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O paradigma Ecológico na Psicologia Comunitária

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O paradigma Ecológico na
Psicologia Comunitária
Ecológico: representa uma metáfora para
Boff (1999), significando o cuidado com o
entorno, com a natureza e com as
pessoas, com o objetivo de conquistar ou
preservar uma qualidade de vida de
forma sustentável e solidária
Pensar em ecologia, significa também
pensar em interdependência entre os
sistemas e a distribuição correta dos
recursos;
Busca pela harmonia do homem com a
natureza
Atitude proativa e interativa com o
ambiente
Ecológico: cuidado com o entorno, com a
natureza, com as pessoas e com a
comunidade;
Visão holística da realidade;
PPCT - Pessoa, Processo, Contexto e
Tempo
Adinâmica doParadigma ecológico -
Princípios
● Kurt Lewin, desde 1935 (1951, 1978)
● Bertanlaffy (1968) e R. Barker (1968),
pioneiros de teorias sistêmicas e
ambientais.
● Urie Bronfenbrenner - Ecologia do
Desenvolvimento Humano - através
do Modelo Bioecológico (1998), no
qual Pessoa, Processo, Contexto e
Tempo (PPCT) nos oferecem uma
excelente base de compreensão
entre o processo biológico e o
contextual do desenvolvimento em
suas dimensões espaço-temporais.
● Rudolf Moos (1973) - Ecologia Social
- elabora a noção de clima familiar,
social, escolar, organizacional e
apresenta instrumentos para sua
avaliação
● Peter Warr (1987) - O modelo
ecológico das Relações
Saúde-Trabalho - analisa as relações
entre desemprego, meio ambiente
e saúde mental;
● James G. Kelly (1986b) e Trickett
(1984) - a Ecologia Contextual na
Psicologia Comunitária - aplicando
à intervenção comunitária os
princípios do modelo ecológico;
● Rapapport (1981), que afirma que o
objetivo básico de todo psicólogo
comunitário deveria estar
relacionado ao fortalecimento
(empowerment) de pessoas e
comunidades.
A estrutura ecológico-sistêmica
O meio ecológico é formado por
estruturas físicas, sociais e psicológicas,
caracterizando um intercâmbio entre
pessoas e seus ambientes
Formado por estruturas concêntricas:
● Microssistemas - Onde as pessoas
desenvolvem as suas vidas. Ex:
família, escola, igreja, rua, posto de
saúde
● Mesossistemas - microssistemas
inter-relacionados Ex: bairro (escola,
igreja, famílias), deve-se realizar a
análise da família e os sistemas nas
quais está relacionada. Inclui
também aspectos físicos e recursos
ou apoios sociais
● Exossistemas - sistema no qual a
pessoa ou comunidade não
participa, mas sofre sua influência
indiretamente
● Macrossistemas - atravessa todos os
sistemas, se refere as subculturas,
cultura como uma totalidade,
crenças e ideologia
Uma mudança em qualquer um dos
sistemas, reverbera em todos os outros,
quando preparamos, antecipamos e são
desenvolvidos recursos para sua rápida
resolução, a transição será mais saudável
e com menos estresse
Adinâmica doParadigma Ecológico em
Psicologia Comunitária
Interdependência
● Quando pessoas e ambientes
experimentam alguma mudança,
produzem mudança nos demais
sistemas;
● Acontecimentos, recursos, pessoas,
no micro ou meso, influenciam no
macro
● 3 níveis interdependentes de
análise:
○ Pessoal (micro)
○ Relacional (meso)
○ Coletivo (macro)
Congruência e adaptação
● Tendência de encontrar o equilíbrio
entre a dinâmica do
desenvolvimento das pessoas, dos
sistemas e das oportunidades que
vão surgindo
● Intervenções: enfrentamento e a
adaptação
Evolução e sucessão
● Traz a perspectiva de longo prazo,
importância está no passado,
orientando a atenção na analise do
histórico (passado) da comunidade,
orientando para o futuro
● Construir o futuro tem como base
uma boa informação e
compreensão do passado e do
presente - promover autonomia
Troca e desenvolvimento dos recursos
● Intercambio de recursos (dinheiro,
relações, conhecimento, trabalho,
tecnologi, poder, tempo…)
● Focaliza a importãncia da
identificação, desenvolvimento,
modificação, criação, e obtenção
de recursos para o fortalecimento
comunitário
A intervenção psicossocial na perspectiva
ecológico-contextual
● O enfoque ecológico utilizado pelos
psicólogos comunitários dá ênfase à
pessoa imersa no contexto;
● O psi comunitário se insere e se
familiariza no contexto que irá
intervir (unidade de análise - local
em quem pesquisa e trabalha);
● Sempre preservando a
singularidade;
● Em primeiro lugar: impotância de
identificar os problemas que surgem
, incrementam ou mantêm esses
problemas ou necessidades;
Caberá ao pesquisador e a
comunidade compreender e
respeitar a cultura no seu contexto;
Em nenhum caso o psicólogo
comunitário determina ou leva a
priori seu foco de investigação
desconsiderando a comunidade e
suas características
● Em segundo lugar: resolver um
