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CONTABILIDADE E GESTAO DE MICRO E PEQUENAS EMPRESAS aula 1

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CONTABILIDADE E GESTÃO DE 
MICRO E PEQUENAS 
EMPRESAS 
AULA 1 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Prof.ª Daiane Lolatto 
 
 
CONVERSA INICIAL 
Nesta etapa, vamos tratar dos seguintes temas sobre a Contabilidade e 
Gestão de Micro e Pequenas Empresas: 
• Conceitos e enquadramento de Microempresário Individual (MEI), 
Microempresa (ME) e Pequenas e Médias Empresas (PMEs); 
• Sobrevivência das Micro e Pequenas Empresas (MPEs); 
• Fatores essenciais para continuidade e crescimento das MPEs; 
• Estratégias empresariais e competitividade para micro e pequenas 
empresas (redes); 
• Startups. 
CONTEXTUALIZANDO 
Empreender nem sempre é uma tarefa fácil. O empreendedor deve ser 
capaz de identificar uma oportunidade no ambiente e transformar ideais em 
negócios. Então, para prosperar, ele precisa realizar um estudo prévio de tudo 
que será necessário para a efetiva criação do negócio. 
Esse estudo deve envolver a autoanálise do empreendedor, a definição 
dos objetivos que devem ser atingidos, as estratégias que devem ser adotadas 
para alcançar os objetivos, o montante de recursos que o negócio vai demandar 
e de que forma o empreendedor vai conseguir esses recursos. Assim, frustações 
podem ser evitadas, riscos podem ser previstos e providências podem ser 
tomadas. 
Diante disso, nesta etapa, vamos conhecer como as empresas são 
enquadradas em relação ao porte e número de empregados e entender os 
principais fatores de continuidade e descontinuidade dos negócios. Da mesma 
forma, trataremos algumas estratégias empresariais para a sobrevivência do 
negócio no mercado. 
Esta etapa é fundamental para compreendermos os próximos assuntos. 
Por isso, é imprescindível se atentar a todos os temas e detalhes descritos. 
Iniciaremos abordando o enquadramento das empresas. 
 
 
3 
TEMA 1 – CONCEITOS E ENQUADRAMENTO DE MICROEMPRESÁRIO 
INDIVIDUAL (MEI), MICROEMPRESA (ME) E PEQUENAS E MÉDIAS 
EMPRESAS (PMES) 
A microempresa é uma pequena pessoa jurídica (ou seja, faz parte do 
Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica – CNPJ). A terminologia de microempresa 
surgiu no final dos anos 1970 como resultado das políticas de desburocratização 
para estimular o desenvolvimento de pequenos negócios (Lemes; Pisa, 2019). A 
definição legal de microempresa foi criada pela Lei n. 7.256, em novembro de 
1984, posteriormente revogada pela Lei n. 9.841, em outubro de 1999, e mais 
tarde alterada pela Lei Complementar n. 123, em dezembro de 2006, e pela Lei 
n. 155, em outubro de 2016. 
Os critérios adotados para classificar uma empresa como Microempresa 
(ME) ou Empresas de Pequeno Porte (EPP), podem variar bastante. Um dos 
enquadramentos mais utilizados é o estabelecido pela Lei Complementar n. 
123/2006, no art. 3º, que leva em consideração o faturamento bruto anual ou 
receita bruta anual. Este também é um dos critérios que as pessoas jurídicas 
consideram para uma potencial adesão ao Simples Nacional, que é um dos 
regimes tributários disponíveis para as empresas. 
Conforme estabelecido pela Lei Complementar n. 123/2006, art. 3º, as 
MEs são aquelas que têm receita bruta anual de até R$ 360.000,00 ao final de 
cada ano-calendário, enquanto as EPPs são aquelas que têm receita bruta anual 
superior a R$ 360.000,00 e igual ou inferior a R$ 4.800.000,00. 
A receita bruta compreende a venda de bens e serviços nas operações 
por conta própria, o valor dos serviços prestados e o resultado nas operações 
por conta de terceiros, excluindo vendas canceladas, devoluções de vendas e 
descontos incondicionais concedidos, conforme estabelecido pela Lei 
Complementar n. 123/2006, art. 3º, parágrafo 1º, e pela Superintendência 
Regional da Receita Federal, 10.ª Região Fiscal. 
As operações de conta própria se referem às operações com bens e 
serviços de propriedade da empresa. Em contrapartida, as operações em conta 
alheia são aquelas com bens e serviços de outras empresas, que permanecem 
à disposição da empresa contratante para venda, mediante acordo contratual, 
como é o caso da consignação mercantil e da representação comercial, 
conforme estabelecido na legislação. 
 
