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Farmacologia Maria Eduarda Cabral @apostilavet Licenciado para - Júlia R odrigues - 02669204031 - P rotegido por E duzz.com Introdução à Farmacologia p.1 Farmacodinâmica p.6 Farmacocinética p.9 Sistema Nervoso Anatomofisiologia p.18 Agonistas e Antagonistas Colinérgicos p.22 Agonistas e Antagonistas Adrenérgicos p.25 Anestésicos Locais p.28 Farmacologia do Sistema Nervoso Central p.31 Fármacos Antiepilépticos p.41 Agentes Anestésicos Gerais p.44 Tranquilizantes e Sedativos p.48 Bloqueadores Neuromusculares p.51 Farmacologia Cardiovascular p.54 Farmacologia do Sistema Gastrointestinal p.60 Farmacologia dos Diuréticos p.69 Anti-inflamatórios p.72 Quimioterápicos p.79 Antimicrobianos p.82 Sumário Licenciado para - Júlia R odrigues - 02669204031 - P rotegido por E duzz.com 1 Maria Eduarda Cabral @ a p o s t i l a v e t Introdução à farmacologia Os primeiros relatos de drogas eram dos nativos (indivíduos não civilizados), pois utilizavam as plantas como medicamentos, eles viam o efeito clínico da utilização desses medicamentos através de demonstrações antigas, do erro e acerto. A farmacologia tem suas origens nos primórdios da humanidade, desde que o homem primitivo começou a usar substâncias obtidas na natureza, dos reinos mineral, vegetal e animal, com finalidades medicinais ou visando obter efeitos nocivos. No início, houve muita investigação para os efeitos nocivos. O papiro de Ébers, faz menção à utilização terapêutica de várias substâncias químicas pela antiga civilização egípcia, por exemplo, metais pesados (chumbo, cobre), extrato de plantas e venenos de animais. Mitridates VI: foi o primeiro farmacólogo experimental. Temendo ser envenenado, Mitridates VI estudou substâncias nocivas, visando proteger-se contra os possíveis "venenos". Começou a ingerir pequenas doses destas substâncias, procurando criar no organismo imunidade contra seus efeitos nocivos, eram feitos inicialmente nos seus escravos. O termo midridatismo, refere-se à imunidade contra "venenos" obtida mediante a exposição de pequenas doses, que são gradativamente aumentadas. Dioscórides (séc. 11 - 1 a.C.): considerado o "Pai da Farmácia", escreveu uma obra na qual estão descritas cerca de 600 plantas medicinais. Galeno (131 - 201): escreveu cerca de 400 tratados sobre Medicina, preconizando o uso de extratos de plantas e outros produtos naturais. Avicena (980 - 1037): introduziu o uso da cânfora e da noz vômica. Paracelso (1493 - 1541): primeiro a combater o galinismo, introduziu novos medicamentos e defendeu o uso de poucos ingredientes nas suas formulações. Samuel Hahnemann (1755 - 1843): criador da homeopatia, sistema terapêutico que considera que "os semelhantes curam-se com os semelhantes". François Magendie (1783 - 1855): introduziu o conceito de investigação sistemática da ação da droga, trabalhando com a estricnina. Hipócrates: considerado o "pai da medicina", acreditava que as doenças tinham causas naturais e não sobrenaturais, enfatizava a importância da ética na medicina, por causa de suas ideias, ajudou a livrar a medicina do misticismo. Ele estudou muito sobre as plantas e começou a medicar algumas pessoas. é a ciência que estuda a ação de substâncias químicas em um organismo vivo, fazendo parte desse conhecimento propriedades físico-químicas, absorção, distribuição, mecanismo de ação, biotransformação e eliminação, bem como usos e efeitos dessas substâncias químicas no organismo animal, essa substância química pode trazer benefícios e malefícios. DROGA: atualmente o termo refere-se a qualquer substância química que, em quantidades suficientes (que não atue como alimento), possa agir sobre um organismo vivo, produzindo alterações. Essas alterações podem ser tanto maléficas como benéficas. Ressalta-se que uma droga não cria funções, apenas modifica aquelas já existentes. a maioria das drogas sofrem uma biotransformação no fígado, quando você ingere uma substância que consegue transformar alguma função sem criar funções, essa substância é chamada de droga. a droga pode acarretar um efeito benéfico ou maléfico, se o efeito for benéfico essa substância será chamada de medicamento, quando um efeito é maléfico ela será um veneno. Ou seja, a droga é qualquer substância química que produza um efeito. as drogas tendem a serem drogas ideais, quando a droga é produzida, a empresa visa em efeitos para a melhora desse paciente, então para a droga ser ideal, ela tem que ter: 1. EFETIVDADE. 2. SEGURANÇA.. 3. SELETIVIDADE: os medicamentos são pensados para agir em um determinado órgão, com células específicas, em cada célula tem um ponto de ligação que é o receptor, quando tomamos um medicamento, a molécula química vai se encaixar no receptor da célula que foi destinada para fazer o efeito, ou seja, em locais específicos para se encaixar. as drogas são encontradas em outros lugares, mas hão há efeito, pois ela só faz efeito no local no qual ela foi destinada. 4. REVERSBILIDADE: capacidade da droga ser reversível, ou seja, que esse medicamento tenha um antídoto para cortar o efeito da droga e se tornar reversível. 5. FÁCIL ADMINISTRAÇÃO. 6. MÍNIMAS INTERAÇOES. Licenciado para - Júlia R odrigues - 02669204031 - P rotegido por E duzz.com 2 Maria Eduarda Cabral @ a p o s t i l a v e t 7. ISENTA DE REAÇÕES ADVERSAS. existem drogas que são medica mentos e venenos, o que faz ela ser um dos dois é a dose. ÍNDICE TERAPÊUTICO: é o intervalo entre a dose efetiva e a dose letal. Tem alguns medicamentos que são um veneno em potencial, porém, podem possuir um índice terapêutico muito longe, ou, possuírem um índice terapêutico muito próximo. Quando administrados de forma errônea, não são reversíveis. MEDICAMENTO: qualquer substância química empregada em um organismo vivo, visando-se obter efeitos benéficos. São substâncias químicas destinadas a curar, diminuir, prevenir e/ou diagnosticar as enfermidades. TODO MEDICAMENTO É UMA DROGA, MAS NEM TODA DROGA É UM MEDICAMENTO. FÁRMACO: sinônimo de droga ou medicamento, capacidade de alterar alguma função. Fármaco designa uma substância química conhecida e de estrutura química definida, dotada de propriedadefarmacológica. REMÉDIO: tudo aquilo que cura, alivia ou evita uma enfermidade. Este termo abrange os agentes químicos (medicamentos) e os agentes físicos (duchas, massagens, etc). O remédio é a junção do medicamento (substância química) junto com todas as outras coisas que contribuem para o tratamento, ex. dieta + medicamento. NUTRACÊUTICO: combinação dos termos nutrição e farmacêutico, referindo-se a um produto nutricional que se alega ter valor terapêutico, além de seu valor nutricional cientificamente comprovado. Se intitula em ajudar em tudo, tem vitaminas, ômegas, entre outras coisas. Se alega ter valor terapêutico, mas é também um aditivo com valor nutricional, não possui muito valor terapêutico. A forma como a droga entra no organismo e age, é dividida em dois grupos: 1. : todo o caminho percorrido pelo medicamento. 2. : modo como a droga age no organismo, é o mecanismo de ação dos medicamentos. Quando estudamos a farmacologia precisamos entender o que a droga faz e como ela faz, além do caminho percorrido, onde vemos a absorção, distribuição, metabolismo e excreção, além do mecanismo de ação. FARMACOTÉCNICA: estuda o preparo das drogas, a purificação e conservação dos medicamentos, visando conseguir um melhor aproveitamento dos seus efeitos no organismo. FARMACOGNOSIA: trata da obtenção, identificação e isolamento de princípios ativos, isto é, matérias-primas naturais, encontradas nos reinos minerais, vegetal ou animal, passíveis de uso terapêutico (estuda os princípios ativos dos vegetais, minerais ou animais). FARMACOLOGIA CLÍNICA: compatibiliza as informações obtidas no laboratório avaliadas em animais saudáveis com aquelas obtidas no animal-alvo/enfermo. FARMACOTERAPÊUTICA: se refere ao uso de medicamentos para o tratamento das enfermidades e, de outros meios (como cirurgia, radiação e etc), para a prevenção, tratamento e diagnóstico das doenças. IMUNOFARMACOLOGIA: grande avanço em função dos conhecimentos gerados a partir da realização dos transplantes e do desenvolvimento da Imunologia. TOXICOLOGIA: ciência que estuda os agentes tóxicos, sendo estas quaisquer substâncias químicas ou agentes físicos (radiação) capazes de produzir efeitos nocivos em um ser vivo. As finalidades dos medicamentos são: 1. EFEITO Curativo: por exemplo, os antibióticos. 2. Profilático: por exemplo, vacinas. 3. SINTOMÁTICO: fazer parar os sintomas, por exemplo, parar a dor. 4. DIETÉTICO: por exemplo, ração. 