natureza. Lógica esta que faça parar 
e reverta o processo destruidor em que vivemos, nos dias de hoje 
(KOFF, 1995, p. 21). 
 
O uso abusivo dos recursos hídricos, o desperdício da água, a derrubada de 
árvores, as queimadas, a queima de combustível fóssil ao longo dos anos acarretaram 
vários problemas como a escassez de água, o aquecimento global, a variação 
climática, tudo isso são consequências do uso abusivo dos recursos naturais 
disponíveis no meio ambiente, o que seria uma troca justa resultou em catástrofe 
ambiental devido a insensatez da humanidade. 
Importante a conscientização sobre o consumismo para viver de forma justa, 
gastar apenas o necessário para sobrevivência neste planeta, consumir 
conscientemente. 
A ação antrópica do homem à natureza tem sido um desastre ao longo dos anos, 
a globalização teve um efeito negativo em relação ao meio ambiente, pois, as empresas 
multinacionais lançam no mercado produtos com pouca durabilidade visando sempre o 
lucro, o capital de giro, assim sendo os produtos tornam - se obsoletos e o descarte 
inconsciente compromete a natureza. 
 
5 2.3 EDUCAÇÃO AMBIENTAL E A CONSCIENTIZAÇÃO DOS PROBLEMAS AMBIENTAIS 
Educação Ambiental é cuidar das áreas de proteção ambiental, das matas 
nativas, dos mananciais que são utilizados pelo homem, rios, lagos represos ou 
subterrâneos; obedecer às leis que regem o estatuto ambiental, ou seja, pôr em prática 
tudo que se aprendeu. 
 
 
 
 
O uso sustentável desses recursos permite que possamos viver de forma digna, 
sem destruir os recursos naturais neles advindo. Infelizmente nossa atitude egoísta tem 
causado uma destruição em massa no meio ambiente. O aquecimento global tem 
provocado secas, inundações e mudanças climáticas. Um exemplo real é que há muitos 
anos atrás as chuvas caíam na época certa, os agricultores conseguiam identificar o 
período das chuvas, preparavam para o plantio pois, a chuva era certa; nos dias atuais 
já não se sabe, pois, os fenômenos naturais são incertos gerando sempre transtornos à 
humanidade e natureza. 
 Em 1987 foi apresentado o conceito de desenvolvimento sustentável com a 
divulgação do relatório Nosso Futuro Comum, na Assembleia Geral da ONU traduzindo 
que todos os habitantes do planeta terra tem o dever de proteger o meio ambiente, 
devemos lutar para isso, a responsabilidade é coletiva, pois todos usufruirmos dos 
recursos naturais, ricos e pobres, grandes e pequenos todos temos nossas obrigações 
com o nosso planeta. 
Houve também a Conferência de Estocolmo, a primeira Conferência das Nações 
unidas sobre o homem e o meio Ambiente que constituiu um marco na tomada de 
consciência advertindo que a preservação do meio ambiente depende de todos os 
habitantes do planeta Terra, “o ambientalismo adota um perfil complexo e 
multidimensional de grande iniciativa e capacidade de ação ética e comunicativa, que o 
habilita para se constituir em um eixo civilizatório entre as nações, povos, culturas, 
espécies e indivíduos”( MONTIBELLER 2001, p. 37), 
A agenda 21 teve a finalidade de promover participação do poder local, governo 
e sociedade do município, entidades filantrópicas, comunidades rurais, organização não 
governamental com o intuito de solucionar os problemas ambientais e a implementação 
de práticas de desenvolvimento sustentável, orientação para os governos a fim de 
traçarem planos para recuperação de ambientes degradados envolvendo todos os 
níveis administrativos no combate a degradação ambiental. 
 
A Agenda 21 é um plano de ação para ser adotado global, 
nacional e localmente, por organizações do sistema das Nações 
Unidas, governos e pela sociedade civil, em todas as áreas em 
que a ação humana impacta o meio ambiente. Constitui-se na 
mais abrangente tentativa já realizada de orientar para um novo 
padrão de desenvolvimento para o século XXI, cujo alicerce é a 
 
 
 
 
sinergia da sustentabilidade ambiental, social e econômica, 
perpassando em todas as suas ações propostas. (BRASIL 2008, 
p.12). 
 
