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» Principais afecções do sistema respiratório As afecções da cavidade nasal possuem etiologia diversificada, incluindo agentes infecciosos, parasitos, reações alérgicas e neoplasias. A exposição dos animais aos agentes e o desequilíbrio dos mecanismos de defesa, inerentes à cavidade nasal, são os principais fatores relacionados à ocorrência dessas. A maioria das afecções apresentam características clínicas e epidemiológicas semelhantes, necessitando de adequado exame clínico e uso de técnicas diagnósticas auxiliares que permitam a determinação dos diagnósticos etiológicos. » Identificação do animal Incluir referência definitivas como: Espécie animal, raça, nome, número, idade, preso, uso do animal (produção, trabalho, pet...) » Histórico e anamnese - Do rebanho ao indivíduo - Desempenho produtivo - Condições sanitárias de rebanho - Profilaxia de parasitas - sistemas de criação - Início das manifestações - Duração e progressão do quadro - Sinais em outros sistemas » Exame físico geral - Frequência e característica da respiração pulmonar - Frequência e características dos movimentos ruminais Valores dentro da normalidade é de 2 a 3 mr/min - Frequência e característica da auscultação cardíaca - Temperatura interna - Apetite - Micção e defecação » Exame físico do sistema respiratório - Inspeção direta boca aberta; posição ortopneica; respiração anormal. A respiração dos bovinos é toracoabdominal, quando está com presença de dor, o animal mexe mais o flanco, então sempre analisar como está o flanco e a respiração. Se a secreção for bilateral pode indicar que provavelmente apenas 1 seio nasal comprometido (via aérea anterior exemplo de sinusite no ato de puxar o ar) foi comprometido, se for bilateral, provavelmente o problema é na via aérea posterior no pulmão no ato de soltar o ar.. Sistema Respiratório Aula 08/08/2022 sempre classificar: mucopurulenta bilateral ou unilateral, translucida, esverdeada ... - Escore corporal baixo geralmente tuberculose ocorre o emagrecimento progressivo . - Inspeção indireta Rx; endoscopia; US; aparelho abre bocas. - Olfação (do ar expirado) - Palpação (reflexo de tosse e parede torácica, onde podemos sentir o frêmito). No reflexo de tosse é possível realizar puxando com delicadeza a traqueia com as mãos na laringe é possível realizar a manobra e o animal vai tossir.. Como podemos ver pela tabela acima e diferenciar os tipos de frêmitos, o pleural por exemplo, quando fazemos o reflexo da tosse ele é ausente e quando fazemos no brônquico ele é presente; na auscultação o pleural parece estar grudado no estetoscópio, e ao forçá-lo contra a parede torácica o animal sente dor, já o brônquico o animal não sente dor e o som está mais distante que o normal. Pulmão é um órgão muito lobulado, e circunscrito de colágeno, logo, o patógeno tem dificuldade de passar de 1 lóbulo para o outro, então a maioria das patologias serão apenas cranioventral. - Percussão (pulmões e seios nasais) (delimitar pulmão com a percussão - som claro - se for rúmen o som é timpânico, e o baço, submaciço. - Auscultação (traqueal e pulmonar) (13 costelas). A respiração bovina e toroco-abdominal. Auscultar sempre de cima para baixo e de frente para traz, dentro da limitação pulmonar: Dorsa 11º costela, Medial 8º costela, Ventral 5º costela Para avaliar a respiração (auscultação), pode-se colocar um saco na boca do animal por 4 segundos e assim o som fica exacerbado e avaliamos apenas o foco alterado. » Exame complementares - Swab de secreção nasal - Lavado traqueobrônquico - Tuberculina (teste de IgG na pele para tuberculose) - Coproparasitológico - Broncoscopia - Sorologia (Micoplasmose e IBR) - RX e US - Hemogasometria » Afecções de vias aéreas anteriores → Sinusite Pós descorna Com a descorna os seios nasais ficam expostos e o processo inflamatório pelo procedimento da descorna, ocorre a produção de infiltrados assim ocorrendo a sinusite, o ideal seria realizar a descorna cedo e cauterizar o local, esse procedimento é realizado para melhor manejo e evitar brigas entre os animais Forma correta é com anestesia, sutura, antibiótico sistêmicos e locais, antiinflamatórios, assepsia correta e etc. Quando feito no animal jovem, pode cicatrizar de maneira correta e rápida, não podendo causar infecções e etc. Quando feita em animal adulto (podendo ser por motivos de trauma também), fica um buraco no crânio do animal, tendo em vista que o corno é ligado ao osso, assim, podendo ser fonte de infecção e bactérias, podendo causar a sinusite. Sinais clínicos e diagnostico diferencial sinusite relacionada com descorna pode ser aguda ou ocorrer por semanas ou meses mais tarde; em casos típicos, apenas um seio é afetado. Os sinais e sintomas clínicos inespecíficos incluem anorexia, letargia, recusa mover-se e febre. Quando a sinusite aparece de forma aguda após a descorna, a porta da frente permanece frequentemente aberta, com descarga de pus, e o animal geralmente apresenta febre (39,5-40,5°C). Na sinusite crônica os sinais podem incluem corrimento nasal unilateral ou bilateral, estridor leve, alterações do fluxo aéreo e halitose, muitas vezes unilateral; febre não é comum. O animal pode segurar sua cabeça em um ângulo ímpar (estendido para cima ou para baixo, desequilibrado) e pode apertar os olhos como se estivesse com dor. Diagnostico O diagnóstico geralmente é estabelecido pelos sinais clínicas. Auxiliares de diagnóstico podem ser úteis em casos selecionados, principalmente quando não há histórico descorna recente ou em casos de sinusite maxilar. O hemograma completo é altamente variável e de pouca utilidade para o diagnóstico. A percussão sinusal pode revelar um som surdo e longo e causar dor. Se o osso for muito fino e tiver gás por baixo, a percussão pode produzir um som hiper-ressonante. As radiografias podem mostrar fraturas, massas de tecido, tecidos moles, doença dentária, fluido no seio frontal ou lise dos septos ósseos. Tratamento -Trepanação do seio frontal (ou maxilar) e fixação de sonda para a realização de lavagens com agentes antissépticos e ATB diluídos. -Descornar sempre que houver lesão no chifre, pois como ele é oco, se tiver a lesão fica com contato direto no osso e pele do animal. -Terapia de suporte (fluido terapia, analgésicos e afins). Bovinos com sinusite frontal após descorna devem ser tratados por sinusotomia e drenagem sinusal. A sinusotomia deve ser realizada a 3-4 cm da linha média, na intersecção de uma linha traçada entre a porção caudal das órbitas. Se houver tratos de drenagem no local da descorna, uma sinusotomia adicional pode ser feita na porção corneana do seio frontal. A sinusotomia é realizada após sedação e infiltração de anestésico local nos pontos de punção. Um pedaço circular de pele de 2 cm de diâmetro é extirpado e uma trefina de 19 mm é usada para criar uma abertura no seio, através da qual o líquido purulento deve ser evacuado e o seio lavado. → Oestrose infecção por Oestrus ovis O. ovis é um parasita das vias nasais e seios da face de ovelhas e menos frequentemente de caprinos. Os caprinos são relativamente resistentes à infecção e quando alojados com ovelhas tendem a ter maior prevalência. Infecção inferior. Humanos e outros animais podem ser infectados acidentalmente, e a infecção conjuntival é a forma mais comum da doença em pessoas. O estágio patogênico do parasita é a larva. As primeiras larvas ninfais são