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CONTABILIDADE E GESTAO DE MICRO E PEQUENAS EMPRESAS aula 6

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CONTABILIDADE E GESTÃO DE 
MICRO E PEQUENAS 
EMPRESAS 
AULA 6 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Profª Daiane Lolatto 
 
 
2 
CONVERSA INICIAL 
Nesta etapa, vamos tratar de inovação, sustentabilidade e crescimento 
dos negócios. Para tanto, estudaremos os seguintes tópicos: 
• Inovação: tipos, processos e gestão da inovação; 
• Design Thinking (DT): um modelo mental a serviço da inovação; 
• Inovação e sustentabilidade; 
• Incentivos à inovação no Brasil; 
• Oportunidade e tecnologia. 
Aproveite a leitura e exercite os conhecimentos adquiridos resolvendo as 
atividades. Lembre-se, a melhor forma de aprender é exercitando. 
Bons estudos! 
CONTEXTUALIZANDO 
A inovação é um tema fundamental para o crescimento e desenvolvimento 
das empresas e da sociedade em geral. Isso porque, por meio da inovação, é 
possível criar novas soluções e melhorias, gerando valor para os consumidores 
e contribuindo para o aumento da produtividade e competitividade. No entanto, 
a inovação não se limita apenas ao desenvolvimento de novos produtos ou 
serviços, mas também pode ser aplicada em diferentes áreas, como processos, 
marketing e organização. 
Nesse contexto, a gestão da inovação torna-se crucial para o sucesso das 
empresas, uma vez que envolve a identificação de oportunidades, análise de 
riscos, definição de estratégias e implementação de ações para o 
desenvolvimento de soluções criativas e eficientes. Uma das abordagens que 
tem se destacado nos últimos anos é o Design Thinking (DT), que coloca o 
usuário no centro do processo criativo, buscando entender suas necessidades e 
desejos para desenvolver soluções que atendam de forma eficiente e criativa. 
Além disso, a inovação também está diretamente ligada à 
sustentabilidade, uma vez que o desenvolvimento de soluções sustentáveis 
pode trazer benefícios econômicos e ambientais de longo prazo. No Brasil, há 
incentivos à inovação, como leis de incentivo fiscal, que visam estimular as 
empresas a investir em pesquisa e desenvolvimento. Por fim, as oportunidades 
e tecnologias emergentes também têm impulsionado a inovação, criando novas 
 
 
3 
possibilidades para o desenvolvimento de soluções criativas e eficientes que 
possam atender às necessidades dos consumidores de forma inovadora. 
Diante disso, vamos conhecer os tipos, processos e gestão da inovação, 
a metodologia Design Thinking, os incentivos à inovação no Brasil e a aplicação 
da tecnologia no negócio. 
TEMA 1 – INOVAÇÃO: TIPOS, PROCESSOS E GESTÃO DA INOVAÇÃO 
Nos mercados atuais, altamente competitivos em escala global, a 
habilidade de inovar pode ser o fator determinante para a sobrevivência das 
empresas. Apenas aquelas que souberem inovar terão a chance de continuar 
existindo. 
A inovação tem ganhado grande relevância desde a década de 1980, 
quando Schumpeter (1982), considerado o pai da inovação, identificou-a como 
a principal característica dos empreendedores que, ao combinar recursos de 
novas e diferentes maneiras, promovem o desenvolvimento e o crescimento 
econômico (Lemes, 2019). Drucker (1987) define inovação como a capacidade 
de criar riqueza (recursos). 
O Decreto n. 5.798, de 7 de junho de 2006, que regulamenta a Lei n. 
11.196, de 21 de novembro de 2005 (Lei do Bem), define a inovação como a 
criação de um novo produto ou processo de fabricação, assim como a adição de 
novas funcionalidades ou características ao produto ou processo que leve a 
melhorias incrementais e efetivo ganho de qualidade ou produtividade, 
resultando em uma maior competitividade no mercado. No entanto, segundo 
Lemes (2019), é importante distinguir os conceitos de inovação, criatividade e 
invenção. 
• Criatividade: refere-se à geração de novas ideias e identificação de 
oportunidades. 
• Invenção: é a materialização da criatividade, podendo ser a criação de 
protótipos ou modelos, combinando ideias inéditas. 
• Inovação: segundo a definição do Manual de Oslo da Organização para a 
Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) de 2018, é a 
concretização de uma invenção em um novo ou substancialmente 
aprimorado produto, serviço, processo, método de marketing ou 
organização de negócios, local de trabalho ou relações externas. 
 
 
4 
Na Figura 1, podemos observar a relação entre os conceitos de inovação, 
criatividade e invenção, importantes para o desenvolvimento de um negócio. 
Figura 1 – Criatividade – Invenção – Inovação 
 
Fonte: elaborado com base em Lemes, 2019. 
Nesse sentido, vamos estudar na sequência os tipos de inovação, como 
realizar a gestão da inovação e qual o processo de inovação. Vamos ver o quão 
importante é inovar para se manter competitivo no mercado. 
1.1 Tipos de inovação 
A inovação impulsiona o crescimento da empresa, gerando resultados 
financeiros satisfatórios quando planejada e implementada de forma adequada. 
Ela pode contribuir para a redução dos custos de produção ou prestação de 
Inovação
• Criar algo útil
• Agregar valor
Invenção
• Criar algo novo
Criatividade
• Ideia/visão
 
 
5 
serviços mediante a introdução de novos processos, conquistar novos mercados 
não explorados ao lançar um produto ou serviço novo ou substancialmente 
melhorado, e ainda representar um diferencial diante da concorrência (Lemes, 
2019). 
Por ser um conceito universal, a inovação pode afetar todos os processos 
de uma empresa, mas sua extensão depende do grau de mudança que se deseja 
introduzir (Lemes, 2019). O Quadro 1 apresenta as características de quatro 
tipos de inovação. 
Quadro 1 – Os três principais tipos de mudanças e suas características 
Tipos da mudança Características 
Radical De acordo com o Manual de Oslo (2018), a definição de inovação 
inclui a criação de novos negócios ou expansão para novas indústrias 
por meio da introdução de novos produtos ou serviços, além de causar 
uma mudança significativa em toda a indústria e tendencialmente criar 
novos valores de mercado. Um exemplo é a disponibilidade de 
serviços bancários on-line e outras facilidades proporcionadas pelas 
novas tecnologias e pela Internet. 
Disruptiva O Manual de Oslo (2018) define como revoluções aquelas inovações 
que surpreendem a maioria das pessoas, criando algo novo ou 
satisfazendo uma necessidade até então desconhecida. Geralmente, 
essas grandes revoluções geram usos e efeitos que vão além do que 
os inventores tinham previsto. Esse tipo de inovação pode criar novas 
indústrias ou transformar as já existentes. Um exemplo disso é o 
Iphone. 
Incremental Aprimoramentos, alterações, otimizações, simplificações e 
consolidações de produtos, processos, serviços e atividades de 
produção e distribuição já existentes são considerados como a maior 
parte das inovações observadas em produtos e serviços. Um exemplo 
disso é a constante evolução anual dos automóveis em relação às 
versões dos anos anteriores. 
Fonte: elaborado com base em Lemes, 2019. 
A inovação surge a partir da percepção de novas oportunidades no 
ambiente em que a empresa está inserida. Segundo a OCDE (2018), existem 
quatro tipos de inovação, que podem ser completamente novas ou trazer 
melhorias em algo existente, o que Schumpeter (1934) conceituou como 
inovação incremental. Esses tipos de inovação trazem mudanças na forma de 
trabalhar ou produzir, visando aumentar a produtividade e o desempenho. O 
Quadro 2 apresenta os quatro tipos de inovação adotados pela OCDE (2018). 
 
