Prévia do material em texto
TÓPICOS INTEGRADORES II - ATIVIDADE CONTEXTUALIZADA NOME: Marcia Maria Issa Portinho MATRÍCULA: 01373766 CURSO: Biomedicina POLO: Mercês - Salvador, Ba PROFESSOR ORIENTADOR: Claudeir Dias da Silva Junior Data: 30/11/2022 ALTERAÇÕES HEMATOLÓGICAS, URINÁRIAS E BIOQUÍMICAS NA LES A LES, Lúpus Eritematoso Sistêmico, é uma doença inflamatória crônica, multissistêmica de natureza autoimune, caracterizada pela presença de diversos autoanticorpos. Sua prevalência ocorre frequentemente em mulheres na fase reprodutiva (9 mulheres/1 homem). No final dos anos 90 a dra. Breva Hahn, presidente do American College of Reheumatology, observou que muitos dos genes associado a LES e a artrite reumatoide estão no cromossomo X. (Richtel, 2019, p. 205). Por ser uma doença multissistêmica, o portador da LES pode apresentar vários comprometimentos de diversos órgãos e alterações tanto, hematológicas, urinárias, bioquímicas etc. Alterações hematológicas: A LES apresenta um amplo espectro de manifestações hematológicas, sendo a anemia a mais frequente, mas pode ocorrer também leucopenia, trombocitopenia e trombofilia devido a anticorpos antifosfolípides. A anemia costuma ser leve a moderada, com valores de hematócrito <30% do normal. As causas mais frequentes são: - anemia por deficiência de ferro e anemia por doença crônica pela inibição da eritropoiese. Pode-se observar as seguintes características laboratoriais: Anemia de doença crônica Hb: 9 a12 g/dl (raramente Hb<8g/dl); Hb: 9 a12 g/dl (raramente Hb<8g/dl); Normocítica/Normocrômica (70%); Hipocrômica (50%); Microcítica: 30% (raramente VCM<72fl). Anemia por deficiência de ferro Hemoglobina; VCM/HCM; Reticulócitos; Ferro sérico; Capacidade total de ligação do Fe; Saturação de transferrina. Anemia hemolítica autoimune Queda acentuada da Hb; Anemia com reticulocitose; Aumento de bilirrubina indireta; Aumento de DHL; Combs direto positivo, Esquizócitos no esfregaço de sangue periférico. Leucopenia Contagem de leucócitos <4000/mm3 relatada em até 30-40% dos pacientes, especialmente na doença ativa; Linfopenia definida com contagem de linfócitos <1500/mm3 ou <1000/mm3 na maioria dos pacientes com LES. Trombocitopenia/ Plaquetopenia Trombocitopenia leve 100.000 – 50.000/mm3 em 25-50% dos pacientes; Plaquetopenia 100.000/ml. Proteína C reativa Marcador específico de inflamação, usualmente alterado nas infecções. Alterações urinárias: A LES pode comprometer frequentemente os rins e, em geral, corresponde a uma glomerulonefrite, que pode apresentar-se de várias formas, desde alterações urinárias mínimas (hematúria e/ou proteinúria pequena) até insuficiência renal. No início da manifestação da doença pode não haver qualquer sintoma, apenas alterações nos exames de sangue e/ou urina. Nas formas mais graves a urina fica espumosa, podendo haver diminuição da quantidade de urina. Alterações na excreção urinária de albumina e de alfa-1-microglobulina são frequentes na LES. Achados laboratoriais: proteinúria persistente >0,5g por dia ou .3 cruzes (+), cilindros celulares (hematológico, granular, tubular ou misto); hemácias na urina nos quadros de infecção renal. Alterações bioquímicas: Além dos marcadores laboratoriais e acompanhamento da doença, os testes especializados, como a pesquisa de autoanticorpos auxiliam no diagnóstico da LES. Achados nos testes bioquímicos: 1- Nos testes da função hepática podem apresentar alterações especialmente pelo uso contínuo de drogas anti-inflamatórias não esteroides, como o ibuprofeno; 2- Quando na anemia de doença crônica, no caso da LES, ocorre aumento de citocinas TNF-a, IL-6, IL-1b e IFN-g que concorrem para o aumento da hepcidina diminuindo o ferro sérico pelo aprisionamento no sistema reticulo endotelial, concorrendo também pela diminuição na absorção de ferro intestinal; 3- C3, C4 e complemento apresentam-se diminuídos na LES ativa; 4- No teste de autoanticorpos (FAN - os anticorpos antinucleares que reagem com os constituintes do núcleo de todas as células) apresenta sensibilidade a partir de 80 a100% e especificidade de 57%. Mediante o que foi visto é necessário enfatizar a importância da investigação e do conhecimento das alterações clínicas nos exames laboratoriais e bioquímicos uma vez que os resultados obtidos, podem ser um uma possível abertura do quadro de lúpus eritematoso sistêmico ou de outras doenças autoimunes. Referências: RICHTEL, Matt. Imune: a extraordinária história de como o organismo se defende das doen- ças. 1. Ed. Rio de Janeiro: Haper Collins, 2019. https://alvaroapoio.com.br/medicina-diagnostica/aspectos-laboratoriais-para-o-diagnostico- do-lupus-eritematoso-sistemico https://www.scielo.br/j/rbr/a/tNQ8C7fhTjXckZRyyL5YhsM/?lang=pt&format=pdf https://www.scielo.br/j/rbr/a/766tsHqG7bNrzGp78X8wdQn/abstract/?lang=pt https://www.mastereditora.com.br/periodico/20210507_074214.pdf http://rmmg.org/artigo/detalhes/1478 https://www.youtube.com/watch?v=_KsPIkctmek https://www.youtube.com/watch?v=iZM_yIFS2rw