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Discente: Luiz Roberto Venditti Goulart De Sousa RA: 004202005756
Docente: Alexandre Marchioni Leite De Almeida Noturno/ 5° Sem.
Disciplina: Direito Processual Civil – Execução e Cumprimento de sentença
PRÁTICA DE COMPETÊNCIA 12
O que é Impugnação em sede de cumprimento de sentença de obrigação de pagar quantia certa? Existe a possibilidade de adentrar no mérito? Explique, e cite pelo menos um autor de doutrina processual civil, com um trecho que cita esta explicação. Valerá qualquer obra jurídica atualizada, principalmente obtida a partir da Biblioteca Virtual da USF.
 
Inicialmente, com o trânsito em julgado da sentença que reconhece o dever de pagar quantia certa, a respectiva obrigação torna-se exigível. Contiguamente, o cumprimento da sentença deverá ser feito conforme as regras do Título II, do Novo CPC, observando-se, no que couber e conforme a natureza da obrigação, o disposto no Livro II da Parte Especial do novo CPC (Processo de Execução).
 Nesse diapasão, decorrido o prazo de 15 (quinze) dias sem que tenha havido o adimplemento voluntário do crédito, começa a correr, automaticamente, independentemente de intimação ou de penhora, o prazo para que o executado apresente a impugnação ao cumprimento de sentença (art.525, caput, CPC).
 Neste sentido, o incidente de impugnação ao cumprimento de sentença é a peça de defesa do executado, por meio da qual se busca a ineficácia do título. Ou seja, o instituto impugnatório ao cumprimento de sentença é a defesa conferida ao executado na fase de cumprimento de sentença. 
 Neste ínterim, leciona Cassio Scarpinella Bueno:
“O executado que, insisto, nada mais é do que o réu na etapa de cumprimento da sentença, pode questionar a prática dos atos executivos destinados à satisfação do direito do exequente (o autor na etapa de cumprimento). O nome pelo qual ele exerce este seu direito, verdadeira e inequívoca defesa, é, impugnação” (BUENO, 2021, p.288, grifo nosso).
 Ainda, trata-se de defesa típica e incidental ao procedimento, de modo que não constitui uma ação autônoma. Sobremaneira, esta peça de defesa processual pode, por vezes, reduzir o valor a ser executado ou extinguir completamente a execução que se voltava contra a parte executada. 
 Por desiderato, esta defesa permitida na fase de cumprimento de sentença funda-se na garantia do contraditório e da ampla defesa, alicerces do sistema processual civil. No entanto, como já houve a oportunidade para que as partes se manifestassem sobre o cerne da discussão (mérito), as matérias que podem ser alegadas na impugnação ao cumprimento de sentença sofrem limitação pelo legislador. 
 Desta maneira, a impugnação não pode abranger a rediscussão do mérito, devendo a parte, em caso de inconformismo, no momento oportuno, ter se valido das vias recursais adequadas.
 Assim, ratifica Cassio Scarpinella Bueno:
”A apresentação da impugnação independe de prévia garantia de juízo, isto é, é desnecessário que sejam ou que tenham sido penhorados bens do executado suficientes para satisfazer o crédito do exequente. [...]. As matérias passíveis na impugnação, de acordo com o § 1º do art. 525” (BUENO, 2021, p.288, grifo nosso).
 Em complemento, as matérias alegáveis em sede de impugnação ao cumprimento de sentença estão disciplinadas nos incisos do §1º do artigo 525 do CPC.
Art. 525. Transcorrido o prazo previsto no art. 523 sem o pagamento voluntário, inicia-se o prazo de 15 (quinze) dias para que o executado, independentemente de penhora ou nova intimação, apresente, nos próprios autos, sua impugnação.
§ 1º Na impugnação, o executado poderá alegar:
I - falta ou nulidade da citação se, na fase de conhecimento, o processo correu à revelia;
II - ilegitimidade de parte;
III - inexequibilidade do título ou inexigibilidade da obrigação;
IV - penhora incorreta ou avaliação errônea;
V - excesso de execução ou cumulação indevida de execuções;
VI - incompetência absoluta ou relativa do juízo da execução;
VII - qualquer causa modificativa ou extintiva da obrigação, como pagamento, novação, compensação, transação ou prescrição, desde que supervenientes à sentença.
 
Referências bibliográficas
BUENO, C. S. Manual de direito processual civil: volume único. 7. ed. São Paulo: Saraiva, 2021.

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