 
4 
A Lei Complementar n. 123/2006, art. 3º, parágrafo 2º, estabelece ainda 
que, caso a empresa tenha menos de um ano de funcionamento, o limite anual 
de receita bruta será proporcional ao número de meses em que a microempresa 
ou empresa de pequeno porte tenha exercido atividade, incluindo as frações de 
meses. Por exemplo, uma empresa constituída em julho de 2021 não poderá ter 
uma receita bruta superior a R$ 2.400.000,00 (R$ 4.800.000,00 / 12 meses x 
6 meses) para ser considerada uma empresa de pequeno porte. 
Em 1º julho de 2009, entrou em vigor a Lei Complementar n. 128, de 19 
de dezembro de 2008, que criou a figura do Microempreendedor Individual (MEI). 
Para ser enquadrado como MEI, o empreendedor pode ter obtido uma receita 
bruta anual de até R$ 81 mil no ano-calendário anterior, o que equivale a uma 
média de R$ 6.750,00 por mês. 
As empresas também podem ser enquadradas como Pequenas e Médias 
Empresas (PMEs). A legislação não estabelece de forma precisa a receita bruta 
anual de uma empresa de médio porte, mas é possível inferir com base na 
Lei n. 11.638, de 28 de dezembro de 2007, que define uma empresa de grande 
porte como aquela que, no exercício social anterior, tenha um ativo total superior 
a R$ 240.000.000,00 ou receita bruta anual superior a R$ 300.000.000,00. 
Portanto, a empresa de médio porte está situada entre a grande e a pequena 
empresa, ou seja, aquela que tem uma receita bruta anual maior que 
R$ 4.800.000,00 e menor ou igual a R$ 300.000.000,00. 
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) 
também classifica as empresas em virtude da receita operacional bruta anual ou 
renda anual a fim de atuar prontamente na concessão de linhas de créditos, 
programas e condições específicas para cada porte de empresa. Segundo o 
BNDES, as microempresas têm uma renda anual igual ou inferior a 
R$ 360.000,00, as pequenas empresas têm uma renda anual superior a 
R$ 360.000,00 e igual ou inferior a R$ 4.800.000,00, as médias empresas têm 
uma renda anual superior a R$ 4.800.000,00 e igual ou inferior a 
R$ 300.000.000,00, e as grandes empresas têm uma renda anual superior a 
R$ 300.000.000,00. 
Dessa forma, podemos concluir que o enquadramento com base na 
receita bruta anual estabelecida pela legislação é a mesma dada pelo BNDES. 
No Quadro 1, a seguir, podemos verificar essa classificação. 
 
 
5 
Quadro 1 – Enquadramento por porte 
Enquadramento Receita bruta anual/Renda anual 
Microempreendedor (MEI) Menor ou igual a R$ 81.000,00 
Microempresa (ME) Menor ou igual a R$ 360.000,00 
Empresa de Pequeno Porte (EPP) 
Maior que R$ 360.000,00 e menor ou igual a 
R$ 4.800.000,00 
Média empresa 
Maior que R$ 4.800.000,00 e menor ou igual a 
R$ 300.000.000,00 
Grande empresa Maior que R$ 300.000.000,00 
Fonte: Lolatto, 2023. 
Ainda, as empresas podem ser enquadradas com base no número de 
empregados. O Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas –
Sebrae (2017) classifica as empresas por número de empregados conforme 
disposto no Quadro 2 a seguir. 
Quadro 2 – Enquadramento por número de empregados 
Enquadramento 
Setores 
Indústria Comércio e Serviços 
Microempresa Até 19 pessoas ocupadas Até 9 pessoas ocupadas 
Pequena empresa De 20 a 99 pessoas ocupadas De 10 a 49 pessoas ocupadas 
Média empresa De 100 a 499 pessoas ocupadas De 50 a 99 pessoas ocupadas 
Grande empresa 500 pessoas ocupadas ou mais 100 pessoas ocupadas ou mais 
Fonte: Sebrae, 2017. 
Sendo assim, uma empresa pode ser enquadrada como microempresa 
em função de sua receita bruta anual e pode ser enquadrada como uma pequena 
empresa em razão do número de empregados. A metodologia de 
enquadramento dependerá da finalidade de classificação. Cada situação, nesse 
caso, deverá ser analisada para posteriormente definir pelomelhor método de 
enquadramento. 
 TEMA 2 – SOBREVIVÊNCIA DAS MICRO E PEQUENAS EMPRESAS (MPES) 
De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística –
IBGE (Brasil, 2021), apenas 22,9% das unidades locais nascidas em 2009 
conseguiram sobreviver após dez anos, e menos da metade (41,6%) conseguiu 
sobreviver após cinco anos de sua criação. O IBGE ainda destaca que, quanto 
maior o porte da empresa, maior é a taxa de sobrevivência. Empresas de maior 
porte tendem a ter uma estrutura organizacional mais robusta e maior capital 
disponível (Sebrae, 2016). 
 
 
6 
Segundo o Sebrae (2016), considerando as empresas brasileiras 
constituídas em 2012 e as informações disponíveis na Secretaria da Receita 
Federal (SRF) até 2014, a taxa de sobrevivência das empresas com até dois 
anos no Brasil foi de 76,6%. Para as empresas de pequeno porte constituídas 
em 2012, a taxa de sobrevivência foi de 98%, igualando-se às médias empresas 
(98%) e sendo superior à das grandes empresas, que foi de 97%. Em 
contrapartida, a taxa de sobrevivência das microempresas constituídas em 2012 
foi de apenas 55% para até dois anos. No caso dos Microempreendedores 
Individuais (MEI), a taxa de sobrevivência foi de 87%. 
Logo, as microempresas acabam contribuindo para a redução da taxa de 
sobrevivência das empresas com até dois anos, demonstrando que enfrentam 
mais dificuldades para se manterem no mercado em comparação aos MEI. A 
formalização dos microempreendedores, com menos burocracia e custos mais 
baixos para registro, abertura e manutenção, apresenta uma significativa chance 
de sobrevivência, pelo menos nos primeiros dois anos de atividade (Sebrae, 
2016). 
Mas o que leva essas empresas a encerrarem suas atividades? 
Os principais fatores que podem causar o fechamento prematuro das 
empresas estão relacionados à situação do empresário antes da abertura, ao 
planejamento do negócio, à gestão do negócio e à capacitação dos proprietários 
em gestão empresarial (Sebrae, 2016). No Quadro 3 a seguir, é possível verificar 
os fatores relevantes que influenciam a sobrevivência e a mortalidade das 
empresas. 
 
