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CONTABILIDADE E GESTÃO DE MICRO E PEQUENAS EMPRESAS AULA 1 Prof.ª Daiane Lolatto CONVERSA INICIAL Nesta etapa, vamos tratar dos seguintes temas sobre a Contabilidade e Gestão de Micro e Pequenas Empresas: • Conceitos e enquadramento de Microempresário Individual (MEI), Microempresa (ME) e Pequenas e Médias Empresas (PMEs); • Sobrevivência das Micro e Pequenas Empresas (MPEs); • Fatores essenciais para continuidade e crescimento das MPEs; • Estratégias empresariais e competitividade para micro e pequenas empresas (redes); • Startups. CONTEXTUALIZANDO Empreender nem sempre é uma tarefa fácil. O empreendedor deve ser capaz de identificar uma oportunidade no ambiente e transformar ideais em negócios. Então, para prosperar, ele precisa realizar um estudo prévio de tudo que será necessário para a efetiva criação do negócio. Esse estudo deve envolver a autoanálise do empreendedor, a definição dos objetivos que devem ser atingidos, as estratégias que devem ser adotadas para alcançar os objetivos, o montante de recursos que o negócio vai demandar e de que forma o empreendedor vai conseguir esses recursos. Assim, frustações podem ser evitadas, riscos podem ser previstos e providências podem ser tomadas. Diante disso, nesta etapa, vamos conhecer como as empresas são enquadradas em relação ao porte e número de empregados e entender os principais fatores de continuidade e descontinuidade dos negócios. Da mesma forma, trataremos algumas estratégias empresariais para a sobrevivência do negócio no mercado. Esta etapa é fundamental para compreendermos os próximos assuntos. Por isso, é imprescindível se atentar a todos os temas e detalhes descritos. Iniciaremos abordando o enquadramento das empresas. 3 TEMA 1 – CONCEITOS E ENQUADRAMENTO DE MICROEMPRESÁRIO INDIVIDUAL (MEI), MICROEMPRESA (ME) E PEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS (PMES) A microempresa é uma pequena pessoa jurídica (ou seja, faz parte do Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica – CNPJ). A terminologia de microempresa surgiu no final dos anos 1970 como resultado das políticas de desburocratização para estimular o desenvolvimento de pequenos negócios (Lemes; Pisa, 2019). A definição legal de microempresa foi criada pela Lei n. 7.256, em novembro de 1984, posteriormente revogada pela Lei n. 9.841, em outubro de 1999, e mais tarde alterada pela Lei Complementar n. 123, em dezembro de 2006, e pela Lei n. 155, em outubro de 2016. Os critérios adotados para classificar uma empresa como Microempresa (ME) ou Empresas de Pequeno Porte (EPP), podem variar bastante. Um dos enquadramentos mais utilizados é o estabelecido pela Lei Complementar n. 123/2006, no art. 3º, que leva em consideração o faturamento bruto anual ou receita bruta anual. Este também é um dos critérios que as pessoas jurídicas consideram para uma potencial adesão ao Simples Nacional, que é um dos regimes tributários disponíveis para as empresas. Conforme estabelecido pela Lei Complementar n. 123/2006, art. 3º, as MEs são aquelas que têm receita bruta anual de até R$ 360.000,00 ao final de cada ano-calendário, enquanto as EPPs são aquelas que têm receita bruta anual superior a R$ 360.000,00 e igual ou inferior a R$ 4.800.000,00. A receita bruta compreende a venda de bens e serviços nas operações por conta própria, o valor dos serviços prestados e o resultado nas operações por conta de terceiros, excluindo vendas canceladas, devoluções de vendas e descontos incondicionais concedidos, conforme estabelecido pela Lei Complementar n. 123/2006, art. 3º, parágrafo 1º, e pela Superintendência Regional da Receita Federal, 10.ª Região Fiscal. As operações de conta própria se referem às operações com bens e serviços de propriedade da empresa. Em contrapartida, as operações em conta alheia são aquelas com bens e serviços de outras empresas, que permanecem à disposição da empresa contratante para venda, mediante acordo contratual, como é o caso da consignação mercantil e da representação comercial, conforme estabelecido na legislação. 