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Neuroanatomia Embriologia, Divisões e Organização do SN Meninges e LCR Anatomia Macroscópica do Tronco Encefálico Nervos Cranianos Anatomia Macroscópica do Telencéfalo Núcleos da Base Sistema Nervoso Autônomo Neurônios e Sinapses Estrutura do Bulbo Vias Aferentes 1 Embriologia, Divisões e Organização do SN ❍ Divisão anatômica do SN: ❍ Encéfalo: ❍ Embriologia do SN: 2 ❍ Cristas Neurais: ✚ Dividem-se rapidamente formando a parte periférica do SN. ❍ Neurulação: ✚ O primeiro estágio é a formação de uma espessa área de células chamada placa neural. ● Placa neural: formada pelo espessamento no ectoderma (que formará no desenvolvimento cerca de 100 bilhões de neurônios). Essa placa forma-se na extremidade cranial do embrião e cresce em uma direção cranial e caudal. - Extremidade cranial = região do futuro cérebro - Extremidade caudal = região final da medula espinhal ✚ Posteriormente, a placa neural sofre uma invaginação, o sulco neural (espaço resultante das pregas nas placas neurais). ● O sulco neural se transforma na goteira neural, com duas cristas neurais presas. ✚ Ao final da 3ª. semana de vida a goteira neural se desprende do ectoderma, formando o tubo neural e, nas regiões laterais do tubo neural são formadas as cristas neurais. ● Nesse mesmo período de desenvolvimento, as bordas laterais da placa neural se elevam e se movem juntas para formar a prega neural. ✚ O Sistema Nervoso forma-se a partir da 4ª semana de vida, formando o tubo neural. ✚ As células localizadas no ectoderma, sobre a notocorda, se espessam (caracterizando o neuroectoderma – origem do sistema nervoso). ❍ Tubo Neural: ✚ Quando as pregas neurais se fundem e se transformam em tubo. ✚ É o precursor do SNC ✚ Apresenta uma luz em seu interior, o canal neural. ✚ Suas extremidades abertas são denominadas de neuróporo rostral e neuróporo caudal. ● Depois de poucos dias o fechamento dos neuroporos (junto ao estabelecimento da circulação sanguínea para o tubo neural). ✚ Dará origem a toda parte central do sistema nervoso (encéfalo e medula espinal). 3 ❍ Dilatação Do Tubo Neural: ✚ O tubo sofre três dilatações, produzindo as vesículas primitivas: prosencéfalo, mesencéfalo e rombencéfalo (neuroporo rostral) ❍ Prosencéfalo: ✚ Vesícula primordial que se dividirá em telencéfalo e diencéfalo. ● Representa as estruturas anteriores 4 ❍ Mesencéfalo: ✚ Vesícula primordial que pouco se diferencia e constitui posteriormente o próprio mesencéfalo do tronco encefálico ● Representa as estruturas do meio ● Lembra a Orelha do Mickey ❍ Rombencéfalo: ✚ A vesícula rombencefálica se diferencia posteriormente em metencéfalo e mielencéfalo. ✚ O metencéfalo originará a ponte e o cerebelo; ✚ O mielencéfalo origina o bulbo. ✚ No rombencéfalo a dilatação da luz do tubo neural forma o IVº ventrículo. ● Representa as estruturas posteriores Revisão ❍ Malformações Congênitas do SNC: 5 DESENVOLVIMENTO ANÔMALO MALFORMAÇÃO CONGÊNITA DEFEITO ESTRUTURAL MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS Fechamento do tubo neural Anencefalia (Sem encéfalo) crânio bífido espinha bífida oculta Crânio e hemisfério cerebral ausente meningocele, meningoencefalocele, meningo – hidroencefalocele defeito do arco vertebral Natimorto variam de nenhum distúrbio a grave motor e mental com convulsões geralmente assintomático ❍ Hidrocefalia: ✚ Acúmulo de quantidades excessivas de LCS (líquido cerebroespinhal) que provocam o alargamento do ventrículo cerebral e/ou aumento da pressão intracraniana. ✚As manifestações podem incluir cabeça alargada, abaulamento da fontanela (moleira-dura), irritabilidade, letargia, vômitos e convulsões. ✚ Compressão do quiasma óptico → olhar do tipo sol poente ● Causa: congênita ou adquirida (ex: tumor no cérebro) ❍ Malformações de Chiari: ✚ 3 malformações do rombencéfalo que apresentam hidrocefalia como característica. ✚ Extensão caudal das tonsilas do cerebelo abaixo do nível do forame magno. ✚ Aproximadamente 50% dos casos tipo I estão associados a siringomielia - déficit sensitivo nos membros superiores (dormência). ● Conseguimos diagnosticar a doença pelo exame radiográfico visualizando a 1ª vértebra iniciando no bulbo. 6 Espinha bífida cística Defeito do arco vertebral com herniação das meninges (meningocele) ou meninges e medula (meningomielocele) Agenesia do corpo caloso Microcefalia Lissencefalia Diferenciação e crescimento do hemisfério cerebral ausência de corpo caloso tamanho e peso cerebral diminuídos ausência de giros corticais Varia de anestesia em sela a completa perda motora-sensitiva nas extremidades inferiores e incontinência vesical-retal varia de assintomática a retardo mental com convulsões retardo mental retardo mental e hipotonia ou espasticidade Polimicrogiria Giros corticais abundantes e de pequeno tamanho hidrocefalia (aumento de líquor no cérebro) Desenvolvimento da circulação do líquido cerebroespinhal alargamento dos ventrículos com aumento da PIC (pressão intracraniana) Retardo mental e hipotonia ou espasticidade dificuldade alimentar, vômitos, paralisia do olhar para cima, espasticidade, retardo mental, diminuição da acuidade visual ❍ Cistos Aracnóides: ✚ Contêm LCS e são formados por uma cisão anômala da aracnóide – máter. ● Possuem a mesma densidade do líquor das meninges ✚ Localização mais comum é a cisterna de sylvius (fossa craniana média) ✚ Sintomas, quando presentes, são: hipertensão intracraniana ou hidrocefalia obstrutiva. ● Locais que obstrui o líquor causa hidrocefalia → solução: cirurgia. ● Na imagem ao lado vemos a presença de cisto aracnóideo gigante presente em um paciente assintomático (devido ao volume de líquor) ❍ Espinha Bífida: ✚ Espinha Bífida Oculta: → Uma falha na coluna vertebral (ausência de uma parte) → Na região da falha o indivíduo terá muito cabelo devido a ausência de estrutura óssea (coluna lombar). → Assintomático 7 ✚ Espinha Bífida Cística: ● Meningocele Mielomeningocele Meninge Herniando Líquor Herniando → Falha na coluna vertebral → Meninge transpõe e ultrapassa a pele → Meningue impacta → Transfixa → Meningue também hernia → Possui conteúdo medular (mas não ultrapassa a pele). 