 
O Protocolo de Kyoto e as Mudanças climáticas foram abordados como 
prioridade devendo os países desenvolvidos reduzir cerca de 5,2% seus índices de 
emissão dos gases responsáveis pelo efeito estufa. 
 
O crescimento econômico acelerado pode provocar o 
desmatamento de florestas, a exaustão de reservas mineraise a 
extinção de certas espécies de peixes. A atividade agrícola tende 
a ocupar vastas áreas de terras onde se encontravam florestas. A 
urbanização explosiva resultante tem provocado o esgotamento 
das fontes de água potável. A atividade produtiva pode também 
poluir os mananciais de água, infestar o ar atmosférico, 
interferindo no próprio clima e no regime de chuvas, o que afeta a 
saúde da população, (SOUZA 2005, p.8) 
 
O documento previa níveis diferenciados de reduções para os 38 países 
considerados os maiores poluentes de gases – estufa. As principais ONGs que atuam 
na preservação do meio ambiente são o Greenpeace e o WWF, Já no Brasil destaca-se 
a Fundação Brasileira para a Conservação da Natureza (FBCN) e a SOS Mata 
Atlântica,” desenvolvimento sustentável é o que preserva o meio ambiente, sobretudo 
os recursos naturais não renováveis” (SOUZA 2005, p.8) 
 As leis instituídas deveriam ser cumpridas, ou melhor, mas não são; um exemplo disso 
é o BONN 2001 cujo presidente dos EUA não aceitou a diminuição dos níveis das 
emissões de gases - estufa de seu país. Não adianta criar leis e não cumpri - lãs, visto 
que, o planeta tem urgência na resolubilidade das questões ambientais para que as 
práticas abusivas ao meio ambiente sejam contornadas, dessa forma ao dano 
ambiental pode ser conceituado como sendo, ’lesão aos recursos ambientais com 
consequente degradação ou alteração adversa do equilíbrio ecológico e da qualidade 
ambiental” (MILARÉ 2011.p.47). 
 Nesse sentido é necessário maio conscientização sobre a utilização dos recursos 
naturais de forma sustentável. 
6 2.4 O CONSUMO SUSTENTÁVEL 
Para Ialongo (2006) em sua obra Educação Ambiental (2006), a proposta de 
desenvolvimento sustentável para tornar - se viável é necessário que haja mudança de 
 
 
 
 
hábitos de consumo. O consumismo exagerado tem causado uma degradação 
Ambiental desordenada, são toneladas de lixo eletrônicos descartados no meio 
ambiente sem o menor cuidado, carcaças de TVs, celulares, pilhas, sem contar com 
plásticos, pneus etc. 
O consumo deve - se restringir ao que é realmente necessário, o que oferece 
qualidade de vida e ao mesmo tempo não deteriora o meio ambiente, pois, só com uma 
condição de vida sustentável é que será possível amenizar a degradação ambiental. 
Sobre o assunto natureza, moradores do bairro JK em Fabriciano/MG chamaram a 
atenção sobre um local que havia tornado depósito de lixo, a população se uniu e 
transformaram esse local em uma área verde onde todos os envolvidos cuidam. 
 
Tema sustentabilidade confronta-se com o paradigma da 
sociedade de risco. Isso implica a necessidade de se 
multiplicarem as práticas sociais baseadas no fortalecimento do 
direito ao acesso à informação e à educação ambiental em uma 
perspectiva integradora. (JACOBI 2003, p.192) 
 
Fazer algo pelo Meio Ambiente é fazer algo por nós mesmos, a conscientizar 
contribui para a redução do impacto ambiental. Deve - se priorizar o desenvolvimento 
econômico, social e principalmente ambiental, afinal é da natureza que tiramos a 
matéria prima para nosso sustento. A política de desenvolvimento sustentável nada 
vale se todos não contribuir com práticas sustentáveis que visa combinar 
desenvolvimento e preservação ambiental. 
O rompimento das barragens em Brumadinho e Mariana não teria acontecido se 
houvesse de fato cumprimento das leis ambientais. Tal fato ocasionou perdas 
irreparáveis ao meio ambiente como a destruição do solo, vegetações, rios e vidas 
humanas. Diante desses pontos abordados pode-se perceber que a sustentabilidade 
pode ser entendida como sendo uma forma de 
 
