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Assistência de Enfermagem aos Pacientes Politraumatizados

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ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM Docente: Rita Joelly Aleixo, 6º Semestre de Enfermagem
AO PACIENTE POLITRAUMATIZADO
(Parte I) 
DEFINIÇÃO: 
O Politrauma é uma síndrome decorrente de lesões múltiplas, com reações sistêmicas que podem levar à falha ou à disfunção de órgãos ou sistemas vitais não diretamente lesados pelo trauma. Na assistência ao politrauma, o enfermeiro deve conhecer, identificar e atuar, na medida do possível, em situações que representam risco imediato de morte à vítima. O atendimento inicial do politraumatizado deve ser como uma patologia única, contudo com uma avaliação global de todos os sistemas. 
AVALIAÇÃO INICIAL: 
Na avaliação inicial são identificados e tratados os fatores que oferecem risco de morte ao paciente, obedecendo às seguintes prioridades: 
· Aérea: obstrução das vias aéreas e controle da coluna cervical; 
· Boca a boca: Respiração; 
· Circulatório: Alteração da circulação e controle da hemorragia. 
· Deficit neurológico; 
· Exposição completa do paciente; 
Obstrução das vias aéreas: A identificação da obstrução das vias aéreas deve ser realizada imediatamente. No primeiro contato, devemos fazer uma pergunta para o paciente e, na ausência da resposta verbal, devemos avaliar e identificar o nível de consciência. Alguns sinais podem facilitar no diagnóstico de obstrução de vias aéreas: agitação sugere hipóxia e sonolência sugere hipercapnia. Respiração ruidosa ou com estridor e disfonia deve ser investigada como possível corpo estranho. Os objetivos das condutas são sua permeabilização, obtenção e manutenção. As condutas dependem da causa da obstrução, para a obstrução por queda de língua quando a conduta aplicada é tracioná-la através s. da elevação da mandíbula, seguida da colocação de uma cânula de Guedel. Sangue e secreções podem ser removidos com aspiração. 
Respiração: O diagnóstico pode ser realizado através da inspeção da caixa torácica. É preciso observar a expansão adequada, a simetria e a presença de movimento paradoxal. Na palpação, pesquisar crepitações e arcos costais e presença de cianose e frequência respiratória. No politraumatizado com problemas respiratórios, a ventilação inicial deve ser feita com ar enriquecido com oxigênio. As condutas inicias para solucionar as dificuldades ventilatórias resumem-se em assistência ventilatória e drenagem da cavidade pleural. 
Circulação: Avalia-se o estado de perfusão tecidual através do pulso, da coloração da pele e do enchimento capilar. Geralmente, quando o pulso radial é palpável, a pressão sistólica está acima de 80 mmHg. A pressão arterial, a palidez cutânea e a sudorese são parâmetros que ajudam no diagnóstico. Quando o volume de sangue circulante se reduz pela metade ou mais, a perfusão cerebral torna-se comprometida, levando o paciente à perda da consciência. Ao contrário se o paciente se encontra orientado e consciente, podemos presumir que a volemia é suficiente para manter a perfusão cerebral. A causa principal de instabilidade hemodinâmica no politraumatizado é a perda sanguínea. O tamponamento e a compressão das lesões controlam adequadamente os sangramentos externos. As hemorragias externas não controladas com o tamponamento da lesão são mais bem tratadas levando o paciente para a sala de cirurgia e realizando a exploração cirúrgica do ferimento, sob anestesia geral. Além disso, deve-se assegurar acesso venoso através da punção de, no mínimo, duas veias periféricas com cateter calibroso.
Déficit neurológico: O estado neurológico é rapidamente avaliado verificando o nível de consciência e o estado das pupilas. A avaliação do nível de consciência é feita pelo tipo de resposta ao estímulo verbal e ao doloroso. Deve-se observar se as pupilas estão isocóricas e fotorreagentes. Um exame neurológico mais apurado deve ser realizado para atendimento secundário através da Escala de Coma de Glasgow. A deterioração do estado neurológico pode indicar a presença de lesão intracraniana ou a diminuição da oxigenação do SNC.
ESCALA DE GLASGOW PARA AVALIAÇÃO DO NÍVEL DE CONSCIÊNCIA
Exposição: Deve-se retirar todas as vestimentas do paciente, o que permitirá e facilitará a sua avaliação global. 
Ressuscitação: O objetivo dessa etapa é assegurar o metabolismo aeróbico das células, por meio da manutenção de uma perfusão adequada. A oxigenação e a reposição volêmica são os meios utilizados para atingir essas metas. 
Durante a ressuscitação, executam-se reavaliações repetidas dos parâmetros vitais para averiguar a eficácia das medidas adotada

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