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abordagem centrada na pessoa Document shared on www.docsity.com Downloaded by: fernando-esquilo (fernandoesquilo110@gmail.com) Decorridos mais de 60 anos do seu surgimento, a Abordagem Centrada na Pessoa, que no inicio se restringia a um modelo psicoterápico, oi apli cada aos campos da educa o e das rela es umanas em geral D 00 um dos pensadores que mel or compreen deu as implica es dessa aborda gem, n o s para a vitalidade orgânica dos grupos, área de concentra o de seus trabal os e estudos, como para a preserva o da vida em seu sentido mais amplo o n ood integrava, desde 70, a equipe de psic logos e pesquisa dores do Center or Studies o t e Per son, centro undado em 6 por Carl Rogers e colaboradores em La olla, Cali rnia o Brasil, marcou in luên cia desde 77 quando, ao lado de Rogers, compôs a equipe de La olla que promoveu os grandes works ops, c amados encontros de comunidade, realizados nas cidades de Reci e, Rio de aneiro e S o Paulo Radicou se no Brasil em 8 , contribuindo com seu Document shared on www.docsity.com Downloaded by: fernando-esquilo (fernandoesquilo110@gmail.com) Carl Ransom Rogers o n eit ood Abordagem Centrada na Pessoa rganizadores aime Roy Doxsey Lucila Mac ado Assump o Márcia Alves assinari Marisa apur Mônica Allende Serra Raquel rona Sonia Regina Loureiro " Vera ngler Cury DUF S Vit ria, 0 0 Document shared on www.docsity.com Downloaded by: fernando-esquilo (fernandoesquilo110@gmail.com) Abordagem Lentrada na Pessoa QU A D Çà ano de 0 0 Document shared on www.docsity.com Downloaded by: fernando-esquilo (fernandoesquilo110@gmail.com) DUF S bi RA DA U V RS DAD F D RAL D spíri SA Av Fernando Ferrari, 5 C P 075 0 Goiabeiras Vit ria S el: 7 5 785 ediu es mya oo com br Rerror | Rubens S rgio Rasseli Vice Reiror | Reinaldo Centoducate S CR ÁR A D PR DUÇà DiFusÃo CuLt urAL | Rosana Lúcia Paste CooRD AD RA DA pures | lia Marli Lucas Co s L D R AL Cleonara Maria Sc wartz, Fausto dmundo Lima Pereira, o o Luiz Calmon ogueira da Gama, os Armínio Ferreira, os Francisco B Freitas, Gilvan Ventura da Silva, Marcio Paulo Czepack, Sandra Soares Della Fonte, aldir Cintra de esus | unior e ilbert Clayton Ferreira Salgueiro Cara DiacraMa à | Denise R Pimenta Revis o | Lucila Mac ado Assump o mpress o | GM Grá ica & ditora Ltda 00 odos direitos reservados Proibida a reprodu o no todo ou em parte deste livro, sem pr via autoriza o da editora e do autor du es, 0 0 5º di o Dados nternacionais de Cataloga o na publica o C P Biblioteca Central da Universidade Federal do spírito Santo, S, Brasil Rogers, Carl R Carl Ransom , 0 87 R7 a Abordagem centrada na pessoa / Carl Ransom Rogers, o n eit ood ; organizadores, aime Roy Doxsey [et al ], — 5 ed Vit ria : DUF S, 0 0 8 p ; ,5 x icm nclui bibliogra ia SB :85 7 007 7 Psicologia umanística Psicoterapia | ood, o n eit Doxsey, aime Roy ítulo CDU: 6 5 857 Document shared on www.docsity.com Downloaded by: fernando-esquilo (fernandoesquilo110@gmail.com) Dedicamoseste trabal o à Rac el Lea Rosenberg Document shared on www.docsity.com Downloaded by: fernando-esquilo (fernandoesquilo110@gmail.com) | o n eit ood et al org Document shared on www.docsity.com Downloaded by: fernando-esquilo (fernandoesquilo110@gmail.com) Abordagem Centrada na Pessoa |5º edi o rganizadores aime Roy Doxsey P D em Sociologia, Docente na Universi dade Federal do spírito Santo UF S Lucila Mac ado Assump o Fil so a, Artista Plástica e co logista Márcia Alves assinari Doutora em Psic logia, Psicoterapeu ta, Fundadora do Centro de Psicologia da Pessoa, Pro essora da Universidade sta o de Sá, Rio de aneiro Marisa apur Doutora em Psicologia, Docente na Faculdade de Filoso ia, Ciências e Letras de Ribeir o Preto Universidade de S o Paulo USP Mônica Allende Serra Doutora em Psicologia, Docente na Universidade stadual de Campinas U CAMP Raquel rona Psic loga, Psicoterapeuta, specialista em Aconsel amento Psicol gica pela USP Pro essora Coordena dora do Curso de specializa o em Abordagem Centrada na Pessoa do nstituto Sedes Sapientiae, S o Paulo Sonia Regina Loureiro Doutora em Psicologia, Docente na Faculdade de Medicina de Ribeir o Preto Universidade de S o Paulo USP Vera ngler Cury Doutora em Saúde Mental, Docente na Pon ti ícia Universidade Cat lica de Campinas PUCCAMP , Psic loga Clínica Agradecimentos A o n S lien UA , atalie Rogers UA , Ric ard Farson UA , ugene Gendlin UA , at aniel Raskin UA , Maria Constan a Villas Boas Bowen UA , Brian orne GB , Rei n old Stipsist Áustria , erold Bozart UA , rene Fair urst Gr Bretan a , o o ip lito Portugal , Peggy atíelo UA Publicac o da editora da U es edu es | 0 0 Document shared on www.docsity.com Downloaded by: fernando-esquilo (fernandoesquilo110@gmail.com) e Fred Zimring UA por terem respondido a nossas consultas o erecendo valiosas sugest es A Luis enrique de Sá, Mauro Martins Amatuzzi e Se baldo Bartes pela colabora o inicial a esse trabal o e rganizadores responsáveis pela quarta edi o Document shared on www.docsity.com Downloaded by: fernando-esquilo (fernandoesquilo110@gmail.com) SUMÁR ntrodu o à Quarta di o eeeeerereres Pr logo eee snsc eeceeneceeceosererereneenaocaaaaaasaaaanananes Parte | — Seis Artigos Seminais de Carl R Rogers 5 Aspectos Signi icativos da erapia Centrada no Cliente 7 Algumas bserva es sobre a rganiza o da Personalidade e rerereeeerrrearererereea rrenan 5 Conceito de Pessoa em Funcionamento Pleno 7 A qua o do Processo da Psicoterapia Pessoas ou Ciência? Uma Quest o Filos ica 7 As Condi es ecessárias e Su icientes para Mudan a erapêutica na Personalidade Parte da Abordagem Centrada na Pessoa à erapia Centrada no Cliente: Uma Retrospectiva de 60 Anos o n eit ood eeeerereertera serenas 6 ntrodu o à Segunda Parte een 65 Um eito de Ver e reereeeerrerarereanareos 6 ornando se erapia eerereeeeeerreanrena 7 Desenvolvendo um Ponto de Vista Pr prio 7 Éxito e Sistemas de Mudan a na Personalidade 75 nsig t sobre a atureza umana ites 8 nsig t sobre a Pessoa em Funcionamento Pleno nsig t sobre o Respeitável Cliente ee A Complexidade do Cliente sssii rrreees 7 nsig t sobre o Papel do erapeuta s 0 nsig t sobre a Compreens o mpática 0 nsig t sobre Congruência rreeees Document shared on www.docsity.com Downloaded by: fernando-esquilo (fernandoesquilo110@gmail.com) M todo Supervalorizado mbora ecessário 5 Ambiente: Mais uma miss o do que um nsig t 8 Moralidade e reeeeereraerr rente ren en reaananreeannaa Fenômeno do Relacionamento erapêutico icaz 6 s Fatos Falando por Si Mesmo: Um Resumo 7 m Dire o a uma Psicologia para as Aplica es da Abordagem Centrada na Pessoa ncerteza ou Con us o? ii eeerererereeerenta 7 Será ecessária essaCon us o o t o Bom quanto se Acredita, Mel or do que se magina [6F oRR 8 Re erências Bibliográ icas eee 6 Produ o scrita de o n eit ood 76 Document shared on www.docsity.com Downloaded by: fernando-esquilo (fernandoesquilo110@gmail.com) R DUÇà À QUAR A D Çà Ap s quatorze anos da primeira edi o e quatro de ale cimento do Dr o n eit ood 00 , principal organi zador do livro, consideramos importante esta edi o revisada por entendermos sua atualidade e relevância para a comuni dade cientí ica e pro issional brasileira, ainda carente de textos do pensamento de Carl Rogers rigorosamente traduzidos da língua original e re lex es críticas undamentadas Lembramos que a primeira edi o teve o m rito de tradu zir alguns artigos in ditos em língua portuguesa e analisar com rigor conceitual tradu es já publicadas, comparando as aos textos originais de Rogers, por identi icar impropriedades em vários textos at ent o disponíveis em português sta quarta edi o apresenta uma rela o in dita da pro du o escrita de o n ood, o erecendo à comunidade brasi leira, o registro da ertilidade de seu pensamento Al m disso, representa uma omenagem e recon ecimento à sua importân cia singular A morte de o n, em de agosto de 00 , nos deixou um imenso vazio, antes preenc ido por seu pro undo con eci mento da condi o umana, grande capacidade de escuta e compaix o, terno e caloroso ol ar e senso de umor inteligen te o n era capaz de observa o acurada do indivíduo, quer osse pessoa, planta ou animal, e capaz, ao mesmo tem po, de apreciar os padr es do todo, osse grupo, ecossistema ou sistemas de pensamento Ávido leitor e constante aprendiz at seu último suspiro, desenvolveu seu pensamento cientí ico graduando se e trabal ando em engen aria; depois concen trou se na pesquisa umanista, prática e te rica, culminando em grande sabedoria ecol gica quando reintegrava tudo sob novo en oque | Um eterno buscador da verdade, leu os livros sagrados com determina o e pro undidade, sendo estes sua constan te onte de inspira o e inteireza; um grande mestre que agia con orme pensava, in luenciava as pessoas de modo nada in Document shared on www.docsity.com Downloaded by: fernando-esquilo (fernandoesquilo110@gmail.com) | o n eit ood et al org trusivo, sem tentar convencer, mas a etando as atrav s de suas atitudes e comportamento íntegros o n encontrou no Brasil um campo de aprimoramento para suas re lex es e a possibilidade de integra o de suas id ias na prática; encontrou tamb m aqui um lar e Lucila, sua compa n eira de alma, aime Roy Doxsey, Lucila Mac ado Assump o, Marcia Alves assinari e Raquel rona aguariúna, maio de 008 Document shared on www.docsity.com Downloaded by: fernando-esquilo (fernandoesquilo110@gmail.com) PRÓL G Carl Ransom Rogers 0 87 talvez ten a sido o psi c logo mais importante do seu tempo uma consulta a psic logosclínicos e consel eiros norte americanos, a quem oi pe dido que indicassem os dez terapeutas mais in luentes, o nome de Rogers aparece no topo da lista Smit , 8 o entanto, ainda mais impressionante que sua popula ridade oram suas realiza es Ap s muitos anos de trabal o dedicado, desenvolvendo uma psicoterapia verdadeiramente umanista, Rogers oi eleito, em 7, presidente da Associa