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1 Roberta Medeiros – SOI I - S1 – M02 
–
Objetivos 
1- Compreender o que é metodologia ativa e 
seus diferentes tipos e diferenciá-la da 
tradicional. 
2- Conhecer as vantagens e desvantagens da 
metodologia ativa e da tradicional. 
3- Analisar como deve ser feito o trabalho em 
equipe 
4- Estudar como deve ser feito o feedback. 
5- Entender os aspectos éticos em relação aos 
direitos de imagem e voz. 
 
Metodologia ativa e seus aspectos 
- Na educação a distância, principalmente, a 
metodologia ativa tem bastante espaço 
- A metodologia ativa é um processo de ensino-
aprendizagem no qual o aluno é colocado como 
protagonista e o professor assume um papel de 
suporte. 
- Autonomia do aluno é estimulada de forma que 
ele seja capaz de construir o próprio 
conhecimento. 
- A construção de novos modelos de 
aprendizagem requer constante empenho, visando 
ao seu aperfeiçoamento 
- Momentos de estudo se prolongam muito além 
dos horários das aulas 
- Diferenças da metodologia ativa para a 
tradicional: 
• No método tradicional, a construção do 
conhecimento gira em torno do professor, 
que o transmite em uma sala de aula para 
alunos que se ocupam com anotações ou 
mesmo com alguma distração 
• Após certa quantidade de aulas 
expositivas, uma avaliação é aplicada 
para averiguar o que os alunos 
supostamente aprenderam. 
• A passividade dos estudantes 
• Na metodologia ativa, os alunos são 
incentivados o tempo todo a fazerem 
pesquisas, leituras e atividades 
desafiadoras 
- Diferentes tipos de metodologia ativa: 
• Sala de aula invertida: o estudante entra 
em contato com o conteúdo curricular 
antes da aula na qual o tema será 
abordado 
• Gamificação: busca trazer jogos para a sala 
de aula, e assim fazer dos celulares aliados 
na aprendizagem dos conteúdos das aulas. 
• Aprendizagem entre pares 
• PBL: construção do conhecimento a partir 
da discussão em grupo de um problema. 
• TBL: baseada em equipes envolve 
algumas etapas que começa na formação 
dos grupos e seguem até o final da 
disciplina. 
 
-Desvantagens da metodologia ativa: 
• Maior dificuldade na garantia de um 
aprendizado comum a todos. 
• Difícil aceitação dos alunos no começo (já 
que exige mais esforço) 
- Como deve ser feito o feedback: ele deve ser 
realizado por interpares, de forma justa e coerente, 
visando a melhoria no intelecto e no desempenho 
 
Referências bibliográficas 
- Strengths and weaknesses in the use of active 
learning methods / Revista Brasileira de Educação 
Médica 
Print version ISSN 0100-5502 
 
 
Rev. bras. educ. med. vol.34 no.1 Rio de 
Janeiro Jan./Mar. 2010 
Maria José Sanches MarinI; Edna Flor Guimarães 
LimaII; Ana Beatriz PaviottiI ; Daniel Tsuji 
MatsuyamaI; Larissa Karoline Dias da SilvaI; 
 
2 Roberta Medeiros – SOI I - S1 – M02 
Carina GonzalezI; Suelaine DruzianIII; Mércia 
IliasI 
 
 
 
1 Roberta Medeiros – SOI I – APG – S1 – M02 
– –
OBJETIVOS 
1- Estudar o que é célula e qual a sua composição 
estrutural. 
2- Entender quais as organelas citoplasmáticas, e suas 
funções. 
3- Conhecer as proteínas de membrana seu processo 
de produção e processamento 
4- Compreender a estrutura do DNA, RNA e os 
cromossomos 
ESTRUTURA CELULAR 
- A maioria das células do corpo humano são 
eucarióticas (núcleo delimitado por uma 
membrana), ou seja, com exceção das hemácias 
- Compartimentos: núcleo, citoplasma, 
componentes celulares e membrana plasmática 
-Núcleo: armazenamento de material genético e 
enzimas (responsáveis pela transcrição) 
-Membrana (separa o intra do extra celular) 
ORGANELAS CITOPLASMÁTICAS 
-Mitocôndria: síntese de ATP, DNA e RNA 
próprios, 2 membranas e espaço intermembranoso 
(liquido semelhante ao do citoplasma das células), 
cristas (fosforilação oxidativa), matriz 
mitocondrial (DNA e RNA mitocondrial) 
- Retículo endoplasmático rugoso: ligação com 
ribossomos, tradução do RNAm (síntese e 
secreção de proteínas) 
-Complexo de Golgi: embalagem e proteínas do 
Reticulo endoplasmático rugoso 
- Retículo endoplasmático liso: sem ribossomos, 
síntese de lipídios, converte moléculas 
hidrofóbicas em hidrossolúveis. Em células 
miocárdicas são chamados de retículo 
sarcoplasmático (função importante no aparelho 
contrátil, pois sequestra cálcio) 
-Lisossomos: função degradativa, interior ácido e 
presença de enzimas 
Obs: PROTEOSSOMO 
• Função degratativa 
• Nobel 2004 - Ubiquitina 
• Beijo da morte – “processador de lixo” 
- Ribossomos: livres no citoplasma, tradução do 
RNAm, síntese de proteínas citosólicas 
-Peroxissomos: possuem enzimas oxidativas, 
oxidam ácidos graxos 
-Citoesqueleto: dinâmico, filamentos proteicos 
• Microtúbulos: mitose e meiose, 
responsáveis por tracionar os 
cromossomos 
• Filamentos de actina: aparelho contrátil 
• Filamentos intermediários: filamentos de 
queratina 
MEMBRANA PLASMÁTICA E SEUS 
TRASNPORTES 
- Transporte seletivo de moléculas 
- Reconhecimento (através de antígenos de 
superfície) 
- Comunicação celular 
- Organização em tecidos 
- Atividade enzimática 
- Determina a forma celular (interage com o 
citoesqueleto) 
- Composição: 
• Bicamada lipídica 
• Proteínas 
 
• Estrutura mosaico fluido 
• Fosfolipídios 
 
2 Roberta Medeiros – SOI I – APG – S1 – M02 
 
 Álcool + fosfato 
 Polar: cabeça hidrofílica 
 Apolar: duas cadeias de ácidos 
graxos hidrofóbicas 
 
• Glicolipídios: açúcar (hidrofílica) 
• Colesterol: OH (hidrofílica) e região 
esteróide 
PROTEÍNAS DE MEMBRANA 
 
- Integrais: transmembranas (atravessam toda 
membrana), permitem a passagem de 
determinadas substâncias 
- Periféricas 
- Transporte pela membrana 
• LIC E LEC: H2O + Solutos 
• Estrutura da membrana: barreira 
inteligente 
• Atravessam a membrana: 
 Difusão simples: gases e etanol 
 Difusão facilitada (proteínas de 
transporte): H2O (aquaporinas) e 
solutos 
 Bomba de Na e P ATPase por 
proteínas de membrana 
• Passagem de íons: pode ocorrer através de 
canais seletivos ou não seletivos 
 Mecanismo 
• Carreadores de soluto: uniportadores (uma 
substância em único fluxo), simportadores 
(duas substâncias em único fluxo), 
antiportadores (duas substâncias em fluxos 
opostos) 
• Transportes dependentes de ATP: 
 ATPase: tipo P e V 
 ABC (ATP – binding cassette/atp 
que se junta a um conjunto de 
aminoácidos) 
- Transporte ativo e passivo 
• Passivo: a favor do gradiente 
• Ativo: contra o gradiente 
- Osmose: passagem de água pela membrana, 
ditada pela pressão osmótica (pressão que o soluto 
exerce para passar a membrana, ou seja, quanto 
mais soluto maior a pressão osmótica) 
- Osmolalidade vs. Osmolaridade 
 Quantidade Pressão osmótica 
 de mol. na- 
 quele sol. 
- Tonicidade: propriedade determinada solução - > 
volume celular 
- Pressão Oncótica: pressão osmótica de grandes 
moléculas (pressão do plasma) ex: Kwashiorkor 
(diminuição da albumina, diminuição da pressão 
oncótica e extravasamento do plasma) 
- Transporte Vesicular: 
• Endocitose: transporte de substâncias para 
dentro da célula, por meio de vesículas - 
pinocitose (pequenas moléculas), 
fagocitose (grandes partículas, ex: resto de 
bactéria), mediada por receptores de 
superfície 
• Exocitose: transporte de substâncias para 
fora da célula, por meio de vesículas – 
constitutiva (da própria célula), regulada 
(ex: hormônios), transcitose (mesma 
vesícula que entrou por endocitose, sai por 
exocitose) 
 
 
3 Roberta Medeiros – SOI I – APG – S1 – M02 
NÚCLEO, DNR, RNA E CROMOSSOMOS 
- Centro de controle das atividades celulares, pois 
contém os cromossomos (DNA – nosso material 
genético) 
- Visível apenas quando a célula está em interfase 
- Geralmente é único de 5 a 10 uM e tem formato 
variável 
- Cora pela hematoxilina, basófilo (por conta dos 
grupos de fosfato) 
- Componentes celulares: envoltório nuclear, 
cromatina, nucléolo,matriz celular e 
nucleoplasma 
• Envoltório nuclear (carioteca): separa o 
conteúdo nuclear do citoplasma, formado 
por duas membranas (ext:contém 
polirribossomos, contínuo com RE 
granuloso / int: relacionada com a 
cromatina, cistena perinuclear – espaço 
entre membranas, poros) 
• Cromatina: dois tipos (heterocromatina: 
condensada e inativa / eucromatina: difusa 
e ativa – quanto mais eucromatina tiver na 
célula, maior a produção de protreica) 
 DNA + Proteínas (histonas) = 
nucleassomo (oito moléculas de 
histonas + envolvidas por DNA), 
esses nucleassomos se organizam 
cada vez mais até formar o 
cromossomo 
 Cromatina sexual: mamíferos do 
seco femino, um dos cromossomos 
X se mantém condesado no núcleo 
interfásico, utilizada para 
verificação do sexo genético 
• Nucléolo: fábrica para a produção de 
ribossomos, formação de intranucleares 
arredondadas (basófilas, constituídas por 
RNA ribossomal e proteínas) 
• Matriz nuclear: estrutura fibrilar que 
suporta as estruturas nucleares, principal 
componente é a lâmina nuclear 
 Lâmina nuclear: rede de meléculas 
proteicas fibrosas, ligada a face 
interna do envoltório nuclear, 
estabiliza o envoltório nuclear, 
apoia os cromossomos interfásicos, 
regula o ciclo celular, diferenciação 
e expressão dos genes, replicação e 
transcrição do DNA 
• Nucleoplasma: componente granuloso que 
preenche o espaço entre elementos do 
núcleo, soluto com água, íons, 
aminoácidos, metabólitos e precursores 
- O RNA é feito na fase G1 (interfase) da divisão 
celular 
- O DNA é feito na fase S (interfase) 
- Estrutura dos cromossomos: 
 