5. DIAGNÓSTICO. Visam facilitar a administração de medicamentos, todas as substâncias presentes dentro do medicamento são: a. PRINCÍPIO ATIVO: substância principal da fórmula, é o medicamento em si. o medicamento de referência e genérico são exatamente iguais. o medicamento similar tem igual apenas o princípio ativo, onde o restante da composição pode ser diferente, nem sempre fazem o mesmo efeito do de referência. b. ADJUVANTE: substâncias químicas colocadas na formulação para dar estabilidade química, são conservantes, estabilizantes, diluentes, desagregantes, aglutinantes, deslizantes, antiaderentes... Licenciado para - Júlia R odrigues - 02669204031 - P rotegido por E duzz.com 3 Maria Eduarda Cabral @ a p o s t i l a v e t c. CORRETIVO: dá o sabor, torna as fórmulas agradáveis, como edulcorantes e flavorizantes. d. VEÍCULO: é o que dá volume e formato, é uma substância empregada na fórmula farmacêutica Q.S.P (quantidade suficiente para). Formato que o medicamento tem, ex. comprimido, xarope, pasta... É evidente que o uso racional dos medicamentos, que é objetivo da farmacologia aplicada, só pode ser conseguido com o diagnóstico preciso da enfermidade que acomete o animal, quanto mais preciso o diagnóstico menos medicamento usa. O conhecimento tanto qualitativo quanto quantitativa da ação (local de ação - receptor) do medicamento e também do efeito (consequência da atuação no local da ação) no organismo animal fundamenta a indicação da posologia. POSOLOGIA: é o estudo das dosagens do medicamento com fins terapêuticos. começa com uma dose baixa e vai aumentando, a resposta individual varia, onde através da curva olhamos a maioria que surge efeito. serve para conhecer o medicamento, as drogas e os seus efeitos com uma dose baixa quando necessária. DOSE: se refere à quantidade do medicamento necessária para promover a resposta terapêutica, possui várias unidades de medidas - mg/Kg; UI/Kg; mcg/Kg; mg/m2. mcg multiplica por 1000 para transformar para mg. O m2 acha em analgésicos muito potentes e quimioterápicos. a dose é relativa ao peso do animal, em animais pequenos utiliza quantidades maiores de anestésicos em mg. O frasco do medicamento traz a concentração. transformação de unidade: 1. 2,5% -> MULTIPLICA POR 10 = 25 mg - 1 ml 2,5 g - 100 ml (multiplica por 1000) 2500 mg - 100 ml 25 mg - 1 ml 2. 1,2 g - 100 ml 1200 mg - 100 ml 12 mg - 1 ml DOSAGEM: inclui, além da dose, a frequência de administração e a duração do tratamento. S.I.D: uma vez ao dia. B.I.D: duas vezes ao dia. T.I.D: três vezes ao dia. Q.I.D: quatro vezes ao dia. Q.D: todos os dias. 1. MORFINA: 1% -> 10 mg/ml (peso do animal = 5 kg). DOSE: 0,1 ---- 0,7 mg/kg (foi escolhido o 0,5). DOSAGEM: 5 X 0,5 = 2,5 2,5/10 = 0,25 Ml -> 0,25 mL - Q.I.D. 2. 1 COMPRIMIDO: 200 mg. DOSE: 5 mg/Kg. PACIENTE: 10 Kg. DOSAGEM: 5 X 10 = 50 50/200 = 5/20 = 1/4 do comprimido 3. PENICILINA: 1.200.00 UI -> divide por 5 (porque colocou 5 ml) = 240.000 DOSE: 40.000 UI/Kg PACIENTE: 15 Kg. DOSAGEM: 15 X 40000 = 600000 600000/240000 = 2,5 Ml Não significa vias de administração, é o formato que o medicamento vem. SOLUÇÃO: mistura homogênea de soluto com solvente. É miscível, ou seja, se mistura tão bem que se transforma em uma única coisa. exemo: vacinas liofilizadas (vacina com dois frasquinhos) e clister/enema (líquido por via retal). tudo que é diluído (vai ser solubilizado). tudo aquilo que dilui. SÓLIDO é diferente de SOLUTO = pode ser sólido e líquido. ÁGUA é diferente de SOLVENTE = a água é o principal solvente, mas para algumas drogas usa o óleo como solvente. SUSPENSÃO: preparação farmacêutica obtida pela dispersão de uma fase sólida insolúvel em uma fase líquida, tem um corpo de fundo -> mais soluto do que solvente (vai estar escrito para agitar antes de usar, onde o princípio ativo não vai se misturar). exemo: antibiótico. EMULSÃO: preparação obtida por duas fases líquidas imiscíveis, ou seja, por duas substâncias que não se misturam. Licenciado para - Júlia R odrigues - 02669204031 - P rotegido por E duzz.com 4 Maria Eduarda Cabral @ a p o s t i l a v e t Comum em medicamentos de pele que o veículo é mais gorduroso. exemo: sarnicida. XAROPE: solução concentrada de açúcar. Tem que ter obrigatoriamente açúcar, que faz parte da fórmula farmacêutica, dá a palatabilidade e estabilidade química. exemo: antitussígeno. COLÍRIO: forma farmacêutica destinada aos olhos (específico para o olho). Todas as drogas têm que ser distribuídas pela corrente sanguínea. POUR ON: forma líquida de medicamento depositada no dorso do animal, a pele distribui a droga como um todo. É tópico, alguns medicamentos ainda chegam na corrente sanguínea. exemo: antiparasitário. PROVENDA: o medicamento é oferecido escondido no alimento que o animal deglute, é o medicamento escondido na comida ou a própria comida. exemplo: remadil. CÁPSULA: forma farmacêutica na qual o medicamento é colocado dentro de um envoltório (amido ou gelatina) constituído de duas unidades justapostas. COMPRIMIDO: adiciona-se ao princípio ativo o amido, sendo este materialprensado, dando uma forma cilíndrica. O comprimido sulcado pode ser cortado. PASTILHA: forma farmacêutica sólida, moldada ou comprimida, geralmente flavorizada e mastigável, tem sabor. BOLO E PÍLULA: formas farmacêuticas semiduras, esféricas e que devem ser deglutidas. O bolo pode ter outras vias de administração e a pílula só a via oral. DRÁGEA: medicamento colocado no interior de um envoltório rígido, de formato variável, geralmente brilhante. Pode proteger o princípio ativo do pH estomacal, odor ou sabor desagradável (comprimido altamente revestido, não se pode cortar). Todas essas formas farmacêuticas vão para o estômago (com um pH 2.), onde o seu pH faz com que tudo seja digerido, a proteção serve para o medicamento que são muito sensíveis ao pH para fazer sua função, tem proteção por causa do pH estomacal, o que varia é a quantidade de proteção necessária. Não são líquidas nem sólidas. POMADA: preparação tópica constituída de base monofásica onde podem estar dispersas substâncias líquidas e sólidas, é uma solução engrossada. PASTAS: pomada contendo grande quantidade de sólido em dispersão, é uma suspensão engrossada. CREME: preparação obtida pela dispersão de duas fases líquidas não miscíveis. OBS: durante a prescrição de uma forma farmacêutica, considerar a espécie animal, dificuldades de administração e entendimento do proprietário. A via de administração é uma maneira como o medicamento entra em contato com organismo, é sua porta de entrada, podendo ser via oral (boca), retal (ânus), parental (injetável), tópica (pele), vaginal, nasal, oftálmica, sublingual (debaixo da língua) e entre outras. Cada via é indicada para uma situação específica e apresenta vantagens e desvantagens. Algumas fórmulas farmacêuticas só tem uma via de administração. Uma injeção, por exemplo, é sempre incômoda e muitas vezes dolorosa, mas possui um efeito mais rápido. 1. VIA ENTERAL: administração por via digestória, pode ser: oral (também sublingual), retal e intra-ruminal. 2. VIA PARENTERAL: administração por injeção, precisa de seringa e agulha. Subcutânea, intramuscular, intravenosa, intra-auricular, intra-peritoneal, intradérmica e intracardíaca. 3. VIA TRANSMUCOSA OU TÓPICA: é tudo o que sobra. Intramamária, tópica, oftálmica e intravaginal. As receitas são documentos, possuindo dois pontos principais: 1. Você está oferecendo um documento, uma prova. 2. Fazer uma boa receita, deixar tudo bem explicado. No receituário, tem que colocar o local para comprar o medicamento, ou seja, em qual das farmácias (farmácia humana, farmácia veterinária ou farmácia de manipulação), não colocar o nome da farmácia por ser antiético. Resenha do paciente (nome do paciente). Nome do proprietário. Na primeira linha a via de administração (sempre sublinhada), podendo ser: oral, tópica, oftálmica, otológica (ouvido), intramuscular, subcutânea, intravenosa, retal e etc). Nome do produto (comercial ou genérico). Licenciado para - Júlia R odrigues - 02669204031 - P rotegido por E duzz.com 5 Maria Eduarda Cabral @ a p o s t i l a v e t Apresentação (comprimidos, drágeas, cápsulas, xaropes, ampola, solução, suspensão e etc). Dosagem (composição: mg, g, mg/ml, g/ml, etc). Quantidade que vai comprar. a indicação deve vir sempre sublinhada, se a indicação for controlada, colocar o nome de referência ou princípio ativo. Corpo da receita: como o proprietário faz a administração. Primeiro falar a dose, segundo a frequência (o tempo) e em terceiro a duração do tratamento (ex. 7 dias). Anular o campo não utilizado e o verso. Data. Assinatura. Carimbo com número de registro no conselho. Exemplos: 1. Ranitidina ampola 50 mg/ml - (2 mg/Kg, T.I.D, subcutânea, 5 dias) - farmácia humana. Ranitidina: 50 mg/ml. Dose: 2 mg/kg. Peso: 8 kg Volume da medicação: 8 x 2/50 = 0,32 mL. RECEITA HV Farmácia Humana Nome: Bob, canina, 8 kg. Proprietário: José Batista Uso subcutâneo Ranitidina 50 mg/ml ---------------------------- 15 amp. Aplique 0,32 ml, a cada 8 horas, durante 5 dias. 19/02/2018 2. Diazepam amp. 10 mg/2ml - (0,5 mg/Kg, T.I.D, subcutânea, 10 dias) - Farmácia Humana. Concentração (Diazepam): 10 mg/2ml = 5 mg/ml. Peso: 8 kg. Dose: 0,5 mg/Kg. Dosagem (volume da concentração): 8 X 0,5/5 = 0,8 ml. Diazepam amp. 10 mg/2ml ------------------- 1 frasco. 3. Flunixin meglumine comp. 5 e 20 m (suspensão injetável 10 mg/ml - 1,1 mg/Kg, S.I.D, VO/SC, 3 dias) - Farmácia Veterinária. Flunixin meglumine: 5 e 20 mg. Peso: 18 Kg. Dose: 1,1 mg/Kg. Dosagem: 18 X 1,1 = 19,8 = 18 mg. 3/4 do de 20 mg. ou 3 comprimidos de 5 mg + 1/2 de 5 mg. ANTIBIÓTICO: arredonda para cima. Anti-inflamatório: arredonda para baixo. 