COMUNICACAO-EFETIVA-Unidade1---Newton

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Comunicação oral: estética 
e técnicas na produção da voz
Unidade 1
Comunicação 
efetiva
Unidade 1
Comunicação 
efetiva
Comunicação oral: estética 
e técnicas na produção da voz
Comunicação efetiva | Unidade 1 - Comunicação oral: estética e técnicas na produção da voz
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Unidade 1 Comunicação oral: estética e técnicas na produção da voz
Objetivos de aprendizagem:
• Compreender a importância da voz na comunicação humana;
• Contemplar os valores estéticos da voz na comunicação eficaz;
• Conhecer as técnicas que impulsionam a voz bem trabalhada;
• Buscar a respiração costodiafragmática;
• Exercitar aquecimento, dicção, velocidade e intensidade;
• Estudar intensões e expressões;
• Conscientizar os benefícios da saúde vocal para a vida profissional e social.
Tópicos de estudo:
• A voz e a respiração;
• Aquecimento, articulação, velocidade, volume e expressão;
• Cuidados com a voz.
Iniciando os estudos:
A voz é mais do que um canal de comunicação que o ser humano dispõe para interagir com a sociedade. 
Muitas vezes, a voz pode ser uma mensagem cheia de decodificações possíveis para quem a escuta. Em 
cada um de nós ela é única e demonstra traços de uma faixa etária, sexo, personalidade, aspectos físicos, 
condições emocionais e repertórios diversos que comunicam muito do nosso mundo interior aos outros.
Quem nunca sentiu medo de falar em público ou apresentar algum trabalho por meio da exposição oral? 
Quem nunca notou faltar o ar durante alguma fala que tinha que propagar e parecia nunca chegar ao 
fim? Quem nunca gaguejou de nervoso, atropelou-se nas palavras, perdeu o tom e desafinou em um 
discurso? Quem nunca percebeu um desconforto qualquer ao falar em um momento de tensão?
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Para alguns a voz ainda tem uma importância maior, pois representa um dos principais instrumentos de 
trabalho da profissão escolhida, como os professores, atores, youtubers, repórteres, cantores, promo-
tores, vendedores, influenciadores digitais, palestrantes, padres, instrutores de ginástica e tantos outros. 
Mas para todos é por meio da voz que se chega à inteligibilidade da fala. Ela carrega o discurso dentro de 
qualquer oratória e agrega, ao que foi pensado, interpretações pelo som emitido que podem convergir, 
acrescentar, transformar ou ainda dar novos rumos na compreensão daquilo que se comunica.
Esta unidade trabalhará a estética e as técnicas da voz na arte de falar bem, fazendo com que você 
descubra domínios sobre seu corpo, vivenciando mecanismos de produção vocal e mudanças de hábitos 
que visam a qualidade e eficácia da sua comunicação.
Bom estudo!
Figura 1 - Dificuldade de falar em público.
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1 A VOZ E A RESPIRAÇÃO
Antes de iniciar os apontamentos específicos da unidade que tratam a estética e as técnicas na produção 
da voz para uma comunicação eficaz, você deve compreender que a voz é um som gerado na laringe, 
localizada na região do pescoço, onde as pregas ou “cordas” vocais estão internamente localizadas.
Quando ocorre a respiração, as pregas se afastam entre si para permitir a entrada e a saída do ar. 
Quando se inclui a produção da voz, as pregas se aproximam (figura 2). O ar, então, passa entre elas e 
as faz vibrar, produzindo o som.
Aprofunde-se
Título: Fisiologia da voz - aparelho fonador
Acesso em: 10/01/2020.
Disponível em: https://youtu.be/HlYVdqsiz90
Dessa forma, é preponderante que se estude um pouco mais sobre a respiração na contribuição da 
qualidade vocal, já que essa vibração das cordas só é possível com a pressão do ar pelo ato respiratório. 
