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Fundamentos teóricos da Psicologia comunitária

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Fundamentos teóricos da
Psicologia comunitária
Slides 05:
Surgiu na América Latina com
características específicas do seu
contexto e comprometida com a
mudança social
Psicologia da libertação
Antecedentes históricos:
Ignácio Martin-Baró - Precursor da
psicologia da libertação
Educação Popular - Paulo Freire
Sociologia crítica/militante - Fals Borda
Psicologia em modo geral (crítica ao
modelo proposto pelos EUA)
Tem em comum uma prática
transformadora e seus aplicadores se
definem como agentes de mudança
social;
Pontos convergentes da Educação
popular, Sociologia crítica e Psicologia da
Libertação:
● Geração de uma práxis libertadora;
● Transformação social;
● Ação transformadora sobre a
realidade;
● Redefinição do papel dos
pesquisadores e interventores sociais
e definição de pessoas e grupos
interessados como atores sociais
● Relação dialógica entre agentes
externos e internos
● Valorização do saber popular
● Desideologização
● Conscientização
● Autocontrole por parte das pessoas
e grupos interessados
● Compromisso
● Uso de formas participativas de
pesquisa-ação
● Recuperação crítica da história
IgnácioMartín-Baró
● Nascido em 1942, Valladolid, Espanha
● Entrou na Companhia de Jesus em 59
e nesse ano transferiu-se para El
Salvador, continuando seus estudos no
noviciado
● Formou-se em filosofia na Universidad
Javeriana de Bogotá em 64
● Regressou a El Salvador em 1966, de
onde saiu novamente para
aperfeiçoar seus estudos de teologia
em Frankfurt e Louvaine
● Retornou a El Salvador e se graduou
em Psicologia, então começou a
lecionar na área;
● Em 1977, mestrado em ciências sociais
pela, e 79 mestrado em Psicologia
Social, ambos na University of Chicago;
● Depois disto, voltou a El Salvador, onde
se dedicou a atividades acadêmicas,
direção de institutos de pesquisa em
opinião pública, fundação e edição
de revistas na área de Psicologia
● Foi escritor, professor e padre;
● Primeiros artigos em 66
● Insistiu que a Psicologia deveria
enfrentar os problemas nacionais
● Depois de muitos anos aplicando suas
idéias de emancipação e
conscientização popular, Ignácio
Martin-Baró foi assassinado em 1989.
● Bases da Psicologia da Libertação
tentam abranger:
○ Os novos conhecimentos da
Psicologia latino-americana a partir
de 1970;
○ Incremento da prática dos
profissionais da psicologia
■ influenciada pelas bases práticas
postuladas pela Teologia da
Libertação, que emergiram na
época como uma nova forma de
a Igreja Católica interagir e assistir
a seus fiéis.
● A teologia da Libertação tem sua
origem nas Conferências do
Episcopado Latino-Americano em
Mendelim (1968) e em Puebla (1979)
● Depois do encontro em Mendelim, a
Igreja clamou por uma mudança
radical nas estruturas
latino-americanas:
1. Maior equidade na
distribuição de riquezas;
2. Acesso à cultura e a saúde
facilitado;
3. Propiciar a criação de
mecanismos de participação
política;
4. Por limite na violência
institucionalizada;
5. Reduzir desigualdades
● Perante a essa indignação, nasce o
movimento da Teologia da
Libertação, um dos pilares que viria
a ser a Psicologia da Libertação
● Tem base científica e religiosa
Crise da psicologia social - Silvia Lane -
estudar
Movimento dentro da igreja católica
Epistemologia
Teoria marxista (húngara e Escola de
Frankfurt)
A Psicologia da Libertação supõe uma
ontologia, uma epistemologia, uma
metodologia, uma posição ética e uma
posição política próprias.
Consequências de uma ação ou
conceitualização marcadas pela
historicidade são:
● Produção sócio-histórica do
conhecimento
● Rechaço a verdades absolutas e muito
menos “naturais”
● Negação de leis e princípios
psicossociais universalmente válidos
● Denúncia da forte carga ideológica
favorecedora de interesses criados
Principais conceitos:
● Estrutura social e a ideologia, se
encontram imbricadas num
determinado regime político
● conceitos da sua teoria:
○ Regime político
■ Ideologia constituída em um
sistema, que organiza e
regulariza as formas de vida de
um grupo social, em
determinado tempo e
circunstância, formando-se a
partir de três componentes:
● a ideologia
● a organização e
regulação
● a historicidade
○ Libertação
■ Montero - emancipação de
grupos sociais que sofrem
opressão e carência e das
maiorias populares (populares
no sentido demográfico)
busca desenvolver
potencialidades nesses grupos
○ Identidade
■ Martín-Baró - Caracterização
a partir de estereótipos
(predições caracterológicas)
■ A medida que se coloca um
estilo ou tipo de
comportamento a alguém, se
faz uma antecipação de
como essa pessoa reagiria
■ Tipificação - Lombroso estudar
○ Fatalismo
■ Entendido como inevitável
■ Maneira de situar-se frente à
própria vida
○ Conscientização
■ Também denominada
desideologização dentro da
Psicologia da Libertação
■ Suas principais características:
● Processo dialético -
entrelaçamento entre
âmbitos sociais e pessoais
● Processo de decodificação -
fazer consciente a praxis
humano/humano e
humano/natureza
● Novo saber da realidade
circundante
● Recupera-se a memória
histórica
● Desmascara-se o universo
simbólico
Modelo de sujeito e modelo de sociedade
O sujeito é dotado de potencialidades
para usar ferramentas de natureza
material e simbólica para se relacionar
com o meio que o circunda
Constrói sua subjetividade a partir de
dentro de um meio material e
sociocultural, que sofre modificações com
o passar do tempo
Aprática psicológica e o processo de
libertação
De acordo com Matin-Baró, o papel que
os psis deveriam cumprir surgem de 3
bases de atuação:
1. Propiciar uma forma de buscar a
verdade desde as massas
populares;
2. Criação de uma nova práxis
psicológica para transformar as
pessoas e as comunidades,
reconhecendo suas
potencialidades negadas;
3. Dedicar-se mais aos problemas
urgentes das maiorias oprimidas do
continente
4. Ações transformadoras devem
ocupar o lugar central
○ Alvaro e Garrido (2006) entendem a
concepção de Psicologia Social de
Martin baró como uma ciência social
comprometida e libertadora
MaritzaMonteiro
● Sistematização da Psicologia Política
● Graduada em Direito e depois em
Psicologia
● Internacionalmente reconhecida
pelo seu compromisso ético com
uma prática latino americana
crítica e libertadora
● Segue o caminho de Martín-Baró, ou
seja, uma ação psicossocial
orientada para a transformação
social.