 
 
6 
Quadro 2 – Os quatro tipos de inovação segundo a OCDE 
Tipos de inovação Conceito 
Inovação de produto Implementação de um bem ou serviço inovador, seja 
completamente novo ou com melhorias substanciais em suas 
características e funcionalidades, incluindo aprimoramentos nas 
especificações técnicas, componentes, materiais, software ou 
outras características funcionais. 
Inovação de processo Desenvolvimento de um novo método de produção ou distribuição 
ou aprimoramento significativo de um método existente, com 
mudançasnas técnicas, tecnologia, equipamentos e/ou software. 
Inovação de marketing Modificações nos métodos de marketing que envolvem 
aprimoramentos no design do produto ou embalagem, preço, 
distribuição e promoção, que podem representar uma mudança 
significativa em relação aos métodos de marketing existentes. 
Inovação 
organizacional 
Implementação de uma nova prática de negócio, organização do 
trabalho ou relacionamento externo que busca melhorar o 
desempenho da empresa. 
Fonte: elaborado com base em Lemes, 2019. 
Depois de apresentar todos esses conceitos formais, podemos resumir de 
forma simples que inovação é observar a empresa e o produto e fazer mudanças. 
É entender que, se não houver mudança no produto, ele ficará ultrapassado. É 
ouvir o cliente e perguntar o que ele quer. É monitorar as novidades que a 
concorrência está trazendo e mudar ainda mais, prevendo tendências (Lemes, 
2019). 
Nesse sentido, inovar é fazer as mudanças necessárias para que a 
empresa aumente seus lucros. Ainda, é tornar essa prática um hábito para todos 
os funcionários, para que possam trazer suas ideias e que elas sejam ouvidas e 
avaliadas pelo empresário e colocadas em prática quando viáveis. E não se trata 
apenas de produto ou serviço, a inovação pode ocorrer nos processos utilizados, 
na forma de fazer as coisas e até na descoberta de novos mercados até então 
não explorados. Às vezes, um pequeno investimento no produto ou serviço abre 
novos e promissores mercados que geram maior valor para a empresa (Lemes, 
2019). 
Dessa forma, o processo de inovação é amplo e tem sempre como 
objetivo introduzir algo novo que aumente a lucratividade e fortaleça a atuação 
no mercado. A Figura 2 abaixo ilustra essa perspectiva. 
 
 
 
7 
Figura 2 – Objetivos do processo inovador 
 
Fonte: elaborado com base em Lemes, 2019. 
1.2 Gestão da inovação 
A gestão da inovação é um conjunto de práticas gerenciais que guiam 
todo o processo inovador. Em primeiro lugar, é importante estabelecer uma 
cultura inovadora na empresa, eliminando barreiras e renovando práticas e 
hábitos. Inovar sem a devida gestão pode representar um grande risco, por isso, 
é necessário planejamento, controle e avaliação dos resultados. A gestão deve 
ser ampla e envolver tanto as atividades estratégicas como as operacionais da 
empresa, com todos os colaboradores alinhados para atender às necessidades 
do mercado (Lemes, 2019). 
As empresas, especialmente as micro e pequenas empresas (MPEs), 
estão buscando inovação para se destacarem e se manterem no mercado. Para 
alcançar esse objetivo, é fundamental adotar uma nova cultura organizacional, 
Objetivos do 
processo Inovador
Alcançar novos 
mercados
Fortalecer a marca
Estimular a 
competitividade
Fidelizar clientes
Reduzir custos
Aumentar lucros
Agregar valor
Crescer
 
 
8 
que envolva ferramentas capazes de proporcionar uma visão ampliada e 
sistêmica do negócio, como a análise SWOT e de mercado (Lemes, 2019). 
A adoção de uma gestão inovadora pode contribuir para a integração e o 
controle eficiente dos recursos, gerando benefícios em termos de qualidade e 
produtividade. Nas MPEs, o lema da inovação deve ser “fazer mais com menos 
e melhor”, pois o aumento dos lucros virá como consequência do valor agregado 
ao negócio (Lemes, 2019). 
É importante lembrar que uma inovação só pode ser caracterizada como 
tal se gerar valor para a empresa e satisfação para os clientes, atendendo às 
suas expectativas de custo-benefício (Lemes, 2019). 
1.3 O processo de inovação 
Uma empresa inovadora é aquela que consegue implementar com 
sucesso um processo formal de inovação e escolher o momento adequado para 
fazê-lo, o que não é uma tarefa fácil. Decidir o momento certo para introduzir 
uma inovação em um produto ou serviço é uma escolha difícil e arriscada, que 
envolve riscos internos e externos. 
Para implementar inovações de sucesso em uma empresa, é crucial 
realizar uma análise minuciosa tanto do ambiente externo quanto interno, com 
atenção às tendências do mercado e às capacidades da empresa, inclusive em 
termos financeiros. É fundamental compreender que a implementação de uma 
inovação demanda mudanças significativas, investimentos em capacitação e 
motivação dos colaboradores, além de recursos financeiros (Lemes, 2019). 
Geralmente, nas micro e pequenas empresas, os processos de inovação 
são conduzidos informalmente e sem um planejamento adequado, o que pode 
gerar diversas dificuldades para o sucesso da inovação introduzida. As MPEs 
enfrentam obstáculos como a falta de conhecimento sobre o mercado em que 
atuam, a falta de acompanhamento das mudanças tecnológicas do setor, a falta 
de conhecimento sobre entidades de apoio para gestão e financiamento, a 
escassez de recursos financeiros, capacitação e qualificação do pessoal, a 
aquisição de novas máquinas ou equipamentos e o estabelecimento de 
parcerias estratégicas para inovação (Lemes, 2019). 
O modelo mais difundido para implantar um processo de inovação é o 
modelo de Tidd e Bessant (2015), que apresenta um plano de metas, objetivos 
e etapas bem definidas e pode ser utilizado por qualquer empresa, seja na 
 