8 Caso Clínico Paciente, sexo masculino, 10 anos, branco, estudante. Queixa principal: transtorno de aprendizagem e alteração cognitiva há 3 anos. História da moléstia atual: foi trazido por genitora ao serviço de neurologia com quadro de transtorno de aprendizagem e alteração cognitiva, há 3 anos. A genitora relatou piora progressiva no rendimento escolar, associado à falta de concentração, esquecimento, dificuldade de compreensão, apatia e isolamento social. Genitora já havia procurado serviço de pediatria, no qual a função tireoidiana do paciente foi avaliada como normal. Interrogatório sistemático: Há 6 meses passou a apresentar zumbidos. Há 3 meses evoluiu com alteração de marcha, e após 1 mês com episódios de queda daprópria altura. Exame neurológico: Sinal de Romberg presente e ataxia de marcha. O fundo de olho mostrou papiledema (sinal de hipertensão intracraniana) bilateral. Não houve alterações na avaliação dos nervos cranianos, sinais meníngeos e sistemas motor e sensitivo. Exames complementares: Apresentou exame solicitado pela pediatra 1. Qual o diagnóstico mais provável? R: Hidrocefalia 2. Qual o tratamento indicado? R: Diminuir a pressão intracraniana por meio da drenagem do líquor, através de um cateter (da cabeça para o estômago). 3. Explique os sintomas apresentados relacionando com a sua conclusão sobre o caso: R: Alteração Cognitiva Falta de concentração, esquecimento, dificuldade de compreensão, apatia e isolamento social Alteração de marcha, e após 1 mês com episódios de queda da própria altura O fundo de olho mostrou papiledema (sinal de hipertensão intracraniana) bilateral. 9 Meninges e LCR ❍ Meninges: Envoltórios do SNC ✚ Dura-Máter: Mais primitiva ✚ Aracnóide: Rica em vasos ✚ Pia-Máter: Contato direto com o parênquima cerebral ❍ Dura-máter ✚ Mais superficial, espessa e resistente ✚ Formada por tecido conjuntivo, muito rico em fibras colágenas ✚ Possui uma vasta rede, contendo nervos e vasos, que quando contraídos, em caso de hipertensão intracraniana, ocasionam dor ✚ É formada por dois folhetos: um externo e um interno. ✚ Irrigada pela artéria meníngea média, ramo da artéria maxilar. ● Quando essa artéria encosta em algum nervo, dor intensa → NEURALGIA DO TRIGÊMIO ✚ Pregas da Dura-máter ● Foice do Cérebro: - Septo vertical mediano em forma de foice - Ocupa a fissura longitudinal do cérebro - Separa os dois hemisférios. ● Foice do Cerebelo: - Septo vertical mediano, abaixo da tenda do cerebelo entre os dois hemisférios cerebelares. ● Diafragma da Sela: - Pequena lâmina horizontal que fecha superiormente a sela túrcica, deixando apenas um orifício de passagem para a haste hipofisária 10 ● Tenda do Cerebelo: - Entre os lobos occipitais e o cerebelo. - Separa a fossa posterior da fossa média do crânio - Divide a cavidade craniana em um compartimento superior (supratentorial) e inferior (infratentorial) - A borda anterior livre da tenda do cerebelo, denominada incisura da tenda, ajusta-se ao mesencéfalo. ✚ Cavidades da Dura-máter ● Os dois folhetos da dura-máter e do encéfalo separam-se limitando cavidades. 1. Cavo trigeminal, que contém o gânglio trigeminal. + 3 ramos: mandibular, o oftálmico e o nervo maxilar. Controle da musculatura da mastigação e a sensibilidade facial 2. Outras cavidades, que são revestidas de endotélio e contém sangue, constituindo os seios da dura-máter, que se dispõem principalmente ao longo da inserção das pregas. ✚ No canal vertebral (ao redor da medula espinal), a dura-máter tem apenas um folheto, que corresponde a continuação do folheto meníngeo da dura-máter craniana. ✚ Ligamento Denticulado: permite a ligação entre a dura-máter e a aracnóide ❍ Aracnóide ✚ Aracnóide / dura-máter → ligamento denticulado ✚ Aracnóide / pia-máter → espaço subaracnóideo ● Esse espaço contém líquor cefalorraquidiano, produzido no plexo coróide (uma invaginação do teto do epêndima, encontrado nos ventrículos do sistema nervoso). - Não tem barreira hematoencefálica, torna o espaço vulnerável a doenças sistêmicas ● Há grande comunicação entre os espaços subaracnóideos do encéfalo e da medula. ✚ Possui delicadas trabéculas que atravessam o espaço para ligar à pia-máter, e que são denominados de trabéculas aracnóideas. 