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RESUMO PROCESSO PENAL

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Direito Processual Penal 
2023 
 
Crimes da competência do Tribunal do Júri 
 
Previsão constitucional: art. 5º, XXXVIII 
 
XXXVIII → é reconhecida a instituição do júri, com a organização que lhe der a lei, assegurados: 
a) a plenitude de defesa; 
b) o sigilo das votações; 
c) a soberania dos veredictos; 
 
No Código de Processo Penal: 
arts. 406-497. 
 
A competência é definida de forma taxativa. Competirá, privativamente ao tribunal do júri o 
julgamento dos crimes previstos no Código Penal, artigos 121 §§ 1° e 2°, 122 e 123, consumados ou 
tentados. 
➢ Compete ao Tribunal do Júri o julgamento dos crimes previstos nos arts. 121, §§1º e 2º, 122, 
parágrafo único, 123, 124, 125, 126 e 127 do Código Penal, consumados ou tentados. 
 
Conclui-se que, são de competência do Tribunal do Júri: 
• Homicídio simples; 
• Homicídio qualificado; 
• Feminicídio; 
• Induzimento, instigação ou auxílio a suicídio ou a automutilação; 
• Infanticídio; 
• Aborto provocado pela gestante ou com seu consentimento; 
• Aborto provocado por terceiro. 
 
Atenção! 
 
NÃO serão julgados no Tribunal do Júri: 
• Latrocínio, extorsão mediante sequestro e estupro com resultado morte, e demais crimes em 
que se produz o resultado morte, mas que não se inserem nos “crimes contra a vida”. 
 Essa competência originária não 
impede que o Tribunal do Júri julgue esses delitos ou qualquer 
outro (tráfico de drogas, porte ilegal de arma, roubo, latrocínio 
etc.), desde que seja conexo com um crime doloso contra a vida. 
 
 
CRIME CONEXO: Delito relacionado a outro porque praticado para a realização ou 
ocultação do segundo, porque estão em relação de causa e efeito, ou porque um é 
cometido durante a execução do outro. (artigo 78 do CPP) 
 
HIPÓTESES: 
 
• Se, iniciado o processo perante um juiz, houver desclassificação para infração da competência 
de outro, a este será remetido o processo; 
 
• Se o juiz da pronúncia desclassificar a infração para outra atribuída à competência de juiz 
singular; mas, se a desclassificação for feita pelo próprio Tribunal do Júri, a seu presidente 
caberá proferir a sentença. 
 
 
Da desclassificação: 
 
 Art. 419. Quando o juiz se convencer, em discordância com a acusação, da existência de crime 
diverso dos referidos no § 1o do art. 74 deste Código e não for competente para o julgamento, remeterá 
os autos ao juiz que o seja. 
Parágrafo único. Remetidos os autos do processo a outro juiz, à disposição deste ficará o acusado 
preso. 
 
O procedimento do Tribunal do Júri é bifásico: 
1. Instrução preliminar; 
2. Julgamento em plenário. 
 
 Na instrução preliminar pressupõe-se o recebimento da denúncia ou queixa e, 
portanto, o nascimento do processo. É a fase compreendida entre o recebimento da denúncia/ queixa 
e a decisão de pronúncia, impronúncia, absolvição sumária ou desclassificação. 
 Nessa fase, o processo é analisado pelo juiz, NÃO há jurados. 
 
 Já no julgamento em plenário, inicia-se com a confirmação da pronúncia e vai até a 
decisão proferida no julgamento realizado no plenário do Tribunal do Júri. 
 Nessa fase, o processo é PRESIDIDO pelo juiz e APRECIADO e JULGADO pelos 
jurados. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PRIMEIRA FASE: 
 
Inquérito policial → denúncia → decisão do juiz → citação do acusado → defesa → manifestação 
do MP → audiência de instrução → testemunha de acusação/ defesa, perito, acareação e interrogatório 
→ alegações finais. 
 
SENTENÇA: pode ser de PRONÚNCIA, IMPRONÚNCIA, DESCLASSIFICAÇÃO ou 
ABSOLVIÇÃO SUMÁRIA. 
PRAZOS para que o MP ofereça denúncia: (art. 46, CPP) 
• 5 dias (RÉU PRESO); 
• 15 dias (RÉU SOLTO). 
 
Em caso de inércia do MP, pode ser oferecida queixa-crime subsidiária (arts. 29/31 CPP) 
 
Recebimento ou rejeição da denúncia pelo juiz: 
 
Art. 395: A denúncia ou queixa será rejeitada quando: 
I. for manifestamente inepta; 
II. faltar pressuposto processual ou condição para o exercício da ação penal; ou 
III. faltar justa causa para o exercício da ação penal. 
 
CITAÇÃO DO ACUSADO PARA OFERECER DEFESA ESCRITA NO PRAZO DE 10 
DIAS. 
 
 Já deverá arrolar suas testemunhas (8 testemunhas por réu), arguir todas as 
preliminares que entender cabível, juntar documentos e postular suas provas. 
 Também é o momento de formular as exceções de incompetência, suspeição e demais 
enumeradas nos artigos 95 a 112. (As exceções serão processadas em apartado). 
 
CAPÍTULO II 
 
DAS EXCEÇÕES 
 
Art. 95. Poderão ser opostas as exceções de: 
 
I - suspeição; 
II - incompetência de juízo; 
III - litispendência; 
IV - ilegitimidade de parte; 
V - coisa julgada. 
 
Art. 96. A argüição de suspeição precederá a qualquer outra, salvo quando 
fundada em motivo superveniente. 
 
Art. 97. O juiz que espontaneamente afirmar suspeição deverá fazê-lo por 
escrito, declarando o motivo legal, e remeterá imediatamente o processo ao 
seu substituto, intimadas as partes. 
 
Art. 98. Quando qualquer das partes pretender recusar o juiz, deverá fazê-
lo em petição assinada por ela própria ou por procurador com poderes 
especiais, aduzindo as suas razões acompanhadas de prova documental ou 
do rol de testemunhas. 
 
Art. 99. Se reconhecer a suspeição, o juiz sustará a marcha do processo, 
mandará juntar aos autos a petição do recusante com os documentos que a 
instruam, e por despacho se declarará suspeito, ordenando a remessa dos 
autos ao substituto. 
 
Art. 100. Não aceitando a suspeição, o juiz mandará autuar em apartado a 
petição, dará sua resposta dentro em três dias, podendo instruí-la e oferecer 
testemunhas, e, em seguida, determinará sejam os autos da exceção 
remetidos, dentro em 24 vinte e quatro horas, ao juiz ou tribunal a quem 
competir o julgamento. 
 
§ 1o Reconhecida, preliminarmente, a relevância da argüição, o juiz ou 
tribunal, com citação das partes, marcará dia e hora para a inquirição das 
testemunhas, seguindo-se o julgamento, independentemente de mais 
alegações. 
 
§ 2o Se a suspeição for de manifesta improcedência, o juiz ou relator a 
rejeitará liminarmente. 
 