- Integrar conservação da natureza e desenvolvimento; 
- Satisfazer as necessidades humanas fundamentais; 
- Perseguir equidade e justiça social; 
- Buscar a autodeterminação social e respeitar a diversidade 
cultural; - Manter a integridade ecológica. (MONTIBELLER 
FILHO, 2001, p.47): 
 
 
 
 
 
Deus o criador do universo criou todas as coisas perfeitamente, deixou na 
natureza todos os recursos naturais necessários para a sobrevivência na terra exigindo 
apenas sabedoria do homem. Os recursos naturais dividem – se em recursos 
renováveis e não renováveis. Os recursos não renováveis uma vez retirados da 
natureza não retornam para ela, ao longo dos anos os recursos não renováveis foram 
explorados de forma irresponsável como o petróleo, os minerais (carvão de pedra, 
xisto, ferro, manganês, cobre, pedras preciosas), a matéria prima do vidro (sílica, soda 
cáustica e cal), entre outros. 
A constatação de certos problemas ambientais, como efeito 
estufa, a destruição da camada de ozônio, a devastação das 
matas, a perda da biodiversidade, entre outros, comprova a 
dimensão global dessa interferência. Diante desse quadro, o ser 
humano se vê desafiado a encontrar caminhos alternativos para o 
desenvolvimento econômico e social, os quais alterem os atuais 
padrões de interferência na natureza. (LUCCI. 2005, p.28). 
Os recursos renováveis podem ser entendidos como sendo aqueles que podem 
ser recolocados na natureza como as árvores, que são utilizadas em muitas coisas para 
o bem estar da sociedade, entretanto, são utilizadas de forma desordenadas, 
prejudicando o meio ambiente sem a preocupação de pensar sobre as gerações 
futuras, necessitando de conscientização de uso sustentável, portanto, “a proposta de 
desenvolvimento sustentável torna – se viável e para tanto é preciso promover 
mudanças nos hábitos de consumo e reduzir as diferenças sociais”. (IALONGO2006, 
p22) 
ILUSTRAÇÕES 
4.1Oficinas de reciclagem 
Em sala de aula o professor pode trabalhar prática e teoria quando se trata de 
educação ambiental unindo o útil ao agradável, de forma bem lúdica ele ensina os 
alunos a importância de reciclar, por exemplo pneus velhos, pratos descartáveis, 
garrafa pet, se tornam objetos artísticos que podem enfeitar a sala de nossa casa, ou 
até mesmo em um parquinho. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
7 CONCLUSÃO 
Ao finalizar a proposta de pesquisa, foi possível perceber que o ser humano, de 
modo consciente vem se colocando à parte dos problemas ambientais, percebendo 
apenas o meio ambiente como apenas recursos que o homem utiliza sem preocupar 
com as consequências que suas ações podem causar. 
Entretanto, conscientizar sobre o consumo dos bens naturais constitui tarefa 
relevante para a sobrevivência dos seres vivos no planeta terra, no entanto, medidas 
importantes são necessárias para minimizar o colapso ambiental devendo ser 
priorizadas neste momento. O ensino da educação ambiental associado ao ensino da 
arte nas escolas será de grande valia para as futuras gerações, a criança desde cedo 
precisa ser educada de forma correta sobre o uso sustentável dos recursos naturais. 
Consequentemente, mudanças de hábitos para um consumo sustentável são atitudes 
precisas para promover sustentabilidade ao meio ambiente e permitir que as gerações 
futuras não sofram graves consequências. 
A educação ambiental tem como meta orientar e conscientizar a necessidade de 
o ser humano cuidar dos recursos naturais, propondo através de práticas pedagógicas 
promover as crianças compreender desde as séries iniciais sobre a importância de 
preservar o meio ambiente, utilizando de forma consciente os bens naturais, para que 
no futuro tornem cidadãos com autonomia sobre o processo de sustentabilidade em 
prol de uma melhor qualidade de vida. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
8 REFERÊNCIAS 
ALMEIDA Júnior, J. M. G. Desenvolvimento ecologicamente autossustentável: 
conceitos, princípios e implicações. Humanidades, 1994. 
 
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, 1988. 
 