Logo, quanto mais ar armazenado uma pessoa tem, mais tempo de fala com fluência e sem pausas 
para resgatar fôlegos ela terá. E a melhor forma de fazer isso é equilibrando e potencializando a respi-
ração conhecida como costodiafragmática, muitas vezes abandonada devido ao esgotamento energé-
tico gerado pelas rotinas. O diafragma é o músculo que separa o tórax do abdome, localizado abaixo do 
seu peitoral até o seu umbigo.
Figura 2 - O movimento das pregas vocais 
durante a respiração e produção vocal.
https://youtu.be/HlYVdqsiz90
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Se você observar um bebê recém-nascido ao dormir profundamente, constate que é justamente essa 
região citada que se movimenta de forma involuntária, com mais evidência, para dentro e para fora, no 
ato da inspiração e expiração de ar da criança. Percebe-se um notório trabalho da musculatura inferior 
do tórax e dos músculos abdominais em detrimento de uma respiração que explora os músculos clavi-
culares. Assim, não é somente a região peitoral (tórax) que se movimenta, mas também a do diafragma.
Veja que interessante: todos nascem já sabendo respirar corretamente, mas ao longo da vida desa-
prendem. Esses hábitos inconscientes precisam ser repensados e reaprendidos, considerando a boa 
respiração algo fundamental para o bem-estar por conta da oxigenação do sangue que circula no corpo 
e, no sentido desta conversa, também para a construção da voz.
Reflita
Você já deve ter vivenciado situações de oratória em que sentiu que faltou o ar, logo a sua 
voz falhou. Em outro momento, enquanto falava parece que ela “desafinou”. Já constatou 
que a sua boca secou de tanto que respirou por ela enquanto falava? Ou ainda sentiu 
dificuldade de falar ou ler algum conteúdo até o final, pois tinha a sensação de uma 
respiração curta demais para tudo aquilo que você pretendia expor aos seus ouvintes? 
Algumas vezes, tudo isso foi acompanhado por alguma tensão, nervosismo ou ansiedade. 
Você não foi o único que já passou por isso. Pense como a respiração discutida aqui pode 
ajustar essas falhas na sua oralidade, tornando sua comunicação verbal mais eficiente 
tanto no seu ambiente de trabalho como nas suas exposições sociais.
Figura 3 - O diafragma no corpo humano.
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Assim, de acordo com Louzada (1982), conclui-se, então, três tipos de respiração:
a) Respiração clavicular ou costal: ocorre quando as costelas se elevam, fixas na extremidade 
posterior. Nela, há pouca contração do diafragma;
b) Respiração diafragmática ou abdominal: se dá quando o diafragma é contraído e o abdome 
se expande, voltando ambos à posição anterior durante o processo de expiração. Neste caso, 
as costelas não se elevam;
c) Respiração costodiafragmática ou mista: ocorre, quando, simultaneamente, contrai-se o 
diafragma e dilatam-se as costelas.
O autor reforça o terceiro mecanismo respiratório como o mais adequado, principalmente para quem 
faz uso da voz na vida profissional ou social com certa exposição e frequência.
Assista
Acesse na plataforma o vídeo: As vantagens da respiração costodiafragmática nos 
mecanismos da voz
Aprofunde-se
Na tese “A voz na interação verbal: como a interação transforma a voz”, você encontra 
capítulos que debatem análises do uso da voz que transcendem uma produção da laringe. 
De acordo com o contexto inserido, aspectos linguísticos e sociais podem alterar ou propor 
variações nesse mecanismo.
Título do artigo: A VOZ NA INTERAÇÃO VERBAL: como a interação transforma a voz
Link: http://www.leffa.pro.br/tela4/Textos/Textos/Teses/regina_chun.pdf
2 AQUECIMENTO, ARTICULAÇÃO, 
VELOCIDADE, VOLUME E EXPRESSÃO
Além da respiração, outros elementos são necessários na composição do que se entende por tempo-
-ritmo da voz. Essa é a expressão usada para designar a musicalidade e cadência da fala na compreensão 
de um conjunto de técnicas que te auxiliarão com exercícios para que os princípios da estética vocal 
contribuam para a excelência de sua oratória. Afinal, dizem os profissionais dessa área, tanto os da 
saúde como os de ciências sociais e humanas, que toda voz pode ser trabalhada mesmoque se tenha 
algum ajuste necessário no aparelho fonoarticulatório. Essa jornada se dá respeitando e projetando 
positivamente as características genéticas, estilo e personalidade de cada um.