depositadas próximo às narinas da ovelha pela mosca fêmea adulta e migram para os cornetos nasais e etmoidais; no etmoide, as larvas mudam para o segundo estágiode ninfa, que migra para os seios antes de mudar novamente e se tornar terceira larva ninfa. As larvas da terceira ninfa, de coloração branco-amarelada e com uma faixa dorsal escura com fileiras de espinhos no ventre de cada segmento, retornam às fossas nasais e são expelidas com espirros para o solo, onde se transformam em pupas e finalmente em moscas adultas. Os adultos são ativos durante os meses quentes, e o parasita pode hibernar como a primeira larva ninfal no hospedeiro. ou como pupa no solo. As larvas podem persistir nas vias aéreas superiores por semanas a meses, parecendo capazes de interromper o desenvolvimento por um período de tempo, se necessário, para evitar condições climáticas extremas. As moscas adultas têm um aparelho bucal rudimentar e são incapazes de alimentação; portanto, as larvas devem ingerir nutrientes adequados enquanto estão no hospedeiro para fornecer suporte à vida das moscas adultas. Podem chegar ao SNC se alimentando Sinais clínicos - Agitação - Escondem a cabeça - Coçando o focinho - Espirros - Secreção nasal purulenta - Lacrimejamentos - Sinusite - Dispneia -Transtornos nervosos e locomotores - Emagrecimento progressivo - Morte As larvas causam irritação das vias aéreas e seios nasais, levando a uma secreção nasal mucóide ou mucopurulenta e às vezes manchada de sangue, espirros, movimentos de fricção do nariz e estridor inspiratório. Moscas adultas causam incômodo ao voar ao redor das cabeças dos animais; assim, ambas as fases podem diminuir a produtividade, reduzindo o tempo gasto pelos animais afetados pastando. Ocasionalmente as larvas podem causar sinusite ou pneumonia devido à infecção bacteriana secundária associada à irritação causada pela infestação larval. As condições a serem consideradas para o diagnóstico diferencial incluem corpos estranhos nasais, rinite alérgica, adenocarcinoma nasal, rinite micótica, trauma, sinusite, actinobacilose ou actinomicose. Diagnóstico O diagnóstico geralmente é hipotético, baseado em sinais clínicos típicos. As larvas também podem ser identificadas por radiografia de cabeça ou endoscopia, mas esses testes podem não ser práticos para uso em campo. O diagnóstico sorológico tem sido usado para investigar a epidemiologia da infecção por O. ovis, mas é improvável que estes testes estão disponíveis na maioria dos laboratórios de diagnóstico. Tratamento As larvas são sensíveis à ivermectina 200 mg/kg e Moxidectina na dose de 0,2 mg/kg. Via SC no final do verão e outra dose no inverno. Como a mosca adulta é eliminada pelas temperaturas muito baixas, em áreas com clima frio é lógico tratar após as primeiras geadas, quando as ovelhas deixam de ser suscetíveis à infecção até o retorno do clima quente. A prevenção visa o tratamento estratégico periódico com anti-helmínticos eficazes, para prevenir a infecção a longo prazo executado pelas larvas.. » Afecções de vias aéreas posteriores → Pneumonia verminótica Dois parasitas de bovinos (D. viviparus e migração aberrante de larvas de Ascaris suum) e três de ovinos e caprinos (Dictyocaulus filaria, Protostrongylus rufescens e Muellerius capillaris) podem causar doença respiratória caracterizada por pneumonia alveolar e intersticial. Outras espécies de helmintos pulmonares também parasitam pequenos ruminantes. Etiologia - Nematóides, sendo o Dictyocaulus viviparus em bovinos e cervos e o Muellerius capillaris e D. filaria em ovelhas e cabras. Epidemiologia - Bezerros jovens - primeiro ano - Acomete vários animais da mesma idade. - Afeta adultos introduzidos de regiões livres do agente - Climas amenos e úmidos - Regiões serranas e vales próximas a serras. - Região sudeste - outono/inverno - Adultos sempre serão as fontes de infecções. -I munidade sólida apenas com contato com o agente. DICTYOCAULUS VIVIPARUS D. viviparus é um nematódeo tricostrongilóide que parasita a traqueia e os brônquios de vacas. Os parasitas adultos podem atingir 8 cm de comprimento. O ciclo de vida de D. viviparus é direto. As fêmeas adultas alojadas na traqueia e nos brônquios põem ovos que eclodem quase que imediatamente. As larvas de primeiro estágio são tossidas, engolidas e expelidas com as fezes. As larvas se desenvolvem em um mínimo de 5 dias (geralmente mais em condições ambientais normais) até o terceiro estágio infectante, migram para a grama, são ingeridos, entram no intestino e se movem para os linfonodos mesentéricos, onde mudam. As larvas de quarto estágio viajam através da linfa e do sangue para os pulmões e tendem a se alojar nos capilares pulmonares nas partes ventrais dos lobos caudais. Aproximadamente 7 dias após a ingestão, eles entram nos alvéolos e mudam para o quinto (final) estágio nos bronquíolos vários dias depois. Os adultos que põem ovos estão presentes nos brônquios 21 a 28 dias após a ingestão das larvas. Clinicamente, a infecção evidente por D. viviparus ocorre tipicamente em animais jovens não imunes (menos de 12 meses) ou em animais de um ano ou vacas. adultos previamente não expostos. Uma síndrome de reinfecção também pode ser encontrada quando animais adultos previamente infectados (e, portanto, imunes) sofrem inoculação maciça de larvas infectantes. Regiões serrana – úmidas e frias (pastos de baixada) Uma vez que as larvas de quarto estágio entram nos alvéolos, elas incitam um exsudato eosinofílico que bloqueia os pequenos brônquios e bronquíolos, levando à atelectasia e causando tosse e taquipnéia na fase pré-patente. Essas lesões podem desaparecer à medida que as larvas amadurecem e migram pelas vias aéreas. No entanto, vermes adultos produzem uma resposta inflamatória nas vias aéreas maiores, e ovos e larvas aspirados causam uma resposta inflamatória acentuada., macrófagos e células gigantes, com consolidação dos lobos caudais ventrais; essas lesões são a causa dos sinais na fase de patente. Em qualquer ponto de sua evolução (fases pré-patente, patente ou pós-patente) podem ocorrer complicações que podem causar exacerbação e morte. Essas complicações são as seguintes: ■ Desenvolvimento de edema pulmonar causado por insuficiência cardíaca ou dano epitelial alveolar extenso e formação de membranas hialinas. ■ Enfisema intersticial grave devido à dispneia grave. ■ Hiperplasia epitelial alveolar. ■ Infecção bacteriana secundária, que na verdade é relativamente pouco frequente. Na síndrome de reinfecção, a resposta imune não pode superar completamente uma inoculação em massa, e uma pequeno número de larvas chega aos pulmões. Os sinais são causados pela reação imunológica contra emigrantes. Nódulos linfóides se formam ao redor das larvas. mortos nos bronquíolos Sinais Clínicos - Perda de peso (anorexia) produção reduzida de leite, acompanhadas de diferentes infecções nos bovinos, ovinos e caprinos. - Infecções subclínicas patentes podem ocorrer em todas as espécies. -Taquipnéia e tosse, secreção nasal. Inicialmente respiração rápida e superficial, acompanhada de tosse exacerbada pelo exercício. - Dispnéia. Animais infectados maciçamente permanecem com suas cabeças estendidas para frente, com boca aberta e com salivação. - Ruídos pulmonares proeminentes na bifurcação bronquial. - No gado leiteiro adulto, queda severa na produção leiteira de ruídos anormais acima dos lobos caudais do pulmão. - Obstrução das vias aéreas e