Buscar

EXCELENTÍSSIMO SENHOR JUIZ DE DIREITO DA 21a UNIDADE DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DE FORTALEZA

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 6 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 6 páginas

Prévia do material em texto

EXCELENTÍSSIMO SENHOR JUIZ DE DIREITO DA 21a UNIDADE DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DE FORTALEZA-CE
Nome, brasileira, Estado Civil, servidora pública, inscrita no CPF sob o nº 000.000.000-00, portadora do RG nº 00000-00, endereço eletrônico: email@email.com, residente e domiciliada à Endereçonº
991 - Aptº. 501 - Meireles - CEP: 00000-000, Fortaleza-CE, vem, respeitosamente, por seu advogado infra-assinado, conforme procuração em anexo, com endereço profissional à Endereço, endereço eletrônico: email@email.com, com fulcro nos artigos 186 e 927 do Código Civil, ajuizar a presente:
AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MATERIAIS E MORAIS
Em face de CLARO S/A , pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ/MF sob o nº 40.432/0001-47, com Rua Henri Dunant, nº 780, Torres A e B, Bairro Santo Amaro, CEP 04.709-110, na Cidade e Estado de São Paulo, pelos fundamentos de fato e de direito a seguir aduzidos:
1 - DOS FATOS
O Autor assinou junto à Ré contrato de prestação de serviços XXXXX, no valor de R$ 00.000,00, conforme podemos constatar abaixo.
Vale ressaltar, Excelência, com a adesão do plano XXXXXXX, conforme informação do próprio site da promovida , vejamos:
Ocorre que, no dia xx/xx/xxxx, 
Depois do fato ligou para o sac da promovida Claro, por diversas vezes, conforme números de protocolos XXXXX, , visando solucionar o ocorrido, no entanto, a atendente se limitava a informar, não sendo admissível a justificativa de que o problema era no celular.
Após essa informação desastrosa, no dia xx/xx/xxxx, ou seja, promovente buscou atendimento junto a ANATEL requerida, oportunidade em que foi informado que.
Assim sendo, 
Os desgastes por conta da má prestação de serviço foram diversos: a divergência e informações imprecisas a respeito de uma solução célere para o caso; a restrição do uso do; a desídia da requerida que, somada a negativa de atendimento aos requerimentos para solução administrativa do problema, de forma que a autor foi obrigado a 
A partir da situação explicitada, é possível perceber a ausência de comprometimento da ré para com a autora, uma vez que a empresa sabia das razões do mau funcionamento do 
Dessa forma, o descumprimento do contrato causou prejuízos materiais e morais ao requerente, que ficou, por ficou a dia impossibilitada em XXXX, restando caracterizada a falha na prestação do serviço, não restando alternativa senão acionar o Poder Judiciário, a fim de que seja indenizada pelos danos suportados, servindo como forma de educar e evitar futuros transtornos com seus consumidores.
2 - DO DIREITO
2.1 - DA CONFIGURAÇÃO DA RELAÇÃO DE CONSUMO
De início, percebe-se que a atividade descrita no presente caso é caracterizada, evidentemente, por uma relação de consumo. De um lado, temos uma empresa prestadora de serviço, CLARO S/A ; de outro, a Requerente, no caso, a consumidor lesado que apresenta esta demanda.
Como é sabida, a atividade exercida pela empresa demandada em comento é fornecida no mercado de consumo mediante remuneração (art. 3º, do CDC), caracterizando-se, portanto, como prestação de serviço.
Nestes termos, assim preceitua o artigo 3º, do CDC:
Art. 3º Fornecedor é toda pessoa física ou jurídica, pública ou privada, nacional ou estrangeira, bem como os entes despersonalizados, que desenvolvem atividade de produção, montagem, criação, construção, transformação, importação, exportação, distribuição ou comercialização de produtos ou prestação de serviços.
§ 1º Produto é qualquer bem, móvel ou imóvel, material ou imaterial.
§ 2º Serviço é qualquer atividade fornecida no mercado de consumo, mediante remuneração, inclusive as de natureza bancária, financeira, de crédito e securitária, salvo as decorrentes das relações de caráter trabalhista.