4. Cydectin ® susp. 1g/100 ml (0,5 - 1mg/Kg, S.I.D, VO, a cada 3 dias por 60 dias) - Farmácia Veterinária Cydectin: 1g/100 ml -> 1000 mg/100 ml -> 10 mg/ml ou multiplica direto por 10. Dose: 0,5 - 1mg -> 0,5 mg/Kg. Peso: 2,5 Kg. Dosagem: 2,5 X 0,5/10 = 0,125 ml. 5. Bacterin ® solução 240 mg/5ml (15mg/Kg, T.I.D, VO, 7 dias) - Farmácia Humana Bacterin: 240 mg/5 ml = 48 mg/ml. Dose: 15 mg/Kg. Peso: 30 kg. Dosagem: 30 X 15 / 48 = 9,375 ml. Regulamentação específica - Secretaria da Vigilância Sanitária. ANVISA: atualização da lista de substâncias entorpecentes e psicotrópicas. Medicações de controle especial: A (A1, A2, A3); B (B1, B2); C (C1, C2, C3, C4, C5); D (D1, D2); E; F. A1: substâncias entorpecentes - morfina e análogos. A2: substâncias entorpecentes de uso permitido somente em concentrações especiais - codeína. A3: substância psicotrópica - anfetamina. Receituário A: coloração amarela e é fornecida pela autoridade sanitária municipal ou estadual. B1: substâncias psicotrópicas como os benzodiazepínicos e barbitúricos. B2: psicotrópicos anorexígenas. Receituário de cor azul e são confeccionados pelo profissional ou instituição de acordo com o modelo definido pela legislação. acepromazina. Licenciado para - Júlia R odrigues - 02669204031 - P rotegido por E duzz.com 6 Maria Eduarda Cabral @ a p o s t i l a v e t fenobarbital. amitriptilina. Receituário de controle especial - branca em duas vias. 1 VIA: retenção farmácia. 2 VIA: orientação ao paciente. 1. Foi prescrito para uma criança 48 mg de paracetamol de 12/12 horas para ser administrado em seringa oral. A apresentação do fármaco é 120mg/5ml. Quantos ml serão administrados em cada dose? 120 mg - 5 ml x - 1ml -> x = 120/5 = 24 mg/ml. Uma criança: 48 mg. Horário: 12/12 horas. Concentração: 24 mg/ml 24 mg - 1 ml 48 mg - x x = 48/24 = 2 ml. 2. Na prescrição para um paciente consta o medicamento amoxicilina suspensão, por via oral, devendo ser administrado 500 mg de 8 em 8 horas. A apresentação de amoxicilina é de 25 mg em cada 5 ml. Quantos ml devem ser administrados em cada dose? 250 mg - 5 ml x - 1 ml -.> x = 50 mg/ml. 500 mg - x 50 mg - 1 ml -> x = 10 ml. 3. Foi prescrito para o paciente 250 mg de amicacina IM de 12/12 horas. Entretanto, a apresentação desde medicamento (existe no hospital) é de ampolas de 2 ml com 500 mg (sendo que este fármaco já se encontra diluído, ou seja, é uma solução). Quantos ml devem ser administrados em cada dose? 500 mg - 2ml 250 mg - x -> x= 1 ml -> 250 mg/ml. 4. Devem ser administrados em um paciente 250 mg de cefalotina por via endovenosa de 6/6 horas. A apresentação desse fármaco disponível no setor é de frasco-ampola de 1g (portanto, uma grama o medicamento se encontra em pó liofilizado que corresponde ao soluto e, neste caso, o fabricante determina que a quantidadede solvente para cada frasco-ampola deve corresponder a 10ml). Como deve ser administrado esse medicamento? Medicamento: 1g/10ml -> 1000 mg/10 ml -> 100 mg/ml. 100 mg - 1 ml 200 mg - x -> x: 2ml. 5. Foi prescrito para o paciente 5mg de Gentamicina por via endovenosa de 12/12 horas diluídos em 20ml de soro glicosado a 5%. No hospital, encontra-se disponível apenas ampolas de 40mg/ml. Como calcular e administrar este fármaco? 40 mg - 1 ml 5 mg - x -> x: 0,125 ml em 20 ml de soro glicosado a 5% 6. PACIENTE: cão, macho, 5 anos, inteiro (não castrado). Peso -> 34 kg, medicamento -> 15mg/kg, concentração do frasco -> 20mg/ml. 1 kg - 15 mg 34 kg - x -> x: 510 mg. 1 ml - 20 mg x - 510 mg -> x: 25,5 ml. 7. Cão, fêmea, 10 anos, castrada, 12 kg, medicamento -> 7,5 mg/kg, concentração -> 12% ou 120 mg/ml. x: 12 X 7,5/120 = 0,75 ml. Farmacodinâmica mecanismo de ação e relação dose/resposta - nenhum medicamento cria uma função, só estimula ou inibe uma já existente. A farmacodinâmica estuda o mecanismo de ação dos medicamentos. MEDICAMENTOS ESTRUTURALMENTE INESPECÍFICOS: provoca alterações nas propriedades físico-químicas, como o grau de ionização, solubilidade, tensão superficial e atividade termodinâmica. a estrutura dele não é tão importante para exercer sua função, pequenas mudanças não alteram sua função. o principal do grupo é o anestésico inalatório, são lipossolúveis, chegam no sistema nervoso e através da sua lipossolubilidade conseguem atravessar a barreira hematoencefálica, se prendendo no neurônio ou axônio e exercendo sua função. MEDICAMENTOS ESTRUTURALMENTE ESPECÍFICOS: sua ação decorre de sua estrutura química, se ligam a receptores formando um complexo, o que leva a uma determinada alteração na função celular. exemos: atropina se liga aos receptores inibindo uma enzima, usado para acelerar o batimento cardíaco. Licenciado para - Júlia R odrigues - 02669204031 - P rotegido por E duzz.com 7 Maria Eduarda Cabral @ a p o s t i l a v e t São macromoléculas proteicas com função de: enzimas. moléculas transportadoras (exemplo: hormônios, eletrólitos). canais iônicos: alteram a quantidade de íons extracelular e intracelular, sistema mais rápido de atuação. receptores: localizados na membrana plasmática, transmitindo a informação para dentro da célula, promovendo a ação do medicamento. ácidos nucleicos: no próprio DNA tem receptores e produzem proteínas de extrema importância que desencadeiam funções. Geralmente os medicamentos são inibidores de enzimas. Anti-inflamatório (carprofeno) bloqueia a inflamação, inibindo a enzima ciclo-oxigenase-2, responsável pela cascata de inflamação. Alguns medicamentos exercem sua ação interferindo nas proteínas transportadoras. Tais proteínas são responsáveis pelo carreamento de substâncias para o interior das células. Glicose, aminoácidos, íons e neurotransmissores (moléculas que inibem ou estimulam o sistema nervoso). Atuam como receptores de substâncias endógenas, ex: hormônios e neurotransmissores. Transmissão de informação extracelulares. Transmitir a informação extracelular para dentro da célula. Velocidade efeito dos receptores: : acoplados diretamente a um canal iônico, por já estarem no canal iônico seu efeito é mais rápido, exemplo -> receptor GABAérgico, neurotransmissor - receptor: aumento da permeabilidade celular a íons específicos, levando, portanto a uma mudança do potencial elétrico das membranas celulares e da composição iônica intracelular, isso demora milissegundos. Para a células desempenhar sua função tem as trocas de íons no canal iônico. : quando captados os sinais intracelulares, estes são transmitidos intracelularmente através de segundos mensageiros que vão desencadear respostas a este estímulo, leva alguns segundos. Receptor + 1º mensageiro + 2º mensageiro. : produzidas pelos hormônios, leva horas. Ação dos medicamentos para causar seu efeito farmacológico, não criam funções, apenas modificam as existentes. Receptores ligados à proteína G: ligada na membrana plasmática, maioria dos receptores conhecidos atualmente, atua em diversos sistemas. adenilato ciclase: monofosfato de adenosina cíclico (AMPc). guanilato ciclase: monofosfato de guanosina cíclico (GMPc). fosfolipase C: fosfato de inositol - diacilglicerol. fosfolipase A: ácido araquidônico - eicosanoides. regulação dos canais de cálcio. AMPc, GMPc e fosfolipase C são de ação intermediária, a fosfolipase A está relacionada com a cascata de inflamação. O medicamento se liga no receptor que utiliza a proteína G como mensageiro. Sempre tem um mensageiro, quando a velocidade é intermediária ela vai ter dois mensageiros. A proteína G está associada a maioria dos receptores. Mensageiros entre receptores e as enzimas responsáveis pela mudança no interior da célula, se encontra dentro da membrana plasmática. São compostas por três subunidades: α, þ, ƴ (complexo αþƴ) das quais as porções þ e ƴ não se dissociam, quando se liga no receptor é para transmitir a mensagem para a proteína efetora. Entrega a mensagem para que ocorra um efeito. Quando o receptor é ocupado por uma molécula agonista (estimulam a produção) ocorre uma alteração conformacional no receptor, fazendo com que este adquira alta afinidade pelo complexo αþƴ. A ligação com o complexo provoca a dissociação do nucleotídeo difosfato de guanina (GDP) ligado a porção α que é então, substituído pelo trifosfato de guanina (GTP) que causa a dissociação do complexo liberando a subunidade α-GTP ativada. α-GTP ativada: se desloca na membrana e pode atuar sobre várias enzimas e canais iônicos causando o efeito celular. A α- GTP ativada é quem leva a informação para a proteína efetora. O processo é concluído quando o GTP é hidrolisado pela GTPase e a proteína efetora α se liga as subunidades þƴ. Tipo de proteína G: proteína Gs: estimulante dos receptores adenilato ciclase. Licenciado para - Júlia R odrigues - 02669204031 - P rotegido por E duzz.com 8 Maria Eduarda Cabral @ a p o s t i l a v e t proteína Gi: inibitória dos receptores de adenilato ciclase. proteína Go: relacionada aos canais iônicos. proteína Gq: ativadora da fosfolipase. PROTEÍNA Gs é ativada após ligação do neurotransmissor ao seu respectivo receptor, e está estimulará a enzima adenilato ciclase a produzir a partir do trifosfato de adenosina (ATP) - AMPc (segundo mensageiro). A partir do ATP produz a AMPc sendo um segundo mensageiro (faz o transporte para uma parte mais interna da célula, se a proteína efetora