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apostila saude coletiva 2

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Controle Mecânico
do Biofilme
Associado à Cárie
1- INTRODUÇÃO
O biofilme dentário é o agente etiológico primário no desenvolvimento da cárie e da doença periodontal. 
Remoção é de fundamental importância para o controle dessas patologias. 
Postulados de Miller / 1890;
Publicou um trabalho intitulado “Os MO da cavidade oral humana”, propondo que os carboidratos da dieta eram degradados pelas bactérias orais e os ácidos resultantes causavam a dissolução do esmalte dentário, acreditando que a matriz descalcificada da dentina, em particular, era destruída pela ação “peptonizante” de MO proteolíticos. Assim, foi Miller quem mostrou experimentalmente pela 1ª vez como as bactérias causam a cárie dentária. Essa conceituação foi chamada de “teoria químico-parasitária”.
- Rituais religiosos desde a Era Cristã;
- Árabes - introduziram as raízes de árvores;
- Higiene oral - obrigação religiosa.
LIMITAÇÕES superfícies interproximais e oclusais
 
 EFICIENTE
- superfícies interproximais FIO DENTÁRIO
Escovação/Fio dentário remoção de biofilme: 
fita dentária - escovas interproximais - palitos - estimuladores interproximais de borracha.
CÁRIE / REMOÇÃO MECÂNICA DO BIOFILME:
- Escovação habitualmente feita pelo paciente;
- escovação supervisionada;
- profilaxia profissional;
- uso do fio dentário.
2- ESCOVAÇÃO
É o método de remoção do biofilme dentário, realizada através de uma escova em associação a um creme dentário;
É a forma mais utilizada nos programas de saúde bucal (individual / coletivo);
Estudos sobre cárie dentária e escovação?
Relação direta entre o nível de escovação e doença periodontal.
TÉCNICAS DE ESCOVAÇÃO:
1- Horizontal
2- Fones
3- Leonard
4- Stillman
5- Charters
6- Bass
3- FIO DENTÁRIO
As faces interproximais dos dentes são inacessíveis à escovação convencional, pois as mesmas são protegidas pela papila e o sulco gengival;
Tornando uma área de estagnação de microrganismos e restos alimentares;
1819 - FIO DENTÁRIO;
1948 - BASS, surgiu o primeiro trabalho científico.
MEIOS AUXILIARES PARA O USO DO FIO:
1- Suportes para fio dentário
2- Passadores de fio dentário
OUTROS MATERIAIS DE LIMPEZA INTERDENTÁRIA:
1- Fio tricotado
2- Tubo de limpeza
3- Tira de gaze
4- Pontas estimuladoras
5- Cunhas, palitos e escovas interdentárias
PROGRAMAS NA ÁREA DE SAÚDE BUCAL:
1- Remoção mecânica do biofilme;
2- Orientações dietéticas;
3- Fluorterapia.
CLIENTELAS ESPECÍFICAS OPERACIONALIZAÇÃO DOS SERVIÇOS ODONTOLÓGICOS
CLIENTELAS ESPECÍFICAS ATENÇÃO ODONTOLÓGICA NA REDE BÁSICA
1- POPULAÇÃO ALVO: toda população da área de atuação da U.B.S. e escolas municipais da área de abrangência
2- POPULAÇÃO PRIORITÁRIA: crianças e gestantes
3- DISTRIBUIÇÃO DAS VAGAS: crianças: 60% das vagas (0 e 14 anos); gestantes: independe do sistema de triagem;-adultos: 40% das vagas.
4- FORMA DE MARCAÇÃO DE CONSULTA: mensal; a divulgação deverá ser feita 7 dias antes do agendamento com data e número de vagas pré-estabelecido; 8 consultas/dia para cada CD; a cada mês serão agendados uma média de 30 pacientes para iniciar tratamento por CD; do nº de pacientes agendados por mês, serão reservadas vagas para participantes de programas de UBS e de grupos de acesso. 
5- TIPOS DE ATENDIMENTO - Atividades coletivas: educação em saúde bucal; atividades preventivas, ficha preenchida com todos os dados; 1ª consulta: exame clínico; ficha clínica assinada pelo paciente/responsável (menor); anamnese e diagnóstico clínico; plano de tratamento; tratamento clínico: referência e contra-referência.
6- ATENÇÃO ODONTOLÓGICA AO PRÉ-ESCOLAR E AO ESCOLAR
1- POPULAÇÃO ALVO: Escolares matriculados na rede municipal de ensino e das creches Comunitárias.
2- TIPOS DE ATENDIMENTO - Atividades coletivas: Educação em saúde bucal: 
 Ações de educação em saúde bucal (continuada);
 Interação com a comunidade escolar, a participação e a contextualização dos problemas e interesses locais;
Noções sobre saúde geral;
 As doenças bucais mais prevalentes, suas causas, conseqüências, tratamento e formas de prevenção
 Atividades preventivas: orientação e instrução sobre saúde e higiene bucal; orientação sobre dieta; fluorterapia; Orientação sobre auto exame da boca; Avaliação individual das necessidades de tratamento
Atividades individuais: escolas, creches comunitárias e escolas infantis: as necessidades de tratamento cirúrgico restaurador serão realizados na unidade de saúde referência para região; criança com dor deve ser atendida sempre; nas escolas referência para tratamento cirúrgico restaurador, deve haver um planejamento prévio que estabeleça o dia da semana para este atendimento
ATENÇÃO ODONTOLÓGICA DE PRONTO-ATENDIMENTO (ADULTOS)
1- POPULAÇÃO ALVO: o serviço deve atender toda e qualquer pessoa que o procure com situação de urgência e/ou dor de ordem odontológica
2- FORMA DE MARCAÇÃO DE CONSULTA: o serviço trabalha com livre demanda; por ordem de chegada, o paciente é encaminhado ao CD de plantão
3- TIPOS DE ATENDIMENTO: o serviço funciona no sistema de plantão (24 horas/dia); - objetivo: atender o paciente com dor e/ou situações de urgências odontológicas.