______, Lei 9795-99. Educação ambiental. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 1999. 
________. Parâmetros Curriculares Nacionais: meio ambiente - saúde. Secretaria 
de Educação Fundamental. Brasília,1997. 
________, Ministério do Meio Ambiente. O que é agenda 21. Marcos Referenciais do 
Desenvolvimento Sustentável. Disponível em: Acesso em junho de 2019. 
CARDOSO, M. R. A. Epidemiologia Ambiental. In: Saneamento, Saúde e Ambiente: 
Fundamentos para um desenvolvimento sustentável. PHILIPPI JR. 
Arlindo. (Ed.). Barueri-SP: Manole, 2005. 
DIAS, G. F. Educação Ambiental: Princípios e práticas. São Paulo Gaia,2003. 
GOUVEIA, N. Saúde e meio ambiente nas cidades: os desafios da saúde 
ambiental. Saúde e Sociedade, 1999. 
KOFF, E D. A questão ambiental e o estudo de Ciências: algumas atividades. 
Goiânia: UFG, 1995. 
 
IALONGO, R.F. Coleção Atlas do Estudante: Educação Ambiental. Editora Didática 
Paulista LTDA,2006. 
 
LUCCI, E. A. BRANCO, A. L. MENDONÇA. C. Geografia Geral e do Brasil – Ensino 
Médio. 3ed. São Paulo: Saraiva, 2005. 
 
MACHADO, Â. Quem ama cuida. Revista Semeando: Sustentabilidade e Meio 
Ambiente. Edição Anual-Ano 4 – 2009. 
 
 
 
 
 
MILARÉ, E. Direito Ambiental.7ª Edição. SãoPaulo. Revista dos Tribunais,2011. 
MONTIBELLER FILHO, G. O mito do desenvolvimento sustentável: Meio ambiente 
e custos sociais no moderno sistema produtor de mercadorias. Florianópolis: Ed. 
Da UFSC, 2001. 
 
SOUZA, N. de J. de. Desenvolvimento Econômico. São Paulo: Atlas, 5º ed. 
Revisada, 2005. 
 
TECGLEN, E. A Sociedade de Consumo. Rio de Janeiro: Salvat Editora do Brasil, 
1979. 
 
SITES CONSULTADOS 
 
GREENPEACE BRASIL. Disponível em:www.grenpeace.org.br. GreenpeaceBrasil). 
Acessado em junho/2019. 
 
IBAMA. InstitutoBrasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis. 
Disponível em:www.ibama.gov.br . Acessado em junho/2019. 
IBGE. Brasileiro de Geografia e Estatística. Disponível em: www.ibge.gov.br Acessado 
em junho/2019. 
PORTAL SOS MATA ATLÂNTICA. Disponível em:www.sosmatatlantica.br.Acessado 
em junho/2019. 
ONU.Oraganização das Nações Unidas. Disponíveis em:www.un.org.Acessado em 
junho/2019. 
W.W.F. Fundo Mundial para a natureza. Disponível em:wwwf.org.br.Acessado em 
junho/2019 https://vestibular.uol.com.br/resumo-das-disciplinas/atualidades/desastre-
ambientalconsequencias-do-vazamento-de-petroleo-no-golfo-
domexico.htm?cmpid=copiaecol. 
https://www.google.com/search?q=imagem+de+parque+construido+com+pneus+velho 
s&sxsrf=ALeKk00pTTdYGZ8Bn4eZPtt827ElBP35QQ:1604879839195&source=lnms&t 
bm=isch&sa=X&ved=2ahUKEwiUqeOlk_TsAhWIK7kGHSqDBdsQ_AUoAXoECAsQAw 
&biw=1366&bih=600 
 
 
 
 
 ANEXOS 
 
Pintura em tampas de isopor 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Fantoches de meia 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Pintura com tintas feita de terra 
 
 
 
 
 
 
 
	1 INTRODUÇÃO
	2 DESENVOLVIMENTO
	3 2.2A EDUCAÇÃO AMBIENTAL E SUA IMPORTANCIA PARAO MEIO AMBIENTE
	4 2.3 ARTES X EDUCAÇÃO AMBIENTAL
	5 2.3 EDUCAÇÃO AMBIENTAL E A CONSCIENTIZAÇÃO DOS PROBLEMAS AMBIENTAIS
	6 2.4 O CONSUMO SUSTENTÁVEL
	7 CONCLUSÃO
	8 REFERÊNCIAS