 
 
7 
Quadro 3 – Perfil das empresas (exemplos de casos extremos) 
Fatores Empresas sobreviventes Empresas fechadas 
ANTES DA 
ABERTURA 
Era empregado no mesmo ramo Estava desempregado 
Abriu por oportunidade Abriu por necessidade 
Desejava ter o próprio negócio 
Abriu por exigência de 
cliente/fornecedor 
PLANEJAMENTO/ 
RECURSOS 
Planejou por mais tempo 
(11 meses) e com mais qualidade 
Planejamento deficiente (8 meses) 
Negociou prazos com 
fornecedores 
Não negociou prazos com 
fornecedores 
Obteve empréstimo em bancos 
Não obteve empréstimo em 
bancos 
GESTÃO DO 
NEGÓCIO 
Aperfeiçoava produtos com 
frequência 
Não aperfeiçoava produtos 
Investia na capacitação da mão de 
obra e dos sócios 
Não investia na capacitação da 
mão de obra e dos sócios 
Estava sempre atualizado com 
respeito às novas tecnologias do 
setor 
Não se atualizava 
Acompanhamento rigoroso 
receitas/despesas 
Não fazia acompanhamento 
rigoroso receitas/despesas 
Diferenciava produtos e serviços Produtos sem diferencial 
CAPACITAÇÃO 
Fez curso para melhorar o 
conhecimento sobre como 
administrar um negócio, enquanto 
tinha a empresa 
Não fez nenhum curso sobre 
gestão do negócio 
Fonte: Sebrae, 2016. 
Conforme apresentado no Quadro 3 anterior, o planejamento é um fator 
essencial na abertura de um negócio. As empresas que conseguem sobreviver 
são aquelas que são planejadas, em média, três meses a mais do que as que 
encerram suas atividades (Sebrae, 2016). Esse planejamento abrange todas as 
atividades relacionadas à constituição do negócio, desde a concepção do 
produto ou serviço até a definição do público-alvo, estratégias de marketing, 
localização da empresa, contato com fornecedores, distribuidores, financiadores 
e outros agentes relacionados ao negócio (Lemes; Pisa, 2019). 
De acordo com Lemes e Pisa (2019), as causas que podem levar à 
mortalidade de micro e pequenas empresas incluem falta de planejamento antes 
da abertura do negócio, falta de conhecimento de mercado, falta de identificação 
do público-alvo, falta de inovação, descuido com o cliente e suas necessidades, 
replicação de modelos da concorrência, elaboração inadequada do plano de 
negócio, falta de experiência do empreendedor, falta de qualificação dos 
funcionários, desconhecimento de práticas de gestão de pessoas, falta de 
 
 
8 
controles financeiros e de custos, falta de controle do fluxo de caixa, crescimento 
sem planejamento das despesas operacionais, erros no controle de qualidade, 
práticas de marketing equivocadas, falta de gerenciamento da marca, 
descontrole financeiro, falta de uso de tecnologia, falta de acompanhamento da 
legislação e dos tributos, e uso dos recursos da empresa para pagamento de 
despesas pessoais. 
Os empreendedores aprendem com seus próprios erros e com os erros 
dos outros, evitando assim a repetição das mesmas práticas. Nesse sentido, no 
Gráfico 3 a seguir, é possível observar os motivos alegados pelos 
empreendedores para o fechamento de suas empresas, de acordo com pesquisa 
realizada pelo Sebrae (2016). 
Gráfico 3 – Motivos alegados pelos empreendedores para que a empresa 
deixasse de funcionar 
 
Fonte: Sebrae, 2016. 
Para aqueles que estão iniciando um novo negócio, é de extrema 
importância estar atento a tudo que acontece no mercado, identificando e 
avaliando as tendências e selecionando oportunidades de negócios com 
potencial de crescimento, evitando entrar em mercados saturados que possam 
estar em declínio (Lemes; Pisa, 2019). 
O fechamento de micro e pequenas empresas causa impactos 
significativos na economia local, regional e nacional, uma vez que deixam de 
gerar renda e aumentam o número de desempregados, contribuindo para o 
aumento da informalidade. Além disso, o fechamento dessas empresas impacta 
na arrecadação de tributos pelo governo, reduzindo os investimentos em 
0% 5% 10% 15% 20% 25% 30% 35%
força maior / doença / aposentadoria
falta de apoio
localização / ponto
outros motivos diversos
tempo (carga horária / incomplatibilidade)
problemas pessoais / família
burocracia
crise (econômica / do país / financeira)
mão de obra / funcionários / preparo
outra oportunidade / não precisou mais da empresa / fim da empresa, contrato
problemas financeiros / inadimplência / falta de linhas de crédito / capital de giro
gestão / problemas administrativos e contábeis / incapacidade / sociedade / logística
vendas / pouca procura, demanda, clientes / forte concorrência
impostos / custos / despesas / juros
 