Art. 101. Julgada procedente a suspeição, ficarão nulos os atos do processo 
principal, pagando o juiz as custas, no caso de erro inescusável; rejeitada, 
evidenciando-se a malícia do excipiente, a este será imposta a multa de 
duzentos mil-réis a dois contos de réis. 
 
Art. 102. Quando a parte contrária reconhecer a procedência da argüição, 
poderá ser sustado, a seu requerimento, o processo principal, até que se 
julgue o incidente da suspeição. 
 
Art. 103. No Supremo Tribunal Federal e nos Tribunais de Apelação, o juiz 
que se julgar suspeito deverá declará-lo nos autos e, se for revisor, passar o 
feito ao seu substituto na ordem da precedência, ou, se for relator, apresentar 
os autos em mesa para nova distribuição. 
 
§ 1o Se não for relator nem revisor, o juiz que houver de dar-se por suspeito, 
deverá fazê-lo verbalmente, na sessão de julgamento, registrando-se na ata 
a declaração. 
 
§ 2o Se o presidente do tribunal se der por suspeito, competirá ao seu 
substituto designar dia para o julgamento e presidi-lo. 
 
§ 3o Observar-se-á, quanto à argüição de suspeição pela parte, o disposto 
nos arts. 98 a 101, no que Ihe for aplicável, atendido, se o juiz a reconhecer, 
o que estabelece este artigo. 
 
§ 4o A suspeição, não sendo reconhecida, será julgada pelo tribunal pleno, 
funcionando como relator o presidente. 
 
§ 5o Se o recusado for o presidente do tribunal, o relator será o vice-
presidente. 
 
Art. 104. Se for argüida a suspeição do órgão do Ministério Público, o juiz, 
depois de ouvi-lo, decidirá, sem recurso, podendo antes admitir a produção 
de provas no prazo de três dias. 
 
Art. 105. As partes poderão também argüir de suspeitos os peritos, os 
intérpretes e os serventuários ou funcionários de justiça, decidindo o juiz de 
plano e sem recurso, à vista da matéria alegada e prova imediata. 
 
Art. 106. A suspeiçãodos jurados deverá ser argüida oralmente, decidindo 
de plano do presidente do Tribunal do Júri, que a rejeitará se, negada pelo 
recusado, não for imediatamente comprovada, o que tudo constará da ata. 
 
Art. 107. Não se poderá opor suspeição às autoridades policiais nos atos 
do inquérito, mas deverão elas declarar-se suspeitas, quando ocorrer motivo 
legal. 
 
Art. 108. A exceção de incompetência do juízo poderá ser oposta, 
verbalmente ou por escrito, no prazo de defesa. 
 
§ 1o Se, ouvido o Ministério Público, for aceita a declinatória, o feito será 
remetido ao juízo competente, onde, ratificados os atos anteriores, o 
processo prosseguirá. 
 
§ 2o Recusada a incompetência, o juiz continuará no feito, fazendo tomar 
por termo a declinatória, se formulada verbalmente. 
 
Art. 109. Se em qualquer fase do processo o juiz reconhecer motivo que o 
torne incompetente, declará-lo-á nos autos, haja ou não alegação da parte, 
prosseguindo-se na forma do artigo anterior. 
 
Art. 110. Nas exceções de litispendência, ilegitimidade de parte e coisa 
julgada, será observado, no que Ihes for aplicável, o disposto sobre a 
exceção de incompetência do juízo. 
 
 § 1o Se a parte houver de opor mais de uma dessas exceções, deverá fazê-
lo numa só petição ou articulado. 
 
§ 2o A exceção de coisa julgada somente poderá ser oposta em relação ao 
fato principal, que tiver sido objeto da sentença. 
 
Art. 111. As exceções serão processadas em autos apartados e não 
suspenderão, em regra, o andamento da ação penal. 
 
CAPÍTULO III 
 
DAS INCOMPATIBILIDADES E IMPEDIMENTOS 
 
Art. 112. O juiz, o órgão do Ministério Público, os serventuários ou 
funcionários de justiça e os peritos ou intérpretes abster-se-ão de servir no 
processo, quando houver incompatibilidade ou impedimento legal, que 
declararão nos autos. Se não se der a abstenção, a incompatibilidade ou 
impedimento poderá ser argüido pelas partes, seguindo-se o processo 
estabelecido para a exceção de suspeição. 
 
 
A citação é SEMPRE pessoal. 
 
Art.351.A citação inicial far-se-á por mandado, quando o réu estiver no 
território sujeito à jurisdição do juiz que a houver ordenado. 
 
Art.352.O mandado de citação indicará: 
I-o nome do juiz; 
II-o nome do querelante nas ações iniciadas por queixa; 
III-o nome do réu, ou, se for desconhecido, os seus sinais característicos; 
IV-a residência do réu, se for conhecida; 
V-o fim para que é feita a citação; 
VI-o juízo e o lugar, o dia e a hora em que o réu deverá comparecer; 
VII-a subscrição do escrivão e a rubrica do juiz. 
 
Art.353.Quando o réu estiver fora do território da jurisdição do juiz 
processante, será citado mediante precatória. 
 
 
APÓS a defesa ESCRITA do réu, dá-se vista ao Ministério Público para manifestar-se sobre eventuais 
exceções e preliminares alegadas pela defesa. Não pode inovar teses, apenas questões processuais são 
objeto de manifestação pelo MP. 
 
Os esclarecimentos periciais em audiência dependerão de prévio requerimento e de deferimento pelo 
juiz. (deve ser requerido com antecedência mínima de 10 dias da AIJ, no igual prazo, podem ser 
apresentados quesitos ao perito). 
 
POSSIBILIDADE DE MUTATIO LIBELLI (ADITAMENTO DA DENÚNCIA) 
→ Encerrada a instrução, poderá haver a mutatio libelli, prevista no art. 384, cabendo ao 
Ministério Público aditar a denúncia se houver prova de um FATO NOVO (como a consumação, 
no caso de homicídio tentado ou mesmo o surgimento de prova de uma qualificadora que não 
estava na denúncia). 
→ Apresentada a mutatio, deverá o juiz dar vista à defesa pelo prazo de 5 dias, oportunizando, 
ainda, que o MP e a defesa arrolem até 3 testemunhas. Deverá ser designada nova data para 
realização de oitiva dessas testemunhas e novo interrogatório do réu. Não sendo caso de 
mutatio libelli, a instrução será encerrada. 
 
DIFERENÇA ENTRE EMENDATIO LIBELLI E MUTATIO LIBELLI 
 
Emendatio Libelli 
 
• O juiz, quando da sentença, verificando 
que a tipificação não corresponde aos 
fatos narrados na petição inicial, poderá 
de ofício apontar sua correta definição 
jurídica. Na “emendatio” os fatos 
provados são exatamente os fatos 
narrados. 
Art. 383. O juiz, sem modificar a 
descrição do fato contida na 
denúncia ou queixa, poderá 
atribuir-lhe definição jurídica 
diversa, ainda que, em 
consequência, tenha de aplicar pena 
mais grave. 
 
