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P1 Diagnóstico por Imagem Lisandra Farias RX DE TÓRAX Incidências Vantagens Conduta Póstero-anterior Evita a magnificação do coração Visualiza melhor ar e líquidos na pleura Permite visualização de derrame pleural com conteúdo > 200 mL Ombros devem estar bem afastados e o paciente deve inspirar profundamente Antero-posterior Em crianças pequenas e pacientes graves acamados Lembra: a imagem do coração fica muito maior do que realmente é e as escápulas são visualizadas sobre o campo pulmonar Lateral (perfil) Incidência de Laurell (paciente em decúbito lateral) com incidência de raios horizontais: permite visualização de derrame pleural com conteúdo > 50 mL Paciente com ombros levantados e rotineiramente realiza-se em perfil esquerdo Ápico-lordótica Boa avaliação de ápices pulmonares, lobo médio e língua Paciente em posição de hiperlordose, retirando as clavículas dos campos Checklist Como avaliar um Raio-X de tórax A = aéreas (ou “ar”): olhe para a traquéia, siga a traqueia, desvio traqueal B = bordas dos pulmões: percorra as bordas dos pulmões para não perder lesão periférica, depois avalie transparência pulmonar, simetria C = coração e centro - calcule o IC e a seguir avalie o centro (mediastino, hilos, vasos da base) D = diafrágma - olhe as cúpulas e os seios e vá em busca de derrames e “d’hérnias”(diafragmáticas, esofágicas) E - esqueleto e esquecidos - olhar arco costal por arco costal, costelas, clavícula, coluna - buscar irregularidades/quebra da cortical, fraturas P1 Diagnóstico por Imagem Lisandra Farias ATELECTASIA Sintomas de atelectasia: dispneia, tosse seca, desconforto torácico. Ao exame físico: retração do hemitórax à inspeção, na palpação, como não há ventilação naquela área, a expansibilidade está diminuída e o FTV está diminuído ou abolido. Na ausculta o MV e ressonância vocal estão diminuídos. Na percussão encontra-se maciez ou submacicez (“está tudo colapsado/fechado”). As fissuras irão nos guiar para vermos se há ou não diminuição do volume pulmonar. Normalmente não observa-se fissura em um RX de tórax, mas caso se observar uma linha bem definida que liga dois pontos extremos do pulmão, é uma fissura, ligando-se para cima ou para baixo, dependendo da parte atelectesiada. Normal: pulmão direito com 3 lobos e 2 fissuras (horizontal e oblíqua), já pulmão esquerdo com 2 lobos e uma fissura (oblíqua). Tipos Características Volume pulmonar Importante Atelectasia laminar/segmentar/ discoide Densidades lineares variáveis, mais comumente nas bases pulmonares. Sem perda de volume significativa, paciente pode ser ainda asintomático Desaparece em poucos dias com a retomada da respiração normal. Assoc. geralmente a cx. abdominais e processos inflamatórios da pleura Atelectasia por reabsorção/ obstrutiva Decorrente de obstrução da luz brônquica, ocorrendo reabsorção do ar distal Diafragma se eleva para preencher o espaço deixado pelo parênquima pulmonar encolhido Causas intrínsecas: corpo estranho, tumor Causas extrínsecas: massas linfonodais, tumor Atelectasia por compressão Quando a cavidade pleural é parcial ou totalmente preenchida por exsudato, tumor, sangue ou ar Perda volumétrica devido a compressão passiva do pulmão Causada por processo patológico que impeça a reexpansão pulmonar: pneumotórax, hemotórax, derrame pleural, hérnias abdominais Outras Características Atelectasia por contração Alterações fibróticas locais ou generalizadas no pulmão ou na pleura impedem a expansão completa do parênquima pulmonar Atelectasia por deficiência de surfactante Causada por membrana hialina (síndrome da angústia respiratória no RN), SARA (síndrome da angustia respiratória no adulto), pneumonia por irradiação (actínica), embolia pulmonar Atelectasia por deficiência de mobilização da caixa torácica Por paralisia ou paresia da musculatura torácica (polomielite, doenças neurológicas), restrição de movimento (pós-trauma ou pacientes internados) P1 Diagnóstico por Imagem Lisandra Farias Sinal S de Gouden: há presença de concavidade na porção lateral e um abaulamento inferior da porção medial - é um sinal sugestivo de câncer de pulmão Sinais radiográficos na atelectasia Diretos Aumento da densidade local - presença de opacidade Deslocamento das fissuras interlobares - retrações Ausência de broncograma aéreo Na imagem da direita: Sinal do Pico Justafrênico = opacidade triangular que esse projeta superiormente na metade medial do diafragma (consequente de atelectasia do lobo superior) Indiretos Elevação do diafrágma Desvio ipsilateral do mediastino Redução dos espaços intercostais Hiperinsuflação compensatória Atelectasia do lobo superior direito Se massa hilar + deslocamento da cisura menor = Sinal de S de Golden) P1 Diagnóstico por Imagem Lisandra Farias Sinais radiográficos de atelectasia Atelectasia do lobo superior esquerdo Deslocamento cefálico e anterior da fissura oblíqua Apagamento da silhueta cardíaca Elevamento da cúpula diafragmática Atelectasia do lobo médio Apagamento da silhueta cardíaca Fácil identificação no perfil Opacidade triangular