- Classificação dos cromossomos de acordo com a 
posição do centrossomo: 
 
Obs: inexistência de cromossomos telocêntricos 
na espécie humana, pois a expectativa de vida da 
célula seria muito menor 
 
- Cariótipo Humano: conjunto dos cromossomos 
(46) 
• Cromossomos autossomos 44, divididos 
em 22 pares, iguais para ambos os sexos 
 
4 Roberta Medeiros – SOI I – APG – S1 – M02 
• Cromossomos sexuais 2, dividido em 1 par 
– último par - (xy ou xx) 
- Organização dos cromossomos humanos: 
 
• Por isso as síndromes cromossômicas mais 
comuns na espécie humana são a 
Síndrome de Donw (21), Síndrome de 
Edwards (18), Síndrome de Patau (13), 
pois esses cromossomos têm menos genes 
 
 
 
1 Roberta Medeiros – SOI I – S1 – M02 
– –
- Estudar a anatomia e fisiologia do coração e sua 
função como bomba 
- Compreender a contração e o relaxamento do 
músculo cardíaco 
- Conhecer os fatores hormonais, psicológicos, 
fisiológicos e ambientais que influenciam o 
funcionamento cardíaco 
- O coração é como uma bomba que faz o sangue 
circular por todo corpo e assim consiga alcançar 
todas as células e troque materiais com ela 
-O coração se contra cerca de 100.000 mil vezes 
por dia, o que perfaz 35 milhões de contrações por 
ano 
- Localização do coração: 
• Repousa sobre o diafragma, próximo a 
linha mediana da cavidade torácida 
• Encontra-se no mediastino (região que se 
estende do esterno à coluna vertebral, da 
primeira costela ao diafragma), entre os 
pulmões 
• O ápice do coração representa a ponta do 
ventrículo esquerdo e está sobre o 
diagrama e direcionado para frente, para 
baixo e para a esquerda 
• A base do coração está do lado oposto ao 
ápice e constitui a sua face posterior 
- A membrana que envolve o coração é pericárdio 
e ela restringe o coração à sua posição no 
mediastino, possibilitando liberdade de 
movimento suficiente para a contração vigorosa e 
rápida 
- O pericárdio pode ser dividido em duas partes: 
• Pericárdio fibroso: superficial, tecido 
conjuntivo inelástico, denso, resistente e 
irregular, impede a hiperdistensão do 
coração, fornece proteção e ancora o 
coração no mediastino 
• Pericárdio seroso: mais profundo, 
membrana mais fina. A lâmina parietal do 
pericárdio seroso mais externa está fundida 
ao pericárdio fibroso 
• A inflamação no pericárdio é chamada de 
pericardite 
- A parede do coração é formada por três 
camadas: o epicárdio, o miocárdio e o endocárdio 
• O epicárdio é camada mais externa e é 
composta por duas camadas 
• A camada média é chamada de miocárdio 
que é responsável pela ação do 
bombeamento do coração e é composto 
por tecido muscular cardíaco, representa 
95% do órgão. As fibras musculares, como 
as do musculo estriado esquelético, são 
envolvidas e separadas em feixes por 
bainhas do tecido conjuntivo. Já as fibras 
musculares cardíacas são organizadas em 
feixes que circundam diagonalmente o 
coração e produzem fortes ações de 
bombeamento do coração. Embora seja 
estriado como o musculo esquelético, o 
musculo cardíaco é involuntário como o 
musculo liso 
• Endocárdio é mais interno e fornece um 
revestimento liso para as câmaras, o que 
minimiza o atrito de superfície conforme o 
sangue passa 
• Miocardite e endocardite 
- Anatomia do coração: 
 
 
2 Roberta Medeiros – SOI I – S1 – M02 
 
- O par de átrios recebe sangue dos vasos 
sanguíneos que retornam o sangue ao coração, as 
chamadas veias, enquanto os ventrículos ejetam o 
sangue do coração para vasos sanguíneos 
chamados artérias. Na face anterior de cada átrio 
existe uma estrutura saculiforme enrugada 
chamada aurícula, assim chamada por causa de 
sua semelhança com a orelha de um cão 
- Cada aurícula aumenta discretamente a 
capacidade de um átrio, de modo que ele possa 
conter maior volume de sangue 
- O sangue flui para o átrio direito a partir da veia 
cava superior, da veia cava inferior e do seio 
coronário, e para o átrio esquerdo pelas quatro 
veias pulmonares. 
- Valvas cardíacas e circulação do sangue; 
• Quando cada câmara se contrai, empurra 
um volume de sangue a um ventrículo ou 
para fora do coração a uma artéria. As 
valvas se abrem e fecham em resposta às 
MUDANÇAS DE PRESSÃO conforme o 
coração se contrai e relaxa. Cada uma das 
4 valvas ajudam o coração assegurar o 
fluxo unidirecional de sangue através da 
abertura ao possibilitar que o sangue passe 
e, em seguida, se fechando para impedir 
seu refluxo 
• As valvas atrioventriculares: direita e 
esquerda, entre um átrio e um ventrículo. 
Se as AV estiverem danificadas, o sangue 
pode regurgitar para os átrios quando os 
ventrículos se contraem 
• As valvas semilunares se inserem na 
parede arterial, possibilitam a ejeção de 
sangue do coração para as artérias, mas 
evitam o refluxo de sangue para os 
ventrículos. Elas se abrem quando a 
pressão do no ventrículo é superior à 
pressão nas artérias 
- Circulações sistema e pulmonar: 
• O lado esquerdo do coração é uma bomba 
para a circulação sistêmica: ele recebe 
sangue oxigenado vermelho brilhante dos 
pulmões 
• O lado direito do coração é uma bomba 
para a circulação pulmonar: ele recebe 
todo o sangue desoxigenado vermelho 
escuro que retorna da circulação sistêmica 
 
 
3 Roberta Medeiros – SOI I – S1 – M02 
 
- Sístole ventricular: contração isovolumétrica, o 
volume não se altera porque todas as valvas estão 
fechadas; ejeção rápida quando se consegue 
vencer a pressão (70% do volume ventricular) 
-Diástole ventricular: ejeção lenta (30% do 
volume ventricula), efeito windkessel (inércia do 
sangue), relaxamento isovolumétrico. Nem todo o 
sangue do ventrículo será ejetado, todas as portas 
fechadas, mas em uma situação de relaxamento 
- Enchimento ventricular: enchimento rápido, 
enchimento lento (diástese), contração atrial (< 
20% do volume) 
- Mecanismo de Frank-Starling: todo sangue que 
chegar ao coração, se o órgão estiver em boas 
condições, ele será ejetado. Ou seja, dentro dos 
limites fisiológicos, o coração bombeia todo o 
sangue que a ele retorna pelas veias (resistência de 
uma mola). Isso baseia a Pré-Carga, que é a 
energia de estiramento. Já a Pós-Carga 
compreende a resistência que o coração precisa 
vencer, ou seja, a energianecessária para superar a 
pressão aórtica 
- Volume diastólico final: volume máximo 
(ventrículo totalmente cheio) 
- Volume de ejeção: volume ejetado 
- Volume sistólico final: volume restante 
 
- Fração de ejeção = volume de ejeção/volume 
diastólico final (sinais prognósticos, da para 
identificar várias patologias) 
-Débito cardíaco = volume de ejeção/frequência 
cardíaca (quantidade de sangue que será ejetada 
por minuto) 
- A divisão autônoma do sistema nervoso e os 
hormônios liberados pelas medulas das glândulas 
suprarrenais (epinefrina e norepinefrina) 
- Regulação autonômica da frequência cardíaca: a 
regulação do coração pelo sistema nervoso se 
origina no centro cardiovascular localizado no 
bulbo. Essa região recebe informações de vários 
receptores sensoriais e dos centros cerebrais, 
como o sistema límbico e córtex cerebral 
- O centro cardiovascular direciona o débito 
apropriado, aumentando ou diminuindo a 
frequência dos impulsos nervosos nas partes 
simpática e parassimpática do SNA 
-Mesmo antes de a atividade física começar, 
especialmente em situações de competição, a 
 
4 Roberta Medeiros – SOI I – S1 – M02 
frequência cardíaca pode aumentar. Este aumento 
antecipatório ocorre porque o sistema límbico envia 
impulsos nervosos para o centro cardiovascular no 
bulbo 
-Quando a atividade física começa, 
os proprioceptores que estão monitorando a posição 
dos membros e os músculos enviam impulsos nervosos 
ao centro cardiovascular para aumentar a frequência 
-Outros receptores sensitivos que fornecem 
informações ao centro cardiovascular incluem 
os quimiorreceptores, que monitoram alterações 
químicas no sangue, e os barorreceptores, que 
monitoram o estiramento das principais artérias e veias 
causado pela pressão do sangue que flui neles. 
- Da região torácica da medula espinal, nervos 
simpáticos aceleradores cardíacos estendem-se para 
o nó SA, para o nó AV e para a maior parte das 
porções do miocárdio. Os impulsos nos nervos 
cardíacos aceleradores desencadeiam a liberação de 
norepinefrina, que se liga os receptores beta-1 (β1) das 
fibras musculares cardíacas. 
 
