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Prova respondida - posse e propriedade

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Prova
1. Marina é proprietária de um prédio denominado X, e Euler é proprietário do prédio chamado Y, sendo que suas propriedades se encontram em margem de rio não negável. No ano de 2020, diante da forte tempestade, ocorreu desprendimento de porção considerável do imóvel de Euler, tendo sua porção se juntado natural e subitamente ao imóvel de Marina. Considerando tais colocações, assinale a alternativa INCORRETA. 
a) Diante da ocorrência classificada como força natural e violenta, configura-se como instituto civil denominado avulsão. 
b) Ultrapassado o prazo de um ano sem que tenha havido reclamação a respeito, Marina poderá adquirir a propriedade sem a necessidade de indenização a Euler. 
c) Dentro do prazo de um ano, poderá Marina adquirir a propriedade acrescida, caso indenize Euler. 
d) Visando à proteção da propriedade privada, a legislação civil permite que, nesse caso, Euler recuse a indenização se oferecida dentro do prazo de um ano, caso em que Marina deverá aquiescer que seja removida a parte acrescida. 
e) Trata-se o caso em tela de aquisição por acessão configurada como aluvião, diante dos acréscimos formados ao longo das margens das correntes, ou pelo desvio das águas destas, pertencentes aos donos dos terrenos marginais, independentemente se o acréscimo ocorreu de forma súbita ou sucessiva e imperceptivelmente. (Art. 1251, pois trata-se de questão de avulsão) 
2. Pedro vendeu um imóvel a João, que por sua vez formalizou a aquisição do imóvel tão somente através de um contrato de compra e venda, sem promover a averbação junto á matrícula do imóvel. Passados mais de 20 anos dessa situação, João, que permanece no imóvel adquirido de Pedro, é citado em uma ação reivindicatória promovida pelo único herdeiro de Pedro, que pretende imitir-se na posse do bem herdado, do qual agora é proprietário. João te procura para promover sua defesa. Diante disso, assinale a alternativa correta. 
a) João não poderá contestar a legitimidade do herdeiro de Pedro em ingressar no imóvel, considerando que nunca deteve o domínio do imóvel, que só se transmite pelo registro imobiliário, de modo que sua posse era injusta que, como se sabe, não possibilita a aquisição do bem pela usucapião. 
b) João poderá contestar a legitimidade do herdeiro de Pedro em ingressar no imóvel, considerando que está há 20 anos em imóvel do qual possui justo título, preenchendo todos os requisitos para o reconhecimento de sua propriedade através da usucapião que, entretanto, não poderá ser alegada como matéria de defesa na ação reivindicatória, mas suspenderá a reivindicatória por um ano se ingressada por dependência em autos apartados. 
c) João não poderá contestar a legitimidade do herdeiro de Pedro em ingressar no imóvel, mas poderá contestar a ação reivindicatória pleiteando todas as benfeitorias necessárias realizadas nos últimos cinco anos, em respeito ao prazo prescricional para fazê-lo. 
d) João não poderá contestar a legitimidade do herdeiro de Pedro em ingressar no Imóvel, considerando que foi citado de ação reivindicatória, o que lhe obriga a deixar o imóvel em até 15 dias após a citação. 
e) João poderá contestar a legitimidade do herdeiro de Pedro em ingressar no imóvel, considerando que está há 20 anos no imóvel do qual possui justo título, preenchendo todos os requisitos para o reconhecimento de sua propriedade através da usucapião, que poderá ser alegada, inclusive, como matéria de defesa ação reivindicatória, diante do seu caráter dúplice. (Art. 1238 – Usucapião – do código civil) 
3. No que se refere ao direito real de servidão, analise os itens a seguir e, ao final, assinale a alternativa correta: 
I. A servidão predial, via de regra, é automaticamente dividida em caso de divisão imóveis, devendo apenas posteriormente ser levada a registro. 
II. Uma das hipóteses de extinção da servidão se dá pela morte do titular do prédio serviente 
III. O dono do prédio serviente é obrigado a sofrer a imposição de maior largueza á servidão no caso de necessidade da indústria do prédio dominante, mas tem direito a ser indenizado pelo excesso. (Art.1385, §3 do código civil) 
4. Ademir é proprietário de um sítio contíguo á chácara de seu vizinho Viriato. Ambos os prédios contavam com saídas própria e independentes para a única estrada pública que passa pela localidade. Certa feita, porém, Ademir alienou uma parte de seu terreno para Bruno, transferindo para este a metade do sítio mais próxima á estrada e reservando para si a propriedade de outra metade, que era contigua á chácara de Viriato. Com isso, a porção de terreno que permaneceu com Ademir deixou de contar com qualquer saída independente para a única via pública existente na região. Nessas circunstâncias, é correto afirmar que, para ter acesso à estrada. Ademir: 
a) Poderá constranger Bruno ou Viriato a lhe darem passagem pelos respectivos terrenos, devendo a passagem forçada recair sobre o imóvel que a ela se prestar mais facilmente. 
b) Poderá constranger Bruno a lhe dar passagem pelo terreno deste, sem necessidade de indenizá-lo, ou obter a passagem forçada pelo terreno de Viriato, mediante indenização cabal. 
c) Poderá exigir que Bruno tolere sua passagem pelo terreno deste, mas não terá passagem forçada pelo terreno de Viriato, ainda que esteja disposto a pagar a indenização cabal. (Art. 1285 do código civil) 
d) Poderá constranger Viriato a lhe dar passagem pelo terreno deste, mas não terá passagem forçada pelo terreno de Bruno se nada foi acordado entre eles no momento da alienação. 
e) Não poderá exigir nem que Bruno nem que Viriato tolerem sua passagem pelos respectivos terrenos, ainda que esteja disposto a pagar indenização cabal pela passagem forçada 
5. De acordo com o Código Civil Brasileiro, analise as seguintes afirmativas sobre o direito real de superfície. 
I. O direito real de superfície concede ao seu titular o direito de construir ou plantar em terreno alheio, perpétua ou temporariamente. 