 
9 
produção de bens ou na prestação de serviços, conforme demonstrado no 
Quadro 3 (Lemes, 2019). 
Quadro 3 – Processo de inovação: plano de metas, objetivos e etapas 
Etapa Descrição 
Buscar É importante estar atento aos indicadores do mercado que possam 
sinalizar mudanças que afetem a empresa, seja para explorar 
novas oportunidades ou para se preparar diante de pressões 
políticas ou da concorrência. 
Selecionar Selecionar as oportunidades tecnológicas e/ou mercadológicas 
que melhor se alinhem às estratégias, conhecimento, capacidade 
e recursos da empresa. 
Implementar Realizar a implementação das escolhas (ideias) selecionadas que 
levarão ao desenvolvimento e lançamento de um novo produto ou 
à adoção de um novo processo ou modelo de negócio. 
Aprender e “reinovar” Rever minuciosamente todo o processo de inovação, a fim de 
identificar e aprender com os erros cometidos, de modo a orientar 
as decisões futuras. A “reinovação”, nesse caso, tem como ponto 
de partida o sucesso anterior, permitindo que alguns erros 
conhecidos possam ser evitados e o processo seja aprimorado a 
cada nova inovação adotada. 
Fonte: elaborado com base em Tidd; Bessant, 2015. 
De acordo com o modelo proposto por Tidd e Bessant (2015), existem 
dois modos complementares para introduzir a inovação. Primeiro, “fazer o que 
sabemos, mas melhor” e, segundo, “fazer diferente”. 
O processo de inovação é influenciado pelo tamanho da empresa. As 
micro e pequenas empresas, por exemplo, geralmente apresentam maior 
flexibilidade e agilidade, além de tomarem decisões por meio de uma ou poucas 
pessoas. No entanto, podem enfrentar dificuldades para financiar a inovação, o 
que torna a inovação incremental mais adequada para essas empresas. Essa 
modalidade permite que a inovação seja introduzida em etapas, possibilitando 
melhorias graduais nos produtos ou serviços, sem ultrapassar a capacidade e 
os recursos disponíveis (Lemes, 2019). 
É importante destacar que essa recomendação não é aplicável às 
startups, que buscam inovações radicais ou disruptivas para oferecer soluções 
inovadoras ou altamente específicas (Lemes, 2019). 
Na sequência, vamos estudar o Design Thinking (DT) como um modelo 
mental amplamente utilizado para fomentar a inovação. Esse modelo tem como 
objetivo impulsionar o sucesso de empresas e organizações em um cenário cada 
vez mais complexo e competitivo, promovendo a criação de soluções inovadoras 
para os desafios contemporâneos. 
 
 
10 
TEMA 2 – DESIGN THINKING (DT): UM MODELO MENTAL A SERVIÇO DA 
INOVAÇÃO 
Não há uma tradução exata do termo Design Thinking (DT) para a língua 
portuguesa, uma vez que a sua tradução literal “pensar como um design” não 
captura totalmente o seu significado real. Por isso,a utilização do termo em 
inglês parece ser mais adequada (Lemes, 2019). 
Tim Brown, um dos idealizadores da abordagem, define o Design Thinking 
como uma disciplina que emprega a sensibilidade e os métodos dos designers 
para atender às necessidades das pessoas com soluções tecnicamente viáveis. 
Além disso, ele emprega estratégias de negócios viáveis para converter essas 
soluções em valor para o cliente e oportunidades de mercado (Brown, 2018). 
O objetivo do Design Thinking é encontrar soluções inovadoras para os 
problemas das pessoas, concentrando-se em suas reais necessidades. Isso é 
alcançado por meio do compartilhamento de conhecimentos, trabalho em equipe 
e materialização de pensamentos e processos, utilizando ferramentas gráficas 
como o modelo Canvas e Mapas Mentais (Lemes, 2019). 
Como o Design Thinking é uma abordagem colaborativa centrada nas 
pessoas, muitas empresas tiveram sucesso em seus projetos ao adotá-la. Para 
formalizar uma estrutura de aplicação do processo do DT, foram criados três 
fluxos principais: compreender, explorar e materializar. Esses fluxos comportam, 
juntos, seis fases ou etapas, incluindo compreensão, definição, geração de 
ideias, prototipagem, teste e implementação. A Figura 3 representa a estrutura 
do processo do Design Thinking (Lemes, 2019). 
 
 
 
11 
Figura 3 – Etapas do Design Thinking 
 
Fonte: elaborado com base em Kumar, 2013. 
A abordagem do Design Thinking permite que, em qualquer fase do 
processo, seja possível voltar às fases anteriores e reiniciar o processo com 
melhorias introduzidas. Por exemplo, durante a fase de teste do protótipo, pode 
ser necessário voltar a uma fase anterior para ajustar alguma hipótese falha. O 
significado detalhado de cada etapa é apresentado no Quadro 4 (Lemes, 2019). 
Quadro 4 – Detalhamento das etapas do Design Thinking 
Etapa Descrição 
Compreender Como o Design Thinking é centrado nas pessoas, o processo 
começa com a observação e compreensão de suas necessidades. 
Durante essa fase, busca-se conhecer seus pensamentos, 
sentimentos, ações e desejos. O objetivo é compreender as 
pessoas para as quais as soluções serão propostas e entender 
como elas lidam com o problema. 
Definir As informações coletadas na fase anterior são consolidadas e 
analisadas para identificar as necessidades. Com base nisso, 
começa-se a busca por soluções inovadoras. O objetivo dessa 
etapa é definir clara e objetivamente o problema e identificar os 
motivos que deram origem às necessidades. 
Idealizar Depois de identificar o problema e suas motivações, começa-se a 
fase de busca compartilhada e coletiva por soluções. Nessa fase, 
ocorre o brainstorming (tempestade de ideias), em que o maior 
número possível de pessoas interessadas na solução se reúnem 
para propor ideias livremente. Todas as ideias são anotadas, pois 
muitas vezes a solução vem da combinação de várias delas. O 
objetivo é identificar soluções criativas para resolver o problema e, 
com isso, introduzir inovações no processo. 
Prototipar Nesta fase ocorre a materialização da(s) ideia(s) escolhida(s). 
Pode-se construir um protótipo simulado através de desenhos, 
maquetes ou uma versão inicial do produto para iniciar o processo 
de prototipagem do DT. Embora o protótipo possa ser imperfeito 
 
 
 
 
Compreender Definir Idear Prototipar Testar Implementar
Compreender Explorar Materializar
 