- Regulação química da frequência cardíaca: a 
hipoxia (nível de oxigênio reduzido), acidose (pH 
baixo) e alcalose (pH elevado) deprimem a atividade 
cardíaca 
• Hormônios: A epinefrina e a norepinefrina 
(provenientes da medula da glândula 
suprarrenal) melhoram a efetividade do 
bombeamento cardíaco. O exercício, o estresse 
e a excitação fazem com que as medulas das 
glândulas suprarrenais liberem mais 
hormônios. Os hormônios tireoidianos também 
melhoram a contratilidade cardíaca e 
aumentam a frequência cardíaca. Um sinal de 
hipertireoidismo é a taquicardia, ou seja, uma 
frequência cardíaca de repouso elevada. 
• Cátions: as diferenças entre as concentrações 
intracelulares e extracelulares de vários cátions 
(p. ex., Na+ e K+) são cruciais para a produção 
de potenciais de ação em todas as fibras 
nervosas e musculares, não é de se estranhar 
que os desequilíbrios iônicos possam 
comprometer rapidamente a efetividade do 
bombeamento cardíaco. 
- Outros fatores que influenciam na regulação da 
frequência cardíaca: 
• Idade, sexo, condição física e temperatura 
corporal também influenciam na 
frequência cardíaca de repouso 
• A frequência cardíaca declina ao longo da 
vida 
• As mulheres adultas geralmente tem a 
frequência cardíaca em repouso maiores 
que a dos homens 
• Uma pessoa fisicamente condicionada 
pode apresentar até bradicardia (FC < 50 
bpm) 
• O aumento da temperatura corporal, como 
ocorre durante a febre ou os exercícios 
extenuantes, faz com que o nó SA libere 
impulsos mais rapidamente, aumentando assim 
a frequência cardíaca. A diminuição da 
temperatura corporal reduz a frequência e a 
força de contração cardíacas 
 
 
 
 
 
1 Roberta Medeiros – SOI I – S1 – M02 
–
1- Estudar o funcionamento do ciclo cardíaco 
e o papel do coração como bomba 
2- Entender como funciona o metabolismo 
cardíaco da pessoa normal e do atleta 
3- Compreender como ocorre a sincronia das 
células musculares cardíacas para produzir 
o fluxo das câmaras 
4- Diferenciar as fibras claras e escuras 
- Um ciclo cardíaco inclui todos os eventos 
associados a um batimento cardíaco 
- Assim, um ciclo cardíaco consiste em uma 
sístole dos átrios e uma sístole e uma diástole dos 
ventrículos 
- OBS: a despolarização provoca a contração e a 
repolarização causa o relaxamento das fibras 
musculares cardíacas 
- Mudanças de pressão e volume durante o 
ciclo cardíaco: em cada ciclo cardíaco, os átrios e 
os ventrículos se contraem e relaxam 
alternadamente, forçando o sangue das áreas de 
alta pressão para as de baixa pressão. Quando uma 
câmara se contrai, a pressão arterial dela aumenta. 
As pressões no lado direito são 
consideravelmente mais baixas 
• Sístole atrial (0,1 s): átrios contraídos e 
ventrículos relaxados 
1- A despolarização do nó sinusal (sinoatrial) 
provoca a despolarização atrial (onda P do 
ECG) e causa a sístole atrial. 
2- A sístole atrial contribui com os últimos 25 
ml de sangue ao volume já existente em 
cada ventrículo (cerca de 105 ml). Assim, 
cada ventrículo contém cerca de 130 mℓ no 
final do seu período de relaxamento 
(diástole). Este volume de sangue é 
chamado volume diastólico final (VDF). 
Conforme o átrio se contrai, ele exerce 
pressão sobre o sangue dentro dele, 
forçando-o a passar pelas valvas AV 
abertas pelos ventrículos 
3- O fim da sístole atrial também é o fim da 
diástole ventricular. 
4- O complexo QRS no ECG marca o inicio 
da despolarização ventricular 
• Sístole ventricular (0,3 s): os ventrículos 
se contraem e, ao mesmo tempo, os átrios 
estão relaxados na diástole atrial 
1- Conforme a sístole ventricular começa, a 
pressão intraventricular se eleva e empurra 
o sangue contra atrioventriculares, 
forçando seu fechamento. Por cerca de 
0,05s, as valvas AV do tronco pulmonar e 
da aorta estão fechadas e este período é 
chamado de contração isovolumétrica. 
Durante esse intervalo, as fibras 
musculares cardíacas estão se contraindo e 
exercendo força, mas ainda não estão se 
encurtando. Assim, a contração muscular 
é isométrica. 
2- A pressão no interior dos ventrículos vai 
aumentando acentuadamente. Quando a 
pressão ventricular esquerda ultrapassa 
a pressão aórtica em cerca de 80 
milímetros de mercúrio (mmHg) e a 
pressão ventricular direita sobe acima da 
pressão no tronco pulmonar (cerca de 20 
mmHg), as valvas do tronco pulmonar e 
da aorta se abrem. Neste momento, 
começa a ejeção de sangue do coração. O 
período é quem as valvas do tronco 
pulmonar e da aorta estão abertas é 
chamado de ejeção ventricular (0,25 s) 
3- O ventrículo esquerdo ejeta cerca de 70 
mℓ de sangue para a aorta, e o ventrículo 
direito ejeta o mesmo volume de sangue 
para o tronco pulmonar. O volume 
remanescente em cada ventrículo no final 
da sístole, cerca de 60 mℓ, é o volume 
sistólico final (VSF). O volume sistólico, 
o volume ejetado a cada batimento por 
cada ventrículo, é igual ao volume 
diastólico final menos o volume sistólico 
final: VS = VDF – VSF. Em repouso, o 
volume sistólico é de aproximadamente 
130 mℓ – 60 mℓ = 70 mℓ. A onda T do 
 
 
2 Roberta Medeiros – SOI I – S1 – M02 
ECG marca o inicio da repolarização 
ventricular 
• Período de relaxamento (0,4 s): os 
ventrículos e os átrios estão relaxados. 
Com o aumento da frequência cardíaca o 
período de relaxamento vai se tornando 
mais curto, enquanto a duração da sístole 
atrial e da ventricular se encurta 
discretamente. 
1- A repolarização ventricular provoca a 
diástole ventricular. Conforme os 
ventrículos relaxam a pressão no interior 
das câmaras cai e o sangue da aorta e do 
tronco pulmonar começa a refluir para as 
regiões de baixa pressão nos ventrículos. O 
refluxo de sangue sobreas válvulas 
fechadas da valva da aorta produz a onda 
dicrótica na curva de pressão aórtica. 
Depois do fechamento das valvas do 
tronco pulmonar e da aorta, existe um 
breve intervalo em que o volume de 
sangue do ventrículo não se modifica 
porque as quatro valvas estão fechadas. 
Este é o período de relaxamento 
isovolumétrico. 
2- Conforme os ventrículos continuam 
relaxando, a pressão cai rapidamente. 
Quando a pressão ventricular cai abaixo da 
pressão atrial, as valvas do tronco 
pulmonar e da aorta se abrem e começa 
o enchimento ventricular. A maior parte 
do enchimento ventricular ocorre logo 
após a abertura das valvas do tronco 
pulmonar e da aorta. O sangue que fluiu 
para os átrios e ali se acumulou durante a 
sístole ventricular então se desloca 
rapidamente para os ventrículos. No final 
do período de relaxamento, os ventrículos 
estão cerca de 75% cheios. A onda P 
aparece no ECG, sinalizando o início de 
outro ciclo cardíaco. 
- Gráfico do ECG: 
 
- Pressão dentro das câmaras: 
 
- Volume dentro dos ventrículos e as fases do 
ciclo: 
 
Papel do coração como bomba: 
- A comunicação elétrica do coração começa em 
uma célula auto excitável. A despolarização se 
propaga rapidamente para as células vizinhas 
através das junções comunicantes nos discos 
intercalares. 
- A despolarização começa no nó sinoatrial (AS), 
as células auto excitáveis do átrio direito servem 
como principal marca-passo do coração. A onda 
de despolarização se propaga rapidamente por 
uma rede condução, constituído de fibras auto 
excitáveis não contráteis. 
- Uma via intermodal ramificada conecta o nó AS 
com o nó atrioventricular (nó AV). Do nó AV, a 
despolarização move-se para os ventrículos. 
 
3 Roberta Medeiros – SOI I – S1 – M02 
- As fibras de Purkinje, células de condução 
especializada dos ventrículos, transmitem os 
sinais elétricos muito rapidamente para baixo pelo 
fascículo atrioventricular, ou feixe AV, também 
chamado de feixe de His (“hiss”), no septo 
ventricular. 
- Percorrido um curto caminho no septo, o 
fascículo se divide em ramos esquerdo e direito. 
Esses ramos continuam se deslocando para o ápice 
do coração, onde se dividem em pequenas fibras 
de Purkinje, que se espalham lateralmente entre as 
células contráteis. (As fibras de Purkinje do 
miocárdio não devem ser confundidas com as 
chamadas células de Purkinje dos neurônios 
cerebrais.) 
 
- Quando os potenciais de ação se espalham pelos 
átrios, eles encontram o esqueleto fibroso do 
coração na junção entre os átrios e os ventrículos. 
Esta barreira impede que os sinais elétricos sejam 
transferidos dos átrios para os ventrículos. 
Consequentemente, o nó AV é o único caminho 
através do qual os potenciais de ação podem 
alcançar as fibras contráteis dos ventrículos. 
- A ejeção do sangue dos ventrículos é ajudada 
pelo arranjo em espiral dos músculos nas paredes 
- Uma segunda função do nó AV é atrasar um 
pouco a transmissão do potencial de ação. Esse 
atraso permite que os átrios completem suas 
contrações antes do início da contração 
ventricular. O atraso no nó AV ocorre devido à 
diminuição na velocidade de condução dos sinais 
através das células nodais. 
 
- Alguns tipos de exercícios são mais efetivos do 
que outros em melhorar a saúde do sistema 
cardiovascular 
- Os exercícios aeróbicos (ou seja, qualquer 
atividade que aciona grandes músculos do corpo 
durante pelo menos 20 minutos) eleva o débito 
cardíaco e acelera a taxa metabólica 
- Praticas de exercícios aumenta a demanda de 
oxigênio para os músculos. O fato da demanda ser 
atendida depende principalmente da adequação do 
débito cardíaco e do bom funcionamento do 
sistema respiratório. 
- Após varias dias de exercícios uma pessoa 
aumenta o debito cardíaco máximo (volume de 
sangue ejetado dos ventrículos para as respectivas 
artérias por minuto), elevando assim o 
fornecimento máximo de oxigênio aos tecidos. 
Além disso, o transporte de oxigênio aumenta 
porque os músculos esqueléticos desenvolvem 
mais redes capilares em resposta ao treinamento 
prolongado 
- Durante uma atividade extenuante, um atleta 
pode alcançar o dobro do debito cardíaco de uma 
 