o Americana de Psicologia Sua participa o nessa institui o marcou um ponto sem volta no recon ecimento que a sociedade norte americana passou a dedicar ao papel do psic logo clínico, aceitando o tamb m como psicoterapeuta sto porque a prática inicial de Rogers no campo do Aconsel amento Psicol gico, tornando o objeto de pesquisa empírica, ortaleceu o recon ecimento de seu trabal o como atinente à psicoterapia, legitimando a como parte do campo de atua o do psic logo At ent o, era veda da aos psic logos a prática da psicoterapia, prerrogativa exclu siva de m dicos psiquiatras ssa mesma associa o con eriu l e prêmio por “ mi nente Contribui o Cienti ica” e outro por “ minente Contribui o Pro issional” Foi tamb m o primeiro presidente da Associa o Americana de Psicoterapeutas, no período compreendido entre 56 e 58 Rogers escreveu mais de 50 artigos e publicou em torno de 0 livros Cerca de doze ilmes oram eitos sobre seu traba l o e di ícil precisar o número de oras gravadas em áudio e vídeo de suas sess es psicoterápicas, tal o seu volume Revendo essa produ o, particularmente o material com preendido entre 0 e 70, período em quese gestaram suas id ias mais cuidadosamente ormuladas, ica se atônito dian te da gama e pro undidade das quest es levantadas, que ele procurou responder Quem sou eu? Será que posso ajudar? Como? que posso azer? Como uma pessoa muda? Qual o ponto de partida? Qual poderia ser o ponto inal? Como abor Document shared on www.docsity.com Downloaded by: fernando-esquilo (fernandoesquilo110@gmail.com) | o n eit ood et al org dar esta tare a? que pretendo? Quais s o min as atitudes? Meus valores? quesinto e penso? Quais s o os atos? que realmente unciona? Será su iciente escutar? Qual o e eito da onestidade, da congruência? Como me relaciono com o cliente? quesigni ica o nosso relacionamento”? Realmente me importo com ele? Qual a percep o que o cliente tem de mim, da rela o, da atividade? Como o mundo do cliente? Qual e o objetivo da terapia? que a pessoa? Qual a natureza do omem? Quais s o as implica es mais amplas de nossas des cobertas? Que educa o? Será que posso acilitar a apren dizagem? Como? Será que posso ser uma pessoa acilitadora em um grupo? Será que posso acilitar a comunica o entre antagonistas? Será que meu modo de trabal ar traz contribui es para a resolu o dos problemascríticos da atualidade? que a Abordagem Centrada na Pessoa? Rogers considerou a Abordagem Centrada na Pessoa como uma orma singular de abordagem, organizadora da experiên cia bem sucedida, em diversas atividades A erapia Centrada no Cliente oi a primeira dessas aplica es e consistiu na acili ta o do crescimento pessoal e saúde psicol gica de individu os numa psicoterapia pessoa a pessoa Grupos de encontro, aprendizado em salas de aula, terapias de pequenos grupos ou works ops de grandes grupos para aprendizagem sobre orma o e trans orma o da cultura, comunica esinter culturais e resolu o de con litos est o entre as outras atividades onde a Abordagem Centrada na Pessoa tem sido aplicada com graus variados de sucesso A Abordagem Centrada na Pessoa n o uma teoria, uma tera pia, uma psicologia, uma tradi o o uma lin a, como por exemplo, a lin a Be aviorista mbora muitos ten am notado um posicionamento existencial em suas atitudes, e outros te n am se re erido a uma perspectiva enomenoi gica em suas inten es, n o uma iloso ia Acima de tudo n o um movi mento, como por exemplo, o movimento trabal ista É mera mente uma abordagem; nada mais, nada menos É um “jeito de ser” Rogers, 80 ao se deparar com certas situa es, que consiste de: uma perspectiva de vida, de modo geral, positiva; uma cren a numa tendência ormativa direcional que Rogers Document shared on www.docsity.com Downloaded by: fernando-esquilo (fernandoesquilo110@gmail.com) Abordagem Centrada na Pessoa |5º edi o 80 descreve brevemente como: “ s indivíduos têm dentro de si mesmos amplos recursos para a auto compreens o, para alterarem seu auto conceito, sua atitude básica e seu compor tamento auto dirigido; esses recursos podem ser mobilizados se l es or proporcionado um clima de inido de atitudes psico l gicas acilitadoras” p 5 ; — Uma inten o de ser e icaz nos pr prios objetivos o caso da erapia Centrada no Cliente, por exemplo, a inten o aju dar outro ser umano a azer mudan as construtivas na perso nalidade; — um respeito pelo individuo e por sua autonomia e dignidade Rogers, em uma de suas primeiras tentativas para descrever sua abordagem no que concerne sua aplica o à psicoterapia, propôs que o terapeuta teria “uma capacidade de simpatia que n o seria exagerada, uma atitude genuinamente receptiva e in teressada, uma compreens o pro unda que tornaria impossível azer julgamentos morais ou icar c ocado ou orrorizado ” ste terapeuta teria um respeito pela individualidade que vai ainda mais al m ncluiria “um respeito pro undamente enraizado pela integridade da pessoa [ ] uma vontade de aceitá la como , no seu pr prio nível de ajustamento, e l e dar liberdade para conseguir solu es pr prias para seus problemas” Rogers ac ava que se deveria esperar que um terapeuta tivesse “uma s lida compreens o de si mesmo, de seus padr es emocionais predominantes, e suas pr prias limita es e atal os” irsc en baum, 7 , p 6 ; — uma lexibilidade de pensamento e a o, n o tol ida por teorias ou práticas anteriores, nem mesmo pela experiência, aberta a novas descobertas Uma abilidade de se concentrar intensamente e, com clareza, apreender a constru olinear da realidade, peda o a peda o, bem como perceber sua realida de integral, olística, “toda de uma vez”: — uma tolerância quanto às incertezas ou ambigúidades, sendo capaz de viver numasitua o ca tica at que atos su icientes se acumulem para ser possível abstrair se um sentido deles Um interesse “n o na verdade já con ecida ou ormulada, mas no processo pelo qual a verdade tenuamente percebida, tes tada e aproximada” Rogers, 7 ; — senso de umor, umildade e curiosidade, sem duvida, tam b m têm seu papel, embora n o sejam exclusivos dessa abor dagem Dia linasnn a da aditana do Di nam ard no | Amam [ 5 Document shared on www.docsity.com Downloaded by: fernando-esquilo (fernandoesquilo110@gmail.com) 8| o n eit ood et al org A Di eren a entre Abordagem Centrada na Pessoa e erapia Centrada no Cliente Antes mesmo da abordagem ter um nome especi ico, tal como Abordagem Centrada no Cliente ou Abordagem Centrada na Pessoa, Rogers já aplicava as mesmas inten es, cren as e atitudes para uma psicoterapia e icaz le n o estava tentando azer uma boa terapia, apenas tentava ajudar seu cliente Ao azer isso, col eu várias observa es Algumas a es pareciam ajudar mais que outras s clientes pareciam agir de determina da maneira em certas situa es Assim, m todos se desenvolveram a partir dessas obser va es eorias oram propostas Princípios oram estabeleci dos Aquilo que, no inal, oi c amado de erapia Centrada no Cliente, evoluiu juntamente com os princípios que o estavam organizando erapia Centrada no Cliente tornou se um sistema de mudan a na personalidade mbora relacionada com esse sistema, a abordagem, que veio a ser c amada Abordagem Centrada na Pessoa, uma categoria distinta Assim, a erapia Centrada no Cliente tem uma teoria es pecí ica, coerente e bem documentada Rogers, 5 A Abor dagem Centrada na Pessoa n o tem nen uma teoria Que teo ria poderia ter uma abordagem? xiste um m todo para conduzir uma erapia Centrada no Cliente o t o bem especi icado quanto a teoria, mas a t cnica pessoal de Rogers oi extensivamente documentada e pôde ser precisamente descrita A abordagem n o tem m to Quanto a erapia Centrada no Cliente, um corpo substan cial de pesquisa se acumulou, testando as ip teses propostas pelo estudo de sua teoria e prática mbora de um modo geral, a pesquisa ten a sido incapaz de convencer a maioria dos psi c logos da validade da teoria, o que tem sido mais convincente que, de ato, mel orou a psicologia em geral, oi um sucesso na clínica da erapia Centrada no Cliente A Abordagem Cen trada na Pessoa n o tem sido pesquisada A or a e a raqueza dos conceitos de Rogers decorrem em grande parte do ato de que provêm da experiência direta do processo de psicoterapia e icaz desenvolvimento da erapia Centrada no Cliente e icaz resultou na ormula o de certos princípios Alguns se tornaram Document shared on www.docsity.com Downloaded by: fernando-esquilo (fernandoesquilo110@gmail.com) Abordagem Centrada na Pessoa |5º edi o parte da teoria; outros, parte do sistema de cren as dos seus praticantes; outros ainda, parte do olclore que inevitavelmente cerca as atividades de um grupo de pessoas envolvido na mes ma tare a Para a abordagem, n o á tais princípios o caso da erapia Centrada no Cliente, a abordagem oi ca racteristicamente expressa atrav s de uma compreens o em pática intensa dentro de um relacionamento genuíno, de pes soa a pessoa, sem questionar ou julgar, valorativamente, os pensamentos e sentimentos do cliente m 6, Rogers pro eriu uma palestra cuidadosamente preparada para uma audiência bastante c tica na Clínica Men ninger nome desse artigo seminal que oi editado e subse quentemente publicado na revista e American Psyc ologist, era: Aspectos Signi icativos da erapia Centrada no Cliente Sua psicoterapia gan ava um novo nome e apropriadamente, ele se re eria à sua abordagem como “Abordagem Centrada no Clien te” Dizia: “ mbora a Abordagem Centrada no Cliente ten a suas origens puramente dentro dos limites da clínica psicol gi ca, está provando ter implica es, requentemente de natureza bastante espantosa, em di erentes campos de atividades” le previu que essa nova abordagem iria produzir: [ ] uma maior compreens o do processo de psicotera pia e a mel ora da sua prática; [ ] aplica es no campo da educa o; [ ] um maior respeito pela iloso ia da auto determina o; [ ] aplica es na resolu o de con litos sociais e gru pais que,de ato, ocorreu