Atividades individuais: - boletim de atendimento; anamnese; diagnóstico; tratamento:
- ENDODONTIA: Pulpite Aguda, Abscesso Apical Agudo;
- PERIODONTIA: Abscesso Periodontal, GUN, Pericoronarite;
- TRAUMATISMOS: Fratura Coronária e Radicular, dos Tecidos de Sustentação Dentária, Fratura Óssea;
- PÓS-CIRÚRGICO: hemorragia, alveolite;
- LESÕES DA MUCOSA BUCAL: queimadura, reação alérgica, herpes, afta, candidíase, ulceração;
- GLÂNDULAS SALIVARES: obstrução do ducto/glândula, infecção da glândula salivar;
- SISTEMA-ESTOMATOLÓGICO: Trauma Oclusal, Trismo, Luxação da ATM;
- PROCEDIMENTOS AMBULATORIAIS: Aplicação de flúor, Profilaxia, Raspagem Coronária e Radicular, Restaurações, Exodontias, Cimentação de Peças Protéticas
ATENÇÃO ODONTOLÓGICA
À IDOSOS
1- POPULAÇÃO ALVO: idosos moradores em asilos, centros de convivência e pastorais do idoso
2- TIPOS DE ATENDIMENTO - Atividades coletivas: 
Educação em saúde bucal: ESB deverá ser adequada à realidade da população local; palestras educativas aproveitando os espaços físicos existentes em Universidades da 3ª idade, centros de convivência e pastoral do idoso; utilização de recursos audio-visuais, abordando os aspectos social e emocional da comunidade assistida; orientação sobre auto exame (câncer bucal).
- Atividades preventivas: triagem e seleção dos pacientes; auto-exame
Atividades individuais: atenção aos dentes permanentes afetados; instruções de higiene bucal; urgências; problemas periodontais.
-Alterações estomatológicas: xerostomia; queilite angular, hiperplasias irritativas.
Heterocontrole
Um controle paralelo por um grupo que não tem vínculo com o órgão responsável pela fluoretação local.
Auxilia na manutenção da fluoretação dentro dos padrões adequados e aponta possíveis oscilações.
Sistemas de vigilância:
São montados por instituições públicas ou privadas, distinta da fluoretação; 
Acompanhar empresa responsável pela a execução da fluoretação / efeitos;
Amostras coletadas em torneiras (ponta da rede);
Instituições , universidades, entidades ou cidadãos.
Controle operacional
Empresa de saneamento; 
Prevenir ou corrigir eventuais problemas na operação do sistema;
Várias mensurações diárias;
Permitindo avaliações constantes em cada ETA.
Etapas para Implantação e Operacionalização de um Sistema de Vigilância da Fluoretação:
I- Coleta de informações;
II- Identificação de pontos de coleta de amostras: Unidades de Saúde;
III- Freqüência de coleta: mensais / dias sorteados para cada mês / 12 coletas anuais;
IV- Coleta e preservação das amostras: frascos de polietileno (vidro - NÃO); enxágue com a mesma água a ser coletada; local, dia, hora e responsável pela coleta; transporte e armazenamento adequados; FLÚOR ESTÁVEL: 150 dias após a coleta;
V- Análise das amostras; métodos colorimétricos e eletrométrico*;
VI- Análise dos resultados;
VII- Divulgação dos dadosE AS AGUAS MINEIRAIS? Hipofluoretadas E Hiperfluoretadas
81% das marcas apresentam teor de flúor inferior a 0,3 ppm;
14% entre 0,63 e 4,44 ppm;
águas minerais provenientes do RS apresentam alta concentração de flúor (0,87 e 4,44 ppm).
Município de São Paulo: Lei Municipal nº 12.623 de 06 de maio de 1998 (Lei Neder);Proíbe a comercialização de água mineral com teor de flúor acima de 0,8 ppm.
Mecanismo de ação do Flúor
Nomes Importantes: Henry Trendley Dean; Fredrick McKay; Greene Vardiman Black
Fatores Importantes
 Ficou provado que indivíduos que viveram durante muito tempo em regiões com água fluoretada, ao abandonarem essas regiões, passaram a apresentar um padrão de cárie semelhante a indivíduos que viviam em regiões onde a água não era fluoretada; 
 Pesquisas posteriores demonstraram que o mecanismo de ação mais importante do flúor é sua atuação no controle da dissolução de minerais do dente;
Atualmente
O flúor apresenta importante papel no processo de prevenção e controle da doença cárie; Amplamente utilizado e em diversos veículos de transporte;
Mecanismos de ação do flúor
 Com os avanços no conhecimento sobre o envolvimento do flúor na redução de cárie, ficou provado que indivíduos que viveram durante muito tempo em regiões com água fluoretada, ao abandonarem essas regiões, passaram a apresentar um padrão de cárie semelhante a indivíduos que viviam em regiões onde a água não era fluoretada;
Pesquisas posteriores demonstraram que o mecanismo de ação mais importante do flúor é sua atuação no controle da dissolução de minerais do dente; 
Durante o processo de formação de uma lesão cariosa, ocorre inicialmente, uma queda do pH no meio ambiente da placa (biofilme) e esmalte, condição esta em que a hidroxiapatita pode se dissolver;
DEFINIÇÕES 
Fluorapatita: composto derivado da hidroxiapatita, a principal substância formadora do esmalte. É obtida pela substituição do radical hidroxila (oxigênio e hidrogênio -OH-) por de Flúor (F-). Ca10(PO4 )6 F2
Fluorhidroxiapatita: composto híbrido, obtido quando ocorre a substituição de apenas uma hidroxila pelo flúor. Sua fórmula é: Ca10 (PO4)6OHF
DESMINERALIZAÇÃO E REMINERALIZAÇÃO
A fluorapatita possui um produto de solubilidade, na saliva, maior que o da hidroxiapatita, em virtude do maior poder reativo do íon flúor:
Existem mais compostos iônicos de fluorapatita disponíveis na saliva;
A fluorapatita mantém seus níveis de supersaturação na saliva mesmo quando o pH está abaixo do nível crítico;
A integridade físico-química do esmalte depende dos fluidos adjacentes:
A integridade físico-química do esmalte depende dos fluidos adjacentes:
Fluidos da solução aquosa do biofilme Fluidos do esmalte - solução ao redor dos cristais de hidroxiapatita
A saliva por apresentar cálcio e fosfato, principais minerais componentes da estrutura cristalina dos dentes, protege naturalmente tanto o esmalte quanto a dentina.