4 A Lei Complementar n. 123/2006, art. 3º, parágrafo 2º, estabelece ainda que, caso a empresa tenha menos de um ano de funcionamento, o limite anual de receita bruta será proporcional ao número de meses em que a microempresa ou empresa de pequeno porte tenha exercido atividade, incluindo as frações de meses. Por exemplo, uma empresa constituída em julho de 2021 não poderá ter uma receita bruta superior a R$ 2.400.000,00 (R$ 4.800.000,00 / 12 meses x 6 meses) para ser considerada uma empresa de pequeno porte. Em 1º julho de 2009, entrou em vigor a Lei Complementar n. 128, de 19 de dezembro de 2008, que criou a figura do Microempreendedor Individual (MEI). Para ser enquadrado como MEI, o empreendedor pode ter obtido uma receita bruta anual de até R$ 81 mil no ano-calendário anterior, o que equivale a uma média de R$ 6.750,00 por mês. As empresas também podem ser enquadradas como Pequenas e Médias Empresas (PMEs). A legislação não estabelece de forma precisa a receita bruta anual de uma empresa de médio porte, mas é possível inferir com base na Lei n. 11.638, de 28 de dezembro de 2007, que define uma empresa de grande porte como aquela que, no exercício social anterior, tenha um ativo total superior a R$ 240.000.000,00 ou receita bruta anual superior a R$ 300.000.000,00. Portanto, a empresa de médio porte está situada entre a grande e a pequena empresa, ou seja, aquela que tem uma receita bruta anual maior que R$ 4.800.000,00 e menor ou igual a R$ 300.000.000,00. O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) também classifica as empresas em virtude da receita operacional bruta anual ou renda anual a fim de atuar prontamente na concessão de linhas de créditos, programas e condições específicas para cada porte de empresa. Segundo o BNDES, as microempresas têm uma renda anual igual ou inferior a R$ 360.000,00, as pequenas empresas têm uma renda anual superior a R$ 360.000,00 e igual ou inferior a R$ 4.800.000,00, as médias empresas têm uma renda anual superior a R$ 4.800.000,00 e igual ou inferior a R$ 300.000.000,00, e as grandes empresas têm uma renda anual superior a R$ 300.000.000,00. Dessa forma, podemos concluir que o enquadramento com base na receita bruta anual estabelecida pela legislação é a mesma dada pelo BNDES. No Quadro 1, a seguir, podemos verificar essa classificação. 5 Quadro 1 – Enquadramento por porte Enquadramento Receita bruta anual/Renda anual Microempreendedor (MEI) Menor ou igual a R$ 81.000,00 Microempresa (ME) Menor ou igual a R$ 360.000,00 Empresa de Pequeno Porte (EPP) Maior que R$ 360.000,00 e menor ou igual a R$ 4.800.000,00 Média empresa Maior que R$ 4.800.000,00 e menor ou igual a R$ 300.000.000,00 Grande empresa Maior que R$ 300.000.000,00 Fonte: Lolatto, 2023. Ainda, as empresas podem ser enquadradas com base no número de empregados. O Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas – Sebrae (2017) classifica as empresas por número de empregados conforme disposto no Quadro 2 a seguir. Quadro 2 – Enquadramento por número de empregados Enquadramento Setores Indústria Comércio e Serviços Microempresa Até 19 pessoas ocupadas Até 9 pessoas ocupadas Pequena empresa De 20 a 99 pessoas ocupadas De 10 a 49 pessoas ocupadas Média empresa De 100 a 499 pessoas ocupadas De 50 a 99 pessoas ocupadas Grande empresa 500 pessoas ocupadas ou mais 100 pessoas ocupadas ou mais Fonte: Sebrae, 2017. Sendo assim, uma empresa pode ser enquadrada como microempresa em função de sua receita bruta anual e pode ser enquadrada como uma pequena empresa em razão do número de empregados. A metodologia de enquadramento dependerá da finalidade de classificação. Cada situação, nesse caso, deverá ser analisada para posteriormente definir pelomelhor método de enquadramento. TEMA 2 – SOBREVIVÊNCIA DAS MICRO E PEQUENAS EMPRESAS (MPES) De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE (Brasil, 2021), apenas 22,9% das unidades locais nascidas em 2009 conseguiram sobreviver após dez anos, e menos da metade (41,6%) conseguiu sobreviver após cinco anos de sua criação. O IBGE ainda destaca que, quanto maior o porte da empresa, maior é a taxa de sobrevivência. Empresas de maior porte tendem a ter uma estrutura organizacional mais robusta e maior capital disponível (Sebrae, 2016). 6 Segundo o Sebrae (2016), considerando as empresas brasileiras constituídas em 2012 e as informações disponíveis na Secretaria da Receita Federal (SRF) até 2014, a taxa de sobrevivência das empresas com até dois anos no Brasil foi de 76,6%. Para as empresas de pequeno porte constituídas em 2012, a taxa de sobrevivência foi de 98%, igualando-se às médias empresas (98%) e sendo superior à das grandes empresas, que foi de 97%. Em contrapartida, a taxa de sobrevivência das microempresas constituídas em 2012 foi de apenas 55% para até dois anos. No caso dos Microempreendedores Individuais (MEI), a taxa de sobrevivência foi de 87%. Logo, as microempresas acabam contribuindo para a redução da taxa de sobrevivência das empresas com até dois anos, demonstrando que enfrentam mais dificuldades para se manterem no mercado em comparação aos MEI. A formalização dos microempreendedores, com menos burocracia e custos mais baixos para registro, abertura e manutenção, apresenta uma significativa chance de sobrevivência, pelo menos nos primeiros dois anos de atividade (Sebrae, 2016). Mas o que leva essas empresas a encerrarem suas atividades? Os principais fatores que podem causar o fechamento prematuro das empresas estão relacionados à situação do empresário antes da abertura, ao planejamento do negócio, à gestão do negócio e à capacitação dos proprietários em gestão empresarial (Sebrae, 2016). No Quadro 3 a seguir, é possível verificar os fatores relevantes que influenciam a sobrevivência e a mortalidade das empresas. 