colapso dos alvéolos distais ao bloqueio (por um infiltrado de eosinófilos em resposta ao desenvolvimento das larvas). - Pneumonia crônica, não supurativa, eosinofílica e granulomatosa (resposta aos ovos e as larvas de primeiro estágio que são aspiradas no interior de alvéolos e bronquíolos). - Enfisema intersticial, edema pulmonar e infecçãosecundária são complicações que aumentam as probabilidades de um resultado fatal. Diagnóstico - Avaliação dos sinais clínicos, epidemiologia, necrópsia. - Presença da larva de primeiro estágio nas fezes e necropsia dos animais do mesmo grupo ou do mesmo rebanho. - Broncoscopia e radiografia podem ser úteis em alguns casos. - As larvas não são encontradas nas fezes de animais nos períodos pré ou pós-patente e, usualmente, também não são no fenômeno de reinfecção. - Para detectar larvas - método de Baermann, em infecções maciças as larvas podem estar presentes dentro de 30 min. Controle - Não permitir que bezerro pastem com outros animais; impedir seu acesso a pastos com história de infecção recente por vermes pulmonares. - Combinação de uma prática regular de pastoreio com anti-helmínticos. - A vacinação contra os parasitas pulmonares que infestam os bovinos é praticada em larga escala no noroeste da Europa. - A vacina é constituída de larvas infectantes atenuada, irradiadas pelos raios-x, administradas por via oral em 2 doses com intervalo de 4 semanas. Tratamento - O levamisol, os benzimidazóis (fenbendazol, oxifendazol e albendazol), assim como a ivermectina são mais frequentemente usados em bovinos, e são efeitos contra todos os estágio de dictyocaulus. Estas drogas são também efetivas contra vermes pulmonares em ovinos e caprinos. - Animais nos pastos devem ser confinados para o tratamento. - Terapia de suporte pode ser necessária para complicações que podem aparecer em todas as espécies. → Tuberculose Mycobacterium bovis, conhecido como o bacilo da tuberculose bovina é a causa mais comum de tuberculose em bovinos. A bactéria pertence ao complexo de organismos M. tuberculosis (MTB), que inclui M. tuberculosis, M. africanum e Mycobacterium microti. Mycobacterium bovis possui a maior gama de hospedeiros entre as espécies incluídas no complexo. Todas as espécies de mamíferos, incluindo humanos, são suscetíveis à infecção por Mycobacterium bovis, embora a suscetibilidade de diferentes espécies seja variável. A importância desse germe como patógeno zoonótico levou à instituição de programas de longo prazo para erradicação da doença, especialmente em países desenvolvidos. A ocorrência de Mycobacterium bovis como doença epidêmica em populações silvestres de espécies de mamíferos em muitos países criou novas dificuldades no controle da doença no gado doméstico. O germe pode afetar animais de qualquer idade. Espécies infectadas frequentemente incluem bovinos, caprinos, porcos e cervídeos. Os cavalos têm sido considerados relativamente resistentes, mas relatos da Nova Zelândia indicam a possibilidade de um grande número de ovelhas serem afetados. Outras espécies de Mycobacterium ocasionalmente causam doenças clínicas, especialmente M. avium em suínos, mas sua principal importância histórica reside nos problemas encontrados pelos programas de erradicação e controle através da reação de animais expostos a testes comuns de infecção. A doença causada pela paratuberculose da subespécie M. avium (doença de Johne) tem representado um problema na vacas leiteiras nos últimos anos. Epidemiologia - Fonte de infecção = animais doentes; portadores inapetentes. - Eliminação = fezes, urina, sêmen, leite, colostro, gotículas e secreções respiratórias. - Transmissão = aerossóis; leite contaminado; água e alimentos contaminados. - Porta