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1 Roberta Medeiros – SOI I - S1 – M02 – Objetivos 1- Compreender o que é metodologia ativa e seus diferentes tipos e diferenciá-la da tradicional. 2- Conhecer as vantagens e desvantagens da metodologia ativa e da tradicional. 3- Analisar como deve ser feito o trabalho em equipe 4- Estudar como deve ser feito o feedback. 5- Entender os aspectos éticos em relação aos direitos de imagem e voz. Metodologia ativa e seus aspectos - Na educação a distância, principalmente, a metodologia ativa tem bastante espaço - A metodologia ativa é um processo de ensino- aprendizagem no qual o aluno é colocado como protagonista e o professor assume um papel de suporte. - Autonomia do aluno é estimulada de forma que ele seja capaz de construir o próprio conhecimento. - A construção de novos modelos de aprendizagem requer constante empenho, visando ao seu aperfeiçoamento - Momentos de estudo se prolongam muito além dos horários das aulas - Diferenças da metodologia ativa para a tradicional: • No método tradicional, a construção do conhecimento gira em torno do professor, que o transmite em uma sala de aula para alunos que se ocupam com anotações ou mesmo com alguma distração • Após certa quantidade de aulas expositivas, uma avaliação é aplicada para averiguar o que os alunos supostamente aprenderam. • A passividade dos estudantes • Na metodologia ativa, os alunos são incentivados o tempo todo a fazerem pesquisas, leituras e atividades desafiadoras - Diferentes tipos de metodologia ativa: • Sala de aula invertida: o estudante entra em contato com o conteúdo curricular antes da aula na qual o tema será abordado • Gamificação: busca trazer jogos para a sala de aula, e assim fazer dos celulares aliados na aprendizagem dos conteúdos das aulas. • Aprendizagem entre pares • PBL: construção do conhecimento a partir da discussão em grupo de um problema. • TBL: baseada em equipes envolve algumas etapas que começa na formação dos grupos e seguem até o final da disciplina. -Desvantagens da metodologia ativa: • Maior dificuldade na garantia de um aprendizado comum a todos. • Difícil aceitação dos alunos no começo (já que exige mais esforço) - Como deve ser feito o feedback: ele deve ser realizado por interpares, de forma justa e coerente, visando a melhoria no intelecto e no desempenho Referências bibliográficas - Strengths and weaknesses in the use of active learning methods / Revista Brasileira de Educação Médica Print version ISSN 0100-5502 Rev. bras. educ. med. vol.34 no.1 Rio de Janeiro Jan./Mar. 2010 Maria José Sanches MarinI; Edna Flor Guimarães LimaII; Ana Beatriz PaviottiI ; Daniel Tsuji MatsuyamaI; Larissa Karoline Dias da SilvaI; 2 Roberta Medeiros – SOI I - S1 – M02 Carina GonzalezI; Suelaine DruzianIII; Mércia IliasI 1 Roberta Medeiros – SOI I – APG – S1 – M02 – – OBJETIVOS 1- Estudar o que é célula e qual a sua composição estrutural. 2- Entender quais as organelas citoplasmáticas, e suas funções. 3- Conhecer as proteínas de membrana seu processo de produção e processamento 4- Compreender a estrutura do DNA, RNA e os cromossomos ESTRUTURA CELULAR - A maioria das células do corpo humano são eucarióticas (núcleo delimitado por uma membrana), ou seja, com exceção das hemácias - Compartimentos: núcleo, citoplasma, componentes celulares e membrana plasmática -Núcleo: armazenamento de material genético e enzimas (responsáveis pela transcrição) -Membrana (separa o intra do extra celular) ORGANELAS CITOPLASMÁTICAS -Mitocôndria: síntese de ATP, DNA e RNA próprios, 2 membranas e espaço intermembranoso (liquido semelhante ao do citoplasma das células), cristas (fosforilação oxidativa), matriz mitocondrial (DNA e RNA mitocondrial) - Retículo endoplasmático rugoso: ligação com ribossomos, tradução do RNAm (síntese e secreção de proteínas) -Complexo de Golgi: embalagem e proteínas do Reticulo endoplasmático rugoso - Retículo endoplasmático liso: sem ribossomos, síntese de lipídios, converte moléculas hidrofóbicas em hidrossolúveis. Em células miocárdicas são chamados de retículo sarcoplasmático (função