Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
DIAGNÓSTICO POR IMAGEM APLICADO À MEDICINA VETERINÁRIA Prof. MSc. MV. Marco Matheus ATUALIZAÇÃO PORTARIA RDC.330/2019 PROIBIÇÃO EQUIPAMENTOS ANALÓGICOS - 12/2021 RADIOLOGIA DA CAVIDADE TORÁCICA EXAME RADIOGRÁFICO DO TÓRAX Avaliação cardíaca Avaliação pulmonar (tosse, distrição respiratória, pesquisa de metástase) Deglutição, regurgitação e emese Avaliação do espaço pleural Avaliação do arcabouço torácico Avaliação mediastinal (CR, MD e CD) EXAME RADIOGRÁFICO DO TÓRAX Técnica radiográfica: Ajuste do aparelho: Kv mAs Posicionamentos: ▪ 2 projeções ortogonais (LLD/LLE e VD/DV) Inspiração Alterações radiográficas não são características de uma única doença Comprometimento de diversas estruturas secundário a um mesmo processo de doença EXAME RADIOGRÁFICO DO TÓRAX Limitantes LL VD LL EXAME RADIOGRÁFICO DO TÓRAX CUIDADOS TÉCNICOS ▪ Contenção cuidadosa ▪ Condições respiratórias (aporte oxigênio) ▪ Projeção ventrodorsal (decúbito esternal) – Melhora respiração EXAME RADIOGRÁFICO DO TÓRAX CUIDADOS COM A TÉCNICA (INTERPRETAÇÃO) ▪ Super/Subexposta ▪ Raça (proporcionalidade) – Tórax mediano, barril e profundo ▪ Fase respiratória ▪ Condição corporal ❑ Obesidade TRAQUEIA DESLOCAMENTOS TRAQUEAIS ANIMAIS JOVENS Deslocamento ventral de traqueia – A.A.V LL CORPO ESTRANHO ESOFÁGICO LL DESVIO DORSAL DE TRAQUÉIA DIÂMETROS TRAQUEAIS COLAPSO DE TRAQUÉIA Mais comum na clínica Raças toy Dificuldade respiratória ( “tosse de ganso”) Geralmente no plano dorsoventral e laterolateral ▪ Estreitamento do lúmen ▪ Diâmetro variado (braquicefálicos – bulldog) ▪ Normal não exclui (lesão dinâmica fluoroscopia/endoscopia) ▪ Sobreposição de partes moles Expiração x Inspiração (ins: intratorácica alarga cervical estreita/exp intratorácica estreita/cervical alarga) LL LL LL LL EXPIRAÇÃO INSPIRAÇÃO ALTERAÇÕES DO MEDIASTINO ALTERAÇÕES RADIOGRÁFICAS DO MEDIASTINO Alargamento: ▪ Linfonodomegalias; ▪ Derrames Alterações da radiopacidade: ▪ Diminuição (pneumomediastino); ▪ Aumento (massas/líquidos). LL VD ALARGAMENTO ALARGAMENTO MEDIASTINAL POR ESTRUTURA DE RADIOPACIDADE GORDURA PNEUMOMEDIASTINO Associada ao trauma traqueal Gás no espaço mediastinal (cervical mediastino) Estruturas que normalmente não são visualizadas Comum em briga de cães ALTERAÇÕES RADIOGRÁFICAS DIAFRAGMA ALTERAÇÕES RADIOGRÁFICAS DO DIAFRAGMA ADQUIRIDAS: hérnias diafragmáticas (rupturas) Aspectos radiográficos: ▪ ausência de imagem da cúpula diafragmática; ▪ estruturas anormais no tórax; ▪ Contraste. LLE LLE LLD HÉRNIA DIAFRAGMÁTICA PERITÔNIO PERICÁRIDO CONGÊNITA NORMALMENTE – ACHADO RADIOGRÁFICO MANIFESTAÇÕES VARIÁVEIS CONSTRASTADO??? COSTELA E ESTERNO COSTELAS FRATURAS – TUMOR MAIS FÁCIL VISUALIZAÇÃO VD AUMENTO NO ESPAÇO INTERCOSTAL POSICIONAMENTO – FRAGMENTO PODE CAUSAR PERFUÇÃO – PNEUMOTORAX DOR!!!!!!!!! ALTERAÇÕES RADIOGRÁFICAS COSTELAS E ESTERNO “Flail chest” – Tórax