estiver dentro da célula, precisa de um segundo mensageiro). AMPc têm efeitos reguladores muito variados. enzimas que participam no metabolismo energético. divisão celular. diferenciação celular. O mecanismo comum que acarretará efeitos está associado à ativação de várias proteínas quinases dependentes do AMPc. Proteínas Gs e Gi: aumentam ou diminuem os níveis de AMPc. O GMPc também tem um papel importante como segundo mensageiro em eventos celulares diversos. Ativação de proteinoquinases, fosfodiesterases de nucleotídeos cíclicos e canais iônicos. ligados aos efeitos do óxido nítrico na contração de músculos lisos ou na migração e adesão de macrófagos. Esse sistema de transmissão é multirregulador e envolve vários segmentos mensageiros relacionados com inúmeras alterações celulares determinadas pela ativação de diferentes receptores. Após ligação do agonista ao seu receptor: um fosfolipídio de membrana é hidrolisado pela fosfolipase C que foi ativada pela proteína Gq. formando dois compostos: inositol trifosfato (IP) e o diacilglicerol (DAG). O inositol trifosfato leva a mensagempara dentro da célula, o diacilglicerol leva para a membrana plasmática, ambos são mensageiros. INOSITOL TRIFOSFATO (IP) possui grande hidrossolubilidade e alcança o citoplasma, agindo em receptores de membrana do retículo endoplasmático, promovendo a liberação para o citoplasma de íons de Ca++, os íons de cálcio é que, posteriormente produzem os efeitos celulares. O DIACILGLICEROL (DAG), por ser lipossolúvel, permanece no interior da membrana onde foi originado, ativando proteinoquinase C que causa fosforilação de diferentes proteínas intracelulares, levando aos efeitos farmacológicos. liberação de hormônios, aumento ou redução na liberação de neurotransmissores, contração ou relaxamento muscular liso. A ativação da fosfolipase A2, mediada pela ligação do agonista com o receptor e a proteína G, leva a produção de eicosanoides (são ácidos graxos, precursores da inflamação), a partir do ácido araquidônico. Precisa de segundo mensageiro (fosfolipase A). Alteração da abertura dos canais iônicos ligados ao potássio, estabelecendo comunicação entre células e funcionando como hormônios locais. Receptores acoplados a proteína Go. Controlar a função de canais iônicos por mecanismos diretos, sem o envolvimento de segundos mensageiros (AMPc e GMPc ou IP). RECEPTORES LIGADOS À TIROSINOQUINASE: relacionados a ação de vários fatores de crescimento e de hormônios como a insulina. RECEPTORES QUE REGULAM A TRANSCRIÇÃO DE DNA: hormônios esteroides e tireoidianos usam esses receptores para transcrição de gases selecionados que produzem proteínas específicas. Se encontram no interior da célula como um constituinte solúvel no citosol. Quantidade de medicamento usado para produzir uma ação. Curva dose resposta. para a maioria das substâncias, a intensidade de efeito produzido pelo medicamento depende da quantidade administrada, esse efeito também é determinado pela quantidade de receptores que serão ocupados. Agonistas (estimulam) VS Antagonista (inibem ou atrapalham a ação de outro medicamento). 1. Quantidade administrada. 2. Receptores livres. Licenciado para - Júlia R odrigues - 02669204031 - P rotegido por E duzz.com 9 Maria Eduarda Cabral @ a p o s t i l a v e t Complexo medicamento-receptor reversível. EC50: concentração do medicamento que ocupa 50% dos receptores. mensura a atividade entre medicamento e receptor. Quanto menor concentração ou dose do medicamento necessária para desencadear determinado efeito, mais potente é esse medicamento. Potência in vivo VS Potência in vitro -> são diferentes. Na prática, os fatores que limitam a eficácia de um medicamento são normalmente o aparecimento de efeitos colaterais. Não existe na grande maioria das vezes correlação entre eficácia e potência. Hiper-reativo, hiporreativo, tolerância, dessensibilização, supersensibilidade e hipersensibilidade. SINERGISMO: efeito de dois medicamentos ocorrendo na mesma direção. sinergismo por adição: efeito combinado de dois ou mais medicamentos é igual à soma dos efeitos isolados. sinergismo por potenciação: o efeito combinado de dois ou mais medicamentos é maior do que a soma dos efeitos isolados. ANTAGONISMO: interação de dois medicamentos pode levar a diminuição ou anulação completa dos efeitos de um deles. antagonismo farmacológico: competição pelo mesmo receptor, antagonismo competitivo - competitivo parcialmente reversível e competitivo irreversível. antagonismo farmacológico não competitivo: o antagonista bloqueia em algum ponto a cadeia de eventos que levaria à resposta desencadeada pelo agonista. antagonismo fisiológico: dois agonistas interagem em sistemas de receptores independentes, porém, produzido efeitos opostos que se anulam, ex. epinefrina e histamina. DEFINIÇÃO: movimento de uma substância química no interior de um organismo vivo após ter atravessado as barreiras celulares e alcançado seu local de ação. 1. ABSORÇÃO. 2. DISTRIBUIÇÃO. 3. BIOTRANSFORMAÇÃO. 4. EXCREÇÃO. Estuda o caminho que a droga percorre no organismo até a sua chegada no receptor. Esse caminho é dividido nas etapas: absorção, distribuição, metabolização/biotransformação e excreção -> são etapas que correspondem ao caminho que a droga percorre desde a sua entrada até a saída do organismo. A ligação da droga com o receptor e o seu efeito recebe o nome de farmacodinâmica. Depois que a droga faz efeito, ela se desprende do receptor saindo para a corrente sanguínea para a sua eliminação. Descrever os princípios que governam a ação do organismo sobre as moléculas do fármaco. Aplicar esses princípios na prática clínica. Para um medicamento produzir os efeitos no organismo, ele precisa estar presente: no local correto e na concentração adequada. Série de processos pelos quais, uma substância externa a um ser vivo nele penetre, sem lesão traumática, chegando até a corrente sanguínea. Primeira fase da farmacocinética, são todos os mecanismos que faz com que a molécula de droga chegue na corrente sanguínea. Licenciado para - Júlia R odrigues - 02669204031 - P rotegido por E duzz.com 10 Maria Eduarda Cabral @ a p o s t i l a v e t Para o medicamento sair e chegar na corrente sanguínea, a absorção vai ser a passagem da droga para a corrente sanguínea, sem que haja algum trauma/lesão. A constituição das membranas celulares, o pH do meio e o PK do medicamento alteram o transporte transmembrana do medicamento. Absorção: tem que considerar as vias de administração para que as drogas cheguem na corrente sanguínea. Quando o medicamento atravessa, ele tem que passar numa barreira tissular (tecido que o medicamento precisa passar, ex: quando passa pelo intestino, ouvido, olho e etc), o único medicamento que não tem que passar por essa barreira, é administrado pela via intravenosa, pois ele já cai direto na corrente sanguínea, não precisando percorrer todo o caminho até ela, como o restante dos medicamentos fazem. Respeitar as vias de administração para chegar na corrente sanguínea, chegando ele vai ser distribuído até encontrar um receptor para fazer o seu mecanismo de ação, após isso, será metabolizado (ex: fígado, pulmão, rim, cérebro e etc), qualquer órgão pode ser metabolizador, pois as enzimas necessárias são produzidas pelo retículo endoplasmático liso, só que no hepatócito tem muito retículo endoplasmático liso e por isso o fígado é o mais importante, depois de metabolizada, a droga é excretada (ex: rim, pulmão, suor, leite). IMPORTÂNCIA DA FARMACOCINÉTICA E ABSORÇÃO: determinação do período entre a administração do fármaco e o surgimento do efeito farmacológico, Determinação das doses e determinação das vias de administração. FATORES QUE PODEM INFLUENCIAR: ligados à via de administração, ligados ao fármaco, ligado ao paciente e ligado à formulação. Os medicamentos em sua maioria são ácidos ou bases fracas, e quando dissolvidas em água, apresentam-se na forma ionizada. influência do pH. influência do pKa. fatores que alteram a absorção. O pH é o potencial hidrogeniônico e, o pKa é o coeficiente de dissociação, quanto mais dissociado mais ionizado (não tem a ver com a barreira tissular, esses dois fatores irão contribuir para a absorção ou não). REAÇÕES DE NEUTRALIZAÇÃO Ex: efeito tampão. Os medicamentos sempre precisam ser administrados num pH semelhante ao seu, ou seja, medicamento com pH ácido terá o seu receptor em algum órgão ácido, pH básico tem um receptor básico, caso o pH seja ácido e o receptor básico, o medicamento se perde, ocorrendo uma reação química, onde um ácido + base se transforma em sal (sem fazer efeito) e água, quando neutraliza o ácido é quebrado no meio e a basetambém. Para o medicamento se ligar no receptor tem que estar com suas características íntegras, a molécula química não pode ter nenhuma alteração. Para que as drogas se liguem nos receptores, elas precisam estar em sua forma não-ionizada, caso estejam em formato ionizado, pode ser que não se liguem aos receptores. Licenciado para - Júlia R odrigues - 02669204031 - P rotegido por E duzz.com 11 Maria Eduarda Cabral @ a p o s t i l a v e t EXEMPLO: H2O + CO2 -> H2CO3 (ácido carbônico). O H2CO3 está na forma não ionizada, não