Fluidos – saliva -> Fluidos da solução Fluidos - saliva aquosa do biofilme -> Fluidos do esmalte
O conteúdo mineral do esmalte dentário é constituído por cristais de hidroxiapatita, que se acham distribuídos de modo a formar os prismas de esmalte. 
 Entre os prismas, existem as lacunas denominadas de espaços interprismáticos (formam verdadeiras vias de circulação deste fluido), por onde circula o fluido do esmalte.
A propriedade biológica da saliva de proteger os dentes é pH dependente (estabelece o limite de capacidade de proteção da saliva). 
O conceito de pH crítico (5,5) tem por finalidade definir quando a saliva perde sua capacidade biológica de proteger a estrutura mineral do esmalte, que é aumentada na presença de flúor
Sempre que houver uma produção de ácidos, em especial do ácido lático, resultante do metabolismo bacteriano, e o pH 5,5 é alcançado, os íons de hidrogênio esgotam a capacidade tampão dos sais minerais dos fluídos bucais, tornando-o subsaturado em relação à hidroxiapatita.
Inicia-se a saída dos cristais de hidroxiapatita do esmalte, ou seja, temse um aumento das concentrações de cálcio e fosfato no fluido do esmalte que difunde-se para a placa bacteriana (biofilme).
À medida em que a saliva flui no biofilme, seus componentes tampão (bicarbonato, fosfato e peptídeos) neutralizam os ácidos produzidos pelas bactérias, e o pH retorna à normalidade. 
Quando termina o desafio ácido cariogênico (pH > 5,5), há aumento na concentração de cálcio e fosfato na saliva, maior que a do fluido do esmalte, então o fluxo de íons ocorre no sentido contrário, da saliva-biofilme-esmalte.
O QUE ACONTECE QUANDO O FLÚOR ESTÁ PRESENTE? presença do flúor nos fluídos adjacentes faz com que a remineralização aconteça em pH 4,5, sem a necessidade de retorno ao pH acima do nível crítico (5,5) para a hidroxiapatita
Portanto, ao mesmo tempo em que estiver ocorrendo a desmineralização da hidroxiapatita, estará ocorrendo a formação da fluorhidroxiapatita, e consequentemente reposição de minerais
pH 4,5 < 5,5
Ca10(PO4)6 OHF fluorhidroxiapatita
Portanto, ao mesmo tempo em que estiver ocorrendo a desmineralização da hidroxiapatita estará ocorrendo a formação da fluorhidroxiapatita e conseqüentemente reposição de minerais
Este mecanismo não só previne a perda de minerais, como também aumenta a resistência superficial dos cristais neoformados de fluorhidroxiapatita, que é mais resistente à desmineralização (pH 4,5)
Quando o pH diminui para menos de 4,5, haverá dissolução tanto de hidroxiapatita quanto da fluorapatita, ou seja, as fases minerais da superfície dentária serão perdidas
Mecanismo de ação do flúor
A ação do flúor pode ser mantida por um bom tempo, quando, por ocasião de uma aplicação tópica, o flúor fica acumulado sobre a superfície do esmalte sob a forma de fluoreto de cálcio (CaF2), que funciona como uma reserva de flúor;
Toda vez que é feita uma aplicação tópica de flúor, ocorre uma reação química na estrutura mineral dos dentes, formando Fluoretos de Cálcio que posteriormente agem interferindo na progressão da cárie dentária.
A concentração de flúor da aplicação tem implicação proporcional na concentração de "CaF2 ", no entanto, a aplicação de flúor profissional não é mais eficiente que o uso de dentifrício fluoretado; 
Independentemente de se formar pouco "CaF2 " quando da escovação, este fato é compensado pela freqüência em que é realizada a escovação em relação à aplicação profissional.