paradoxal ▪ Fratura de 2 ou mais costelas consecutivas, em pelo menos dois pontos distantes – lesão pulmonar subjacente ▪ Acidentes automobilísticos, brigas, quedas e/ou lesões perfurantes ▪ Politrauma ▪ Lobo pulmonar direto em contato com pele VD ESÔFAGO ESÔFAGO Principais aspectos anatômicos ▪ Estrutura tubular musculomembranosa que se estende do músculo cricofaringeano até o cárdia do estômago ESÔFAGO Segmentos: cervical, torácico e abdominal Topografia ▪ Cervical: dorsal à traquéia ▪ Contrações peristálticas MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS Regurgitação Sialorréia Odinofagia Disfagia Anorexia Emagrecimento Tosse Distrição respiratória RADIOLOGIA DO ESÔFAGO Técnicas radiográficas ▪ Toda extensão esofágica ▪ Projeções: laterolateral (ventrodorsal) Exame simples - LL Exame contrastado ESOFAGOGRAMA ▪ sulfato de bário (2-10 ml/Kg/P.V.) ▪ Compostos iodados (pobre visibilização) Radiografias imediatas Cuidados na administração (ASPIRAÇÃO!) ESOFAGOGRAMA INDICAÇÕES Avaliar posição anatômica, tamanho, contorno esofágico e (função) Constricção/estenose CE radiotransparentes Afecção da mucosa Quando há sinais clínicos, porém o exame simples não revela alterações Quando se visibilizam massas mediastinais Quando há doenças pulmonares crônicas idiopáticas ASPECTOS RADIOGRÁFICOS NORMAIS Exame simples ▪ Tubo (lúmen) colapsado, não sendo observado em repouso ao exame simples Ar, líquido e/ou conteúdo alimentar podem delimitar Posição da traquéia: Desvio ventral Radiopacidade: corpo estranho Diâmetro luminal: dilatação Esofagograma ▪ Cão: musculatura estriada em toda sua extensão ▪ Gato: primeira porção é composta por musculatura estriada e a porção distal por músculo liso (pregas oblíquas). Posição Diâmetro Preenchimento luminal Superfície mucosa Função ASPECTOS RADIOGRÁFICOS NORMAIS MEGAESÔFAGO Etiologia distinta Idiopático congênito: hipomotilidade por defeito na inervação aferente vagal (PA, Setter, Labrador, Shar Pei) Idiopático adquirido Secundário adquirido Regurgitação!! MEGAESÔFAGO Aspectos radiográficos Simples ▪ Dilatação esofágica total ▪ Desvio ventral da traqueia (e coração) ▪ Opacificação pulmonar MEGAESÔFAGO Aspectos radiográficos Esofagograma ▪ Revela a extensão da dilatação ▪ Retenção intraluminal do contraste – estase ▪ Pouco contraste progride ao estômago LL ANOMALIA DO ANEL VASCULAR Cães (jovens) Defeito na embriogênese dos arcos aórticos: ▪ Persistência do arco aórtico direito (PAAD) - 95% ANOMALIA DO ANEL VASCULAR Aspectos radiográficos Dilatação esofágica segmentar (anterior à base do coração) Desvio ventral da traquéia Esofagograma ANOMALIA DO ANEL VASCULAR!!!! LL VD CORPO ESTRANHO CÃES ▪ Entrada do tórax, base do coração, hiato (pouca capacidade de distensão e/ou alt. No sentido) ASPECTOS RADIOGRÁFICOS ▪ Alterações de radiopacidade (radiopacos ou radiotransparentes) ▪ Desvio ventral da traqueia ▪ Contraste: falhas de