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APEx 1 - Psicologia Social

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PSICOLOGIA
SOCIAL
ATIVIDADE PRÁTICA DE EXTENSÃO
Profa. Zoica Andrade Caldeira
PROJETO INTEGRADOR
Caleidoscópio - múltiplas visões sobre a infância
APEx 1 - Psicologia Social
INDAIATUBA 
2024
Trabalho acadêmico geral apresentado à Faculdade UNIMAX de Indaiatuba.
Professora: Zoica Andrade Caldeira
Acadêmica: Fabiane Mathias Ferreira Senday RA 52016602.
1. INTRODUÇÃO
O presente trabalho apresentará subsídios práticos para aplicação das temáticas analisadas nas disciplinas do 3o. Semestre de Psicologia, a saber, a disciplina de Psicologia Social. Nessa primeira etapa do projeto (APEx 1), o qual tem como objetivo geral trabalhar para a promoção de habilidades de avaliação do desenvolvimento de uma criança, sob diferentes perspectivas da psicologia.
A saber, neste processo, a Psicologia Social contribuirá primeiramente sendo motivador à pesquisa das multideterminações atuais que constituem o fenômeno da Infância, possibilitando que tenha uma perspectiva crítica e histórica do trabalho que desenvolverá junto à criança, sem naturalizações e dicotomias.
Para tal, como objetivo, foi realizada a busca na literatura com o intuito de se ter uma fundamentação teórica que instrumentalize a reflexão sobre as determinações sociais e históricas atuais em relação à Infância a fim de que analise e intervenha de forma integral.
Ademais, deve-se contextualizar a criança sócio-historicamente, ao buscar na literatura informações que os ajudem a responder às seguintes perguntas: Quem é a criança no séc XXI? Quais os impactos psicossociais de problemas sociais, econômicos, políticos e psicológicos no desenvolvimento integral e na saúde mental da criança?
Desta feita, foi pesquisado acerca dos efeitos da pandemia no público infantojuvenil e sobre as “epidemias” atuais de Transtorno do Espectro Autista (TEA) e de Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH). 
2. BREVE HISTÓRIA DA INFÂNCIA
Antes de se entrar nesse tema, uma pergunta deve ser respondida, mas, afinal, o que é infância? Frota (2007, p. 150), cita o dicionário de língua portuguesa ao mencionar que “a palavra infância como o período de crescimento que vai do nascimento até o ingresso na puberdade, por volta dos doze anos de idade”.
Já, de acordo com a “Convenção sobre os Direitos da Criança, aprovada pela Assembleia Geral das Nações Unidas” define que “crianças são todas as pessoas menores de dezoito anos de idade” (Frota, 2007, p. 150).
Por fim, o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) aponta que “criança é considerada a pessoa até os doze anos incompletos, enquanto entre os doze e dezoito anos, idade da maioridade civil, encontra-se a adolescência” (ECA, 1990, apud Frota, 2007, p. 150).
A autora ainda declara sobre a infância que:
Etimológicamente, a palavra infância vem do latim, infantia, e refere-se ao indivíduo que ainda não é capaz de falar. Essa incapacidade, atribuída à primeira infância, estende-se até os sete anos, que representaria a idade da razão. Percebe-se, no entanto, que a idade cronológica não é suficiente para caracterizar a infância (Frota, 2007, p. 150).
Frota, citando Ariès, declara que, até o século XIX: 
[...] as crianças eram tratadas como adultos em miniatura ou pequenos adultos. Os cuidados especiais que elas recebiam, quando os recebiam, eram reservados apenas aos primeiros anos de vida, e aos que eram mais bem localizados social e financeiramente. A partir dos três ou quatro anos, as crianças já participavam das mesmas atividades dos adultos, inclusive orgias, enforcamentos públicos, trabalhos forçados nos campos ou em locais insalubres, além de serem alvos de todos os tipos de atrocidades praticados pelos adultos, não parecendo existir nenhuma diferenciação maior entre elas e os mais velhos (Ariès, 1978, apud Frota, 2007, p. 151).
Com essa afirmativa, a autora vem explicar que Ariès queria apontar com tal afirmativa que a infância tinha sido “uma invenção da modernidade” e que a infância que se conhece atualmente havia sido “uma criação de um tempo histórico e de condições socioculturais determinadas, sendo um erro querer analisar todas as infâncias e todas as crianças com o mesmo referencial” (Frota, 2007, p. 151).
Entretanto, sabe-se que até antes do Renascimento não havia preocupação e atenção com as crianças pequenas e isso pode ser observado nas obras de arte, nas quais crianças eram retratadas com feições que continham muitas características adultas.
