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1 Diagnóstico por Imagem – Débora Medeiros Radiologia do trato respiratório Projeções radiológicas Segmentos Respiratórios Traqueia Corpo estranho Deslocamento Colapso Ruptura Cervical Colapso de traqueia Grau I.– 25% ↓diâmetro II.– 50% ↓ diâmetro III.– 75% ↓ diâmetro IV.– 100% ↓ diâmetro Pulmão Padrões radiológicos pulmonares Intersticial Linear Infiltração tecidual, celular ou fluídos no interstício pulmonar. Achados radiográficos ► Aumento da Radiopacidade ► Diminuição definição das margens vasculares pulmonares ► Marcações em linha não vasculares Nodular Multiplicação de células intersticiais Simples ou Múltiplos nódulos radiopacos ► Miliar 0,3 - 0,5 cm ► Nódulo 0,5 - 3 cm ► Massa > 3 cm Radiografia do Sistema Cardiorrespiratório 2 Diagnóstico por Imagem – Débora Medeiros Alveolar Causado pelo deslocamento do ar do interior do alvéolo. ► Acúmulo de fluidos ► Infiltração celular ► Atelectasia Sinais radiológicos: ► Opacidade em “penugem” ► Áreas de ↑ opacidade sem visualização de vasos ► Visualização de fissuras interlobares ► Broncograma aéreo Padrão Pulmonar Bronquial ► Espessamento (infiltração de fluidos ou células) ► Espaço peribrônquico com fluido ou células Sinais Radiológicos ► Opacidade tipo anel (“rosquinhas”) ► Opacidade em linhas paralelas (“linhas de trem”) Infiltrado Peribronquial Bronquiectasia Dilatação e saculação bronquial Decorrência de: Bronquite crônica Broncopneumonia de decúbito 3 Diagnóstico por Imagem – Débora Medeiros Padrão Pulmonar Vascular Hipervascularização (insuficiência cardíaca, obstrução atrial, doença tromboembólica, doença pulmonar, desvio direita-esquerda...) Hipovascularização (hipovolemia, choque, desidratação, estenose pulmonar, desvio direita-esquerda...) Padrões Pulmonares Pneumotórax Presença de ar livre no interior da cavidade pleural Sinais radiológicos ► Deslocamento do coração no sentido dorsal ► Maior radiolucência em periferia Mediastino Espaço entre os dois sacos separando fisicamente os dois hemitórax. Tumores Pneumomediastino Visualização de estruturas que são normalmente ocultas: ► Borda serosa da traqueia ► Tronco braquiocefálico ► Veia cava cranial ► Subclávia esquerda ► Borda exterior do esôfago 4 Diagnóstico por Imagem – Débora Medeiros ► Pneumomediastino ► Normal Diafragma Momento inspiratório favorece o contraste nas projeções lateral e VD/DV. Hérnia Diafragmática Peritônio Pericárdica (congênita) Hérnia Diafragmática Traumática (adquirida) Radiologia do Coração Método Buchanan & Bücheler VHS = Vertebral Heart System ► Felinos: 6,8 - 8,1 corpos vertebrais ► Caninos: 8,5 - 10,6 corpos vertebrais Exceções Variações raciais 5 Diagnóstico por Imagem – Débora Medeiros Aumento cardíaco ► DIREITO ► ESQUERDO ► GENERALIZADO Aumento câmaras direitas Lateral ► Maior volume da silhueta cardíaca em região cranial; ► Perda da convexidade do bordo cranial cardíaco; ► Maior área de contato do coração com o esterno. *Variação de contato do coração com o esterno =raças caninas; ► Menor ângulo formado entre a cava cranial e o bordo cranial cardíaco ► Elevação da traqueia na porção cranial da traqueia (anterior à carina) (ocasionalmente). Dorsoventral/ Ventrodorsal ► Maior volume da silhueta cardíaca, ocupando + de 2/3 da cavidade torácica; ► Arredondamento do bordo cardíaco direito = coração em D invertido; ► Ápice cardíaco poderá estar + à esquerda que o normal. D Invertido Aumento das câmaras esquerdas Lateral ► Elevação dorsal da porção caudal da traqueia; ► Bordo cardíaco caudal se apresenta mais reto e mais vertical do que o normal; ► Elevação da cava posterior; ► Protuberância em região dorsocaudal ► Protuberância em região caudoventral. 