Considerações a Respeito do Flúor Sistêmico
Apontamentos: Incorporação do flúor; Aproveitamento do flúor; Possibilidade de formação da fluorose
Flúor e Fluoretos
 Elemento químico F: ALTA REATIVIDADE; 
Nunca encontrado livre na natureza; 
Fluoretos: GRUPO DE COMPOSTOS DE F;
Presença na Natureza
Solo e rochas - combinado com outros minerais:
 Concentrações de fluoretos no solo aumentam conforme a profundidade - até 42.000 ppm;
Água e mar - 0,8 a 1,4 ppm de flúor: - Lagos, rios e poços artesianos; Tânzania: 95 ppm de fluoretos; -Quênia: 2.800 ppm de fluoretos;
Ar - resíduos industriais gasosos: - Combustão do carvão; - Gases emitidos por vulcões ativos; - Pode alcançar concentrações de até 1,4 mgF por m3
Fluoretação - Brasil
Utilizada desde 1953; Alterações na concentração – 0,7mg de F por L de água;
Todas as cidades ou áreas tem? Segundo a última Pesquisa Nacional de Saneamento Básico (PNSB), realizada em 2000, dos municípios existentes à época, menos da metade (45,74%) adicionavam flúor à água distribuída; As regiões Norte e Nordeste apresentam índices ainda mais baixos do que a média nacional: 7% e 16,5%, respectivamente;
Dosagem Ótima: 0,5 à 1,5 ppm de Flúor
Vantagens: Redução na prevalência da cárie; Elevado poder preventivo; Baixo custo; Ausência de efeitos tóxicos ou colaterais na dosagem indicada; Simplicidade de emprego; Universalidade de consumo em todas as faixas etárias;
Desvantagens: Alto desperdício; Não resiste à crise financeira; Imposição ao uso do flúor; Grandes quantidades podem ser prejudiciais; Grande parcela da população sem acesso à água tratada;
Controvérsias
O CFO se posicionou ativamente contrário à proposta. Após uma ação conjunta das entidadesda classe, o próprio senador pediu a retirada do projeto da pauta de votação 29; Em 2007, o deputado Carlos Souza enviou o PL 95/2007 também com a finalidade de revogar a Lei nº 6.050/1974. Utilizou as mesmas justificativas do seu primeiro projeto. Como anteriormente, foi rejeitado pela Comissão de Seguridade Social e da Família e arquivado; No ano de 2008, o advogado, professor e deputado federal pelo PMDB do Mato Grosso, Carlos Bezerra, sugeriu ao Ministro da Saúde a revisão da portaria que regulamenta a fluoretação dos sistemas de abastecimento de água para que fosse revogada. Em 2013, o mesmo deputado encaminhou o PL 6.359/2013 muito semelhante ao PL do seu conterrâneo, o deputado Carlos Souza. Em 2017, o projeto estava no aguardo do parecer do relator na Comissão de Seguridade Social e Família;
Observações para a Fluoretação
Determinação do teor natural de fluoreto existente na água; Determinação do teor natural de fluoreto a ser aplicado; Frequência de controle de teor final de fluoreto; Ponto de aplicação da solução fluoretada dosada;
Fluoretação e Sais
Tipos de Sais Utilizados: Fluossilicato de Sódio - Na2SiF6; Ácido Fluossilícico - H2SiF6; Fluoreto de Sódio - NaF (escolas); Fluorita ou Fluoreto de Cálcio - CaF2 (estações de pequeno porte);
Outros Possíveis Métodos Sistêmicos
Fluoretação escolar; Fluoretação do leite; Fluoretação do sal; Fluoretação domiciliar; Flúor em gotas; Flúor em comprimidos; Flúor pré-natal.
Outros Métodos de Flúor Sistêmico
 Fluoretação escolar;
 Fluoretação do leite;
 Fluoretação do sal;
 Fluoretação domiciliar;
 Flúor em gotas;
 Flúor em comprimidos;
 Flúor pré-natal
1- Fluoretação escolar
CONSIDERAÇÕES: 
Recomendado pela OMS e Instituto Nacional de Saúde dos EUA; 
É importante determinar o teor natural de fluoreto existente na água; proporção: 4,5 maior que o da água de abastecimento público;
O equipamento deve ser simplificado e adequado à escola;
Deve ser instalado em local seguro;
Solução conservada em frascos plásticos longe do alcance das crianças.
SOLUÇÃO
PREPARO: dissolver 132mg de NaF; em 240mL de água destilada; ingerir segundo a posologia:
POSOLOGIA
Crianças de 0 e 2 anos: diluir uma colher de chá da solução preparada em 250mL de água destilada; usar para o preparo dos alimentos e para beber. 
Crianças de 2 e 3 anos: diluir uma colher de chá da solução preparada na água ou no suco; ingerir em dias alternados
Crianças acima de 3 anos: diluir uma colher de chá da solução preparada na água; ingerir diariamente. 
DESVANTAGENS: fator econômico; exposição intermitente; idade
2- Fluoretação do leite
CONSIDERAÇÕES: 1953: Suíça; dosagem recomendada: 1mg de F em 250mL de leite; pouco estudado
VANTAGENS: distribuído nas escolas; serviria de alimento; diminuiria a prevalência de cárie.
DESVANTAGENS: apresenta diminuição na ionização; menor absorção no trato digestivo; método seletivo; consumo; difícil fiscalização.
3- Fluoretação do sal
Histórico: 1950: Suíça (Wespi): Fluoreto de Potássio; 90mg de F/Kg de sal; 1986: 250 ppm (250mg de F/Kg de sal).
Consumo médio diário de sal: Suíça: 6 a 14 gramas
Colômbia: 10 gramas
Hungria: 6 a 7 gramas
Países que utilizam sal fluoretado: Costa Rica, Colômbia, Hungria, México, Espanha
Uso previsto do sal: alimentação humana: 12%, pecuária: 34%, indústria química: 32%, exportação: 5%, outros fins: 17%
Tipos de sais: Fluoreto de Sódio - NaF (mais utilizado), Fluoreto de Potássio – KF, Fluoreto de Cálcio - CaF2 
VANTAGENS: permite livre escolha; não impede o uso de iodo; menor desperdício; maior abrangência; facilidade de aplicação; viabilidade de implementação em pequenas localidades.
DESVANTAGENS: variação de consumo; difícil controle; falta de interesse; distribuição, baixo consumo de sal refinado.
Fluoretação do sal no Brasil: parte significativa da população brasileira, especialmente a de baixa renda, não consome sal refinado; grande número de empresas refinadoras de sal:
I- responsabilidade pelo processo;
II- fiscalização: Secretaria da Saúde
Fluoretação do sal domiciliar
PREPARO: 1Kg de NaCl; 553mg de NaF; homogeneização; 2 minutos / 60rpm
Flúor no sal : RESUMO
1- dosagem: 250mg de F/Kg de sal;
2- eficiência: similar à água fluoretada (redução de 65% de cárie após 10 anos);
3- problemas: conflitos de área e marketing do produto;
4- excreção urinária: 0,8mg de flúor
CONSIDERAÇÕES
Usada quando não há um sistema centralizado de abastecimento de água; baixo custo; a talha é o local mais recomendável para o acréscimo do flúor (mesmo volume de água e facilita a diluição).