 
12 
ou incompleto, ele permite testar as primeiras hipóteses, introduzir 
melhorias necessárias e, se necessário, descartar a solução 
proposta. 
Testar Depois de construir o protótipo e avaliar as primeiras impressões, 
chega o momento de testar a ideia (ou solução) na prática. É 
importante realizar testes com as pessoas que apresentaram o 
problema a ser resolvido. Com base nos comentários e sugestões 
desses participantes (feedback), é necessário avaliar novamente 
se as soluções propostas são válidas ou não. Se for identificado 
que não são eficazes, é necessário reiniciar o ciclo a partir das 
fases anteriores. 
Implementar A fase de teste e validação da solução proposta é essencial para 
garantir que o produto ou serviço esteja pronto para ser lançado no 
mercado. No entanto, essa fase não deve ser vista como o fim do 
processo, mas sim como mais uma etapa na busca pela evolução 
da ideia. A qualquer momento, com base no acompanhamento do 
desempenho e nas críticas dos vários envolvidos, como a equipe 
do projeto, clientes, fornecedores e outros colaboradores, é 
possível retomar qualquer uma das fases do DT e introduzir 
melhorias, tornando essa etapa um processo compartilhado de 
desenvolvimento contínuo e incremental. 
Fonte: elaborado com base em Kumar, 2013. 
Ao descrever as etapas do Design Thinking, torna-se mais claro seu 
caráter inovador, que se fundamenta na mudança do relacionamento com o 
cliente e na empatia ao se colocar no lugar do outro para entender melhor sua 
visão de mundo. Ao se concentrar nas pessoas e em suas necessidades, 
soluções inovadoras podem ser oferecidas de acordo com suas expectativas. 
Além disso, todo o processo traz benefícios para a empresa ao conquistar uma 
vantagem competitiva significativa. 
As micro e pequenas empresas podem e devem aplicar a abordagem do 
DT, uma vez que a inovação é um fator crucial para a sobrevivência no mercado 
altamente competitivo de hoje. Oferecer mais do mesmo não é mais suficiente 
para garantir a continuidade dos negócios, é preciso inovar (Lemes, 2019). 
Segundo Lemes (2019), o DT apresenta as seguintes vantagens: 
• Baixo investimento necessário: o DT é um processo colaborativo entre 
pessoas com diferentes formações, pontos de vista e perspectivas, que 
trabalham em equipe para encontrar soluções inovadoras. 
• Possibilidade de aprendizagem na prática: a experimentação permite 
aprender com os erros e reiniciar o processo introduzindo melhorias até 
conseguir o produto desejado pelos envolvidos no processo, dentro da 
capacidade técnica da empresa e da viabilidade do negócio. 
 
 
13 
• A participação de clientes e outros parceiros na geração de ideias para 
encontrar a solução para o problema, tudo isso amparado pelos 
feedbacks obtidos nas diferentes fases do processo. 
Na sequência, vamos compreender a importância da sustentabilidade no 
processo de inovação. A sustentabilidade é um tema cada vez mais relevante na 
sociedade atual, e isso se reflete também no mundo dos negócios e da inovação. 
A busca por soluções sustentáveis não é apenas uma questão ética e moral, 
mas também uma necessidade para a sobrevivência das empresas no longo 
prazo. 
TEMA 3 – INOVAÇÃO E SUSTENTABILIDADE 
Uma empresa que busca inovação não pode se limitar a preocupações 
com o mercado, produtos e clientes em seu planejamento estratégico. É preciso 
adotar práticas eficazes que levem consideração não apenas a viabilidade 
financeira, mas também o impacto da empresa na sociedade e no meio ambiente 
(Lemes, 2019). De acordo com a Organização Não Governamental Brasileira, 
chamada World Wide Fund for Nature, esse desenvolvimento sustentável é 
definido como a capacidade de suprir as necessidades da geração atual sem 
comprometer a capacidade de atender às necessidades das futuras gerações, 
levando em consideração a preservação dos recursos naturais para o futuro 
(WWF, 2015). 
Para alcançar a sustentabilidade, é fundamental reconhecer que os 
recursos naturais são finitos e que muitos deles estão em situação crítica, como 
o uso da água e a poluição de mares e rios. Para promover a sustentabilidade, 
é preciso reduzir a exploração dos recursos não renováveis e incentivar a adoção 
de substitutos renováveis, além de respeitar o tempo de regeneração próprio de 
cada tipo de recurso renovável. As emissões de resíduos poluentes também 
devem ser reduzidas ao máximo, para que não ultrapassem a capacidade de 
regeneração ou absorção pelos ecossistemas (Lemes, 2019). 
O desenvolvimento sustentável é um tema que tem sidocada vez mais 
discutido e regulado por leis, visando equilibrar o uso dos recursos ambientais 
com o necessário desenvolvimento econômico. Isso implica em adotar uma nova 
postura inovadora na utilização dos recursos, que promova o crescimento 
 
 
14 
econômico do negócio e a redução do impacto ao meio ambiente, sem deixar de 
gerar lucros (Lemes, 2019). 
Nesse sentido, a inovação deve considerar os impactos sociais e 
ambientais, como por exemplo incluir representantes da comunidade, escolas, 
universidades e organizações governamentais ou não governamentais ligadas 
ao meio ambiente na fase de geração e seleção de ideias, aproveitando o 
conceito de Design Thinking. Com essas práticas, a empresa poderá contribuir 
para a economia de sua localidade e ter sua marca valorizada como 
ecologicamente correta (Lemes, 2019). 
3.1 Contribuição das pequenas empresas com a sustentabilidade 
As pequenas empresas podem praticar a sustentabilidade ambiental por 
meio de ações simples, como a separação de resíduos recicláveis, o 
reaproveitamento de água, a reutilização de rejeitos e a parceria com empresas 
de reciclagem. Além disso, elas podem conscientizar os funcionários sobre a 
economia de água e energia elétrica, não só para reduzir custos, mas também 
para beneficiar o meio ambiente (Lemes, 2019). 
Micro e pequenas empresas podem adotar essas ações sem gastar muito, 
criando uma cultura de cuidado com o meio ambiente e a sociedade. No que se 
refere à responsabilidade social, é importante seguir normas de higiene e 
segurança do trabalho, cuidar da saúde dos funcionários e cumprir os horários e 
tempos de descanso previstos em lei (Lemes, 2019). 
Os três pilares da sustentabilidade empresarial — econômico, social e 
ambiental — podem ser visualizados na Figura 4 para melhor compreensão do 
seu conceito. 
 