Assim, não resta dúvida acerca de que a análise deste processo merece ser tratada à luz do Código de Proteção e Defesa do Consumidor, uma vez que restou comprovada a relação consumerista existente entre a Requerente e a Requerida .
2.2 - DA FALHA NA PRESTAÇÃO DO SERVIÇO
No que tange à má prestação dos serviços, é garantido ao consumidor à reparação dos danos materiais e morais (fato do serviço) advindos da má prestação ou ausência do serviço contratado, segundo o disposto no art. 14 do CDC, veja-se:
Art. 14 - O fornecedor de serviços responde, independentemente da existência de culpa, pela reparação dos danos causados aos consumidores por defeitos relativos à prestação dos serviços, bem como por informações insuficientes ou inadequadas sobre sua fruição e riscos.
Na hipótese dos autos - FALHA NA PRESTAÇAO DE SERVIÇO CONTRATADO E NÃO PRESTADO, QUE IMPOSSIBILITOU A CONSUMIDORA A UTILIZAR, XXXXXXXX -, sejam quais forem as causas dos eventos, empresa de telefonia tem o dever de prestar atendimento no sentido de minimizar os danos suportados pelos consumidores, O QUE NÃO FOI OBSERVADO NO CASO EM TELA.
No presente caso, a demandada não prestou qualquer informação a respeito da falha de serviço XXXX adquirido pela promovente, tampouco dirimiu os problemas decorrentes deles, então, ficou totalmente desamparada por ato falha, sem poder por quase dois dias, por culpa exclusiva da ré.
Ademais, o tratamento dispensado a consumidora, foi claramente diverso do esperado e preconizado no Código de Defesa do Consumidor, pois inexistiu eficiência, transparência, boa-fé, cordialidade nas relações com os usuários dos serviços prestados pela empresa demandada.
O transtorno e a frustração provocados pela Requerida estão inequívocos e a reparação pelos danos se faz necessária para compensar o ato praticado, bem como pela inobservância da boa-fé objetiva contratual que deveria permear a relação de consumo mantida entre as partes.
3 - DO DANO MATERIAL
O Dano material se traduz em prejuízo econômico causado por ato lícito ou ilícito, incidindo sobre o patrimônio do lesado.
A constituição Federal em seu artigo 5º, considerado de suma importância, inciso X, evidente que a todos é assegurado o direito de reparação por danos materiais, decorrente de sua violação:
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
X - são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação;
Posto isso, e após explicação dos fatos, fica nítido que a requerente sofreu um dano material, após uma prática totalmente abusiva da ré, que não prestou o serviço conforme contratado, restringindo a autora em realizar, na qual restou apenas era ligar par ANATEL, pois era a única alternativa ofertada pela demandada.
Dessa forma, a requerente, no mínimo, deve ser indenizada por essas despesas.
4 - DO DANO MORAL
Da narrativa dos fatos, podemos inferir que não pairam dúvidas quanto ao ato ilícito praticado pela Ré. A prática adotada pela empresa demandada revela absoluto desprezo pelas mais básicas regras de respeito ao consumidor e à boa fé nas relações comerciais, impondo resposta à altura.
A ocorrência do dano é um dos principais requisitos para restar configurada a responsabilidade civil.
Ademais, a Constituição da Republica Federativa do Brasil de 1988 tornou expresso o direito à honra e sua proteção, ao dispor, em seu artigo 5º, inciso X:
"X - são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação;" (original sem grifos).
Já o "caput" do artigo 186 do Código Civil Brasileiro, assim prescreve:
"Art. 186 - Aquele que por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito ou causar prejuízo a outrem, fica obrigado a reparar o dano."
Neste mesmo sentido, o Código de Defesa do Consumidor assegura ao consumidor de serviços a efetiva prevenção e reparação de danos morais - conforme disposto no art. 22, parágrafo único, entre outros tantosdireitos considerados básicos pelo Diploma Legal em foco, transcrito acima.
