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5 Apostila - O fim da Guerra Fria Repercussões para Estudos de Segurança

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SEGURANÇA INTERNACIONAL
O FIM DA GUERRA FRIA: REPERCUSSÕES 
PARA OS ESTUDOS DE SEGURANÇA
- -2
Olá!
Nesta aula, compreenderemos como o fim da Guerra Fria impactou e repercutiu nos estudos de segurança. Em
especial, buscaremos caracterizar a nova ordem mundial e o papel dos Estados Unidos na mesma. Além disso,
abordaremos a contribuição teórica da Escola de Copenhague. Esta corrente teórica não só contribuiu
significativamente para os estudos de segurança, como também teve importante impacto na área de teoria das
Relações Internacionais.
Ao final desta aula, você será capaz de:
1. Dimensionar a repercussão do fim da Guerra Fria nos estudos de segurança.
2. Interpretar a expressão “Fim da História”.
3. Definir e caracterizar o Sistema unimultipolar.
4. Identificar o papel dos Estados Unidos na nova ordem mundial e sua relação com os demais Estados.
5. Avaliar a contribuição teórica da Escola de Copenhague aos estudos de segurança.
1 O fim da guerra fria
Ao tratar do na Aula 4, percebemos que este acontecimentos marcante do século XX estáfim da Guerra Fria
diretamente relacionado às questões que levaram ao colapso da URSS. Mais do que isso, trata-se do fim do
conflito que estruturou as relações internacionais por pelo menos quatro décadas e de um sistema de segurança
internacional ideológico e bipolar.
Várias são as razões, externas e internas, da crise terminal da União Soviética. Em princípios dos anos 80, a
estagnação econômica, a crise de energia e a escassez de alimentos e bens manufaturados já exigiam reformas.
Os efeitos positivos da crise do petróleo para a economia soviética, um dos principais produtores da matéria-
prima, ajudaram a URSS a pagar suas importações do Ocidente capitalista e de quebra, adiou a necessidade de
reformas.
Muitos afirmam que as “contradições” internas do chamado "Socialismo Real" foram acirradas pelas corridas
armamentista e aeroespacial e também pela burocratização e corrupção no Assim, asistema soviético.
Perestroika e a Glasnost, reformas propostas por lideres do (Partido Comunista da União Soviética), comoPCUS 
Mikail Gorbachev, não teriam sido suficientes, nem teriam acontecido a tempo de corrigir tais contradições.
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Em termos de política externa, a era Gorbachev exprime estudado na Aula 4. Oo Dilema de Segurança
sofisticado e caríssimo escudo antimísseis arquitetado pelo Pentágono e apelidado de “Guerra nas Estrelas”, em
1983, previa a construção de amplo escudo espacial, capaz de eliminar mísseis intercontinentais soviéticos.
A grande conseqüência do projeto, no entanto, foi esgotar recursos orçamentários e precipitar a crise fiscal dos
EUA e da URSS, acelerando a ruína econômica da última que tinha estruturas produtivas menos flexíveis e
defasadas.
Além disso, há quem compare os efeitos da Guerra do Afeganistão para a União Soviética aos efeitos da Guerra
do Vietnã para os Estados Unidos. Junto com os gastos das corridas armamentista e aeroespacial, o Afeganistão
piorou a crise da . Sem falar no custo do controle soviético sobre a Europa Oriental, em economia soviética
contraposição aos poucos benefícios proporcionados.
Nos anos 70, a economia soviética estava mais imune às crises internacionais. As economias do Socialismo Real –
assim como partes do Terceiro Mundo – se tornaram vítimas da crise da economia capitalista global. Aí talvez
resida um fator essencial tanto para explicar a estagnação dos anos 70 na URSS, quanto a corrida pelas reformas
urgentes da segunda metade dos anos 80, Perestroika e Glasnost.
Saiba mais
A “era” Brejnev (anos 60 e 70) revelou a “nomenklatura” (burocracia soviética) como um
grupo interesseiro que combinava incompetência e corrupção, revelando que o “Império
Soviético” operava naqueles anos de decadência, sob um sistema de patronato, nepotismo e
suborno.
Saiba mais
O dilema ocorre quando um Estado promove uma ação independente para aumentar a sua
segurança, no que acaba em face dessa ação, por tornar todos os outros Estados mais
inseguros. Nisto, aqueles Estados que se sentem ameaçados podem vir a aumentar a sua força,
para proteger-se do primeiro. O resultado dessas ações é que os esforços independentes de
cada um para aumentar a própria força e segurança tornam a todos os envolvidos, mais
inseguros.