11 ✚ Cisterna subaracnóidea ● São dilatações do espaço subaracnóideo, que contém uma grande quantidade de liquor. ✚ Cisterna lombar: (vermelho) ● Onde normalmente é realizada a punção lombar em casos de suspeita de meningite. Isso decorre do fato de que nessa área não há medula. ↲ ✚ Cisterna Magna: (roxo) ● Ocupa o espaço entre a face inferior do cerebelo e a face dorsal do bulbo e do tecto do III ventrículo. ● Área de grande risco para realizar punção, devido sua proximidade com o cerebelo ↳ ✚ Cisterna Pontina: (vermelho) ● Situada ventralmente a ponte. ↲ Nessa imagem é possível visualizar uma atrofia do cerebelo, e uma alteração na posição anatômica do telencéfalo, que desce e ajuda a comprimir o cerebelo 12 ✚ Cisterna Interpeduncular: (azul) ● Localizada na fossa interpeduncular. ↳ Abaixo da Cisterna é possível visualizar o Mesencéfalo (orelha do Mickey) ✚ Cisterna Superior: (amarelo) ● Situada dorsalmente ao tecto mesencefálico, entre o cerebelo e o esplênio do corpo caloso. ↲ Acima da Cisterna é possível visualizar o Mesencéfalo (orelha do Mickey) ✚ Cisterna Quiasmática: (laranja) ● Situada diante o quiasma óptico ↳ ✚ Granulações: ● Digitações da aracnóide para o interior dos seios durais, levando o prolongamento do espaço subaracnóideo ● Absorção do líquor para o sangue ❍ Pia-máter ✚ Está em contato com o parênquima e promove aderência e resistência ao tecido nervoso, acompanhando suas elevações e depressões. ✚ Acompanha vasos (espaços perivasculares). 13 ❍ Meninges e Anexos Epidural: Não exite em condições normais, aparece apenas em casos de anomalias ou patologias. Decorrente principalmente de sangramento arterial Subdural: Decorrente de sangramento venoso ❍ Liquor: LCR, LCE ✚ Fluido aquoso, incolor, no espaço subaracnóideo ✚ Proteção mecânica e biológica do SNC ✚ Formação: plexos coróides e epêndima ✚ Circulação lenta e renovação a cada 8 horas ✚ Volume total: 100-150 cm3 ✚ Pressão: 5-20 cm H2O (lombar) 14 ❍ Circulação Liquórica ❍ Correlações clínicas ✚ Punções liquóricas: ● Procedimentos utilizados para recolher amostras de LCE, com intuito diagnóstico de meningites, hemorragias subaracnóideas... ● Pode apresentar injeções com contrastes radiológicos, antibióticos e quimioterápicos ● Anestesia regional (raquianestesia) - na pele Punção Lombar: Nível de L3/L4 ou L4/L5 1. Explicar o procedimento para o paciente, discutindo os riscos e complicações 2. Posicionar o paciente em decúbito lateral (ou posição fetal) – fletir a cabeça e a coluna, abrindo os espaços intervertebrais 3. Identificar e marcar o local de punção 4. Palpar cristas ilíacas e traçar linha imaginária entre elas, a qual cruza a linha média em L4 5. Palpar processo espinhoso de L4 e identificar espaço intervertebral L3-L4 ou L4-L5 – escolher um deles para a punção e marcar com caneta 6. Anestesia da pele (subcutânea) e do trajeto da agulha 7. Inserção da agulha da punção com bisel voltado para o plano sagital 8. Sentir a resistência dos planos atravessados pela agulha: pele, subcutâneo, ligamento supraespinhal, ligamento intraespinhal, ligamento amarelo, epidural, dura-máter e subaracnóide 9. Ao sentir a passagem da resistência do ligamento amarelo, introduzir a agulha, retirando o estilete para identificar presença ou não de LCR 10. Medir a pressão de abertura do LCR, assim que começa a gotejar 11. Colher 5ml do LCR por gotejamento espontâneo 15 ✚ Hidrocefalia ● Comunicante: Aumento na produção ou deficiência na absorção ● Não-comunicante: Obstrução no trajeto do líquor ✚ Hipertensãointracraniana ● É um transtorno neurológico caracterizado por uma pressão intracraniana (PIC) maior que 15 mmHg em um adulto em repouso. ✚ Hérnias intracranianas ● Hérnias do giro do cíngulo ● Hérnias do uncus ● Hérnias das tonsilas ● Hérnias do Culmen Cerebelar ✚ Hematomas Extradurais ou Epidurais ● Ruptura de uma artéria meníngea ● Acúmulo de sangue entre a dura-máter e os ossos do crânio ✚ Hematomas Subdurais ● Ruptura de uma veia cerebral ● Acúmulo de sangue entre a aracnóide e a dura-máter ✚ Hemorragia subaracnóide ✚ Hemorragia Intraparenquimatosa 16 REVISÃO Caso Clínico ✚ G.A.S., 79 anos, morador de Piraúba, deu entrada na Emergência do HSI, comatoso, Escala de Glasgow 4, acompanhado de sua irmã, que relatou que o paciente era previamente hígido, porém há 5 dias teve queda da própria altura e não procurou atendimento. ✚ O paciente foi intubado, imediatamente e encaminhado para a TC. Após exame a neurocirurgia foi contactada. Resposta → Hematoma subdural gigante → Foi realizada uma drenagem → Intubação: escala de glasgow abaixo de 8 17 Anatomia Macroscópica do Tronco Encefálico ❍ Tronco Encefálico ✚ Área compacta, abaixo do diencéfalo, a frente do cerebelo e acima da medula. ✚ É importante para a passagem de informações: ● Motoras: córtex → medula ● Sensitivas: medula → córtex. ✚ Origem real de 10 dos 12 nervos cranianos (saem dos núcleos do tronco). ✚ Funções vegetativas essenciais: sono-vigília; controle da pressão arterial, ventilação, frequência cardíaca. 