 
9 
benefício da sociedade e aumentando os déficits no sistema previdenciário 
(Morais; Carneiro, 2017). 
 TEMA 3 – FATORES ESSENCIAIS PARA CONTINUIDADE E CRESCIMENTO 
DAS MPES 
As variáveis ambientais internas e externas e as características dos 
empreendedores são fatores essenciais a serem considerados ao abrir um novo 
negócio. Os empreendedores precisam avaliar, por exemplo, a resistência dos 
concorrentes aos novos entrantes no mercado e o nível de sazonalidade do 
segmento em que desejam atuar. Esses fatores podem impactar os resultados 
da empresa e comprometer sua continuidade no curto ou longo prazo (Lemes; 
Pisa, 2019). 
Vamos supor que um empreendedor esteja iniciando um pequeno negócio 
de sorvetes em um local que tem estações bem definidas, ou seja, no verão o 
clima é quente e seco e no inverno o clima é frio e chuvoso. Para ter sucesso 
em seu negócio, o empreendedor precisa considerar a sazonalidade do 
segmento, já que as vendas tendem a oscilar em razão do clima. Agora, vamos 
supor que existam mais dois concorrentes potenciais nas proximidades. Que 
estratégia o empreendedor deve adotar? Certamente, o produto deve ter um 
diferencial, seja em qualidade ou preço. 
Segundo Lemes e Pisa (2019), mesmo em ambientes com poucacompetitividade e baixa sazonalidade, fatores relacionados ao ambiente interno 
também podem levar ao fechamento do negócio. Em relação ao ambiente 
interno, Boog (1991) destaca que toda empresa tem três pilares principais e 
distintos de sustentação: financeiro, marketing e operações. 
O resultado financeiro envolve o lucro, o retorno e o acréscimo do 
patrimônio líquido da empresa. O resultado do marketing é mensurado pelo que 
o mercado estabelece, como volume de vendas, fidelização de clientes, imagem 
da empresa, dos produtos e serviços oferecidos, e assistência pós-vendas. O 
resultado das operações compreende os números relacionados à produção, 
métodos e processos, comercialização, produtividade, qualidade do produto e 
estoque de máquinas e instalações (Boog, 1991). 
Outro aspecto interno que interfere na sobrevivência e no crescimento da 
empresa está associado ao empreendedor, ao seu nível de experiência e aos 
 
 
10 
conhecimentos obtidos antes da abertura do negócio, como pode ser observado 
na Figura 1 a seguir. 
Figura 1 – Aspectos de sobrevivência e crescimento da empresa associados ao 
empreendedor 
 
Fonte: elaborada por Lolatto, 2023, com base em Sebrae, 2016. 
Assim como as variáveis ambientais internas, como gestão adequada, 
experiência e motivação do empreendedor, as variáveis ambientais externas 
também interferem na continuidade e no crescimento das micro e pequenas 
empresas. As variáveis externas estão relacionadas, especialmente, às ações 
governamentais e de instituições voltadas para o estímulo do empreendedorismo 
(Lemes; Pisa, 2019). 
Os incentivos fiscais oferecidos pelo governo, por exemplo, podem 
garantir a continuidade e o crescimento das micro e pequenas empresas, pois 
reduzem o custo operacional. O governo também pode contribuir com o 
fornecimento de financiamento público gerando fluxos de caixa e de 
investimentos para essas empresas. As demais instituições, como 
universidades, incubadoras, investidores anjos e grandes empresas, podem 
contribuir com recursos financeiros ou não financeiros, ou seja, podem injetar 
dinheiro nas micro e pequenas empresas ou dar suporte técnico, gerencial e de 
formação para o empreendedor. 
Situação do empreendedor antes da abertura
• Ocupações exercidas
• Experiência no ramo
• Motivação pessoal para abertura do negócio
Capacidade de planejamento do negócio
• Tempo de planejamento do negócio
• Negociação de prazos com fornecedores
• Obtenção de empréstimos
Capacidade de gestão do negócio
• Aperfeiçoamento frequente dos produtos
• Investimento em capacitação
• Atualização constante de novas tecnologias
• Acompanhamento das receitas e despesas
• Diferenciação dos produtos e serviços
Capacidade do empreendedor em gestão empresarial
• Capacitação em administração de negócios
 