4 Roberta Medeiros – SOI I – S1 – M02 
pessoa sedentária, pois causa a hipertrofia do 
coração. Também chamada de cardiomegalia 
fisiológica 
- A prática regular de exercício também ajuda a 
reduzir a pressão arterial, a ansiedade e a 
depressão; a controlar o peso; e a aumentar a 
capacidade do organismo de dissolver coágulos de 
sangue. 
- O conteúdo de mioglobina, proteína de cor 
vermelha que se liga ao oxigênio nas fibras 
musculares, varia entre as fibras musculares 
- Uma fibra é classificada como lenta ou rápida 
dependendo da rapidez com a qual a ATPase nas 
suas cabeças de miosina hidrolisa o ATP. 
- Fibras oxidativas lentas (OL): alto conteúdo de 
mioglobina, aparecem mais escuras (a carne 
escura das asas e coxas de frango), contêm mais 
mitocôndrias e são servidas por capilares 
sanguíneos. Também chamadas de fibras 
oxidativas lentas (OL), geram ATP 
principalmente por respiração aeróbica, motivo 
pelo qual elas são chamadas de fibras oxidativas. 
Diz-se que essas fibras são lentas porque a 
ATPase, nas cabeças de miosina, hidrolisa ATP de 
maneira relativamente devagar e o ciclo de 
contração procede em ritmo mais lento que nas 
fibras “rápidas”. Seus abalos musculares levam 
mais tempo para chegar à tensão de pico. São 
bastante resistentes à fadiga e adaptadas para a 
manutenção da postura e para atividades aeróbicas 
de resistência como corrida de maratona 
- Fibras Oxidativo- Glicolíticas rápidas (ORG): 
fibras maiores, elas contêm grandes quantidades 
de mioglobina e muitos capilares sanguíneos. 
Desse modo, também tem uma aparência 
vermelho-escura. Podem gerar uma quantidade de 
ATP considerável por respiração aeróbica, o que 
lhes conferem resistência moderada à fadiga. Uma 
vez que seu nível intracelular de glicogênio é alto, 
elas também geram ATP por glicólise anaeróbica. 
As fibras OGR são “rápidas” porque a ATPase 
nas suas cabeças de miosina hidrolisa ATP 3 a 5 
vezes mais rapidamente que a ATPase na miosina 
das fibras OL, tornando sua velocidade de 
contração maior. As fibras OGR contribuem para 
atividades como a caminhada e a corrida de 
velocidade. 
- Fibras Glicolíticas rápidas (GR): baixo 
conteúdo de mioglobina, poucos capilares 
sanguíneos e poucas mitocôndrias e se mostram 
de cor branca. Elas contêm grandes quantidades 
de glicogênio e geram ATP principalmente por 
glicólise. Devido a capacidade de hidrolisar ATP 
com rapidez, as fibras GR se contraem forte e 
rapidamente. São adaptadas para exercícios 
anaeróbicos intensos devido a sua contração 
rápida. Programas de treinamento de força que 
colocam a pessoa em atividades que requerem 
grande força para curtos períodos aumentam o 
tamanho, a força e o conteúdo de glicogênio das 
fibras glicolíticas rápidas. As fibras GR de um 
levantador de peso podem ser 50% maiores que 
aquelas de pessoas sedentárias ou de um atleta de 
resistência por conta da síntese mais intensa de 
proteínas musculares. O resultado geral é o 
crescimento muscular decorrente da hipertrofia 
das fibras GR. 
Distribuição e recrutamento de diferentes tipos 
de fibras: 
- Cerca da metade das fibras de um músculo 
esquelético típico é composta por fibras OL. 
- As proporções variam razoavelmente, 
dependendo da ação do músculo, do regime de 
treinamento da pessoa e de fatores genéticos. 
- Os músculos posturais continuamente ativos do 
pescoço, coluna vertebral e membros inferiores 
apresentam uma grande proporção de fibras OL. 
- Os músculos dos ombros e dos braços não são 
constantemente ativados, sendo usados 
ocasionalmente, de maneira breve para produzir 
grandes quantidades de tensão, como no 
levantamento de peso e nos arremessos. Esses 
músculosapresentam uma grande proporção de 
fibras GR 
- Os músculos dos membros inferiores, que não 
apenas sustentam o corpo, como também são 
usados para andar e correr, revelam grandes 
quantidades de fibras OL e OGR. 
 
 
 
1 Roberta Medeiros – SOI I – S1 – M02 
–
1. Revisar anatomia e fisiologia do coração 
2. Estudar a embriogênese do coração 
3. Conhecer os fatores de risco relacionados com 
a malformação congênita 
4. Compreender os tipos de malformação 
congênita 
5. Entender a fisiologia do sopro cardíaco 
6. Estudar a anatomia e fisiologia das válvulas 
cardíacas 
- O coração é como uma bomba que faz o sangue 
circular por todo corpo e assim consiga alcançar 
todas as células e troque materiais com ela 
-O coração se contra cerca de 100.000 mil vezes 
por dia, o que perfaz 35 milhões de contrações por 
ano 
- Localização do coração: 
• Repousa sobre o diafragma, próximo a 
linha mediana da cavidade torácida 
• Encontra-se no mediastino (região que se 
estende do esterno à coluna vertebral, da 
primeira costela ao diafragma), entre os 
pulmões 
• O ápice do coração representa a ponta do 
ventrículo esquerdo e está sobre o 
diagrama e direcionado para frente, para 
baixo e para a esquerda 
• A base do coração está do lado oposto ao 
ápice e constitui a sua face posterior 
- A membrana que envolve o coração é pericárdio 
e ela restringe o coração à sua posição no 
mediastino, possibilitando liberdade de 
movimento suficiente para a contração vigorosa e 
rápida 
- O pericárdio pode ser dividido em duas partes: 
• Pericárdio fibroso: superficial, tecido 
conjuntivo inelástico, denso, resistente e 
irregular, impede a hiperdistensão do 
coração, fornece proteção e ancora o 
coração no mediastino 
• Pericárdio seroso: mais profundo, 
membrana mais fina. A lâmina parietal do 
pericárdio seroso mais externa está fundida 
ao pericárdio fibroso 
• A inflamação no pericárdio é chamada de 
pericardite 
- A parede do coração é formada por três 
camadas: o epicárdio, o miocárdio e o endocárdio 
• O epicárdio é camada mais externa e é 
composta por duas camadas 
• A camada média é chamada de miocárdio 
que é responsável pela ação do 
bombeamento do coração e é composto 
por tecido muscular cardíaco, representa 
95% do órgão. As fibras musculares, como 
as do musculo estriado esquelético, são 
envolvidas e separadas em feixes por 
bainhas do tecido conjuntivo. Já as fibras 
musculares cardíacas são organizadas em 
feixes que circundam diagonalmente o 
coração e produzem fortes ações de 
bombeamento do coração. Embora seja 
estriado como o musculo esquelético, o 
musculo cardíaco é involuntário como o 
musculo liso 
• Endocárdio é mais interno e fornece um 
revestimento liso para as câmaras, o que 
minimiza o atrito de superfície conforme o 
sangue passa 
• Miocardite e endocardite 
- Anatomia do coração: 
 
 
2 Roberta Medeiros – SOI I – S1 – M02 
 
- O par de átrios recebe sangue dos vasos 
sanguíneos que retornam o sangue ao coração, as 
chamadas veias, enquanto os ventrículos ejetam o 
sangue do coração para vasos sanguíneos 
chamados artérias. Na face anterior de cada átrio 
existe uma estrutura saculiforme enrugada 
chamada aurícula, assim chamada por causa de 
sua semelhança com a orelha de um cão 
- Cada aurícula aumenta discretamente a 
capacidade de um átrio, de modo que ele possa 
conter maior volume de sangue 
- O sangue flui para o átrio direito a partir da veia 
cava superior, da veia cava inferior e do seio 
coronário, e para o átrio esquerdo pelas quatro 
veias pulmonares. 
- No final da segunda semana, a nutrição 
embrionária é obtida do sangue materno por 
difusão através do córion, celoma 
extraembrionário e vesícula umbilical. 
- A formação inicial do sistema cardiovascular 
está correlacionada à necessidade urgente de 
transporte de oxigênio e nutrientes para o embrião 
a partir da circulação materna através do córion. 
- No inicio da terceira semana, a formação dos 
vasos sanguíneos, ou vasculogênese, começa no 
mesoderma extraembrionário da vesícula 
umbilical e do pedículo de conexão. 
- A vasculogênese se inicia no córion e os vasos 
sanguíneos se originam dois dias depois. 
- No final da terceira semana, desenvolve-se o 
primórdio de uma circulação uteroplacentária 
- Essa formação dos vasos sanguíneos no embrião 
e nas membranas extraembrionárias durante a 
terceira semana pode ser: 
• Vasculogênese: 
1- Células mesênquimais se diferenciam 
em precursores endoteliais ou 
angioblastos (células formadoras de 
vasos), que se agregam e formam 
grupos de células angiogênicas 
(ilhotas sanguíneas) 
2- Dentro das ilhotas sanguíneas, fendas 
intercelulares confluem, formando 
pequenas cavidades, formando o 
primórdio do endotélio 
3- Essas cavidades revestidas por 
endotélio logo se fusionam para formar 
redes de canais endoteliais 
• Angiogênese 
1- Vasos se espalham nas áreas não 
vascularizadas adjacentes por 
brotamento 
- O coração e os grandes vasos formam-se a partir 
de células mesenquimais no primórdio do coração 
ou na área cardiogênica. 
- Durante a terceira semana, forma-se um par de 
tubos revestidos por endotélio (tubos cardíacos 
endocárdicos) que se fundem formando um tubo 
cardíaco primitivo. 
- O coração tubular se une a vasos sanguíneos do 
embrião, do pedículo de conexão, do córion e da 
vesícula umbilical, formando o sistema 
cardiovascular primitivo 
- No final da terceira semana, o sangue circula e 
coração começa a bater no 21º ou 22º dia. 
- O sistema cardiovascular é o primeiro sistema 
que alcança um estágio funcional primitivo. 
- Os batimentos cardíacos embrionários podem ser 
detectados por ultrassonografia Doppler durante a 
quarta semana, cerca de 6 semanas após o último 
período menstrual normal. 
 
3 Roberta Medeiros – SOI I – S1 – M02 
 
 
 
- As anomalias cardíacas e vasculares constituem 
a maior categoria de defeitos congênitos humanos 
e são encontradas em 1% dos nascidos vivos. A 
incidência em natimortos é 10 vezes maior. 
Estima-se que 12% dos recém-nascidos com 
defeitos cardíacos tenham uma anomalia 
cromossômica e, por outro lado, que 33% dos 
bebês com anomalia cromossômica tenham um 
defeito cardíaco. Além disso, 30% dos defeitos 
cardíacos ocorrem em recém-nascidos com outras 
malformações principais. 
- Os defeitos cardíacos têm origem heterogênea e 
são difíceis de classificar epidemiologicamente. 
- O estabelecimento da lateralidade durante a 
gastrulação é essencial para o desenvolvimento 
cardíaco normal porque especifica as células que 
contribuem e padronizam os lados direito e 
esquerdo do coração. 
- As células progenitoras cardíacas também são 
especificadas nesse período, tanto para as partes 
do coração que elas formarão quanto para a 
lateralidade esquerda-direita pela via da 
lateralidade 
- Os indivíduos com defeito de lateralidade, como 
heterotaxia, frequentemente apresentam muitos 
tipos diferentes de defeitos cardíacos, incluindo 
dextrocardia (coração no lado direito), defeitos do 
septo interventricular (comunicação 
interventricular, CIV), defeitos do septo interatrial 
(comunicação interatrial, CIA), dupla via de saída 
do ventrículo direito (DVSVD; aorta e artéria 
pulmonar saindo do ventrículo direito) e defeitos 
da via de saída, como transposição dos grandes 
vasos, estenose da valva pulmonar e outros 
- Aproximadamente 2% dos defeitos cardíacos se 
devem a agentes ambientais; porém, a maioria 
deles é causada por uma interação complexa de 
influências genéticas e ambientais 
(causas multifatoriais). Exemplos clássicos de 
teratógenos cardiovasculares incluem o vírus da 
rubéola e a talidomida. Outros incluem ácido 
retinoico, álcool etílico e muitos outros 
compostos. Doenças maternas, como diabetes 
melito insulinodependente, também foram 
relacionadas com defeitos cardíacos. 
- Há tambémum forte componente genético para 
os defeitos, como ilustrado pelo fato de que a 
heterotaxia pode ser familiar e os indivíduos de 
tais famílias frequentemente têm defeitos 
cardíacos, independentemente de apresentarem ou 
não anormalidades de lateralidade 
• Detroxcardia: é uma condição em que o 
coração se encontra no hemitórax direito, 
em vez do esquerdo, e ocorre quando o 
coração se curva para a esquerda em vez 
de para a direita. O defeito pode ser 
induzido durante a gastrulação, quando a 
lateralidade é estabelecida, ou um pouco 
mais tarde, quando ocorre a alça cardíaca. 
A dextrocardia vem acompanhada de situs 
inversus, uma reversão total de todos os 
órgãos, ou de sequências de lateralidade 
(heterotaxia) em que as posições de 
apenas alguns órgãos estão revertidas 
• Cardiopatia hipertrófica: Mutações em 
vários genes que regulam a produção de 
proteínas sarcoméricas, que pode resultar 
em morte súbita em atletas e na população 
geral. A doença é herdada de modo 
autossômico dominante, e a maioria das 
mutações (45%) ocorre no gene da cadeia 
pesada da miosina β (14q11.2). O 
resultado é hipertrofia cardíaca decorrente 
da interferência na organização das células 
musculares cardíacas (irregularidade 
miocárdica), que influencia adversamente 
 