18 ✚ A substância branca do tronco encefálico inclui tratos, fascículos e lemniscos que recebem e enviam informações motoras e sensitivas para o cérebro e as provenientes dele. ✚ Dispersas nessa substância branca, encontram-se massas de substância cinzenta denominadas núcleos (corpos celulares de neurônios), que exercem efeitos intensos sobre funções como a pressão sanguínea e a respiração. ❍ Mesencéfalo ✚ Localizado entre o diencéfalo e a ponte. ✚ Cavidade: aqueduto cerebral. ✚ Divide-se em 3 partes: 1. Pedúnculos cerebrais: 2. Tegmento: 3. Tecto (colículos). ✚ Sulco mesencefálico (ou ponto-mesencefálico): separa os pedúnculos cerebrais do restante do mesencéfalo ✚ Tecto: ● Colículos superiores: via visual ● Colículos inferiores: via auditiva ✚ Tegmento: ● Formação reticular ● Substância cinzenta: Núcleos do III, IV, rubro ● Substância branca: vias ascendentes 19 ✚ Lesões no mesencéfalo pode gerar comprometimento motor ou sensitivo ● Síndrome de Weber - Oftalmoparesia - não consegue movimentar o olho - Diplopia - enxerga dobrado - Estrabismo Divergente - Ptose palpebral - pálpebra caída (lesão do nervo oculomotor) - Midríase ● Síndrome de Benedict - Lesão do III par, - Anestesia, - Tremores - Movimentos involuntários contralaterais; ❍ Ponte ✚ Localizada entre o mesencéfalo e o bulbo ✚ Tem um papel fundamental na regulação do padrão e ritmo respiratório. ✚ Cavidade: IV ventrículo. ✚ Sulco mesencefálico: III nervo. ✚ Sulco bulbo-pontino: VI, VII, VIII nervo. ✚ Limite entre a base e pedúnculo cerebelar médio: V nervo. (na extremidade lateral) ✚ Lesões Pontinas ● Alterações de sensibilidade na face (V); ● Motricidade da musculatura mastigatória (V) e facial (VII) comprometida; ● Estrabismo convergente (VI); ● Tontura e alterações de equilíbrio (VIII); ● Comprometimento motor e de sensibilidade; ● Síndrome de Millard - Gubler ❍ Bulbo ✚ Também chamada de medula oblonga. ✚ Tronco de cone invertido, continuando-se como medula. ✚ Três partes: ventral, lateral, dorsal ✚ Protuberância lateral: oliva ✚ Cavidade: continuação do canal ependimário medular ✚ Emergência do XII nervo anteriormente à oliva ✚ Póstero-lateralmente: IX, X, XI nervo (raiz craniana) ✚ Posteriormente: assoalho do IV ventrículo; e pedúnculo cerebelar inferior. ✚ Protuberância anterior: pirâmides; decussação 20 ✚ Trato Piramidal ou Trato córtico-espinhal ● Localizado no parte caudal do bulbo. ● As fibras deste trato cruzam obliquamente o plano mediano é devido à decussação das pirâmides que o hemisfério cerebral direito controla o lado esquerdo do corpo e o hemisfério cerebral esquerdo controla o lado direito. - Por exemplo: em uma lesão encefálica à direita, o corpo será acometido em toda sua metade esquerda. ✚ No bulbo localiza-se: ● Centro respiratório, ● Centro vasomotor ● Centro do vômito. A presença dos centros respiratórios e vasomotor no bulbo torna as lesões neste órgão particularmente perigosas. Em razão de sua importância com relação às funções vitais, o bulbo é muitas vezes chamado de centro vital. ✚ Lesões Bulbares ● Óbito; ● Disfagia; ● Disfonias; ● Comprometimento motor e sensitivo; ● Síndrome de Wallemberg Caso Clínico J.A.S, 53 anos, casado, nascido e morador de Ubá, relata que acordou às 06:30 com vertigens, vômitos e disartria. Nega comorbidades. Não faz uso de medicamentos. É tabagista de longa data, fuma 01 maço por dia. Histórico familiar de hipertensão materna e DM paterna. Após triagem da enfermagem, foi atendido pelos acadêmicos da Unifagoc, os quais realizaram anamnese, exame físico e discutiram o caso com o preceptor. Conclusões A cada 4 vertigens 1 pode ser AVC Cigarro é fator de risco para doenças vasculares Pode ter alteração no 8, 10 e/ou 12 nervo craniano devido às características da anamnese 21 Nervos Cranianos O primeiro e o segundo par de nervos não saem do tronco encefálico, pois são considerados prolongamentos Nervo Troclear → único nervo que sai da parte posterior do tronco encefálico 22 ❍ Nervo Olfatório I ✚ Sensitivo (olfato). ✚ Percurso do olfato: ● Mucosa olfatória, localizada no terço superior da cavidade nasal. ● Células/neurônios bipolares, cujo prolongamento periférico se estende para a mucosa, enquanto que o prolongamento central atravessa a lâmina cribiforme do osso etmóide, penetrando na fossa anterior do crânio. ● Esses axônios fazem sinapse com células mitrais que formam os bulbos olfatórios. ● Os axônios das células mitrais se projetam formando os tratos olfatórios, que após um curto trajeto se dividem em duas estrias olfatórias: medial e lateral. ✚ A estria olfatória lateral envia os estímulos para único e giro parahipocampal. ✚ Transtornos do Olfato: ● Condutivos: Rinite, desvio de septo, pólipos, ivas, cocaína. ● Neurossensoriais: TCE, estesioneuroblastoma, Síndrome de Foster Kennedy, alfa sinucleinopatias 23 ❍ Nervo Óptico II ✚ Sensitivo e está envolvido APENAS com a visão ✚ Origina-se nas células ganglionares da retina. ● Os axônios dessas células atravessam o canal óptico, até a fossa média do crânio. ✚ As fibras do nervo óptico sofrem cruzamento parcial, formando o quiasma óptico (estrutura pertencente ao hipotálamo). ✚ As fibras provenientes da parte nasal da retina cruzam no quiasma óptico para o lado oposto, enquanto que as fibras da parte temporal da retina permanecem do mesmo lado. ✚ Após o cruzamento das fibras no quiasma óptico, forma-se o trato óptico, que contém fibras cruzadas do olho contralateral (fibras da parte nasal da retina), e fibras não cruzadas do olho ipsilateral (fibras da parte temporal da retina). → A visão do centro nasal vai para a retina temporal → A visão do centro temporal vai para a retina centro nasal Nossa visão é consideradaduplamente cruzada → Uma lesão no nervo óptico ocasiona uma perda na visão ipsilateral. → Já uma lesão no trato óptico pode ter acometimento de partes dos dois lados porque o trato possui fibras dos dois olhos. 