 
 
Mutatio Libelli 
 
• Se o fato narrado na inicial não 
corresponde aos fatos provados na 
instrução processual deve o juiz remeter 
o processo ao Ministério Público que 
deverá aditar a peça inaugural. Os fatos 
provados são distintos dos fatos narrados. 
Art. 384. Encerrada a instrução probatória, se 
entender cabível nova definição jurídica do 
fato, em consequência de prova existente nos 
autos de elemento ou circunstância da 
infração penal não contida na acusação, o 
Ministério Público deverá aditar a denúncia 
ou queixa, no prazo de 5 (cinco) dias, se em 
virtude desta houver sido instaurado o 
processo em crime de ação pública, 
reduzindo-se a termo o aditamento, quando 
feito oralmente. 
 
 
Pronúncia do acusado: 
 
 A decisão de pronúncia se classifica em uma decisão interlocutória mista, e está 
prevista no artigo 413 do CPP. 
 
Art. 413. O juiz, fundamentadamente, pronunciará o acusado, se 
convencido da materialidade do fato e da existência de indícios 
suficientes de autoria ou de participação. 
§ 1° A fundamentação da pronúncia limitar-se-á à indicação da 
materialidade do fato e da existência de indícios suficientes de 
autoria ou de participação, devendo o juiz declarar o dispositivo 
legal em que julgar incurso o acusado e especificar as 
circunstâncias qualificadoras e as causas de aumento de pena. 
§ 2° Se o crime for afiançável, o juiz arbitrará o valor da fiança 
para a concessão ou manutenção da liberdade provisória. 
§ 3° O juiz decidirá, motivadamente, no caso de manutenção, 
revogação ou substituição da prisão ou medida restritiva de 
liberdade anteriormente decretada e, tratando-se de acusado solto, 
sobre a necessidade da decretação da prisão ou imposição de 
quaisquer das medidas previstas no Título IX do Livro I deste 
Código. 
 
O acolhimento provisório, por parte do juiz, da pretensão acusatória, determinando que o réu seja 
submetido ao julgamento do Tribunal do Júri. 
Preclusa a via recursal para impugnar a pronúncia, inicia-se a segunda fase (plenário). 
 
Recurso em sentido estrito, previsto no art. 581, IV, do CPP. 
 
A pronúncia não produz coisa julgada material; demarca os limites da acusação a ser deduzida em 
plenário, devendo nela constar a narração do fato criminoso e as eventuais circunstâncias 
qualificadoras e causas de aumento constantes na denúncia (ou em um eventual aditamento); as 
agravantes, atenuantes e causas especiais de diminuição da pena não são objeto da pronúncia, mas da 
dosimetria da pena feita após condenação pelo plenário. 
Ela limitar-se-á a indicar a existência do delito (materialidade) e a existência de indícios suficientes 
de autoria ou de participação. NÃO pode o juiz entrar no MÉRITO da causa, sob pena de influenciar 
os jurados. 
 
 
IN DUBIO PRO SOCIETATE 
 
 Havendo dúvida sobre sua responsabilidade penal, DEVE ele ser pronunciado (in 
dubio pro societate). Se estiver em dúvida sobre se estão ou não presentes os indícios suficientes de 
autoria, DEVERÁ impronunciar o acusado. Aplica-se, pois, na pronúncia, o in dubio pro reo, nesse 
caso. 
 Na pronúncia, pode haver a exclusão de uma qualificadora ou causa de aumento de 
pena, conforme o contexto probatório. NÃO pode a pronúncia incluir o que não está na denúncia: 
princípio da correlação entre acusação-sentença. 
 A pronúncia não mencionará agravantes ou atenuantes, pois essas circunstâncias legais 
pressupõem a aplicação da pena. Não são elas objeto de quesitação, ainda que devam ser alegadas 
pelas partes em plenário, pois o artigo 492, I, “b”, do CPP estabelece que as agravantes e atenuantes 
(alegadas)serão consideradas quando da prolação da sentença. Já quanto às minorantes, devem elas 
ser alegadas em plenário pela defesa e serão quesitadas, como disciplina o artigo 483, IV, do CPP. 
 Então, na pronúncia, poderá o juiz: 
 
a) concordar com o fato narrado na denúncia e a classificação jurídica a ele atribuída, situação em que irá 
pronunciar o réu nesses termos; 
b) sem modificar a descrição do fato contida na denúncia (não há fato novo,portanto), poderá atribuir-lhe 
uma definição jurídica diversa, nos termos do art. 418 c/c art. 383 do CPP, mesmo que isso signifique 
sujeitar o acusado a pena mais grave, mas a nova figura típica ainda é de competência do júri; 
c) sem modificar a descrição do fato contida na denúncia, poderá atribuir-lhe uma definição jurídica 
diversa, nos termos do art. 418 c/c art. 383 do CPP, mesmo que signifique sujeitar o acusado a pena mais 
grave, mas dando lugar a uma nova figura típica que não é mais da competência do Tribunal do Júri (é a 
chamada desclassificação própria, prevista no art. 419), devendo os autos ser remetidos para o juiz 
competente (por exemplo, a desclassificação de homicídio para lesão corporal seguida de morte). 
 
A intimação da pronúncia: 
• pessoalmente ao acusado, ao defensor nomeado e ao Ministério Público; ao defensor 
constituído, ao querelante e ao assistente da acusação, a intimação será feita por nota de 
expediente, como determina o art. 370, § 1º, do CPP; 
• NÃO sendo encontrado o acusado que está em liberdade, a intimação será feita por edital. 
 
Preclusa (a preclusão de decisão de pronúncia pressupõe o esgotamento das vias recursais, sendo inviável designar-se data para 
julgamento enquanto não for julgado eventual recurso especial ou extraordinário) a decisão de pronúncia, os autos serão 
encaminhados ao juiz presidente do Tribunal do Júri. 
 
Impronúncia do acusado. 
 
A impronúncia é uma decisão terminativa, pois ENCERRA o processo em julgamento de mérito. 
• Cabe recurso de apelação, art. 593, II, do CPP; 
• Está prevista no art. 414 do CPP. 
 
Art. 414. Não se convencendo da materialidade do fato ou da 
existência de indícios suficientes de autoria ou de participação, o 
juiz, fundamentadamente, impronunciará o acusado. 
Parágrafo único. Enquanto não ocorrer a extinção da punibilidade, 
poderá ser formulada nova denúncia ou queixa se houver prova 
nova. 
 
 
 
 Entretanto, o processo pode ser reaberto a qualquer tempo, até a extinção da 
punibilidade, DESDE QUE surjam novas provas. 
 Desse modo, não pressupõe-se a absolvição do réu. 
 
Da absolvição sumária. 
 