http://www.leffa.pro.br/tela4/Textos/Textos/Teses/regina_chun.pdf
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A voz conta uma série de dados inerentes a três dimensões do indivíduo: biológica, psicológica e 
socioeducacional. As informações contidas na dimensão biológica dizem respeito aos nossos dados 
físicos básicos, como sexo, idade e condições gerais de saúde; as informações contidas na dimensão 
psicológica correspondem às características básicas da personalidade e do estado emocional do 
indivíduo durante o momento da emissão; já a dimensão socioeducacional oferece dados sobre os 
grupos a que pertencemos, sociais ou profissionais. Conscientes ou não, influenciamos com nossas 
vozes e somos influenciados pelas vozes das pessoas com quem fazemos contato (RODRIGUES; 
VIEIRA; BEHLAU, 2011, p. 3-4).
Apontado então o que o tempo-ritmo da voz, prioritariamente, abrange, pode-se elencar:
Respiração Tempo-ritmo
Aquecimento
Dicção Velocidade
Expressão Volume
Esses são os elementos que costumam influenciar muito na atenção dispensada pelos ouvintes diante 
da melodia que pode se tornar uma voz.
Agora é a vez de desenvolver o aquecimento vocal. Ele funciona como uma preparação que deve ante-
ceder uma grande exposição oral, com objetivo de maximizar seu desempenho e, ao mesmo tempo, 
preservar suas estruturas evitando grandes desgastes na produção do seu som ou, se preferir, do seu 
instrumento de relacionamento social e profissional, que é a sua voz. A ideia de aquecer antes de uma 
apresentação oral envolve fazer com que “a máquina” gradativamente pegue força e impulso para 
funcionar corretamente.
Quando você acorda pela manhã, abre os olhos, já pula da cama e começa a proferir explicações, atende 
muitos telefonemas, resolve várias coisas ao mesmo tempo? Provavelmente não! Você deve se espre-
guiçar, levantar com calma, fazer sua higiene pessoal, tomar seu café e, gradativamente, começar o seu 
dia. O mesmo acontece quando alguém vai à academia. Não é recomendado começar as atividades 
físicas sem nenhum aquecimento, tem que preparar o corpo para essa execução e assim atingir um 
melhor resultado do que se pretende no processo. Quando ocorre um trabalho que envolve a voz, o 
percurso será o mesmo: aquecer para preparar.
Para iniciar, é necessário organizar a sua postura corporal que envolve o hábito de encontrar o correto e 
confortável ajuste do seu corpo, seja em posição sentada ou em pé. Quando se fala da voz, uma atenção 
deve ser direcionada às costas, ombros, pescoço e cabeça que alinhados auxiliarão muito na fluência do 
aparelho fonador. Um relaxamento corporal também pode ser feito antes.
Diagrama 1 - Elementos que resultam no tempo-ritmo da voz.
Fonte: elaborado pelo autor.
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Assista
Acesse na plataforma o vídeo: Exercícios de respiração e aquecimento vocal direcionados 
para o uso adequado da voz
No momento do aquecimento de acordo com a reportagem acima, a articulação das palavras também 
foi preparada por meio da flexibilidade e mobilidade dos lábios, da língua, da mandíbula e do palato. A 
pronúncia das palavras, conhecida como dicção, é condição para uma comunicação eficiente. Quando o 
emissor não estabelece com sucesso esse processo, a mensagem pode chegar distorcida ou ininteligível. 
Deste quadro é parte não pronunciar o r e o s no final da palavra como em “joga” (jogar), “come” (comer), 
“ri” (rir), “pulamo” (pulamos), “fizemo” (fizemos) e outros. Suprimir o i no meio da palavra também faz 
parte desse quadro: “janero” (janeiro), “carnero” (carneiro) ou “padero” (padeiro). No caso de pessoas com 
menos instrução, a dicção ainda é comprometida pela hipértese, metátese, rotacismo e lambdacismo.