Resta claro que a Ré ABUSOU DO SEU DIREITO de parte mais forte na relação contratual, para lesionar o direito do Autor, restringindo a mesma a não atualizar o plano adicional adquirido, ou seja, passaporte Europa e Américas, mesmo pagando caro pelo serviço, ficando a promovente impossibilitada xxxxx, restando, assim, evidenciado a não prestação do serviço contratado .
Rezam os dispositivos do Código Civil que:
"Art. 187. Também comete ato ilícito o titular de um direito que, ao exercê-lo, excede manifestamente os limites impostos pelo seu fim econômico ou social, pela boa-fé ou pelos bons costumes." (grifos nossos).
"Art. 927 - Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo.
Parágrafo único. Haverá obrigação de reparar o dano, independentemente de culpa, nos casos especificados em lei, ou quando a atividade normalmente desenvolvida pela parte Autora do dano implicar, por sua natureza, risco para os direitos de outrem." (grifos nossos).
Sem dúvida, a situação narrada não configura mero aborrecimento, nem circunstância comum do cotidiano, mas de um transtorno atípico enfrentado pelo autor devido a serviço adquirido e não prestado, que causou danos de natureza extrapatrimonial, pois gerou desgaste físico e psíquico anormal, o que caracteriza os danos morais e pressupõe o dever de indenizar.
Inclusive, no presente caso, é possível reconhecer que o fato envolve danos morais puros e, portanto, que se esgotam na própria lesão à personalidade. Trata-se, por conseguinte, de dano moral , que dispensa a comprovação, sendo estes evidenciados pelas circunstâncias do fato que causou desconforto, aflição e transtornos suportados pelos passageiros.
Ve-se, assim, que o ato ilícito praticado pela suplicada, além de não respeitar o contrato firmado entre as partes, provocou prejuízos de ordem moral a suplicante, seja devido à falta de informação, seja pela falta de assistência quando mais necessitava ou pela prestação de serviço diversa da contratada.
A jurisprudência é pacífica quanto à responsabilização por dano moral nos casos de falha na prestação do serviço de xxxxxx contratado e não prestado , preconizando, ainda a responsabilidade objetiva do prestador de serviço, senão vejamos:
RECURSOS INOMINADO. CONSUMIDOR. REPARAÇÃO DE DANOS. TELEFONIA. FALHA NA PRESTAÇÃO DO SERVIÇO. SERVIÇO INDISPONÍVEL. CANCELAMENTO DA COBRANÇA. DANOS MORAIS OCORRENTES. QUANTUM INDENIZATÓRIO MANTIDO.
A parte autora pede provimento ao recurso, para reformar a sentença que julgou procedente a presente ação ordinária, ao fim de majorar a indenização por danos morais. A parte ré, por sua vez, postula a reforma da sentença, requerendo improcedência da ação. Inversão do ônus probatório (artigo 6º, VIII do CDC). Hipótese em que comprovada a falha na prestação do serviço, em virtude da indisponibilidade do xxxxxxx", contratado pelo autor. Impossibilidade de cobrança do serviço nas faturas. Ilegalidade das cobranças. Danos morais configurados. Frustrações, transtornos e indignações sofridas pela parte, que ultrapassaram a esfera do mero dissabor e aborrecimento, decorrente da relação de consumo. Quantum indenizatório que não merece majoração.
Por fim, frise-se que além do caráter compensatório para a reparação do dano imaterial sofrido, a indenização por danos morais também tem um caráter punitivo, servindo tal condenação para desestimular a prática de condutas análogas.
Dessa forma, deve a empresa demandada ser condenada ao pagamento de indenização por danos morais, a ser arbitrada por este douto juízo, em valores não inferiores a R$ 00.000,00levando-se em consideração toda aflição, constrangimento e contratempos aos quais o autor foi submetida, sem justificativa plausível, que ULTRAPASSA O MERO ABORRECIMENTO DO COTIDIANO E O LIMITE DE TOLERÂNCIA QUE SE EXIGE DAS PARTES NAS RELAÇÕES CONTRATUAIS.
5 - DO QUANTUM INDENIZATÓRIO
Inexistindo critérios objetivos traçados em lei para chegar-se diretamente ao valor da indenização, mesmo porque é da essência do dano moral não possuir medida material ou física correspondente, o ordenamento pátrio adotou o arbitramento como melhor forma de liquidação do valor indenizatório. A regra está contida no artigo 944 do Código Civil, tem a seguinte redação: "A indenização mede-se pela extensão do dano".