de entrada = via respiratória; via digestória. Patogenia O organismo geralmente entra em ruminantes por via respiratória e, às vezes, por ingestão. A dose infectante tem um efeito significativo na gravidade e progressão da doença. Animais expostos a altas doses do organismo desenvolvem lesões mais graves e experimentam um período de semeadura bacteriana mais precoce e consistente do que aqueles expostos a baixas doses. Doses tão pequenas, quanto uma unidade formadora de colônia (UFC) que foram relatadas como causadoras da doenças. A inalação do organismo, o método mais comum de infecção, geralmente resulta em uma pequena lesão granulomatosa necrótica nos pulmões. A formação de granulomas é menos comum quando o trato gastrointestinal está envolvido. A infecção do trato respiratório superior ou da área faríngea também pode ser causada pela ingestão de alimentos infectados. A partir do local inicial de entrada, o organismo invade os linfonodos locais (retrofaríngeos, traqueobrônquicos, mediastinal, mesentérico), onde causa necrose circundada por um granuloma contendo células mononucleares. As lesões localizadas estimulam o desenvolvimento de uma cápsula fibrosa que varia de intensidade dependendo da velocidade de progressão. Essa combinação de lesões no local de entrada e nos linfonodos locais forma o complexo primário. A disseminação pós-primária ocorre do complexo primário para os múltiplos órgãos que podem levar a tuberculose miliar difusa, lesões nodulares discretas em múltiplos órgãos ou tuberculose de órgãos crônicos. A doença do gado é progressiva e eventualmente leva à deterioração do estado geral, fraqueza e morte. Hipóteses baseadas no conhecimento da tuberculose humana sugerem que a maioria das vacas expostas ao Mycobacterium bovis são capazes de eliminar a doença ou entrar em um período de latência. Se isso for verdade, poderá ter um impacto significativo nos programas de erradicação. - O agente é inalado (se for ingerido no leite > tubérculo no úbere; se dissemina por todo organismo > tuberculose miliar). - No pulmão ocorre a formação do foco primário, se o animal estiver hígido ocorre calcificação = nodos calcificados em mycobacterium. - Caso não ocorra calcificação, o foco primário se torna caseoso, que com a evolução do quadro, sofre liquefação > circulação sanguínea > disseminação pelo organismo, podendo desencadear tuberculose em diversos locais. - A tuberculose miliar é o quadro de tuberculose generalizada. Sinais clínicos -Tosse - Corrimento nasal - Estertores pulmonares. - Emagrecimento crônico progressivo. Diagnóstico - Prova intradérmica de tuberculina Pode ser feita na prega da cauda e no pescoço; Fazer a tricotomia, e medir a espessura da pele antes da aplicação > fazer aplicação intradérmica, na região anterior a aviária a na posterior a bovina. -72h após a aplicação medir novamente a espessura da pele, se tiver anticorpos reagindo, a espessura tende a aumentar. - A intensidade da reação à prova não indica a gravidade da doença, pelo contrário, indica alta imunogenicidade. E caso não ocorra a reação também não significa que o animal está negativado para tuberculose, ele apenas pode não ter anticorpos para responder (vaca estaria anérgica) Atuação veterinária - Descartes dos animais positivos - Descarte dos inconclusivos se os positivos forem em número muito elevado. - Limpeza e desinfecção das instalações com fenol orgânico. - No prazo de 90 dias realizar testes de tuberculinização em todos os animais do rebanho acima de 2 meses de idade. - Passar a realizar testes de tuberculinização a cada 3 ou 4 meses até que 2 testes consecutivos não apontem mais a ocorrência de animais positivos. - A partir daí realizar testes de