7 Quadro 3 – Perfil das empresas (exemplos de casos extremos) Fatores Empresas sobreviventes Empresas fechadas ANTES DA ABERTURA Era empregado no mesmo ramo Estava desempregado Abriu por oportunidade Abriu por necessidade Desejava ter o próprio negócio Abriu por exigência de cliente/fornecedor PLANEJAMENTO/ RECURSOS Planejou por mais tempo (11 meses) e com mais qualidade Planejamento deficiente (8 meses) Negociou prazos com fornecedores Não negociou prazos com fornecedores Obteve empréstimo em bancos Não obteve empréstimo em bancos GESTÃO DO NEGÓCIO Aperfeiçoava produtos com frequência Não aperfeiçoava produtos Investia na capacitação da mão de obra e dos sócios Não investia na capacitação da mão de obra e dos sócios Estava sempre atualizado com respeito às novas tecnologias do setor Não se atualizava Acompanhamento rigoroso receitas/despesas Não fazia acompanhamento rigoroso receitas/despesas Diferenciava produtos e serviços Produtos sem diferencial CAPACITAÇÃO Fez curso para melhorar o conhecimento sobre como administrar um negócio, enquanto tinha a empresa Não fez nenhum curso sobre gestão do negócio Fonte: Sebrae, 2016. Conforme apresentado no Quadro 3 anterior, o planejamento é um fator essencial na abertura de um negócio. As empresas que conseguem sobreviver são aquelas que são planejadas, em média, três meses a mais do que as que encerram suas atividades (Sebrae, 2016). Esse planejamento abrange todas as atividades relacionadas à constituição do negócio, desde a concepção do produto ou serviço até a definição do público-alvo, estratégias de marketing, localização da empresa, contato com fornecedores, distribuidores, financiadores e outros agentes relacionados ao negócio (Lemes; Pisa, 2019). De acordo com Lemes e Pisa (2019), as causas que podem levar à mortalidade de micro e pequenas empresas incluem falta de planejamento antes da abertura do negócio, falta de conhecimento de mercado, falta de identificação do público-alvo, falta de inovação, descuido com o cliente e suas necessidades, replicação de modelos da concorrência, elaboração inadequada do plano de negócio, falta de experiência do empreendedor, falta de qualificação dos funcionários, desconhecimento de práticas de gestão de pessoas, falta de 8 controles financeiros e de custos, falta de controle do fluxo de caixa, crescimento sem planejamento das despesas operacionais, erros no controle de qualidade, práticas de marketing equivocadas, falta de gerenciamento da marca, descontrole financeiro, falta de uso de tecnologia, falta de acompanhamento da legislação e dos tributos, e uso dos recursos da empresa para pagamento de despesas pessoais. Os empreendedores aprendem com seus próprios erros e com os erros dos outros, evitando assim a repetição das mesmas práticas. Nesse sentido, no Gráfico 3 a seguir, é possível observar os motivos alegados pelos empreendedores para o fechamento de suas empresas, de acordo com pesquisa realizada pelo Sebrae (2016). Gráfico 3 – Motivos alegados pelos empreendedores para que a empresa deixasse de funcionar Fonte: Sebrae, 2016. Para aqueles que estão iniciando um novo negócio, é de extrema importância estar atento a tudo que acontece no mercado, identificando e avaliando as tendências e selecionando oportunidades de negócios com potencial de crescimento, evitando entrar em mercados saturados que possam estar em declínio (Lemes; Pisa, 2019). O fechamento de micro e pequenas empresas causa impactos significativos na economia local, regional e nacional, uma vez que deixam de gerar renda e aumentam o número de desempregados, contribuindo para o aumento da informalidade. Além disso, o fechamento dessas empresas impacta na arrecadação de tributos pelo governo, reduzindo os investimentos em 0% 5% 10% 15% 20% 25% 30% 35% força maior / doença / aposentadoria falta de apoio localização / ponto outros motivos diversos tempo (carga horária / incomplatibilidade) problemas pessoais / família burocracia crise (econômica / do país / financeira) mão de obra / funcionários / preparo outra oportunidade / não precisou mais da empresa / fim da empresa, contrato problemas financeiros / inadimplência / falta de linhas de crédito / capital de giro gestão / problemas administrativos e contábeis / incapacidade / sociedade / logística vendas / pouca procura, demanda, clientes / forte concorrência impostos / custos / despesas / juros 9 benefício da sociedade e aumentando os déficits no sistema previdenciário (Morais; Carneiro, 2017). TEMA 3 – FATORES ESSENCIAIS PARA CONTINUIDADE E CRESCIMENTO DAS MPES As variáveis ambientais internas e externas e as características dos empreendedores são fatores essenciais a serem considerados ao abrir um novo negócio. Os empreendedores precisam avaliar, por exemplo, a resistência dos concorrentes aos novos entrantes no mercado e o nível de sazonalidade do segmento em que desejam atuar. Esses fatores podem impactar os resultados da empresa e comprometer sua continuidade no curto ou longo prazo (Lemes; Pisa, 2019). Vamos supor que um empreendedor esteja iniciando um pequeno negócio de sorvetes em um local que tem estações bem definidas, ou seja, no verão o clima é quente e seco e no inverno o clima é frio e chuvoso. Para ter sucesso em seu negócio, o empreendedor precisa considerar a sazonalidade do segmento, já que as vendas tendem a oscilar em razão do clima. Agora, vamos supor que existam mais dois concorrentes potenciais nas proximidades. Que estratégia o empreendedor deve adotar? Certamente, o produto deve ter um diferencial, seja em qualidade ou preço. Segundo Lemes e Pisa (2019), mesmo em ambientes com poucacompetitividade e baixa sazonalidade, fatores relacionados ao ambiente interno também podem levar ao fechamento do negócio. Em relação ao ambiente interno, Boog (1991) destaca que toda empresa tem três pilares principais e distintos de sustentação: financeiro, marketing e operações. O resultado financeiro envolve o lucro, o retorno e o acréscimo do patrimônio líquido da empresa. O resultado do marketing é mensurado pelo que o mercado estabelece, como volume de vendas, fidelização de clientes, imagem da empresa, dos produtos e serviços oferecidos, e assistência pós-vendas. O resultado das operações compreende os números relacionados à produção, métodos e processos, comercialização, produtividade, qualidade do produto e estoque de máquinas e instalações (Boog, 1991). Outro aspecto interno que interfere na sobrevivência e no crescimento da empresa está associado ao empreendedor, ao seu nível de experiência e aos 10 conhecimentos obtidos antes da abertura do negócio, como pode ser observado na Figura 1 a seguir. Figura 1 – Aspectos de sobrevivência e crescimento da empresa associados ao empreendedor Fonte: elaborada por Lolatto, 2023, com base em Sebrae, 2016. Assim como as variáveis ambientais internas, como gestão adequada, experiência e motivação do empreendedor, as variáveis ambientais externas também interferem na continuidade e no crescimento das micro e pequenas empresas. As variáveis externas estão relacionadas, especialmente, às ações governamentais e de instituições voltadas para o estímulo do empreendedorismo (Lemes; Pisa, 2019). Os incentivos fiscais oferecidos pelo governo, por exemplo, podem garantir a continuidade e o crescimento das micro e pequenas empresas, pois reduzem o custo operacional. O governo também pode contribuir com o fornecimento de financiamento público gerando fluxos de caixa e de investimentos para essas empresas. As demais instituições, como universidades, incubadoras, investidores anjos e grandes empresas, podem contribuir com recursos financeiros ou não financeiros, ou seja, podem injetar dinheiro nas micro e pequenas empresas ou dar suporte técnico, gerencial e de formação para o empreendedor. Situação do empreendedor antes da abertura • Ocupações exercidas • Experiência no ramo • Motivação pessoal para abertura do negócio Capacidade de planejamento do negócio • Tempo de planejamento do negócio • Negociação de prazos com fornecedores • Obtenção de empréstimos Capacidade de gestão do negócio • Aperfeiçoamento frequente dos produtos • Investimento em capacitação • Atualização constante de novas tecnologias • Acompanhamento das receitas e despesas • Diferenciação dos produtos e serviços Capacidade do empreendedor em gestão empresarial • Capacitação em administração de negócios 11 TEMA 4 – ESTRATÉGIAS EMPRESARIAIS E COMPETITIVIDADE PARA MICRO E PEQUENAS EMPRESAS (REDES) A globalização dos mercados está cada vez mais intensa e empresas de todos os tamanhos e setores estão competindo em um mercado internacionalizado. Mesmo pequenas empresas que tenham um nicho de mercado local bem estabelecido estão enfrentando ameaças de empresas estrangeiras em seu mercado tradicional (Casarotto Filho; Pires, 2020). Vamos imaginar uma pequena empresa que comercializa cosméticos e tem uma loja física. Ela contém um número significativo de clientes, a maioria deles morando nas