Al m disso, ao longo de sessen ta anos de sua carreira, a abordagem nunca mudou os pri meiros trinta anos, durante a ase intensiva do desenvolvimento da erapia Centrada no Cliente; era requentemente c amada de Abordagem Centrada no Cliente os trinta anos seguintes, quando oi aplicada mais intensivamente à duca o, a peque nos grupos de encontro ou à psicoterapia de pequenos grupos, e a grandes grupos para acilitar a compreens o transnacional, a resolu o de con litos ou a aprendizagem sobre a natureza da cultura'e seus processos de orma o, tem sido c amada Abordagem Centrada na Pessoa DBoa iinan a do aditana dA Las adon as | amam [ 7 Document shared on www.docsity.com Downloaded by: fernando-esquilo (fernandoesquilo110@gmail.com) 8] o n eit ood et al org quadro a seguir poderá ajudar a colocar em perspectiva a ist ria da abordagem e suas aplica es mais importantes: A AB RDAG M Abordagem Centrada no Cliente Abordagem Centrada na Pessoa erapia Centrada no Cliente utras Aplica es V V V | Atitudes do terapeuta Caracterizada pelo livro de Ro gers, Aconsel amento e Psicoterapia, publicado em M todos de terapia denti icada pelo livro erapia Cen trada no Cliente, publicado em 5 ll xperiência ou processos internos Corresponde à publica o 6 do best seller, ornar se Pessoa V Facilita o do aprendizado Liberdade para Aprender 6 V Relacionamentos inter pessoais Grupos de ncontro 70 V Processos sociais, orma o e trans orma o da cul tura Sobre o Poder Pessoal 77 e Um eito de Ser 80 período dos primeirostrinta anos da Abordagem Cen trada no Cliente estava voltado para o desenvolvimento de um sistema de mudan a na personalidade que se concentrava no mundo subjetivo do indivíduo período dos trinta anos se guintes da Abordagem Centrada na Pessoa voltou se tamb m para intera es sociais e se concentrou no aprender azendo Document shared on www.docsity.com Downloaded by: fernando-esquilo (fernandoesquilo110@gmail.com) Abordagem Centrada na Pessoa |5º edi o A PR M RA PAR objetivo da Primeira Parte, AB RDAG M C RADA A P SS A: AR G S S M A S D CARL R R G RS, n o apresentar um panorama completo do seu trabal o, nem mesmo suas realiza es mais signi icativas, mas dar uma mos tra de sua sabedoria, seu con ecimento proveniente do sabo rear a experiência, seu “jeito de ser”, ao lidar com a Abordagem Centrada na Pessoa Com essa inalidade, oram escol idos seis artigos originais, publicados em renomadasrevistas norte americanas de psicologia, entre 6 e 6 , alguns dos quais oram escritos vários anos antes de sua publica o mbora a primeira proposi o organizada por Rogers sobre sua “nova psicoterapia” ten a aparecido já em 0 num discurso na Universidade de Minnesota e ele ten a continuado a publicar sobre o assunto at sua morte em 87, para nosso objetivo, estes seis artigos representam seu pensamento essencial em psicoterapia Por aparecerem em seu contexto de origem, mar cado pela busca da verdade em vez de procurarem responder a quest o: “ que este grande omem pensa sobre variados assuntos?” , estes artigos mantêm o vigor original Mostram acima de tudo o prazer experimentado por Rogers com a des coberta artigo de abertura “Aspectos Signi icativos da era pia Centrada no Cliente” 6 oi cuidadosamente elaborado para um seminário na renomada Clinica Menninger a poca em que apareceu, os percal os na n o diretividade já tin am sido razoavelmente superados: a neutralidade e a manipula o sutil do terapeuta cederam lugar a um calor e aceita o mais genuínos Rogers já n o parecia de ensivo em rela o a outras doutrinas sta uma boa proposi o seminal, concisa, coerente e de leitura mais ácil do que tentativas anteriores ou vers es posteriores, reescritas para serem publicadas em livros de di vulga o ou apologias da Abordagem Centrada na Pessoa o original, o estilo re lete sua busca de precis o, assim como certa espontaneidade Suas id ias e sentimentos s o coloca dos de modo mais ou menos direto, de uma maneira natural, sem a preocupa o de persuadir, embora ele sempre tivesse em mente um objetivo de inido Assim, o artigo re lete tanto os atos esclarecedores quanto os pontos obscuros que mais tar Pi licar ân da editnra da li es edu es | 0 0 [ Document shared on www.docsity.com Downloaded by: fernando-esquilo (fernandoesquilo110@gmail.com) 0| o n eit ood et al org de amadureceriam, e que embora, às vezes, pare am menos elegantes, mantiveram se coesosa servi o do aprendizado Ainda que s parcialmente elaborada, a erapia Centrada no Cliente já emerge com inteireza aí, com signi icado pr prio A “Abordagem”, diz Rogers, “se ap ia em or as construtivas no cliente” Al m disso, a “con ian a bem de inida e disciplina da do terapeuta nessas or as, o que explica o processo orde nado e previsível da erapia Centrada no Cliente” sto porque “existem no individuo or as de crescimento, tendências para a auto atualiza o, que podemagir como a única motiva o para a terapia” As implica es dessa abordagem tamb m já est o suge ridas neste artigo, antecipando a dire o dos trabal os uturos de Rogers le adianta que essa “nova abordagem” poderia trazer, como e etivamente trouxe, uma maior compreens o do processo psicoterapêutico e o aper ei oamento da sua prática, assim como um maior respeito pela iloso ia da auto determina o, al m de aplica es na educa o e na resolu o de con li tos sociais e de grupo sse artigo ilustra a clareza, a simplicidade e aquela mis tura exata de umildade e irmeza que caracterizam os mel o res escritos de Rogers segundo artigo, Algumas bserva es sobre a rga niza o da Personalidade 7 , originou se do marcante dis curso pro erido ao t rmino de seu mandato como presidente da Associa o Americana de Psicologia ntre outras coisas, tor nou público que o estudo empírico, eito atrav s de grava es de sess es terapêuticas, revela que “mudan asqueocorrem na percep o do sel e na percep o da realidade resultam em mudan a de comportamento” Sel se reorganiza em algo mais adequado às realidades de tempo e lugar Assim, na cul tura da terapia, ocorre uma media o entre as inconsistências dos valores sociais e as sensa es do organismo em todos os artigos importantes puderam ser incluídos nesta breve sele o Alguns lamentavelmente oram excluídos Um deles oi A Atitude e rienta o do Consel eiro , no qual Rogers introduz a perspectiva do treinamento de psico terapeutas, uma preocupa o que manteve ao longo de toda a sua carreira Declara que o “pr prio terapeuta uma parte ex tremamente importante da equa o umana que ele az, as atitudes que sustenta, o conceito básico que tem de seu papel, Document shared on www.docsity.com Downloaded by: fernando-esquilo (fernandoesquilo110@gmail.com) Abordagem Centrada na Pessoa |5º edi o tudo in luencia a terapia em alto grau ” Descreve a e icácia do consel eiro centrado no cliente, como algu m que “mantem um conjunto de atitudes coerentes e em desenvolvimento, pro undamente enraizadas na sua organiza o pessoal, um sis tema de atitudes que implementado por t cnicas e m todos consistentes com ele” [ ] “ ossa experiência mostra que o consel eiro que tenta usar um m todo está adado ao racasso, a menos que este m todo esteja genuinamente alin ado com suas pr prias atitudes” Assim, Rogers adotou o termo “imple menta o” em vez do termo “t cnica”, pois o cliente percebe rapidamente qualquer m todo que o terapeuta esteja usando e isto obstrui o progresso terapêutico Por outro lado, “o conse l eiro está sempre implementando,tanto consciente quanto in conscientemente, as atitudes que mantêm em rela o ao clien te ” Mas decidimo nos pela exclus o deste artigo, pois muito desse material se repete em outros textos aqui apresentados amb m poderia ter sido útil incluir relatos de casos Por exem plo, o caso de erbert Bryan, que Rogers publicou mais de uma vez ou a transcri o da entrevista ilmada com a cliente Gloria, já publicada e disponível como ilme ou vídeo sse ma terial muito importante, pois ilustra o trabal o de psicoterapia momento a momento, pelo menos o que pode ser transmitido por palavras e imagens e o que podeser iltrado do quadro cul tural da poca Comoas transcri es s o “datadas” e como a leitura algo cansativo, decidiu se por sua exclus o A qua o do Processo em Psicoterapia 6 , que Ro gers escreveu ao receber o Premio de minente Contribui o Cientí ica da Associa o Americana de Psicologia, em 57, inicialmente n o azia parte da proposta deste volume Poste riormente, oi incluído por sugest o de vários especialistas in ternacionais consultados Por outro lado, alguns deles aviam sugerido a exclus o de um artigo similar, Conceito de Pessoa em Atualiza o Plena 5 que se tornara controvertido n tretanto, oi incluído por ser de certo modo ingênuo, proporcio nando uma vis o privilegiada do modo de pensar de Rogers Al m do mais, contrariamente a outras vers es posteriores, mais ambiciosas e eventualmente elitistas, este artigo simples mente tenta responder à quest o l gica: “Se a erapia Centra da no Cliente or bem sucedida, que tipo de resultado pode ser esperado?” Uma vez que entre estes dois artigos á muita superposi Di linan a da aditana da li ae + adi oc | nam Document shared on www.docsity.com Downloaded by: fernando-esquilo (fernandoesquilo110@gmail.com) o| o n eit ood et al org o, omostentados, em nome da simplicidade, a eliminar um deles Ao inal, n o oi possível decidir pela exclus o de nen um dos dois: cada qual o erecia algo que o outro n o tin a sso oi motivo de alguma rustra o at entendermos que estes dois artigos s o de ato complementares: um escrito primariamente, talvez, de um modo analítico de consciência, e o outro, de um modo olístico de consciência ssa conclus oiria ter pro un das implica es na compreens o do trabal o de Rogers artigo Pessoas ou Ciência? Uma Quest o Filos ica 55 torna explícito esse insig t Rogers, de ato, prop e um diálogo eritre esses dois modos complementares de consciên cia le disse: “Sinto um descon orto crescente