 
11 
TEMA 4 – ESTRATÉGIAS EMPRESARIAIS E COMPETITIVIDADE PARA MICRO 
E PEQUENAS EMPRESAS (REDES) 
A globalização dos mercados está cada vez mais intensa e empresas de 
todos os tamanhos e setores estão competindo em um mercado 
internacionalizado. Mesmo pequenas empresas que tenham um nicho de 
mercado local bem estabelecido estão enfrentando ameaças de empresas 
estrangeiras em seu mercado tradicional (Casarotto Filho; Pires, 2020). 
Vamos imaginar uma pequena empresa que comercializa cosméticos e 
tem uma loja física. Ela contém um número significativo de clientes, a maioria 
deles morando nas proximidades. A empresa acompanha as tendências de 
mercado e projeta resultados favoráveis para os próximos anos. No entanto, será 
que essa pequena empresa pode estar ameaçada pela globalização? E quais 
estratégias ela poderia adotar para se manter no mercado? 
Com a globalização da economia e o avanço tecnológico, especialmente 
nas comunicações, as mudanças nos conceitos de marketing e produção se 
tornaram mais rápidas. Como resultado, os riscos dos negócios aumentaram. 
Isso significa que outra empresa em qualquer lugar do mundo pode começar a 
produzir um produto similar, com melhor qualidade e preço mais baixo, e ter 
acesso aos mesmos mercados (Casarotto Filho; Pires, 2020). 
Na perspectiva empresarial, os aspectos qualitativos na determinação das 
estratégias de negócios se tornaram mais relevantes do que as estratégias 
quantitativas de avaliação de projetos. E quando se trata de negócios, e não 
apenas de fábricas isoladas, uma forma de reduzir os riscos e ganhar 
cooperação é por meio da formação de alianças entre empresas, especialmente 
entre pequenas empresas (Casarotto Filho; Pires, 2020). Conforme descrito por 
Casarotto Filho e Pires (2020), a era do projeto de fábrica foi substituída pela era 
do projeto de negócio. 
Um projeto de negócio ou plano de negócio envolve estratégia 
competitiva, mercado, marca, parcerias com fornecedores, parcerias com 
clientes e parcerias com concorrentes, terceirizações, franquias, fabricação, 
logística, gestão e equacionamento econômico-financeiro. Em contrapartida, um 
projeto de fábrica ou plano de fábrica abrange apenas componentes de mercado, 
produção, localização, administração e equacionamento econômico-financeiro 
 
 
12 
(Casarotto Filho; Pires, 2020). Assim, podemos observar que o projeto de 
negócio é mais abrangente do que o projeto de fábrica. 
Vale destacar que a estratégia competitiva é fundamental para o sucesso 
do negócio. Segundo Casarotto Filho (2016), as pequenas empresas têm três 
possibilidades competitivas: diferenciação do produto, liderança de custo e 
participação em redes de empresas flexíveis. Nesse sentido, vamos entender 
como ocorre a formação de redes como orientação estratégica. 
4.1 Formação de redes como orientação estratégica 
As pequenas empresas enfrentam dificuldades e limitações para competir 
de forma isolada, e a transição de pequeno para grande porte pode ser arriscada. 
Assim, a pequena empresa pode optar por se tornar fornecedora em uma rede 
top-down ou ser integrante de uma rede flexível de pequenas empresas 
(Casarotto Filho; Pires, 2020). 
Na rede top-down, a pequena empresa pode se tornar fornecedora ou 
subfornecedora de uma empresa-mãe. A empresa-mãe define as estratégias, e 
a pequena empresa fornecedora tem pouca ou nenhuma flexibilidade de 
negociação. Por exemplo, uma empresa-mãe de grande porte que produz e 
comercializa vestuário pode terceirizar parte de seus processos produtivos para 
empresas subcontratadas de pequeno porte. Dessa forma, a empresa-mãe e a 
empresa de pequeno porte podem competir por liderança de custos no mercado 
(Casarotto Filho; Pires, 2020). De acordo com Casarotto Filho e Pires (2020), a 
liderança em custos envolve a produção em grande escala, com padronização, 
visando à obtenção de preços finais baixos, com ênfase na utilização de 
tecnologia de processo. Na Figura 2 a seguir, é possível visualizar a formação 
de uma rede top-down. 
Figura 2 – Rede top-down 
 
Fonte: Casarotto Filho; Pires, 2020, p. 18. 
Empresa-mãe 
1ª linha 
2ª linha 
 
 
13 
A segunda forma de rede que pode ser estabelecida por pequenas 
empresas é a rede flexível, que ocorre por meio de um consórcio de empresas, 
no qual empresas com atividades diferentes ou com a mesma atividade se unem 
com um interesse comum para realizar um negócio por um período determinado. 
A formação de um consórcio é prevista na Lei das Sociedades por Ações (Lei 
n. 6.404/1976), art. 278, que estabelece: “As companhias e quaisquer outras 
sociedades, sob o mesmo controle ou não, podem constituir consórcio para 
executar determinado empreendimento.”. 
Por exemplo, em um consórcio de produção de calçados, várias empresas 
podem produzir diferentes partes de um calçado, que é comercializado, 
divulgado e acompanhado tecnicamente pelo consórcio. Isso significa que uma 
empresa pode produzir solados, outra palmilhas e outra cadarços, formando 
assim um consórcio. Esse consórcio simula a administração de uma grande 
empresa, mas apresenta mais flexibilidadepara atender a pedidos diferenciados, 
o que resulta em uma agregação de valor. Na Figura 3 a seguir, é possível 
visualizar a formação de uma rede flexível. 
Figura 3 – Rede flexível 
 
Fonte: Casarotto Filho; Pires. 2020, p. 18. 
Segundo Casarotto Filho e Pires (2020), a formação de consórcios é uma 
tendência mundial para a sobrevivência das pequenas empresas e o 
desenvolvimento equilibrado da sociedade. 
TEMA 5 – STARTUPS 
O termo startup teve origem há algumas décadas nos Estados Unidos, 
mas ficou conhecido durante os anos de 1990, época em que ocorreu um avanço 
 