 
 
15 
Figura 4 – Os três pilares da sustentabilidade empresarial 
 
Fonte: elaborado com base em Lemes, 2019. 
Crédito: anntavi/Shutterstock; elenabsl/Shutterstock; Anson_/Shutterstock. 
3.2 Motivos para as MPEs se tornarem sustentáveis 
A conscientização da sociedade em geral e dos consumidores em 
particular sobre questões ambientais tem aumentado. Empresas no Brasil e em 
todo o mundo entenderam que a sustentabilidade se tornou uma questão 
estratégica e pode impactar seus negócios no curto, médio e longo prazo 
(Lemes, 2019). 
O crescente interesse do consumidor em práticas sustentáveis tem feito 
as empresas mudarem sua postura em relação ao tema, não apenas em suas 
falas, mas em suas práticas, adotando métodos de produção que preservam o 
meio ambiente e respeitam seus funcionários e as comunidades em que operam. 
As empresas que lideram esse movimento estão aproveitando a 
oportunidade para fortalecer suas marcas, associando-as ao rótulo de empresas 
sustentáveis, que adotam boas práticas em relação à natureza e à sociedade. 
Isso resulta em vantagem competitiva e compensa os custos da mudança 
(Lemes, 2019). 
O Gráfico 1 apresenta os resultados de uma pesquisa de mercado 
realizada pela Opinion Box em 2019, que mostra dados sobre a percepção dos 
Su
st
en
ta
bi
lid
ad
e 
Ec
on
ôm
ic
a •Expansão de mercado 
como estratégia de 
negócio.
• Benefício competitivo.
• Reputação da empresa no 
mercado.
• Práticas inovadoras.
• Oportunidades de 
negócio.
• Opções de financiamento.
• Redução de custos.
• Excelência e 
sustentabilidade nos 
negócios. Su
st
en
ta
bi
lid
ad
e 
So
ci
al •Cuidado com o funcionário (Saúde e 
Segurança do Trabalho).
•Respeito às leis 
trabalhistas.
•Fornecer um ambiente de 
trabalho respeitoso para o 
indivíduo.
•Eliminar práticas 
discriminatórias de 
qualquer tipo.
•Participação em projetos 
sociais na comunidade.
•Ouvir a comunidade em 
relação aos seus produtos 
ou serviços e buscar 
melhorias.
Su
st
en
ta
bi
ld
ia
de
 A
m
bi
en
ta
l •Aproveitar ao máximo 
insumos de fontes 
renováveis.
• Destinar adequadamente 
os rejeitos gerados.
• Adotar tecnologias limpas.
• Diminuir o desperdício e a 
produção de lixo.
• Reutilizar: não descartar o 
que não é lixo. Usar para 
outros fins (vender, doar).
• Reciclar: transformar 
materiais usados em 
matéria-prima.
• Produzir com menor gasto 
de energia.
• Reduzir as emissões de 
poluentes.
 
 
16 
consumidores brasileiros em relação à sustentabilidade e ao engajamento social 
das empresas. 
Gráfico 1 – Percepção dos brasileiros sobre a sustentabilidade e o engajamento 
social nas empresas 
 
Fonte: elaborado com base em Opinion Box, 2019. 
TEMA 4 – INCENTIVOS À INOVAÇÃO NO BRASIL 
No Brasil, existem medidas de incentivo à inovação, como a criação de 
fundos e a promulgação de leis. A Lei n. 10.973, de 2 de dezembro de 2004, 
conhecida como Lei da Inovação, é uma dessas leis que estabelece políticas e 
medidas para estimular a pesquisa científica e tecnológica no ambiente 
produtivo, visando aprimorar a capacitação tecnológica, alcançar a autonomia 
tecnológica e promover o desenvolvimento do sistema produtivo do país em nível 
nacional e regional (Lemes, 2019). 
Essa lei é estruturada em três eixos: estabelecimento de parcerias entre 
empresas e universidades e institutos tecnológicos para criar um ambiente 
propício à inovação, incentivo à participação dos Institutos de Ciência e 
Tecnologia no processo de inovação e estímulo direto à inovação nas empresas 
(Lemes, 2019). 
33%
53%
9%
55%
15%
58%
52%
50%
7%
Se preocupam muito com práticas
sustentáveis quando compram um produto
Se preocupam pelo menos um pouco
Não se preocupam com a sustentabilidade
Sempre ou com frequência preferem marcas
reconhecidas por cuidar do meio ambiente
Nunca ou raramente escolhem a marca pelo
cuidado da empresa com o meio ambiente
Deixariam de comprar uma marca se ela
estiver envolvida com trabalho escravo
Deixariam de comprar produtos de empresa
que polua o meio ambiente
Deixariam de comprar produtos de empresa
envolvida em escândalos de corrupção
Nenhum dos fatores listados faria o
entrevistado desistir da compra.
 
 
17 
O Decreto n. 9.283, de 02 de fevereiro de 2018, regulamenta a Lei da 
Inovação e estabelece medidas de incentivo à inovação e à pesquisa científica 
e tecnológica. De acordo com o Decreto, a Administração Pública (incluindo suas 
agências reguladoras e as de fomento) pode encorajar o desenvolvimento de 
projetos de colaboração entre empresas, Instituições Científicas, Tecnológicas e 
de Inovação (ICT) e entidades privadas sem fins lucrativos, com foco na criação 
de produtos, processos e serviços inovadores, bem como na transferência e 
disseminação de tecnologia (Lemes, 2019). 
A Lei do Bem (Lei n. 11.196/2005) estabelece incentivos fiscais à inovação 
para empresas que realizem pesquisa e desenvolvimento de inovação 
tecnológica. Para ter acesso a esses incentivos fiscais, os projetos de inovação 
tecnológica devem se enquadrar no seguinte conceito, estabelecido pela 
legislação brasileira: “concepção de novo produto ou processo de fabricação, 
bem como a agregação de novas funcionalidades ou características ao produto 
ou processo que implique melhorias incrementais e efetivo ganho de qualidade 
ou produtividade, resultando maior competitividade no mercado” (Lemes, 2019). 
Outros requisitos são necessários para acessar os incentivos fiscais da 
Lei do Bem. As empresas devem: estar no regime de Lucro Real; ter lucro fiscal 
no ano-base; ter regularidade fiscal em relação à quitação de tributos federais e 
outros créditos inscritos na Dívida Ativa da União (emitindo CND ou CPD-EN); 
investir em Pesquisa e Desenvolvimento (P&D); e, registrar seus projetos de 
inovação no Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT) (Lemes, 2019). 
Uma vez obtidos os créditos tributários, eles devem ser utilizados dentro 
do ano-calendário e não podem ser utilizados posteriormente a este prazo. 
Também é definido o conceito de pesquisa tecnológica e desenvolvimento de 
inovação tecnológica,de acordo com as atividades elencadas a seguir. 
A Lei do Bem traz benefícios fiscais para empresas que realizam pesquisa 
e desenvolvimento tecnológico, incluindo deduções de despesas, redução de 
impostos, depreciação integral e amortização acelerada. Para ter acesso a esses 
benefícios, a empresa precisa atender a pré-requisitos, como estar no regime de 
Lucro Real, ter regularidade fiscal, investir em P&D e cadastrar projetos de 
inovação no MCT. Além disso, existem outras formas de financiamento e 
fomento à inovação, como BNDES e FINEP (Lemes, 2019). 
 
