Prévia do material em texto
FAPAC - FACULDADE PRESIDENTE ANTÔNIO CARLOS INSTITUTO TOCANTINENSE PRESIDENTE ANTÔNIO CARLOS PORTO S/A CURSO DE MEDICINA SISTEMAS ORGÂNICOS INTEGRADOS (SOI IV) TECNOLOGIA DE INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO ISABELLA AFONSO DE SOUZA TICS N°15 1.Qual o motivo do paciente com cetoacidose diabética apresenta hiperpotassemia? Como é o hálito desses pacientes? A cetoacidose diabética (CAD) e o estado hiperosmolar hiperglicêmico são duas complicações agudas que podem afetar pacientes diabéticos tipo 1 e 2. Geralmente, acontece em pacientes diabéticos tipo 1, uma vez que para que a cetose aconteça, é necessário haver insulinopenia grave, pois a insulina sérica inibe a produção hepática de corpos cetônicos. Ademais, a CAD ocorre devido a uma concentração muito baixa de insulina e a alta dos hormônios contrarreguladores da insulina (glucagon, hormônio do crescimento, cortisol e catecolaminas). Como consequência deste desbalanço, ocorre estímulo para a gliconeogênese hepática e renal, a glicogenólise hepática e a incapacidade das células da periferia captar o excesso de glicose circulando, estabelecendo um estado de hiperglicemia grave. A hiperglicemia causa diurese osmótica, provocando desidratação, poliúria e espoliação de eletrólitos (potássio, fósforo, magnésio). Normalmente, potássio corporal total é sempre diminuído, mas a concentração sérica do íon pode ser normal ou alterada. Na Cetoacidose Diabética, a diminuição do potássio total ocorre devido a perda urinária, no entanto, caso ocorra hiperpotassemia, isto se deve ao deslocamento do potássio do meio intracelular para o extracelular devido a saída de água do interior das células devido a hiperglicemia (efeito osmótico). A cetoacidose diabética tem como uma das principais manifestações clínicas o hálito cetônico. As cetonas são uma substância química de odor característico produzida pelo corpo quando, devido a uma falta de insulina, este não é capaz de usar a glicose como fonte de energia, e em vez disso começa a utilizar a gordura, quando ocorre essa liberação de corpos cetônicos, portanto, o mau hálito aparece como um sinal característico do paciente diabético descompensado. REFERÊNCIAS Sales, Patrícia, et al. O Essencial em Endocrinologia. Disponível em: Minha Biblioteca, Grupo GEN, 2016. Barone, B., Rodacki, M., Cenci, M. C. P., Zajdenverg, L., Milech, A., & de Oliveira, J. E. P. (2007). Cetoacidose diabética em adultos: atualização de uma complicação antiga. Arquivos Brasileiros de Endocrinologia & Metabologia, 51(9), 1434–1447. https://doi.org/10.1590/S0004-27302007000900005 Cetoacidose diabética e estado hiperglicêmico hiperosmolar em adultos: características clínicas, avaliação e diagnóstico. (n.d.). Retrieved December 14, 2022, from https://www.uptodate.com/contents/diabetic-ketoacidosis-and-hyperosmolar-hyp erglycemic-state-in-adults-clinical-features-evaluation-and-diagnosis?search=ce toacidose%20diab%C3%A9tica&source=search_result&selectedTitle=2~150&u sage_type=default&display_rank=2