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09 - Mastite bacteriana bovina

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Medicina veterinária 

Enfermidades infecciosas e parasitárias 

Mastite bacteriana bovina 
A mastite bacteriana é uma das enfermidades 
mais comuns observadas no rebanho leiteiro, 
uma das enfermidades mais comuns, pois a 
contaminação no úbere é muito fácil de 
acontecer. 
Leva a perdas econômicas por queda na 
produção e alterações na composição e 
qualidade do leite, sem poder ser consumido. 
A evolução dessa doença ocasiona alterações 
no parênquima da glândula mamária, perda 
de funcionalidade, queda na produção dos 
quartos mamários e óbito em casos graves. 
 
Quanto a apresentação: 
 
→ Mastite clínica 
→ Mastite subclínica 
 
Quanto a forma de contaminação: 


→ Mastite ambiental 
→ Mastite contagiosa 
 
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PRINCIPAIS BACTÉRIAS CAUSADORAS DA MASTITE 
AMBIENTAL 
 
Streptococcus uberis e S. dysgalactiae 
Escherichia coli 
Klebsiella pneumoniae 
Enterobacter aerogenes 
Pseudomonas aeruginosa 
- Microrganismos presentes no ambiente, na 
sala de ordenha, curral, água, solo, fezes e 
cama dos animais. 
- Transmissão pelas mãos do ordenhador, 
teteiras e no período pós-ordenha 
(esfíncter do teto aberto) 
- Alta incidência de casos clínicos 
- Manifestação aguda. 
 
PRINCIPAIS BACTÉRIAS CAUSADORAS DA MASTITE 
CONTAGIOSA 
Sthapylococcus aureus 
Streptococcus agalactiae 
 
- Localizam-se no animal 
(epithelia dos tetos, mucosas) 
- Transmitido durante a ordenha, tetos 
infectados, bezerros, equipamentos de 
ordenha, panos e esponjas de múltiplo uso. 
- Alta incidência de casos subclínicos 
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MASTITE CLÍNICA 
(Alterações visíveis no útero ou no leite) 
 
→ Subaguda - sinais inflamatórios evidentes: 
sinais inflamatórios discretos, grumos na 
caneca de fundo preto 
 
→ Aguda - sinais inflamatórios evidentes: 
dor, edema, aumento de temperatura e rubor 
 
→ Superaguda - geralmente ocasionada por 
agentes ambientais do grupo dos califormes. 
Inflamação intensa, sinais sistêmicos, febre, 
dispneia, prostração e anorexia. 
 
→ Crônica - fibrose e deformação dos tetos, 
longa duração, pode permanecer como 
subclínica ou alterar entre as duas formas. 
 
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Mastite bacteriana bovina 
MASTITE SUBCLÍNICA 
É a mais comum, pois passa despercebida 
pelos criadores ou se observa diminuição na 
produção leiteira. 
 
Altera a composição do leite com aumento da 
CCS (contagem de células somáticas) 
 
A mastite subclínica é a que gera mais 
prejuízo para o produtor, é tão importante 
quanto a mastite clínica, mais fácil de passar 
para outras animais. 
 
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DIAGNÓSTICO 
 
Mastite clínica - mais fácil de ser detectada 
 
→ Inspeção do animal 
→ Palpação do úbere 
→ Avaliação do leite com a caneca de fundo 
escuro. 
→ Observar a mudança da coloração, grumos, 
se está aguado, com presença de sangue e de 
pus. 
Mastite subclínica - 2 formas de diagnóstico 
bastante utilizada: 
 
→ Califórnia mastitis test (CMT) - (bastante 
utilizado, teste simples e fácil de ser feito) 
→ Contagem de células somáticas (CCS) 
Realizado em laboratório especializado. 
Células de descamação do epitélio e 
leucócitos. 
 
→ Isolamento e cultura de bactérias. 
Importante para direcionar o tratamento. 
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Resultado de teste CCS
Resultado de teste CMT
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Mastite bacteriana bovina 
 
TRATAMENTO, PREVENÇÃO E CONTROLE 
 
→ Antibióticos do grupo das cefalosporinas 
exemplo: 
- ciprofloxacina (intramamária - grau 1, 2 e 3) 
- ceftiofur (injetável - forma mais grave) 
→ O ideal é sempre realizar a cultura 
bacteriológica e antibiograma. 
 
→ Higiene do ambiente, dos equipamentos 
de ordenha e das mãos dos ordenhadores, o 
leite precisa ser descartado. 
 
→ Adotar “linha de ordenha”, começar pelos 
animais sadios e deixar os doentes por último. 
 
→ Vacas de grau 3 também pode utilizar uma 
soroterapia. Tratar as vacas secas com 
antibiótico de longa ação por via 
intramamária. 
Oferecer alimento para as vacas após a 
ordenha, para que elas fiquem de pé e assim 
evitar a contaminação ambiental. 
 
Adotar a pratica de 
higienização do úbere e 
empregar o pré-dipping e 
pós-dipping. 
 
Pré-dipping - solução a base de iodo, cloro e 
clorixidine. 
 
→ Antissépsia antes da ordenha, seja ela 
manual ou mecânica. 
Atua para a redução da contagem bacteriana 
total, o que reduz a possibilidade de 
contaminação do leite. 
 
Pós-dipping - processo pós ordenha, a 
diferença está no objetivo de proteção e o 
fechamento do teto, já que o esfíncter do teto 
pode permanecer aberto por até duas horas 
após a finalização da ordenha. 
 
→ Cria uma camada protetora contra doenças 
e infecções, após a aplicação do produto não 
é necessário secar os tetos ou retirar o 
excesso da substância. 
 
 
 
 
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