está quebrado, é a forma integral. A forma ionizada é a quebra, como por exemplo H2O + CO2, não se encaixa no receptor. pKa: cálculo que mostra a capacidade da droga em se dissociar, de sair da forma não-ionizada para a ionizada, quanto maior o pKa da droga, maior é a sua capacidade de ionizar, sendo instável. pH da droga semelhante ao pH do meio para que não ocorra a neutralização. Tornam-se impermeáveis à maioria das moléculas polares e aos íons e, permeáveis às moléculas apolares, assim, medicamentos lipossolúveis atravessam facilmente as barreiras celulares. A parte não-ionizada das moléculas de um medicamento tem características menos polar e mais lipossolúvel que a parte ionizada, assim a porção não-ionizada é mais absorvível que a parte ionizada. O medicamento precisa chegar no receptor para fazer efeito, para que o medicamento chegue no receptor ele precisa passar por vários lugares para a droga passar de uma barreira e chegar na corrente sanguínea tem que passar por células, ou passar dentro da célula ou entre as células. O medicamento tem que ter características lipossolúvel, para que assim sejam atraídos para a membrana plasmática que tem uma constituição lipofílica externamente. Se a droga for hidrossolúvel ela irá se distanciar da membrana plasmática, por não ser atraída ela irá se repelir. A parte de fora da membrana plasmática é lipofílica (tudo que conter uma molécula de gordura será atraída para a membrana plasmática), os medicamentos precisam chegar perto da membrana plasmática da célula para passar pela barreira tissular e, com isso, tem que ser compatível com a membrana lipofílica, sendo lipossolúvel, se for hidrossolúvel se repele quando chega perto da membrana plasmática. O rim é um órgão excretor, mandando embora tudo que estiver ionizado e hidrossolúvel, se a substância for não- ionizada e lipossolúvel será REABSORVIDA. As drogas chegam no organismo não-ionizada e lipossolúvel, para as drogas serem excretadas elas precisam estar na forma ionizada e hidrossolúvel, o órgão que faz essa transformação é o fígado, que é um órgão metabolizador, transformando a droga para a sua excreção, quando chegar no rim ela será excretada. A droga tem que ser lipossolúvel para conseguir ficar um tempo no organismo. Processos passivos: difusão simples, filtração, difusão facilitada. Processos ativos. Pinocitose. Fagocitose. 1. MUCOSA GASTROINTESTINAL: revestimento de células epiteliais muito unidas, bloqueio completo de espaços intercelulares, difusão através das membranas celulares. as barreiras do intestino são muito unidas, onde o medicamento tem que encontrar áreas que não tem GAP para passar (mais comum passar dentro da célula do que entre as células), passa pela parede do intestino e pela parede do vaso sanguíneo, caminhando por todo o organismo do animal até encontrar um receptor. Licenciado para - Júlia R odrigues - 02669204031 - P rotegido por E duzz.com 12 Maria Eduarda Cabral @ a p o s t i l a v e t A via de administração e o local que vai fazer efeito é extremamente importante. 2. TECIDO EPITELIAL: células próximas, passagem pelas membranas celulares por moléculas apolares. exemplo: pele, bexiga, olho... 3. BARREIRA HEMATOENCEFÁLICA: o sistema nervoso central (SNC) mantém seu meio externo constante, criando condições para a ocorrência da sinapse. Barreira formada por capilares com poucas vesículas de pinocitose, associadas por células endoteliais, unidas por áreas extensas de zônulas de oclusão. células muito unidas, por estarem unidas e muito próximas, faz com que nada chegue no sistema nervoso central, a droga tem dificuldade em chegar no SNC pela característica histológica e por causa das meninges (durá-mater, aracnóide e pia-máter), a droga precisa encontrar um vaso sanguíneo para chegar no SNC, os vasos geralmente tem espaços entre as células, possibilitando a entrada e saída dos medicamentos pelo vaso, para que assim chegue no seu local de ação. Entretanto, no vaso sanguíneo do cérebro não têm os espaços, quando o medicamento consegue passar pelo vaso, ele ainda terá que passar depois pelas meninges, chegando no neurônio e efetuando a sua ação. 4. BARREIRA PLACENTÁRIA: dividida em placenta rasa, placenta intermediária e placenta profunda. SINCICIOTROFOBLASTO se localiza ao redor do embrião, sendo um grupo de células que procuram os vasos sanguíneos, entrando no endométrio. Crescem tanto que invadem o endométrio, indo em direção ao vaso sanguíneo, tem uma enzima que mata as células do endométrio. Não ocorre troca de sangue da mãe e do feto, o que acontece é a troca de substâncias, aquilo que se encontra mais concentrado na mãe vai para o feto e vice-versa, sendo a circulação placentária. PLACENTA RASA: o embrião entra pouco, ou seja, não há muita troca de substâncias, conseguindo medicar a mãe. PLACENTA INTERMEDIÁRIA: entra mais ou menos, presente nos carnívoros. PLACENTA PROFUNDA: entra muito, tudo o que vai para a mãe também vai para o feto, então o medicamento chega no feto. O que varia os tipos de placentas é a profundidade do sinciciotrofoblasto. A placenta possibilita um íntimo contato entre o feto e a fêmea prenhe, bem como a troca de nutrientes. a) placenta epicorial: encontrada nos ruminantes, suínos e equinos, vilos coriônicos penetram no endométrio sem que haja grande destruição do endométrio. NÃO OCORRE PASSAGEM DE ANTICORPOS MATERNOS. b) placenta endoteliocorial: encontrada nos carnívoros, a penetração dos vilos na mucosa uterina ocorrem com a dissolução ampla do tecido. c) placenta hemocorial: encontrada nos primatas e roedores, ocorre maior destruição tissular durante a penetração dos vilos coriônicos. PERMITE A PASSAGEM DE SUBSTÂNCIAS E ANTICORPOS PARA O FETO, substâncias de baixo peso molecular e apolares atravessam a placenta e são absorvidas pelo feto por difusão simples ou facilitada. 5. BARREIRAS CAPILARES: capilares com máculas -> maioria dos capilares do organismo, encontrados nos músculos, vísceras e ossos. Apresentam zônulas frouxas nas junções celulares. capilares fenestrados -> estão presentes em órgãos excretores e secretores como: glomérulos renais e glândulas salivares, pancreáticas e hipofisária. Licenciado para - Júlia R odrigues - 02669204031 - P rotegido por E duzz.com 13 Maria Eduarda Cabral @ a p o s t i l a v e t capilares com bloqueio completo -> capilares sem espaço entre as células, obrigando as substâncias passarem entre as células, exemplo: barreira hematoencefálica. Considerar: necessidade do efeito sistêmico ou localizado, latência para o efeito, características físico-químicas do medicamento. Medicamento absorvido e distribuído para a circulação sistêmica. Capacidade de dissolução e atravessar as barreiras gastrointestinais. Intestino delgado, principal local de absorção. Via Enteral oral sublingual retal ruminal METABOLISMO DE PRIMEIRA PASSAGEM fenômeno no qual a concentração da droga é significativamente reduzida pelo fígado,antes de atingir a circulação sistêmica. droga administrada -> droga absorvida (sistema digestivo) -> sistema porta hepático -> veia porta hepática -> fígado -> metabolização -> circulação -> disponibilidade menor que 100%. SUBLINGUAL e RETAL não sofrem efeito de primeira passagem, pois a absorção não acontece no intestino delgado, escapando do sistema porta-hepático, na circulação portal. Tudo que entra no intestino vai para a corrente sanguínea, onde o primeiro órgão que os vasos levam o sangue é o fígado (faz metabolização, transforma em ionizado e hidrossolúvel), essa primeira passagem pelo fígado recebe o nome de EFEITO DE PRIMEIRA PASSAGEM, onde a droga antes de chegar no seu local de ação, passa pelo fígado sendo metabolizada, por isso a dose na via enteral é maior, pois parte da droga é perdida e a que sobra é a que causa o efeito farmacológico. As drogas que são administradas via sublingual e retal passam no fígado depois de ter saído do receptor e ter feito a sua ação. VIA INTRAVENOSA Vantagens: obtenção rápida de efeitos farmacológicos, administração de grandes volumes e administração de soluções irritantes. Desvantagens: risco de embolia, infecção e imprópria para soluções oleosas. Local de administração: grandes -> veia jugular; médios -> veia marginal da orelha; pequenos -> veia cefálica e safena. VIA INTRAMUSCULAR Vantagens: via de absorção relativamente rápida, sendo adequada para administração de medicamentos oleosos, aquosos e suspensão de depósitos. Desvantagens: dor e surgimento de lesões musculares pela aplicação de substâncias irritantes. Local de administração: músculo semimembranoso e semitendinoso. VIA SUBCUTÂNEA Via de absorção lenta e contínua, medicamentos absorvidos por difusão, atravessando poros e fenestrações existentes entre as células do endotélio dos capilares vasculares e dos vasos linfáticos. Vantagens: absorção constante para soluções e lentas para suspensões e pellets. Desvantagens: facilidade de produzir sensibilização, dor e necrose. OUTRAS VIAS PARENTAIS identificação de alérgenos, tuberculina. via de administração de animais de laboratório, administração de grandes volumes. Licenciado para - Júlia R odrigues - 02669204031 - P rotegido por E duzz.com 14 Maria Eduarda