4 Roberta Medeiros – SOI I – S1 – M02 
o débito cardíaco e/ou a condução 
cardíaca. 
• Inversão ventricular: é um defeito no 
qual o ventrículo esquerdo morfológico 
está à direita e se conecta ao átrio direito 
por uma valva mitral. O ventrículo direito 
morfológico está no lado esquerdo e se 
conecta ao átrio esquerdo por uma valva 
tricúspide. Algumas vezes, o defeito é 
chamado de levotransposição das 
grandes artérias porque a artéria 
pulmonar sai do ventrículo esquerdo 
morfológico e a aorta sai do ventrículo 
direito morfológico. As artérias estão em 
suas posições normais, mas os ventrículos 
estão revertidos. A anomalia surge durante 
o estabelecimento da lateralidade e a 
especificação dos lados esquerdo e direito 
do coração pela via da lateralidade. 
• Síndrome do coração direito hipoplásico 
e síndrome do coração esquerdo 
hipoplásico: são defeitos raros que 
provocam subdesenvolvimento dos lados 
direito ou esquerdo do coração, 
respectivamente. À direita, o ventrículo é 
muito pequeno, a artéria pulmonar é 
afetada e pode apresentar atresia ou 
estenose; o átrio pode ser pequeno; à 
esquerda, o ventrículo é muito pequeno, a 
aorta pode apresentar atresia ou estenose, e 
o átrio pode ser reduzido em tamanho. A 
lateralidade associada a esses defeitos 
sugere um efeito adverso na especificação 
das células progenitoras cardíacas direitas 
e esquerdas nos estágios iniciais da 
morfogênese cardíaca. Os defeitos também 
podem surgir quando os fatores de 
transcrição hélice-alça-
hélice Hand1 (ventrículo esquerdo) 
e Hand2 (ventrículo esquerdo) que 
regulam o crescimento ventricular estão 
com a expressão desregulada. 
 
• Comunicação interatrial: é uma 
anomalia cardíaca congênita com uma 
incidência de 6,4/10.000 nascimentos e 
com uma prevalência de 2:1 em recém-
nascidos do sexo feminino em relação aos 
do sexo masculino. Um dos defeitos mais 
significativos é o defeito do óstio 
secundário, caracterizado por uma grande 
abertura entre os átrios esquerdo e 
direito. A anomalia mais séria desse grupo 
é a ausência completa de septo interatrial. 
Essa condição, conhecida como átrio 
comum ou coração trilocular 
biventricular, está sempre associada a 
defeitos importantes em outros locais do 
coração. Ocasionalmente, o forame oval se 
fecha durante a vida pré-natal. Essa 
anomalia, o fechamento prematuro do 
forame oval, resulta em hipertrofia maciça 
de átrio e ventrículo direitos e 
subdesenvolvimento do lado esquerdo do 
coração. A morte ocorre habitualmente 
logo após o nascimento. Os coxins 
endocárdicos do canal atrioventricular 
não dividem apenas esse canal em óstios 
direito e esquerdo, mas também participam 
na formação da parte membranosa do 
septo interventricular e no fechamento do 
óstio primário. Essa região tem a aparência 
de uma cruz, com os septos interatrial e 
interventricular formando a parte vertical, 
e os coxins endocárdicos, a parte 
horizontal. A integridade dessa cruz é um 
sinal importante nas ultrassonografias do 
coração. Sempre que os coxins 
atrioventriculares não se fundem, o 
resultado é um canal atrioventricular 
persistente, combinado com um defeito 
no septo cardíaco. Esse defeito septal tem 
um componente atrial e um ventricular, 
separados por folhetos valvares anormais 
no único óstio atrioventricular 
 
 
5 Roberta Medeiros – SOI I – S1 – M02 
• Atresia tricúspide: que envolve a 
obliteração do óstio atrioventricular 
direito, é caracterizada pela ausência ou 
pela fusão das valvas tricúspides. A atresia 
da valva tricúspide sempre está associada 
a: (1) persistência do forame oval; (2) 
comunicação interventricular (CIV); (3) 
subdesenvolvimento do ventrículo direito; 
e (4) hipertrofia do ventrículo esquerdo 
 
 
• Anomalia de Ebstein: é uma condição em 
que a valva tricúspide está deslocada na 
direção do ápice do ventrículo direito e, 
como resultado, há um átrio direito 
expandido e um ventrículo direito 
pequeno. Os folhetos das valvas estão 
posicionados anormalmente, e o folheto 
anterior está geralmente aumentado. Os 
folhetos da valva tricúspide estão 
deslocados em direção ao ápice do 
ventrículo direito e há expansão da região 
atrial direita. 
 
- O som dos batimentos cardíacos é decorrente 
principalmente da turbulência do sangue causada 
pelo fechamento das valvas cardíacas. 
- O fluxo tranquilo do sangue é silencioso 
- Durante cada ciclo cardíaco, existem 
quatro bulhas cardíacas, mas em um coração 
normal apenas a primeira e a segunda bulhas 
cardíacas (B1 e B2) são auscultadas com um 
estetoscópio. 
- A primeira bulha (B1), a qual pode ser descrita 
como um som de tum, é mais forte e um pouco 
mais longa do que a segunda bulha. B1 é causada 
pela turbulência do sangue associada ao 
fechamento das valvas AV logo depois de a 
sístole ventricular começar. A segunda bulha 
(B2), que é mais breve e não tão forte quanto a 
primeira, pode ser descrita como um som de tá. 
B2 é causada pela turbulência no sangue associada 
ao fechamento das valvas do tronco pulmonar e da 
aorta no início da diástole ventricular. Apesar de 
B1 e B2 serem decorrentes da turbulência do 
sangue associada ao fechamento de valvas, são 
mais bem auscultadas na superfície do tórax em 
locais que são um pouco diferentes das 
localizações das valvas. Isto porque o som é 
transportado pelo fluxo sanguíneo para longe das 
valvas. B3, que normalmente não é intensa o 
suficiente para ser auscultada, é decorrente da 
turbulência do sangue durante o enchimento 
ventricular rápido, e B4 é ocasionada pela 
turbulência do sangue durante a sístole atrial. 
 
6 Roberta Medeiros – SOI I – S1 – M02 
 
• Sopros cardíacos: 
As bulhas cardíacas fornecem informações 
valiosas sobre o funcionamento mecânico do 
coração. Um sopro cardíaco é um som anormal 
que é auscultado antes, durante ou depois das 
bulhas cardíacas normais, ou que pode mascarar 
as bulhas cardíacas normais. Os sopros cardíacos 
em crianças são extremamente comuns e, 
geralmente, não representam um problema de 
saúde. São mais frequentemente detectados em 
crianças entre os 2 e 4 anos de idade. Estes tipos 
de sopros cardíacos são chamados de sopros 
cardíacos inocentes ou funcionais; muitas vezes, 
diminuem ou desaparecem com o crescimento. 
Embora alguns sopros cardíacos em adultos sejam 
inocentes, com frequência um sopro no adulto 
indica um distúrbio valvar. Quando uma valva 
cardíaca apresenta estenose, o sopro cardíaco é 
auscultado quando ela deveria estar totalmente 
aberta, mas não está. Por exemplo, a estenose 
atrioventricular esquerda(ver correlaçãO clínica | 
Valvopatias cardíacas) produz um sopro durante o 
período de relaxamento, entre B2 e a B1 seguinte. 
Uma valva cardíaca incompetente, em 
contrapartida, causa o aparecimento de um sopro 
quando a valva deveria estar totalmente fechada, 
mas não está. Então, um sopro decorrente de 
incompetência da valva atrioventricular esquerda 
(ver correlaçãO clínica | Valvopatias cardíacas) 
ocorre durante a sístole ventricular, entre B1 e B2. 
 
 
1 Roberta Medeiros – S1 – M02 – SOI I 
APG IX – SISTEMA CIRCULATÓRIO 
OBJETIVOS 
 
1- Estudar a anatomia dos vasos 
2- Entender o que é aterosclerose e conhecer o 
processo inflamatório causado pela formação 
das placas de gordura 
3- Analisar como os hábitos de vida causam 
impacto na saúde 
4- Revisar Ciclo Cardíaco 
 
ANATOMIA DOS VASOS 
- Estrutura básica dos vasos: A parede de um vaso 
sanguíneo é composta por 3 camadas: um tecido 
epitelial interno (túnica íntima), uma de músculo liso e 
tecido conjuntivo elástico (túnica média) e um 
revestimento externo de tecido conjuntivo (túnica 
externa). 
- As diferenças estruturais se correlacionam com as 
diferenças de funções 
- Artérias: são classificados de acordo com o seu 
diâmetro, em grandes artérias elásticas, artérias de 
diâmetro médio ou artérias musculares e arteríolas. 
 Grandes Artérias Elásticas: As grandes artérias 
elásticas contribuem para estabilizar o fluxo 
sanguíneo e incluem a aorta e seus grandes 
ramos. 
 Corpos carotídeos: Corpos carotídeos são 
pequenos quimiorreceptores sensíveis à 
concentração de dióxido de carbono e 
oxigênio no sangue, encontrados perto da 
bifurcação da artéria carótida comum. 
 Seios carotídeos: Esses seios contêm 
barorreceptores que detectam variações na 
pressão sanguínea e transmitem essa 
informação ao sistema nervoso central. 
 Artérias Musculares: contêm a túnica média 
formada essencialmente por células 
musculares lisas 
 Arteríolas: diâmetro muito pequeno 
- Capilares: sofrem variações estruturais que os 
adaptam para exercer níveis diferentes de troca 
metabólica entre o sangue e os tecidos circunvizinhos. 
Os capilares são compostos de uma única camada de 
células endoteliais que se enrolam em forma de tubo. 
-Veias: das vênulas, o sangue é coletado em veias de 
maior calibre, arbitrariamente classificadas como 
veias pequenas, médias e grandes 
 