A hipértese é a deslocação de letras de uma sílaba para outra da mesma palavra, como “desvariado” 
(desvairado). A metátese é a deslocação de uma letra dentro da mesma sílaba, como “troce” (torce). O 
rotacismo é a troca de l pelo r, exemplo “probrema” (problema). O lambdacismo é o inverso, ou seja, a 
troca do r pelo l, característica do Cebolinha da Turma da Mônica quando pede uma “calona pala casa” 
(carona para casa).
Aprofunde-se
Título: Como melhorar a dicção: 4 exercícios para turbinar sua comunicação!
Acesso em: 05/01/2020.
Disponível em: https://youtu.be/rqgZIlYjFVg
A velocidade representa os espaços e variações de tempos de normalidade, rapidez ou lentidão na fala. 
Identifica-se como normal de 130 a 180 palavras por minuto e que os tempos devem ser mesclados para 
chegar ao dinamismo. Falar devagar pode ser útil para ressaltar ideias ou palavras, mas por muito tempo 
pode gerar dispersão e cansaço no ouvinte. Já acelerar pode exigir alguma atenção pelo movimento 
veloz dos sons, mas ao mesmo tempo pode prejudicar, por exemplo, a precisão dos sons emitidos.
O mesmo valor de equilíbrio se dá pelo volume da voz, onde o normal, o alto e o baixo devem ser esco-
lhidos e ponderados durante a sua oratória de forma estratégica e nunca despercebida. A fala constan-
temente baixa gera tédio, dispersão e esforço do ouvinte. A alta por tempo demasiado pode ser desa-
gradável. Sempre se lembre que quando estiver diante do microfone ele também será um instrumento 
externo que fará essa ampliação. O controle dessa intensidade da voz pode ser associado à projeção 
vocal e quanto de energia essa voz transmite.
Ainda na contemplação do tempo-ritmo, a voz representa uma expressão natural ou intencionada. 
Natural quando por meio dela você permite fluir, de forma inconsciente e não percebida, como se sente 
https://youtu.be/rqgZIlYjFVg
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emocionalmente e até mesmo fisicamente. Tanto uma alegria como uma doença, por exemplo, podem 
interferir na decodificação do conteúdo que se transmite pela fala. Esse conteúdo pode não ter nada 
em comum com o que você sente no determinado momento em que ele precisa ser exposto. E sem 
perceber, você que está muito feliz com algum acontecimento pessoal, ao transmitir uma mensagem 
que não tem um conteúdo alegre, imprime essas características na sua voz. Intencionada quando você 
desenvolve ou reforça alguns elementos interpretativos na voz junto ao conteúdo para que ele tenha 
ainda mais sentido.
Pense em um chefe de departamento que recebe uma excelente notícia para dar aos seus funcionários 
de que, no próximo mês, todos terão um aumento salarial. Entretanto, ele administrou no dia anterior 
um óbito de um ente muito querido que não foi compartilhado com a equipe. No momento do comu-
nicado, ele ainda se encontra em profunda tristeza e abatimento. Sem energia e expressão adequada, 
ele reúne todos e quando revela a boa nova, um membro do grupo pergunta: “E essa notícia não é boa? 
Está parecendo que você não ficou nada feliz com ela”. Nesse caso, a comunicação oral não foi eficiente, 
o conteúdo não está refletido na estética vocal. O chefe de departamento, considerando seu cargo e 
importância da informação, deveria ter usado a voz como complemento interpretativo da mensagem e 
não o inverso.
E de que forma isso é possível? Por meio da ênfase, da pausa, da aplicação da emoção correta do que 
se fala.
A ênfase realça algumas palavras ou trechos, deixando-os mais expressivos e valorizando seus signifi-
cados à medida que os intensifica na produção vocal. Ela está relacionada com a intenção daquilo que se 
Figura 4 - Durante uma apresentação empresarial, reforce a 
interpretação do conteúdo do seu discurso por meio da sua 
voz, para que a decodificação da mensagem tenha sucesso 
junto ao seu público.