6 Diagnóstico por Imagem – Débora Medeiros Dorsoventral / Ventrodorsal ► Maior silhueta cardíaca em região esquerda; ► Arredondamento do bordo cardíaco esquerdo; ► Proeminência do átrio esquerdo/aurícula esquerda (posição 2-3h na analogia do relógio) ► Ápice cardíaco poderá estar deslocado para a direita. Cardiomegalia Generalizada 7 Diagnóstico por Imagem – Débora Medeiros RADIOGRAFIA DO SISTEMA DIGESTÓRIO Preparo do paciente ► Jejum sólido de 12-24 h ► Enema 1 – 2 h antes do exame (expulsão de gases e líquidos do cólon) ► Realizar o RX SIMPLES (obrigatório) mediatamente antes do contrastado ► Não realizar o exame sem preparo ► Não permitir a ingestão de água 2 h antes do exame contrastado (diluição do bário) ► Meios de contraste AR Bário Prejudicial a cavidade abdominal = NÃO USAR EM RUPTURAS / LACERAÇÕES Iodo Orgânico Iônico ► Hidrossolúvel = Inócuo à cavidade peritoneal ► Trânsito rápido ► Hipertonicidade = passagem de líquido dostecidos ao TGI = CUIDAR DESIDRATAÇÃO! ► Pode ocorrer diarreia e vômito Edema pulmonar se for aspirado Iodo Orgânico não Iônico ► Não é hipertônico ► Não reveste muito bem a mucosa 8 Diagnóstico por Imagem – Débora Medeiros Tempos radiográficos Esôfago Interpretação Radiográfica Avaliar: ► TRAJETO ► MUCOSA ► FALHAS DE PREENCHIMENTO ► LÚMEN Aumento de volume esofágico POSSÍVEL VISUALIZAÇÃO EMEXAMES RADIOLÓGICOS SIMPLES Localizado Divertículo Esofágico ► Lesões Camada Muscular ► Lesões SNP ► Generalizado Megaesôfago ► Lesões SNC ► Hipoadrenocorticismo ► Miastenia Grave ► Polimiosite ► Tétano... Anomalia Vascular Anelar Persistência Do Arco Aórtico Direito ► Anomalia Vascular Congênita ► Constrição pelo Ligamento Arterioso ► Base do Coração ► Regurgitação Persistente ► Pneumonia Persistente Corpo Estranho Esofágico 9 Diagnóstico por Imagem – Débora Medeiros Ruptura de esôfago Cavidade abdominal Estômago Tamanho: três espaços intercostais Distensão Gástrica Dilatação Gástrica Torção Gástrica 10 Diagnóstico por Imagem – Débora Medeiros Corpo estranhando gástrico Tempo de esvaziamento gástrico Normal: Início 10 a 15 min, completado em 1-4 horas. Avaliação da parede gástrica ► Normal – Lisa e Uniforme ► Espessada – Gastrite ; Neoplasia Hérnia de Hiato Densidade de tecido mole semicircular a oval na região caudal do tórax. Intestino Delgado CANINOS ► ≤ 2-3x diâmetro de 1 costela ► ≤ 1,6 x altura central do corpo L5 ► < largura de 1 espaço intercostal FELINOS ► < 2 x altura cranial L2 ► ≤ 2 x altura central do corpo L4 ► ≤ 12mm Sinais Radiológicos Normais Exame contrastado ► Duodeno felino: “colar de pérolas” ► Jejuno-íleo: série de alças na parte central Trânsito do bário no ID: ► Chega à porção final em 30 a 120 min (cão) e 30 a 60 min (gato) ► Mais rápido em preparações com iodo Íleo paralítico/adinâmico Obstrução funcional ► Todo ID afetado Alças empilhadas Com conteúdo ► Diâmetro maior ► Dilatação gástrica 11 Diagnóstico por Imagem – Débora Medeiros Íleo Mecânico Obstrução mecânica ► Segmento afetado, ► Alças com GASES, ► Diâmetro maior, ► Dilatação Gástrica Corpo Estranho Linear Intussuscepção ► Invaginação de 1 porção do intestino para o interior do segmento distal adjacente ► Cães jovens ► Hipermotilidade, enterite, parasitismo ► Massa palpável no abdômen Hérnia Umbilical Intestino Grosso Cólon Felino Colite Enema baritado 12 Diagnóstico por Imagem – Débora Medeiros Colite Sinais radiológicos ► Mucosas com dobras espessadas ► Estreitamento do lúmendo cólon ► Aderência do contraste ► Espasmos dos segmentos do cólon Megacólon Fecaloma Pode ser congênito ou mecânico Hérnia Perineal Fígado CRANIAL - Abdômen cranial, diafragma CAUDAL - Entre estômago, RD e porção cranial do duodeno Projeção Lateral Abdominal EIXO GÁSTRICO ► Paralelo as Costelas ► Perpendicular a Coluna ► Dentro do Arco Costal ► Margens triangulares e afiladas Projeção VD Abdominal ► Difícil visualização ► Dentro Arco costal ► Perpendicular a Coluna Hepatomegalia PROJEÇÃO LATERAL ► Deslocamento caudal 13 Diagnóstico por Imagem – Débora Medeiros ► do eixo gástrico ► Após o arco costal ► Margens arredondadas PROJEÇÃO VD ► Estômago deslocado caudalmente e para aesquerda ► ↑ ou ↓ deslocamento do duodeno, cólon e rim D Aumento da Densidade Hepática MINERALIZAÇÃO ► Cálculos ► Calcificação distrófica ► Tumores Vesícula Biliar Normalmente não é visualizada. SE ↑ de volume PODE ser visualizada. Mais comum em gatos Anorexia Baço ► Triangular ► Densidade do fígado (abdômen E) ► Caudal ao estômago (VD) Esplenomegalia 14 Diagnóstico por Imagem – Débora Medeiros Cavidade Peritoneal Peritônio Detalhe Da Serosa Perda = pouca gordura abdominal; líquido peritoneal; peritonite; ruptura de órgãos; massas neoplásicas. Opacidade Diminuição ► Acúmulo de gás extraluminal ► Cirurgia abdominal ► Paracentese ► Gás produzido por bactérias ► Ruptura de órgãos ocos Gordura anormal (menor opacidade que líquidos) ► Obesidade ► Lipoma, lipossarcoma Pneumoperitônio Gordura 15 Diagnóstico por Imagem – Débora Medeiros Radiografia do Sistema Geniturinário Preparação do Paciente ► Jejum alimentar 12-24 horas ► Esvaziamento gastrointestinal (enema 1- 2h antes) (livre de gás e fezes) ► Compressão abdominal (faixa compressiva) Projeções Radiológicas Laterais Ventrodorsal Projeções posturais Oblíquas Tamanho Renal CORPO da L2 CÃO: 2,5 a 3,5 x comprimento L2 GATO: 2,4 a 3,0* / 1,9 a 2,6** x comprimento L2 Urografia Excretora ► Compressão abdominal cranial ao púbis (obstrução de fluxo e distender pelve renal e ureteres) ► 600-700mg/kg IV (Thrall et al., 2015) ► Administrar em 1-2 minutos (bolus) Contraste no espaço perivascular = pode ocorrer necrose tecidual Tempos ► Imediato; 5; 20; 40 min*Remover compressão após radiografia dos 20 min se pelves e ureteres estão bem definidos. ► Repetir em 5 minutos após retirada da faixa. Faixa Compressiva Contraindicações: Cálculos urinários, massa abdominal, pósoperatório, dor intensa, trauma, fraturas, rupturas de órgão. Fases da urografia excretora ► Arteriograma – Artérias renais, Imediato 16 Diagnóstico por Imagem – Débora Medeiros ► Nefrograma – Córtex e medular 10 segundos até 2 minutos (parênquima renal radiopaco) ► Pielograma – sistema coletor 2 minutos em diante (Recessos pélvicos, pelves e ureteres mais e vidente na compressão) ► Agenesia Renal Quando não tem um rim ► Nefromegalia compensatória ► Congênita (Achado Acidental) ► Adquirida (Nefrectomia) Hidronefrose e Hidroureter Etiologia ► Obstrução ao fluxo urinário ► Cálculo ► Ligadura cirúrgica acidental Imagem Radiográfica Exame simples Nefromegalia Exame contrastado ► Atrofia do parênquima ► Dilatação do sistema coletor renal (pelve e recessos