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Principais afecções respiratória de ruminantes

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Principais afecções respiratória de ruminantes
O sistema respiratório é dividido em
duas porções: anterior/superior (entrada
do ar) e em posterior/inferior (onde
ocorre a troca gasosa).
Semiologia
Identificação do animal:
Espécie, raça, nome, número, peso e
idade (importante perguntar a idade
pois se for bezerro a patologia pode ser
por verminose e se for idoso a patologia
pode ser pneumonia).
Histórico/ anamnese:
● Do rebanho ao indivíduo: apenas
o animal ou todo lote está com os
sintomas?
● Desempenho produtivo: Qual o
desempenho produtivo do animal?
Ele apresentou perda de peso
diário?
● Condições sanitárias do rebanho:
Possui controle para turbeculose?
(eliminar a suspeita de
tuberculose).
● Profilaxia de parasitas:
Vermifugação em dia? Eliminar as
suspeitas de pneumonia por
verme.
● Sistema de criação: a pasto pode
ser pneumonia bacteriana e
confinado pode ser viral.
● Início das manifestações:
processo agudo ou crônico.
● Alterações em outros sistemas:
diferenciar de alterações
cardiológicas.
Inspeção geral:
● ECC corporal: O animal apresenta
um escore corporal baixo.
● Posição de cabeça e membros:
para respirar melhor.
● Secreção nasal bilateral ou
unilateral.
Exame físico geral:
● Frequência e característica da
respiração pulmonar.
● Frequência e característica dos
movimentos ruminais.
● Frequência e característica da
auscultação cardíaca.
● Temperatura interna
● Apetite
● Micção e defecção.
Exame físico do sistema respiratório:
● Inspeção direta:
Normal: respiração pelo gradil costal
Anormal: respiração abdominal com
presença da linha de esforço (observar
o lado direito).
● Inspeção indireta: observar a
cavidade nasal com lanterna.
Colocar um espelho na frente das
narinas para ver se tem alguma
narina obstruída.
● Olfação (ar expirado): Cuidado
com tuberculose! Caso seja
pneumonia bacteriana tem um
odor podre.
● Auscultação: pulmão e traqueia.
● Palpação: fazer reflexo da tosse
na laringe e palpar a parede
torácica.
Afecções
Broncopneumonias
Definição: Doença inflamatória dos
pulmões mais os brônquios ou
bronquíolos. Normalmente usado como
sinônimo de inflamação das vias aéreas
posteriores. Também conhecida como
Complexo doença respiratório bovinos
(CDRB)
Pneumonia enzoótica dos bezerros
(PEB)
Definição: comum em bezerros (3 a 6
meses), esse nome é usado para
doenças infecciosas respiratórias de
bezerros mantidos em grupos
confinados em abrigos comunitários,em
ambientes fechados ou currais.
Fatores predisponentes:
● Asfixia neonatal
● FTIP( falha na transferência de
imunidade passiva)
● Estresse: cortisol e a imunidade
● Má nutrição
● Problemas nas instalações
● Altas concentrações de amônia:
provoca machucados nas narinas
que desencadeiam um processo
inflamatório.
Susceptibilidade PEB e CDRB:
Janela da imunidade: Quando o animal
atinge algumas semanas de idade a
imunidade passiva que foi adquirida
pelo colostro tem uma queda e a
imunidade ativa, o sistema imune do
bezerro ainda não está tão
desenvolvido, o animal fica com uma
maior susceptibilidade a PEB ou CDRB.
Fatores predisponentes PEB e CDRB:
Estresse causado por transporte,
confinamento, castração e descórnea.
Para evitar o estresse esse processo
deve ser realizado após os meses de
vida e não deve ser realizado se o
animal estiver doente, pois reduz a
imunidade e o animal pode ficar
suscetível à doença.
Mecanismos de defesa do sistema
respiratório:
● Ar inspirado: filtração
aerodinâmica.
● Equilíbrio da microbiota.
● Transporte mucociliar.
● Defesa celular.
● Imunoglobulinas.
Etiologia:
Bacteriana:
● Mannheima hemolytica
● Pasteurella multocida
● Trupella pyogenes
● Haemophillus sp
Viral: Destrói o epitélio
● Parainfluenza tipo 3 (PI3)
● Rinotraqueíte bovis (IBR)
● Vírus da diarreia bovina (DVB)
● Vírus sincicial bovino.
Micoplasmas:
● Mycoplasma bovis
● Ureaplasma spp
● Mycoplasma spp
Verminótica:
● Dictyocaulus viviparus
● Dictyocaulus filaria
● Muellerius capillaris
Diagnóstico:
● Indícios de uma doença
respiratória.
● Presença de corrimento nasal.
● Tosse ou outros ruídos
respiratórios.
● Gemidos expiratórios longos.
● Falta de ar ou respiração curta.
● Cansaço rápido.
● Aumento da frequência dos
movimentos respiratórios.
● Aumento febril da temperatura
corpórea.
● Fatores predisponentes.
Manifestações clínicas:
● Febre
● Tosse
● Secreção nasal
● Anorexia e apatia
● Taquicardia
● Diminuição da amplituide
respiratória.