Fluoretação domiciliar
PREPARO: dissolver 1,6g de NaF; em 1 litro de água; colocar 1mL da solução; para cada 1 litro de água
5- Flúor em gotas
CONSIDERAÇÕES: é o método de suplementação de flúor proposto por Newbrun e prescrito segundo a tabela da Associação Dentária Americana
SOLUÇÃO
PREPARO: dissolver 260mg de NaF; em 60mL de água destilada; cada gota dessa solução terá aproximadamente 0,25mg de íon flúor.
POSOLOGIA
Forma de administração: dosado na água que será utilizada na alimentação da criança
adminstrando a solução em gotas, em geral, 1X/dia; 4 gotas = 1 comprimido (cada gota equivale a 0,25mg de F).
VANTAGENS: método alternativo que permite completar a dosagem ideal de flúor diariamente.
DESVANTAGENS: risco permanente de super dosagem devido à estocagem de flúor em casa; pode sofrer descontinuidade; ingestão de uma só vez.
6- Flúor em comprimidos
CONSIDERAÇÕES: os comprimidos deverão conter 2,21mg de NaF para liberar 1,0mg de íon flúor.
VANTAGENS: é um método alternativo que permite completar a dosagem ideal de flúor diariamente a uma criança.
DESVANTAGENS: possibilidade de sofrer descontinuidade por necessitar de administração diária
Conclusão gotas ou comprimidos? 
7- Flúor pré-natal
Considerações: - não há qualquer prejuízo para a saúde da gestante nem ao bebê
I grupo - flúor da 4ª semana até o nascimento (redução de 13%);
II grupo - flúor do nascimento até 9 anos (redução de 14%);
III grupo - flúor da 4ª semana até 9 anos (redução de 30%).
Flúor tópico
Força do método: Redução de 30 e 40% na incidência de cárie
Importância: poder preventivo; remineralização de lesões incipientes; tratamento de sensibilidade de colo.
Restrições:
 custo relativamente elevado;
 limitada retenção do flúor no esmalte aplicado;
 longo tempo de trabalho, faz-se profilaxia.
Desvantagens em relação a fluoretação da água:
 força do método (40%);
 nível de aplicação - 4º nível.
I - Dinâmica do mecanismo de ação: 
 Após aplicação tópica de flúor forma-se CaF2 na superfície dentária e nas lesões de cárie;
 Imediatamente após íons Ca, P e proteínas da saliva depositam-se sobre o CaF2 formando uma camada protetora de Ca3(PO4)2, diminuindo sua solubilidade no meio bucal; 
· Após a ingestão de açúcar, o pH do biofilme diminui. A camada de fosfato de cálcio e proteínas é solubilizada, expondo o CaF2;
 O fluoreto de cálcio solubiliza-se parcialmente liberando o flúor para agir, reduzindo a desmineralização e ativando a remineralização
 O pH volta ao normal, e o que restou de CaF2 é novamente revestido pela camada protetora estando apto a participar novamente do processo des/re.
6-O CaF2 funciona como um reservatório contínuo de flúor.
II - Métodos de aplicação profissional: soluções fluoretadas, géis e mousse; vernizes fluoretados; selantes oclusais.
a) bochechos com flúor (soluções);
importância: eficácia comprovada; custo reduzido; facilidade de aplicação; redução no CPO-D de 25-35%; programas de massa: bochecho semanal; interrupção do programa: cessa o benefício. 
Indicações: 1- pacientes com qualquer tipo de periodontite; 2- pacientes em manuteção e controle; 3- pode ser usado como coadjuvante positivo na terapêutica periodontal (raspagem e alisamento radicular).
Soluções mais usadas: Fluoreto de Sódio (NaF): uso semanal - 0,2%; uso diário - 0,05%. Fluoreto estanhoso (SnF2). 
Fórmula e técnica de aplicação: 
Fórmula e técnica de aplicação: 
Fluoreto de Sódio (NaF) a 0,2%: 2g de NaF para cada 1 litro de água,10 mL/bochecho por 1 minuto. CUIDADO: crianças abaixo de 5 anos (engolir)
b) aplicações tópicas
Eficiência de 30-40% na redução do índice CPO-D: Fluoreto de Sódio a 2%;
Fluoreto Estanhoso a 8%;
Gel fluoretado: Flúor-Fosfato-Acidulado (FFA) e Neutro.
Fluoreto de Sódio a 2%: quimicamente estável, gosto aceitável; não irrita a gengiva; não mancha os dentes; custo baixo; fórmula simples.
Técnica de Knutson: 
 4 aplicações de 4’; intervalo entre as aplicações: 2 e 7 dias; período: 3, 7, 10 e 13 anos; solução de NaF.
Modernamente esta técnica é pouco usada, pois os compostos empregados 2X/ano, são mais práticos e tem efeito semelhante
Fluoreto Estanhoso a 8%: age na aderência bacteriana no esmalte; solução não é estável; irrita a gengiva; pigmentação; gosto desagradável
Gel fluoretado: 1963: Wellock e Brudevold (solução FFA); Flúor-fosfato acidulado 1,23% (12300 ppm) ou neutro 2% (9040 ppm) ou 1,1% (5000 ppm); Aplicação: semestral ou risco de cárie; Tempo de aplicação: 1 e 4 minutos; Neutro: superfícies com resina, selante ou porcelana. 
Flúor-Fosfato Acidulado: solução estável em plástico; gosto aceitável; não irrita a gengiva; custo baixo;técnica simples.