proximidades. A empresa acompanha as tendências de mercado e projeta resultados favoráveis para os próximos anos. No entanto, será que essa pequena empresa pode estar ameaçada pela globalização? E quais estratégias ela poderia adotar para se manter no mercado? Com a globalização da economia e o avanço tecnológico, especialmente nas comunicações, as mudanças nos conceitos de marketing e produção se tornaram mais rápidas. Como resultado, os riscos dos negócios aumentaram. Isso significa que outra empresa em qualquer lugar do mundo pode começar a produzir um produto similar, com melhor qualidade e preço mais baixo, e ter acesso aos mesmos mercados (Casarotto Filho; Pires, 2020). Na perspectiva empresarial, os aspectos qualitativos na determinação das estratégias de negócios se tornaram mais relevantes do que as estratégias quantitativas de avaliação de projetos. E quando se trata de negócios, e não apenas de fábricas isoladas, uma forma de reduzir os riscos e ganhar cooperação é por meio da formação de alianças entre empresas, especialmente entre pequenas empresas (Casarotto Filho; Pires, 2020). Conforme descrito por Casarotto Filho e Pires (2020), a era do projeto de fábrica foi substituída pela era do projeto de negócio. Um projeto de negócio ou plano de negócio envolve estratégia competitiva, mercado, marca, parcerias com fornecedores, parcerias com clientes e parcerias com concorrentes, terceirizações, franquias, fabricação, logística, gestão e equacionamento econômico-financeiro. Em contrapartida, um projeto de fábrica ou plano de fábrica abrange apenas componentes de mercado, produção, localização, administração e equacionamento econômico-financeiro 12 (Casarotto Filho; Pires, 2020). Assim, podemos observar que o projeto de negócio é mais abrangente do que o projeto de fábrica. Vale destacar que a estratégia competitiva é fundamental para o sucesso do negócio. Segundo Casarotto Filho (2016), as pequenas empresas têm três possibilidades competitivas: diferenciação do produto, liderança de custo e participação em redes de empresas flexíveis. Nesse sentido, vamos entender como ocorre a formação de redes como orientação estratégica. 4.1 Formação de redes como orientação estratégica As pequenas empresas enfrentam dificuldades e limitações para competir de forma isolada, e a transição de pequeno para grande porte pode ser arriscada. Assim, a pequena empresa pode optar por se tornar fornecedora em uma rede top-down ou ser integrante de uma rede flexível de pequenas empresas (Casarotto Filho; Pires, 2020). Na rede top-down, a pequena empresa pode se tornar fornecedora ou subfornecedora de uma empresa-mãe. A empresa-mãe define as estratégias, e a pequena empresa fornecedora tem pouca ou nenhuma flexibilidade de negociação. Por exemplo, uma empresa-mãe de grande porte que produz e comercializa vestuário pode terceirizar parte de seus processos produtivos para empresas subcontratadas de pequeno porte. Dessa forma, a empresa-mãe e a empresa de pequeno porte podem competir por liderança de custos no mercado (Casarotto Filho; Pires, 2020). De acordo com Casarotto Filho e Pires (2020), a liderança em custos envolve a produção em grande escala, com padronização, visando à obtenção de preços finais baixos, com ênfase na utilização de tecnologia de processo. Na Figura 2 a seguir, é possível visualizar a formação de uma rede top-down. Figura 2 – Rede top-down Fonte: Casarotto Filho; Pires, 2020, p. 18. Empresa-mãe 1ª linha 2ª linha 13 A segunda forma de rede que pode ser estabelecida por pequenas empresas é a rede flexível, que ocorre por meio de um consórcio de empresas, no qual empresas com atividades diferentes ou com a mesma atividade se unem com um interesse comum para realizar um negócio por um período determinado. A formação de um consórcio é prevista na Lei das Sociedades por Ações (Lei n. 6.404/1976), art. 278, que estabelece: “As companhias e quaisquer outras sociedades, sob o mesmo controle ou não, podem constituir consórcio para executar determinado empreendimento.”. Por exemplo, em um consórcio de produção de calçados, várias empresas podem produzir diferentes partes de um calçado, que é comercializado, divulgado e acompanhado tecnicamente pelo consórcio. Isso significa que uma empresa pode produzir solados, outra palmilhas e outra cadarços, formando assim um consórcio. Esse consórcio simula a administração de uma grande empresa, mas apresenta mais flexibilidadepara atender a pedidos diferenciados, o que resulta em uma agregação de valor. Na Figura 3 a seguir, é possível visualizar a formação de uma rede flexível. Figura 3 – Rede flexível Fonte: Casarotto Filho; Pires. 