importante no aparelho contrátil, pois sequestra cálcio) -Lisossomos: função degradativa, interior ácido e presença de enzimas Obs: PROTEOSSOMO • Função degratativa • Nobel 2004 - Ubiquitina • Beijo da morte – “processador de lixo” - Ribossomos: livres no citoplasma, tradução do RNAm, síntese de proteínas citosólicas -Peroxissomos: possuem enzimas oxidativas, oxidam ácidos graxos -Citoesqueleto: dinâmico, filamentos proteicos • Microtúbulos: mitose e meiose, responsáveis por tracionar os cromossomos • Filamentos de actina: aparelho contrátil • Filamentos intermediários: filamentos de queratina MEMBRANA PLASMÁTICA E SEUS TRASNPORTES - Transporte seletivo de moléculas - Reconhecimento (através de antígenos de superfície) - Comunicação celular - Organização em tecidos - Atividade enzimática - Determina a forma celular (interage com o citoesqueleto) - Composição: • Bicamada lipídica • Proteínas • Estrutura mosaico fluido • Fosfolipídios 2 Roberta Medeiros – SOI I – APG – S1 – M02 Álcool + fosfato Polar: cabeça hidrofílica Apolar: duas cadeias de ácidos graxos hidrofóbicas • Glicolipídios: açúcar (hidrofílica) • Colesterol: OH (hidrofílica) e região esteróide PROTEÍNAS DE MEMBRANA - Integrais: transmembranas (atravessam toda membrana), permitem a passagem de determinadas substâncias - Periféricas - Transporte pela membrana • LIC E LEC: H2O + Solutos • Estrutura da membrana: barreira inteligente • Atravessam a membrana: Difusão simples: gases e etanol Difusão facilitada (proteínas de transporte): H2O (aquaporinas) e solutos Bomba de Na e P ATPase por proteínas de membrana • Passagem de íons: pode ocorrer através de canais seletivos ou não seletivos Mecanismo • Carreadores de soluto: uniportadores (uma substância em único fluxo), simportadores (duas substâncias em único fluxo), antiportadores (duas substâncias em fluxos opostos) • Transportes dependentes de ATP: ATPase: tipo P e V ABC (ATP – binding cassette/atp que se junta a um conjunto de aminoácidos) - Transporte ativo e passivo • Passivo: a favor do gradiente • Ativo: contra o gradiente - Osmose: passagem de água pela membrana, ditada pela pressão osmótica (pressão que o soluto exerce para passar a membrana, ou seja, quanto mais soluto maior a pressão osmótica) - Osmolalidade vs. Osmolaridade Quantidade Pressão osmótica de mol. na- quele sol. - Tonicidade: propriedade determinada solução - > volume celular - Pressão Oncótica: pressão osmótica de grandes moléculas (pressão do plasma) ex: Kwashiorkor (diminuição da albumina, diminuição da pressão oncótica e extravasamento do plasma) - Transporte Vesicular: • Endocitose: transporte de substâncias para dentro da célula, por meio de vesículas - pinocitose (pequenas moléculas), fagocitose (grandes partículas, ex: resto de bactéria), mediada por receptores de superfície • Exocitose: transporte de substâncias para fora da célula, por meio de vesículas – constitutiva (da própria célula), regulada (ex: hormônios), transcitose (mesma vesícula que entrou por endocitose, sai por exocitose) 3 Roberta Medeiros – SOI I – APG – S1 – M02 NÚCLEO, DNR, RNA E CROMOSSOMOS - Centro de controle das atividades celulares, pois contém os cromossomos (DNA – nosso material genético) - Visível apenas quando a célula está em interfase - Geralmente é único de 5 a 10 uM e tem formato variável - Cora pela hematoxilina, basófilo (por conta dos grupos de fosfato) - Componentes celulares: envoltório nuclear, cromatina, nucléolo,matriz celular e nucleoplasma • Envoltório nuclear (carioteca): separa o conteúdo nuclear do citoplasma, formado por duas membranas (ext:contém polirribossomos, contínuo com RE granuloso / int: relacionada com a cromatina, cistena perinuclear – espaço entre membranas, poros) • Cromatina: dois tipos (heterocromatina: condensada e inativa / eucromatina: difusa e ativa – quanto mais eucromatina tiver na célula, maior a produção de protreica) DNA + Proteínas (histonas) = nucleassomo (oito moléculas de histonas + envolvidas por DNA), esses nucleassomos se organizam cada vez mais até formar o cromossomo Cromatina sexual: mamíferos do seco