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Os cinco círculos do amor1 1º ENCONTRO - LEI DO PERTENCIMENTO Passo 1: visualização dos pais biológicos (incluir a informação de que nem sempre a família é um lugar seguro, mas ainda assim é importante conectar com o casal doador da vida) Passo 2: incluir os antepassados na imagem visualizada (avôs, bisavôs, avós, bisavós e demais antepassados) Primeiro círculo: Os pais o amor recíproco de nossos pais, como um casal. Então olhamos para nossos pais e nossos antepassados e dizemos amorosamente a eles: “Obrigado, pertenço a essa família. Eu tomo minha vida como membro dessa família”. “O essencial eu recebi de vocês. Eu reconheço tudo o mais que vocês fizeram, seja o que for, mesmo que tenha envolvido alguma culpa. Eu reconheço que isso também pertence à minha vida e concordo com isso”. Este é o primeiro círculo do amor: inclusão dos pais e antepassados e conexão com a vida 2º ENCONTRO: LEI DA HIERARQUIA - DEVOLUÇÃO DE FARDOS E RECEBIMENTO DE TESOUROS DA NOSSA FAMÍLIA Passo 1: O terapeuta deve trabalhar primeiramente a devolução de fardos e destinos familiares assumidos dos pais pela criança, por amor infantil. 1 O presente material é uma adaptação dos cinco círculos sistêmicos descritos por Bert Hellinger no livro “Um lugar para os excluídos” na formação de constelação do Instituto Estelar, conduzida por Adhara Campos Vieira. Passo 2: o terapeuta deve trabalhar a conexão com os “tesouros” da família que pode ser simbolicamente introduzido por meio de imagens como pérola, chave, carta, etc. O segundo círculo do amor: Infância e puberdade O segundo círculo do amor é a infância. Tudo que os pais me deram, os cuidados que tiveram por mim, dia e noite, perguntando-se: “De que a criança está precisando?”, tudo isso eu recebo deles com amor. A criança procura evitar, às vezes, tomar e agradecer, tornando-se ela própria uma doadora. Porém, muitas vezes, ela dá algo errado ou dá em excesso: por exemplo, quando pretende assumir por seus pais algo que não lhe compete como criança. A criança tem, às vezes, dificuldade em receber, porque o que vem dos pais é tão grande que a criança não pode retribuir na mesma medida. Então ela prefere tomar menos, para que não tenha de retribuir tanto a verdadeira compensação do que receberam dos pais consiste em transmitir isso a outros - especialmente, mais tarde, aos próprios filhos. A sensação de não poderem retribuir é um dos motivos que impelem os filhos a deixar a casa de seus pais. É tomando que cresço como filho. Quando alguém percebe que não precisa retribuir tanto aos pais, mas pode mais tarde repassar isso a outros, fica aliviado em sua alma. Então os filhos podem dizer aos pais: “Vocês podem me dar, eu tomo tudo”. Somente quando percorri totalmente esse segundo círculo do amor é que estou pronto para uma relação conjugal confiável. Dificuldades e problemas nos relacionamentos ulteriores resultam, em sua maioria, de não terem sido completados os dois primeiros círculos do amor. Então precisamos retomar e resgatar o que faltou. Contemplo os meus pais com o peso de seus destinos, seus enredamentos, suas deficiências, seus vícios, suas doenças. O que ocorre com o “filhinho da mamãe” e com a “filhinha do papai”? Eles se intrometem entre a mãe e o pai. A solução para eles é simples: a filha deve dizer ao pai: “Para isso sou pequena demais” e o filho deve dizer mãe: “Para isso sou pequeno demais”. Em seguida, devem imaginar que se retiram. Então o pai e a mãe precisam olhar-se diretamente e talvez se encontrem de uma outra maneira, porque ninguém mais se interpõe entre eles. 3º E 4º ENCONTROS: LEI DO EQUILÍBRIO Terceiro círculo: Dar e tomar Passo 1: trabalhar parceiros afetivos anteriores Passo 2: trabalhar relações de trabalho (patrão e empregado) ou sociedade (sócios) Então chegamos ao terceiro círculo. Aí vale, em primeiro lugar: dar e tomar. Não dar para receber, simplesmente dar e tomar. O adulto consegue igualmente dar e tomar. “Nas relações adultas é importante que cada pessoa possa, de algum modo, tomar da outra. Essa é a compensação mais importante. Não é preciso que ambas deem na mesma medida, mas que tomem para si na mesma medida. O ato de tomar reciprocamente é o mais difícil. Ele une mais profundamente, pois ambos estão na posição de quem necessita. Isso une”. “Quando alguém me dá alguma coisa, ele me deseja algo de bom. Eu o tomo assim, porque me é dado por ele. Nesse momento tudo o que ele dá se toma valioso. Aquilo se transforma e, de repente, eu percebo: “Ah, isso também tem para mim algo de belo”. É nisso que consiste o tomar”. “Separações acontecem, via de regra, quando um parceiro se retira para sua família de origem. Ele retoma por não ter tomado alguma coisa ou, talvez, por ter-se intrometido, não deixando com os seus pais o destino que lhes toca. Muitas separações advêm porque um dos parceiros se decepciona. As expectativas que tenho em relação ao meu parceiro são frequentemente as mesmas que, em criança, eu tinha em relação aos meus pais. Agora espero que o meu parceiro as satisfaça, mas ele não as satisfaz e também não pode satisfazê-las. Então me decepciono com ele e separo-me, por causa disso. Esse é um dos padrões de separação. Nesse particular é útil exercitar-me primeiro em realmente tomar os meus pais. Então, já não preciso esperar isso do meu parceiro. Nossa relação fica mais sóbria”. 5º E 6º ENCONTRO: PARENTES E AMIGOS Quarto círculo do amor: Passo 1: incluir outros membros da família (tios, sobrinhos, primos) Passo 2: trabalhar amizades e inimizades O quarto círculo ultrapassa os limites da consciência. Nele eu concordo com todas as pessoas de minha família como elas são, inclusive os excluídos e os difamados. Aqui se trata da plenitude interna, isto é, todos os que pertencem à minha família ganham um lugar em minha alma, inclusive os que foram rejeitados, desprezados e esquecidos. Sem eles eu me sentia incompleto, no corpo e na alma. Somente quando os incluo em minha alma e em meu amor é que me sinto pleno e inteiro. 7º ENCONTRO: Quinto círculo do amor: Passo 1: trabalhar o conceito de cidadania Passo 2: trabalhar o conceito ampliado de respeito a todas as pessoas e nações (conceito de ser humano) “O quinto círculo do amor se dirige à humanidade, ao mundo, enquanto tal. Aqui se trata de concordar com o mundo como ele é. Isso diz respeito à capacidade de reconciliação entre os povos, por exemplo. Este é o amor universal, que sabe que somos movidos por poderes superiores”. REFERÊNCIAS HELLINGER. Bert. Um lugar para os excluídos: conversas sobre os caminhos de uma vida. 3ᵃ edição, Belo Horizonte: Atman, 2014. VIEIRA, Adhara. Curso de Formação em Constelação Sistêmica, 2021.
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