 
14 
significativo da internet. Nesse período, diversas “empresas.com” foram 
constituídas, em sua maioria no Vale do Silício (Lemes; Pisa, 2019). 
No Brasil, as primeiras startups surgiram no início do século XXI, mas foi 
a partir do ano de 2010 que houve um crescimento notável, conforme dados da 
Associação Brasileira de Startups – ABStartups (Lemes; Pisa, 2019). Em 1.º de 
junho de 2021, foi instituído o marco legal das startups e do empreendedorismo 
inovador por meio da Lei Complementar n. 182. 
Mas, afinal, o que são startups? De acordo com Lemes e Pisa (2019), são 
empresas constituídas normalmente de uma base tecnológica, que têm o 
propósito de difundir produtos e modelos de negócios inovadores e que passam 
por um período de experimentação, denominado “startup”. Os autores destacam 
que a inovação é uma característica fundamental para que as empresas sejam 
denominadas startups, mas também deve haver um cenário de alto risco e 
incerteza para que sejam diferenciadas das demais. 
Para Vilenky (2021), as características básicas desse formato de empresa 
consistem em ser inovadora, escalável, dinâmica e automatizada. A inovação 
deve existir desde a criação do bem ou serviço até a entrega final ao consumidor. 
Vamos tomar como exemplo o caso do Uber. O Uber é um modelo de negócio 
que transformou a maneira como as pessoas se locomovem. Escolhemos a 
forma de pagamento, sabemos previamente o valor da corrida, podemos 
compartilhar o carro para diminuir o custo, sabemos quando o carro vai chegar 
e quem vai ser o motorista, podemos avaliar o atendimento e ainda podemos 
trabalhar para a empresa para aumentar nossa renda. 
A escalabilidade das startups é maior do que a escalabilidade das 
empresas tradicionais, porque as startups conseguem aumentar sua receita sem 
aumentar seus custos na mesma proporção, elevando assim o seu resultado 
financeiro (Vilenky, 2021). O próprio Uber é um exemplo de escalabilidade, pois 
não demorou muito para a empresa ampliar seus serviços de mobilidade de 
pessoas para a mobilidade de objetos ou qualquer outro tipo de carga de um 
lado para o outro. 
A dinâmica das startups também é uma característica marcante segundo 
Vilenky (2021). Esse formato de empresa possibilita que as decisões sejam 
tomadas rapidamente, ou seja, há uma flexibilidade na forma de trabalhar. Além 
disso, gostam de assumir riscos e mudar o rumo dos negócios se adequando às 
necessidades do mercado quase que instantaneamente. Um exemplo disso é o 
 
 
15 
Airbnb, que não demorou para inovar durante a pandemia da Covid-19, quando 
verificou que a busca pela locação de hospedagens pela internet diminuiu. O 
Airbnb incluiu no rol de serviços o anúncio de carros, bicicletas ou qualquer outro 
item para locação. 
Para se tornar automatizada, uma empresa precisa ter a capacidade de 
entregar o mesmo produto ou serviço em larga escala, ou seja, em nível nacional 
e/ou internacional, de forma simultânea e com características e formato 
consistentes, em todos os locais (Vilenky, 2021). O Google é talvez um dos 
melhores exemplos de uma startup com essa característica, pois está presente 
em mais de 150 países, e demonstra que não existem mais barreiras de língua 
ou culturais para a comunicação entre as pessoas, possibilitando a busca de 
informações de qualquer tipo com base em sua tecnologia. 
Dessa forma, as startups podem ser descritas como empresas de alta 
tecnologia criadas para resolver problemas em áreas nas quais a solução não é 
evidente e o sucesso não é garantido nem contínuo (Lemes; Pisa, 2019). A 
definição formal de startup, segundo Lemes e Pisa (2019), compreende uma 
organização nova no mercado, em estágio inicial de implantação, mas com 
potencial de crescimento. Além disso, são capazes de inovar no curto prazo, 
mesmo com recursos limitados. 
No entanto, uma das definições mais conhecidas e aceitas entre os 
especialistas é a de Steve Blank, citado por Lemes e Pisa (2019), que define 
uma startup como um grupo de pessoas em busca de um modelo de negócios 
repetível e escalável, trabalhando em condições de extrema incerteza. 
Assim, podemos concluir que esse formato de empresa é diferente das 
demais, pois trabalha em um ambiente de incertezas, resolvendo problemas 
inéditos. Futuramente, vamos estudar algumas formas de investimentos para 
startups. 
TROCANDO IDEIAS 
Vamos supor que um novo bairro esteja sendo construído distante da área 
central da cidade. Um empreendedor identifica uma excelente oportunidade para 
abrir um mercado que atenda aos moradores desse bairro, estuda o perfil dos 
moradores e define uma margem de lucro líquido de aproximadamente 2% sobre 
seus produtos. Assim, os preços são competitivos em relação aos praticados por 
outros estabelecimentos, embora não ofereça uma variedade de produtos. 
 