preenchimento ▪ Perfuração esofágica LL MASSAS ESOFÁGICAS Granuloma parasitário: Spirocerca lupi ▪ Cães ▪ Sarcoma ASPECTOS RADIOGRÁFICOS ▪ Aumento de radiopacidade (entre o coração e o diafragma) ▪ Alterações do trajeto esofágico ▪ Falhas do preenchimento luminal ▪ Aneurisma de aorta ▪ Espondilite LL MASSA DENSA NO ESÔFAGO, ESOFAGOGRAMA ESTENOSE EM PORÇÃO CERVICAL ESTENOSE EM PORÇÃO CERVICAL LL PULMÕES ANATOMIA RtCr – lobo cranial direito RtM – lobo médio RtCd- lobo caudal direito Acc- lobo acessório LeCr1 – porção cranial do lobo cranial esquerdo LeCr2 – porção caudal do lobo cranial esquerdo LeCD – lobo caudal esquerdo PULMÃO Divisão Interstício brônquios bronquíolos alvéolos vasos sanguíneos Vasos linfáticos ALTERAÇÕES RADIOGRÁFICAS ALTERAÇÃO DE RADIOPACIADADE ▪ Aumento ❑ Quadro intersticial ❑ Quadro brônquico ❑ Quadro alveolar ❑ Quadro vascular ❑ Quadro misto (geralmente = mais que um) ALTERAÇÕES RADIOGRÁFICAS ALTERAÇÃO DE RADIOPACIADADE ▪ Diminuição ❑Hipovascularização ❑Enfisema (bronquite alérgica) ALTERAÇÕES RADIOGRÁFICAS LOCALIZAÇÃO E DISTRIBUIÇÃO ▪ Pneumonia por aspiração (normalmente no lobo médio) ▪ Intoxicação por dicumarínico é difusa ▪ Trauma QUADRO INTERSTICIAL Opacificação intersticial Perda do contraste dos campos pulmonares ▪ Difuso ❑ Todos lobos ❑ Localizado (único lobo) ▪ Nodular QUADRO INTERSTICIAL DIFUSO Pneumonias intersticiais Metástases pulmonares Edema intersticial Fibrose pulmonar (idade???) LL QUADRO INTERSTICIAL NODULAR SÓLIDO ▪ Radiopacidade água CAVITÁRIO ▪ Radiopacidadear ▪ Coleção gasosa provocada por ruptura dos alvéolos trauma, dç pulmonar crônica (enfisema/neoplasia), abscessos/sangue SOLITÁRIO ▪ Neoplasia primária ▪ Abscesso MÚLTIPLOS ▪ Metástase pulmonar (aspecto miliar – diferencial = pneumonia fúngica) LL LLD LLE LLD LLE OPACIFICAÇÕES NODULARES LLLL PARA PESQUISA DE METÁSTASE, SE POSSÍVEL, 3 PROJEÇÕES (LLD, LLE e VD) – SE NÃO FOR POSSÍVEL, OPTE PELAS DUAS LLD e LLE BRÔNQUICO Opacificação de paredes brônquicas ▪ Presença de catarro Bronquite aguda ▪ NDN Bronquite crônica Senilidade ▪ Calcificação BRÔNQUITE CRÔNICA LL ALVEOLAR “FLUFFY” - “ALGODÃO DOCE” O brônquio vai se destacar radioluscente e os bronquíolos vão ficar radiopacos em volta, caracterizando o broncograma aéreo Rápida evolução - sinais clínicos e tratamento eficaz Broncopneumonias Edema pulmonar: alveolar (intersticial) Hemorragias VASCULAR Dirofilariose Dirofilariose Pode fazer migração eosinofilica MIGRAÇÃO EOSINOFILICA LL CORAÇÃO A RADIOLOGIA E O CORAÇÃO CORAÇÃO ▪ Silhueta cardíaca EXAME RADIOGRÁFICO NÃO INFORMA SOBRE VOLUME, CAVIDADE OU ESPESSURAS DE SUAS PAREDES!!!!! TÉCNICAS RADIOGRÁFICAS Kv mAs PROJEÇÕES RADIOGRÁFICAS Laterolateral (dec. Direito ou esquerdo) Ventrodorsal / dorsoventral FASE RESPIRATÓRIA ▪ Inspiração ANATOMIA RADIOGRÁFICA ANALOGIA AO RELÓGIO AVALIAÇÃO RADIOGRÁFICA SILHUETA CARDÍACA ▪ Tamanho ▪ Forma ▪ Posição AVALIAÇÃO