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quer dizer, ou seja, do discurso. De cinco palavras ditas, enfatizar pelo menos uma já é um bom começo. 
A pausa auxilia na mudança de um argumento e no respeito de uma acentuação que envolve pontos e 
vírgulas parceiros da respiração. A emoção deve ser assertiva dentro de uma expressão intencionada, 
programada, previamente pensada: vou transmitir pela minha voz uma mensagem com conteúdo triste, 
não posso sorrir ao falar, pois o sorriso causaria um ruído nessa comunicação sendo estranhamente não 
compreendido ou compreendido como uma ironia.
3 CUIDADOS COM A VOZ 
Em conjunto com o conteúdo e a linguagem corporal, ficou evidente até aqui que a voz é igualmente 
importante nos processos de comunicação e que com uma estética bem empregada, ela pode ser sua 
aliada nos ambientes profissionais e sociais na transmissão de verossimilhança, credibilidade, confiança, 
liderança, assertividade e outros que podem refletir sua autoimagem.
Dessa forma, pesquisas instrumentalizam sobre como você deve preservar e cuidar da sua voz ao longo 
da sua vida. As orientações que seguem foram organizadas por Rodrigues, Vieira e Behlau (2011, p. 5-6) 
e funcionam como um guia para que, daqui para frente, você seja o agente de sua saúde vocal:
• Beba água, regularmente, em pequenos goles, principalmente quando estiver fazendo uso 
profissional da voz. A água hidrata o organismo e favorece uma emissão vocal sem tensão.
• Mantenha uma alimentação saudável e regular. Isso ajuda a prevenir o refluxo, que é prejudi-
cial à laringe e às pregas vocais.
• Evite achocolatados e derivados do leite, principalmente antes da utilização profissional da 
voz, pois aumentam a produção de secreção no trato vocal e dificultam a emissão.
• Enquanto estiver falando, mantenha a postura do corpo sempre ereta, no eixo, porém rela-
xada e livre de tensões (principalmente a cabeça).
• Tenha momentos de descanso durante o dia, poupando a sua voz.
• Evite gritar ou falar frequentemente em forte intensidade: sempre que possível procure se 
aproximar do outro para conversar.
• Evite competição sonora: ao falar, abaixe o volume da TV e/ou do som.
• Esteja atento à ingestão de líquidos em temperaturas extremas, ou seja, muito gelado ou 
muito quente, principalmente durante o uso profissional da voz. Algumas pessoas têm maior 
sensibilidade e podem ter desconforto vocal. Observe se esse é o seu caso e procure evitar o 
que dificulta a produção da sua voz.
• Evite pigarrear ou tossir demais, pois isso provoca um forte atrito entre as pregas vocais, 
irritando-as. Procure substituí-los por uma respiração seguida de deglutição de saliva para 
deslocar a secreção. Se o problema persistir, procure um médico.
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• Evite falar enquanto pratica exercícios físicos: o esforço muscular associado à fala provocará 
sobrecarga na musculatura de sua laringe.
• Fique atento a possíveis ressecamentos do trato vocal quando estiver exposto ao ar condi-
cionado. Isso pode levá-lo a produzir uma voz com maior esforço e tensão. Se esse for o seu 
caso, procure se manter bem hidratado e beber água em pequenos goles durante o período 
de exposição.
• Evite chupar balas ou pastilhas fortes, assim como utilizar sprays, que mascaram o sintoma 
de garganta irritada e faz com que você produza a voz com esforço, sem perceber. Quando o 
efeito da bala passar, a irritação na garganta será ainda maior. Em substituição a essas alter-
nativas, procure fazer repouso vocal.
• Evite falar muito quando estiver gripado ou em crise alérgica, pois, nesses casos o tecido que 
reveste a laringe está inchado e haverá grande atrito entre pregas vocais durante a fala.
• Evite usar roupas apertadas na região do pescoço e na cintura. Elas dificultam a livre movimen-
tação da laringe e do diafragma, musculatura importante para a respiração.