Técnica de aplicação
Moldeiras pré-fabricadas: profilaxia e isolamento; aplicação nos arcos separadamente; paciente sentado; tempo de “1” e 4 minutos; término do tempo: deve cuspir o excedente; não comer e não beber por 30 minutos
Aplicação com cotonete: técnica de maior facilidade; maior controle da quantidade; profilaxia, secagem e isolamento;
 aplicação com cotonete ou bolinha de algodão; proximais: uso do fio dentário
Aplicações tópicas de flúor - TÉCNICA:
 Profilaxia: pedra-pomes + água + taça de borracha; 
 lavagem com água/ar; 
 isolamento;
 aplicação por 1 minuto;
 cuidados após a ATF;
 recomendações ao paciente.
CUIDADOS: NÃO COMER E NÃO BEBER NADA POR 30 MINUTOS 
Recomendações ao paciente para diminuir a ingestão após a aplicação de flúor:
I- colocar o paciente em posição vertical;
II- usar pequenas quantidades de gel;
III- sugador;
IV- remover o excesso;
V- expectorar exastivamente (30” - 1’);
VI- avisar o paciente para não engolir;
VII- criança alimentada.
Utilização Prática Clínica Particular X Saúde Pública
(1) SIMPLES; 
(2) BARATO;
(3) BOA ACEITAÇÃO;
(4) DIMINUI A INCIDÊNCIA DE CÁRIE
Restrições quanto ao método da ATF: 1) TEMPO DE TRABALHO;(2) CUSTO; (3) LIMITADA RETENÇÃO DO FLÚOR NO ESMALTE APLICADO
c) mousse;
cuidados: aguardar 30 minutos após a aplicação; preferir os géis tixotrópicos (um colóide muda sua viscosidade, seu estado de gel para sol ou sol para gel);
 indicação: crianças acima de 3 anos; não aplicar em jejum
FFA em mousse: Importados; Seguros; Efetividade clínica
d) vernizes fluoretados;
Vantagens: 1- facilidade e rapidez na aplicação; 2- maior tempo de contato com o tecido dentário; 3- redução de 40-60% na incidência de cárie.
Marcas Comerciais: DURAPHAT (Colgate); FLÚOR PROTECTOR (Vivadent).
DURAPHAT: -solução alcoólica de Fluoreto de Sódio; 2,26% de íon flúor; aplicação semestral.
FLÚOR PROTECTOR: Poliuretano de flúor silícico; 0,7% de íon flúor; aplicação semestral.
Vernizes fluoretados - TÉCNICA:
 profilaxia: pedra-pomes + água + taça de borracha;
 lavagem com água/ar;
 isolamento;
 secagem;
 aplicação do verniz;
 espera-se secar por 2 minutos;
 recomendações ao paciente.
RECOMENDAÇÕES: NÃO COMER (2 hs.) E NÃO BEBER (1 h.) escovação após 12 hs.
e) selantes oclusais
III - Métodos auto-aplicáveis: dentifrícios fluoretados.
Toxicidade
Tudo é tóxico. É só uma questão de dose, que é o parâmetro de diferenciação entre remédio e veneno.
Toxidade Crônica: Relacionada à ingestão de pequena quantidade durante um período de tempo prolongado.
Fluorose: Fluorose dentária e óssea ocorre em função da concentração de flúor na água de abastecimento público.
Toxicidade aguda: Relacionada à ingestão de uma quantidade grande de flúor de uma única vez.
Conduta a ser tomada diante de intoxicação aguda por fluoretos:
Tratamento de emergência para diferentes níveis de ingestão de F
Abaixo de 5 mg/Kg: cálcio (leite) via oral; observar por algumas horas; induzir vômito, se necessário.
Acima de 5 mg/Kg: induzir vômito; Glucomato de cálcio 5% - via oral; hospital – observação
Acima de 15 mg/Kg: induzir vômito - hospital imediatamente; monitorar batimento e observar freqüência cardíaca; Glucomato de cálcio 10% - intravenosa (10 mL); doses adicionais em sinais de tetania; diuréticos
Toxidade Aguda
Parâmetros
Dose Provavelmente Tóxica DPT = 5 mgF/Kg
Dose Seguramente Tolerada 
Dose Certamente Letal: DCL = 32 a 64 mgF/Kg
DPT de flúor para criança de 10Kg quando da utilização de métodos sistêmicos:
DPT = 5 mgF/Kg X 10 Kg
DPT = 50 mgF
Água fluoretada (0,7 ppmF)
1 ppm = 1 mg 
0,7 ppm = 0,7 mg 
1 litro -------------- 0,7 mgF
X litros ------------ 50 mgF
X = 1 litro X 50 mgF = 50
 0,7 mgF 0,7
X = 71,42 litros
Sal fluoretado (300 mgF/Kg)
1000 g sal -------------- 300 mgF
 X g sal -------------- 50 mgF
X = 1000 g X 50 mgF = 50000
 300 mgF 300
X = 166,66 g
Comprimidos de flúor (1 mgF)
1 comprimido-------------- 1 mgF X comprimidos-------------- 50 mgF
X = 1 comp. X 50 mgF = 50
 1 mgF 1
 X = 50 comprimidos
1 comprimido= 4 gotas X 50 comp.= 200 gotas
DPT de flúor para criança de 20 kg quando da utilização de métodos tópicos:
Dose Provavelmente Tóxica (DPT) para criança com 20 Kg :
Bochecho NaF 0,05% -------440ml
DPT para criança com 10 Kg
 20 Kg -------- 440 mL 
10 Kg -------- X
X = 220 mL
DPT para criança com 40 Kg
 20 Kg ---------- 440 mL
40 Kg ---------- X
 X = 880 mL
Avaliação de Risco Biológico para a Doença Cárie
PREVENÇÃO DA CÁRIE 
Abordagem Individual Baseada nos Testes Laboratoriais
Determinação do fluxo salivar;
Determinação da capacidade tampão da saliva;
Contagem de Streptococos do grupo mutans;
Contagem de Lactobacillus.