na TC Geralmente é sequela de tuberculose ou de alguma Mycobacteria não tuberculose Atelectasia de lobo inferior Deslocamento de fissura para baixo e para trás (posterior e medial) Desvio inferior e medial do hilo P1 Diagnóstico por Imagem Lisandra Farias DERRAME PLEURAL Produção de líquido > Absorção de líquido. E o espaço que era para ser virtual começa a coletar líquido. Causas mais comum: Insuficiência cardíaca (principal), pneumonia (derrame parapneumônico), câncer (paciente idoso), tuberculose (paciente jovem com derrame unilateral). Não esquecer de: pleura visceral (conectada ao pulmão) e pleura parietal (na parede, gradil costal) e o espaço entre elas é o espaço virtual que no derrame pleural é ocupado por líquido Características Imagem Não esquecer! Estado normal do líquido pleural é de 10-15mL Acúmulo ocorre primeiramente no seio costofrênico posterior Determinado por imagem densa delimitada por uma linha curva: Sinal do Menisco (Parábola de Damoiseau) RX de tórax costuma ser o primeiro passo na detecção e avaliação! TC para doença subjacente e opacificação total do hemitórax US na caracterização e orientação da intervenção para remoção Tipos Transudatos: IC, síndrome nefrótica, cirrose com ascite Exsudatos: embolia pulmonar, efusão parapneumônica P1 Diagnóstico por Imagem Lisandra Farias Fenômenos que ocorrem: aumento da pressão hidrostática e diminuição da pressão osmótica (coloidal) Transudato: desequilíbrio entre a pressão hidrostática e pressão coloidosmótica Exsudato: poro do vaso aumenta e além de equilíbrio das pressões, as proteínas saem também por aumento do poro do vaso, se alterando a pressão osmótico Quadro clínico: dor pleurítica, tosse, dispneia Ao exame físico: na inspeção observa-se abaulamento, desvio contralateral do mediastino e alargamento intercostal. Redução do frêmito tóraco vocal à palpação. Na percussão há macicez/rebaixamento hepático e na ausculta o MV está reduzido e pode haver sopro pleurítico. Quando o volume atinge cerca de 200-300mL ele é capaz de obliterar o seio costofrênico lateral em PA. Tipos de Derrame Pleural Derrame pleural livre Opacidade homogênea delimitada internamente por um linha curva (Parábola de Damoiseau) Apagamento dos ângulos gosto e cardiofrênicos Mobilidade do líquido livre Derrame loculado Aderências entre a pleura parietal e visceral que resultam no desenvolvimento de coleções septadas. Forma opacidade redondas mal definidas P1 Diagnóstico por Imagem Lisandra Farias Derrame interlobar Acúmulo de líquido nas cisuras interlobares. Mais frequente na cisura horizontal. Desaparecem com o tratamento da doença subjacente Derrame subpulmonar (intrapulmonar) Entre a base do pulmão e o diafragma. Mais visualizado no lado esquerdo, com aumento da distância do pulmão aerado e a bulha gástrica> 2 cm. No lado direito observa-se elevação da cúpula diafragmática Hemitórax opaco Ocorre quando o derrame atinge volumes = ou > a 2L. Pulmão tende a sofrer atelectasia compressiva a medida que o líquido preenche o espaço pleural. Achados: Redução ou aumento dos espaços intercostais Elevação ou retificação da cúpula frênica Desvio mediastinal P1 Diagnóstico por Imagem Lisandra Farias ENFISEMA PULMONAR Problema está na parte distal da troca gasosa. Saco alveolar fica destruído (“septos ,divisões vão embora por processo inflamatório”). Logo, esse “saco” fica dilatado e não serve mais para trocas gasosas. Aumento dos espaços aéreos após os bronquíolos terminais, com hiperdistensão, rotura das paredes alveolares e destruição do leito capilar. Geralmente ocorre em fase mais tardia da vida. No RX: pulmão aumenta de tamanho, coração fica “espremido/comprimido”, número de espaços interpostas está aumentado. No RX em perfi l o tórax do paciente parece um tonel (DPOC) e os espaço retroesternal está aumentado pois está tudo hiperinsuflado! Classificação dos enfisemas Característica Etiologia Achado radiográfico Centrolobular Atinge os bronquíolos no centro do lóbulo. Conservação de uma faixa de parênquima normal. Distribuição é generalizada, com predomínio nos terços inferiores Tabagismo Aumento moderado do volume pulmonar, hipertransparência, acentuação das marcas pulmonares, sinais de HAP Parasseptal Acomete a periferia dos lóbulos, mais frequente nos lobos superiores Em indivíduos jovens sem etiologia definida Pequenas áreas de paredes delgadas hipertransparentes situadas junto à pleura visceral Panlobular Acomete todo o parênquima no interior do lóbulo pulmonar Relacionada à deficiência de alfa1-antitripsina Grande aumento do volume pulmonar, hipertransparência, atenuação vascular, com diminuição no número e calibre dos vasos. Presença de bolhas volumosas Cicatricial Forma mais comum de enfisema. Destruição do parênquima pulmonar que acompanha qualquer tipo de fibrose Cicatricial ué Bolhas de enfisema junto às áreas de fibrose de doença pulmonar de base P1 Diagnóstico por Imagem Lisandra Farias PNEUMOTÓRAX Pneumotórax é solto na cavidade pleural. Espontâneo (primário por rotura de bolhas pleurais ou secundário por doenças que adquiri ao longo da vida) ou