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Gorbachev ainda ensaiou o que chamou de doutrina da “suficiência”, ou seja, em vez de tentar fabricar o máximo
possível de armas nucleares, manteria um número mínimo de proteção.
A política externa soviética passa a se basear, portanto, em conceitos que os construtivistas enfatizam como o
conceito de segurança comum. Nele, o dilema de segurança clássico é resolvido com a cooperação para
proporcionar segurança.
Gorbachev e as pessoas que o cercavam disseram que em um mundo de interdependência cada vez maior, a
segurança era um jogo de resultado diferente de zero, e todos poderiam beneficiar-se pela cooperação.
A existência da ameaça nuclear significava que todos poderiam morrer juntos, se a competição saísse do
controle.
Após a queda do Muro de Berlim, em 1989, e a consequente reunificação alemã, o início dos anos 90 foi marcado
por acordos de desarmamento nuclear e a dissolução do COMECON e do Pacto de Varsóvia, em 1991. Ao mesmo
tempo, a OTAN tinha seus objetivos A figura carismática de Gorbatchev conquistara o Ocidente redirecionados.
e a aproximação das superpotências era uma realidade. Em agosto de 1991, contudo, a linha mais conservadora
de dirigentes soviéticos afastou Gorbatchev do poder, num golpe que visava reverter o processo de abertura.
Boris Yeltsin, presidente da Rússia, principal república soviética, liderou uma greve geral de protesto, cuja
adesão civil e militar derrotou os .golpistas
Ieltsin se transformou no principal líder político soviético, sobrepondo-se mesmo a Gorbatchev, que acusado de
ligações com os golpistas, renuncia ao cargo de secretário-geral do PUCS e dissolve o partido, ficando apenas
com o enfraquecido cargo de presidente do URSS.
A instabilidade política na URSS foi acompanhada de manifestações nacionalistas e declarações unilaterais de
independência das Repúblicas Bálticas (Estônia, Lituânia e Letônia). A partir daí, as concessões soviéticas, como
o reconhecimento da soberania desses Estados, apenas comprometeu ainda mais sua situação.
O golpe final acontece em dezembro de 1991, quando a Rússia juntamente com a Verânia e Belarus assinaram o 
(Minsk é a capital de Belarus) proclamando o e a criação daAcordo de Minsk fim da União Soviética
Saiba mais
Com o fim do confronto Leste-Oeste, a OTAN e o Pacto de Varsóvia perderam terreno para as
estratégias de defesa nacionais. A OTAN, porém, manteve sua capacidade operacional, como
ficou claro nos Bálcãs, durante a guerra étnica no antigo território iugoslavo. Além disso, a
Organização deixa de ser regional e passa a ter atuação mundial.
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Comunidade dos Estados Independentes (CEI) que, pouco depois, obteve a adesão de outras ex-repúblicas
soviéticas.
Você já deve ter concluído, portanto, que a extinção da URSS, somada às transformações político-econômicas nos
países socialistas no Leste Europeu e à reunificação da Alemanha, pôs fim a Guerra Fria e a Bipolarização.
A Nova Ordem Mundial surgia descrita na literatura especializada como um sistema caracterizado por uma
unimultipolaridade estratégica, onde vários passaram a reger coletivamente os negóciosgrandes atores
internacionais.
Pode parecer estranho falar em unimultipolaridade, mas, na verdade, faz muito sentido. Afinal, com o fim da
bipolaridade os Estados Unidos aparecem como a potência "vencedora" da Guerra Fria e assumem o papel da
grande potência mundial. Expressão desse sentimento vitorioso é o livro de Francis Fukuyama, “O fim da
 publicado em 1992.história e o último homem”,
O autor já havia escrito um artigo em 1989 com o título “O Fim da História”.
Fukuyama, neoconservador e um dos ideólogos do governo Reagan, manipula idéias de Platão, Hegel e Nietzsche,
para elaborara base filosófica de sua tese - a democracia liberal é o coroamento da história da humanidade a
despeito das desigualdades sociais entre os homens e as nações.
Segundo sua teoria, o mundo pós Guerra Fria estaria dividido entre os países capitalistas avançados e os demais
países que ainda não atingiram esse estágio e que constituem uma ameaça aos primeiros. Ora, se a "barbárie"
ameaça a "civilização", então está criada a justificativa para o uso da força por este último, para se defender
legitimamente do primeiro.