 
2 Roberta Medeiros – S1 – M02 – SOI I 
 
 
 
 
ATEROSCLEROSE E PROCESSO INFALAMATÓRIO 
CAUSADO PELA FORMAÇÃO DE PLACAS DE GORDURA 
- A aterosclerose é a maior responsável pela doença 
das artérias coronárias; 
- Para que ocorra a formação de placas de gordura é 
necessário que exista um processo inflamatório, do 
qual deve-se destacar: 
 Presença de algum fator irritante: lipídios (LDL 
colesterol), toxinas (nicotina – cigarro) e alta 
pressão sanguínea (hipertensão). 
 Danificação no endotélio 
 Depósito de LDL-c 
 Monócito -> macrófago -> célula espumosa 
-Lesões ateroscleróticas são caracterizadas por 
espessamentos focais da túnica íntima, pela 
proliferação das células musculares lisas e de 
elementos celulares e extracelulares do tecido 
conjuntivo, e pelo depósito de colesterol nas células 
musculares lisas e em macrófagos. 
-As artérias coronárias estão entre as que apresentam 
maior predisposição para desenvolver a aterosclerose 
- Quando há essa danificação no endotélio, o 
Colesterol (LDL) consegue entrar em contato 
diretamente com a parede do vaso. Esse LDL 
consegue se estender pela parede do vaso por causa 
do fluxo sanguíneo. Tal lipídio irá se oxidar, o que fará 
o sistema imunológico enviar células de combate, os 
monócitos. Esse glóbulo branco tentará eliminar o 
colesterol e, quando chegar ao endotélio, ele se 
converterá em macrófago. Entretanto, esses 
macrófagos começarão a se autodestruir, devido ao 
grande acúmulo de colesterol nos seus interiores. 
Quando essas células são visualizadas em um 
microscópio eletrônico, elas apresentam um formato 
de espuma, por isso são chamadas de células 
espumosas. 
-Com o aumento dessa inflamação mais células são 
danificadas, o que faz aumentar ainda mais as placas 
de gordura. Com efeito, as células do músculo liso 
(túnica média) começam a migrar para fora do tecido 
e adentrar nessas placas, visto que percebem o 
comportamento anormal do organismo e querem 
encobrir a placa porque não querem que o 
trombogênico, que significa coagulante, seja exposto 
ao sangue. Começa-se, então, a surgir uma casca 
fibrosa (de proteína feita de colágeno e elastina), 
isolando-a da corrente sanguínea. 
-Além disso, quando as células espumosas morrem 
elas induzem o músculo liso a depositar cálcio dentro 
da placa. O que torna as artérias bem rígidas 
-Essas placas acumuladas dentro dos vasos 
sanguíneos podem causar uma obstrução parcial ou, 
 
3 Roberta Medeiros – S1 – M02 – SOI I 
até mesmo, total das artérias. Geralmente a 
obstrução completa das artérias ocorre devido ao 
rompimento dessa placa, fazendo com que o material 
que estava dentro dela é expelido para o meio do 
vaso, formando um coágulo de sangue, impedindo 
totalmente o fluxo sanguíneo para chegar ao coração. 
- Se essa placa persistir obstruindo o fluxo sanguíneo 
para o coração, em cerca de 20 minutos, a parte que 
deveria ser irrigada pelo coração começará a morrer, 
caracterizando, assim, um infarto do miocárdio (IM). 
 
 
COMO OS HÁBITOS DE VIDA CAUSAM IMPACTO NA 
SAÚDE 
-De fato, a rotina de uma pessoa pode influenciar 
diretamente no seu bem-estar físico e mental. 
-Tudo se inicia a partir da alimentação, pois ela é a 
porta de entrada tanto para suprir as necessidades 
biológicas do ser humano quanto para proporcionar 
momentos de felicidade também. Uma alimentação 
saudável ajudará a manter ou suprir as quantidades 
necessárias de vitaminas, sais minerais, lipídios, 
carboidratos e proteínas. Com isso, o organismo, 
possivelmente, evitará desencadear diversas doenças, 
como diabetes, hipertensão e patologias ligadas a 
escassez de vitaminas (beribéri – escassez de B1, 
escorbuto – escassez de C, xerofitalmia – escassez de 
A, etc ). 
-Além disso, vale ressaltar a importância do hábito de 
exercícios físicos, que, aliados à uma boa alimentação 
saudável, consegue oferecer diversos benefícios para 
a saúde do indivíduo. Dentre eles, deve-se ressaltar a 
possibilidade de equilibrar o saldo calórico do nosso 
organismo e diminuir sintomas de problemas 
psicológicos (ansiedade, por exemplo), o estímulo 
fisiológico de vários órgãos e tecidos, como o 
muscular e a capacidade de promover a socialização. 
Evidentemente, se esses fatores não forem hábitos de 
uma pessoa, as consequências dessa faltam resultarão 
em um grande impacto negativo nesse ser. Isso pode 
ocorrer não apenas com o acometimento de doenças, 
mas também na socialização do ser humano e das 
pessoas que ele influencia. 
CICLO CARDÍACO 
Na contração, o músculo papilar puxa as cordas 
tendíneas e isso faz com que o sangue não volte para 
o átrio. 
-Nome dado ao intervalo de um batimento cardíaco 
completo até que um novo batimento ocorra. 
- O ciclo cardíaco pode ser explicado a partir de 
qualquer ponto, mas como forma de exemplificação, 
seguiremos a seguinte ondem: 
 Tum = 1ª bulha cardíaca (B1) 
B1= Fechamento das valvas ventriculares (AV) 
 Ta= 2ª bulha cardíaca (B2) 
B2 = Fechamento das valvas semilunares 
-Quando os ventrículos se enchem de sangue, longo 
em seguida eles se contraem e isso é chamado de 
sístole cardíaca, 
-Fases: 
1ª fase da sístole cardíaca: contração isovolumétrica 
2ª: ejeção cardíaca 
Ejeção rápida: ~70% do volume no primeiro terço de 
tempo 
Ejeção lenta: ~30% do volume nos 2/3 restantes do 
tempo 
Contração no ventrículo acaba, o que faz com que a 
pressão no interior do ventrículo seja menor do que 
na base da artéria que estava recebendo tal sangue 
1ª faseda diástole cardíaca: relaxamento 
isovolumétrico 
Enchimento rápido: ~70% do volume no primeiro 
terço do tempo 
Diástase cardíaca: fase de enchimento lento dos 
ventrículos 
3ª fase Sístole atrial: 20% do volume no último terço 
do enchimento 
Ao fim de cada sístole, existe o volume sistólico final 
(VSF – 50 ml). Ao fim de cada diástole, volume 
distólico final (VDF – 120 ml) 
 
1 Roberta Medeiros – SOI I/ APG – S1 – M02 
–
OBJETIVOS 
1. Compreender o que é anamnese 
direcionada\coerente, sua importância e 
como ela se encaixa em cada ocasião. 
2. Entender como deve ocorrer uma 
comunicação efetiva e ética entre 
médico\paciente. 
3. Compreender como deve ocorrer uma 
relação ética e comunicativa entre os 
profissionais 
ANAMNESE E SEUS DESDOBRAMENTOS 
- A anamnese é o primeiro contato que o 
médico irá estabelecer com o paciente. É a 
partir dela que este poderá trazer memórias 
relacionadas a doença. 
- Ela é feita estilo uma entrevista, por isso se 
tornará o núcleo da relação médico – 
paciente 
- A anamnese deve seguir princípios teóricos 
e éticos, com humanidade, pois, se ela for 
bem feita, os diagnósticos e tratamentos 
serão eficazes 
- Há alguns tipos de anamnese, entre eles 
estão: 
• Relato livre: espontâneo, não há 
interferência do médico 
• Condução objetiva: dirigida ou 
direcionada tecnicamente por 
esquema mental básico (geralmente 
mais utilizada por estudantes) 
• Relato livre + Condução objetiva 
- Além disso, a anamnese deve seguir alguns 
princípios: 
• Demonstração de TOTAL atenção ao 
paciente. Apresentar cumprimentos e 
preguntas acerca do nome dele, das 
situações de dor, ansiedade, sono, 
estresse, tristeza. Nesse momento 
que se estabelece a relação médico – 
paciente 
• Compreensão das condições 
socioculturais, pois elas podem ser 
determinantes no diagnóstico de 
algumas doenças 
• Atenção para perceber e observar 
distúrbios aparentes 
• Cuidado com preconceitos e ideias 
preconcebidas 
- Se esse procedimento for bem realizado, os 
sintomas bem investigados, o exame físico 
ajudará a ser mais objetivo 
- Um histórico clínico mal concebido pode 
ocasionar vários erros de diagnóstico e 
colocar a vida do paciente em risco 
- O médico após obter as queixas e os 
sintomas do paciente deve ter um raciocínio 
clínico 
- Não pode omitir informações na anamnese 
por conta de exames complementares 
- O tempo que um médico conduz uma 
anamnese pode classifica-lo em competente 
e incompetente 
- O que não deve faltar em uma anamnese? 
 Nome: não se deve utilizar rotulações 
ou numerar os pacientes 
 Idade: cada grupo etário tem suas 
próprias doenças 
 Sexo: prevalência de determinadas 
doenças quanto ao gênero e a raça 
 Raça/etnia 
 Estado civil 
 Profissão: pode ter relação causal ou 
agravante da doença atual 
 Local de nascimento e procedência de 
moradia 
 Religião 
- Componentes da anamnese: 
1 – Queixa principal (QR): 
• O que motivou a doença? 
• Por que o paciente me procurou? 
• O que o(a) senhor(a) está sentindo? 
 