femino, um dos cromossomos X se mantém condesado no núcleo interfásico, utilizada para verificação do sexo genético • Nucléolo: fábrica para a produção de ribossomos, formação de intranucleares arredondadas (basófilas, constituídas por RNA ribossomal e proteínas) • Matriz nuclear: estrutura fibrilar que suporta as estruturas nucleares, principal componente é a lâmina nuclear Lâmina nuclear: rede de meléculas proteicas fibrosas, ligada a face interna do envoltório nuclear, estabiliza o envoltório nuclear, apoia os cromossomos interfásicos, regula o ciclo celular, diferenciação e expressão dos genes, replicação e transcrição do DNA • Nucleoplasma: componente granuloso que preenche o espaço entre elementos do núcleo, soluto com água, íons, aminoácidos, metabólitos e precursores - O RNA é feito na fase G1 (interfase) da divisão celular - O DNA é feito na fase S (interfase) - Estrutura dos cromossomos: - Classificação dos cromossomos de acordo com a posição do centrossomo: Obs: inexistência de cromossomos telocêntricos na espécie humana, pois a expectativa de vida da célula seria muito menor - Cariótipo Humano: conjunto dos cromossomos (46) • Cromossomos autossomos 44, divididos em 22 pares, iguais para ambos os sexos 4 Roberta Medeiros – SOI I – APG – S1 – M02 • Cromossomos sexuais 2, dividido em 1 par – último par - (xy ou xx) - Organização dos cromossomos humanos: • Por isso as síndromes cromossômicas mais comuns na espécie humana são a Síndrome de Donw (21), Síndrome de Edwards (18), Síndrome de Patau (13), pois esses cromossomos têm menos genes 1 Roberta Medeiros – SOI I – S1 – M02 – – - Estudar a anatomia e fisiologia do coração e sua função como bomba - Compreender a contração e o relaxamento do músculo cardíaco - Conhecer os fatores hormonais, psicológicos, fisiológicos e ambientais que influenciam o funcionamento cardíaco - O coração é como uma bomba que faz o sangue circular por todo corpo e assim consiga alcançar todas as células e troque materiais com ela -O coração se contra cerca de 100.000 mil vezes por dia, o que perfaz 35 milhões de contrações por ano - Localização do coração: • Repousa sobre o diafragma, próximo a linha mediana da cavidade torácida • Encontra-se no mediastino (região que se estende do esterno à coluna vertebral, da primeira costela ao diafragma), entre os pulmões • O ápice do coração representa a ponta do ventrículo esquerdo e está sobre o diagrama e direcionado para frente, para baixo e para a esquerda • A base do coração está do lado oposto ao ápice e constitui a sua face posterior - A membrana que envolve o coração é pericárdio e ela restringe o coração à sua posição no mediastino, possibilitando liberdade de movimento suficiente para a contração vigorosa e rápida - O pericárdio pode ser dividido em duas partes: • Pericárdio fibroso: superficial, tecido conjuntivo inelástico, denso, resistente e irregular, impede a hiperdistensão do coração, fornece proteção e ancora o coração no mediastino • Pericárdio seroso: mais profundo, membrana mais fina. A lâmina parietal do pericárdio seroso mais externa está fundida ao pericárdio fibroso • A inflamação no pericárdio é chamada de pericardite - A parede do coração é formada por três camadas: o epicárdio, o miocárdio e o endocárdio • O epicárdio é camada mais externa e é composta por duas camadas • A camada média é chamada de miocárdio que é responsável pela ação do bombeamento do coração e é composto por tecido muscular cardíaco, representa 95% do órgão. As fibras musculares, como as do musculo estriado esquelético, são envolvidas e separadas em feixes por bainhas do tecido conjuntivo. Já as fibras musculares cardíacas são organizadas em feixes que circundam diagonalmente o coração e produzem fortes ações de bombeamento do coração. Embora seja estriado como o musculo esquelético, o musculo cardíaco é involuntário como o musculo liso • Endocárdio é mais interno e fornece um revestimento liso para as câmaras, o que minimiza o atrito de superfície conforme o sangue passa • Miocardite e endocardite - Anatomia do coração: 2 Roberta Medeiros – SOI I – S1 – M02 - O par de átrios recebe sangue dos vasos sanguíneos que retornam o sangue ao coração, as chamadas veias, enquanto os ventrículos ejetam o sangue do coração para vasos sanguíneos chamados artérias. Na face anterior de cada átrio existe uma estrutura saculiforme enrugada chamada aurícula, assim chamada por causa de sua semelhança com a orelha de um cão - Cada aurícula aumenta discretamente a capacidade de um átrio, de modo que ele possa conter maior volume de sangue - O sangue flui para o átrio direito a partir da veia cava superior, da veia cava inferior e do seio coronário, e para o átrio esquerdo pelas quatro veias pulmonares. - Valvas cardíacas e circulação do sangue; • Quando cada câmara se contrai, empurra um volume de sangue a um ventrículo ou para fora do coração a uma artéria. As valvas se abrem e fecham em resposta às MUDANÇAS DE PRESSÃO conforme o coração se contrai e relaxa. Cada uma das 4 valvas ajudam o coração assegurar o fluxo unidirecional de sangue através da abertura ao possibilitar que o sangue passe e, em seguida, se fechando para impedir seu refluxo • As valvas atrioventriculares: direita e esquerda, entre um átrio e um ventrículo. Se as AV estiverem danificadas, o sangue pode regurgitar para os átrios quando os ventrículos se contraem • As valvas semilunares se inserem na parede arterial, possibilitam a ejeção de sangue do coração para as artérias, mas evitam o refluxo de sangue para os ventrículos. Elas se abrem quando a pressão do no ventrículo é superior à pressão nas artérias - Circulações sistema e pulmonar: • O lado esquerdo do coração é uma bomba para a circulação sistêmica: ele recebe sangue oxigenado vermelho brilhante dos pulmões • O lado direito do coração é uma bomba para a circulação pulmonar: ele recebe todo o sangue desoxigenado vermelho escuro que retorna da circulação sistêmica 3 Roberta Medeiros – SOI I – S1 – M02 - Sístole ventricular: contração isovolumétrica, o volume não se altera porque todas as valvas estão fechadas; ejeção rápida quando se consegue vencer a pressão (70% do volume ventricular) -Diástole ventricular: ejeção lenta (30% do volume ventricula), efeito windkessel (inércia do sangue), relaxamento isovolumétrico. Nem todo o sangue do ventrículo será ejetado, todas as portas fechadas, mas em uma situação de relaxamento - Enchimento ventricular: enchimento rápido, enchimento lento (diástese), contração atrial (< 20% do volume) - Mecanismo de Frank-Starling: todo sangue que chegar ao coração, se o órgão estiver em boas condições, ele será ejetado. Ou seja, dentro dos limites fisiológicos, o coração bombeia todo o sangue que a ele retorna pelas veias (resistência de uma mola). Isso baseia a Pré-Carga, que é a energia de estiramento. Já a Pós-Carga compreende a resistência que o coração precisa vencer, ou seja, a energianecessária para superar a pressão aórtica - Volume diastólico final: volume máximo (ventrículo totalmente cheio) - Volume de ejeção: volume ejetado - Volume sistólico final: volume restante - Fração de ejeção = volume de ejeção/volume diastólico final (sinais prognósticos, da para identificar várias patologias) -Débito cardíaco = volume de ejeção/frequência cardíaca (quantidade de sangue que será ejetada por minuto) - A divisão autônoma do sistema nervoso e os hormônios liberados pelas medulas das glândulas suprarrenais (epinefrina e norepinefrina) - Regulação autonômica da frequência cardíaca: a regulação do coração pelo sistema nervoso se origina no centro cardiovascular localizado no bulbo. Essa região recebe informações de vários receptores sensoriais e dos centros cerebrais, como o sistema límbico e córtex cerebral - O centro cardiovascular direciona o débito apropriado, aumentando ou diminuindo a frequência dos impulsos nervosos nas partes simpática e parassimpática do SNA -Mesmo antes de a atividade física começar, especialmente em situações de competição, a 4 Roberta Medeiros – SOI I – S1 – M02 frequência cardíaca pode aumentar. Este aumento antecipatório ocorre porque o sistema límbico envia impulsos nervosos para o centro cardiovascular no bulbo -Quando a atividade física começa, os proprioceptores que estão monitorando a posição dos membros e os músculos enviam impulsos nervosos ao centro cardiovascular para aumentar a frequência -Outros receptores sensitivos que fornecem informações ao centro cardiovascular incluem os quimiorreceptores, que monitoram alterações químicas no sangue, e os barorreceptores, que monitoram o estiramento das principais artérias e veias causado pela pressão do sangue que flui neles. - Da região torácica da medula espinal, nervos simpáticos aceleradores cardíacos estendem-se para o nó SA, para o nó AV e para a maior parte das porções do miocárdio. Os impulsos nos nervos cardíacos aceleradores desencadeiam a liberação de norepinefrina, que se liga os receptores beta-1 (β1) das fibras musculares cardíacas. - Regulação química da frequência cardíaca: a hipoxia (nível de oxigênio reduzido), acidose (pH baixo) e alcalose (pH elevado) deprimem a atividade cardíaca • Hormônios: A epinefrina e a norepinefrina (provenientes da medula da glândula suprarrenal) melhoram a efetividade do bombeamento cardíaco. O exercício, o estresse e a excitação fazem com que as medulas das glândulas suprarrenais liberem mais hormônios. Os hormônios tireoidianos também melhoram a contratilidade cardíaca e aumentam a frequência cardíaca. Um sinal de hipertireoidismo é a taquicardia, ou seja, uma frequência cardíaca de repouso elevada. • Cátions: as diferenças entre as concentrações intracelulares e extracelulares de vários cátions (p. ex., Na+ e K+) são cruciais para a produção de potenciais de ação em todas as fibras nervosas e musculares, não é de se estranhar que os desequilíbrios iônicos possam comprometer rapidamente a efetividade do bombeamento cardíaco. - Outros fatores que influenciam na regulação da frequência cardíaca: • Idade, sexo, condição física e temperatura corporal também influenciam na frequência cardíaca de repouso • A frequência cardíaca declina ao longo da vida • As mulheres adultas geralmente tem a frequência cardíaca em repouso maiores que a dos homens • Uma pessoa fisicamente condicionada pode apresentar até bradicardia (FC < 50 bpm) • O aumento da temperatura corporal, como ocorre durante a febre ou os exercícios extenuantes, faz com que o nó SA libere impulsos mais rapidamente, aumentando assim a frequência cardíaca. A diminuição da temperatura corporal reduz a frequência e a força de contração cardíacas 1 Roberta Medeiros – SOI I – S1 – M02 – 1- Estudar o funcionamento do ciclo cardíaco e o papel do coração como bomba 2- Entender como funciona o metabolismo cardíaco da pessoa normal e do atleta 3- Compreender como ocorre a sincronia das células musculares cardíacas para produzir o fluxo das câmaras 4- Diferenciar as fibras claras e escuras - Um ciclo cardíaco inclui todos os eventos associados a um batimento cardíaco - Assim, um ciclo cardíaco consiste em uma sístole dos átrios e uma sístole e uma diástole dos ventrículos - OBS: a despolarização provoca a contração e a repolarização causa o relaxamento das fibras musculares cardíacas - Mudanças de pressão e volume durante o ciclo cardíaco: em cada ciclo cardíaco, os átrios e os ventrículos se contraem e relaxam alternadamente, forçando o sangue das áreas de alta pressão para as de baixa pressão. Quando uma câmara se contrai, a pressão arterial dela aumenta. As pressões no lado direito são consideravelmente mais baixas • Sístole atrial (0,1 s): átrios contraídos e ventrículos relaxados 1- A despolarização do nó sinusal (sinoatrial) provoca a despolarização atrial (onda P do ECG) e causa a sístole atrial. 2- A sístole atrial contribui com os últimos 25 ml de sangue ao volume já existente em cada ventrículo (cerca de 105 ml). Assim, cada ventrículo contém cerca de 130 mℓ no final do seu período de relaxamento (diástole). Este volume de sangue é chamado volume diastólico final (VDF). Conforme o átrio se contrai, ele exerce pressão sobre o sangue dentro dele, forçando-o a passar pelas valvas AV abertas pelos ventrículos 3- O fim da sístole atrial também é o fim da diástole ventricular. 