Cabral @ a p o s t i l a v e t usada para eutanásia em animais de laboratório. penetração nas membranas que envolvem o SNC. administração do espaço subaracnóide. VIA TRANSMUCOSA Utilizada para obtenção de efeitos não sistêmicos. Tópica. Pour on. Inalatória. Intramamária. Ligados ao fármaco: fase farmacêutica, lipossolubilidade, peso molecular, grau de ionização, concentração e via de administração. Ligados ao organismo: vascularização do local, superfície de contato e enfermidades. Transferência reversível da droga de um compartimento corpóreo para outro, isto é, após a absorção, sai desse compartimento e vai para o seu local de ação. O medicamento sai da corrente sanguínea chegando no seu local de ação, o processo de saída do medicamento do sangue para o local de ação é a distribuição. Fenômeno em que uma droga, após a absorção, sai da corrente sanguínea e dirige-se ao seu local de ação (biofase). Absorção é a chegada do medicamento até a entrada no vaso sanguíneo, quando entra no vaso sanguíneo e vai até o seu local de ação, é a distribuição. Após ir para a circulação sanguínea, o medicamento é distribuído para os compartimentos: centrais: altamente vascularizados, como coração, fígado, rins e baço. periféricos: pele, ossos e tecido adiposo, menos vascularizados. IRRIGAÇÃO DOS TECIDOS distribuição inicialmente para os órgãos e tecidos de maior fluxo sanguíneo, o órgão que tem mais irrigação é o pulmão. Quanto maior for a vascularização de um órgão, mais rápido a droga chega no seu local de ação. Órgãos mais vascularizados têm uma alta concentração de drogas, como por exemplo: no músculo a droga chega mais rápido do que no osso. Primeiro fator que contribui para a distribuição: Fatores que determinam a distribuição: ligação com proteínas. ligação tecidual. fluxo sanguíneo do órgão. permeabilidade da membrana. solubilidade do medicamento. As moléculas de medicamentos ligam-se às proteínas plasmáticas teciduais de forma reversível. MOLÉCULAS ÁCIDAS, LIGAM-SE À ALBUMINA. MOLÉCULAS BÁSICAS, LIGAM-SE À ALFA-GLICOPROTEÍNA. Somente moléculas livres alcançam o sítio de ação. Equilíbrio entre fração livre e fração ligada. Fração ligada, reservatório circulante de medicamento potencialmente ativo. A quantidade de droga que se liga as proteínas plasmáticas depende de três fatores: 1. Concentração de droga livre. 2. Sua afinidade pelos sítios de ligação. 3. Concentração de proteínas plasmáticas. Licenciado para - Júlia R odrigues - 02669204031 - P rotegido por E duzz.com 15 Maria Eduarda Cabral @ a p o s t i l a v e t Toda vez que toma um medicamento, ele vai para a corrente sanguínea, o medicamento livre é aquele que sai do vaso e vai para um local de ação, quando você toma um medicamento e ele vai para a corrente sanguínea, mais ou menos, 90% dos medicamentos se ligam nas proteínas plasmáticas. Se a droga não se ligasse, 100% delas iriam para o local de ação e se ligariam nos receptores e depois iriam para o fígado para serem metabolizadas, tendo pouca duração. Sempre o que faz efeito é a porção livre da droga, quando se liga na proteína plasmática, o medicamento tem que se soltar para conseguir fazer efeito. Alteração da ligação com as proteínas plasmáticas: velhice e recém-nascido, gestação com baixa albumina e aves com baixa albumina, pois medicamentos de caráter ácido são melhores distribuídos nas aves do que em mamíferos, competição pelas proteínas plasmáticas. Medicamentos altamente lipossolúveis podem acumular-se no tecido adiposo. Tempo necessário para que a concentração plasmática de um determinado agente terapêutico se reduza à metade. IMPORTÂNCIA: duração da ação após a única dose, tempo necessário para alcançar equilíbrio, tempo necessário para a eliminação e frequência da dose. CONCEITO: consiste na biotransformação química de substâncias, sejam elas medicamentos ou agentes tóxicos, dentro do organismo vivo, visando favorecer sua eliminação. Este processo permite a formação de metabólitos que são habitualmente mais polares e menor lipossolúveis que a molécula original, favorecendo sua eliminação. Processo que ocorre geralmente no fígado, medicamento na forma lipossolúvel e não-ionizado fica na forma hidrossolúvel e ionizado, sendo a mudança nas características químicas das substâncias, onde elas terão a capacidade de serem excretadas. Drogas lipossolúveis têm tropismo pela membrana plasmática, droga ionizada significa que é uma droga quebrada. Mecanismos enzimáticos localizados no fígado são responsáveis pela biotransformação de compostos lipossolúveis. Essas enzimas são localizadas no retículo endoplasmático liso. ÓRGÃOS BIOTRANSFORMADORES: fígado, intestino, pulmão, rins, sangue, pele e mucosas, placenta e encéfalo. O fígado vai produzir enzimas, sendo produzidas no retículo sarcoplasmático liso, as enzimas transformam a droga em hidrossolúvel e ionizada. Alteração química da molécula: Enzimas biotransformadoras: MICROSSOMAIS: enzimas produzidas no retículo endoplasmático liso. NÃO-MICROSSOMAIS: mitocôndrias, lisossomos, citoplasma e sangue, flora intestinal... produzidas em outras organelas sem ser o retículo endoplasmático liso (REL). 1. DROGA ATIVA chega em um órgão metabolizador, a droga entra no fígado (ex) e vira um metabólito inativo (ionizadae hidrossolúvel) para ser excretada. 2. DROGA ATIVA -> METABOLIZAÇÃO -> METABÓLITO ATIVO (quebrada em pedaços menores lipossolúveis e não- ionizada), sendo ainda capazes de se ligar nos receptores. Licenciado para - Júlia R odrigues - 02669204031 - P rotegido por E duzz.com 16 Maria Eduarda Cabral @ a p o s t i l a v e t 3. DROGA ATIVA -> METABOLIZAÇÃO -> METABÓLITO ATIVO (menor atividade), seus metabólitos têm uma capacidade menor. 4. DROGA ATIVA -> METABOLIZAÇÃO -> METABÓLITO ATIVO (maior atividade). 5. DROGA INATIVA (pró-droga) -> METABOLIZAÇÃO -> METABÓLITO ATIVO, ex: anticoncepcionais, a droga é ativada através do fígado, podendo se ligar nos receptores. A biotransformação de medicamentos acontece em duas fases: 1. FASE 1: OXIDAÇÃO, REDUÇÃO E HIDRÓLISE. são reações de quebra, quando quebra a molécula ela fica ionizada. Na primeira fase tem o processo de quebra, resultam em um fármaco inativo ou menos ativo. Também podem gerar produtos mais reativos quimicamente e, portanto, algumas vezes mais tóxicos ou carcinogênicos do que a droga original. não ionizada -> ionizada. 2. FASE 2: CONJUGAÇÃO. quando o medicamento se liga em uma molécula grande, ele sofre hidrólise. Cada um dos íons da fase 1 se ligam em uma molécula grande, passando de lipossolúvel para hidrossolúvel, uma enzima que faz esse processo (fase 1). Os gatos têm problema na fase 2. pode ser uma enzima ou não, mas tem que ser uma substância endógena. conjugação do medicamento ou seu metabólito a um substrato endógeno, sofrendo reações mais profundas, que inativam os medicamentos levando a um aumento da hidrossolubilidade. FASE 1: metabólito pode ser ativo ou inativo. transformação química (oxidação, hidrólise e redução). reação de biotransformação mais frequente. na maioria dos casos, envolvem enzimas microssomais. citocromo P450 álcool desidrogenase aldeído desidrogenase xantina oxidase monoamina oxidase SISTEMA ENZIMÁTICO DO CITOCROMO P450 FASE 2: metabólito inativo e rapidamente eliminado. biossíntese de moléculas polares endógenas, que são conjugadas tanto com produto de fase I quanto com fármaco matriz. combinação com doador endógeno. aumento da hidrofilicidade e do peso molecular. conjugados mais polares que o composto original, que não são tóxicos e são rapidamente excretados. ácido glicurônico (glicuronidação) ácido sulfúrico (sulfatação) 5-adenosilmetionina (metilação) glutationa (conjugação com glutation) FISIOLÓGICOS: idade, polimorfismo (acetilação, CYP 2D6, tem espécies que não produzem tanta P450 na fase 1), nutrição, espécie, sexo (fêmeas prenhas diminuem a produção de enzimas). FARMACOLÓGICOS: inibição enzimática e indução. inibição enzimática: faz com que o fígado pare de produzir enzimas, demorando mais para ser metabolizado e com isso, permanece mais tempo no organismo, a droga associada pode causar isso. indução enzimática: interação entre várias drogas, a metabolização acontece mais rápido porque tem uma maior quantidade de enzimas, faz com que o medicamento permaneça menos tempo no organismo, a associação de determinadas drogas faz isso. a associação de drogas faz com que diminua ou aumente as enzimas, se chamando interação medicamentosa. ESTADOS PATOLÓGICOS: hepatopatias. Excreção do medicamento após biotransformação ou de forma inalterada. Eliminação das drogas, principal órgão excretor: rim. Principais órgãos: rins, fígado, pulmões, secreções (saliva, suor, leite). Principal processo de eliminação de medicamentos solúveis em água. medicamentos ionizados. não ligados às proteínas plasmáticas. Licenciado para - Júlia R odrigues - 02669204031 - P rotegido por E duzz.com 17 Maria Eduarda Cabral @ a p o s t i l a v e t poucos lipossolúveis. FILTRAÇÃO TUBULAR secreção renal reabsorção tubular excreção renal Drogas eliminadas pelo rim através da urina. MEDICAMENTO IONIZADO - HIDROSSOLÚVEL: está na corrente sanguínea e chega no rim entrando no néfron, não sofre reabsorção, sendo