2020, p. 18. Segundo Casarotto Filho e Pires (2020), a formação de consórcios é uma tendência mundial para a sobrevivência das pequenas empresas e o desenvolvimento equilibrado da sociedade. TEMA 5 – STARTUPS O termo startup teve origem há algumas décadas nos Estados Unidos, mas ficou conhecido durante os anos de 1990, época em que ocorreu um avanço 14 significativo da internet. Nesse período, diversas “empresas.com” foram constituídas, em sua maioria no Vale do Silício (Lemes; Pisa, 2019). No Brasil, as primeiras startups surgiram no início do século XXI, mas foi a partir do ano de 2010 que houve um crescimento notável, conforme dados da Associação Brasileira de Startups – ABStartups (Lemes; Pisa, 2019). Em 1.º de junho de 2021, foi instituído o marco legal das startups e do empreendedorismo inovador por meio da Lei Complementar n. 182. Mas, afinal, o que são startups? De acordo com Lemes e Pisa (2019), são empresas constituídas normalmente de uma base tecnológica, que têm o propósito de difundir produtos e modelos de negócios inovadores e que passam por um período de experimentação, denominado “startup”. Os autores destacam que a inovação é uma característica fundamental para que as empresas sejam denominadas startups, mas também deve haver um cenário de alto risco e incerteza para que sejam diferenciadas das demais. Para Vilenky (2021), as características básicas desse formato de empresa consistem em ser inovadora, escalável, dinâmica e automatizada. A inovação deve existir desde a criação do bem ou serviço até a entrega final ao consumidor. Vamos tomar como exemplo o caso do Uber. O Uber é um modelo de negócio que transformou a maneira como as pessoas se locomovem. Escolhemos a forma de pagamento, sabemos previamente o valor da corrida, podemos compartilhar o carro para diminuir o custo, sabemos quando o carro vai chegar e quem vai ser o motorista, podemos avaliar o atendimento e ainda podemos trabalhar para a empresa para aumentar nossa renda. A escalabilidade das startups é maior do que a escalabilidade das empresas tradicionais, porque as startups conseguem aumentar sua receita sem aumentar seus custos na mesma proporção, elevando assim o seu resultado financeiro (Vilenky, 2021). O próprio Uber é um exemplo de escalabilidade, pois não demorou muito para a empresa ampliar seus serviços de mobilidade de pessoas para a mobilidade de objetos ou qualquer outro tipo de carga de um lado para o outro. A dinâmica das startups também é uma característica marcante segundo Vilenky (2021). Esse formato de empresa possibilita que as decisões sejam tomadas rapidamente, ou seja, há uma flexibilidade na forma de trabalhar. Além disso, gostam de assumir riscos e mudar o rumo dos negócios se adequando às necessidades do mercado quase que instantaneamente. Um exemplo disso é o 15 Airbnb, que não demorou para inovar durante a pandemia da Covid-19, quando verificou que a busca pela locação de hospedagens pela internet diminuiu. O Airbnb incluiu no rol de serviços o anúncio de carros, bicicletas ou qualquer outro item para locação. Para se tornar automatizada, uma empresa precisa ter a capacidade de entregar o mesmo produto ou serviço em larga escala, ou seja, em nível nacional e/ou internacional, de forma simultânea e com características e formato consistentes, em todos os locais (Vilenky, 2021). O Google é talvez um dos melhores exemplos de uma startup com essa característica, pois está presente em mais de 150 países, e demonstra que não existem mais barreiras de língua ou culturais para a comunicação entre as pessoas, possibilitando a busca de informações de qualquer tipo com base em sua tecnologia. Dessa forma, as startups podem ser descritas como empresas de alta tecnologia criadas para resolver problemas em áreas nas quais a solução não é evidente e o sucesso não é garantido nem contínuo (Lemes; Pisa, 2019). A definição formal de startup, segundo Lemes e Pisa (2019), compreende uma organização nova no mercado, em estágio inicial de implantação, mas com potencial de crescimento. Além disso, são capazes de inovar no curto prazo, mesmo com recursos limitados. No entanto, uma das definições mais conhecidas e aceitas entre os especialistas é a de Steve Blank, citado por Lemes e Pisa (2019), que define uma startup como um grupo de pessoas em busca de um modelo de negócios repetível e escalável, trabalhando em condições de extrema incerteza. Assim, podemos concluir que esse formato de empresa é diferente das demais, pois trabalha em um ambiente de incertezas, resolvendo problemas inéditos. Futuramente, vamos estudar algumas formas de investimentos para startups. TROCANDO IDEIAS Vamos supor que um novo bairro esteja sendo construído distante da área central da cidade. Um empreendedor identifica uma excelente oportunidade para abrir um mercado que atenda aos moradores desse bairro, estuda o perfil dos moradores e define uma margem de lucro líquido de aproximadamente 2% sobre seus produtos. Assim, os preços são competitivos em relação aos praticados por outros estabelecimentos, embora não ofereça uma variedade de produtos. 