quanto a dis tância entre a rigorosa objetividade de meu sel como cientista obstinado e, a quase mística subjetividade do meu sel como terapeuta” Depois de um longo debate entre essas duas po si es igualmente valiosas, come a a compreender que elas podem ser complementarese passa a propor uma “integra o” entre o “experienciador” e o “cientista” mbora nunca ten a perseguido propositadamente essa integra o, ica claro que, no mel or do seu trabal o, uma intera o entre esses dois mo dos de consciência deveria estar ocorrendo sse um dos ios essenciais na Abordagem Centrada na Pessoa e sugere uma perspectiva a partir da qual o trabal o de Rogers, con orme o compreendemos, pode ser mel or avaliado A primeira parte do livro se encerra com Condi es e cessárias e Su icientes para a Mudan a erapêutica na Persona lidade 57 , sua proposi o inal sobre a erapia Centrada no Cliente seus antecedentes, teoria, pesquisa e prática É mais assimilável que o elaborado tratado escrito para o livro de 5 oc 5 , e pouco do que Rogers alou posteriormente so bre psicoterapia acrescentou mais a seu pensamento básico esse tratado, Rogers preparou uma declara o siste mática da teoria da erapia Centrada no Cliente em processo de desenvolvimento Ao introduzir o seu tema, declara: “Acre dito que á apenas uma proposi o que pode ser apropria damente aplicada a todas as teorias da teoria do logístico à teoria da relatividade, da teoria que apresentarei à teoria que, espero, a substituirá em uma d cada que na poca de sua ormula o toda teoria cont m uma quantidade descon ecida de erros e in erências equivocadas ou talvez impossíveis de serem con ecidas no momento ” p 0 Document shared on www.docsity.com Downloaded by: fernando-esquilo (fernandoesquilo110@gmail.com) Abordagem Centrada na Pessoa |5º edi o Recon ecendo a inevitavelmente incompleta, ele es perava que a teoria osse re ormulada em uma d cada o o oi Para complicar ainda mais o assunto, nos trinta e cinco anos que se seguiram, ela se aproximou mais das “in erências equivocadas”, particularmente depois que a abordagem oi am plamente aplicada à educa o e aos works ops de grandes grupos e de resolu o decon litos, sob o nome de Abordagem Centrada na Pessoa A S GU DA PAR ato de n o ter emergido nen uma teoria abrangente, nem mesmo uma organiza o coerente de pensamento, alia dos a pro us o de práticas dúbias sob o r tulo geral de Aborda gem Centrada na Pessoa, tornou necessária a inclus o de uma re lex o sistemática sobre a evolu o da Abordagem Centrada na Pessoa, que integra a Segunda Parte deste livro: DA AB RDA G M C RADA A P SS A À RAP A C RADA CL : UMA R R S P C VA D 60 A S Com base nesta primeira parte espera se que o leitor seja capaz de perceber a motiva o de Rogers, por que ele ez o que ez; sua inten o, o que ele esperava realizar, seus valores e princípios norteadores que d o signi icado aos seus sentimentos, pensamentos e observa es; sua postura, tanto ísica como mental, como ele se colocava na prática da psicote rapia; sua atitude de tentar compreender o que o cliente estava querendo comunicar e continuamente mel orar a e icácia da terapia; seu sentido de alerta para o que era inesperado e sur preendente, o que era desa iante e di ícil de explicar em suas experiências; sua abertura mental para deixar o enômeno alar por si mesmo e ormular teorias baseadas em seu aprendizado atrav s da prática oda vez que um aluno ou colega se preocupava com algum novo dado de pesquisa ou alguma id ia nova que con rontava a Abordagem Centrada na Pessoa, azendo a parecer errada, Rogers n o se perturbava Sua resposta se tornou le gendária: “ o se preocupe, os atos s o sempre amistosos” ste livro pretende ser uma exposi o de atos que esperamos sejam amistosos, isto , que possam alargar, iluminar e tornar mais útil uma compreens o n o somente desse assunto, mas Pa lirarán da editnra da ll ee « edi es | 0 0 [ Document shared on www.docsity.com Downloaded by: fernando-esquilo (fernandoesquilo110@gmail.com) tamb m ajudar a clarear a quest o básica Comose tornar um ser umano? Se pudermos apreender o “jeito de ser” de Rogers em situa es novasa partir destes seis artigos seminais, estaremos em condi o de azer duas coisas: primeiro, resolver o dilema apre sentado na segunda parte, e, segundo, deixar de lado os resí duos ossilizados do que atualmente c amado Abordagem Centrada na Pessoa a im de descobrir o que á de e etivamen te valioso na essência da Abordagem Centrada na Pessoa o n eit ood aguariúna, ovembro Document shared on www.docsity.com Downloaded by: fernando-esquilo (fernandoesquilo110@gmail.com) Parte Seis Artigos Seminais de Carl Ransom Rogers Agradecemos a permiss o para publica o obtida da American Psyc ological Association para os se guintes artigos: e ecessary and Su icient Conditions o erapeutic Personality C ange, Signi icant As pects o Client Centered erapy, Some bservations on t e rgani zation o Personality e Persons or Science? a P ilosop ical Question; do peri dico Psyc ot erapy: eory, Researc and Practice para o artigo e Concept o t e Fully Functioning Person; e da Association or t e Ad vancement o Psyc ot erapy para o artigo e Process quation o Psyc ot erapy Document shared on www.docsity.com Downloaded by: fernando-esquilo (fernandoesquilo110@gmail.com) o n eit ood et al org 6 | Document shared on www.docsity.com Downloaded by: fernando-esquilo (fernandoesquilo110@gmail.com) ASP C S S G F CA V S DA RAP A C RADA CL ! Carl Ransom Rogers Ão planejar dirigir me a este grupo, considerei e des cartei muitos t picos possíveis Fiquei tentado a descrever processo da terapia n o diretiva e as t cnicas e procedimentos de aconsel amento que parecem úteis para promovê lo Mas a maior parte desse material já está escrita Meu pr prio livro de aconsel amento e psicoterapia 8 cont m muito do material básico, e meu livro mais recente e popular 0 , sobre acon sel amento para ex combatentes, tende a complementá lo A iloso ia da Abordagem Centrada no Cliente e sua aplica o ao trabal o com crian as oi convincentemente apresentada por Allen A aplica o ao aconsel amento de empregados da indústria discutida em um livro por Cantor Curran 5 publicou recentemente um livro, um entre vários estudos base ados em pesquisa, que está lan ando novas luzes tanto sobre processo quanto sobre procedimento Axline está publicando um livro sobre ludoterapia e terapia de grupo com crian as Snyder está elaborando um livro sobre casos clínicos Portanto, parece desnecessário resumir material quejá está ou estará em breve disponível, por escrito utra possibilidade tentadora, particularmente neste con texto, seria discutir algumas das raízes que originaram a Abor dagem Centrada no Cliente Seria interessante mostrar como ela, em seus conceitos de repress o e libera o, na sua ên a se sobre catarse e insig t, tem muitas raízes no pensamento reudiano, e assim recon ecer essa dívida al análise poderia mostrar tamb m que, em seu conceito sobre a abilidade do indivíduo para organizar sua pr pria experiência, á uma dívida ainda maior para com o trabal o de Rank 6 , a t e Allen m sua ên ase sobre as pesquisas objetivas, ao submeter !, Signi icant Aspects o Client Centered erapy e American Psyc ologist, vol 0 : 5 , 6 Palestra pro erida em um seminário para os dirigentes da Menninger Clinic e do opeka Veteran's ospital, no dia 5 de Maio de 6 em opeka, ansas, stados Unidos Document shared on www.docsity.com Downloaded by: fernando-esquilo (fernandoesquilo110@gmail.com) 8 | o n eit ood et al org atitudes luidas à investiga o cientí ica, e ao se dispor a com provar ou a re utar todas as ip teses atrav s de m todos de pesquisa, obviamente, a dívida para com todo o campo da Psicologia Americana, por sua genialidade quanto à utiliza o da metodologia cientí ica amb m poderia assinalar que, em bora todosno campoclínico ten am sido ortemente expostos a uma abordagem ecl tica de trabal o em equipe no campo da orienta o à crian a, e a um ecletismo algo similar ao de Adol Meyer scola opkins de pensamento , esses pontos de vista ecl ticos talvez n o ten am sido t o rutí eros em terapia, e pouco restou dessas ontes na abordagem n o diretiva am b m poderia registrar que, na sua tendência básica, contrária a guiar e dirigir o cliente, esta abordagem está pro undamen te enraizada na experiência clínica prática, e concorda com a experiência da maioria dos que trabal am em clínica, tanto que uma das rea es mais comuns de terapeutas experientes dizer: “Você apreendeu e pôs em palavras algo que eu ven o buscando á muito tempo em min a pr pria experiência” ssa análise, esse tra ado das id ias raíizes, precisa ser eito, mas descon io da min a pr pria abilidade para azê lo amb m ten o dúvidas de que algu m que esteja pro unda mente preocupado com um novo desenvolvimento possa sa ber, com alguma exatid o, de onde suas id ias vieram Consequentemente estarei, nesta apresenta o, ado tando uma terceira perspectiva mbora eu vá azer uma breve descri o do processo e do procedimento, re erindo de modo geral às muitas raízes que nos serviram de ontes, e recon ecer os vários elementos comuns partil ados pela erapia Centrada no Cliente e outras abordagens, creio que será mutuamente vantajoso en atizar primeiramente aqueles aspectos nos quais a terapia n o diretiva di ere mais aguda e pro undamente de outros procedimentos terapêuticos spero apontar alguns dos aspectos básicos signi icativos nos quais o ponto de vista centrado no cliente di ere dos outros, n o somente nos seus princípios atuais, mas tamb m nas divergências mais amplas in eridas pela proje o de seus princípios centrais Processo Previsível da erapia Centrada no Cliente primeiro dos três elementos característicos da erapia Centrada no Cliente, para o qual quero c amar a aten o de Document shared on www.docsity.com Downloaded by: fernando-esquilo (fernandoesquilo110@gmail.com) Abordagem Centrada na