● Busca em Fals Borda, ela encontra
bases para a sua formulação da
teoria pesquisa participante
● Orientação política do fazer
investigativo do profissional
● Ela inclui pessoas e grupos em seus
trabalhos com comunidades,
entrando estes, com igual poder;
● Deste modo, como também
entendia Paulo Freire, o processo
investigativo é, ao mesmo tempo,
um processo pedagógico.
● Produz-se a democratização do
conhecimento e também busca
fortalecer a capacidade das
pessoas de refletir sobre sua
realidade e produzir transformações.
PsicologiaPolítica
1970 - Se tornou autônoma a partir desta
data
1987 -
Heterogeneidade temática, congregando
uma pluralidade de aportes teóricos e
metodológicos, vindos de diversas áreas
de conhecimento
É um campo interdisciplinar dinâmico do
saber constituindo-se justamente pelo
diálogo entre diversas disciplinas voltadas
para compreensão dos fenômenos
psicológicos e políticos em suas
interações.
Em 1987, Montero organizou uma obra
chamada “Psicología Política
Latinoamericana”
No início da década de 1990, Montero e
Alejandro Dorna (1993) apontam seis
grandes áreas temáticas de interesse da
PP:
1. Lideranças políticas;
2. Processos cognitivos relacionados a
comportamentos políticos
3. Comunicação persuasiva
4. Situações de conflito e negociação
5. Identidade e consciência social
6. A ideologia como fenômeno
político, instrumento e processo de
mediação social, tendo como
correlatos a alienação e seus efeitos
sobre sociedades e indivíduos;
Partindo de conceitos clássicos
como ideologia, alienação, identidade
social e poder, a PP latino-americana
orientada para a libertação desenvolveu
aportes teórico-metodológicos como
(tratados em seusegundo livro):
Problematização
Desideologização
desnaturalização
conscientização
uma redefinição da noção de
poder
Psicologia comunitária:Práxis
Psicopolítica para a transformação social
Na américa Latina: Crítica aos
modelos positivistas, importados e a
necessidade teórica, metodológica e
profissional de dar respostas aos
problemas sociais urgentes das maiorias
populares latino-americanas.
Em meados da década de 1970,
ficou conhecido como crise da Psicologia
Social, e dessa disciplina emergiram os
primeiros trabalhos
Forte nexo com a psicologia social
crítica, fomentou o desenvolvimento da
prática comunitária (silvia lane)
“Social” se refere a corrente
latino-americana, de Psicologia Social
Critica, desenvolvida por Silvia Lane, Bader
Sawaia, Alberto Andery, Wanderley Codo
entre outras.
Para Montero, “o ramo da psicologia cujo
objeto é o estudo de fatores psicossociais
que permitem desenvolver, promover e
manter o controle e o poder que os
indivíduos podem exercer sobre seu
ambiente individual e social, para resolver
problemas que os afligem e alcançar
mudanças nesses ambientes e na
estrutura social”
Implicando psicólogos e membros da
comunidade como agentes de
transformação social;
Sendo a PC, campo interdisciplinar coloca
a ênfase nos aspectos positivos e nas
potencialidades psicossociais das
comunidades; e implica também uma
perspectiva libertadora (Montero, 2004)
Sua contribuição passa pela importância
das suas obras e divulgação do estado de
arte da PC na América Latina e em outros
locais do mundo
Livros com a produção individual de
Montero:
● Teoria y Practica de la Psicologia
Comunitária: la tension entre
comunidad y sociedade (2003a)
Temas fundamentais à prática
psicossocial comunitária, como:
● caráter essencialmente político das
relações comunitárias;
● os atravessamentos do poder
relacional e a dialética entre
maiorias e minorias nas tomadas de
decisões;
● os tipos de lideranças e uma
perspectiva de interpretação das
redes comunitárias.
● Untroducciónn a la Psicologia
Comunitária: desarrollo conceptos y
processos (2004)
● Hacer para Transformar: El método en
Psicologia Comunitária (2006a) - obra
dedicada exclusivamente ao método
Descreve recursos metodológicos
como: familiarização, identificação e
hierarquização de necessidades e
recursos, entrevista participativa e
discussões reflexivas, discussão e
comunicação sistemática avaliadora;
O modelo metodológico abordado
por Montero, é a investigação-ação
participativa (IAP) também conhecida
como pesquisa-ação participativa ou
(participatory action research” (RAR),
ressaltando-o como modelo
metodológico latino-americano
teoria e prática da PC
Introdução a PC
Identificação e hierarquização
Entrevistas participativas e discussões
reflexivas
Estratégia de discussão sistemática
avaliadora e comunicação socializadora
do conhecimento produzido entre outro
Texto: Sobre a diversidade de sentidos de
comunidade

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