24 ✚ Acuidade visual (rosenbaum); ✚ Visão de cores (cartão de Ishihara); ✚ Avaliação do campo visual; ✚ Fundo de Olho → a presença de uma mancha preta (edema) indica aumento da pressão intracraniana 25 ❍ Nervo Oculomotor III ✚ Contém fibras pré-ganglionares parassimpáticas. ✚ É um nervo motor, que realiza a maior parte da inervação dos músculos extra-oculares. ● Levantador da pálpebra, Reto inferior, Reto superior, Reto medial e Oblíquo inferior. ✚ Possui dois núcleos no mesencéfalo (um somático e outro visceral). ✚ O nervo oculomotor alcança a órbita após atravessar a fissura orbitária superior. ✚ Envia fibras autônomas parassimpáticas para a inervação do músculo ciliar (realiza acomodação visual) e o músculo esfíncter da pupila (miose) ✚ Reflexos Pupilares: ● Fotomotor → Midríase e Miose ● Acomodação; ● Cilioespinhal ✚ Pálpebras: ● Miastenia gravis, ● Síndrome de Horner, ● Doenças da Tireóide, ● Lesões do Nervo Craniano II ✚ Pupilas: ● As pupilas devem ser de tamanhos iguais, redondas, regulares, centralizadas na íris, e devem exibir reflexos específicos ● Tamanho (iluminação e ponto de fixação – 3 a 4mm) - Miose: neurossífilis, diabetes, tratamento com levodopa e síndrome de Horner. - Midríase: lesões mesencefálicas, como após parada cardíaca e alteração terminal. Lesão do nervo abducente o olho fica convergente Lesão do nervo oculomotor o olho fica divergente 26 ❍ Nervo Troclear IV ✚ É um nervo motor, que inerva o músculo oblíquo superior. Em caso de lesão do nervo troclear a pessoa tende a inclinar a cabeça para o lado contrário para compensar a lesão ❍ Nervo Trigêmio V ✚ Misto, com uma pequena parte motora e uma grande parte sensitiva (conectada com o gânglio do trigêmeo). ✚ Possui três raízes, formando os nervos: 1. Oftálmico (primeira divisão do trigêmeo V1) → SENSITIVA 2. Maxilar (segunda divisão do trigêmeo V2) → SENSITIVA 3. Mandibular (terceira divisão do trigêmeo V3). → MISTA ✚ Responsável: ● Pela sensibilidade geral e proprioceptiva da cabeça, cavidades nasal e oral ● Inervação dos músculos da mastigação (m. masseter, m. temporal, m. pterigóideo lateral e m. pterigóideo medial), e ventre anterior do músculo digástrico 27 ✚ Os reflexos mais importantes mediados pelo trigêmeo são: - Reflexo corneano; - Reflexo mandibular ❍ Nervo Abducente VI ✚ É um nervo motor, que controla o músculo reto lateral. 28 ❍ Nervo Facial VII ✚ Misto ✚ Contêm: ● Fibras pré-ganglionares parassimpáticas. ● Uma grande raiz motora e uma pequena raiz sensitiva. ✚ O n. facial entra no meato acústico interno (junto do n. vestibulococlear), atravessa a parede posterior da cavidade timpânica (orelha média), local onde emite um ramo denominado de n. corda do tímpano (que se liga ao nervo lingual do trigêmeo), suprindo os dois terços anteriores da língua (inervação gustativa). ✚ Atravessa o parênquima da glândula parótida (sem inervá-la), e na margem anterior dessa glândula se divide em cinco ramos terminais, que se distribuem para os músculos da expressão facial (incluindo o m. platisma do pescoço). ✚ Os ramos terminais são: temporais, zigomáticos, bucais, marginal da mandíbula e cervical. ✚ O nervo facial apresenta componentes autônomos parassimpáticos que suprem as glândulas submandibulares, sublinguais e lacrimais. ✚ Avaliação da Função Motora: ● Inspeção; ● Assimetria ● Atrofias ● Fasciculações ● Testes da motilidade facial ✚ Paralisia de Bell ● Lesão do lado contrário do desvio da boca ● Infecção aguda após infecção viral (pós-herpética) ou pós-vacinal. ● Dor retroauricular e eritema mastoideo, seguido de fraqueza facial unilateral. ● É a causa mais comum de diplegia facial. ● Síndrome de lágrimas de crocodilo → Horner ❍ Nervo Vestibulococlear - VIII ✚ É um nervo sensitivo, formado pelos nervos: vestibular e coclear. ✚ Suas fibras se originam da orelha interna nas cristas ampulares do vestíbulo (n. vestibular), e no ducto coclear (n. coclear). ✚ Atravessam o meato acústico interno (junto do n. facial). 29 ✚ Relação com o equilíbrio (posição e manutenção da cabeça em relação ao tronco) e a audição - Lesão na parte vestibular → vai ter vertigem e tontura ❍ Nervo Glossofaríngeo- IX ✚ É um nervo misto. ✚ Sua parte sensitiva recebe informações provenientes do terço posterior da língua, úvula, faringe. Inerva os músculos estilofaríngeo e o constritor superior da faringe. ✚ Apresenta inervação especial para a língua (gustação do 1/3 posterior), e componente autônomo parassimpático, inervando a glândula parótida. ✚ O nervo glossofaríngeo emerge do sulco póstero-lateral do bulbo, atravessa o forame jugular (junto aos nervos vago e acessório, e a veia jugular interna). ❍ Nervo Vago - X ✚ Era denominado de pneumogástrico, por seu trajeto pelas regiões torácica e abdominal. ✚ É um nervo misto e o maior nervo parassimpático do corpo. ✚ Sua origem é na fossa rombóide, no trígono do nervo vago (local do seu núcleo). ✚ Emerge no sulco póstero-lateral do bulbo e deixa a cavidade craniana pelo forame jugular ✚ Desce no pescoço posteriormente a veia jugular interna. Cruza anteriormente a artéria subclávia (medialmente ao nervo frênico). ✚ Atravessa a cavidade torácica, posteriormente ao hilo do pulmão. ✚ Distribui-se na cavidade abdominal até a flexura esquerda do colo. ✚ Inerva (estímulos parassimpáticos) as vísceras do pescoço, tórax e abdome (até o final do colo transverso) 30 ❍ Nervo Acessório XI ✚ É um nervo motor, com duas raízes (uma bulbar, outra espinal). ✚ A origem da raiz espinhal do nervo acessório é proveniente da coluna anterior da medula espinal (dos cinco primeiros segmentos medulares). ✚ Essa raiz ascende em direção ao forame magno, entrando na cavidade craniana e, une-se com a raiz bulbar. ✚ Juntas, as raízes deixam a cavidade craniana por meio do forame jugular. ✚ No pescoço o nervo acessório está localizado profundamente ao músculo esternocleidomastóideo, seguindo o trajeto sobre o músculo levantador da escápula. Supre os músculos esternocleidomastóideo e trapézio. 