Pessoa |5º edi o vocês, a previsibilidade do processo terapêutico nessa abor dagem Veri icamos que,tanto clínica quanto estatisticamente, ocorre um padr o previsível de desenvolvimento terapêutico A certeza quanto a isso me veio recentemente, ao ouvir, ao lado de estagiários p s graduados, uma primeira sess o rec m gra vada, apontando l es os aspectos característicos, e combinan do ouvir com eles as sess es seguintes de orma a l es permitir observar as ases posteriores do processo de aconsel amento ato de saber com seguran a qual seria o padr o posterior, antes que este ocorresse, somente me impressionou quando pensei sobre o incidente stamos t o acostumados, enquanto clínicos, a essa qualidade previsível que a tomamos por cer ta alvez uma descri o resumida desse processo terapêutico possa indicar aqueles elementos com os quais nos sentimos seguros Pode se dizer que sabemos agora como iniciar uma ca deia de eventos complexa e previsível, ao lidarmos com o indi víduo mal ajustado, uma cadeia de eventos que terapêutica, e que opera e etivamente em situa es problemáticas dos mais diversos tipos ssa cadeia previsível de eventos pode surgir atrav s do uso da linguagem, como no aconsel amento; atra v s da linguagem simb lica, como na ludoterapia; atrav s da linguagem encoberta como no psicodrama ou na terapia com antoc es la e icaz para lidar com situa es individuais e tamb m com situa es de pequenos grupos É possível propor com alguma exatid o as condi es que precisam ser prenc idas para iniciar e conduzir essa ex periência terapêutica liberadora Segue se uma lista abreviada das condi es que parecem ser necessárias, assim como dos resultados terapêuticos que ocorrem ssa experiência quelibera as or as internas de cresci mento do indivíduo ocorrerá, na maioria dos casos, se os se guintes elementos estiverem presentes: Se o consel eiro partir do princípio de que o indivíduo basicamente responsável porsi pr prio, e desejar que o indi víduo manten a essa responsabilidade Se o consel eiro agir sob o princípio de que o cliente tem uma orte tendência a tornar se maduro, socialmente ajus tado, independente, produtivo, e se este consel eiro con iar nessa or a, e n o em seus piepncs poderes, para realizar mu Pu lirarân na editnra da li ee » edi oee | 0 0 [ Document shared on www.docsity.com Downloaded by: fernando-esquilo (fernandoesquilo110@gmail.com) o n eit ood et al org Se o consel eiro criar uma atmos era calorosa e per omissiva,naqualoindivíduoestejalivreparatrazer qualquer atitude ou sentimento que possa ter, n o importandoqu oab | surdos, n o convencionais ou contradit rios sejam cliente t o livre para resguardar suaexpressao quanto para expressar seus sentimentos Se os limites estabelecidos orem simplesmente limi tes quanto ao comportamento e n o limites quanto às atitudes sto se aplica principalmente às crian as Pode n o ser permi tido à crian a quebrar a janela ou sair da sala, mas ela livre para sentir vontade de quebrar a janela, e esse sentimento plenamente aceito o se permite ao cliente adulto mais de uma ora para uma sess o, mas á plena aceita o do seu desejo de reclamar por maistempo DD5 Se o terapeuta usar na sess o somente aqueles pro cedimentos e t cnicas que transmitam seu pro undo entendi mento das atitudes expressas, carregadas de emo o, e sua aceita o delas ssa compreens o talvez seja mel or trans mitida por um re lexo sensível e pela clari ica o das atitudes 0 do cliente A aceita o do consel eiro n o envolve aprova o, tampouco desaprova o 6 Se o consel eiro se abstiver de qualquer express o ou a o que seja contrária aos princípios precedentes sto sig ni ica evitar de perguntar, sondar, culpar, interpretar, aconsel ar, sugerir, persuadir, reassegurar Se estas condi es orem atendidas, ent o pode se dizer, com seguran a, que na grande maioria dos casos os seguintes resultados acontecer o: cliente expressará atitudes intensas e motivadas cliente explorará suas pr prias atitudes e rea es mais plenamente do que o izera antes e tornar se á consciente de aspectos de suas atitudes que negara previamente le c egará a uma apreens o consciente mais clara das atitudes que o motivam e se aceitará mais completamente ssa apreens o e essa aceita o incluir o atitudes previamen te negadas le poderáou n o verbalizar essa compreens o consciente mais clara de si e de seu comportamento À luz de uma percep o mais clara de si, escol erá, por sua pr pria iniciativa e responsabilidade, novos objetivos que ser o muito mais satis at rios que seus objetivos desajus Document shared on www.docsity.com Downloaded by: fernando-esquilo (fernandoesquilo110@gmail.com) Abordagem Centrada na Pessoa |5º edi o 5 scol erá comportar se de maneira di erente para poder alcan ar esses objetivos, e esse novo comportamento camin ará na dire o de maiorcrescimento psicol gico e ma turidade Seu modo de comportar se será tamb m mais espon tâneo e menos tenso, mais armonioso com as necessidades sociais de outros; representaráum ajustamento mais realista e mais con ortável a vida Será mais integrado que seu comporta mento anterior Será um avan o na vida do indivíduo A mel or descri o cientí ica desse processo aquela ornecida por Snyder Analisando certo número de casos, com t cnicas de pesquisa estritamente objetivas, Snyder des cobriu que o desenvolvimento nesses casos quase sempre paralelo; que a ase inicial da catarse substituída por uma ase em que o insig t torna se o elemento mais signi icativo, e esta, por sua vez, passa para uma outra ase marcada por um au mento de escol a e a o positivas Clinicamente, sabemos que esse processo algumas vezesrelativamente super icial, envolvendo deinício uma nova reorienta o para um problema imediato; outras vezes pro undo a ponto de envolver uma completa reorganiza o da per sonalidade mesmo processo recon ecível quer se trate de uma garota in eliz numa república de estudantes, capaz de em três sess es perceber algo sobre suain antilidade e dependên cia, avan ando na dire o do amadurecimento; quer se trate de um jovem à beira de um surto esquizo rênico que em trinta sess es trabal a pro undos insig ts quanto ao seu desejo de morte do pai, e seus impulsos possessivos e incestuosos em rela o à m e, e que n o somente dá novos passos, mas tam b m reconstroi sua personalidade inteira nesse processo Seja super icial ou pro undo, processo basicamente o mesmo stamos conseguindo recon ecer com seguran a as pectos característicos de cada ase do processo Sabemos que a Catarse envolve uma express o gradual e mais completa das atitudes carregadas de emo o: Sabemos que, caracteristica mente a conversa evolui de problemas e atitudes super iciais para problemas e atitudes mais pro undos Sabemos que esse processo de explora o traz gradualmente à tona atitudes rele vantes que oram negadas à consciência Recon ecemos tamb m que o processo de obter insig t provavelmente envolve um de rontar se mais adequado com a realidade como ela existe no interior do sel , tanto quanto com Publicac o da editora da U es edu es | 0 0 Document shared on www.docsity.com Downloaded by: fernando-esquilo (fernandoesquilo110@gmail.com) 0| o n eit ood et al org a realidade externa; envolve o relatar de problemas ao outro, a percep o dos padr es de comportamento; envolve a aceita o de elementos at ent o negadosao sel , e uma re ormula o do conceito de sel ; e envolve a cria o de novosplanos a ase inal sabemos que a escol a de novas maneiras de comportar se estará em con ormidade com o conceito re c m organizado do sel ; que os primeiros passos para colocar em movimento esses planos ser o modestos, mas simb licos; que o indivíduo sentirá apenas um grau mínimo de con ian a para pôr seus planos em andamento; que passos posteriores implementar o cada vez mais completamente o novo conceito de sel , e que esse processo continuará ap s a conclus o das entrevistas terapêuticas Caso essas declara es pare am conter demasiada cer teza, a ponto de soar como “bom demais para ser verdade”, posso apenas dizer que para muitas delas já temos pesquisas de apoio, e que,t o rápido quanto possível, estaremos desen volvendo nossa pesquisa para trazer todas as ases do proces so a exame objetivo s que trabal amos clinicamente com a erapia Centrada no Cliente consideramos essa previsibilidade como uma característica estabelecida, embora recon e amos que pesquisa adicional será necessária para completar mais adequadamente o quadro A implica o dessa previsibilidade espantosa oda vez que, em ciência, um processo previsível oi descoberto, encon traram se modos possíveis de usá lo como ponto de partida para toda uma cadeia de descobertas Consideramos isso n o s per eitamente possível, como tamb m inevitável, em rela o a esse processo previsível na terapia Assim, consideramos a natureza ordenada e previsível da terapia n o diretiva como um dos pontos mais característicos e signi icativos da di eren a em rela o a outras abordagens Sua importância reside n o so mente no ato de ser uma di eren a atual, mas em apontarpara um uturo nitidamente diverso, no qual a exp'ora o cientí ica dessa con ecida cadeia de eventos conduzirá a muitas novas descobertas, desenvolvimentos e aplica es A Descoberta da Capacidade do Cliente Uma quest o naturalmente se levanta: qual a raz o para essa previsibilidade num tipo de procedimento terapêutico em Document shared on www.docsity.com Downloaded by: fernando-esquilo (fernandoesquilo110@gmail.com) Abordagem Centrada na Pessoa |5º edi o que o terapeuta exerce somente uma un o catalizadora? Ba sicamente, a raz o para a previsibilidade do processo terapêu tico está na descoberta e uso esta palavra intencionalmente de que nointerior do cliente residem or as construtivas cujo poder e uni ormidade n o têm sido recon ecidosinteiramente, como tamb m têm sido bastante subestimados É a nítida e disciplinada con ian a do terapeuta nessas or as internas do