II. O Contrato que institui a superfície pode ser gratuito ou oneroso. No oneroso, o proprietário da terra tem direito a pagamento, que poderá ser feito de uma vez ou parcelamento. (Art. 1370 do código civil)
III. O direito de superfície pode transferir-se a terceiros e, por morte do superficiário, aos seus herdeiros. É permitido à concedente cobrar um pagamento pela transferência, a que título foi. 
IV. O direito real de superfície somente se constitui mediante escritura pública, devidamente registrada no cartório de registro de imóveis. (Art. 1369 do código civil) 
Estão corretas 
a) I, II e IV 
b) II e IV apenas (respectivamente Art. 1370 e 1369 do código civil) 
c) I, II e III apenas 
d) I, III e IV apenas 
e) I e IV apenas 
6. Examine o seguinte enunciado legal: Aquele que, trabalhando em matéria-prima em parte alheia, obtiver espécie nova, desta será proprietário, se não se puder restituir á forma anterior. Esta disposição refere-se à 
a) Adjunção 
b) Ocupação 
c) Extinção 
d) Confusão 
e) Especificação (Art. 1269 do código civil) 
7. Bruce exerce a posse mansa e pacífica do imóvel rural onde reside há 30 anos. Há três acessos ao imóvel, mas o que Bruce mais utiliza é uma pequena estrada, feita e mantida por ele há 24 anos, que passa por dentro de outra propriedade pertencente a Clark e Diana, casal que pouco frequenta o local. Sucede que, após tantos anos, o referido casal alienou o imóvel para uma incorporadora, a qual começou a construção de um muro que impede a passagem de Bruce. Caso você fosse o advogado consultado por Bruce, qual seria seu parecer acerca da medida da medida judicial a ser adotada, se cabível. Justifique e fundamente sua resposta. 
RESPOSTA: O código civil tutela no dispositivo do Art. 1379 que o exercício incontestável e contínuo de uma servidão autoriza o interessado a registrá-lo em seu nome. Conforme o caso em tela, Bruce já fez e manteve a passagem, está a qual utiliza por um período de 24 anos, conforme o parágrafo único do artigo acima citado, o prazo para a usucapião já foi alcançado, não restando quaisquer dúvidas de queBruce é se tornou o dono da servidão, podendo assim exigir a retirada do muro que está impedindo o acesso ou, ao menos, apresentar outro meio para que Bruce não fique prejudicado. 
8. Frederico Henrique Viegas de Lima obtempera que “É inquestionável, também, para finalizar que devem olhar apara frente, adequando o direito civil aos novos conceitos, principalmente os retirados, da experiência do homem. Neste entorno não há mais lugar para relações, jurídicas e não jurídicas, fundamentadas em preceitos senhoriais e feudais, onde sempre existiu a vantagem de uma das partes. Assim, se a enfiteuse não se adaptou às novas necessidades da sociedade ao longo dos anos, como consequência, ela deve sair do nosso ordenamento jurídico”. Como pode ser visto, este fragmento de texto trata sobre o instituo da enfiteuse e sua retirada do rol dos direitos reais pelo CC/2002. A partir da ideia central do texto, discorra sucintamente sobre o instituto, pontuando as razões de sua extinção e a sua substituição pelo direito real de superfície, declinando as principais distinções entre os dois institutos. 
RESPOSTA: A enfiteuse consistia em um direito real sobre a coisa alheia através o qual uma pessoa física ou jurídica denominada de senhorio concede a um terceiro todos os poderes referentes ao direito de propriedade. Este foi substituído pelo instituto da superfície no código civil, haja vista a obsolescência do instituto, incompatibilidade com os princípios atuais do direito, complexidade e rigidez do regime, uma vez que tal dispositivo promovia vantagem injusta a apenas uma das partes, não entrando em consonância com as necessidades atuais. 
9. Severino tem a posse mansa e pacífica, com anumis domini, de um imóvel rural há dezenove anos. Reside no local, onde mantém uma grande horta para sua subsistência e de sua família. Vivian adquiriu a propriedade vizinha há dois meses e cria determinada raça de galinhas para seu consumo próprio. Ocorre que as aves de Vivian têm invadido o terreno de severino reiteradamente, causando-lhe grande prejuízo em suas hortaliças, já que a cerca divisória das propriedades, feita de arame farpado por severino, não contém os animais de Vivian. Com base na situação narrada, caso você fosse o advogado consultado por Severino, como se pronunciaria a respeito do direito e da medida judicial a ser intentada pelo seu cliente? Justifique sua resposta. 
RESPOSTA: Severino tem o direito de exigir de Vivian a criação de tapume especial para impedir a passagem de suas galinhas, valendo a pena citar que o autor não precisa concorrer com os custos da criação deste tapume, conforme o exposto no Art. 1297, §2°. Vale ressaltar que o mesmo também pode pedir indenização pelo dano material que sofreu, conforme o dispositivo 186 do código civil.

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