Diz que a produção de petróleo continua concentrada nos países “bárbaros” e por ser um recurso estratégico,
estariam justificados novos conflitos como a intervenção no Golfo Pérsico.
Note que Fukuyama escreveu o artigo que deu origem ao livro em 1989 e a Guerra do Golfo ocorreu em 1991, ou
seja, suas idéias estavam ajudando a moldar a política externa norte-americana e o próprio sistema de segurança
internacional.
Fique ligado
O G-8, consórcio informal composto por EUA, Japão, Alemanha, França, Itália, Grã-Bretanha,
Canadá e Rússia (esta última, a partir de 1992), pode ser considerado um grande ator.
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A conclusão de Fukuyama é a de que a "força" continuará a ser a razão final nas relações entre esses dois
mundos, "democracias e não democracias".
Segundo ele, na nova ordem internacional, uma liga das nações deveria funcionar como a OTAN e não como a 
- isto é, ser uma liga de Estados realmente livres, unidos pelo compromisso comum com os princípiosONU 
liberais e mais capazes de uma ação decisiva para proteger a segurança coletiva contra as ameaças vindas da
parte não democrática do mundo.
Além disso, os Estados Unidos são apresentados como garante de uma ordem inspirada na sua própria estrutura
de Estado: liberalismo econômico, democracia política e direitos humanos.
Esse discurso não lhe parece familiar e bem atual?
De acordo com essa lógica, países que representam o "fim da história", os "países democráticos" da "pós-
história" - na verdade, as atuais potências imperialistas, com os Estados Unidos à frente, teriam a
“responsabilidade” de agir em defesa de seus valores e perpetrar barbaridades, tudo em nome da “democracia”,
da "humanidade" e da "civilização". Onde está a diferença em relação ao fascismo?
Assim, pode-se falar em Nova Ordem Mundial e nos Estados Unidos como única superpotência, como declarou o
presidente norte-americano George Bush na Conferência de Malta, em 1989.
Saiba mais
Ele ataca e rechaça organismos como a ONU, porque não a considera sociedade de "nações
livres", mas uma mistura destas últimas com ditaduras. A ONU aceitou a "União Soviética de
Stálin" inclusive com poder de veto em seu Conselho de Segurança, e aceitou também Estados
novos do Terceiro Mundo que compartilhavam pouco dos princípios liberais.
Fique ligado
Lembre-se de que os norte-americanos invadiram o Iraque em 2004 com justificativa de
democratizar o país e .libertá-lo
Fukuyama passa a impressão de que o fim da história é o fim do socialismo. Na verdade, ele
não consegue ao longo de sua obra provar que a URSS se desfez por causa do socialismo. Toda
sua argumentação acaba por reforçar a ideia de que os problemas soviéticos eram muito mais
de gestão do que ideológicos.
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Contudo, apesar do indiscutível poderio americano, Japão e Alemanha aparecem como novos pólos da economia
mundial, que se torna, então, multipolar.
A nova ordem, como vocês podem perceber, não mudou muito.
O que deixava de existir é a velha ordem bipolar e a rivalidade entre sistemas econômicos opostos que buscavam
competir usando a capacidade militar.
Em seu lugar surge um sistema não mais dominado pela competição nuclear, nem definido exclusivamente por
conflitos convencionais.
Nele a é identificada como: evitar o surgimento de um rival hostil,política de segurança dos Estados Unidos
mantendo a posição de primazia dos EUA através de capacidades militares que garantam a segurança de aliados
e inibam o surgimento de rivais.
Sem inimigo a ser vencido, a corrida armamentista perdeu força. A busca de novas estratégias para ganhar
mercados passou a ter prioridade na ordenação econômica do mundo. Assiste-se a um aumento crescente dos
fluxos de informações, mercadorias, capital, serviços e de pessoas, em escala global.
O fim do mundo socialista não só derrubou a ordem bipolar, como fez com que a antiga divisão dos países em
Primeiro, Segundo e Terceiro Mundos não tivesse mais razão de ser.
Como o Segundo Mundo, que era formado pelas nações socialistas, não existe mais, os países passam a ser
classificados em ricos e pobres, ou desenvolvidos e subdesenvolvidos.
E o mundo ficou dividido em países do Norte (desenvolvidos) e países do Sul (subdesenvolvidos).