Art. 415. O juiz, fundamentadamente, absolverá desde logo o 
acusado, quando: 
I – provada a inexistência do fato; 
II – provado não ser ele autor ou partícipe do fato; 
III – o fato não constituir infração penal; 
IV – demonstrada causa de isenção de pena ou de exclusão do 
crime. 
Parágrafo único. Não se aplica o disposto no inciso IV do caput 
deste artigo ao caso de inimputabilidade prevista no caput do art. 
26 do Decreto-lei n. 2.848, de 7 de dezembro de 1940 – Código 
Penal, salvo quando esta for a única tese defensiva. 
 
É verdadeira sentença, COM análise de mérito e cabe recurso de apelação. 
 
Incisos I e II, trata-se de situação que exige prova robusta. Na DÚVIDA, remete-se ao júri. 
Incisos III e IV, quando o fato narrado não constitui infração penal, significa dizer que o fato é atípico. 
Demonstrada a presença de qualquer causa de exclusão de ilicitude ou da culpabilidade. 
 
ATENÇÃO!!! 
Se houver crime conexo que não é da competência originária do júri, sendo o réu absolvido 
sumariamente, deve ser ele redistribuído. 
 
Na doutrina… 
 
• A absolvição sumária imprópria ocorre quando o juiz isenta o agente de pena na primeira fase 
do Procedimento do Júri, entretanto, o vincula a uma medida de segurança. 
 
• A absolvição própria é sentença que se fundamenta em algumas das hipóteses do artigo 386, 
como inexistência do fato ou inexistência de provas. Neste caso, não é imposta sanção/ 
penalização alguma ao réu. 
 
Art. 386. O juiz absolverá o réu, mencionando a causa na parte 
dispositiva, desde que reconheça: 
I - estar provada a inexistência do fato; 
II - não haver prova da existência do fato; 
III - não constituir o fato infração penal; 
IV – estar provado que o réu não concorreu para a infração penal; 
(Redação dada pela Lei nº 11.690, de 2008) 
V – não existir prova de ter o réu concorrido para a infração penal; 
(Redação dada pela Lei nº 11.690, de 2008) 
VI – existirem circunstâncias que excluam o crime ou isentem o 
réu de pena (arts. 20, 21, 22, 23, 26 e § 1º do art. 28, todos do 
Código Penal), ou mesmo se houver fundada dúvida sobre sua 
existência; (Redação dada pela Lei nº 11.690, de 2008. 
VII – não existir prova suficiente para a condenação. 
(Incluído pela Lei nº 11.690, de 2008) 
Parágrafo único. Na sentença absolutória, o juiz: 
I - mandará, se for o caso, pôr o réu em liberdade; 
II – ordenará a cessação das medidas cautelares e provisoriamente 
aplicadas; (Redação dada pela Lei nº 11.690, de 2008) 
III - aplicará medida de segurança, se cabível. 
 
 
 
Desclassificação: 
 
Desclassificar é dar ao fato uma definição jurídica diversa, tanto de um crime mais grave para outro 
menos grave. (arts. 418 e 419 do CPP) 
 
Desclassificação Imprópria: ocorre quando o réu não é pronunciado pelo crime constado na denúncia 
e sua desclassificação se dá por outro crime contra a vida. Deste modo, a desclassificação ocorre, 
porém não é redistribuído para outro juízo, uma vez que também há de ser julgado pelo Tribunal do 
Júri. 
 
Desclassificação Própria: desclassificação conduz a outra figura típica que não é de competência do 
Júri. 
 
Crime conexo na desclassificação: ele sempre seguirá o crime prevalente. 
 
Nos casos de desclassificação cabe RESE (Recurso em sentido estrito), previsto no artigo 581, II. 
 
Art. 581. Caberá recurso, no sentido estrito, da decisão, despacho 
ou sentença: 
I - que não receber a denúncia ou a queixa; 
II - que concluir pela incompetência do juízo; 
III - que julgar procedentes as exceções, salvo a de suspeição; 
IV – que pronunciar o réu; (Redação dada pela Lei nº 11.689, 
de 2008) 
V - que conceder, negar, arbitrar, cassar ou julgar inidônea a 
fiança, indeferir requerimento de prisão preventiva ou revogá-la, 
conceder liberdade provisória ou relaxar a prisão em flagrante; 
(Redação dada pela Lei nº 7.780, de 22.6.1989) 
VI - (Revogado pela Lei nº 11.689, de 2008) 
VII - que julgar quebrada a fiança ou perdido o seu valor; 
VIII - que decretar a prescrição ou julgar, por outro modo, extinta 
a punibilidade; 
IX - que indeferir o pedido de reconhecimento da prescrição ou 
de outra causa extintiva da punibilidade; 
X - que conceder ou negar a ordem de habeas corpus; 
XI - que conceder, negar ou revogar a suspensão condicional da 
pena; 
XII - que conceder, negar ou revogar livramento condicional; 
XIII - que anular o processo da instrução criminal, no todo ou em 
parte; 
XIV - que incluir jurado na lista geral ou desta o excluir; 
XV - que denegar a apelação ou a julgar deserta; 
XVI - que ordenar a suspensão do processo, em virtude de questão 
prejudicial; 
XVII - que decidir sobre a unificação de penas; 
XVIII - que decidir o incidente de falsidade; 
XIX - que decretar medida de segurança, depois de transitar a 
sentença em julgado; 
XX - que impuser medida de segurança por transgressão de outra; 
XXI - que mantiver ou substituir a medida de segurança, nos 
casos do art. 774; 
XXII - que revogar a medida de segurança; 
XXIII - que deixar de revogar a medida de segurança, nos casos 
em que a lei admita a revogação; 
XXIV - que converter a multa em detenção ou em prisão simples. 
XXV - que recusar homologação à proposta de acordo de não 
persecução penal, previsto no art. 28-A desta Lei. (Incluído 
pela Lei nº 13.964, de 2019) 
 
 
 
 
Desclassificaçãoem Plenário: 
Desclassificação própria: os jurados afastam completamente o dolo ou negam o quesito relativo à 
tentativa. 
Cabe ao juiz-presidente proferir a sentença. 
 
Desclassificação imprópria: fica restrita aos casos em que é reconhecido o excesso culposo. 
 
 
 
 
SEGUNDA FASE – DA PREPARAÇÃO DO PROCESSO PARA JULGAMENTO EM 
PLENÁRIO. 
 
 
Preclusa a pronúncia, os autos serão encaminhados para o juiz-presidente, que determinará a 
intimação do MP (ou do querelante – caso de queixa-crime subsidiária) e da defesa, para que no prazo 
de 5 dias apresentem o rol de testemunhas do plenário. Também poderão as partes juntar documentos 
e postular diligências, que devem ser realizadas antes da sessão de julgamento. 
 
✔ Poderão arrolar até 5 testemunhas; 
✔ Não se admite a indicação de testemunhas para serem ouvidas em outra comarca. 
 