 
 
18 
4.1 Inovação como estratégia de crescimento 
A inovação é um dos principais impulsionadores do crescimento de uma 
empresa. Empresas inovadoras costumam superar seus concorrentes e 
permanecer no mercado por mais tempo. O grande risco de não inovar é que o 
produto se torne obsoleto e o risco de não crescer é ficar estagnado (Lemes, 
2019). 
No caso das MPEs, muitas delas ainda não perceberam a importância da 
inovação para a sua sobrevivência. Mesmo que percebam, muitas vezes não 
possuem conhecimento e recursos para implementá-la. Por isso, é importante 
que haja políticas de financiamento e organismos de apoio técnico, conforme 
mencionado anteriormente (Lemes, 2019). 
Para crescer de forma sustentável, é preciso se preparar, traçar planos, 
detalhar estratégias e objetivos a serem alcançados, além de quantificar os 
recursos necessários, de onde eles virão e qual será o custo. Em resumo, é 
necessário fazer um planejamento estratégico para o crescimento. É preciso 
olhar para dentro da empresa, examinar as alternativas de crescimento, buscar 
novos mercados ou investir em aumentar a participação no mercado atual, 
investir em novos produtos ou aumentar as vendas dos produtos atuais (Lemes, 
2019). 
Ferramentas de análise como a matriz SWOT e as forças competitivas de 
Porter são bastante úteis. Além disso, há outra ferramenta que tem sido utilizada 
há muitos anos e ainda é muito útil para auxiliar nas decisões de crescimento da 
empresa: a matriz de crescimento Produto-Mercado, conhecida como matriz 
Ansoff, nome do seu idealizador (Lemes, 2019). 
A matriz Ansoff define quatro estratégias de crescimento empresarial, 
cada uma com seu próprio grau de investimento, retorno e risco (Lemes, 2019). 
• Penetração de mercado: consiste em aumentar as vendas de produtos ou 
serviços existentes nos mercados onde a empresa atua. Isso pode ser 
alcançado por meio de técnicas de fidelização, liquidações e promoções, 
por exemplo, com o objetivo de reduzir custos e aumentar o volume de 
vendas. 
• Desenvolvimento de produtos: envolve a criação de novos produtos ou 
serviços em mercados já existentes. Essa estratégia exige inovação e 
 
 
19 
melhorias tecnológicas para introduzir novos conceitos, como a 
introdução de versões light ou diet em linhas de iogurte e refrigerantes. 
• Desenvolvimento ou ampliação de mercado: refere-se à venda de 
produtos ou serviços existentes em novos mercados, que podem ser 
geográficos — vendas para outros estados, cidades ou países — ou por 
meio da introdução de novas utilizações para um produto já existente para 
ampliar o público-alvo, como focar as vendas em novas faixas etárias, 
sexo ou condições financeiras diferentes. 
• Diversificação: é a criação de novos produtos para novos mercados e 
representa a estratégia mais arriscada e inovadora, pois a empresa está 
introduzindo um produto completamente novo em um mercado 
desconhecido. Startups costumam atuar nessa área, buscando novas 
oportunidades de negócios. 
A representação gráfica para avaliar a estratégia mais adequada da matriz 
Ansoff é ilustrada na Figura 5. 
Figura 5 – Matriz Ansoff 
 Produtos 
Existentes Novos 
M
er
ca
do
s 
Ex
is
te
nt
es
 
Penetração de Mercado 
Risco Baixo 
Desenvolvimento de Produtos 
Risco Médio 
N
ov
os
 Desenvolvimento de Mercado 
Risco Médio 
Diversificação 
Risco Alto 
 
 
Fonte: elaborado com base em Ansoff, 1979. 
É fundamental compreender que as empresas precisam constantemente 
buscar o aumento de sua participação no mercado. Em setores estagnados com 
produtos pouco diferenciados, a competição por preço é intensa, o que pode 
prejudicar os resultados e reduzir a lucratividade (Lemes, 2019). 
A compreensão do valor da inovação como estratégia de crescimento é 
simples: a introdução de diferenciais competitivos no produto e a redução de 
Aum
ento 
Aumento do risco 
 
 
20 
custos por meio de inovações no processo produtivo geram aumento da 
lucratividade da empresa (Lemes, 2019). 
No entanto, inovar não é uma tarefa fácil, pois requer investimentos em 
pesquisa e desenvolvimento, o que muitas vezes não é viável para empresas de 
pequeno porte. É necessário criar um ambiente propício à mudança e focado na 
observação e aprendizado, capaz de promover as transformações necessárias 
para tornar a empresa mais competitiva (Lemes, 2019). 
TEMA 5 – OPORTUNIDADE E TECNOLOGIA 
Se as empresas não procurarem adquirir conhecimentos e investir em 
tecnologia, a sua sobrevivência será cada vez mais difícil. O mercado está se 
transformando em um ambiente digital, o que traz novas oportunidades para as 
empresas que se antecipam e as aproveitam (Lemes, 2019). 
O Sebrae (2013) destaca a importância de um planejamento estratégico 
para identificar os objetivos de adotar a tecnologia digital. Sem um objetivo claro, 
o resultado pode ser o oposto do desejado e afastar os clientes que a empresa 
possui. Isso acontece porque no ambiente digital as empresas estão expostas a 
críticas e o feedback é imediato. 
No entanto, muitas das facilidades tecnológicas estão relacionadas à 
Internet, que é acessível a todos que querem utilizá-la para melhorar o marketing 
da empresa e qualificar pessoas e processos. Ainda, há muitas outras 
oportunidades nas redes sociais, blogs de tecnologia, entidades de apoio ao 
empreendedorismo e consultorias. Com tantas possibilidades para os negócios, 
os custos de implantação são baixos e se pagam em pouco tempo (Lemes, 
2019). 
A internet trouxe muitas novas tecnologias que podem ampliar os 
mercados e as vendas de empresas de todos os tamanhos. Para aquelas que 
ainda têm dúvidas, a recomendação é começar a pensar no assunto, pois a 
busca pelo cliente está cada vez mais ligada ao mundo virtual (Lemes, 2019). 
Conforme Lemes (2019), as ferramentas mais populares, que podem ser 
um primeiro contato para a empresa aprofundar de acordo com seus interesses 
e disponibilidade, compreendem: vendas on-line, marketing de redes sociais, 
marketing de conteúdo em blog, computação em nuvem ou cloud computing, 
Internet das Coisas (IoT) e Big Data. 
 