Nota-se também, a emergência de zonas de conflito em áreas sob a antiga influência , o fim da unidade soviética
de discurso do Terceiro Mundo, extensos processos migratórios, um maior interesse pelas políticas ambientais e
de direitos humanos e certo refluxo nas políticas de segurança de alguns Estados.
Áreas de influência soviética: Balcãs, Oriente Próximo, e alguns países africanos, como Somália, Chade, Congo,
Angola, Libéria.
O fim da Guerra Fria criou um como explicar, de acordo com as teorias que elegem aproblema teórico:
segurança como base para a explicação das relações internacionais, que a queda do “império soviético” tenha
ocorrido sem que um tiro tenha sido disparado.
O realismo e, sobretudo, o neorealismo foram bombardeados de críticas por não terem previsto ou conseguido
explicar a contento o acontecimento mais importante da Guerra Fria, sua crise terminal.
Rapidamente os questionamentos alcançaram os estudos de segurança internacional incentivando a formulação
de novas propostas teóricas. Interessa-nos aqui, em particular, a contribuição teórica da Escola de Copenhague
aos estudos de segurança.
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Ao enfatizar apenas aspectos estratégicos e militares, os estudos de segurança, principalmente durante a Guerra
Fria, legitimavam políticas que reproduziam a mesma lógica responsável pela manutenção da ordem bipolar.
Na Europa, em geral, os centros de estudo estão menos associados às lógicas nacionais e mais preocupadas com
a promoção de interesses de natureza internacionalista. Daí por que a grande quantidade de centros de estudos
para a paz está na lá.
A Escola de Copenhague desenvolveu um estudo teórico que pode ser caracterizado como abrangente, por
sustentar que as ameaças à segurança se originam não apenas da esfera militar, mas também das esferas política,
econômica, ambiental e societal. De uma forma resumida, podemos dizer que o instituto dinamarquês chegou às
seguintes conclusões:
• Com o fim da Guerra Fria, os Estados europeus deveriam “europeizar” suas políticas de defesa e 
segurança, retomar o comando desse tipo de política, enfraquecido pela aliança com os Estados Unidos.
• Uma política de segurança genuinamente européia dependeria da definição de segurança proveniente de 
cada Estado europeu.
• A segurança na Europa estaria cada vez mais vinculada a questões como migração e identidades 
nacionais e em menor grau relacionada com questões militares propriamente ditas.
Para os teóricos da Escola de Copenhagen, agendas e questões de segurança são construídas por agentes e,
portanto, torna-se necessária a elaboração de quadros analíticos específicos para os setores político, econômico,
societal, ambiental e militar. Defendem que cada área possui lógica própria, com regras, atores, códigos,
discursos e objetos específicos de referência no campo da segurança que, não necessariamente, incluirão o
Estado. Esses objetos são os que têm a sua segurança ameaçada. Por exemplo:
• O setor militar seria dominado pelas relações de força.
• O setor politizo pelas relações de autoridade e reconhecimento externo.
• O setor econômico pelas relações de comércio, produção e finanças.
• O setor societal pelas relações entre identidades coletivas.
• O setor ambiental seria caracterizado pelasrelações entre as atividades humanas e a biosfera.
Você deve estar notando que essa corrente teórica é crítica à perspectiva realista. Ela tenta mostra que o
realismo é aplicável apenas à compreensão das realidades dos Estados mais poderosos do sistema e obstrui a
emancipação humana.
A foi criada em 1985, com o objetivo de desenvolver estudos para paz. Escola de Copenhague 
Seu nome oficial é Copenhagen Peace Research Institute (COPRI). O Instituto constitui, nos dias
de hoje, referência na área de segurança.
Fique ligado
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A escola entende que dentre os três conceitos-chave na disciplina de relações internacionais – paz, segurança e
poder – o conceito de segurança é aquele que confere maiores ganhos analíticos às análises de relações
internacionais.
Os outros dois remetem a cenários extremos e improváveis do sistema internacional: paz total ou tensão
generalizada. Essas situações aceitas por idealistas e realistas, respectivamente.
Por isso, tais correntes de pensamento consideram difícil a possibilidade de mudança no sistema internacional,
já que para estas seriam necessárias transformações radicais.
A utilização do conceito de segurança para analisar as relações interestatais apresenta a vantagem de unir áreas
das relações internacionais que são mantidas geralmente isoladas. Torna-se possível integrar as áreas da
economia política internacional, estudos estratégicos, estudos para a paz, direitos humanos, estudos do
desenvolvimento, história internacional e algumas áreas de ciência e tecnologia. Por isso a contribuição da
Escola de Copenhague aos estudos de segurança é tão importante. Ela oferece um arcabouço teórico alternativo
ao realismo.