Após isso, deverá o juiz elaborar um relatório escrito do processo, descrevendo todos os atos 
realizados até ali e determinar a inclusão do feito em pauta para julgamento pelo Tribunal do Júri. Tal 
relatório não poderá conter-se de análise de prova e limitar-se-á a descrever, sinteticamente, as 
ocorrências no desenvolvimento do feito. 
Caso o relatório não esteja em conformidade, cabe Mandado de Segurança ou protestar 
imediatamente em plenário, fazendo constar na ata dos trabalhos (art. 495) a alegação de nulidade. 
 
Alistamento dos jurados: 
 
É feito conforme os artigos 425 e 426: 
 
Art. 425. Anualmente, serão alistados pelo presidente do 
Tribunal do Júri de 800 (oitocentos) a 1.500 (um mil e quinhentos) 
jurados nas comarcas de mais de 1.000.000 (um milhão) de 
habitantes, de 300 (trezentos) a 700 (setecentos) nas comarcas de 
mais de 100.000 (cem mil) habitantes e de 80 (oitenta) a 400 
(quatrocentos) nas comarcas de menor população. (Redação 
dada pela Lei nº 11.689, de 2008) 
§ 1o Nas comarcas onde for necessário, poderá ser aumentado o 
número de jurados e, ainda, organizada lista de suplentes, 
depositadas as cédulas em urna especial, com as cautelas 
mencionadas na parte final do § 3o do art. 426 deste Código. 
(Incluído pela Lei nº 11.689, de 2008) 
§ 2o O juiz presidente requisitará às autoridades locais, 
associações de classe e de bairro, entidades associativas e 
culturais, instituições de ensino em geral, universidades, 
sindicatos, repartições públicas e outros núcleos comunitários a 
indicação de pessoas que reúnam as condições para exercer a 
função de jurado. (Incluído pela Lei nº 11.689, de 2008) 
Art. 426. A lista geral dos jurados, com indicação das respectivas 
profissões, será publicada pela imprensa até o dia 10 de outubro 
de cada ano e divulgada em editais afixados à porta do Tribunal 
do Júri. (Redação dada pela Lei nº 11.689, de 2008) 
§ 1o A lista poderá ser alterada, de ofício ou mediante reclamação 
de qualquer do povo ao juiz presidente até o dia 10 de novembro, 
data de sua publicação definitiva. (Incluído pela Lei nº 
11.689, de 2008) 
 
§ 2o Juntamente com a lista, serão transcritos os arts. 436 a 446 
deste Código. (Incluído pela Lei nº 11.689, de 2008) 
§ 3o Os nomes e endereços dos alistados, em cartões iguais, após 
serem verificados na presença do Ministério Público, de 
advogado indicado pela Seção local da Ordem dos Advogados do 
Brasil e de defensor indicado pelas Defensorias Públicas 
competentes, permanecerão guardados em urna fechada a chave, 
sob a responsabilidade do juiz presidente. (Incluído pela 
Lei nº 11.689, de 2008) 
§ 4o O jurado que tiver integrado o Conselho de Sentença nos 12 
(doze) meses que antecederem à publicação da lista geral fica dela 
excluído. (Incluído pela Lei nº 11.689, de 2008) 
§ 5o Anualmente, a lista geral de jurados será, obrigatoriamente, 
completada. (Incluído pela Lei nº 11.689, de 2008) 
 
 
A lista de jurados é ANUAL: 
 
• É publicada pela imprensa até o dia 10 DE OUTUBRO de cada ano e divulgada em editais 
afixados à porta do Tribunal do Júri. 
• Poderá ser alterada, de ofício ou mediante reclamação de qualquer do povo ao juiz-presidente 
até o dia 10 DE NOVEMBRO. 
• É vedado ao alistamento de jurado que já tenha participado de plenário nos últimos 12 meses. 
 
OBRIGATORIEDADE DA FUNÇÃO DE JURADO: 
 
 O serviço do júri é obrigatório ( art 436) 
 Causas de isenção: artigo 437 CPP. 
 Objeção de consciência/ religião: Pena → serviço alternativo 
 Recusa injustificada: multado de 1 a 10 salários-mínimos. 
 
Atenção: O jurado, no exercício da função ou a pretexto de exercê-la, será responsável criminalmente 
nos mesmos termos em que o são os juízes togados. 
 
 O exercício efetivo da função de jurado constituirá serviço público relevante e estabelecerá 
presunção de idoneidade moral. 
 Preferência, em igualdade de condições, nas licitações públicas e no provimento, mediante 
concurso, de cargo ou função pública, bem como nos casos de promoção funcional ou 
remoção voluntária. 
 
NO DIA DO PLENÁRIO… 
 
 Somente será aceita escusa do jurado se fundada em motivo relevante devidamente 
comprovado e apresentada, ressalvadas as hipóteses de força maior, até o momento da chamada dos 
jurados; 
 O jurado somente será dispensado por decisão motivada do juiz-presidente, 
consignada na ata dos trabalhos; 
 Ao jurado que, sem causa legítima, deixar de comparecer no dia marcado para a sessão 
ou retirar-se antes de ser dispensado pelo presidente será aplicada multa de 1 a 10 salários-mínimos. 
 
DA COMPOSIÇÃO DO TRIBUNAL DO JÚRI E DA FORMAÇÃO DO CONSELHO DE 
SENTENÇA 
 
Um juiz togado e + 25 jurados (desse total, serão sorteados 7 que comporão o conselho da sentença); 
As situações de impedimento estão elencadas nos artigos 448 e 449 do CPP: 
 
Art. 448. São impedidos de servir no mesmo Conselho: 
(Redação dada pela Lei nº 11.689, de 2008) 
I – marido e mulher; (Incluído pela Lei nº 11.689, de 2008) 
II – ascendente e descendente; (Incluído pela Lei nº 11.689, 
de 2008) 
III – sogro e genro ou nora; (Incluído pela Lei nº 11.689, de 
2008) 
IV – irmãos e cunhados, durante o cunhadio; (Incluído pela 
Lei nº 11.689, de 2008) 
V – tio e sobrinho; (Incluído pela Lei nº 11.689, de 2008) 
VI – padrasto, madrasta ou enteado. (Incluído pela Lei nº 
11.689, de 2008) 
§ 1o O mesmo impedimento ocorrerá em relação às pessoas que 
mantenham união estável reconhecida como entidade familiar. 
(Incluído pela Lei nº 11.689, de 2008) 
§ 2o Aplicar-se-á aos jurados o disposto sobre os impedimentos, 
a suspeição e as incompatibilidades dos juízes togados. 
(Incluído pela Lei nº 11.689, de 2008) 
Art. 449. Não poderá servir o jurado que: (Redação dada 
pela Lei nº 11.689, de 2008) 
I – tiver funcionado em julgamento anterior do mesmo processo, 
independentemente da causa determinante do julgamento 
posterior; (Incluído pela Lei nº 11.689, de 2008) 
II – no caso do concurso de pessoas, houver integrado o Conselho 
de Sentença que julgou o outro acusado; (Incluído pela Lei 
nº 11.689, de 2008) 
III – tiver manifestado prévia disposição para condenar ou 
absolver o acusado . (Incluído pela Lei nº 11.689, de 2008) 
 
• Caberá ao jurado declinar seu impedimento/suspeição quando sorteado ou, ainda, poderá ser 
recusado por qualquer das partes de forma motivada. 
• Defesa e acusação: 3 recusas imotivadas cada. 
 