Adquirido (iatrogênico, barotrauma ou traumático). Pneumotórax primário é o mais comum, por asma, DPOC, tabagistas. Quem tem mais pneumotórax primário: homem, longilíneos (síndrome de Marfan), história familiar, tabagismo. Fisiopatologia: a cavidade pleural é virtual (não existe), se eu furei o pulmão, o ar sai do pulmão para a cavidade pleural = PNEUMOTÓRAX Ao exame físico: MV reduzido ou abolido, hipertimpanismo a percussão (significa que há muito ar na cavidade torácica), expansibilidade assimétrica em hemitórax e pode haver também enfisema subcutânea (palpo o paciente e sinto bolhas) Causas Sintomas Tratamento Radiografia Trauma Ruptura de blebs Toracocentese Infecção secundaria Quadro súbito de: Dispneia Ansiedade Taquicardia (principal) Expansão assimétrica Diminuição do MV Dor pleural Hipotensão e hipoxemia como sinais tardios Tratamento: drenagem torácica para voltar a ter pressão negativa Ar entre pleura parietal e visceral Procurar sempre nas regiões APICAIS Redução do volume pulmonar Ausência de parênquima periférico Não se visualiza vascularização Limite externo nítido Pleura visceral visível P1 Diagnóstico por Imagem Lisandra Farias Sobre pneumotórax hipertensivo: paciente apresenta dispneia importante, taquicardia, hipotensão e pode ter cianose (tardia). Ao exame físico apresenta estase de jugular, desvio da traqueia, expansibilidade diminuída, diminuição do MV e hipertimpanismo. É uma emergência médica, o diagnóstico é clínico (não radiológico!) e o tratamento é descompressão imediata Tratamento de pneumotórax só pra desencargo: pneumotórax simples (drenagem torácica), pneumotórax hipertensivo (descompressão torácica e drenagem torácica), pneumotórax aberto (drenagem torácica, curativo de 3 pontas, descompressão torácica) Tipos de Pneumotórax Causa Importante Fechado = espontâneo Sem causa definida, ruptura de pequenas bolhas subpleurais Associado com várias histórias de recorrências Aberto = traumático Cirurgias de abdome superior, toracocentese, biópsias torácicas, trauma nos pulmões e nos brônquios, fratura de costela Ar penetra por ferimentos perfurantes. Possui uma válvula multidirecional, em que o ar entra e sai da cavidade pleural Hipertensivo Acesso venoso central, fraturas de costela, bloqueio do plexo braquial ou bloqueio intercostal, laceração de traqueia, traqueostomia, trauma pulmonar fechado, trauma pulmonar penetrante Possui válvula unidirecional (ar entra e não sai!). Ocorre: Colabamento completo do pulmão Desvio do mediastino para o lado oposto Depressão diafragmática P1 Diagnóstico por Imagem Lisandra Farias DOENÇA DO ESPAÇO AÉREO X DOENÇA DO INTERSTÍCIO Consolidação (diminuição da densidade no Raio-X - está mais branco!): espaço aéreo preenchido por transudato, exsudato inflamatório, sangue, conteúdo gástrico ou água. Há uma opacidade consolidativa. Limites da consolidação são mal definitos, exceto quando ela toca a pleura. Pneumonia corresponde a processo de infecção do PARÊNQUIMA alveolar, enquanto pneumonite é o precesso inflamatório das PAREDES alveolares PNEUMOPATIAS Tipo Apresentação Causas Doença do espaço aéreo Consolidação Margens indistintas entre pulmão normal e área de alteração Difusa ou localizada Pode conter broncogramas aéreos Sina da Silhueta pode estar presente Pneumonia bacteriana (segmentar ou lobar) Edema pulmonar alveolar (alteração peri-ilar) Aspiração Doença pulmonar intersticial Reticular (linhas) Nodular (pontos) Reticulonodular (linhas e pontos) Margens tendem a ser mais nítidas Focais ou difusas Predominantemente reticulares: Edema intersticial Pneumonia intersticial Pneumonia broncogênica Metástases pulmonares Doença pulmonar com acometimento do espaço aéreo e o do interstício Acometimento simultâneo ou inicial do espaço aéreo e seguido de doença intersticial Tuberculose Tuberculose pulmonar ativa: lobos superiores mais afetados que inferiores, pneumonia lobar associada a adenopatia, linfonodomegalia Pilar ou mediastinal, sem doença parenquimatoso P1 Diagnóstico por Imagem Lisandra Farias PNEUMONIA Outras seriam PNEUMONIA CAVITÁRIA (Mycobacterium tuberculoses) ou ainda PNEUMONIA ASPIRATIVA (desordens neurológicas, alteração do novel de consciência, refluxo gastroesofágico) e as aspirações ocorrem frequentemente a direita pela anatomia brônquica. Tipo Características Achado radiográfico Pneumonia alveolar (lobar) Típica de Streptococcus pneumonie Começa nos alvéolos distais e se dissemina para produzir opacificação lobar não segmentar Poupa os brônquios, havendo presença de broncograma aéreo Sem perda volumetria significativa Consolidação homogênea Comprometimento do segmento ou lobo Aumento da densidade lobar ou segmentar Broncogramas aéreos!!!!! Aspecto de confluência Sinal da silhueta Pode haver derrame pleural e diminuição do volume do lobo acometido Pneumonia do lobo pesado - alveolar Plo Klebsiella pneumoniae Afeta asilos, moradores de rua e alcoólatras Abaulamento da cisura e atinge principalmente os lobos superiores Pneumonia redonda - alveolar Streptococcus pneumonie Afeta principalmente as crianças Atinge preferencialmente os