 
16 
Nesse contexto, quais estratégias o empreendedor poderia adotar para 
se manter no mercado? 
NA PRÁTICA 
Agora que conhecemos um pouco sobre as micro e pequenas empresas, 
que tal exercitarmos os conhecimentos adquiridos? 
• Questão 1: Sobre a definição de ME e EPP. A Lei Complementar 
n. 123/2006, em seu art. 3.º, estabelece as definições de microempresas 
(ME) e empresas de pequeno porte (EPP) com base na receita bruta anual 
ou no faturamento bruto anual. Essa mesma lei também adota a receita 
bruta anual como um dos critérios para adesão ao Simples Nacional, que 
é um dos regimes tributários disponíveis para as empresas. Sendo assim, 
as microempresas são aquelas que auferem receita bruta anual: 
a) menor ou igual a R$ 81.000,00. 
b) menor ou igual a R$ 360.000,00. 
c) entre R$ 360.000,01 e R$ 4.800.000,00. 
d) entre R$ 4.800.000,01 e R$ 300.000.000,00. 
e) maior que R$ 300.000.000,00. 
• Questão 2: Sobre a definição de ME e EPP. De acordo com o Sebrae 
(2017), as empresas podem ser classificadas como microempresa, 
pequena empresa, média empresa e grande empresa com base tanto na 
receita bruta anual quanto no número de empregados. Dessa forma, uma 
empresa pode ser enquadrada como microempresa com base em sua 
receita bruta anual, e como pequena empresa levando em consideração 
o número de empregados. Sendo assim, as microempresas industriais 
são aquelas que apresentam: 
a) até 9 pessoas ocupadas. 
b) até 19 pessoas ocupadas. 
c) de 20 a 99 pessoas ocupadas. 
d) de 10 a 49 pessoas ocupadas. 
e) de 50 a 99 pessoas ocupadas. 
• Questão 3: Sobre as causas de mortalidade das micro e pequenas 
empresas. De acordo com dados do Sebrae (2016), a taxa de 
sobrevivência das empresas brasileiras constituídas em 2012 com até 
 
 
17 
dois anos é de 76,6%. Além disso, o IBGE aponta que a taxa de 
sobrevivência é geralmente maior em empresas de maior porte, uma vez 
que estas apresentam uma estrutura organizacional mais robusta e um 
maior volume de capital. Nesse sentido, analise as afirmativas a seguir 
sobre as causas que levam à mortalidade das micro e pequenas 
empresas e assinale a alternativa correta. 
I. Falta de determinação do público-alvo. 
II. Falta de controles financeiros e de custos. 
III. Alto investimento em capacitação da mão de obra. 
IV. Ausência de planejamento antes da abertura do negócio. 
Assinale a alternativa correta: 
a) Apenas as afirmativas I e II estão corretas. 
b) Apenas as afirmativas II e III estão corretas. 
c) Apenasas afirmativas II e IV estão corretas. 
d) Apenas as afirmativas I, II e IV estão corretas. 
e) Apenas as afirmativas I, III e IV estão corretas. 
 
• Questão 4: Sobre a definição das startups. A expressão startup surgiu 
algumas décadas atrás nos Estados Unidos, porém se popularizou 
durante a década de 1990, período em que houve um grande avanço da 
internet. Essas empresas, na fase inicial, geralmente enfrentam despesas 
maiores do que suas receitas, o que demanda diversas fontes de 
financiamento para se sustentarem. Nesse sentido, assinale a alternativa 
que contempla a melhor definição de startups. 
a) Empresas que surgiram no início do século XXI, principalmente no Brasil, 
e têm como característica principal a inovação constante. 
b) Empresas com alto risco e incerteza que trabalham em um ambiente de 
escalabilidade e automatização. 
c) Empresas com recursos limitados que buscam um modelo de negócio 
repetível e escalável, trabalhando em condições de extrema incerteza. 
d) Empresas que atuam exclusivamente na área de tecnologia e são 
caracterizadas pela rápida tomada de decisões e capacidade de 
adaptação ao mercado. 
 
 
18 
e) Empresas constituídas com base tecnológica que têm o propósito de 
difundir produtos e modelos de negócios inovadores, passando por um 
período de experimentação. 
FINALIZANDO 
Nesta etapa, estudamos o enquadramento das empresas por porte e por 
número de empregados, os motivos que levam as empresas a fecharem e a 
permanecerem em atividade e as estratégias empresariais a serem adotadas 
para sua continuidade no mercado. Estudamos também as principais 
características das startups. 
Futuramente, estudaremos as obrigatoriedades contábeis e tributárias 
para Microempresário Individual (MEI), Microempresa (ME) e Pequenas e 
Médias Empresas (PMEs). 
 