Desse modo, a indenização pelo dano moral atua como lenitivo que atenua, em parte, as consequências do prejuízo sofrido, que certamente restará amenizado pela constatação de que a ofensa não restou impune e que o ofensor pensará duas vezes antes de atingir nova vítimas.
Portanto, tendo em vista serem os direitos atingidos muito mais valiosos que os bens e interesses econômicos, pois reportam à dignidade humana, a intimidade, a intangibilidade dos direitos da personalidade, pois abrange toda e qualquer proteção à pessoa, seja física, seja psicológica. As situações de angústia, paz de espírito abalada, de mal-estar e amargura devem somar-se nas conclusões do juiz para que este saiba dosar com justiça a condenação do ofensor.
Não se pode também deixar de levar em conta a Condição econômicas da Ré. Sabe-se que a CLARO S/A é uma empresa de grande porte, com elevadíssimo potencial econômico, estando essa em total condição de arcar com a indenização devida e solicitada.
Uma empresa que gera tamanha monta de lucro não terá, de forma alguma, suas atividades prejudicadas por indenização, na quantia determinada nos pedidos, em sua integralidade.
Além do porte econômico da lesante, também não se pode deixar de lado a função pedagógico-reparadora do dano moral consubstanciada em impingir a ré uma sanção bastante a fim de que não retorne a praticar os mesmos atos.
6 - DA INVERSÃO DO ÔNUS DA PROVA
O presente caso trata de relação de consumo, sendo amparada pela lei 8.078/90, que trata especificamente das questões em que fornecedores e consumidores integram a relação jurídica, principalmente tocante a matéria probatória.
A referida legislação faculta ao magistrado determinar a inversão do ônus da prova em favor do consumidor conforme se dispõe o artigo 6º, VIII:
"Art. 6º São direitos básicos do consumidor:
...
VIII - A facilitação da defesa de seus direitos, inclusive com a inversão do ônus da prova, a seu favor, no processo civil, quando, a critério do juiz, for verossímil a alegação ou quando for ele hipossuficiente, segundo as regras ordinárias de experiência".
Da simples leitura deste dispositivo legal, verifica-se, sem maior esforço, ter o legislador conferido ao arbítrio do juiz, de forma subjetiva, a incumbência de presentes o requisito da verossimilhança das alegações ou quando o consumidor for hipossuficiente, puder inverter o ônus da prova.
Assim, presentes a verossimilhança do direito alegado e a hipossuficiência da parte autora para o deferimento da inversão do ônus da prova no presente caso, dá-se como certo seu deferimento.
7 - DOS PEDIDOS
Diante do exposto, requer:
1 - Conceder os benefícios da Justiça Gratuita, nos termos do art. 1a da Lei nº 1.060/50 e art. 98 do NCPC;
2 - Designar audiência de conciliação, com a consequente citação da empresa ré, através de seus representantes legais, para querendo, apresentar sua contestação, sob pena de revelia e confissão;
3 - Deferir a inversão do ônus da prova de acordo com o art. 6º, VIII da lei 8070/90, tendo em vista a verossimilhança das alegações e da hipossuficiência dos autores;
4 - Que seja julgado procedente o pedido, para condenar a requerida ao pagamento de R$ 00.000,00, equivalente a xxxxx (xxxxxx), à título de danos materiais, tendo que a autor teve como única soluçãoxxxxx;
5 - Julgar procedente a presente ação, para condenar a Empresa Ré a indenizar a Requerente, a título de danos morais, em importância a ser arbitrado por este douto juízo, não inferior a R$ 00.000,00e, por fim, condenar a Ré, no pagamento de custas processuais e honorários advocatícios, estes a base de 20% (vinte por cento), sobre o valor da condenação,em caso de recurso;
Dá-se à causa o valor de R$ 00.000,00.
Nestes termos,
Pede e Espera Deferimento.
Rio de Janeiro, XX de XXXX de 2023.
Nome
00.000 OAB/UF

Outros materiais