problema pode gerar novos
problemas em outros contextos
● Em terceiro lugar: O foco da
intervenção deve ter uma
perspectiva das metas que se
consiguirá com a interveção nos
diferentes níveis de análise
● Em quarto lugar: uma intervenção
dependerá do papel e das
características do interventor
Pressupostos:
ambiente ecológico com múltiplos níveis
de análise - definir nível de análise,
prioridades
conduta é transacional e não pode ser
analisada fora do contexto onde ela
ocorre
Reconhecer a possibilidade de descobrir
grandes diferenças em ambientes
semelhantes
Entender o contexto nos leva a poder
identificar padrões individuais de conduta
em um determinado tempo e espaço
Etapas fundamentais para propor uma
estratégia de intervenção
● Identificar os contextos ou sistemas
relevantes da pessoa, comunidade
ou instituições em foco, com base
nos objetivos da intervenção;
● Estudar as características dos
contextos (físico, histórico, social,
político, cultural);
● Avaliar as necessidades e as
variáveis ambientais percebidas
pelas pessoas (problemas,
expectativas, valores, atitudes,
representações), e contrastar se
estas mesmas percepções se
manifestam em outros sujeitos que
habitam nestes contextos;
● Planejar de forma colaborativa,
entre pesquisadores externos e
internos, os possíveis âmbitos de
abordagem ou áreas de
intervenção;
● Avaliar sequencialmente as
modificações produzidas pelas
interações entre pessoa-ambiente,
pesquisador- comunidade
Aula 06b
Redes sociais e relações comunitárias
Garcia (1998) enfatiza a importância de
diferenciar os conceitos de rede social,
apoio social e rede de apoio
Rede social:
Faz referência às características
estruturais das relações sociais
Apoio Social:
Considerado como uma função
das redes sociais, refere-se às
funções dessa rede e o efeito sobre
o bem-estar das pessoas
Rede de Apoio:
Conjunto de relações que
desempenham funções de apoio
A Análise das Redes Sociais (SNA), consiste
em traçar e medir relacionamentos que se
estabelecem entre povos, grupos,
organizações, computadores ou outra
forma de interação e comunicação;
Constitutivos e características das redes
sociais
1. As redes sociais são um sistema
aberto, em permanente construção
e mudança, se construindo
individual e coletivamente;
2. Utilizam um conjunto de relações
que possuem uma pessoa e um
grupo, que são fontes de:
reconhecimento, identidade, do ser,
competência e da ação;
3. Relacionadas com os papéis de
cada um nas relações,
constituindo-se nas práticas sociais
que no cotidiano não se aproveitam
em sua totalidade
Estrutura das Redes Sociais
Para Sluzki (1996) e Attneave Ross (1982),
se estruturam a partir do seu tamanho e
sua dimensão, sendo determinadas pelo
número de órgãos e instituições se as
compõem;
As redes sociais são modificadas na
estrutura por imigrações e emigrações de
seus membros;
Deve-se considerar o tempo decorrido;
López-Cabanas (1997) assinalam
elementos estruturais da rede:
Tamanho - número de participantes
(pessoas/instituições)da rede social,
há indicadores de que as redes de
tamanho médio, são mais efetivas
pois permitem uma maior
mobilização de seus integrantes e
parecem ser mais eficazes
Densidade - é a conexão e vínculo
entre os diferentes membros da
rede. A densidade moderada
também aumenta a eficácia do
membro e do seu grupo, por facilitar
o intercâmbio comunicativo
Composição e distribuição -
refere-se ao número de instituiçõesou órgãos com que a pessoa, grupo
ou comunidade tecem a rede social
Dispersão - É a distância geográfica
entre os membros, afetando a
eficácia e a velocidade de resposta
em uma situação da rede, e indica
também o grau de facilidade ou
dificuldade de acesso aos membros
da rede.
Homogeneidade e
heterogeneidade - Considera as
semelhanças e diferenças
sociodemográficas.
Função das redes sociais
AulaY
Texto: Desigualdade, pobreza e políticas
públicas: notas para um debate
A tarefa do psicólogo Comunitário,
implica que:
1. Tenha uma boa teoria explicativa
de fundo, bem avaliada por outros
profissionais da área
2. Seja capaz de realizar uma análise
sistemática e mais completa possível
da realidade, com base do saber
científico e o popular;
3. Que se oriente pelo compromisso
ético do respeito, compromisso e
solidariedade
O paradigma Ecológico promove a
integração das relações interpessoais
A crise paradigmática
Maritza Montero: a construção de um
paradigma em Psicologia Social, deve se
embasar na valorização da construção e
transformação crítica, através de um
relação dialógica e crítica entre o
psicólogo comunitário e comunidade,
dando ênfase à aplicação dos avanços
da ciência em função da mudança social
e melhoria da qualidade de vida

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