Determinação do fluxo salivar:
Colocar o paciente sentado verticalmente, numa posição relaxada. 
Estimular a salivação, pedindo ao paciente para mastigar tablete de parafina. 
Mascar um pedaço de parafina e expelir toda saliva produzida em um cilindro milimetrado.
Tempo recomendado 5’.
RESULTADOS:
Ótimo: > 1,0 mL/minuto
Regular: 0,7 - 1,0 mL/minuto
 Ruim: < 0,7 mL/minuto
Ex: 3,5 mL em 5 minutos é igual a 0,7 mL/minuto.
Determinação da capacidade tampão da saliva:
Adicionar 1mL de saliva a 3mL de HCl a 0,005%.
Agitar, repousar por 10’ e medir pH.
RESULTADOS:
pH > 5,5: Normal
pH entre 4,5 - 5,5: Intermediária
pH < que 4,5: Baixa
Remover a tira de teste CRT buffer da embalagem, sem tocar no campo de teste amarelo.
Colocar a tira de teste sobre papel absorvente, com o campo amarelo para cima.
Usando uma pipeta, umedecer todo o campo amarelo de teste com saliva.
Aguardar 5’ como tempo de reação e, depois deste tempo, comparar a cor revelada pelo campo de teste com as cores da tabela codificada.
Avaliação - Azul indica alta capacidade e o amarelo revela baixa capacidade buffer da saliva
Quantidade de microrganismos na saliva:
INDICAÇÃO:
 Superfície com ágar brilhante: quantidade de Lactobacilos.
 Superfície com ágar azul: quantidade de Estreptococos mutans
Estufa e KIT Ivoclar Vivadent para contagem de MO.
Procedimentos:
Estimular a salivação e coletar a saliva num recipiente.
 Remover o porta-ágar do fundo do frasco-teste.
Colocar um tablete de NaHCO3 no fundo do frasco
Remover, cuidadosamente, as lâminas protetoras das 2 superfícies de ágar (não tocar no ágar).
Usando uma pipeta, umedecer completamente a superfície de ágar com saliva.
Eliminar o excesso de saliva.
Colocar o porta-ágar dentro do frasco e fechar.
Na posição vertical, colocar o frasco na incubadora durante 48 horas à 37°C
Comparar a densidade das colônias de Estreptococos mutans e de Lactobacilos com as respectivas figuras de avaliação que estão dispostas no quadro modelo.
TRATAMENTO DA CÁRIE Abordagem Individual no Consultório Odontológico
CARIOLOGIA
Os estágios anteriores da doença antes da cavidade podem ser paralisadospor ações de promoção à saúde e prevenção; 
Somente o tratamento restaurador da cavidade ativa de cárie não garante o controle do processo da doença; 
É necessário intervir sobre os seus determinantes para evitar novas cavidades e recidivas nas restaurações.
1ª Fase - ESTABILIZAÇÃO:
Instrução de higiene bucal;
Remoção profissional do biofilme;
Adequação do meio bucal;
Controle da atividade de doença:
1- Ações educativas para controle do biofilme;
2- Uso tópico de flúor de acordo com o risco até o controle da doença;
3- Aconselhamento dietético.
Adequação do Meio Bucal:
Consiste em remoção de processos infecciosos: escariação e selamento de cavidades com cimento provisório.
 Permite uma redução nos microrganismos que participam na formação das cáries, reduz as áreas de retenção de placa bacteriana (biofilme) e promove melhor condição bucal para alimentação e escovação.
É uma fase intermediária para posterior tratamento cirúrgico restaurador.
2ª Fase - RESTAURAÇÃO / REABILITAÇÃO:
Lesões restritas ao esmalte devem ser monitoradas; 
Não é indicada a abertura de sulcos escurecidos; 
Lesões não cavitadas com possibilidade de cárie na dentina devem ter seu diagnóstico complementado com radiografia;
 No tratamento das lesões cavitadas em dentina deve-se conservar a maior quantidade de tecidos dentinários. 
Não é indicada a abertura de sulcos escurecidos; 
 Lesões não cavitadas com possibilidade de cárie na dentina devem ter seu diagnóstico complementado com radiografia.
3ª Fase – MANUTENÇÃO
O retorno para manutenção deve ser instituído como rotina;
A freqüência deve ser definida pela avaliação da atividade de doença e fatores de risco;
Nas consultas de manutenção, as ações educativo-preventivas devem estimular a autonomia no cuidado à saúde.
CONCLUSÃO:
É de suma importância que o CD se preocupe, ao determinar o risco de cárie de um paciente, em intervir no controle da doença e não se restringir apenas, ao tratamento das seqüelas da doença (as cavidades); 
 A determinação do risco, significa uma melhoria na relação custo-beneficio;
Tem-se constatado através dos diversos estudos procedidos que as mais importantes informações sobre o risco de cárie são obtidas na cadeira odontológica, através da anamnese e do exame clínico;
Os resultados dos exames salivares e microbiológicos podem ser de grande valor para o diagnóstico e direcionamento do tratamento;
Um alto risco de cárie não é determinado por um simples fator isolado, mas sim, pela ocorrência simultânea de uma série de fatores negativos;
Os resultados do tratamento recomendado devem ser monitorados ou checados periodicamente, para testar a eficácia do mesmo.
CONTROLE NÃO 
MECÂNICO DO BIOFILME DENTÁRIO
Vamos abordar alguns agentes químicos que podem ajudar no controle do biofilme dentário...
Mas, afinal, o que é “biofilme dentário”???
Biofilme dentário ou placa bacteriana: É uma massa bacteriana uniforme, não mineralizada, aderida à superfícies sólidas, que após maturar-se (“envelhecer”) pode produzir irritantes locais. Não eliminada através de bochechos com água, nem jato de ar. 
