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Medicina veterinária Enfermidades infecciosas e parasitárias Mastite bacteriana bovina A mastite bacteriana é uma das enfermidades mais comuns observadas no rebanho leiteiro, uma das enfermidades mais comuns, pois a contaminação no úbere é muito fácil de acontecer. Leva a perdas econômicas por queda na produção e alterações na composição e qualidade do leite, sem poder ser consumido. A evolução dessa doença ocasiona alterações no parênquima da glândula mamária, perda de funcionalidade, queda na produção dos quartos mamários e óbito em casos graves. Quanto a apresentação: → Mastite clínica → Mastite subclínica Quanto a forma de contaminação: → Mastite ambiental → Mastite contagiosa ———————————————————— PRINCIPAIS BACTÉRIAS CAUSADORAS DA MASTITE AMBIENTAL Streptococcus uberis e S. dysgalactiae Escherichia coli Klebsiella pneumoniae Enterobacter aerogenes Pseudomonas aeruginosa - Microrganismos presentes no ambiente, na sala de ordenha, curral, água, solo, fezes e cama dos animais. - Transmissão pelas mãos do ordenhador, teteiras e no período pós-ordenha (esfíncter do teto aberto) - Alta incidência de casos clínicos - Manifestação aguda. PRINCIPAIS BACTÉRIAS CAUSADORAS DA MASTITE CONTAGIOSA Sthapylococcus aureus Streptococcus agalactiae - Localizam-se no animal (epithelia dos tetos, mucosas) - Transmitido durante a ordenha, tetos infectados, bezerros, equipamentos de ordenha, panos e esponjas de múltiplo uso. - Alta incidência de casos subclínicos ———————————————————— MASTITE CLÍNICA (Alterações visíveis no útero ou no leite) → Subaguda - sinais inflamatórios evidentes: sinais inflamatórios discretos, grumos na caneca de fundo preto → Aguda - sinais inflamatórios evidentes: dor, edema, aumento de temperatura e rubor → Superaguda - geralmente ocasionada por agentes ambientais do grupo dos califormes. Inflamação intensa, sinais sistêmicos, febre, dispneia, prostração e anorexia. → Crônica - fibrose e deformação dos tetos, longa duração, pode permanecer como subclínica ou alterar entre as duas formas. Página 1 Medicina veterinária Enfermidades infecciosas e parasitárias Mastite bacteriana bovina MASTITE SUBCLÍNICA É a mais comum, pois passa despercebida pelos criadores ou se observa diminuição na produção leiteira. Altera a composição do leite com aumento da CCS (contagem de células somáticas) A mastite subclínica é a que gera mais prejuízo para o produtor, é tão importante quanto a mastite clínica, mais fácil de passar para outras animais. ———————————————————— DIAGNÓSTICO Mastite clínica - mais fácil de ser detectada → Inspeção do animal → Palpação do úbere → Avaliação do leite com a caneca de fundo escuro. → Observar a mudança da coloração, grumos, se está aguado, com presença de sangue e de pus. Mastite subclínica - 2 formas de diagnóstico bastante utilizada: → Califórnia mastitis test (CMT) - (bastante utilizado, teste simples e fácil de ser feito) → Contagem de células somáticas (CCS) Realizado em laboratório especializado. Células de descamação do epitélio e leucócitos. → Isolamento e cultura de bactérias. Importante para direcionar o tratamento. Página 2 Resultado de teste CCS Resultado de teste CMT Medicina veterinária Enfermidades infecciosas e parasitárias Mastite bacteriana bovina TRATAMENTO, PREVENÇÃO E CONTROLE → Antibióticos do grupo das cefalosporinas exemplo: - ciprofloxacina (intramamária - grau 1, 2 e 3) - ceftiofur (injetável - forma mais grave) → O ideal é sempre realizar a cultura bacteriológica e antibiograma. → Higiene do ambiente, dos equipamentos de ordenha e das mãos dos ordenhadores, o leite precisa ser descartado. → Adotar “linha de ordenha”, começar pelos animais sadios e deixar os doentes por último. → Vacas de grau 3 também pode utilizar uma soroterapia. Tratar as vacas secas com antibiótico de longa ação por via intramamária. Oferecer alimento para as vacas após a ordenha, para que elas fiquem de pé e assim evitar a contaminação ambiental. Adotar a pratica de higienização do úbere e empregar o pré-dipping e pós-dipping. Pré-dipping - solução a base de iodo, cloro e clorixidine. → Antissépsia antes da ordenha, seja ela manual ou mecânica. Atua para a redução da contagem bacteriana total, o que reduz a possibilidade de contaminação do leite. Pós-dipping - processo pós ordenha, a diferença está no objetivo de proteção e o fechamento do teto, já que o esfíncter do teto pode permanecer aberto por até duas horas após a finalização da ordenha. → Cria uma camada protetora contra doenças e infecções, após a aplicação do produto não é necessário secar os tetos ou retirar o excesso da substância. Página 3 Medicina veterinária Enfermidades infecciosas e parasitárias Mastite bacteriana bovina Página 4
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