 
21 
Entretanto, há outras tecnologias mais avançadas e com custos variados 
que são utilizadas em áreas como gestão financeira, recursos humanos, gestão 
de estoques, controle de qualidade, logística, automação de produção, 
impressão 3D, drones, entre outras (Lemes, 2019). 
TROCANDO IDEIAS 
É possível praticar a sustentabilidade ambiental em pequenas empresas 
por meio de ações simples, como a separação de resíduos recicláveis e a 
reutilização de água e rejeitos. Sendo assim, qual é o papel das pequenas 
empresas na promoção da sustentabilidade ambiental? Além das ações 
mencionadas, quais outras iniciativas as pequenas empresas podem adotar para 
minimizar seu impacto no meio ambiente? Como a adoção de práticas 
sustentáveis pode contribuir para a imagem e reputação da empresa perante 
seus clientes e stakeholders? 
As pequenas empresas têm um papel fundamental na promoção da 
sustentabilidade ambiental, uma vez que, juntas, representam uma parcela 
significativa da economia e podem ter um grande impacto positivo no meio 
ambiente por meio de suas práticas diárias. Além das ações mencionadas na 
afirmação, as pequenas empresas podem adotar outras iniciativas, como a 
utilização de materiais reciclados em seus produtos,a redução do consumo de 
água e energia elétrica por meio da adoção de tecnologias mais eficientes e a 
eliminação de produtos químicos nocivos em suas atividades. 
A adoção de práticas sustentáveis pode contribuir para a imagem e 
reputação da empresa perante seus clientes e stakeholders, uma vez que 
demonstra compromisso com a responsabilidade social e ambiental. Além disso, 
pode gerar economias significativas a longo prazo, tanto em termos financeiros 
quanto de recursos naturais, contribuindo para a viabilidade e sustentabilidade 
do negócio a longo prazo. 
NA PRÁTICA 
Agora que conhecemos um pouco sobre algumas questões relacionadas 
à inovação e à sustentabilidade, que tal exercitarmos os conhecimentos 
adquiridos? 
 
 
 
22 
• Questão 1: Tipos de inovação. 
A inovação pode ter impacto em todos os processos de uma empresa, 
porém o quanto ela irá influenciar depende do nível de transformação que se 
deseja implementar (Lemes, 2019). O Manual de Oslo classifica a mudança em 
três tipos: radical, disruptiva e incremental. Qual é a definição de inovação 
segundo o Manual de Oslo (2018) e qual é um exemplo de inovação radical 
descrito nele? 
a) A definição de inovação inclui apenas aprimoramentos e otimizações de 
produtos e serviços já existentes. Um exemplo de inovação radical é a 
evolução anual dos automóveis em relação às versões dos anos 
anteriores. 
b) A definição de inovação inclui a criação de novos negócios ou expansão 
para novas indústrias. Um exemplo de inovação radical é a disponibilidade 
de serviços bancários on-line. 
c) A definição de inovação inclui apenas invenções de novos produtos e 
serviços. Um exemplo de inovação radical é a constante evolução anual 
dos automóveis em relação às versões dos anos anteriores. 
d) A definição de inovação inclui apenas alterações em processos de 
produção. Um exemplo de inovação radical é o iPhone. 
e) A definição de inovação inclui revoluções que criam algo novo ou 
satisfazem uma necessidade até então desconhecida. Um exemplo de 
inovação radical é o iPhone. 
• Questão 2: Tipos de inovação. 
A inovação tem origem na percepção de novas oportunidades no 
ambiente empresarial. De acordo com a OCDE (2018), há quatro categorias de 
inovação, que podem ser completamente novas ou introduzir melhorias: 
inovação de produto, inovação de processo, inovação de marketing e inovação 
organizacional. 
Nesse sentido, qual é a definição de inovação de processo? 
a) Implementação de um bem ou serviço inovador. 
b) Desenvolvimento de um novo método de marketing. 
c) Aprimoramentos no design do produto ou embalagem. 
 
 
23 
d) Aprimoramento nas especificações técnicas, componentes, materiais, 
software ou outras características funcionais. 
e) Implementação de uma nova prática de negócio, organização do trabalho 
ou relacionamento externo que busca melhorar o desempenho da 
empresa. 
• Questão 3: O processo de inovação. 
O modelo mais difundido para implantar um processo de inovação é o 
modelo de Tidd e Bessant (2015), que apresenta um plano com metas, objetivos 
e etapas bem definidos e pode ser utilizado por empresas de diversos setores, 
incluindo a produção de bens e a prestação de serviços. Esse processo inclui as 
etapas de busca, seleção, implementação e aprendizado, além da necessidade 
de se “reinovar” constantemente a partir dos erros cometidos. 
Sendo assim, qual é a importância de rever minuciosamente todo o 
processo de inovação, identificando e aprendendo com os erros cometidos, para 
orientar as decisões futuras? 
a) Identificar os indicadores do mercado que possam sinalizar mudanças. 
b) Selecionar as oportunidades tecnológicas e/ou mercadológicas que 
melhor se alinhem às estratégias, conhecimento, capacidade e recursos 
da empresa. 
c) Realizar a implementação das escolhas (ideias) selecionadas que levarão 
ao desenvolvimento e lançamento de um novo produto ou à adoção de 
um novo processo ou modelo de negócio. 
d) Buscar novas oportunidades no mercado e se preparar diante de 
pressões políticas ou da concorrência. 
e) Aprender com os erros cometidos, evitá-los em futuras inovações e 
aprimorar o processo de inovação a cada nova adoção. 
• Questão 4: O modelo mental do Design Thinking. 
O Design Thinking oferece a flexibilidade de revisitar as fases anteriores 
do processo e aprimorá-lo. As etapas incluem compreender as necessidades, 
definir claramente o problema, idealizar soluções criativas, prototipar, testar e 
implementar a solução. Nesse sentido, o objetivo da fase de “Definir” no Design 
Thinking consiste em: 
 
 
24 
a) Realizar testes com as pessoas que apresentaram o problema a ser 
resolvido. 
b) Identificar soluções criativas para resolver o problema e introduzir 
inovações no processo. 
c) Materializar a(s) ideia(s) escolhida(s) por meio da construção de um 
protótipo. 
d) Consolidar e analisar as informações coletadas para identificar as 
necessidades. 
e) Lançar o produto ou serviço no mercado e garantir que esteja pronto para 
uso. 
As respostas estão na seção Gabarito, após as Referências. 
FINALIZANDO 
Nesta etapa, estudamos a inovação, sustentabilidade e crescimento dos 
negócios. 
Os tópicos tratados foram: 
• Inovação: tipos, processos e gestão da inovação; 
• Design Thinking (DT): um modelo mental a serviço da inovação; 
• Inovação e sustentabilidade; 
• Incentivos à inovação no Brasil; 
• Oportunidade e tecnologia. 
Bons estudos e até a próxima! 
 