excretado. Todo sangue existente no organismo passa pelos néfrons, sendo algumas moléculas reabsorvidas. REABSORÇÃO TUBULAR: fármacos lipossolúveis tem maior facilidade de serem absorvidos pelo túbulo, diminuindo a excreção renal, inclusive as formas não-ionizadas são mais lipossolúveis e menos hidrossolúvel. os fármacos são excretados, pois possuem baixa permeabilidade tubular, não são lipossolúveis, sendo eliminados pela urina. com esta finalidade de facilitar a excreção, as fases 1 e/ou 2 da metabolização, modificam os fármacos para se tornarem mais polares. Acidificação da urina fosfato de potássio vitamina C Alcalinização da urina bicarbonato de sódio Eliminação de medicamento pela via hepática por intermédio da bile. cães apresentam boa excreção biliar. ovinos e gatos apresentam intermediária excreção biliar. coelhos e primatas apresentam má excreção biliar. medicamentos lipossolúveis podem ser reabsorvidos pelo intestino. CICLO ENTERO-HEPÁTICO a droga é eliminada pelas fezes, o medicamento cai na corrente sanguínea e passa pelo processo de biotransformação (ionizado e hidrossolúvel), esse medicamento vai para o intestino delgado, se o medicamento tiver qualquer lipossolubilidade vai para o fígado que encaminha o medicamento para a vesícula biliar e retorna para o intestino, sendo eliminado na forma de fezes. -> -> -> -> -> -> gases e substâncias voláteis; difusão simples; pressão alveolar < pressão sanguínea; substância em formato gasoso é eliminada pelo pulmão. Muitas substâncias sofrem metabolização, mas fica comum pouco de lipossolubilidade e quando a fêmea está amamentando, elas vão para as glândulas mamárias, sendo eliminadas através do leite. Concentram-se no leite: substâncias lipossolúveis.; substâncias básicas, pois pH do leite (6,6) < pH sangue (7,4); cafeína e anfetamina.; risco do lactente e ingestão do leite animal. A interação medicamento-receptor de um fármaco pode ser quantificada pela relação entre a dose (concentração) do fármaco e resposta do organismo (do paciente) a este fármaco. POTÊNCIA (EC50): de um fármaco refere-se à concentração em que o fármaco produz 50% de sua resposta máxima. quantidade que vai ser administrada, não tem a ver com qualidade. EFICÁCIA (Emáx): refere-se à resposta máxima produzida pelo fármaco. Eficácia pode ser considerada como o estado em que a sinalização mediada pelo receptor se torna máxima, de modo Licenciado para - Júlia R odrigues - 02669204031 - P rotegido por E duzz.com 18 Maria Eduarda Cabral @ a p o s t i l a v e t que qualquer quantidade adicional do fármaco não irá produzir nenhuma resposta adicional. esse estado é habitualmente alcançado quando todos os receptores estão ocupados pelo fármaco. a droga é melhor. Faz parte do sistema nervoso periférico, sendo os nervos. É dividido em: sistema nervoso somático. sistema nervoso autônomo. Sistema nervoso somático: no corpo celular ocorre a saída dos axônios que fazem a sinapse direto com o músculo, é comandado pelo animal. inervação dos músculos esqueléticos. sinapses ocorrem no interior da medula espinhal, local de origem de neurônios mielinizados até a junção neuromuscular. Sistema nervoso autônomo (SNA) ou visceral: não controlamos ele, funciona independentemente por meio de neurotransmissores, apresenta centros de controle onde o estímulo sai. transporta impulsos do sistema nervoso central. ação integradora sobre a homeostase corporal. regulaçãode atividades fisiológicas/não voluntárias: respiração, circulação, digestão, temperatura corporal, metabolismo, secreções de glândulas endócrinas e exócrinas. SISTEMA NERVOSO AUTÔNOMO (SNA): centros de controle no sistema nervoso central e fibras aferentes e eferentes (deixam o sistema nervoso central em direção ao sistema nervoso periférico, saem do hipotálamo e bulbo - encéfalo -, e medula espinhal). FIBRAS EFERENTES: têm origem no corpo celular (SNC). fibras pré-ganglionar: sai do sistema nervoso central e chegam no gânglio. Mielinizadas e fazem sinapse em gânglio autônomo externamente do sistema nervoso central. fibras pós-ganglionar: sai do gânglio, corpo celular e fibras não mielinizadas. Inervação da estrutura efetora (ex. músculos cardíacos, glândulas e etc). Tanto estruturalmente como funcionalmente, o sistema nervoso autônomo (SNA) é dividido em: 1. SNA - SIMPÁTICO OU ADRENÉRGICO: principal neurotransmissor é a norepinefrina. 2. SNA - PARASSIMPÁTICO OU COLINÉRGICO: principal neurotransmissor (na junção neuroefetora) é a acetilcolina. atuam nas fendas sinápticas, desencadeiam a ação, uma é antagonista da outra. Possui corpo celular no corpo lateral da substância cinzenta da medula espinhal, ou seja, o corpo celular está dentro da medula espinhal. Licenciado para - Júlia R odrigues - 02669204031 - P rotegido por E duzz.com 19 Maria Eduarda Cabral @ a p o s t i l a v e t As fibras deixam a medula em toda coluna toracolombar (t1 A l3). Gânglios simpáticos paravertebral, pré-vertebral e terminal. Região de origem central: mesencéfalo e bulbo, saem os nervos autônomos ligados aos nervos cranianos, sendo eles o nervo oculomotor (III), facial (IV), glossofaríngeo (IX), vago (X), acessório (XI). O nervo vago inerva a região do coração, brônquios, pulmões, esôfago, estômago, intestino delgado, parte inicial do cólon, fígado e pâncreas. Região lombossacra da medula espinhal: bexiga, reto e genitais. Geralmente, seus efeitos são contrários ao do sistema nervoso simpático. O sistema nervoso simpático e o parassimpático inervam as mesmas estruturas, só muda a sua função e a região que sai. São os órgãos que não controlamos, a maioria das vísceras são inervadas por ambas as divisões do SNA - simpático e parassimpático. ANTAGONISMO ENTRE SNA SIMPÁTICO E PARASSIMPÁTICO: são respostas diferentes em um mesmo órgão, podendo estimular ou inibir. entretanto, suas atividades podem ser diferentes e independentes ou integradora e interdependente. Exemplos: músculo liso visceral e coração - efeitos opostos. órgãos sexuais masculinos - efeitos complementares (mediado pelo tipo de receptor). glândulas sudoríparas - somente inervação simpática. músculo ciliar ocular - somente inervação parassimpática. Seu efeito depende do órgão efetor. Quem mantém a homeostase e os órgãos é o sistema nervoso parassimpático. SIMPÁTICO: atividade contínua, porém varia de momento a momento e de órgão efetor. Entretanto, após a ativação do simpático em momento de estresse, raiva ou medo, prepara o organismo para um estado de "luta ou fuga". aumento da frequência cardíaca, aumento da pressão arterial com redirecionamento sanguíneo contrário a pele, hiperglicemia, brônquios e pupilas se dilatam. epinefrina secretada pela medula adrenal, o estímulo simpático chega na glândula adrenal para liberar epinefrina e adrenalina. PARASSIMPÁTICO: produz descargas discretas e localizadas, está associado a manutenção da energia e da função orgânica durante períodos de atividade mínima. redução da frequência cardíaca e pressão arterial, ativação dos movimentos peristálticos e esvaziamento da bexiga e do reto, ativação de glândulas salivares, lacrimais e células mucosas, broncoconstrição. CONDUÇÃO: passagem de impulsos ao longo do axônio ou fibra muscular. TRANSMISSÃO: passagem de impulso por uma sinapse ou junção neuroefetora. Passa por um gânglio onde na sinapse libera os neurotransmissores (transmissão química dos impulsos nervosos). IMPULSOS ELÉTRICOS: percorre o axônio por meio de despolarização e repolarização, o íon Na está fora e o K está dentro, a troca de íons gera uma alteração na carga elétrica da membrana, fazendo com que o impulso seja transmitido. Despolarização local da membrana neuronal. Licenciado para - Júlia R odrigues - 02669204031 - P rotegido por E duzz.com 20 Maria Eduarda Cabral @ a p o s t i l a v e t como resultado do aumento seletivo da permeabilidade dos íons Na+ que entram na célula. Repolarização da membrana pelo aumento seletivo da permeabilidade dos íons de K+ que saem da célula. Fluxo iônicos são mediados pelos canais iônicos. Geram uma corrente iônica e um potencial de ação que é propagado através do axônio até a terminação nervosa pré ou pós-ganglionar -> liberação de neurotransmissores. LIBERAÇÃO DO NEUROTRANSMISSOR: exocitose - cálcio dependente. A exocitose tira uma molécula de dentro da célula e a joga para fora, nesse caso, joga a molécula para a fenda sináptica. nesse processo, vesículas de armazenamento migram até a membrana da terminação nervosa e fundem-se a ela, e abrem-se no interior, no espaço extracelular - liberando o neurotransmissor que podem interagir com receptores pós-ganglionar (pós-sinápticos). simpático ou parassimpático - acetilcolina (o neurotransmissor liberado entre a fibra pré e pós- ganglionar é sempre a acetilcolina). SIMPATOMIMÉTICO: estimula o sistema nervoso simpático. α1 -> ação simpatomimético. Acetilcolina ativa os receptores pós-sinápticos resultando na geração de potenciais de ação que se propagam pelo axônio do neurônio pós-ganglionar até o órgão-alvo. O neurotransmissor pós-sináptico SNA SIMPÁTICO - norepinefrina - órgão alvo/receptores. SNA PARASSIMPÁTICO - acetilcolina - órgão alvo/receptores. NEUROTRANSMISSORES NÃO ADRENÉRGICOS E NÃO COLINÉRGICOS: serotonina, dopamina, ATP, neuropeptídios... SIMPÁTICO: -> -> -> PARASSIMPÁTICO: -> -> -> Após a liberação do neurotransmissor, este deve ser rapidamente inativado para evitar a ativação excessiva dos receptores. presença de enzima altamente eletiva na fenda sináptica e pré-sináptica (acetilcolinesterase - acetilcolina) locais de captação e receptação presentes nas terminações pré-sinápticas (norepinefrina). Embora estruturalmente relacionadas, diferentes receptores adrenérgicos regulam processos fisiológicos distintos através do controle de síntese ou liberação de vários mensageiros. Licenciado para - Júlia R odrigues - 02669204031 - P rotegido por E duzz.com 21 Maria Eduarda Cabral @ a p o s t i l a v e t Foi observado que havia mais de um receptor adrenérgico, pois simpatomiméticos podem causar contração ou relaxamento do músculo liso dependendo do agente escolhido ou do local de ação. Receptores e . 