 
Art. 451. Os jurados excluídos por impedimento, suspeição ou 
incompatibilidade serão considerados para a constituição do 
número legal exigível para a realização da sessão. 
Art. 452. O mesmo Conselho de Sentença poderá conhecer de 
mais de um processo, no mesmo dia, se as partes o aceitarem, 
hipótese em que seus integrantes deverão prestar novo 
compromisso. 
 
 
DO DESAFORAMENTO: 
 
Art. 427. Se o interesse da ordem pública o reclamar ou houver 
dúvida sobre a imparcialidade do júri ou a segurançapessoal do 
acusado, o Tribunal, a requerimento do Ministério Público, do 
assistente, do querelante ou do acusado ou mediante 
representação do juiz competente, poderá determinar o 
desaforamento do julgamento para outra comarca da mesma 
região, onde não existam aqueles motivos, preferindo-se as mais 
próximas. 
 
 
 
 O PEDIDO: 
 
✔ É feito ao tribunal – Segunda Instância, salvo de for determinado ex offício; 
✔ Terá preferência de julgamento em segunda instância; 
✔ Pode o tribunal conferir efeito suspensivo, impedindo o plenário. 
 
 ORGANIZAÇÃO DA PAUTA PARA JULGAMENTOS PELO JÚRI 
 
Art. 429. Salvo motivo relevante que autorize alteração na ordem 
dos julgamentos, terão preferência: (Redação dada pela Lei 
nº 11.689, de 2008) 
I – os acusados presos; (Incluído pela Lei nº 11.689, de 
2008) 
II – dentre os acusados presos, aqueles que estiverem há mais 
tempo na prisão; (Incluído pela Lei nº 11.689, de 2008) 
III – em igualdade de condições, os precedentemente 
pronunciados. (Incluído pela Lei nº 11.689, de 2008) 
§ 1o Antes do dia designado para o primeiro julgamento da 
reunião periódica, será afixada na porta do edifício do Tribunal 
do Júri a lista dos processos a serem julgados, obedecida a ordem 
prevista no caput deste artigo. (Redação dada pela Lei nº 
11.689, de 2008) 
§ 2o O juiz presidente reservará datas na mesma reunião 
periódica para a inclusão de processo que tiver o julgamento 
adiado. (Redação dada pela Lei nº 11.689, de 2008) 
 
 
As partes são intimadas para julgamento na forma do artigo 420, CPP. 
 
Art. 420. A intimação da decisão de pronúncia será feita: 
(Redação dada pela Lei nº 11.689, de 2008) 
I – pessoalmente ao acusado, ao defensor nomeado e ao 
Ministério Público; (Incluído pela Lei nº 11.689, de 2008) 
II – ao defensor constituído, ao querelante e ao assistente do 
Ministério Público, na forma do disposto no § 1o do art. 370 deste 
Código. (Incluído pela Lei nº 11.689, de 2008) 
Parágrafo único. Será intimado por edital o acusado solto que não 
for encontrado. 
 
 
ATENÇÃO: Assistente de acusação ou defesa: 
 
Art. 430. O assistente somente será admitido se tiver requerido 
sua habilitação até 5 (cinco) dias antes da data da sessão na qual 
pretenda atuar. 
 
 
ORDEM DOS JULGAMENTOS 
 
Terão preferência para inclusão na pauta: 
1. Os acusados presos; 
2. Dentre os acusados presos, aqueles que estiverem há mais tempo na prisão; 
3. Em igualdade de condições, os precedentemente pronunciados. 
 
A lista com os julgamentos previstos será fixada no fórum. 
 
 
 
A intimação da decisão de pronúncia será feita: 
I – pessoalmente ao acusado, ao defensor nomeado e ao Ministério Público; 
II – ao defensor constituído, ao querelante e ao assistente do Ministério Público, na forma do disposto 
no § 1o do art. 370 do CPP. 
Se o réu NÃO for encontrado será intimado por EDITAL. 
 
 
 
 
Ausências no dia do julgamento: 
 
• Se o Ministério Público não comparecer, o juiz-presidente adiará o julgamento para o primeiro 
dia desimpedido da mesma reunião se a ausência for JUSTIFICADA, 
• Caso contrário: o fato será imediatamente comunicado ao Procurador-Geral de Justiça com a 
data designada para a nova sessão.’ (NR) 
• Se o advogado do acusado não comparecer SEM JUSTO MOTIVO, será imediatamente 
comunicado isso a OAB, com a data designada para a nova sessão. 
• O julgamento será adiado uma única vez e o juiz intimará a Defensoria Pública para o novo 
julgamento. 
 
Pedido de adiamento da sessão: 
Os pedidos de adiamento e as justificações de não comparecimento deverão ser previamente 
submetidos à apreciação do juiz. 
 
ATENÇÃO: Se o acusado preso não for conduzido, o julgamento será adiado para o primeiro dia 
desimpedido da mesma reunião, salvo se houver pedido de dispensa de comparecimento subscrito 
por ele e seu defensor. 
 
Não comparecimento de testemunha: 
 
Art. 461. O julgamento não será adiado se a testemunha deixar 
de comparecer, salvo se uma das partes tiver requerido a sua 
intimação por mandado, na oportunidade de que trata o art. 422 
deste Código, declarando não prescindir do depoimento e 
indicando a sua localização. (Redação dada pela Lei nº 
11.689, de 2008) 
§ 1o Se, intimada, a testemunha não comparecer, o juiz 
presidente suspenderá os trabalhos e mandará conduzi-la ou 
adiará o julgamento para o primeiro dia desimpedido, ordenando 
a sua condução. (Incluído pela Lei nº 11.689, de 2008) 
§ 2o O julgamento será realizado mesmo na hipótese de a 
testemunha não ser encontrada no local indicado, se assim for 
certificado por oficial de justiça. (Incluído pela Lei nº 11.689, 
de 2008) 
 
INSTRUÇÃO EM PLENÁRIO 
 
Oitiva das testemunhas de acusação, defesa e ao final, interrogatório do acusado. 
Não se permitirá o uso de algemas no acusado durante o período em que permanecer no plenário do 
júri, salvo se absolutamente necessário à ordem dos trabalhos. 
 
 
ORDEM DE INQUIRIÇÃO 
 
I. O Ministério Público; 
II. O assistente; 
III. O querelante; 
IV. O defensor. 
 
 Nessa ordem, poderão formular, diretamente, perguntas ao acusado. 
 
Os jurados formularão perguntas por intermédio do juiz-presidente. 
 
DEBATES 
 
Tempo: 1h30min para acusação e defesa; 
 1 hora para réplica e tréplica. 
 