segmentos superiores dos lobos inferiores Pseudotumor P1 Diagnóstico por Imagem Lisandra Farias Tipo Característica Achado radiográfico Broncopneumonia Padrão MAIS COMUM de pneumonia Frequentemente multibacteriana Patógeno mais comum: Staphylococcus aureus Opacidades multifocais (múltiplos focos de condensações nodulares) Uni ou bilateral Localização preferencialmentebasal Sem broncogramas aéreos! Não tendem a confluir Na TC: achados em vidro fosco e nódulos centrolobulares Pneumonia intersticial Acomete parede dos alvéolos, septos interlobulares e tecido de sustentação Agente mais comum são os VÍRUS como Influenza e VSR, outros seriam Mycoplasma pneumoniae e Pneumocystis jirovecil Opacidade heterogêneas que acompanham trajeto dos vasos e brônquios) Padrão reticular ou reticulonodular difuso Sem broncogramas aéreos! Borramento do contorno vascular Mais acentuado nas regiões perihilares Pneumonia por disseminação hematogênica Típica de Estafilococo Múltiplos nódulos periféricos nas bases pulmonares Escavação Derrame pleural P1 Diagnóstico por Imagem Lisandra Farias Abcesso Cavidade secundária a um processo infeccioso piogênico Pode ser complicação de uma consolidação Staphylococcus, Klebsiella Cavitação circundada ou não por consolidação Níveis hidrosereos Infecção miliar Patógeno distribuído na corrente sanguínea Predomínio basal Pneumocistose Paciente imunodeprimido Pneumocystis jirovecil Infiltrado intersticial sem derrame pleural e com linfonodomegalias P1 Diagnóstico por Imagem Lisandra Farias Síndrome de Loffler Infiltrado eosinofílico Causado por acaris e estrongiloides Infiltrado que pode ser migratório entre os lobos pulmonares Paracoccidioidomicose Fungos inalados até os alvéolos Principal micose sistêmica no Brasil Paracoccididioides brasilienses Infiltrados micronodulares ou nodulares Coalescência: extensa fibrose com áreas de enfisema cicatricial P1 Diagnóstico por Imagem Lisandra Farias Slicose Pneumoconiose por aspiração de poeira inorgânica rica em sílica É sempre bilateral Infiltrado micronodular no terço superior e médio, poupando a base Nódulos regulares e bem definidos de 2 a 5 mm que podem confluir e formar massas Comum haver linfonodomegalias e calcificação em casca de ovo Sarcoidose Granulomas não casosos Eritema nodoso, artralgia, sintomas respiratórios Podem evoluir para resolução ou fibrose pulmonar Sinal do 1-2-3 clássico de sarcoidose: Adenopatias paratraqueais direitas, hilares direitas, hilares esquerdas P1 Diagnóstico por Imagem Lisandra Farias TRAUMA TORÁCICO Não esquecer que: RX de trauma como primeiro exame a ser solicitado, em posição supino em AP (havendo sobreposição de estruturas, níveis hidroaéreos, “pseudocardiomegalia” e falsos aumentos da trama). Trauma fechado: por desaceleração (acidentes automobilísticos, queda) ou ataques físicos. Como complicações há as contusões, lacerações ou rupturas ou fraturas. Trauma aberto: pode ser penetrante, de baixa velocidade (facas), lesão na superfície de contato, alta velocidade (PAFs) PAREDE TORÁCICA Enfisema subcutâneo Hematoma subcutâneo Importante Trauma fechado com dando ao sistema respiratório ou gastrointestinal ou ainda trauma aberto. É autolimitado! Sangue nos tecidos moles por trauma severo, coagulopatias ou malformações vasculares Na radiografia Ar nos tecidos subcutâneos Opacidades não específicas nas partes moles Imagem OSSOS Importante! Fratura de arco costal superior São raras! Danos aos grandes vasos e plexo braquial Fraturas de arcos costas inferiores Imagem complementar com TC.Lesões de órgãos abdominais (fígado, baço, rins) Fraturas de esterno Trauma torácico anterior com difícil identificação no RX. Consolidação ocorre em semanas, não precisa de fixação cirúrgica Fraturas espinhais Incidências frontal e lateral. Tratamento com imobilização e fixação cirúrgica P1 Diagnóstico por Imagem Lisandra Farias OSSOS Fratura de clavícula Fratura de ombro Luxações esternoclaviculares Importante Geralmente sem significância clínica São comuns Trauma severo! O deslocamento posterior pode lesar órgãos mediastinais. Tratamento é com redução cirúrgica Imagem OSSOS Definição Tratamento Imagem TÓRAX INSTÁVEL Ao menos cinco fraturas simples contíguas ou três fraturas segmentares adjacentes. Com movimentação paradoxal durante a respiração! Ventilação com pressão positiva para evitar instabilidade pulmonar P1 Diagnóstico por Imagem Lisandra Farias DIAFRAGMA Roturas diafragmáticas Herniação de órgãos abdominais (estômago, fígado, baço, intestino) Pode haver pneumoperitônio (SINAL DA CÚPULA!) Complicações como encarceramento ou estrangulamento de alças, compressão de órgãos torácicos ou ainda paralisia diafragmáticas Pneumotórax Hemotórax Pleura P1 Diagnóstico por Imagem Lisandra Farias Coração de Marfim: quando perde a concavidade, coração fica reto. Há colapso pulmonar associado. Indica relação com lesão pulmonar. Herniações Colapso Síndrome da angústia respiratória do adulto (SARA) PULMÕES MEDIASTINO Características Sinais Imagem Pneumomediastino Ar nas estruturas mediastinais após injúria penetrante ou trauma fechado