cliente que parece explicar a ordena o do processo terapêuti co, bem como sua consistência de um cliente para outro Mencionei que considerava isso uma descoberta Quero ampliar essa declara o á s culos temos con ecimento de que catarse e libera o emocional s o de grande ajuda Muitos m todos novos oram e est o sendo desenvolvidos para pro mover a libera o, mas o princípio n o novo Da mesma or ma sabemos, desde os tempos de Freud, que insig t, se aceito e assimilado pelo cliente, terapêutico princípio n o novo Constatamos tamb m que padr es de a o revistos, novos modos de comportamento, podem acontecer como resultado de insig t princípio n o novo Mas o que n o sabíamosou n o tin amos recon ecido [ que na maioria dos indivíduos, sen o em todos, existem or as de crescimento, tendências para a auto atualiza o, que po dem agir como a única motiva o para terapia o tín amos recon ecido que, sob condi es psicol gicas adequadas, es sas or as produzem libera o emocional nas áreas e no ritmo mais ben icos para o indivíduo ssas or as o impelem a ex plorar suas pr prias atitudes e sua rela o com a realidade, e a explorar essas áreas e etivamente otín amosrecon ecido que o indivíduo capaz de explorar suas atitudes e sentimen tos, inclusive aqueles que têm sido negados à consciência, num ritmo que n o cause pânico, e com a pro undidade requerida para um ajustamento con ortável le capaz de descobrir e perceber, verdadeira e espontaneamente, as inter rela es en tre as pr prias atitudes e seu relacionamento com a realidade indivíduo tem a capacidade e o poder de distinguir, sem ser guiado, os passos que o conduzir o a um relacionamento mais maduro e mais con ortável com a realidade É o recon ecimen to gradual e crescente, pelo terapeuta centrado no cliente, des sas capacidades internas do indivíduo, que, acredito, sustenta o termo descoberta odas essas capacidades que eu descrevi mser oliberadasseumaatmos erapsicol gicaadequada or Publicac o da editora da U es edu es | 0 0 Document shared on www.docsity.com Downloaded by: fernando-esquilo (fernandoesquilo110@gmail.com) | o n eit ood et al org criada ouve, claro, muitas mani esta es de louvor, da boca para ora, quanto ao poder do cliente, e quanto à necessida de de utilizar o impulso para a independência que existe nele Psiquiatras, analistas, e especialmente assistentes sociais en a tizaram esse ponto o entanto, está claro, pelo que oi dito, e ainda mais claro atrav s de material de casos estudados, que essa uma con ian a muito limitada É uma con ian a de que o cliente pode assumir responsabilidade, se or guiado pelo especialista; uma con ian a de que o cliente pode assimilar in sig t, se este l e or propriciado primeiro pelo especialista; de que pode azer escol as, se nos pontos cruciais l e or dada uma dire o É, em suma, o mesmotipo de atitude que uma m e tem para com seu il o adolescente, que ela acredita ser capaz de tomar decis es pr prias e guiar seu pr prio camin o, contanto que ele tome a dire o por ela aprovada sto bem evidente no último livro de psicanálise de Alexander e Frenc mbora muitas das antigas vis es e práticas da psicanálise sejam descartadas, e os procedimentos estejam muito mais pr ximos daqueles da terapia n o diretiva, ainda o terapeuta que tem de initivamente o controle le dá os insig ts, ele está pronto para guiar nos momentos cruciais Assim, enquanto os autores declaram que o papel do terapeuta liberar o cliente para desenvolver suas capacidades, e para aumentar sua abilidade de satis azer suas necessidades de maneira aceitável para si e para a sociedade; enquanto alam de competi o e coopera o como um con lito básico que o indivíduo tem que resolver por si pr prio; enquanto apontam a integra o do novo insig t como uma un o normal do ego ica claro, na descri o do procedimento, que eles n o têm nen uma con ian a na capacidade do cliente para azer quais quer dessas coisas Pois na prática, “no momento em que o te rapeuta toma uma maioriniciativa, o que advogamos que um planejamento sistemático torna se imperativo Al m da decis o original quanto a um tipo especial de estrat gia a ser empre gada no tratamento de qualquer caso, recomendamos o uso consciente de várias t cnicas, de maneira lexível, mudando as táticas para que se adequem as necessidades particulares do momento ntre as modi ica es da t cnica básica est o: usar n o somente o m todo de associa olivre mas entrevistas de um caráter mais direto, manipulando a requência das sess es, Document shared on www.docsity.com Downloaded by: fernando-esquilo (fernandoesquilo110@gmail.com) Abordagem Centrada na Pessoa |5º edi o dando diretrizes ao paciente com respeito a sua vida cotidiana, empregandointerrup es de curta ou longa dura o na prepa ra o do t rmino do tratamento, regulando a rela o de trans erência para acomodar às necessidades do caso e azendo uso de experiências da vida real como uma parte integral da terapia” Pelo menos isso n o deixa dúvidas sobre se a ora do cliente ou do terapeuta: claramente do último As capaci dades que o cliente está por desenvolver, certamente n o ser o desenvolvidas nas sess es terapêuticas terapeuta centrado no cliente situa se num polo opos to, tanto te rica quanto praticamente le aprendeu que as or as construtivas do indivíduo podem ser con iáveis e, quanto mais pro undamente se apoia nelas, mais pro undamente elas s o liberadas le construiu seu procedimento a partir dessas ip teses, que rapidamente est o se estabelecendo como a tos: que o cliente sabe quais s o as áreas de preocupa o que está pronto para explorar; que o cliente o mel or juiz para saber qual a requência mais desejável para as sess es; que cliente pode dirigir o percurso mais e icientemente que o tera peuta para os problemas mais pro undos; que o cliente irá se proteger do pânico parando de explorar uma área que está se tornando muito dolorosa; que o cliente pode e irá revelar todos os elementos reprimidos que s o necessários para construir um ajustamento con ortável; que o cliente pode conseguir insi g ts bem mais verdadeiros, sensíveis e acurados do que aque les que possivelmente l e ossem dados; que o cliente capaz de traduzir esses insig ts para um comportamento construtivo em que avalia realisticamente suas pr prias necessidades e desejos para con rontá los com a demanda da sociedade; que o cliente sabe quando a terapia se completa e quando está pronto para en rentar a vida de modo independente S uma condi o necessária para liberar todas essas or as: a atmos era psicol gica apropriada entre cliente e terapeuta ossos relatos de casos e, cada vez mais, nossa pesqui sa atestam essas proposi es Poder se ia supor que averia uma rea o geral avorável a essa descoberta, visto queela im plica, de ato, abrir grandes reservat rios de energia at agora pouco usados ntretanto, nos grupos pro issionais inverso mais verdadeiro o á nen um outro aspecto da erapia Centrada no Cliente que seja alvo de t o vigoroso ataque Pa rece ser genuinamente perturbador para muitos pro issionais Pu lirarán da edirnra da ll oc « oni oe | n [ 5 Document shared on www.docsity.com Downloaded by: fernando-esquilo (fernandoesquilo110@gmail.com) 6 | o n eit ood et al org concordar com o pensamento de que esse cliente, sobre quem eles vêm exercitando suas abilidades pro issionais, saiba re almente mais sobre seu pr prio sel psicol gico do que eles mesmos possam saber; e que o cliente possua poderes cons trutivos que azem com que o es or o construtivo do terapeuta pare a insigni icante A disposi o plena em aceitar esse poder do cliente, com toda a reorienta o do procedimento terapêuti co que isso envolve, uma das maneiras pelas quais a erapia Centrada no Cliente se di erencia mais acentuadamente de ou tras abordagens terapêuticas A atureza Centrada no Cliente do Relacionamento e rapêutico terceiro aspecto di erenciador desse tipo de terapia a caracteriza o do relacionamento entre terapeuta e cliente Di erentemente de outras terapias, nas quais as abilidades do terapeuta devem ser exercitadas sobre o cliente, nesta aborda gem as abilidades do terapeuta s o ocalizadas na cria o de uma atmos era na qual o cliente possa trabal ar Se o conse l eiro puder criar uma rela o calorosa, permeada de compre ens o e seguran a quanto aqualquer tipo de ataque, n o im porta qu otrivial, e de uma aceita o básica da pessoa como ela , ent o o cliente abandonará suas de esas naturais e tirará proveito da situa o Ao tentarmos deci rar as características de um relacionamento terapêutico bem sucedido, come amos a perceber que o sentido de comunica o muito importan te Se o cliente sente que está verdadeiramente comunicando suas atitudes presentes, por mais super iciais, con usas ou con lituadas que sejam, e que sua comunica o compreendida ao inv s de ser avaliada de alguma orma, ent o ica liberado para comunicar se mais pro undamente Um relacionamento, portanto, em que o cliente sinta que está se comunicando cer tamente será rutí ero udo isso signi ica uma mudan a drástica no pensamen to do consel eiro, particularmente se antes ele estava adotando outras abordagens Gradualmente, ele aprende que a a irma o de que aquele tempo deve ser “a ora do cliente” signi ica justamente isso, e que a sua tare a maior azê la cada vez mais pro undamente verdadeira Document shared on www.docsity.com Downloaded by: fernando-esquilo (fernandoesquilo110@gmail.com) Abordagem Centrada na Pessoa |5º edi o alvez algo das características do relacionamento possa ser sugerido por trec os de um artigo escrito por um jovem padre que passou vários meses aprendendo os procedimentos do aconsel amento centrado nocliente “ ato da abordagem de aconsel amento n o diretivo, centrada no cliente, ter sido cuidadosa mente de inida e claramente ilustrada, dá a lus o de Simplicidade” A t cnica parece ser, enganosa mente, ácil de dominar nt o, você come a a pra ticar Uma palavra errada