Havendo mais de um acusador ou mais de um defensor, combinarão entre si a distribuição do tempo, 
que, na falta de acordo, será distribuído pelo juiz-presidente, de forma a não exceder o determinado. 
 
Havendo mais de 1 acusado, o tempo para a acusação e a defesa será acrescido de 1(uma) hora e 
elevado ao dobro o da réplica e da tréplica. 
 
ATENÇÃO, NÃO PODE! 
Fazer referência: 
• À decisão de pronúncia e a decisão que permitiu o do uso de algemas em plenário. 
• Ao silêncio do acusado em seu prejuízo. 
 
Resultado: N.U.L.I.D.A.D.E 
 
 
Fique ligado: 
 
 
Art. 479. Durante o julgamento não será permitida a leitura de 
documento ou a exibição de objeto que não tiver sido juntado aos 
autos com a antecedência mínima de 3 (três) dias úteis, dando-se 
ciência à outra parte. (Redação dada pela Lei nº 11.689, de 
2008) 
Parágrafo único. Compreende-se na proibição deste artigo a 
leitura de jornais ou qualquer outro escrito, bem como a exibição 
de vídeos, gravações, fotografias, laudos, quadros, croqui ou 
qualquer outro meio assemelhado, cujo conteúdo versar sobre a 
matéria de fato submetida à apreciação e julgamento dos jurados. 
(Incluído pela Lei nº 11.689, de 2008) 
 
TRABALHO DO JUIZ NO PLENÁRIO. 
 
• Até o momento de abertura dos trabalhos da sessão, o juiz-presidente decidirá os casos de 
isenção e dispensa de jurados e o pedido de adiamento de julgamento; 
• Comparecendo, pelo menos, 15 (quinze) jurados, o juiz-presidente declarará instalados os 
trabalhos, anunciando o processo que será submetido a julgamento; 
• Antes do sorteio dos membros do Conselho de Sentença, o juiz-presidente esclarecerá sobre 
os impedimentos, a suspeição e as incompatibilidades constantes dos arts. 448 e 449; 
• Advertirá os jurados de que, uma vez sorteados, não poderão comunicar-se entre si e com 
outrem, nem manifestar sua opinião sobre o processo; 
• Juiz-presidente sorteará 7 (sete) dentre eles para a formação do Conselho de Sentença; 
• O juiz-presidente as lerá, e a defesa e, depois dela, o Ministério Público poderão recusar os 
jurados sorteados, até 3 (três) cada parte, sem motivar a recusa; 
 
 
 
ATENÇÃO 
 
• Se forem 2 ou mais acusados, as recusas poderão ser feitas por um só defensor; 
• A separação dos julgamentos somente ocorrerá se, em razão das recusas, não for obtido o 
número mínimo de 7 (sete) jurados para compor o Conselho de Sentença. 
 
COMPOSTO O CONSELHO DE SENTENÇA, O JUIZ FALA… 
Em nome da lei, concito-vos a examinar esta causa com imparcialidade e a proferir a vossa decisão 
de acordo com a vossa consciênciae os ditames da justiça. 
Os jurados, nominalmente chamados pelo presidente, responderão: 
Assim o prometo! 
O Jurado, em seguida, receberá cópias da pronúncia ou, se for o caso, das decisões posteriores que 
julgaram admissível a acusação e do relatório do processo. 
 
 
 
NULIDADES NO PROCESSO PENAL 
 
Invalidade e ineficácia dos atos processuais: 
• O processo é disciplinado pela lei. As formas devem ser obedecidas; 
• É atividade típica que segue no modelo legal. 
 
Nulidade absoluta e relativa: 
Atos nulos: são aqueles em que falta adequação ao modelo legal. 
• Nulidade absoluta: o vício é flagrante e manifesto é o prejuízo para o contraditório. O vício 
atinge o próprio interesse público. Juiz decreta ex offício. 
• Nulidade relativa: a parte deve arguir a irregularidade do ato e demonstrar efetivo prejuízo. 
 
Sistema de nulidade no processo penal: 
 
Sistema da instrumentalidade das formas 
• Se dá valor à finalidade do ato (cumpriu objetivo?) 
• E ao prejuízo ao acusado (houve prejuízo à defesa?) 
 
Princípio do prejuízo: as formas processuais são instrumento para a correta aplicação do direito. As 
formalidades só devem conduzir à nulidade quando a própria finalidade da norma estiver 
comprometida pelo vício existente e houver prejuízo. 
Demonstração do prejuízo: o dano deve ser concreto e demonstrado efetivamente em cada situação. 
O vício pode ser sanado na nulidade relativa e o ato passa a produzir efeitos (convalidação do ato). A 
nulidade relativa deve ser arguida IMEDIATAMENTE, sob pena de preclusão. 
 
NO JÚRI: 
A sentença de pronúncia é essencial, uma vez que representa o juízo de admissibilidade da acusação 
que remete o caso para o Tribunal do Júri. Dessa forma, a ausência de sentença de pronúncia ou 
mesmo a sua incompletude é causa de nulidade absoluta. 
 
A presença do réu no julgamento: 
Após a edição da Lei 11.689/2008, os julgamentos em plenário do júri passaram a admitir a ausência 
do acusado: ele tem direito ao comparecimento e não a obrigação. É possível que o Júri ocorra sem a 
presença do réu, seja por estar solto, seja por manifesto desejo do réu preso. Todavia, torna se 
indispensável que o réu seja intimado da data da sessão. 
 
TESTEMUNHAS EM PLENÁRIO: 
Se não houve intimação das testemunhas solicitadas pelas partes, o julgamento pelo júri está 
prejudicado e nova sessão deverá ser agendada caso, alguma testemunha falte. Entretanto, no caso de 
todas comparecerem, mesmo que não intimadas, o julgamento poderá ser realizado, afinal cumpriu-
se a finalidade do comparecimento das testemunhas diante do júri. 
 
PELO MENOS 15 JURADOS PARA A CONSTITUIÇÃO DO JÚRI 
A instalação do júri com pelo menos 15 jurados representa uma norma cogente implicando em 
nulidade absoluta caso seja desrespeitada. 
 
DA RECUSA IMOTIVADA DAS PARTES: 
 
“Art. 468. À medida que as cédulas forem sendo retiradas da urna, 
o juiz-presidente as lerá, e a defesa e, depois dela, o Ministério 
Público poderão recusar os jurados sorteados, até 3 (três) cada 
parte, sem motivar a recusa. 
Parágrafo único. O jurado recusado imotivadamente por qualquer 
das partes será excluído daquela sessão de instrução e julgamento, 
prosseguindo-se o sorteio para a composição do Conselho de 
Sentença com os jurados remanescentes.” 
 
INCOMUNICABILIDADE DOS JURADOS: 
Já em relação à incomunicabilidade dos jurados, também gera nulidade absoluta caso os jurados 
conversem entre si sobre fatos relacionados ao processo, com efeito, não obsta que conversem sobre 
temas diversos; já com relação a pessoas estranhas ao julgamento, é vedada a comunicabilidade seja 
qual for o assunto entre elas. 
 