faringeo, traqueobrônquico ou esofágico Ar superiormente ao diafragma (SINAL DO DIAFRAGMA CONTÍNUO) Ar em volta da artéria pulmonar (SINAL DO “ANEL EM VOLTA DA ARTÉRIA”) Ar no ângulo cardiofrênico (“SINAL DO V DE NACLERIO”) Síndrome de Hamman: pneumomediastino sem nenhum relação com trauma. É por esforço intenso, tosse, vômito ou drogas Sangramento mediastinal Lesões vasculares, ocorre alargamento mediastinal. Largura > 8 cm, razão mediastino-tórax > 0,25 P1 Diagnóstico por Imagem Lisandra Farias ESÔFAGO Herniações Sempre que houver lesão no esôfago pensa-se em vômitos e com pneumomediastino associado AORTA Pneumomediastino Trauma fechado com com desaceleração. Podem acontecer lacerações ou rupturas (devendo ser feita correção imediata) Mais comumente no istmo aórtico > raiz aórtica > aorta diafragmática P1 Diagnóstico por Imagem Lisandra Farias AORTA Dissecção aórtica traumática Laceração da íntima RX com silhueta aórtica irregular, calcificações descontínuas Tipo A: na aorta ascendente, cirurgia imediata por risco de injúria miocárdica Tipo B: manejo conservador, é apenas na aorta descendente Aneurisma de aórtica traumática Dilatação envolvendo os três folhetos arteriais. Suceptível a ruptura Cirurgia aberta em caso de aneurismas sintomáticos, com expansão rápida, maior que 5-5,5 cm Em casos de aneurisma de aorta descendente > 6cm realiza-se reparo endovascular TRAUMA VASCULAR Grandes vasos > 90% por traumas penetrantes P1 Diagnóstico por Imagem Lisandra Farias TRAUMA VASCULAR Arterias pulmonares Politraumatizados com hipercoagulabilidade + imobilização Por TVP, embolia pulmonar Sinal de Westermak Sinal de Fleischner = aumento das artérias pulmonares centrais por oligoemia Sinal de Palla = dilatação da artéria pulmonar descendente direita Corcova de Hampton = área isquêmica na periferia do pulmão TRAUMA VASCULAR P1 Diagnóstico por Imagem Lisandra Farias Embolia gordurosa Trauma nos ossos longos e pelve. Partículas de gordura que ocluem os capilares. Manifestações radiológicas semelhantes a SARA Embolia séptica Materiais infectados que embolizam para o pulmão. Nódulos bilaterais e difusos de vários tamanhos e estágio de cavitação TRAUMA VASCULAR P1 Diagnóstico por Imagem Lisandra Farias IMAGEM DE ABDOME Intestino grosso é mais periférico, cólons ascendente e descendente são fixos, enquanto o transverso e sigmoide são variáveis. Visibilidade Distribuição de gales Borda do músculo psoas Calcificações Visualização é facilitada quando há boa quantidade de gordura abdominal Gases normais: Bolha gástrica Bulbo duodenal Flexura hepática Flexura esplênica Ampola retal Apagamento da borda direita sugere apendicite Não são incomuns Fígado: possível visualizar sua borda posterior Apagamento da borda esquerda sugere pancreatite Quando presentes, podem sugerir doenças específicas Pâncreas: normalmente não é visualizado. Possível visualizar quando há presença de calcificações Apagamento pode sugerir a presença de massas tumores, retroperitoneais, abscessosou líquidos. Pode ocorrer também em pacientes hígidos Rins: contornos podem ser visíveis por causa da gordura perirrenal Cólon geralmente contém gás e fezes. Se houver ausência de gás sugere obstrução proximal Adrenais: apenas visíveis se houverem calcificação Intestino delgado (central) só é visualizado se houver gás Bexiga: se cheia aparece massa arredondada na pelve P1 Diagnóstico por Imagem Lisandra Farias Sobre o baço: seu aumento volumétrico sugere leucemia, esquistossomose, já sua redução volumétrica sugere anemia falciforme. Com relação aos rins, normalmente estão localizados entre L2 e L5 Pneumoperitônio: abaixo da cúpula era para ser tudo denso. A direita não é para ter ar nunca, já no lado esquerdo pode haver bolha gástrica. Como diferenciar ar livre X o normal dessas estruturas: sempre que tiver ar livre, ele ficará muito próximo da cúpula diafragmática e ela aparecerá bem fina. Se o ar estiver dentro do estômago ou da flexura esplênica, a cúpula aparece como se estivesse mais grossa (há a parede do estômago ou do cólon + músculo do diafrágma), além disso, ela não assume aspecto cupuliforme. Principal achado do pneumoperitônio: ar sob diafragmático, sinal “golfinho pulando” que é ar em baixo da cúpula diafragmática. Outro sinal é a presença do diafragma contínuo ou sinal da cúpula, sinal da bola de futebol no raio-x de abdome. 