aqui, outra lá Você n o re lete o sentimento, em vez disso, re lete o con teúdo É di ícil lidar com as perguntas; você ica tentado a interpretar ada parece t o s rio que a prática utura n o possa corrigir alvez você esteja tendo problemas para desempen ar dois pap is o de padre e o de consel eiro raga a pergunta de volta à sala de aula e o assunto será resolvido com uma acilidade enganosa Mas esses erros aparen temente pequenos e uma certa in lexibilidade nas [ 7 respostas parecem excessivamente persistentes ” “S gradualmente vai se percebendo que, se or verdadeira, a t cnica exigirá um sentimento caloro so Você come a a sentir que a atitude a quest o en uma pequena palavra será t o importante, se você tiver para com o cliente uma correta atitude aceitadora e permissiva nt o,vocêvence,permi tindo e aceitando Você irá permitir, aceitar e re letir o cliente, nem que isso te mate!” Ainda assim você tem aquelas perguntas pertur badoras do cliente le simplesmente n o con ece o pr ximo passo le l e pede uma dica, algumas possibilidades, a inal de contas espera se que você saiba alguma coisa, sen o, por que ele estaria lá? Como padre, você deve ter algumas convic es sobre em que as pessoas devem acreditar, como elas devem agir Como consel eiro, você deve saber um pouco como remover obstáculos você precisa ter o equivalente ao bisturi do cirurgi o e Pr lirarân da edirnra da ll ee « edii es | 0 0 Document shared on www.docsity.com Downloaded by: fernando-esquilo (fernandoesquilo110@gmail.com) o n eit ood et al org usá lo Aí você come a a se perguntar A t cnica boa, mas será que tem alcance su iciente? Será que ela realmente unciona com clientes? Será cer to deixar a pessoa desamparada, quando você tal vez possa mostrar l e a saída?” “ is aqui, para mim, o ponto crucial ' streita a passagem" e duro o camin o daqui para a rente ingu m mais pode dar respostas satis at rias e mesmo os supervisores parecem rustrados porque n o parecem poder ajudá lo no seu caso especi ico Pois aqui se exige de você o que nen uma outra pessoa pode azer ou assinalar isto , rigo rosamente examinar a si mesmo e suas atitudes em rela oaosoutros Você verdadeiramente acredita que todas as pessoas ten am um potencial criativo nelas mesmas? Que cada pessoa única e que s ela pode trabal ar e resolver sua pr pria individu alidade? u você realmente acredita que algumas 8| pessoas ten am um “valor negativo' e outras sejam racas e precisem ser conduzidas e ensinadas por gente mais 'sábia' e mais orte?” “Você come a a ver que n o á nada compar timentalizado nesse m todo de aconsel amento o somente aconsel amento, porque exige a consistência mais exaustiva, penetrante e abran gente possível m outros m todos, você pode contar com certos instrumentos e escol ê los para usar quando quiser Mas quando aceita o e per missividade genuínas s o os seus instrumentos, isso requer nada menos que sua completa perso nalidade desenvolver se a si mesmo a exigên cia maior ” padre prossegue discutindo a no o de que o conse l eiro deva ser re reado e “renunciar a si” Conclui que essa uma no o errada “Ao inv s de exigir menos da personalidade do consel eiro nessa situa o, o aconsel amento centrado no cliente, de alguma orma, exige mais Document shared on www.docsity.com Downloaded by: fernando-esquilo (fernandoesquilo110@gmail.com) Abordagem Centrada na Pessoa |5º edi o xige disciplina, n o restri o xige o máximo de sensibilidade e estima, canalizadas e disciplinadas xige que o consel eiro pon a na situa o tudo o que ele tem dessas qualidades preciosas, mas de maneira disciplinada, re inada É restri o somente no sentido de que o consel eiro n o se expressa em certas áreas comoo az em outras ” “At mesmo isso enganoso, entretanto o tanto restri o em alguma área mas uma ocaliza o, sensibilizando as pr prias energias e a perso nalidade na dire o de uma atitude apreciadora e compreensiva ” À medida que o tempo oi passando, omos colocando maior ên ase na qualidade de “centraliza o no cliente” da re la o, porque esta será tanto mais e etiva quanto mais comple tamente o consel eiro concentrar se em tentar compreender o cliente como o cliente parece a si mesmo Ãorever alguns dos nossos primeiros casos publicados o caso de erbert Bryan no meulivro, ou o de Snyder sobre Mr M , constatei que gradual mente abandonamosos vestígios de umasutil diretividade, que eram t o evidentes naqueles casos Viemos a recon ecer que, se pudermos prover a compreens o do modo como o cliente parece a si mesmo nesse momento, ele pode azer o resto terapeuta deve pôr de lado sua preocupa o com diagn stico e sua perspicácia em diagnosticar, deve descartar sua tendên cia a azer avalia es pro issionais, deve cessar seus es or os em ormular progn sticos acurados, deve abandonar a sutil tenta o de guiar o indivíduo, e deve se concentrar num único prop sito: o de prover uma pro unda compreens o e aceita o das atitudes conscientemente sustentadas no momento pelo cliente, enquanto explora passo a passo áreas perigosas que têm sido negadas à consciência Acredito que ten a icado evidente, atrav s dessa descri o, que esse tipo de relacionamento somente poderá existir se o consel eiro or capaz de adotar tais atitudes genuína e pro undamente aconsel amento centrado no cliente, se qui ser ser e etivo, n o poderá ser um truque ou umat cnica o um modo sutil de guiar o cliente, enquanto ingimos deixá lo guiar se a si pr prio Para ser e etivo, deve ser genuíno essa| Publicac o da editora da U es edu es | 0 0 [ Document shared on www.docsity.com Downloaded by: fernando-esquilo (fernandoesquilo110@gmail.com) 0| o n eit ood et al org sensível e sincera “centraliza o no cliente”, que eu considero como a terceira característica da terapia n o diretiva, que a dis tingue das outras abordagens Algumas mplica es mbora a Abordagem Centrada no Cliente ten a tido sua origem puramente dentro dos limites da clínica psicol gica, está provando ter implica es, requentemente de natureza surpre endente, em muitas áreas bastante di erentes de atua o Gos taria de sugerir algumas das implica es atuais e potenciais o pr prio campo da psicoterapia, ela conduz a conclu s es que parecem completamente er ticas Parece evidente que treinamento e prática em terapia deveriam provavelmente preceder ao treinamento no campo do diagn stico Con eci mento e abilidade para diagn stico n o s o necessários para uma boa terapia, uma declara o que soa como blas êmia para muitos; e se o pro issional, seja psiquiatra, psic logo, ou assis tente social, recebesse treinamento em terapia, primeiramente aprenderia a dinâmica psicol gica de uma maneira verdadeira mente dinâmica,e iria adquirir umildade pro issional e disponi bilidade de aprender com seu cliente, o que oje muito raro sse ponto de vista parece ter implica es para a me dicina em me ascinado observar, por exemplo, que quando um proeminente alergista come ou a usar erapia Centrada no Cliente para o tratamento de alergias n o especí icas, n o s obteve excelentes resultados terapêuticos, como a experiência come ou a a etar toda a sua prática m dica Gradualmente sig ni icou uma reorganiza o do seu procedimento no consult rio le deu às suas en ermeiras um novo tipo de treinamento, voltado a como entender o paciente Decidiu ter todas as ist rias clínicas col idas por uma pessoa n o m dica treinada com t cnicas n o diretivas, com o objetivo de conseguir um quadro verdadeiro dos sentimentos e atitudes do cliente em rela o a si mesmo e à sua saúde,livre da con us o devida à predispo si o da avalia o diagn stica, que quase inevitável quando uma pessoa da área m dica col e a ist ria e inadvertidamente distorce o material devido a seus julgamentos prematuros le ac ou essas ist rias muito mais úteis para os m dicos do que aquelas elaboradas por eles mesmos Document shared on www.docsity.com Downloaded by: fernando-esquilo (fernandoesquilo110@gmail.com) Abordagem Centrada na Pessoa |5º edi o ponto de vista centrado no cliente já mostrou ter impli ca es signi icativas para o campo de levantamento de dados para pesquisa de opini o pública uso de tais t cnicas por Likert, Lazars eld e outros, signi icou a elimina o de muito vi s nesses estudos ssa abordagem tem, segundo acreditamos, implica es pro undas para lidar com con litos sociais e de grupos, como apontei em outro artigo osso trabal o em aplicar o ponto de vista centrado no cliente a situa es de terapia de grupo, enquanto ainda nas suas ases iniciais, nos levou a sen tir que pode estar em nossas m os uma pista signi icativa para solu es construtivas de con litos interpessoais e interculturais nos grupos A aplica o desses procedimentos para grupos gerenciais, grupos inter raciais, grupos com problemas e ten s es pessoais, já está em andamento o campo da educa o, tamb m, a Abordagem Cen trada no Cliente está encontrando aplica es signi icativas trabal o de Cantor , cuja descri o sairá publicada em breve, destaca se nesse contexto, mas certo número de pro essores est descobrindo que os m todos criados para a terapia, pro duzem um novo tipo de processo educacional, um aprendizado independente, altamente desejável, e mesmo umareorienta o da dire o individual que muito semel ante aos resultados da terapia individual ou de grupo Mesmo no domínio da nossa orienta o ilos ica, a Abordagem Centrada no Cliente tem pro undas implica es Gostaria de indicá las retomando algumas breves passagens de um artigo anterior Ao examinar e tentar avaliar nossa experiência clínica em erapia Centrada no Cliente, o enômeno da reorganiza o das atitudes e o redirecionamento da conduta pelo indivíduo, as sume cada vez mais uma importância maior sse enômeno parece encontrar explica es inadequadas em termos do de terminismo, que o suporte ilos ico predominante da maior parte do trabal o psicol gico A capacidade do indivíduo de reorganizar suas atitudes e conduta de uma maneira n o de terminada