● Dispneia
● Frêmito
● Estreator úmido
● Linfonodos regionais aumentados
(submandibular, parotídeos e pré
escapular).
● Som maciço ou sub-maciço ao
percurtir.
Febre:
Posição ortopnéica:
Tipos de ruídos:
● Ruído inspiratório: problema nas
vias anteriores.
● Ruído expiratório: problemas nas
vias posteriores.
Catarro em vacas:
Quando a produção é intensa o animal
fica apático.
● Bilateral: problema nas vias
posteriores.
● Unilateral: problemas nas vias
anteriores.
Exame complementares: Necessário
para diferenciar agente, tipo celular.
Swab nasal: processo menos invasivo.
Para ser eficiente tem que chegar na
laringe do animal. Cuidado com o fundo
cego.
Com material colhido para cultura e
antibiograma.
Processo estéril.
Lavado broncoalveolar: passa uma
sonda pela narina do animal, injeta e
aspira uma solução fisiológica.
Com material colhido se pode fazer
cultura e antibiograma, citologia e medir
o pH.
Vantagens: Simples, barato e prático.
Desvantagens: Não dá para saber qual
pulmão foi aspirado e dá para provocar
um falso negativo.
Lavado
traqueobrônquico:
Vantagens:
procedimento
total estéril.
Desvantagens: O
tutor não aprova e
pode ter o risco
de rompimento de
cateter e sangue
no lavado.
Broncoscopia + lavado broncoalveolar
Radiografias: comum o uso para
pequenos ruminantes e bezerros, com o
rx da para ver alterações como:
● Presença de líquido em região
pulmonar.
● Estreitamento de vias aéreas.
● Consolidação pulmonar.
● Presença de abscessos.
Ultrassonografia: por meio do usg dá
para se notar algumas alterações em:
● Traquéia
● Observar alterações pleurais.
● Alterações subpleurais.
● Abscesso
● Necroses
● Atelectasias
● Fraturas de costela.
Histopatológico
Citologia do lavado: em um lavado
normal é comum a presença de
macrófagos e um lavado alterado tem a
presença de:
● neutrófilos (infecção bacteriana)
● linfócitos (infecção viral)
● eosinófilos (por verminoses)
Cultura e antibiograma: Isolamento e
identificação bacteriano, seleção do
antimicrobiano mais eficiente.
Hemogasometria: A gasometria arterial
é um exame invasivo que mede as
concentrações de oxigênio, a ventilação
e o estado ácido-básico.
Valores normais de uma gasometria arterial.
Fibrinogênio: Uma proteína de fase
aguda, onde seus níveis se elevam no
início das reações inflamatórias e
permanecem altos até o fim da
inflamação.
Valores de referência 300 a 700 mg/dL.
Sorologia: Coleta de material para
pesquisa de anticorpos. Principais:
● (BRSV) Vírus sincicial respiratório
bovino.
● (PI3) Vírus tipo 3 da
parainfluenza bovina.
● (BVDV) Vírus da diarreia viral
bovina.
● (BHV1 ou IBR) Herpesvírus
bovino tipo 1
Toracocentese: usar em caso de efusão
pleural.
Usar uma agulha ou trocater com 9 cm
de comprimento por 1,20 mm de
diâmetro (18 BWG,em ruminantes deve
se entrar entre o 5° e 6° EIC, ventral.
Processo com auxílio de USG.
Coproparasitológico: diagnosticar a
presença de verminoses.
Tratamento
A base do tratamento das pneumonias
é remover o agente causador, diminuir o
processo inflamatório e aliviar os
transtornos mecânicos.
Medicamentos:
Antibióticos: Penicilina ou enrofloxacina.
Para melhorar a condição respiratória,
usar AINES, como:
● Flunixin meglumine por no
máximo 3 dias, por causa do risco
de úlcera
● Ácido acetilsalicílico,cuidado com
a acidose.
pH 7,35 a 7,45
PO2 80 a 100mmHG
PCO2 35 a 35mmHG
BE -4 a +4
HCO3 22 a 28 mEq/L
SatO2 > 95%
Para tratar os fatores mecânicos:
● Mucolíticos: Bromexina.
● Broncodilatadores: sistêmico ou
inaladores (usar quando o animal
estiver com catarro).
● Expectorantes: Iodeto de Potássio
Para tratar dos vermes:Antihelmínticos: Dictiocaulose
Antitérmicos: Dipirona
Inalação: Pode-se usar soluções
isotônicas como NaCl 0,9% tem efeito
secretolítico, podem ser associados
com antibióticos, expectorantes e
broncoespasmolíticos. Atingem pontos
profundos nas árvores brônquicas, tem
ação rápida do medicamento e quase
não há absorção.
Evitar uso de soluções hipertônicas
(água destilada) pois provoca
broncoespasmos e soluções
hipertônicas porque provoca o aumento
da secreção brônquica.
Prognóstico e prevenção:
● Prognóstico bom ou reservado
depende da idade e do
predomínio viral.
● Prognóstico mau em caso de
broncopneumonias abscedentes.
Prevenção e controle:
● Administração do colostro.
● Manejo adequado
● Programas de controle sanitário
específicos.
● Diagnóstico adequado
● correção dos fatores de risco.

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