2 Roberta Medeiros – SOI I/ APG – S1 – M02 
Ex: “dor de cabeça”, “falta de ar”, “dor de 
barriga” etc 
• As palavras do paciente devem ser 
escritas. Se o profissional quiser 
utilizar “” para referir a elas, também é 
possível. 
• É PROIBIDO PRÉ- DIAGNÓSTICOS! 
2 – História da Doença Atual (HDA): 
• O médico não pode induzir respostas! 
• Deve-se apurar exames, tratamentos 
e a evolução da doença 
• O profissional deve ler a história 
escrita para o paciente, para que o 
mesmo possa confirmar, corrigir ou 
acrescentar algo 
• SINTOMA GUIA: a queixa mais longa, 
ou o sintoma mais destacado (QP) 
• ESQUEMA PARA A ANÁLISE DE UM 
SINTOMA: 
 INÍCIO: “quando a dor surgiu?” 
 CARACTERÍSTICA DO 
SINTOMA: “onde dói?”, “quanto 
tempo dura?” 
 FATORES DE MELHORA OU 
DE PIORA: “o que melhora a 
dor?”, “o que piora a dor?” 
 RELAÇÃO COM OUTRAS 
QUEIXAS: “você está 
tossindo?”, “está com falta de 
ar?” 
 EVOLUÇÃO: “nos últimos três 
dias essa dor mudou?” 
 SITUAÇÃO ATUAL: “como está 
a dor hoje?” 
3 – Interrogatório sintomatológico 
• Ajudará a complementar a história da 
doença e pode ser denominada de 
“Anamnese especial” ou revisão dos 
sistemas 
• Será útil para reconhecer 
enfermidades sem relação com o 
quadro sintomatológico na HDA 
• SISTEMATIZAÇÃO DO IS: 
 Sintomas gerais -> febre, 
astenia, sudorese, calafrios, 
cãibras, alterações de peso 
 Pele e fâneros 
 Cabeça e pescoço 
 Tórax 
 Abdome 
 Sist. Hematolinfopoiético 
 Sist. Geniturinário 
 Sist. Endócrino 
 Coluna vertebral, ossos, 
articulações e extremidades 
 Músculos 
 Artérias, veias, linfáticos e 
microcirculação 
 Sistema nervoso 
 Exame psíquico e avaliação 
das condições emocionais 
4 – Antecedentes pessoais e familiares (APF) 
• Avalia-se o estado de saúde passado 
e presente pessoais e familiares, visto 
que pode influenciar no processo 
saúde-doença 
• Investiga-se: 
 Gestação e nascimento 
 Desenvolvimento psicomotor e 
neural 
 Desenvolvimento sexual 
 Doenças sofridas pelo paciente 
 Alergias 
 Cirurgias, traumatismos, 
transfusões sanguíneas 
 História obstetrícia 
 Vacinas 
 Medicamentos em uso 
5 – Hábitos de Vida (HV) 
• Nesse item, investiga-se os hábitos de 
vida do paciente: 
 Alimentação 
 Ocupação atual e as anteriores 
 Atividades físicas 
 Se há uso de tabaco, bebidas 
alcoólicas, anabolizantes e 
drogas 
6 – Condições socioeconômicas e culturais 
• Avalia-se a condições financeiras, 
situações afetivas familiares, religião, 
escolaridade, condições de moradia 
etc. 
 
 
3 Roberta Medeiros – SOI I/ APG – S1 – M02 
ÉTICA MÉDICA ENTRE PACIENTES E 
OUTROS PROFISSIONAIS 
-A ética está relacionada ao caráter. É a 
conduta segundo a moral que vê atitudes 
pela razão 
- A ética médica é a conduta centrada no 
paciente. Ela deve respeitar a dignidade 
(reconhecer sentimentos morais e religiosos) 
e reconhecer valores (reconhecer as 
necessidades materiais) 
- No cotidiano de uma medicina ruim, ocorre: 
negligência, imprudência e imperícia 
- A bioética é a reflexão sobre a adequação 
das ações que envolvem a vida e o viver 
- A relação médico-paciente faz parte da 
essência da profissão médica 
- Ao longo da história, houve uma evolução 
dessa relação. Antes, ela era paternalista e 
autoritária, que havia monopólio dos 
conhecimentos sobre doenças e tratamentos. 
Atualmente, a relação é contratualista, pois 
há o reconhecimento de direitos e deveres, 
possibilidades e limitações. 
- Existem alguns cuidados na relação: 
• Preservação do sigilo médico 
• Evitar juízo de valor sobre atitudes e 
comportamentos do paciente 
• Ter paciência 
• Uso de habilidades de comunicação 
• Neutralidade 
- As principais expectativas do paciente: 
• Ser ouvido 
• Ser visto como um todo, não apenas 
como uma parte ou diagnóstico 
• Ser atendido por um médico 
competente 
• Não ser abandonado 
- Principais princípios da relação médico-
paciente: 
• Consideração da condição humana do 
paciente 
• Precaução com palavras e atitudes 
• Isonomia de atenção entre os 
pacientes 
• Portação adequada aos pacientes 
• Reconhecimento dos limites de 
atuação 
• Aprimoramento contínuo 
-Padrões e comportamentos médicos: 
• Paternalista 
• Autoritário 
• Agressivo 
• Inseguro 
• Tecnista 
• Otimista 
• Pessimista 
• Rotulador 
• Frustrado 
• Sem vocação 
-Padrões e comportamentos do paciente: 
• Ansioso: gaste mais tempo com fatos 
não relacionados a doença, pode 
reduzir a tensão 
• Deprimido: conquiste a atenção e 
confiança 
• Que chora: deixe-o chorar sem 
indagação e consolo, leve toque na 
mão, um abraço ou silêncio respeitoso 
• Verborreico: recondução contanteção 
relato dos sintomas 
• Hostil: tenha serenidade e 
autoconfiança 
• Agitado: se for grave, contenção física 
e/ou uso de antipsicóticos 
• Eufórico 
• Comretardo mental de fácil 
reconhecimento: adotar raciocínio 
simples, com perguntas diretas e 
corriqueiras 
• Hipocondríaco: ouvir com paciência e 
compreensão – atitudes firmes 
• Surdo: buscar apoio da família para 
melhores compreensões 
• Em estado grave: postura objetiva e 
coletar dados para diagnóstico e 
exame direcionado 
• Paciente terminal: sem possibilidade 
terapêutica curativa – neoplasias 
 
4 Roberta Medeiros – SOI I/ APG – S1 – M02 
malignas avançadas – posição médico 
-paciente difícil. 
 
 
 
 
 
 
 
 
1 Roberta Medeiros – SOI I – S1 – M02 
– – “ ”
 
Objetivos 
1 - Estudar os canais iônicos 
2 - Conhecer como funciona a eletrofisiologia do 
coração 
3 - Analisar como a atividade elétrica do coração pode 
ser interpretada e representada 
Canais Icônicos 
- Os canais icônicos ficam localizados em partes 
específicas da membrana plasmática das células. Eles 
são proteínas transmembranas integrais, ou seja, 
estendem-se do exterior celular até o seu interior. 
Eles são os responsáveis por permitir a passagem de 
íons inorgânicos de baixa carga, que fazem parte de 
vários processos fisiológicos, como a Bomba de Na+ e 
K+. 
-Permitem a passagem de íons inorgânicos pequenos 
que são muito hidrofílicos para penetrar no interior 
apolar da bicamada lipídica. 
 
- A maioria dos canais iônicos são seletivos, ou seja, só 
passa um tipo de íon. 
-O tipo de transporte de membrana que utiliza esses 
poros é a difusão facilitada mediada por canal. 
Eletrofisiologia do Coração 
- Automaticidade cardíaca 
- O maestro principal: Nó sinoatrial (localizado no 
átrio direito), pois ele realiza esse ciclo bem mais 
rápido do que qualquer outra parte do sistema de 
condução. Se esse falhar, outros podem assumir, 
porém sem a mesma eficiência, diminuindo a 
frequência cardíaca. 
- Esses impulsos são transmitidos não apenas pelo 
sistema especializado, mas também por células 
musculares cardíacas que formam o sincício, ou seja, 
agem como se fossem uma única coisa. Se excitar uma 
célula, todas as demais também serão excitadas. 
- Trajeto do impulso elétrico: 
1. Criação no nó sinusal (sinoatrial) 
2. Sua propagação pelas vias intermodais até o 
Nó atrioventricular 
3. O impulso passa para o átrio esquerdo por 
meio do Feixe de Bechmann (até esse 
momento o impulso fica limitado aos átrios, 
devido ao isolamento elétrico criado pelo 
esqueleto fibroso, permitindo que prossiga 
apenas pelo sistema de condução). Isso 
ocorre para que a sístole atrial ocorra antes 
da sístole ventricular, permitindo que o 
sangue acumulado nos átrios seja ejetado 
para os ventrículos. 
4. A partir daí, após o atraso do nó 
atrioventricular, o impulso segue pelo feixe 
atrioventricular e pelos seus ramos esquerdo 
e direito, por meio do septo interventricular 
até o ápice cardíaco 
5. Do ápice cardíaco, o impulso segue pelas 
paredes livres, pelas fibras de Purkinje, 
alcançando todo o restante dos ventrículos 
6. Devido essa conformação das fibras de 
Purkinje, a despolarização ocorrerá do ápice 
para a base. Ou seja, os ventrículos ordenam 
o sangue em direção a base cardíaca, que 
ficam os óstios dos grandes vasos, que são as 
rodas desejadas no momento pelo ciclo 
(maior eficiência na ejeção) 
- A despolarização ocorre pela mudança nas 
concentrações iônicas 
- Tudo ocorre nos canais iônicos presentes na 
membrana celular, especialmente nos de Na, K e Ca 
- Inicialmente, o meio intracelular se encontra com a 
carga negativa em relação ao meio extracelular. Ou 
seja, a célula está polarizada, com uma concentração 
de K maior no seu interior e de Na e Ca maior no meio 
externo 
-Essa diferença se mantem devido a 
impermeabilidade da membrana e pelo trabalho da 
 
2 Roberta Medeiros – SOI I – S1 – M02 
bomba de sódio e potássio, que favorece essas 
concentrações utilizando energia (ATP) 
- Os canais seletivos desses íons se abrem, permitindo 
o deslocamento deles a favor do gradiente de 
concentração quando estão sob determinada 
voltagem 
- Os canais de sódio lento permitem uma entrada 
constante de Na, que aos poucos irá “positivando” 
esse potencial. Quando o potencial chega a -40mV (o 
potencial inicial é -60mV), os canais de cálcio 
dependentes de voltagem se abrem, permitindo um 
grande influxo de cálcio, o que eleva o potencial a 
valores positivos, ou seja, leva a despolarização da 
membrana 
- Quando o potencial da membrana se torna positivo, 
os canais de potássio se abrem, repolarizando 
novamente a membrana. A partir daí, as bombas de 
Na e K e as bombas de Ca retomam as concentrações 
originais, expulsando o Na e o Ca e recapitando o K 
para a célula 
 
 
- Essa perturbação é chamada a nível celular de 
potencial de ação 
- Esse processo acontece 1 vez por segundo. O que 
teoricamente quer dizer que nosso coração bate 1 
vez/segundo 
 
-Criação do potencial de ação nos nós = resposta lenta 
-Condução do impulso elétrico nas demais células 
cardíacas = resposta rápida 
- Como ocorre a reposta rápida: 
• Nas demais células cardíacas, haverá outros 
tipos de canais de iônicos: os canais de Na 
(rápido) e Ca (igual ao do sinoatrial) e de K 
(lento) 
• As células musculares cardíacas possuem as 
junções comunicantes (GAP) e o retículo 
sarcoplasmático, que é uma estrutura que 
armazena cálcio internamente. Nesses, 
existem canais de cálcio dependentes de 
voltagem 
• Alguns dos íons de Na e Ca que entraram na 
fase de despolarização no potencial de ação, 
irão para as células adjacentes por meio das 
junções comunicantes e lá desencadearão 
outro processo 
• Na condução, o gatilho para a perturbação do 
equilíbrio será a entrada desses íons. Isso 
 