por atores externos, nem por elementos pr vios da sua pr pria experiência, mas determinada por seu pr prio insi g t desses atores, uma capacidade impressionante nvolve uma espontaneidade básica que temos relutado em admitir no nosso pensamento cientí ico Dia linan án da adirana da li ae adi oc | AAA [ Document shared on www.docsity.com Downloaded by: fernando-esquilo (fernandoesquilo110@gmail.com) | o n eit ood et al org Pode se resumir a experiência clínica dizendo se que o comportamento do organismo umano pode ser determina do pelas in luências a que oi exposto, mas pode tamb m ser determinado pelo insig t criativo e integrador do pr prio orga nismo ssa abilidade da pessoa em descobrir novo sentido nas or as que a atingem e nas experiências passadas que a têm controlado, e a abilidade para alterar conscientemente sua conduta à luz do novo sentido, tem pro undo signi icado sobre nosso pensamento, o que n o oi ainda inteiramente compreendido Precisamos revisar a base ilos ica do nosso trabal o de orma que se possa admitir a existência de or as dentro do indivíduo que podem exercerin luência espontânea e signi icativa sobre a conduta que n o previsível atrav s do con ecimento das in luências e condicionamentos anteriores As or as liberadas pelo processo catalizador da terapia n o podem adequadamente ser atribuídas a um con ecimento dos condicionamentospr vios do indivíduo; necessário conceber a presen a de uma or a espontânea dentro do organismo que ten a capacidade de integra o e redirecionamento ssa ca pacidade de controle volitivo a or a que devemos levar em “conta em qualquer equa o psicol gica Assim, deparamo nos com uma abordagem que come ou como um mero modo de lidar com problemas umanos de desajustamento, mas acabou por nos or ar a uma reavalia o dos nossos conceitos ilos icos básicos Resumo spero ter conseguido transmitir, ao longo deste artigo, qual min a convic o pessoal: o que sabemos agora ou pen samos saber sobre Abordagem Centrada no Cliente somente um início, o abrir de uma porta, para al m da qual come amos a ver alguns camin os bastante desa iadores, alguns campos ricos e promissores S o os atos da nossa experiência clínica e de pesquisa que continuam a apontar em dire o a essas novas e excitantes possibilidades ntretanto, o que quer que o uturo possa trazer, parece já estar claro que estamos lidando com material de natureza nova e signi icativa, que exige uma explora o cuidadosa e mente aberta Se nossas ormula es atuais desses atos estiverem corretas, ent o poderemos dizer Document shared on www.docsity.com Downloaded by: fernando-esquilo (fernandoesquilo110@gmail.com) Abordagem Centrada na Pessoa |5º edi o que alguns elementos importantes já se sobressaem: certasati tudes e abilidades básicas podem criar uma atmos era psico l gica que libera, solta e utiliza poderes pro undos do cliente; esses poderes e capacidades s o mais sensíveis e resistentes do que antes se supun a; e s o liberados num processo or denado e previsível que pode ser provado como ato básico signi icativo em ciência social, tal como algumas dasleis e pro cessos previsíveis nas ciências ísicas Re erências bibliográ icas AL XA D R, F: FR C , Psyc oanalytic erapy ew York: Ronald Press, 6 ALL , F Psyc ot erapy wit C ildren ew York : orton, CA R, mployee Counseling ew York: McGraw ill Book Company CA R, e Dynamics o Learning manuscrito in dito University o Bu alo, 5 CURRA , C A Personality Factors in Counseling ew York: Grune and Stratton, 5 6 RA , ill erapy ew York: Al red A nop , 6 7 R G RS, €C R Counseling Review o ducational Researc , vol 5: 55 6 , 5 8 R G RS, C R Counseling and Psyc ot erapy ew York: oug ton Mi lin Co , R G RS, C R e implications o nondirective t erapy or t e andling o social con licts rabal o apresentado num se minário do Bureau o ntercultural ducation ew York City: 8 de ev , 6 Dia lisan a da aditana da li ae adi ac | 0 0 [ Document shared on www.docsity.com Downloaded by: fernando-esquilo (fernandoesquilo110@gmail.com) | o n eit ood et al org 0 R G RS, C R ; ALL , L Counseling wit Returned Servicemen ew York: McGraw ill, 6 S YD R, U An investigation o t e nature o non directi ve psyc ot erapy ournal o General Psyc ology, Vol : , 5 AF , e Dynamics o erapy in a Controlled Rela tions ip ew York: Macmillan, Document shared on www.docsity.com Downloaded by: fernando-esquilo (fernandoesquilo110@gmail.com) Abordagem Centrada na Pessoa |5º edi o ALGUMAS BS RVAÇÕ S S BR A RGA ZAÇà DA P RS AL DAD ! Carl Ransom Rogers A possibilidade da observa o direta de processos sig ni icativos promove avan os rápidos nos mais variados cam pos da ciência a medicina, quando as circunstâncias per mitiram ao m dico perscrutar diretamente o estômago de seu paciente, aumentou a compreens o dos processos digestivos e a in luência da tens o emocional sobre todos os aspectos desses processos pôde ser observada e compreendida de or ma mais acurada m nosso trabal o com terapia n o diretiva, requentemente julgamos ocorrer na Psicologia, uma oportuni dade comparável a essa experiência m dica a oportunidade de observar diretamente um número de processos e etivos da personalidade Deixando de lado a quest o da validade da te rapia n o diretiva como abordagem terapêutica, surge aqui um precioso il o de material observável, de valor inusitado para estudo da personalidade Características do Material bservável Por diversas raz es, o dado clínico bruto a que temos tido acesso, único em seu valor para a compreens o da perso nalidade ato de as express es verbais da dinâmica interior serem preservadas em grava o, torna possível a análise deta l ada, de uma orma que n o oi experimentada anteriormente Some bservations on t e rganization o Personality e American Psyc olo gist, vol : 58 68, 7 Discurso pro erido pelo autor ao t rmino de seu mandato como Presidente da Associa o Americana de Psicologia, na Reuni o Anual de setembro de 7 Mekiiaa o ds adinll tel «AL AMA | 5 Document shared on www.docsity.com Downloaded by: fernando-esquilo (fernandoesquilo110@gmail.com) 6| o n eit ood et al org A grava o nos tem o erecido um microsc pio atrav s do qual, calmamente, podemos examinar com detal es precisos quase todos os aspectos do que, em sua ocorrência, era um momento ugaz impossível de ser observado de orma acurada utra característica cienti icamente auspiciosa desse material o ato de as produ es verbais do cliente serem in luenciadas em um grau mínimo pelo terapeuta material de sess es centradas no cliente provavelmente acaba sendo, no tocante às atitudes deste último, uma express o mais “pura” do que as que podiam ser obtidas antes, atrav s de outros re cursos Pode se ler um caso completo transcrito de uma gra va o ou ouvi lo, sem que se encontre mais do que meia dú zia de exemplos nos quais a opini o do terapeuta se evidencie sob quaisquer aspectos Seria impossível avaliar a opini o do terapeuta a respeito da dinâmica da personalidade ingu m poderia determinar a vis o diagn stica, os padr es de compor tamento e a classe social do terapeuta único valor ou padr o sustentado por ele, e que se expressaria em seu tom de voz, respostas e atividades, um pro undo respeito pela persona lidade e atitudes do cliente enquanto pessoa distinta É di ícil ver como isso teria in luência sobre o teor das sess es, exceto por permitir uma express o mais pro unda do que aquela que o cliente abitualmente se permitiria ssa quase completa au sência de atitude distorcida sentida, e algumas vezes expres sa pelo cliente Uma mul erdiz: “ sto quase impessoal u gosto de você na turalmente n o sei por que eu gostaria de você ou por que n o sto uma coisa peculiar u nunca tin a tido esse relacionamento com algu m antes e regientemente ten o pensado sobre isso um monte de vezes saio daqui com um sentimento de entusiasmo, que você me tem em alta conta e, natu ralmente, ao mesmo tempoten o o sentimento que “i ! ele deve pensar que eu sou uma tremenda tola, ou alguma coisa parecida " Mas, realmente n o isso esses sentimentos n o s o t o pro undos a ponto de eu poder ormar uma opini o, de um jeito ou de outro, a seu respeito ” Aqui parece que, embora certamente desejasse desco brir algum tipo deatitude avaliativa, ela incapaz de azê lo s Document shared on www.docsity.com Downloaded by: fernando-esquilo (fernandoesquilo110@gmail.com) Abordagem Centrada na Pessoa |5º edi o estudos publicados e as pesquisas at agora n o publicadas corroboram este ponto: as respostas do consel eiro que, de alguma maneira, s o avaliativas ou distorcem o conteúdo, s o em número reduzido e por isso aumentam o valor detais ses s es para o estudo da personalidade A postura carin osa e compreensiva do consel eiro, bem descrita por Snyder e Rogers 8 , tamb m ajuda a ampliar a liberdade de express o do indivíduo cliente experimenta in teresse su iciente em si mesmo como pessoa, e tamb m aceita o su iciente para capacitá lo a alar abertamente, n o apenas sobre atitudes super iciais, mas, com mais requência, sobre atitudes íntimas e sentimentos escondidos at de si mesmo Consequentemente, nessas entrevistas gravadas temos ma terial de considerável pro undidade, na medida em que dizem respeito a dinâmica da personalidade, isentas de distor o Finalmente, a verdadeiranatureza das sess es e t cni cas pelas quais elas s o aplicadas nos dá uma oportunidade rara para ver at que ponto, atrav s dos ol os de outra pessoa, podemos perceber o mundo da orma como ela o percebe, vislumbrando, pelo menos parcialmente, o quadro de re erên cia interno de outra pessoa Podemos ver seu comportamento atrav s de seus ol os e tamb m o signi icado psicol gico que este tem para ela Vemos tamb m mudan as na personalida de e no comportamento, e o signi icado que elas têm para o indivíduo Somos admitidos livremente nos bastidores da vida da pessoa, podendo observar de dentro
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