pélvicos) ► Dilatação ureteral Neoplasia Renal Tamanho normal, maior ou disforme Contrastado ► Área sem contraste ► Distorção/desvio da pelve/recesso pélvicos ► Dilatação de recessos pélvicos, pelve ou ureteres Ureteres ► Forma ► Calibre ► Função RX Simples Urografia Excretora 17 Diagnóstico por Imagem – Débora Medeiros Ectopia Ureteral Inserção Ectópica ► Vesícula urinária ► Uretra ► Vagina ► Útero Ureter Ectópico Incontinência urinária Ruptura Uretral Etiologia Geralmente origem traumática Deslocamento de cálculos Urografia Excretora Vesícula Urinária Anatomia Forma Tamanho Localização Cistografia: + = iodo orgânico solúvel em água 20% Pneumocistografia: Ar/dióxido de carbono (CO2) / dióxido nitroso (NO2) ar: mucosa lesada - embolia gasosa Cistografia duplo contraste: C+ e ar (distensão/resistência êmbolo ou 1-5 ml/kg) esvaziar vesícula urinária. Cistite ► Aguda ► Crônica ► Enfisematosa – Diabetes Mellitus Exame contrastado: ► Irregularidade de mucosa ► Ulcerações 18 Diagnóstico por Imagem – Débora Medeiros Ruptura Traumatismo (bexiga repleta) Radiografia simples - cistografia + Neoplasia Tipos ► Maligno ► Benigno ► Pólipos Pneumocistografia Cistografia Hérnia Perineal Uretra ► Rx simples ► Uretrografia (10-15 mL Canino /5-10 mL Felino) *iodo solúvel em água Ruptura Urolítiase ► Urólitos ► Cálculos urinários ► Concreções policristalinas ► Processos infecciosos ► Achados acidentais ► Mais comum na vesícula urinária 19 Diagnóstico por Imagem – Débora Medeiros Cálculos Útero ► Não visualizado – normal ► Alterações radiológicas: estruturas tubulares aumentadas de volume e tortuosas ► Melhor visualização: proj. Lateral Aumento uterino: ► Piometra ► Mucometra ► Fisometra ► Gestação ► Neoplasia Diagnóstico diferencial: US, exame físico, hemograma. Fisometra Gás no útero devido a bactérias 20 Diagnóstico por Imagem – Débora Medeiros Gestação Mineralização: ossos fetais ► >42° DIA = cadela ► >38° DIA = gata Objetivos: ► N° de fetos ► Estática / viabilidade / condições das vias fetais (moles e duras) *QUEBRA DE DNA Estática fetal ► Apresentação = eixos longitudinais do corpo do feto e materno (normal: longitudinal) ► Posição = dorsos materno e fetal (normal :posição superior) ► Atitude = partes móveis do feto (normal: atitude distendida) Distocia Parto difícil / incapacidade de expulsão fetal ► Transtornos fetais (viabilidade fetal) ► Transtornos maternos (anatômico endócrino ou psicológico) Morte Fetal Alterações radiográficas: ► Gás no útero, cavidade torácica e abdominal dos fetos ou vasos fetais ► Colapso do crânio (sobreposição dos ossos) - ► Sinal de Spalding ► Lise óssea fetal ► Fetos mumificados ► Maceração Sinal de Spalding Mumificação Maceração ► Debris ósseos, sem disposição de esqueleto ► Infeccioso 21 Diagnóstico por Imagem – Débora Medeiros Morte Fetal + Infecção Uterina Alterações radiográficas: ► Fetos enfisematosos ► Radiolucência (gás) no interior uterino e fetal Próstata Caudal a bexiga Opacidade água Cistrografia (diferenciar bexiga) Felinos – não visualizada no rx Hiperplasia Prostática / Prostatite ↑interstício e ductos Alterações radiográficas ► Massa caudoventral simétrica no abdômen junto ao infundíbulo da bexiga ► Deslocamento dorsal do cólon e ventral da bexiga ► Retenção Vesical ► Constipação Neoplasia prostática Alterações radiográficas ► Pode ser assimétrica com margens irregulares ► Pode apresentar calcificações Realizar radiografia torácica (metástase pulmonar)