1 e 2 1 e 2. Presentes no miocárdio (efeito cronotrópico -> aumento do número de batimentos cardíacos por minuto/taquicardia) e nas proximidades das terminações adrenérgicas dos órgãos alvos periféricos. Presentes no coração (efeito inotrópico), músculo liso dos vasos e brônquios (relaxamento). Ativação dos receptores leva a ativação da energia ligada a membrana (AMPc) mediada por uma proteína G. Ativação desse receptor leva a estimulação da enzima de membrana fosfolipase C via proteína G. produz um segundo mensageiro (inositol - IP e diacilglicerol - DAG). contração dos músculos lisos (aumento da pressão arterial), relaxamento dos músculos lisos gastrointestinais. É uma excreção, agonistas2 inibem a liberação de norepinefrina, é tipo um antagonista de 2, não é 100% seletivo. Presentes na pré-sinapse podem mediar a inibição da liberação de norepinefrina nos sistemas autônomos e central. Estão presentes em locais distantes das terminações nervosas - células musculares lisas vasculares e coração - vasoconstrição e aumento da pressão arterial. Quando ativados, inibem a liberação de AMPc via proteína Gi - diminuição do fluxo simpático. sedação. ALFA 1: vasoconstrição, aumenta a resistência periférica, aumento da pressão arterial, midríase, estímulo da contração do esfíncter superior da bexiga. ALFA 2: inibição da liberação de noradrenalina, inibição da liberação de insulina. BETA 1: taquicardia, aumento da lipólise, aumento da contratilidade do miocárdio. BETA 2: vasodilatação, diminui a resistência periférica, broncodilatação, aumento da glicogenólise muscular e hepática, aumenta a liberação do glucagon, relaxamento da musculatura uterina. A acetilcolina é o neurotransmissor no gânglio autônomo e nos terminais nervosos parassimpáticos, onde sua ação pode ser inibitória ou excitatória, lenta ou rápida de acordo com o receptor envolvido. Células efetoras autonômicas nos órgãos viscerais possuem respostas muscarínicas. Gânglios simpáticos e parassimpáticos e músculo esquelético possuem respostas nicotínicas. São canais iônicos e sua ativação causa rápido aumento na permeabilidade celular ao Na+ e K+, despolarização e excitação. Presentes na junção neuromuscular (receptores N1) e principalmente na sinapse pré-ganglionar (receptores N2). excitatórios. Substâncias isoladas de um cogumelo apresentam sinais parassimpáticos. M1: gânglios autônomos, neurônios do SNC e nas células parietais gástricas. M2: miocárdio, músculo liso, terminações pré-sinápticas colinérgicas (efeito inibitório). M3: glândulas secretoras no músculo liso e no SNC -> efeitos excitatórios da acetilcolina. M4: pulmão. M5: glândulas salivares e no músculo da íris. As funções dos receptores muscarínicos são mediados pela interação com as proteínas G. ativação da fosfolipase C (M1, M2, M3, M5): NAG e IP. Licenciado para - Júlia R odrigues - 02669204031 - P rotegido por E duzz.com 22 Maria Eduarda Cabral @ a p o s t i l a v e t ativação de um grupo distinto de proteínas G (M2, M4): inibição da adenilciclase e ativação dos canais de K+ e inibição dos canais de Ca+. Agonista e antagonista no órgão alvo. PARASSIMPÁTICO: também conhecido como colinérgico, trabalha a homeostase. A acetilcolina é um neurotransmissor, que vai inibir ou estimular. Acetilcolina é um neurotransmissor. Receptores pré-ganglionares do SNA simpático e parassimpático. Receptores pós-ganglionares do SNA parassimpático. Receptores pré e pós-sinápticos no SNC. Receptores pós-juncionais da junção neuromuscular (relaxantes musculares). Receptores muscarínicos e nicotínicos: o nicotínico é um receptor muito excitatório, sua resposta é exacerbada. FUNÇÃO: estimulação ou bloqueio das células efetoras (pós-ganglionares). DROGAS PARASSIMPATICOMIMÉTICAS OU COLINÉRGICAS: são agonistas colinérgicos, podendo ser agentes de ação direta e/ou agentes anticolinesterásicos. a acetilcolina é retirada da fenda através da acetilcolinesterase (Ache) faz a hidrólise da acetilcolina. substâncias químicas semelhantes a acetilcolina são agentes de ação direta, como: colírio, sendo um fármaco análogo. os agentes anticolinesterásicos atua inibindo a enzima acetilcolinesterase, fazendo com que sobre muita acetilcolina estimulando o parassimpático. DROGAS PARASSIMPATICOLÍTICAS OU ANTICOLINÉRGICAS: são drogas antagonistas. antimuscarínicas: não deixa a acetilcolina se ligar no receptor muscarínico, fazendo com que a norepinefrina se ligue no receptor, causando um efeito contrário ao do parassimpático (seu efeito é "simpático"). Atuam diretamente em receptores da acetilcolina (Ach) - estimulação dos neurônios colinérgicos. Classificação: 1. ALCALOIDES NATURAIS E ANÁLOGOS: são obtidos através das plantas. MUSCARINA: estimula o SNA parassimpático, análogo da acetilcolina. PILOCARPINA: análogo da acetilcolina, usado via tópica no olho, faz miose. 2. ÉSTERES DA COLINA: obtidos através de uma reação química. ACETILCOLINA. BETANECOL. Nas células efetoras é onde vemos o mecanismo de ação. Receptores muscarínicos são encontrados principalmente nas células efetoras autônomas inervadas pelos neurônios parassimpáticos pós-ganglionares. Também estão presentes no cérebro, gânglios e células dos vasos sanguíneos. Receptores muscarínicos: M1: neural. Extensa distribuição no SNC (córtex) e gânglios autônomos. M2: cardíaco. Presente em átrios, tecidos de condução, músculo liso e SNC, pós-sinapse de células musculares e pré-sinapse de neurônios. M3: glandular. Presentes nas glândulas exócrinas, músculo liso e SNC, pós-sinapse de células musculares e pré- sinapse de neurônios. M4: presente no pulmão (principalmente), SNC, olhos, coração. Receptor pré-sináptico e faz autoinibição da liberação de Ach. M5: SNC e regula a liberação de dopamina (outro neurotransmissor), são pouco seletivos. Possui ação em receptores muscarínicos e nicotínicos. Produz contração intensa do músculo liso da íris, usado no tratamento do glaucoma, é um medicamento tópico via colírio, sua ação é só no olho. Licenciado para - Júlia R odrigues - 02669204031 - P rotegido por E duzz.com 23 Maria Eduarda Cabral @ a p o s t i l a v e t Usada em solução aquosa 0,5% a 2,0%. Causa redução da pressão intraocular (PIO) devido a contração da pupila (miose), aumentando a drenagem do humor aquoso. Atua predominantemente em receptores muscarínicos, com alguma seletividade no trato gastrointestinal e motilidade vesical (na bexiga). É utilizado por via oral para estimular a contração da bexiga na retenção urinária quando não houver obstrução mecânica. Efeitos colaterais e contraindicação: sudorese (pois estimula as glândulas). cólicas (aumenta a motilidade intestinal). dificuldade da acomodação visual. aumento da secreção salivar e lacrimal. paciente com obstrução intestinal ou urinária (contraindicado). paciente com asma. cardiopatas. pacientes com úlceras gástricas (estimulam a glândula a secretar mais ácido clorídrico). AGENTES ANTICOLINESTERÁSICOS: sobra mais acetilcolina porque não deixam a Ache se ligar na Ach, onde a Ach consegue ligar-se nos seus receptores. a Ach é hidrolisada pela colinesterase, interrompendo a ação da Ach nas junções das terminações colinérgicas com seus órgãos efetores. provocam acúmulo de Ach junto aos receptores colinérgicos. SNC - SNA - JUNÇÃO NEUROMUSCULAR. enzima mais eficaz do organismo, capacidade de hidrolisar 3 x 105 moléculas de Ach por enzima, por minuto-tempo de renovação 150us. Classificação: 1. CARBAMATOS: bloqueiam. a acetilcolinesterase por alguns minutos e depois param de inibir, voltando a deixar a acetilcolinesterase atuar. inibidores reversíveis das colinesterases, agentes de curta duração. esses agentes são antagonistas competitivos das colinesterases. antagonista competitivo: se ligam em um receptor não deixando a Ache se ligar neles, depois de um tempo saem. 2. ORGANOFOSFORADOS: pode levar o paciente a morte, porque não saem dos receptores. O organismo produz mais receptores depois de um tempo, normalmente são venenos, podem causar uma intoxicação, como os pesticidas, vermicidas.... inibem de forma irreversível as colinesterases, são agentes de longa duração. principais representantes são os praguicidas usados na agropecuária e medicamentos
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