2 causas frequentes de pneumoperitônio: perfuração de úlcera gástrica ou péptica, perfuração por diverticulite colônica Conteúdo abdominal Melhor visualização Na imagem Fígado USG Nódulos e massas (homo, heterogêneos, hipo, iso ou hiperecogênicos) Cistos são anecoicos Infiltração difusa com hiperecogenicidade difusa Vesícula biliar USG Normal: conteúdo anecoico (homogêneo) Lama biliar é hiperecogênica Cálculos biliares são hiperecogênicos com sombra acústica posterior Pâncreas TC Pancreatite aguda: hipodenso/hipoecoico devido ao edema Pancreatite crônica: mais hiperdenso/hiperecoico devido a fibrose Pneumoperitônio = Sinal do crescente Apagamento da gordura pré- peritoneal Velamento da borda externa do psoas O que procurar no Raio-X Sugere rotura de víscera oca. Sempre uma emergência cirúrgica Sugere processo inflamatório Sugere acometimento do retroperitônio P1 Diagnóstico por Imagem Lisandra Farias Ausência de gás na ampola retal Presença de níveis líquidos Alça sentinela O que procurar no Raio-X Sugere obstrução Sugere obstrução Alça que se encontra fixa, edemaciada, distendida Sinal do grão de café = volvo Sinal de Riegler Distensão de alças intestinais Sinal secundário a torção da alça sobre seu próprio eixo Presença de ar nas alças intestinais. Sugere perfuração intestinal No jejuno tem aspecto de EMPILHAMENTO DE MOEDAS = obstrução jejunal P1 Diagnóstico por Imagem Lisandra Farias Patologias Causas e sintomas Achados Imagem Apendicite aguda Por hiperplasia linfoide, fecalito, áscaris, bário, corpos estranhos Quadro de dor abdominal que evolui de generalizada - periumbilical - fossa ilíaca direita Anorexia, náuseas, vômitos RHA diminuídos Pode haver febre Inflamado se o diâmetro > ou = 7mm Normal é possuir gás intraluminal Achados sugestivos seriam apêndicelito, alça sentinela, obliteração da linha gordurosa pré-peritoneal ou da linha do psoas maior direito, escoliose antálgica No USG: não redutível a compressão com o transdutor, hipereogenicidade na USG ou densificação na TC Colecistite aguda Por impactação permanente de um cálculo no dueto cístico Dor biliar (em fisgada, contínua, localizada no epigástrio ou hipocôndrio direito) com irradiação para escápula ou ombro por > 6h USG é o exame de escolha para vesícula biliar: distendida (> 4 cm), paredes espessadas (> 0,3cm), cálculos ou lama biliar, sombra acústica posterior Raio-X só consegue ver cálculos biliares calcificados Colecistite enfisematosa: gás na parede da vesícula Diverticulite aguda Maioria dos casos são assintomáticos, quadro inespecífico de febre, diarréia e dor na FIE. Maior prevalência em idosos sendo a maior causa de HDB após os 50 anos Espessamento parietal do segmento colônico, alterações inflamatórias da gordura peridiverticular P1 Diagnóstico por Imagem Lisandra Farias Patologia Causas e sintomas Achados Imagem Pancreatite aguda Litíase bliar, álcool. Forma edematosa (fase inicial, leve e sem áreas de necrose) Forma grave (mais tardia, com áreas de necrose + abcessos) Dor abdominal aguda no andar superior do abdome, com distribuição em faixa e irradiação para dorso + náuseas e vômitos No Raio-X: derrame pleural bilateral, atelectasia das bases pulmonares, íleo paralítico e alça sentinela, SINAL DO COLON AMPUTADO (dilatação gasosa do cólon até a flexura esplênica), perda do contorno do psoas esquerdo, aumento da distância entre estômago e cólon transverso TC com contraste é o padrão ouro, reservada em casos graves: aumento focal ou difuso do pâncreas Apendicite epiploica Incomum, benigna e autolimitada. Por torção ou trombose venosa das veias que drenam os apêndices epiploicos Dor no QIE e o tratamento é conservador TC com densificação gordura pericolônica de configuração alongada (“em dedo de luva”) Obstrução funcional Não há obstrução mecânica do intestino, é derivada do íleo adinâmico (frequente em pós operatório). Distensão abdominal + ausência de eliminação de gases e fezes + náuseas e vômitos Intussuscepção Invaginação do intestino proximal para dentro do intestino distal. Uma das causas mais comuns de abdome agudo na infância (é uma emergência!) Vômito, dor abdominal em cólica, fezes em “geleia de framboesa” ou hematoquezia, massa abdominal palpável no QSD ou subcostal Raio-X: massa de tecido mole no QSD do abdome, ausência de gás ou fezes no cólon ascendente, sinal do empilhamento de moedas (obstrução do delgado), sinal do alvo (tecidos moles com áreas circulares concêntricas transparentes), sinal do crescente ou do menisco P1 Diagnóstico por Imagem Lisandra Farias Rotina do abdome agudo: RX tórax em PA ortostática + RX abdome AP em decúbito dorsal + RX abdome AP em ortostase Doenças do tórax podem cursar com dor abdominal como pleurite, IAM, infarto pulmonar ou ainda doenças abdominais podem apresentar complicações torácicas como derrame pleural pela pancreatite aguda, ou pneumonia por aspiração em casos de vômitos da obstrução intestinal! Screening dos sinais gerais do abdome agudo: gordura inflamada, espessamento da parede do intestino, íleo, ascite, pneumoperitônio Tem também: Abdome agudo perfurativo: com pneumoperitônio, espessamento parietal da região acometida, coleções líquidas, extravasamento de contraste administrado por via oral Abdome agudo hemorrágico: dor abdominal de forte intensidade e presença de líquido livre Patologia Causas e sintomas Achados Imagem Obstrução intestinal Obstrução em alça fechada: alça fica ocluída em um ponto proximal e distal. Obstrução do intestino grosso seria por volvo + válvula íleo cecal competente Intestino delgado: é mais central, diâmetro normal é de 5-6 cm (maior sugere obstrução, jejuno com válvulas coniventes e íleo com válvulas mais esparsas Intestino grosso: é mais periférico, presença de haustrações e diâmetro normal é < 8 cm, ceco distendido quando mais do que 10 cm de