16 Nesse contexto, quais estratégias o empreendedor poderia adotar para se manter no mercado? NA PRÁTICA Agora que conhecemos um pouco sobre as micro e pequenas empresas, que tal exercitarmos os conhecimentos adquiridos? • Questão 1: Sobre a definição de ME e EPP. A Lei Complementar n. 123/2006, em seu art. 3.º, estabelece as definições de microempresas (ME) e empresas de pequeno porte (EPP) com base na receita bruta anual ou no faturamento bruto anual. Essa mesma lei também adota a receita bruta anual como um dos critérios para adesão ao Simples Nacional, que é um dos regimes tributários disponíveis para as empresas. Sendo assim, as microempresas são aquelas que auferem receita bruta anual: a) menor ou igual a R$ 81.000,00. b) menor ou igual a R$ 360.000,00. c) entre R$ 360.000,01 e R$ 4.800.000,00. d) entre R$ 4.800.000,01 e R$ 300.000.000,00. e) maior que R$ 300.000.000,00. • Questão 2: Sobre a definição de ME e EPP. De acordo com o Sebrae (2017), as empresas podem ser classificadas como microempresa, pequena empresa, média empresa e grande empresa com base tanto na receita bruta anual quanto no número de empregados. Dessa forma, uma empresa pode ser enquadrada como microempresa com base em sua receita bruta anual, e como pequena empresa levando em consideração o número de empregados. Sendo assim, as microempresas industriais são aquelas que apresentam: a) até 9 pessoas ocupadas. b) até 19 pessoas ocupadas. c) de 20 a 99 pessoas ocupadas. d) de 10 a 49 pessoas ocupadas. e) de 50 a 99 pessoas ocupadas. • Questão 3: Sobre as causas de mortalidade das micro e pequenas empresas. De acordo com dados do Sebrae (2016), a taxa de sobrevivência das empresas brasileiras constituídas em 2012 com até 17 dois anos é de 76,6%. Além disso, o IBGE aponta que a taxa de sobrevivência é geralmente maior em empresas de maior porte, uma vez que estas apresentam uma estrutura organizacional mais robusta e um maior volume de capital. Nesse sentido, analise as afirmativas a seguir sobre as causas que levam à mortalidade das micro e pequenas empresas e assinale a alternativa correta. I. Falta de determinação do público-alvo. II. Falta de controles financeiros e de custos. III. Alto investimento em capacitação da mão de obra. IV. Ausência de planejamento antes da abertura do negócio. Assinale a alternativa correta: a) Apenas as afirmativas I e II estão corretas. b) Apenas as afirmativas II e III estão corretas. c) Apenasas afirmativas II e IV estão corretas. d) Apenas as afirmativas I, II e IV estão corretas. e) Apenas as afirmativas I, III e IV estão corretas. • Questão 4: Sobre a definição das startups. A expressão startup surgiu algumas décadas atrás nos Estados Unidos, porém se popularizou durante a década de 1990, período em que houve um grande avanço da internet. Essas empresas, na fase inicial, geralmente enfrentam despesas maiores do que suas receitas, o que demanda diversas fontes de financiamento para se sustentarem. Nesse sentido, assinale a alternativa que contempla a melhor definição de startups. a) Empresas que surgiram no início do século XXI, principalmente no Brasil, e têm como característica principal a inovação constante. b) Empresas com alto risco e incerteza que trabalham em um ambiente de escalabilidade e automatização. c) Empresas com recursos limitados que buscam um modelo de negócio repetível e escalável, trabalhando em condições de extrema incerteza. d) Empresas que atuam exclusivamente na área de tecnologia e são caracterizadas pela rápida tomada de decisões e capacidade de adaptação ao mercado. 18 e) Empresas constituídas com base tecnológica que têm o propósito de difundir produtos e modelos de negócios inovadores, passando por um período de experimentação. FINALIZANDO Nesta etapa, estudamos o enquadramento das empresas por porte e por número de empregados, os motivos que levam as empresas a fecharem e a permanecerem em atividade e as estratégias empresariais a serem adotadas para sua continuidade no mercado. Estudamos também as principais características das startups. Futuramente, estudaremos as obrigatoriedades contábeis e tributárias para Microempresário Individual (MEI), Microempresa (ME) e Pequenas e Médias Empresas (PMEs). 19 REFERÊNCIAS BRASIL. Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social – BNDES. Porte de empresa. Disponível em: <https://www.bndes.gov.br/wps/portal/site/ home/financiamento/guia/porte-de-empresa>. Acesso em: 26 maio 2023. _____. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE. Demografia das empresas e estatísticas de empreendedorismo: estudos e pesquisas. Rio de Janeiro, 2021. (Informação Econômica, n. 35). Disponível em: <https://biblioteca. ibge.gov.br/visualizacao/livros/liv101863.pdf>. Acesso em: 24 abril 2023. BOOG, G. G. O desafio da competência. São Paulo: Best Seller, 1991. CASAROTTO FILHO, N. Elaboração de projetos empresariais: análise estratégica, estudo de viabilidade e plano de negócio. 2. ed. Paulo: Atlas, 2016. CASAROTTO FILHO, N.; PIRES, L. H. Redes de Pequenas e Médias Empresas e Desenvolvimento Local. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2020. LEMES JÚNIOR, A. B.; PISA, B. J. Administrando Micro e Pequenas Empresas: Empreendedorismo e Gestão. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2019. MORAIS, L. C.; CARNEIRO, L. F. R. Mortalidade de micro e pequenas empresas na cidade de Naviraí-MS: estudo de caso. In: ENCONTRO INTERNACIONAL DE GESTÃO, DESENVOLVIMENTO E INOVAÇÃO. Anais… 2017. SERVIÇO DE APOIO A MICRO E PEQUENAS EMPRESAS – SEBRAE (Org.). Anuário do Trabalho nos Pequenos Negócios 2017. Brasília: Dieese, 2017. Disponível em: <https://www.dieese.org.br/anuario/2017/anuarioPequeno Negocio2017.html>. Acesso em: 26 maio 2023. SERVIÇO DE APOIO A MICRO E PEQUENAS EMPRESAS – SEBRAE. Sobrevivência das Empresas no Brasil. Disponível em: <https://www.sebrae. com.br/Sebrae/Portal%20Sebrae/Anexos/sobrevivencia-das-empresas-no-brasil- relatorio-apresentacao-2016.pdf>. Acesso em: 26 maio 2023. VILENKY, R. Startup: transforme problemas em oportunidades de negócio. São Paulo: Saraiva, 2021. 20 GABARITO Gabarito da questão da seção “Trocando Ideias” Resposta: Para ter sucesso em seu negócio sem oferecer uma ampla variedade de produtos, o empreendedor precisa conhecer as marcas e mercadorias preferidas do seu público-alvo, buscando ser mais assertivo em suas vendas. Gabarito dos exercícios da seção “Na prática” • Questão 1: Correta: b) Menor ou igual a R$ 360.000,00. Quadro 1 – Enquadramento por porte Enquadramento Receita bruta anual/Renda anual Microempreendedor (MEI) Menor ou igual a R$ 81.000,00 Microempresa (ME) Menor ou igual a R$ 360.000,00 Empresa de Pequeno Porte (EPP) Maior que R$ 360.000,00 e menor ou igual a R$ 4.800.000,00 Média empresa Maior que R$ 4.800.000,00 e menor ou igual a R$ 300.000.000,00 Grande empresa Maior que R$ 300.000.000,00 Fonte: a autora, 2023. • Questão 2: Correta: b) Até 19 pessoas ocupadas. Quadro 2 – Enquadramento por número de empregados Enquadramento Setores Indústria Comércio e Serviços Microempresa Até 19 pessoas ocupadas Até 9 pessoas ocupadas Pequena empresa De 20 a 99 pessoas ocupadas De 10 a 49 pessoas ocupadas Média empresa De 100 a 499 pessoas ocupadas De 50 a 99 pessoas ocupadas Grande empresa 500 pessoas ocupadas ou mais 100 pessoas ocupadas ou mais Fonte: Sebrae, 2017. • Questão 3: Correta: d) Apenas as afirmativas I, II e IV estão corretas. Existem diversos motivos que causam o encerramento das atividades das micro e pequenas empresas. Lemes e Pisa (2019) descrevem as seguintes causas: 21 • ausência de planejamento antes da abertura do negócio; • falta de conhecimento do mercado; • falta de determinação do público-alvo; • falta de inovação; • descuido com o cliente e com o que ele deseja; • réplica de modelos da concorrência; • elaboração errada do plano de negócio; • falta de experiência do empreendedor; • falta de qualificação do pessoal; • falta de conhecimento de práticas de gestão de pessoas; • falta de controles financeiros e de custos; • ausência de controle do fluxo de caixa; • crescimento sem planejamento das despesas operacionais; • erros no controle de qualidade; • práticas de marketing erradas; • ausência do gerenciamento da marca; • descontrole financeiro; • falta do uso de tecnologia; • falta de acompanhamento da legislação e tributos; e, • pagamento das contas pessoais com recursos da empresa. • Questão 4: Correta: e) Empresas constituídas com base tecnológica que têm o propósito de difundir produtos e modelos de negócios inovadores, passando por um período de experimentação. As startups são caracterizadas por serem empresas inovadoras que utilizam a tecnologia como base para a criação e difusão de produtos e modelos de negócios disruptivos. Elas passam por um período de experimentação, buscando encontrar um modelo de negócio escalável e sustentável. Além disso, as startups enfrentam incertezas e riscos inerentes ao ambiente de negócios, mas têm como propósito a inovação e a busca por soluções criativas para problemas existentes.
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