3 Roberta Medeiros – SOI I – S1 – M02 
porque o potencial de membrana dessas 
outras células cardíacas (inicialmente a -
90mV) será levemente positivado, o suficiente 
para abrir os canais de sódio rápido e 
desecandear um grande influxo de sódio, 
consequentemente depolarizando a 
membrana BRUSCAMENTE 
• Essa despolarização irá resultar na abertura 
dos outros dois canais. O de cálcio irá se abrir 
devagar, logo o potássio começa a sair 
repolarizando a célula, porém, em uma 
velocidade menor, o cálcio começa a entrar 
• A entrada de cálcio não permite uma 
repolarização brusca (forma o efeito platô – 
pois as cargas que estão entrando e saindo 
serão equilibradas) e dispara a saída do cálcio 
armazenado no retículo sarcoplasmático 
• Logo, uma grande quantidade de cálcio se 
concentra no meio intracelular, o que é 
importantíssimo, pois é ele que dispara o 
processo de contração muscular 
• Com a leve queda do potencial no platô, os 
canais de cálcio voltam a fechar novamente, 
pois ele deixa de ser adequado para mantê-
los abertos. 
• Com isso, a repolarização ocorre 
RAPIDAMENTE, pois apenas o potássio está 
saindo 
• As bombas irão restabelecer as concentrações 
iniciais, inclusive dentro do retículo 
sarcoplasmático 
 
- Fases 
• Fase 0: despolarização (pelo Na) 
• Fase 1: repolarização inicial (saída de K) 
• Fase 2: platô (equilíbrio da mov. do K e do Ca) 
• Fase 3: repolarização final (saída unicamente 
de K) 
• Fase 4: restauração das concentrações 
 
- Período refratário: durante esse período a célula ou 
está inviabilizada de sofrer nova despolarização ou 
necessita de um estímulo muito maior 
• Efetivo: os canais de Na não serão novamente 
abertos, independentemente do potencial 
• Relativo: os canais só serão abertos se ocorrer 
um potencial maior do que o exigido 
anteriormente 
- Esses períodos são importantes para que as células 
miorcárdias não entrem em tentania, ou seja, fiquem 
mais tempo do que o necessário contraídas. Ou seja, 
apenas quando entrar na fase 4, é que os canais 
atenderão aos potenciais padrões 
 
Interpretação e representação da atividade 
cardíaca 
- Todo o trajeto do impulso cardíaco pode serregistrado no eletrocardiograma (ECG) 
 
4 Roberta Medeiros – SOI I – S1 – M02 
 
- O ECG é tipo como se fosse uma filmadora que fará 
registros do impulso elétrico a partir da posição do 
ápice do coração, considerando se o mesmo se 
aproximou e se afastou dela 
- O impulso sai do nó sinoatrial (sinusal) em direção ao 
nó atrioventricular, despolarizando os átrios. Ou seja, 
aproximando-se da “câmera” que registra a onda 
positiva (onda P). 
- O nó atrioventricular atrasa o impulso e, como não 
há movimentação, o ECG registra apenas uma linha 
reta que é o segmento PR. 
- Na despolarização inicial do septo, é preciso que 
todas as resultantes se afastem da “câmera” e registe 
a onda negativa Q 
- O impulso segue bruscamente em direção ao ápice, 
pelos ramos, aproximando-se bastante da 
“filmadora”, registrando a grande onda R 
- Posteriormente, há a subida pelas paredes livres dos 
ventrículos se afastando novamente da câmera, o que 
forma a onda negativa S, despolarizando os 
ventrículos 
- Após a despolarização, as células voltam ao seu 
estágio inicial (repolarização), formando a onda T 
-Resumindo: 
• A onda P é a despolarização dos átrios, ou 
seja, é quando eles recebem o estímulo da 
contração 
• O complexo QRS é a despolarização dos 
ventrículos 
• A onda T é a repolarização dos ventrículos 
• A repolarização dos átrios ocorre em um 
período semelhante a despolarização 
ventricular, que é mais intensa e por isso não 
aparece no ECG 
 
Referências Bibliográficas 
Berne & Levy, fisiologia humana 
Guyton & Mall, fisiologia Médica 
 
1 Roberta Medeiros – SOI I – S1 – M02 
APG XII – A SAÚDE DAS 
PERNAS 
Objetivos 
1. Estudar a anatomia e fisiologia dos vasos nos membros inferiores. 
2. Entender como funciona o retorno sanguíneo. 
3. Abordar ações de promoção e proteção da saúde do trabalhador. 
Anatomia e fisiologia dos vasos nos membros inferiores 
- Os membros inferiores possuem veias superficiais localizadas no tecido subcutâneo (veia safena parva e 
safena magna) e veias profundas que acompanham as principais artérias 
- A artéria ilíaca externa supre os músculos da parede abdominal e o membro inferior 
- A artéria femoral é a continuação da artéria ilíaca externa após o ligamento inguinal e ela supre o períneo, 
o quadril, a coxa e o joelho 
- Na altura da região poplítea origina a artéria poplítea, que se estende até a margem inferior do músculo 
poplíteo. 
- A artéria tibial posterior se estende ao longo face posterior da perna e origina as artérias planares medial e 
lateral 
- A artéria tibial anterior se estende pela face anterior da perna e dá origem à artéria dorsal do pé 
-As artérias digitais dorsais se originam das artérias metatarsais dorsais 
 
 
 
2 Roberta Medeiros – SOI I – S1 – M02 
 
- As duas principais veias superficiais no membro inferior são as veias safenas e parva 
- A veia safena magna é formada pela união da veia dorsal do hálux e o arco venoso dorsal do pé 
 
 
 
 
Retorno sanguíneo 
- À semelhança dos membros superiores, o sangue dos membros inferiores é drenado por veias superficiais e 
profundas 
- Todas as veias dos membros inferiores apresentam válvulas, que são mais numerosas do que nas veias dos 
membros superiores 
 
 
3 Roberta Medeiros – SOI I – S1 – M02 
 
- O retorno venoso nos membros inferiores começa inicia nos arcos venosos do pé (dorsal e plantar) 
-Dos arcos venosos, as veias se convergem para a veia safena magna e parva 
- A veia safena magna se estende por todo o comprimento do membro inferior (considerada a maior do 
corpo) e coleta sangue das veias superficiais e através do hiato safeno desemboca na veia femoral 
- A veia femoral é uma veia profunda que acompanha a artéria femoral do hiato dos adultos ao ligamento 
inguinal e recebe sangue de todas as veias que drenam o membro inferior 
Saúde do trabalhador 
- Compreende práticas interdisciplinares e interinstitucionais 
- Sua abordagem busca superar a saúde ocupacional e a medicina do trabalho, pois além da medicina e 
engenharia de segurança, inclui outras disciplinas: a epidemiologia, a administração e planejamento em 
saúde e as ciências sociais em saúde 
-Saúde e doença estão condicionados e determinados pelas condições de vida das pessoas e são expressos 
entre os trabalhadores também pelo modo como vivenciam as condições, os processos e os ambientes em 
que trabalham. 
 
4 Roberta Medeiros – SOI I – S1 – M02 
- A execução das ações de ST, segundo a Constituição Federal, Art. 200 é competência do SUS devendo 
este:”II - executar as ações de vigilância sanitária e epidemiológica, bem como as de saúde do trabalhador; 
e...VIII - colaborar na proteção do meio ambiente, nele compreendido o do trabalho”. 
- A atuação da área de Saúde do Trabalhador ultrapassa os limites do SUS e deve ser realizada 
necessariamente em conjunto com outras áreas do poder público, com a cooperação da sociedade e dos 
próprios trabalhadores organizados pois estes são os que conhecem de fato seu trabalho e os riscos a que 
estão submetidos. 
- A Política Nacional de Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora- PNST: 
 são definidos os princípios, as diretrizes e as estratégias nas três esferas de gestão do SUS – federal, 
estadual e municipal, para o desenvolvimento das ações de atenção integral à Saúde do Trabalhador, 
com ênfase na vigilância, visando a promoção e a proteção da saúde dos trabalhadores e a redução da 
morbimortalidade decorrente dos modelos de desenvolvimento e dos processos produtivos sendo este 
o seu objetivo. 
- Quem são os trabalhadores para os quais o SUS dirige a PNST? 
 São todos os trabalhadores, independentemente de sua localização, urbana ou rural, de sua forma de 
inserção no mercado de trabalho, formal ou informal, de seu vínculo empregatício, público ou 
privado, assalariado, autônomo, avulso, temporário, cooperativados, aprendiz, estagiário, doméstico, 
aposentado ou desempregado; diferentemente do público alvo do Ministério do Trabalho e Emprego 
e da Previdência Social que se ocupam dos trabalhadores formais. 
- Como o SUS realiza a PNST? 
 Articulando ações individuais de assistência e de recuperação dos agravos, com ações coletivas, de 
promoção, de prevenção, de vigilância dos ambientes, processos e atividades de trabalho, e de 
intervenção sobre os fatores determinantes da saúde dos trabalhadores; ações de planejamento e 
avaliação com as práticas de saúde; o conhecimento técnico e os saberes dos trabalhadores. 
- São alguns objetivos da PNST: 
 Fortalecer a Vigilância em ST e integrá-la aos demais componentes da Vigilância em Saúde; 
 Promover a saúde e ambientes e processos de trabalho saudáveis; 
 Ampliar o entendimento da ST como ação transversal, identificando a relação saúde-trabalho em 
todos os pontos da rede de atenção; 
 Incluir nas análises de situação de saúde e nas ações de promoção da saúde a categoria trabalho; 
 Identificar a situação do trabalho dos usuários nas ações e serviços de saúde e considerar o trabalho 
das pessoas e suas consequências nas intervenções em saúde; 
- Principais estratégias de implantação da PNST 
 Análise do perfil produtivo e da situação de saúde dos trabalhadores; 
 Estruturação da Rede Nacional de Atenção Integral à Saúde do Trabalhador- RENAST no contexto 
da 
 Rede de Atenção à Saúde: ações junto à APS, à Urgência e Emergência e Atenção Especializada 
(Ambulatorial e Hospitalar). 
 Fortalecimento e ampliação da articulação intersetorial; 
 Estímulo à participação da comunidade, dos trabalhadores e do controle social; 
 Desenvolvimento e capacitação de recursos humanos; 
 
5 Roberta Medeiros – SOI I – S1 – M02 
 Apoio ao desenvolvimento de estudos e pesquisas. 
 
 
 
1 Roberta Medeiros – SOI I – S1 – M02