 
 
25 
REFERÊNCIAS 
ANSOFF, H. Igor. Estratégia empresarial. São Paulo: McGraw Hill. 1979 
BRASIL. Decreto n. 5.798, de 7 de junho de 2006. Disponível em: 
<https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-
2006/2006/decreto/d5798.htm>. Acesso em: 13 jun. 2023. 
_____. Decreto n. 9.283, de 7 de fevereiro de 2018. Disponível em: 
<https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-
2018/2018/decreto/d9283.htm>. Acesso em: 13 jun. 2023. 
_____. Lei n. 10.973, de 2 de dezembro de 2004. Disponível em: 
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2004/lei/l10.973.htm>. 
Acesso em: 13 jun. 2023. 
_____. Lei n. 11.196, de 21 de novembro de 2005. Disponível em: 
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2005/lei/l11196.htm>. 
Acesso em: 13 jun. 2023. 
BROWN, T. Design Thinking: uma metodologia poderosa para decretar o fim 
das velhas ideias. Rio de Janeiro: Alta Books, 2018. 
DRUCKER, P. F. Inovação e espírito empreendedor: práticas e princípios. São 
Paulo: Pioneira, 1986. 
KUMAR, V. 101 Design Methods: a structured approach for driving innovation 
in your organization. New Jersey: John Wiley & Sons, 2013. 
LEMES JR., A. B.; PISA, B. J. Administrando micro e pequenas empresas: 
empreendedorismo e gestão. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2019. 
OECD/EUROSTAT. Oslo Manual 2018: Guidelines for Collecting, Reporting and 
Using Data on Innovation, 4th Edition, The Measurement of Scientific, 
Technological and Innovation Activities, OECD Publishing, Paris/Eurostat, 
Luxembourg. Disponível em: <https://www.gov.br/mcti/pt-br/acompanhe-o-
mcti/indicadores/paginas/manuais-de-referencia>. Acesso em: 13 jun. 2023. 
OPINION BOX. Sustentabilidade: os consumidores estão preocupados com 
ações sustentáveis? Disponível em: <https://blog.opinionbox.com/pesquisa-de-
mercado-sustentabilidade>. Acesso em: 13 jun. 2023. 
 
 
26 
SCHUMPETER, J. The Theory of Economic Development: An Inquiry into 
Profits, Capital, Credit, Interest and the Business Cycle. Cambridge: Harvard 
University Press, 1934. 
SEBRAE. Pequenas empresas nas redes sociais. 2013. Disponível em: 
<https://www.sebraemg.com.br/atendimento/bibliotecadigital/documento/cartilh
a-manual-oulivro/pequenas-empresas-nas-redes-sociais>. Acesso em: 13 jun. 
2023. 
TIDD, J.; BESSANT, J. Gestão da inovação. 5. ed. Porto Alegre: Bookman, 
2015. 
WORLD WIDE FUND FOR NATURE BRASIL (WWF-BRASIL). WordWide Fund 
For Nature. Brasília, 2015. Disponível em: 
<http://www.wwf.org.br/natureza_brasileira/questoes_ambientais/desenvolvimento_sustentavel>. Acesso em: 13 jun. 2023. 
 
 
27 
GABARITO 
• Questão 1: Sobre os tipos de inovação. 
Correta: e) A definição de inovação segundo o Manual de Oslo inclui 
revoluções que criam algo novo ou satisfazem uma necessidade até então 
desconhecida. Um exemplo de inovação radical descrito no manual é o iPhone. 
De acordo com o Manual de Oslo, a definição de inovação inclui 
revoluções que criam algo novo ou satisfazem uma necessidade até então 
desconhecida, o que é descrito como inovação disruptiva. Um exemplo de 
inovação radical descrito no manual é o iPhone, que revolucionou a indústria de 
telefones móveis e criou novos valores de mercado. As demais alternativas estão 
incorretas, pois não correspondem à definição de inovação descrita no manual 
ou apresentam exemplos inadequados de inovação radical. 
• Questão 2: Tipos de inovação. 
Correta: d) Aprimoramento nas especificações técnicas, componentes, 
materiais, software ou outras características funcionais. 
Inovação de processo é o desenvolvimento de um novo método de 
produção ou distribuição, ou o aprimoramento significativo de um método já 
existente, com mudanças nas técnicas, tecnologia, equipamentos e/ou software. 
Ou seja, essa categoria de inovação está relacionada a melhorias na forma de 
produzir ou distribuir um produto ou serviço, visando aumentar a produtividade e 
o desempenho da empresa. As outras opções apresentadas na questão se 
referem às outras categorias de inovação: inovação de produto, inovação de 
marketing e inovação organizacional. 
• Questão 3: O processo de inovação. 
Correta: e) Aprender com os erros cometidos, evitá-los em futuras 
inovações e aprimorar o processo de inovação a cada nova adoção. 
A revisão minuciosa de todo o processo de inovação é fundamental para 
identificar e aprender com os erros cometidos, permitindo que esses erros sejam 
evitados em futuras inovações e o processo seja aprimorado a cada nova 
adoção. Essa “reinovação” tem como ponto de partida o sucesso anterior e visa 
orientar as decisões futuras, buscando um processo de inovação cada vez mais 
eficiente e eficaz. 
 
 
28 
• Questão 4: O modelo mental do Design Thinking. 
Correta: d) Consolidar e analisar as informações coletadas para identificar 
as necessidades. 
Na fase de “Definir” do Design Thinking, o objetivo é justamente consolidar 
e analisar as informações coletadas na fase anterior (Compreender) para 
identificar clara e objetivamente o problema e os motivos que deram origem às 
necessidades. Essa etapa é essencial para garantir que a equipe tenha uma 
compreensão precisa do problema e possa direcionar as ideias criativas da fase 
seguinte (Idealizar) para soluções relevantes e eficazes. As outras alternativas 
se referem a outras etapas do processo. 
	CONVERSA INICIAL
	CONTEXTUALIZANDO
	TEMA 1 – INOVAÇÃO: TIPOS, PROCESSOS E GESTÃO DA INOVAÇÃO
	1.1 Tipos de inovação
	1.2 Gestão da inovação
	1.3 O processo de inovação
	TEMA 2 – DESIGN THINKING (DT): UM MODELO MENTAL A SERVIÇO DA INOVAÇÃO
	TEMA 3 – INOVAÇÃO E SUSTENTABILIDADE
	3.1 Contribuição das pequenas empresas com a sustentabilidade
	3.2 Motivos para as MPEs se tornarem sustentáveis
	TEMA 4 – INCENTIVOS À INOVAÇÃO NO BRASIL
	4.1 Inovação como estratégia de crescimento
	TEMA 5 – OPORTUNIDADE E TECNOLOGIA
	TROCANDO IDEIAS
	NA PRÁTICA
	FINALIZANDO
	REFERÊNCIAS
	GABARITO

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