tuberculinização semestrais conforme recomendações de leite. - Após cada teste com detecção de animais positivos, realizar nova desinfecção geral de instalações. - Instituição de quarentena a novos animais do rebanho. → Broncopneumonias Trata-se de doença inflamatória dos pulmões mais os brônquios ou bronquíolos. Normalmente usados como sinônimo de inflamas das vias áreas posteriores. → Pneumonia enzoótica dosbezerros e Complexo doença respiratória dos bovinos A pneumonia enzoótica dos bezerros tem sido tradicionalmente descrita como uma doença de bezerros de 2 a 6 meses; no entanto, estudos prospectivos em grupos de bezerros descobriram que os animais podem ser afetados pela PEB já com 2 semanas de vida. Pesquisas em matadouros de bezerros leiteiros de 4 a 14 dias descobriram que a PEB é a segunda causa mais comum para o matadouro. Estudos sugerem que a PEB pode começar muito mais cedo do que se acreditava anteriormente. A pneumonia em bezerros leiteiros ocorre como uma doença endêmica e como surtos epidêmicos (epizoóticas) de doença respiratória. A endemia crônica é a manifestação mais comum desse processo, e como resultado a pneumonia de bezerros leiteiros é comumente conhecida como pneumonia enzoótica de bezerros. SEGUNDO PROBLEMA MAIS COMUM DE SAÚDE DE BEZERROS. NOME USADO PARA AS DOENÇAS INFECCIOSAS RESPIRATÓRIAS DE BEZERROS MANTIDOS EM GRUPOS CONFINADOS EM ABRIGOS COMUNITÁRIOS, EM AMBIENTES FECHADOS OU CURRAIS Fatores predisponentes - Asfixia neonatal - Falha na transferência imuno passiva - Estresse - Má nutrição - Problemas de instalações - Altas concentrações de amônia - Transporte - Confinamento - Castração - Descorna Aula 22/08/2022 Susceptibilidade Os fatores de risco ambientais e do hospedeiro documentados para broncopneumonia em bezerros leiteiros e de corte incluem transferência passiva inadequada de imunoglobulinas, deficiências nutricionais e condições ambientais adversas. Os bezerros geralmente são afetados quando têm menos de 2 meses de idade. A transferência passiva bem-sucedida é a pedra angular da proteção contra pneumonia nessa idade e mais tarde, e é eficaz, exceto quando outros fatores de risco são tão grandes que mesmo bezerros com altas concentrações de imunoglobulinas adquiridas passivamente apresentam alto risco. A transferência passiva bem-sucedida requer colostro de boa qualidade e volume adequado (4 l nas primeiras 12 h para bezerros de 45 kg). Além disso, a vacinação regular do rebanho, especialmente de vacas secas, deve aumentar os níveis de anticorpos específicos nos bezerros, desde que a transferência passiva seja alcançada. A vacinação de bezerros pode produzir uma resposta imune protetora que previne ou limita a gravidade da PEB devido a certos patógenos infecciosos. Atrasar a vacinação até que a imunidade materna tenha diminuído tem sido tradicionalmente recomendado, mas pesquisas recentes indicam que os bezerros podem ser preparados para uma resposta imune protetora por vacinação na presença de anticorpos maternos, pelo menos em alguns casos. Mecanismo de defesa do sistema respiratório - Ar inspirado – Filtração aerodinâmica - Equilíbrio da microbiota - Transporte muco ciliar - Defesa celular - imunoglobulinas - Outros fatores Etiologia Bactérias - Mannheimia - Hemolytica - Pasteurella multocida - Truperella Pyigenes - Haemophilus SP Vírus - Parainfluenza tipo 3 - (P13) - IBR - DVB - Vírus sincicial bovino Micoplasma - Micoplasma BOVIS - Ureaplasma SPP - Micoplasma SPP Vermes - Dictycaulus - Viviparus - Dictyocaulus filaria - Muellerius - Capillaris Anamnese - Indícios de uma doença respiratória - Presença de corrimento nasal - Tosse ou outros ruídos nasal - Gemidos expiratórios longos - Falta de ar ou respiração curta - Cansaço rápido - Aumento de frequência dos movimentos respiratórios - Aumento febril da temperatura corpórea - Fatores predisponentes Manifestações Clínicas - Febre - Tosse - Secreção nasal - Anorexia e apatia - Taquicardia - Diminuição da amplitude respiratória - Dispneia - Frêmito - Estertor úmido - Linfonodos regionais aumentados - Som maciço ou sub-maciço ao percutir. Exames complementares - Lavado Bronco alveolar - Lavado Traqueobrônquico - Broncoscopia - Swab nasal - Radiografias : Presença de líquido em região pulmonar: Estreitamento de vias aéreas; Consolidação pulmonar; Presença de abscessos. - Ultrassonografias ◦ Traqueia ◦ Observação de alterações pleurais ◦ Alterações subpleurais ◦ Abscessos ◦ Necroses ◦ Atelectasias ◦ Fraturas de costela - Histopatológico - Citologia - Citometria de fluxo - Cultura e antibiograma: Isolamento e identificação do agente bacteriano; Seleção do antimicrobiano mais eficiente. - Hemogasometria A gasometria arterial é um exame invasivo que mede as concentrações de oxigênio, a ventilação e o estado acidobásico. - Fibrinogênio O fibrinogênio é uma proteína de fase aguda, onde seus níveis se elevam no início das reações inflamatórias e permanecem altos até o fim da inflamação Valores de referência : 300-700mg/dL - Sorologia Coleta de material para pesquisa de anticorpos, principais: - Vírus sincicial respiratório bovino (BRSV) - Vírus tipo 3 dá parainfluenza bovina (PI-3) - Vírus da diarreia viral bovina (BVDV) - Herpesvírus bovino tipo 1 (BHV-1) (IBR) - Toracocentese Agulha ou trocater (9cm de comprimento por 1,20mm de diâmetro (18BWG)) Em ruminantes realizar punção em 5º e 6º EIC, Ventral com auxílio do US. - Coproparasitológico Bovinos: D. viviparus Tratamento A base do tratamento das pneumonias é remover p agente causador, diminuir o processo inflamatório e aliviar os transtorno mecânicos. Antimicrobianos 1º Opção de uso - Florfenicol – 20mg/kg Uso 5/7 dias SID - Norfloxacina – 5 mg/kg Uso 5/7 dias SID - Marbofloxacina – 8 mg/kg Dose única ou 3 dias, depois mais uma 2º Opção - Oxitetraciclina – 5mg – 10 mg/kg ............. 20mg/kg LA - Enrofloxacina – 2,5 – 5,5 mg/kg Em infecção por micoplasma - Tulatromicina - Tilosina – 25mg/kg após dose inicial de 50mg/kg Outras opções - Ampicilina – 22mg/kg - Penicilina – 20.000 – 40.000UI/KG . . . . . 66.000UI/kg - Danofloxacina – 1,25 mg/kg - Lincomicina + Espectinomicina – 15 mg/kg - Espiramicina – 25 mg/kg - Cefalosporinas de 3º geração. AINES limitação da reação inflamatória (Redução da consolidação pulmonar) - Ácido acetilsalicílico 100 mg/kg BID/VO Risco de ulcera abomasal - Flunixin meglumine 2,2 mg/kg SID-TID / IV Limitação dos transtornos mecânicos - Mucolíticos / Bromexina Adultos 0,15 mg/kg IM Bezerros 0,5 g/kg IM - Broncodilatodores Sistêmicos ou por inalação - Expectorantes – Iodeto de potássio 5 – 10 mg/kg oral/parenteral Outros Anti-helmíticos – Dictiocaulose Oxigênio Antitérmicos - Dipirona Sódica 20 a 50 mg/kg a cada 12H IV 40 mg/kg Soluções comerciais a 50% 8ml para cada 100 kg Inalação Soluções isotônicas – NaCl 0,9% H2O potente secretolítico Associações com antibióticos, expectorantes, broncoespasmolíticos Atingem pontos profundos na árvore brônquica, rápida ação do medicamento, não há quase absorção. Evitar - soluções hipotônicas (água destilada) pois aumenta brocoespamos e soluções hipertônicas pois aumenta secreção brônquica.. Prognóstico do CDRB - Bom e Reservado : Idade e predomínio viral - Mau: Broncopneumonias, Abscedantes. Prevenção e Controle - Administração de colostro - Manejo adequado - Programas de controle sanitário específicos Adequado diagnóstico!! Correção dos fatores de risco.
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