ORDEM DOS QUESITOS: 
I. da materialidade do fato, 
II. da autoria e participação, 
III. se o acusado deve ser absolvido, 
IV. da existência de causas de diminuição de pena alegada pela defesa, e 
V. da existência de circunstancias qualificadoras ou causas de aumento de pena reconhecidas na 
pronúncia. 
 
SÚMULA 156 DO STF: 
“é absoluta a nulidade do julgamento pelo júri, por falta de quesito obrigatório”. 
 
 
 
DOSIMETRIA DE PENA – sistema trifásico 
 
 Dosimetria é o cálculo feito pelo juiz para definir qual pena será imposta a uma pessoa 
em decorrência da prática de um crime; 
 Os maiores equívocos contidos em uma sentença e, consequentemente, com maior 
probabilidade de reforma pelo Tribunal, estão na dosimetria da pena; 
 Cada crime tem a sua pena e o Código Penal, na sua parte especial, e lá estabelece um 
quantitativo mínimo e máximo de pena, além de situações que implicam na diminuição ou no 
aumento dessa sanção. 
 O Código Penal nos traz circunstâncias atenuantes (como a confissão) e agravantes 
(como a reincidência), além de causas de diminuição e de aumento de pena, as quais podem interferir 
no total final da pena a ser aplicada. 
 
ARTIGO 68 DO CP: A pena-base será fixada atendendo-se ao critério do art. 59 deste Código; em 
seguida serão consideradas as circunstâncias atenuantes e agravantes; por último, as causas de 
diminuição e de aumento. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 
Parágrafo único - No concurso de causas de aumento ou de diminuição previstas na parte especial, 
pode o juiz limitar-se a um só aumento ou a uma só diminuição, prevalecendo, todavia, a causa que 
mais aumente ou diminua. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 
 
A dosimetria será realizada por meio de um sistema trifásico, ou seja, dividida. 
 
ETAPAS: 
Primeira fase: fixação da pena-base (utilizando-se os critérios do artigo 59 do Código Penal); 
Segunda fase: o magistrado deve levar em consideração a existência de circunstâncias atenuantes 
(contidas no artigo 65 do Código Penal) e agravantes (artigos 61 e 62, ambos do Código Penal); 
Terceira fase: eventuais causas de diminuição e de aumento de pena. 
 
 
Ressalte-se que a lei não estabelece um critério para definir qual a proporção entre o aumento da 
pena e a quantidade de circunstâncias negativadas, ficando tal critério ao arbítrio do magistrado, o 
qual deverá se atentar pela razoabilidade. 
 
Aumento deverá seguir uma ordem proporcional à quantidade de circunstâncias que forem 
negativadas, ou seja, se temos o total de 08 (oito) circunstâncias, cada negativação corresponderá ao 
aumento da pena base na fração de 1/8 (um oitavo) 
Isso porque determinadas situações, a gravidade da conduta é tão grande que, por si só, impõe o 
aumento da pena base em um patamar mais elevado do que 1/8. 
 
 
PRIMEIRA FASE: 
Fixa-se a pena-base. 
 
SEGUNDA FASE: 
As atenuantes estão descritas no artigo 65 do Código Penal, sendo mais comuns a menoridade penal 
(menor de 21 anos) e a confissão espontânea. 
As agravantes estão nos artigos 61 e 62 do Código Penal e as mais comuns são a reincidência e os 
crimes cometidos contra crianças ou maiores de 60 anos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ATENÇÃO: Se existir alguma circunstância agravante, a mesma deve ser aplicada posteriormente ao 
reconhecimento da atenuante; 
Há entendimento de que a atenuante da confissão ou qualquer outra, como a menoridade, deve ser 
compensada com a agravante da reincidência. 
POSIÇÃO DO STJ: as atenuantes e agravantes devem ser aplicadas na fração de 1/6, tanto para 
diminuir quanto para aumentar a pena. 
 
SÚMULA 231 DO STJ: “A incidência da circunstância atenuante não pode conduzir à redução da 
pena abaixo do mínimo legal”. 
 
TERCEIRA FASE: 
Causas de diminuição e de aumento de pena. 
Um exemplo de causa de diminuição de pena está contido no artigo 33, § 4º, da Lei 11.343/06, o qual 
estabelece que a pena será diminuída se preenchidos alguns requisitos. 
Portanto, as majorantes e minorantes têm sua quantidade estabelecida na própria lei e podem 
aumentar a pena acima do limite máximo ou reduzir abaixo do limite mínimo. 
Elas podem ter quantidades fixas ou variadas. 
Por exemplo, o art. 121, §4º determina o aumento de 1/3 de forma fixa. 
Já o art.157, §2º estabelece o aumento de 1/3 até a metade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
REGIME DE CUMPRIMENTO DE PENA: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PENA RESTRITIVA DE DIREITOS: 
 
As penas restritivas de direitos são chamadas de “penas alternativas” 
1. Não houve violência ou ameaça na execução do crime 
2. A pena aplicada não for maior que 4 anos, ou pra crimes culposos independente da pena 
3. O réu não for reincidente em crime doloso 
4. O réu não tiver maus antecedentes. 
 
Tipos de penas restritivas de direitos: 
✔ Prestação pecuniária; (A prestação pecuniária consiste no pagamento em dinheiro à vítima, 
seus dependentes ou à entidade pública ou privada com destinação social. 
1 salário mínimo e nem maior que 360 salários.) 
✔ Perda de bens e valores; (Neste tipo de pena, bens e valores do condenado são retirados e 
transferidos pro Fundo Penitenciário Nacional. Esta pena ser aplicada em 3 situações: o crime 
tenha produzido prejuízo à vítima; causado vantagem patrimonial ao responsável pelo crime; 
provocado vantagem patrimonial a uma terceira pessoa.) 
✔ Prestação de serviços à comunidade ou entidades públicas; (Na prestação de serviços à 
comunidade ou entidades públicas, há a atribuição de tarefas gratuitas ao condenado, em: 
entidades assistenciais, hospitais, escolas, orfanatos, programas comunitários ou estatais; As 
tarefas são selecionadas de acordo com as habilidades do condenado; aplicada nas 
condenações maiores que 6 meses de privação de liberdade.) 
✔ Limitação de fim de semana; 
✔ Interdições temporárias de direitos. 
✔ Multa; (consiste no pagamento ao Fundo Penitenciário Nacional de um valor fixado na 
sentença e calculado em dias-multa; A pena de multa vai ser, no mínimo, de 10% e, no máximo, 
de 360 dias-multa.) 
 
COMO FIXAR: 
• Juiz define o número de dias-multa, que pode variar entre o mínimo de 10 e o máximo de 360. 
• O Juiz fixa o valor de cada dia-multa. Não pode ser menor que um trigésimo do salário-
mínimo vigente ao tempo do fato, nem maior que cinco vezes esse salário.

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