Métodos de Prevenção em 
Odontologia
Objetivo: manter a dentição natural por meio da perpetuação do estado de saúde de suas estruturas bucais
Controle não mecânico do biofilme dentário: Mesmo indivíduos exaustivamente motivados e educados, em função do tempo, se desmotivam em relação a boa limpeza dos dentes”.
Controle químico do biofilme dentário
AGENTES QUÍMICOS
AGENTES QUÍMICOS ANTIPLACA: Nenhum produto disponível no mercado apresenta TODOS os requisitos ideais. 
Avaliação critica + bom senso 
Propriedades ideais: 
Atuar seletivamente; 
Substantividade; 
Segurança quanto ao nível de ingestão com o uso normal;
Características desejáveis em programa preventivo; 
Não proporcionar aparecimento de cepas resistentes;
Não ser tóxico;
Inibir a calcificação da placa (biofilme);
Redução significante da cárie dentária e doença periodontal.
Mecanismo de ação:
Inibição da colonização bacteriana;
Inibição do crescimento e/ou metabolismo bacteriano;
Desestruturação da placa (biofilme) madura;
Modificação da bioquímica e da ecologia do biofilme
Sistemas de liberação (veículos) 
Características básicas:
Compatibilidade com o agente ativo;
Excelente disponibilidade do agente ativo no local de ação;
Bem aceito pelos usuários.
Principais veículos utilizados: solução; dentifrício; gel; verniz; dispositivo de liberação lenta; goma de mascar e pastilhas.
INDICAÇÕES
1- pós operatórios;
 2- auxiliares no controle mecânico;
3- deficiência física e mental;
4- problemas sistêmicos;
5- uso de aparelhos ortodônticos;
6- implantes;
 7- hospitalização por longo período;
8-fatores retentivos de biofilme;
9- alto risco à cárie e doença periodontal;
 10- úlceras orais recorrentes;
 11- doenças periodontais agudas;
 12- antes do atendimento clínico
AGENTES ANTIPLACA MAIS UTILIZADOS
1- Clorexidina
Estudos de mais de 20 anos: vasta literatura;
Agente antimicrobiano mais potente;
Substantividade;
Amplamente utilizado como antisséptico tópico;
Amplo espetro antibacteriano;
Particular eficácia contra S. mutans;
Digluconato de clorexidina (mais comum).
“Somente o flúor é mais eficiente que a clorexidina na prevenção da cárie.”
Principais mecanismos de ação: distúrbios na membrana bacteriana; extravazamento dos constituintes celulares; inibição de enzimas bacterianas essenciais.
Meios de utilização:
1- SOLUÇÃO (bochecho - irrigação local):
Concentrações: 0,12% e 0,2% - 2x/dia ação imediata e residual;
Eficácia comprovada no controle do biofilme e na redução no nº de bactérias;
Interrupção no tratamento volta aos níveis iniciais. 
2- GEL: concentração + utilizada: 1% (trimestral); aplicação profissional; redução de 45-60% no biofilme e gengivite; redução de novas lesões de cárie em até 50%.
3- VERNIZ;
4- SISTEMA DE LIBERAÇÃO LENTA;
5- CIMENTO DE IONÔMERO DE VIDRO
Efeitos adversos: pigmentação dentária; descamação da mucosa oral; alergia; calcificações; alteração de paladar.
2- Cloreto de Cetilpiridíneo composto quaternário de amônia;
Uso + comum: bochechos a 0,05%, 2x/dia;
Substantividade razoável;
Ação antimicrobiana: estudos controversos;
Eficácia clínica: baixa
3- Fluoretos
Aceitação universal na prevenção da cárie;
Entre seus mecanismos de ação: ação antiplaca (bacteriostático / bactericida);
Compostos avaliados: SnF2 e NaF;
SnF2: melhor ação antibacteriana
Formas de utilização:
1- SOLUÇÃO/BOCHECHOS:
- NaF: 0,05% (diário) e 0,2% (semanal)
- SnF2: 0,04% (2x/dia) e 0,1% (diário)
2- GEL: 1,23%
Formas de utilização:
3- VERNIZ - 2,26%
4- SELANTES
5- CIMENTOS DE IONÔMERO DE VIDRO
4- Triclosan
Amplo espectro de atividade antibacteriana;
Baixa substantividade;
Associação com citrato de Zn, gantrez, pirofosfato ou fosfato de Zn.
Formas de utilização: 
Dentifrícios (0,2% - 0,5%);
Soluções / bochechos (0,03%);
Estudos clínicos: resultados contraditórios;
Eficácia no controle do biofilme: moderada
5- Óleos Essenciais
LISTERINE (SOLUÇÃO PARA BOCHECHOS)
Timol a 0,06%; 
Mentol a 0,04%; 
Eucaliptol a 0,09%;
Metilsalicilato a 0,05%; 
Veículo alcoólico
baixa substantividade;
Uso recomendado: bochechos 2x/dia de 30”;
Estudos contraditórios: redução no biofilme (0-36%).
6- Antibióticos
Coadjuvantes na doença periodontal; 
Uso sistêmico e/ou local;
Bom efeito sobre a microbiota do biofilme;
Não podem ser usados por períodos longos
Efeitos adversos:
Resistência de espécies bacterianas;
Diminuição da sua eficácia no tratamento de doenças sistêmicas
Efeitos sistêmicos colaterais;
Alteração no equilíbrio natural das bactérias;
Hipersensibilidade.
7- Outros agentes químicos antiplaca
7.1- Produtos naturais;
7.2- Álcoois-açúcares;
7.3- Íons metálicos;
7.4- Agentes oxidantes
7.5- Detergentes;
7.6- Agentes modificadores de superfície;
7.7- Enzimas
“Uma gota de prevenção vale mais que um oceano de cura”.
			
 
 
abaixo do recomendável
dentro dos padrões
acima do recomendável

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