Compreende-se que, até então, as crianças eram vistas como algo sem valor. Por tal motivo, não tinha conhecimento sobre a infância como fase da vida do ser humano; assim, a vida, sem sua fase inicial, tinha pouco valor. A esse respeito, Frota, citando Ariès, declara que, até o século XIX: 
[...] as crianças eram tratadas como adultos em miniatura ou pequenos adultos. Os cuidados especiais que elas recebiam, quando os recebiam, eram reservados apenas aos primeiros anos de vida, e aos que eram mais bem localizados social e financeiramente. A partir dos três ou quatro anos, as crianças já participavam das mesmas atividades dos adultos, inclusive orgias, enforcamentos públicos, trabalhos forçados nos campos ou em locais insalubres, além de serem alvos de todos os tipos de atrocidades praticados pelos adultos, não parecendo existir nenhuma diferenciação maior entre elas e os mais velhos (Ariès, 1978, apud Frota, 2007, p. 151).
Com essa afirmativa, a autora vem explicar que Ariès queria apontar que a infância tinha sido “uma invenção da modernidade” e que a infância que se conhece atualmente havia sido “uma criação de um tempo histórico e de condições socioculturais determinadas, sendo um erro querer analisar todas as infâncias e todas as crianças com o mesmo referencial” (Frota, 2007, p. 151).
Assim, John Locke havia difundido “a ideia de tábula rasa para o desenvolvimento infantil, afirmando que a criança nascia apenas como uma folha em branco, na qual se poderia escrever o que se quisesse”. Com tal afirmativa, ele veio a questionar “a ideia de criança como fruto do pecado original, portadora de uma impureza cristã irremediável”. 
Já Jean Jacques Rousseau veio a defender “a ideia de natureza boa, pura e ingênua da criança, e da necessidade de respeitá-la e deixá-la livre para que a natureza pudesse agir no seu curso normal, favorecendo o pleno desenvolvimento saudável das crianças” (Frota, 2007, p. 152).
Desta feita, segundo o conceito de modernidade, pode-se citar que “compreende o ser humano totalmente realizado, maduro, independente, autônomo, livre e racional. A busca da razão constitui um caminho na procura da própria essência do humano. Assim, progresso e tecnologia caminham de mãos dadas em direção à felicidade” (Frota, 2007, p. 149).
Em suma, pode-se citar o que tange à pós-modernidade: 
[...] não existe conhecimento absoluto, realidade cristalizada, esperando para ser conhecida e domada; um entendimento universal, que se faça fora da história ou da sociedade. No lugar disso, o projeto pós-modernista propõe que o mundo e o conhecimento dele sejam vistos como socialmente construídos (Frota, 2007, p. 149).
Pode-se enfatizar que “a história da infância no Brasil se confunde com a história do preconceito, da exploração e do abandono, pois, desde o início, houve diferenciação entre as crianças, segundo sua classe social, com direitos e lugares diversos no tecido social” (Fontes, 2005, apud Frota, 2007, p. 152); ou seja, a desvalorização da criança como um ser humano era comum e os adultos a tratavam com pouca consideração e, especialmente as negras, praticamente como animaizinhos de estimação. 
A autora aponta o surgimento, no Brasil moderno, de “um termo que conceitua bem a criança desvalida: menor”. Esse “termo foi inicialmente utilizado para designar uma faixa etária associada, pelo Código de Menores de 1927, às crianças pobres, passando a ter, posteriormente, uma conotação valorativa negativa” (Frota, 2007, p. 153).
Em suma, entende-se que não há uma conclusão para a definição de infância por se tratar de indivíduoem construção. Além disso, aponta que “a certeza da multiplicidade de vivências e de seus significados que se ancoram nas também múltiplas historicidades, a aceitação da parcialidade das verdades, são elementos que não podem ser deixados de lado” (Frota, 2007, p. 158).
REFERÊNCIAS
COSTA, B. L. D., et al. Gestão Pública e Cidadania. Desafio e inovação em Políticas Públicas: Programas para Crianças e Adolescentes em Situação de Risco. Cadernos/Volume III, Junho de 1997. Disponível em: <https://www.researchgate.net/publication/313732681_Programas_para_criancas_e_adolescentes_em_situacao_de_risco_a_complexidade_do_objeto_e_a_dimensao_institucional>. Acesso em 01 abr. 2024.
FROTA, A. M. M. C. Diferentes concepções da infância e adolescência: a importância da historicidade para sua construção. Disponível em: <http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1808-42812007000100013>. Acesso em 27 mar. 2024.

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