31 ❍ Nervo Hipoglosso XII ✚ É um nervo motor, suprindo os músculos da língua. ✚ Origina-se do núcleo do nervo hipoglosso, localizado no trígono do nervo hipoglosso (no bulbo). ✚ Atravessa o canal do nervo hipoglosso. ✚ Envia fibras nervosas que se comunicam com a alça cervical. Lesão do nervo hipoglosso consiste na lateralização da língua, para o lado oposto ao lado da lesão, durante sua protrusão REVISÃO 32 Anatomia Macroscópica do Telencéfalo ❍ Introdução ✚ Cérebro → Diencéfalo + Telencéfalo ✚ Telencéfalo → os dois hemisférios cerebrais e a lâmina terminal ✚ Estruturas: córtex, núcleos da base, substância branca, ventrículos e líquor ❍ Córtex Cerebral ✚ É a casca do cérebro, ou seja, é a camada de substância cinzenta que cobre o centro de substância branca dos hemisférios cerebrais ✚ O córtex é dividido em lobos ❍ Centro Branco Medular (miolo-meio) ✚ Formada por fibras mielínicas que podem ser do tipo: 1. Fibras de projeção:ligam o córtex cerebral a centros subcorticais 2. Fibras de associação: unem áreas corticais situadas em pontos diferentes do cérebro 33 ❍ Núcleos da Base ✚ Coleção de núcleos de substância cinzenta, localizados profundamente à substância branca. ✚ Formado por: caudado, putâmen, globo pálido interno e externo, núcleo accumbens e o claustrum ❍ Ventrículos ✚ Cavidades cerebrais que contém líquor ❍ Lobos Cerebrais ✚ Cada lobo é subdividido em giros 34 ❍ Lobo Frontal ✚ Função motora, regulação de comportamento e tomada de decisão ✚ Limites: Superior ao sulco lateral e anterior ao sulco central ✚ GIRO PRÉ – CENTRAL ● Área 4 Brodmann → grupo de nervos semelhantes ● Área motora primária – dá origem a grande parte das fibras dos tratos corticoespinhal e corticonucleares ● Função: motricidade voluntária ● Lesão: plegia ou paresia muscular - Plegia: não tem movimento nenhum - Paresia: diminuição de força ● Homúnculo de Penfield (Neurocirurgião) - A procura para cura da epilepsia, Penfield percebeu que quando abria alguns crânios na área dos giros pré-central (motora), gerava-se uma repercussão em alguma parte do corpo. Isso também ocorria no giro pós central do lobo parietal. Contudo, referente à sensibilidade ✚ GIRO FRONTAL SUPERIOR ● Área do comportamento e juízo moral ● Função: área do comportamento ● Lesão: alterações comportamentais 35 ✚ GIRO FRONTAL INFERIOR ● Do lado dominante, localiza – se a área de Broca ● Função: centro motor da palavra falada e escrita ● Lesão: afasia motora (não fluente, pois o individuo tem dificuldade de achar e pronunciar as palavras) ❍ Áreas Motoras Secundárias ✚ Área pré - motora (lateral): planejamento ✚ Área motora suplementar (medial) – planejamento de sequências complexas de movimento ✚ Lesão: apraxia (movimento não tem exatidão) ❍ Áreas Motoras Terciárias (Pré-frontal) ✚ Comportamento inteligente (decisões) ✚ Área pré frontal dorsolateral: funções executivas (do dia-a-dia) ✚ Área pré frontal orbitofrontal: supressão de comportamentos socialmente indesejáveis; atenção ✚ Lesão: tamponamento psíquico (indivíduo não tem reação, não expressa alegria, nem sentimentos). ❍ Lobo Parietal ✚ Limites: posterior ao lobo frontal, anterior ao occipital e superior ao temporal ✚ GIRO PÓS – CENTRAL ● Área somestésica primária ● Função: sensibilidade (temperatura, dor, pressão e propriocepção consciente contralateral) ● Lesão: anestesia ou hipoestesia 36 ✚ LÓBULO PARIETAL SUPERIOR (5 E 7 BRD) ● Área somestésica secundária ● Função: Interpretar as informações sensitivas ● Lesão: agnosia somestésica ❍ Lobo Temporal ✚ Limites: inferior ao lobo frontal e temporal, abaixo do sulco lateral e anterior ao lobo occipital ✚ Divididos em 3 giros: temporal superior, médio e inferior ✚ GIRO TEMPORAL SUPERIOR: ● Área de Wernicke: compreensão da palavra falada e escrita ● Lesão: afasia sensitiva fluente (paciente responde coisas desconexas) ● Giro transverso anterior: - Centro cortical da audição - Lesão: anacusia (não escuta)\hipoacusia (escuta menos) ❍ Lobo Occipital ✚ Limites: superior a tenda do cerebelo e posterior lobo temporal ✚ Lobo visual 1. ÁREA VISUAL PRIMÁRIA (área 17 de Brodmann) ✚ Recebe impulsos visuais ✚ Lesão: amaurose (perda total da visão) \ambliopia (perda parcial da visão) 1. ÁREA VISUAL SECUNDÁRIA (área 18 de Brodmann) ✚ Interpreta informações visuais ✚ Lesão: agnosia visual (não consegue reconhecer o que se vê). ❍ Lobo Ínsula ✚ Limites: (Interno) abrindo o sulco lateral, está atrás do lobo parietal e do lobo temporal ✚ Parte do sistema límbico ✚ Funções: empatia, sensação de nojo, conhecimento da própria fisionomia 37 Caso clínico 1 Paciente J.A.S, 60 anos, feminino, encaminhada da cidade de Piraúba, com história de rebaixamento súbito do nível de consciência, diminuição da força muscular no hemicorpo esquerdo e abalos musculares localizados em membro superior esquerdo. Ao exame: paciente não responsiva, desvio do olhar conjugado para direita, resposta motora ausente em hemicorpo esquerdo, localizava a dor no hemicorpo direito, paresia facial central a