• Evite fumar e ingerir bebidas alcoólicas em excesso. Tais hábitos irritam a laringe. Além disso, 
o cigarro aumenta consideravelmente o risco para o desenvolvimento do câncer de laringe e 
pulmão. O fumo é altamente nocivo, pois a fumaça quente agride o sistema respiratório e prin-
cipalmente as pregas vocais, podendo causar irritação, pigarro e edema. Álcool em excesso 
também é prejudicial para as pregas vocais e tem efeito analgésico, fazendo com que você 
cometa abusos vocais sem se dar conta.
• Evite falar grosso ou fino demais, travar os dentes ao falar e falar muito rápido. Tenha uma 
voz com entonação variada, articule bem as palavras, perceba-se enquanto fala, acalme-se, 
faça pausas expressivas e respiratórias. Aqueça e desaqueça sua voz, antes e após exposições 
significativas.
• Evite se automedicar. Muitos remédios podem indiretamente piorar a sua voz. Fique atento a 
medicações que causam sensação de boca seca.
• Busque por orientação médica. Quando você estiver com uma rouquidão por mais de 15 dias, 
consulte um médico otorrinolaringologista e/ou um fonoaudiólogo.
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SAÚDE VOCAL
Seja o agente de sua saúde vocal e cuide bem da sua voz, 
pois ela é importante para sua comunicação eficiente!
Beba água!
Regularmente, principalmente quando estiver 
fazendo uso profissional da voz. A água hidrata 
o organismo e favorece uma emissão vocal 
sem tensão.
Que tal se alimentar bem?
Isso ajuda a prevenir o refluxo, que é prejudicial 
à laringe e às pregas vocais.
Evite alimentos gordurosos e gasosos
Mantenha uma alimentação saudável e regular.
Gritos e competições sonoras?
Não é indicado! Evite gritar ou falar frequentemente 
em forte intensidade: sempre que possível procure 
se aproximar do outro para conversar. 
Cuidado com ar condicionado
Isso pode levá-lo a produzir uma voz com maior esforço e tensão. Se este for o seu caso, procure 
manter-se bem hidratado e beber água em pequenos goles durante o período de exposição.
Não use medicamentos sem prescrição!
Muitos remédios podem indiretamente piorar a sua voz. Fique atento a medicações que causam 
sensação de boca seca. Busque por orientação médica.
Mantenha a postura corporal
Enquanto estiver falando, mantenha a postura 
do corpo sempre ereta, no eixo, porém relaxada 
e livre de tensões (principalmente a cabeça).
Evite roupas apertadas
Elas dificultam a livre movimentação da laringe e do diafragma, musculatura importante para 
a respiração. 
Infográfico 1 - A saúde vocal como preservação e cuidados com a voz.
Fonte: adaptado de Rodrigues, Vieira e Behlau (2011, p. 5-6).
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Aprofunde-se
Título: Fonoaudiologia: cuidados diários
Acesso em: 10/01/2020.
Disponível em: https://youtu.be/4ljazT_9jWc
Assista
Acesse na plataforma o vídeo: Conheça a poesia Magia da Voz de Eunice Mendes
https://youtu.be/4ljazT_9jWc
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
Nesta unidade, foram apresentados os repertórios necessários para o desempenho de um trabalho 
vocal com qualidade aos diversos ambientes que transita. Você:
• Aproximou-se de técnicas e conteúdos sobre estética vocal;
• Adentrou no universo de estudo dos mecanismos da voz;
• Percebeu a relevância dos elementos do tempo-ritmo na produção vocal;
• Assimilou exercícios;
• Aprofundou questões de saúde vocal.
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REFERÊNCIAS
LOUZADA, Paulo da Silva. As bases da educação vocal. Rio de Janeiro: O Livro Médico LTDA, 1982.
RODRIGUES, G.; VIEIRA, V. P.; BEHLAU M. Saúde vocal - Profissionais da voz, 2011. Disponível em: http://
www.hcrp.fmrp.usp.br/sitehc/upload/saudevocal.pdf Acesso em: 17 jan. 2020.
http://www.hcrp.fmrp.usp.br/sitehc/upload/saudevocal.pdf
http://www.hcrp.fmrp.usp.br/sitehc/upload/saudevocal.pdf