Saiba mais
Livros:
PECEQUILO, Cristina Soreanu. : temas, atores e visões.Introdução às relações internacionais
Petrópolis, RJ: Vozes, 2004. Cap. 4 O debate atual e os novos temas das Relações Internacionais.
* SARAIVA, José Flávio Sombra (org.). História das relações internacionais contemporâneas
. São Paulo: Saraiva, 2007.
Sites:
Filmes:
São inúmeras as opções de filmes que retratam o fim da Guerra Fria, tais como:
Filmes como “ ” (cujo subtítulo é “ou como aprendi a parar de me preocupar eDr. Fantástico
amar a bomba”), “ ” ou “ ” tem como temaO Dia Seguinte Treze dias que abalaram o mundo
central a Guerra Fria.
Assista também ao filme Adeus Lênin (Goodbye, Lenin!), correlacionando-o com os seguintes
tópicos:
Filme: Adeus Lênin (Goodbye, Lenin!). 2003 (Alemanha). Direção: Wolfganger Becker
Atores: Katrin Sab, Chulpan Khamatova, Florian Lukas, Alexander Beyer. Gênero: Drama.
• Excelente artigo publicado na revista Contexto Internacional sobre a 
contribuição da Escola de Copenhagen para os Estudos de Segurança.
• Bom mapa interativo sobre as mudanças no mapa da Europa no pós-Guerra 
Fria.
• Texto “A Contribuição da Escola de Copenhague aos estudos de segurança 
internacional”. De Grace Tanno.
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• Fatores que desencadearam o fim da Guerra Fria.
• Principais impactos do fim da Guerra Fria no território da Alemanha.
• Aspectos econômicos, políticos e familiares, tendo como referência, o filme.
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http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-85292009000300003
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-85292009000300003
http://g1.globo.com/Sites/Especiais/Noticias/0,,MUL1364181-17398,00-VEJA+O+QUE+MUDOU+NO+MAPA+DA+EUROPA+DESDE+A+QUEDA+DO+MURO+DE+BERLIM.html
http://g1.globo.com/Sites/Especiais/Noticias/0,,MUL1364181-17398,00-VEJA+O+QUE+MUDOU+NO+MAPA+DA+EUROPA+DESDE+A+QUEDA+DO+MURO+DE+BERLIM.html
http://www.scielo.br/pdf/cint/v25n1/v25n1a02.pdf
http://www.scielo.br/pdf/cint/v25n1/v25n1a02.pdf
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O que vem na próxima aula
Na próxima aula, você estudará os seguintes assuntos:
• Organizações sub-regionais e microrregionais tais como o Mercosul e o Grupo de Shanghai. Modelos de 
segurança regional com presença e participação das super-regiões.
• Regionalização da segurança como complemento à atuação de Organizações Internacionais tais como a 
OTAN.
• Co-gestão da segurança regional entre arranjos regionais de segurança e a Organização das Nações 
Unidas.
CONCLUSÃO
Nesta aula, você:
• Dimensionou a repercussão do fim da Guerra Fria nos estudos de segurança.
• Interpretou a expressão “Fim da História”.
• Definiu e caracterizou o Sistema unimultipolar.
• Identificou o papel dos Estados Unidos na nova ordem mundial e sua relação com os demais Estados.
• Avaliou a contribuição teórica da Escola de Copenhague aos estudos de segurança.
Atores: Katrin Sab, Chulpan Khamatova, Florian Lukas, Alexander Beyer. Gênero: Drama.
Resenha: Conta a história de uma mulher devota do socialismo na antiga Alemanha Oriental,
que tem um ataque cardíaco ao ver o filho ser preso durante uma manifestação contra o
sistema vigente. Quando acorda do coma, após a queda do muro de Berlim (1989), a Alemanha
foi reunificada, prevalecendo o sistema capitalista. O médico aconselha ao filho que ela não
tenha emoções fortes, pois outro ataque tão cedo, seria fatal. Alex (filho) faz de tudo para que
ela não presencie as mudanças ocorridas no país, vivendo numa ilusória Alemanha socialista.
Para isso, seu filho muda embalagens de produtos industrializados e até mesmo inventa
documentários televisivos para preencher as brechas do dia a dia do recente capitalismo no
país.
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	Olá!
	1 O fim da guerra fria
	O que vem na próxima aula
	CONCLUSÃO

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