esquerda. Reflexo cutâneo – plantar sem resposta a esquerda e em flexão a direita, pupilas isocóricas e fotorreagentes e restante do exame sem anormalidades. ● Topografia da lesão ● Etiologia mais provável - Lobo frontal (giro pré - central) - AVC Caso clínico 2 Paciente M.L.N, 41 anos, procurou atendimento em consultório com relato de tratamento de depressão há 01 ano para depressão após separação conjugal. Há 2 meses refere cefaléia e piora do comportamento (mais agressiva com familiares). Ao exame: vigil, orientada, ausência de déficit motor ou sensitivo, sem outras alterações no exame. ● Etiologia mais provável - Lobo frontal (giro frontal superior) - Neoplasia 38 Núcleos da Base ❍ Introdução ✚ Corpos de neurônio na substância branca (dentro do SNC), importantes para o controle motor ✚ Coleção de núcleos de substância cinzenta, localizados profundamente à substância branca. ✚ Envolvidos diretamente com o sistema motor, através de uma função moduladora dos movimentos, participando sobremaneira nos processos de planejamento e controle dos movimentos ✚ Formado por: núcleo do caudado putâmen globo pálido (interno e externo) claustrum núcleo accumbens e pálido ventral (Função límbica- estão devido a localização). - N. subtalâmico, substância negra e amígdala alguns autores consideram como núcleos da base, pois são importantes para as conexões dos núcleos. 39 ❍ Substância Negra → Presente no mesencéfalo. Negra pois contém melanina, nessa região se produza dopamina (neurotransmissor do movimento). ❍ Conexões → Normalmente as informações chegam no putâmen. 1. INPUTS: via núcleo estriado (caudado, putâmen e n. accumbens) ✚ Córtex cerebral – glutamato ✚ Substância negra - dopamina ✚ Núcleos da rafe - serotonina Como as informações saem do núcleo da base? por meio do globo pálido interno 2. OUTPUTS: via globo pálido interno (relação com a substância negra) ✚ Tálamo – lobo frontal ✚ Formação reticular pontomedullary (trato reticuloespinhal) ✚ Colículo superior (trato tecto espinhal) O corpo estriado não tem conexões aferentes ou eferentes diretas com a medula, essa conexão com a medula ocorre no lobo motor. 40 Quando a pessoa está parada é porque temos um equilíbrio entre as duas vias Via direta → Facilita o movimento Via indireta → Inibe o movimento Pálido interno = Pálido medial Pálido externo = Pálido lateral ❍ Conexões Intrínsecas Ajuda a facilitar o movimento na via direta e inibindo o movimento na via indireta (essas vias ocorrem simultaneamente) → Age na forma excitatória, estimulando o movimento → Age na forma inibitória, impedindo o movimento ❍ Funções dos núcleos da base ✚ Preparação de programas motores ✚ Execução automática de programa motores já aprendidos ✚ Amplitude e velocidade do movimento sequenciamento ✚ Regulação do tônus e força muscular ✚ Via indireta – frear ou suavizar o movimento ✚ Via direta – facilitação do movimento ❍ Patologia 1. DISTÚRBIOS HIPOCINÉTICOS - via inibitória ✚ Doença de Parkinson → bradicinesia (lentidão) ✚ Paralisia supranuclear progressiva (PSP) ✚ Atrofia de múltiplos sistemas 2. DISTÚRBIOS HIPERCINÉTICOS- via excitatória ✚ Coreias ✚ Distonias ✚ Balismo 41 ❍ Treinamento ❍ Caso Clínico da Chinesa ✚ Quando você tem qualquer lesão unilateral (hemilateral) → lesão no cérebro - Núcleos da Base ✚ Fez uma punção → saiu líquor claro (descartou possível infecção) ✚ Pediu uma RM - Núcleo lentiforme mais claro à esquerda ✚ Olhou a glicemia - 508 → síndrome metabólica que causou uma lesão nos núcleos da base ✚ Sempre pensar o que provocou a lesão (fazer sempre o básico) - A hiperglicemia pode causar lesões no cérebro 42 Sistema Nervoso Autônomo ❍ Divisão Funcional Denomina-se sistema nervoso autônomo apenas o componente eferente do sistema nervoso visceral Eferente = Motricidade = Desce Aferente = Sensibilidade = Sobe ❍ Somático x Funcional Primeira Imagem → comunica o córtex motor com a medula Segunda Imagem → sai do hipotálamo - medula - atinge o gânglio - atinge o órgão efetuador 43 ❍ Funções do SNA ✚ Auxiliar o corpo a manter um ambiente interno constante ou balanço fisiológico global das funções corpóreas (homeostase), através de comandos que levam a ações compensatórias. Ex: ● Aumento súbito da pressão arterial ● Regulação do tamanho da pupila a diferentes intensidades luminosas ● Constrição dos vasos sanguíneos da pele em resposta ao frio ● Aumento da freqüência cardíaca durante o esforço ✚ Propiciar ajustes neurovegetativos que dão suporte a execução de comportamentos motivados: comportamento defensivo, alimentar, sexual ❍ Diferença do SNA ✚ Anatômicas: ● Localização dos neurônios pré - ganglionares e pós - ganglionares ● Extensão das fibras pré - ganglionares e pós - ganglionares ✚ Farmacológicas: ● Fibras colinérgicas (Ach) ● Fibras noradrenérgicas (NE) ✚ Parassimpático (crânio – sacral S2-S3-S4) ● Repouso e digestão 44 ✚ Simpático (tóraco – lombar T1 – L2) ● Age no coração - que está na caixa torácica ● Noradrenalina - pós ganglionar ● Alerta (Luta X Fuga) 45 46 ❍ Inervação autônoma dos órgãos 47 Atividade Parassimpática Atividade Simpática Diminui FC e PA Aumenta FC e PA Broncoconstrição Broncodilatação Diminui metabolismo de glicose Aumenta metabolismo de glicose Constrição da pupila Vasodilatação da pupila Caso Clínico Um paciente do sexo masculino, de 52 anos, iniciou quadro de dor súbita em ombro direito, associado a esforço