diâmetro Volvo Torção completa (rotação de 180 graus ou mais) de uma alça intestinal ao redor de sua fixação mesentérica, produzindo obstrução intestinal e infarto mesentério Pode ocorrer no transverso, sigmoide (mais comum!) ou ceco Ceco: bolha cecal invertida ocupando o QSE Sigmoide: alça dilatada e sem haustrações em forme de “U” invertido, sinal do grão de café ou bico de pássaro Ileo biliar Ocorre a partir de uma colecistite litiásica que acaba desenvolvendo um fístula biliodigestiva. Há a migração do cálculo para o intestino, provocando obstrução intestinal Tríadede Rigler: Aerobilia + cálculo biliar “ectópico” (no íleo distal ou válvula íleo cecal) + sinais de processo obstrutivo intestinal P1 Diagnóstico por Imagem Lisandra Farias SISTEMA DIGESTÓRIO Exames e métodos Endoscopia Avalia mucosa e realiza biópsia. Tem dificuldade em avaliar íleo terminal. Exame de escolha na DRGE. Estudo contrastado (sulfato de bário + aparelho intensificados de imagens) Molda a cavidade de órgão estudado Contra-indicações: obstrução cólica, diverticulite aguda, megacólon tóxico e outras complicações de DII e pacientes muito debilitados SEED Contraste por VO Avalia esôfago, estimado e duodeno até o ângulo de Treitz. Deve ser realizado pela manhã em jejum absoluto Trânsito de delgado Contraste por VO. Indicações: dor abdominal inexplicada, diarréia, obstrução intestinal, hemorragia digestiva não localizada. Mesmo preparo que a SEED. Jejuno com pregas transversais, íleo com pregas longitudinais e válvula íleocecal com aspecto em “bico de pássaro” Clister opaco Contraste por VR, único (bário) ou duplo (bário + ar, melhor para lesões sutis). Avaliação do cólon: pregueado, mais largo e com haustrações Preparo com dieta leve na véspera abundante em líquidos e jejum a partir da noite anterior. Esofagograma Indicações: suspeita de RGE, disfagia e odinofagia, suspeita de distúrbios de motilidade, esofagite, estenose esofágica, varizes de esôfago, massas mediastinais, neoplasia de esôfago, suspeitos de fístula esofágica e pós-operatório P1 Diagnóstico por Imagem Lisandra Farias Patologia Sinais Imagem Acalásia Massa mediastínica tubular ao lado da aorta Ausência da bolha gástrica Nível líquido na região média do esôfago Estenose na topografia do EEI (afilamento distal) com sinal da “ponta de lápis”, “rabo de rato” ou “bico de pássaro” Esofagite Granularidade (edema da mucosa), espessamento das pregas (edema da submucosa) Esofagite cáustica Esofagite na fase aguda e estenose após 1-3 meses Patologia P1 Diagnóstico por Imagem Lisandra Farias Estenose péptica Estreitamento concêntrico, saculações, pseudodivertículos Esôfago de Barret Metaplasia colunar da mucosa esofágica pro esofagite de refluxo. Padrão reticular fino, estenose distal ou do terço médio Hérnia de hiato Deslizamento (TEG e fundo gástrico) Paraesofágica ou rolamento (fundo gástrico) Mista Sinais ImagemPatologia P1 Diagnóstico por Imagem Lisandra Farias Carcinoma de esôfago No esofagograma visualiza-se redução abrupta da luz esofágica, com contornos irregulares e nodular. Sinal da maçã mordida Divertículo esofágico Superior (Zenker) Médio (tração por doença granulomatosa) Inferior (epifrênica) Úlcera péptica Lesão escava e profunda que atinge a mucosa do estômago ou duodeno Benigna: nicho projetado para fora da região, úlcera profunda e ovóide Maligna: nicho projetado para dentro do órgão, úlcera rasa e plana 90% das úlceras pépticas duodenais ocorrem no bulbo Sinais ImagemPatologia P1 Diagnóstico por Imagem Lisandra Farias Câncer gástrico Adenocarcinoma é o tumor maligno mais comum do estômago. Sintomas inespecífico (perda de apetite, emagrecimento e dor epigástrica) Intestino delgado Delgado proximal: infecção por Strongyloides stercoralis Íleo terminal: doença de Crohn, linfoma, TB intestinal, paracoco e infecções por Yersinia, Salmonella e Campylobacter Crohn: mucosa com aspecto de “pedra de calçamento” Tuberculose intestinal Geralmente na região íleo-cecal (90%) Espessamento concêntrico da parede com estreitamento luminal, incompetência da válvula íleo-cecal Sinais ImagemPatologia P1 Diagnóstico por Imagem Lisandra Farias Tumores Tumor carcinóide: é o mais comum, principalmente no íleo Adenocarcinoma: no delgado proximal, com prognóstico sombrio Lifnoma Infiltração dos tecidos linfoides, especialmente no íleo termina Divertículo de Meckel Congênito pela degeneração fibrosa do dueto vitelínico. No íleo terminal, 60 cm da válvula ileocecal Sinais ImagemPatologia P1 Diagnóstico por Imagem Lisandra Farias Tuberculose íleo-cecal Difícil diferenciação com Doença de Crohn. Presença de fístulas Retocolite ulcerativa Reto (95%) e cólon. Não provoca lesões salteadas. Se inicia no reto e tem progressão retrógrada. Com áreas de mucosa normal entre as áreas acometidas. Perda de haustrações e espessamento da musculatura lisa: aspecto de “cano de chumbo”. Redução do diâmetro do cólon Sinais ImagemPatologia P1 Diagnóstico por Imagem Lisandra Farias Megacólon tóxico Cólon > 6 cm + dor abdominal + febre alta + redução da peristalse Potencialmente fatal. Ocorre uma