 
 
19 
REFERÊNCIAS 
BRASIL. Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social – BNDES. 
Porte de empresa. Disponível em: <https://www.bndes.gov.br/wps/portal/site/ 
home/financiamento/guia/porte-de-empresa>. Acesso em: 26 maio 2023. 
_____. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE. Demografia das 
empresas e estatísticas de empreendedorismo: estudos e pesquisas. Rio de 
Janeiro, 2021. (Informação Econômica, n. 35). Disponível em: <https://biblioteca. 
ibge.gov.br/visualizacao/livros/liv101863.pdf>. Acesso em: 24 abril 2023. 
BOOG, G. G. O desafio da competência. São Paulo: Best Seller, 1991. 
CASAROTTO FILHO, N. Elaboração de projetos empresariais: análise 
estratégica, estudo de viabilidade e plano de negócio. 2. ed. Paulo: Atlas, 2016. 
CASAROTTO FILHO, N.; PIRES, L. H. Redes de Pequenas e Médias Empresas 
e Desenvolvimento Local. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2020. 
LEMES JÚNIOR, A. B.; PISA, B. J. Administrando Micro e Pequenas 
Empresas: Empreendedorismo e Gestão. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2019. 
MORAIS, L. C.; CARNEIRO, L. F. R. Mortalidade de micro e pequenas empresas 
na cidade de Naviraí-MS: estudo de caso. In: ENCONTRO INTERNACIONAL DE 
GESTÃO, DESENVOLVIMENTO E INOVAÇÃO. Anais… 2017. 
SERVIÇO DE APOIO A MICRO E PEQUENAS EMPRESAS – SEBRAE (Org.). 
Anuário do Trabalho nos Pequenos Negócios 2017. Brasília: Dieese, 2017. 
Disponível em: <https://www.dieese.org.br/anuario/2017/anuarioPequeno 
Negocio2017.html>. Acesso em: 26 maio 2023. 
SERVIÇO DE APOIO A MICRO E PEQUENAS EMPRESAS – SEBRAE. 
Sobrevivência das Empresas no Brasil. Disponível em: <https://www.sebrae. 
com.br/Sebrae/Portal%20Sebrae/Anexos/sobrevivencia-das-empresas-no-brasil-
relatorio-apresentacao-2016.pdf>. Acesso em: 26 maio 2023. 
VILENKY, R. Startup: transforme problemas em oportunidades de negócio. São 
Paulo: Saraiva, 2021. 
 
 
 
20 
GABARITO 
Gabarito da questão da seção “Trocando Ideias” 
Resposta: Para ter sucesso em seu negócio sem oferecer uma ampla variedade 
de produtos, o empreendedor precisa conhecer as marcas e mercadorias 
preferidas do seu público-alvo, buscando ser mais assertivo em suas vendas. 
Gabarito dos exercícios da seção “Na prática” 
• Questão 1: 
Correta: b) Menor ou igual a R$ 360.000,00. 
Quadro 1 – Enquadramento por porte 
Enquadramento Receita bruta anual/Renda anual 
Microempreendedor (MEI) Menor ou igual a R$ 81.000,00 
Microempresa (ME) Menor ou igual a R$ 360.000,00 
Empresa de Pequeno Porte (EPP) 
Maior que R$ 360.000,00 e menor ou igual a 
R$ 4.800.000,00 
Média empresa 
Maior que R$ 4.800.000,00 e menor ou igual a 
R$ 300.000.000,00 
Grande empresa Maior que R$ 300.000.000,00 
Fonte: a autora, 2023. 
• Questão 2: 
Correta: b) Até 19 pessoas ocupadas. 
Quadro 2 – Enquadramento por número de empregados 
Enquadramento 
Setores 
Indústria Comércio e Serviços 
Microempresa Até 19 pessoas ocupadas Até 9 pessoas ocupadas 
Pequena empresa De 20 a 99 pessoas ocupadas De 10 a 49 pessoas ocupadas 
Média empresa De 100 a 499 pessoas ocupadas De 50 a 99 pessoas ocupadas 
Grande empresa 500 pessoas ocupadas ou mais 100 pessoas ocupadas ou mais 
Fonte: Sebrae, 2017. 
• Questão 3: 
Correta: d) Apenas as afirmativas I, II e IV estão corretas. 
Existem diversos motivos que causam o encerramento das atividades das 
micro e pequenas empresas. Lemes e Pisa (2019) descrevem as seguintes 
causas: 
 
 
21 
• ausência de planejamento antes da abertura do negócio; 
• falta de conhecimento do mercado; 
• falta de determinação do público-alvo; 
• falta de inovação; 
• descuido com o cliente e com o que ele deseja; 
• réplica de modelos da concorrência; 
• elaboração errada do plano de negócio; 
• falta de experiência do empreendedor; 
• falta de qualificação do pessoal; 
• falta de conhecimento de práticas de gestão de pessoas; 
• falta de controles financeiros e de custos; 
• ausência de controle do fluxo de caixa; 
• crescimento sem planejamento das despesas operacionais; 
• erros no controle de qualidade; 
• práticas de marketing erradas; 
• ausência do gerenciamento da marca; 
• descontrole financeiro; 
• falta do uso de tecnologia; 
• falta de acompanhamento da legislação e tributos; e, 
• pagamento das contas pessoais com recursos da empresa. 
 
• Questão 4: 
Correta: e) Empresas constituídas com base tecnológica que têm o 
propósito de difundir produtos e modelos de negócios inovadores, passando por 
um período de experimentação. 
As startups são caracterizadas por serem empresas inovadoras que 
utilizam a tecnologia como base para a criação e difusão de produtos e modelos 
de negócios disruptivos. Elas passam por um período de experimentação, 
buscando encontrar um modelo de negócio escalável e sustentável. Além disso, 
as startups enfrentam incertezas e riscos inerentes ao ambiente de negócios, 
mas têm como propósito a inovação e a busca por soluções criativas para 
problemas existentes.

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