físico. Procurou o HSI e foi tratado com antiinflamatório, porém sem melhora dos sintomas. Após 2 dias, apresentou febre e aumento da intensidade da dor. Realizou exame radiológico do ombro direito, com resultado normal e mantido o tratamento. No quinto dia, o quadro do paciente evoluiu e piorou com dispnéia acentuada e sinais de sepse. Foi encaminhado à UTI para VM e investigação diagnóstica. A radiografia de tórax, no momento da internação, evidenciou imagem de hipotransparência no terço superior do hemitórax direito. O paciente foi submetido à toracotomia exploradora póstero-lateral, em caráter de urgência, com drenagem do empiema. Permaneceu em ventilação mecânica por seis dias, recebendo alta da unidade de terapia intensiva no décimo dia de pós-operatório, com evolução satisfatória e regressão do quadro infeccioso. Após a extubação do paciente, quando ele estava consciente, foi observada a presença de ptose palpebral à direita. O paciente percebeu essa ptose no quinto dia após o início da instalação do quadro clínico e antes da internação hospitalar, fato confirmado por seus familiares. O paciente recebeu alta hospitalar no décimo quarto dia após a cirurgia, em bom estado geral. Durante o acompanhamento ambulatorial pós-operatório, o paciente apresentou, após dois meses, regressão total da ptose palpebral. 48 Neurônios e Sinapses ❍ Branca X Cinzenta: ❍ Células do Sistema Nervoso ✚ Neurônio; ✚ Astrócito; ✚ Oligodendrócito; ✚ Células de Schwann; ✚ Micróglia; ✚ Célula ependimária. ❍ Neurônio 49 ❍ Classificação dos Neurônios ✚ Morfologia ● Bipolar (sensibilidade): retina, mucosa olfatória e gânglios vestíbulo - coclear ● Pseudopolar (sensitivo) pele ● Multipolar (motor) ✚ Posição ● Neurônio aferente (sensitivo): responsável por levar informações da superfície do corpo para o SNC. ● Neurônio eferente (motor): conduz o impulso do SNC ao órgão efetuador (músculo ou glândula). ● Neurônio de associação: promove a união entre os dois tipos anteriores. O seu corpo celular está sempre dentro do SNC e podem ser motores ou sensitivos. ✚ Velocidade ● TIPO A: Axônios de grande calibre e mielinizados (músculos esqueléticos e pele) ● TIPO B: Axônios de calibre médio (neurônios pré – ganglionares do SNA) ● TIPO C: Axônios de calibre pequeno (neurônios pós – ganglionares do SNA) 50 ❍ Sinapses ❍ Tipos de Sinapses ✚ ELÉTRICA: é aquela na qual o sinal passa de um neurônio para outro; sempre excitatória e ocorre nos dois sentidos; localização mais comum é hipocampo e tálamo ✚ QUÍMICA: é mediada por neurotransmissores; não existe ligação de dois neurônios; unidirecional 51 ❍ Degeneração Walleriana ❍ Astrócitos ✚ Célula responsável pela nutrição, sustentação e metabolismo do neurônio; relacionada aos processos de cicatrização; GBM ❍ Oligodendrócitos ✚ Célula responsável pela mielinização dos segmentos de até 30 neurônios do SNC. Oligodendroglioma. 52 ❍ Células de Schwann ✚ Responsável pela mielinização de um ou dois segmentos de axônio do sistema nervoso periférico; schwannomas. ❍ Micróglia ✚ Célula responsável pela inspeção e defesa do SNC contra a invasão de antígenos; é o macrófago tecido – específico do sistema nervoso; EM. ❍ Células Ependimárias ✚ Células responsáveis pelo revestimento das cavidades do SNC e produção do líquor. 53 Estrutura do Bulbo ❍ Parte Anterior do Bulbo ✚ Nervos cranianos ✚ Pirâmides ✚ Decussação ✚ Oliva bulbar ● Núcleo olivar inferior ● Circuito ❍ Parte Dorsal do Bulbo ✚ 4º. Ventrículo ✚ Cerebelo ✚ Sulco bulbo pontino ✚ Grácil e Cuneiforme ✚ Decussação sensitiva ✚ Lemnisco medial ✚ Assoalho do 4º. Ventrículo ● Trígono e n. do hipoglosso ● Trígono e n. do vago ✚ Núcleos vestibulares ✚ Pedúnculo cerebelar inferior 54 ❍ Núcleos do Bulbo ✚ Núcleo ambíguo (deglutição) ✚ Núcleo do hipoglosso (motor língua) ✚ Núcleo dorsal do vago (função parassimpática vago) ✚ Núcleos vestibulares ( equilíbrio) ✚ Núcleo do trato solitário (sabor dos alimentos) ✚ Núcleo espinhal do trigêmeo (sensibilidade geral) ✚ Núcleo salivatório inferior (glândulas salivares) ❍ Núcleos Próprios do Bulbo 55 ✚ Núcleos grácil e cuneiforme ✚ Complexo olivar inferior ❍ Substância Branca do Bulbo ✚ Fascículo grácil e cuneiforme (sensibilidade vibratória, estereognosia, propiocepção consciente e tato epicrítico) ✚ Lemnisco medial (fusão do fascículo grácil e cuneiforme) ✚ Trato espinotalâmico lateral (temperatura e dor) ✚ Trato espinotalâmico anterior (pressão e tato protopático) ✚ Tratos espinocerebelares (propiocepção) ✚ Pedúnculo cerebelar inferior (ligação do bulbo com cerebelo) ✚ Trato córtico - espinhal ou piramidal (motricidade voluntária)✚ Tratos extrapiramidais (controle do movimento) ✚ Trato córtico – núcleo (ex: movimento da língua) ✚ Fascículo longitudinal medial (comunicação entre os núcleos) ✚ Substância reticular (SARA - substância ativadora reticular ascendente) 56 Caso Clínico Quais os núcleos envolvidos no ato de tomar sorvete? 1. Núcleo do Hipoglosso → Colocar a língua para fora para lamber o sorvete 2. Núcleo Trato Espinhal do Trigêmeo → Verificar se o sorvete está mesmo frio 3. Núcleo do Trato Solitário → Diferenciar o gosto do sorvete 4. Núcleo Salivatório → Estar com a boca cheia d’água 5. Núcleo Ambíguo → Engolir o sorvete 6. Núcleo Dorsal do Vago → O sorvete chega ao estômago e sofre a ação do suco gástrico 7. Núcleo Vestibulares → Se tomou o sorvete de pé, sempre mantendo o equilíbrio 57