dilatação acentuada do cólon, geralmente do cólon transverso, > 6 cm. Intoxicação sistêmica, diarréia sanguinolenta abundante. ENEMA OU COLONOSCOPIA são CONTRA- INDICADOS devido ao risco de perfuração! Um exemplo seria por Clostridium difficile Sinais ImagemPatologia P1 Diagnóstico por Imagem Lisandra Farias Tumores benignos Maioria são pólipos adenomatosos descobertos acidentalmente Polipose familiari Hemartomatosos ou adenoamatosos Adenocarcinoma Do cólon direito com invaginação intestinal e do cólon esquerdo com redução da luz Sinais ImagemPatologia P1 Diagnóstico por Imagem Lisandra Farias SISTEMA CARDIOVASCULAR AUMENTO DAS CAVIDADES CARDÍACAS Causas Sinais Imagens Aumento do átrio esquerdo Lesão mitral (reumática) Miocardiopatias CIV Persistência do canal arterial ICC Esquerda Duplo contorno na silhueta direita do coração (duplo contorno) Deslocamento superior do brônquio fonte E (sinal da bailarina ou sinal do homem andando) Abaulamento do arco médio do contorno cardíaco esquerdo (4º arco) Deslocamento posterior do esôfago contrastado Aumento do ventrículo esquerdo Hipertensão Insuficiência aórtica, estenose aórtica Coarctação da aorta Miocardiopatia de evolução prolongada Alongamento e arredondamento da borda ventricular esquerda Deslocamento caudal da ponta do coração Deslocamento posterior do contorno cardíaco posterior (distância da VCI > 1,8 cm) P1 Diagnóstico por Imagem Lisandra Farias Causas Sinais Imagens Aumento do ventrículo direito Hipertensão pulmonar Tetralogia de Fallot Estenose pulmonar DPOC Defeitos sentias (shunt E/D) Elevação da ponta do coração Protrusão do tronco da artéria pulmonar Contorno cardíaco anterior encosta em mais de 1/3 inferior do esterno (obliteração do espaço retroesternal/redução da transparência retroesternal) Apice cardíaco levantado e arredondado Aumento do átrio direito Defeito do septo atrial, estenose e insuficiência tricúspides, insuficiência ventricular direita Avaliação muito difícil Aumento do contorno cardíaco direito (afasta a borda cardíaca da aluna) Aumento para cima Aumento para baixo: altera ângulo cardiofrênico (sinal da corda) P1 Diagnóstico por Imagem Lisandra Farias ALTERAÇÕES NA CIRCULAÇÃO PULMONAR Causas Sinais Imagem Estase Insuficiência do VE e doença valvar mitral Mais freqüente e reversível Ocorre aumento da pressão capilar pulmonar (com inversão do padrão vascular pulmonar no RX de tórax): normal seriam pressão de aproximadamente 7mmHg e vasos dos lobos inferiores mais calibrosos Razão artéria-brônquio alterada Edema pulmonar Primeiro há edema intersticial (borramento e espessamento das paredes vasculares, com margens indistintas e alargadas) Linhas B de Kerley (horizontais, parte inferior e lateral do pulmão) Linhas A de Kerley (mais longas, lobos superiores) Edema alveolar (aparece depois): passagem do transudato para o interior dos alvéolos Achado clássico é o EDEMA EM “ASA DE BORBOLETA” (opacidades bilaterais que se estendem em leque a partir do hilo) Pode haver broncograma aéreo se confluentes Derrame pleural é comum P1 Diagnóstico por Imagem Lisandra Farias Causas Sinais Imagem Edema pulmonar ICC: cardiomegalia + redistribuição vascular + edema basal + derramepleural Borramento peri-hilar Edema azotêmico (Insuficiência renal) Opacidade peri-hilar central Inalação de gases irritantes Edema mais generalizado, com aparência mais reticulada e se estende para periferia P1 Diagnóstico por Imagem Lisandra Farias Causas e sintomas Tromboembolismo pulmonar Embolos impactam nas artérias pulmonares ou ramos principais Obstrução do fluxo vascular - aumento da pressão da artéria pulmonar - dilatação do VD - falência do VD Dilatação do tronco arterial pulmonar (aumento do arco médio esquerdo) Aumento da artéria pulmonar lobar inferior D (sinal de Palla) Hipoperfusão - oligoemia - hipotransparência/dilatação proximal de um vaso embolizado (Sinal de Westermak) Infarto pulmonar: densidade periférica em forma de cunha com base pleural e ápice direcionado ao hilo (Sinal de Hampton) Taquipneia, dispneia, dor torácica pleurítica, hipotensão, cianose Ao exame físico hipofonese do componente pulmonar da segunda bulha (P2) Embolia pulmonar leve a moderada BEG, ansioso, levemente dispneico e com dor pleurítica Hipoperfusão com redução volumétrica, elevação do diafrágma, atelectasia por hipoventilação que leva a colapso P1 Diagnóstico por Imagem Lisandra Farias TUBERCULOSE Sinais e sintomas Achados Imagem Tuberculose primária Frequentemente assintomática, em crianças de 0 a 5 anos Condensação alveolar circunscrita (Nódulos de Gohn) Linfonodomagalia hilar ou mediastinal (achado mais clássico) Consolidações homogêneas lobares ou segmentares Após a cura, os nódulos de Gohn e linfonodomegalias viram Complexo de Ranke Tuberculose pós primária = secundária Indivíduos previamente sensibilizados por M. tuberculosis Consolidação alveolar homogênea nos lobos superiores com broncogramas aéreos Escavações, espessamento das paredes brônquicas, árvore em brotamento Tuberculose miar Ruptura de um foco caseoso para dentro de um vaso Micronódulos bilaterais e difusos