RADIOGRÁFICA Grande variação da silhueta cardíaca (tamanho e forma) Interpretação cuidadosa!!! ▪ Espécie ▪ Raça ▪ Idade ▪ Ciclos respiratório/cardíaco ▪ Projeções radiográficas MENSURAÇÃO RADIOGRÁFICA DA SILHUETA CARDÍACA Ventrodorsal/Dorsoventral: 60 - 65% da largura da cavidade torácica. Sistema de escala vertebral - “Vertebral Heart Size” (V.H.S.) MENSURAÇÃO RADIOGRÁFICA DA SILHUETA CARDÍACA Avaliação subjetiva Experiência CUIDADO com VHS e variações raciais!!! ALTERAÇÕES RADIOGRÁFICAS RELACIONADAS DESLOCAMENTO DORSAL DA TRAQUÉIA E BRÔNQUIOS PRINCIPAIS ALTERAÇÕES DA VASCULARIZAÇÃO PULMONAR OPACIFICAÇÕES PULMONARES (EDEMA PULMONAR) EFUSÃO PLEURAL. AUMENTOS LOCALIZADOS DA SILHUETA CARDÍACA VENTRÍCULO DIREITO LATEROLATERAL ▪ Arredondamento da margem cranial ▪ Aumento do contato com o esterno ▪ Elevação dorsal da traqueia VENTRODORSAL ▪ Aumento de 5-9hs ▪ Margem direita próxima da parede torácica ▪ “D” invertido ▪ Ápice cardíaco deslocado para a esquerda ÁTRIO DIREITO LATEROLATERAL ▪ Deslocamento dorsal da traqueia cranial à bifurcação e brônquio principal direito VENTRODORSAL ▪ Aumento em topografia de átrio direito (9-11 horas) VENTRÍCULO ESQUERDO LATEROLATERAL ▪ Perda da cintura caudal ▪ Verticalização da borda caudal ▪ Deslocamento dorsal da traqueia terminal VENTRODORSAL ▪ Margem ventricular arredondada (2-5h) ▪ Deslocamento do ápice do coração para a direita ▪ Aumento de VE na maioria das vezes está acompanhada de aumento do AE e alterações do lado direito. ÁTRIO ESQUERDO LATEROLATERAL ▪ Deslocamento dorsal da traqueia terminal ▪ Desvio dos brônquios principais ▪ Proeminência do átrio esquerdo ▪ Congestão de vasos pulmonares VENTRODORSAL ▪ Aumento na topografia da aurícula esquerda (2-3 horas) ▪ Sombra sobreposta ao Ventrículo direito AUMENTO GENERALIZADO DO CORAÇÃO Aumento de duas ou mais câmaras Causas ▪ Insuficiência mitral/tricúspide; ▪ Insuficiência cardíaca direita e esquerda; ▪ Cardiopatias congênitas. Diagnósticos diferenciais ▪ Efusão pericárdica, hérnia peritoneopericárdica, obesidade. LL VD CARDIOPATIAS ADQUIRIDAS (FELINOS) Cardiomiopatia hipertrófica: ▪ Parede de VE e septo interventricular espessos (reduz volume VE) ▪ Aumento do AE (“Valentine Shape”) - machos Cardiomiopatia dilatada (congestiva): ▪ Deficiência de Taurina (?) - aumento (dilata) 4 câmaras (pouco contração) ▪ Efusão pleural, edema pulmonar e ascite. 5 meses a 17 anos; Diminuição na contratilidade - tromboembolismo = Paresia/paralisia. VD VALENTINE SHAPE AVALIAÇÃO RADIOGRÁFICA DA SILHUETA CARDÍACA Exame radiográfico não avalia ▪ Frequência/batimentos cardíacos ▪ Tamanho da câmaras/paredes cardíacas ▪ Velocidade e força de contração ▪ Presença de sopro ▪ Valvas cardíacas ▪ Efusão pericárdica ou trombo AVALIAÇÃO RADIOGRÁFICA Silhueta cardíaca Traquéia e brônquios principais Campos pulmonares Espaço pleural Mediastino Grandes vasos (aorta e veia cava caudal). LL VD
Compartilhar