4- O complexo QRS no ECG marca o inicio da despolarização ventricular • Sístole ventricular (0,3 s): os ventrículos se contraem e, ao mesmo tempo, os átrios estão relaxados na diástole atrial 1- Conforme a sístole ventricular começa, a pressão intraventricular se eleva e empurra o sangue contra atrioventriculares, forçando seu fechamento. Por cerca de 0,05s, as valvas AV do tronco pulmonar e da aorta estão fechadas e este período é chamado de contração isovolumétrica. Durante esse intervalo, as fibras musculares cardíacas estão se contraindo e exercendo força, mas ainda não estão se encurtando. Assim, a contração muscular é isométrica. 2- A pressão no interior dos ventrículos vai aumentando acentuadamente. Quando a pressão ventricular esquerda ultrapassa a pressão aórtica em cerca de 80 milímetros de mercúrio (mmHg) e a pressão ventricular direita sobe acima da pressão no tronco pulmonar (cerca de 20 mmHg), as valvas do tronco pulmonar e da aorta se abrem. Neste momento, começa a ejeção de sangue do coração. O período é quem as valvas do tronco pulmonar e da aorta estão abertas é chamado de ejeção ventricular (0,25 s) 3- O ventrículo esquerdo ejeta cerca de 70 mℓ de sangue para a aorta, e o ventrículo direito ejeta o mesmo volume de sangue para o tronco pulmonar. O volume remanescente em cada ventrículo no final da sístole, cerca de 60 mℓ, é o volume sistólico final (VSF). O volume sistólico, o volume ejetado a cada batimento por cada ventrículo, é igual ao volume diastólico final menos o volume sistólico final: VS = VDF – VSF. Em repouso, o volume sistólico é de aproximadamente 130 mℓ – 60 mℓ = 70 mℓ. A onda T do 2 Roberta Medeiros – SOI I – S1 – M02 ECG marca o inicio da repolarização ventricular • Período de relaxamento (0,4 s): os ventrículos e os átrios estão relaxados. Com o aumento da frequência cardíaca o período de relaxamento vai se tornando mais curto, enquanto a duração da sístole atrial e da ventricular se encurta discretamente. 1- A repolarização ventricular provoca a diástole ventricular. Conforme os ventrículos relaxam a pressão no interior das câmaras cai e o sangue da aorta e do tronco pulmonar começa a refluir para as regiões de baixa pressão nos ventrículos. O refluxo de sangue sobreas válvulas fechadas da valva da aorta produz a onda dicrótica na curva de pressão aórtica. Depois do fechamento das valvas do tronco pulmonar e da aorta, existe um breve intervalo em que o volume de sangue do ventrículo não se modifica porque as quatro valvas estão fechadas. Este é o período de relaxamento isovolumétrico. 2- Conforme os ventrículos continuam relaxando, a pressão cai rapidamente. Quando a pressão ventricular cai abaixo da pressão atrial, as valvas do tronco pulmonar e da aorta se abrem e começa o enchimento ventricular. A maior parte do enchimento ventricular ocorre logo após a abertura das valvas do tronco pulmonar e da aorta. O sangue que fluiu para os átrios e ali se acumulou durante a sístole ventricular então se desloca rapidamente para os ventrículos. No final do período de relaxamento, os ventrículos estão cerca de 75% cheios. A onda P aparece no ECG, sinalizando o início de outro ciclo cardíaco. - Gráfico do ECG: - Pressão dentro das câmaras: - Volume dentro dos ventrículos e as fases do ciclo: Papel do coração como bomba: - A comunicação elétrica do coração começa em uma célula auto excitável. A despolarização se propaga rapidamente para as células vizinhas através das junções comunicantes nos discos intercalares. - A despolarização começa no nó sinoatrial (AS), as células auto excitáveis do átrio direito servem como principal marca-passo do coração. A onda de despolarização se propaga rapidamente por uma rede condução, constituído de fibras auto excitáveis não contráteis. - Uma via intermodal ramificada conecta o nó AS com o nó atrioventricular (nó AV). Do nó AV, a despolarização move-se para os ventrículos. 3 Roberta Medeiros – SOI I – S1 – M02 - As fibras de Purkinje, células de condução especializada dos ventrículos, transmitem os sinais elétricos muito rapidamente para baixo pelo fascículo atrioventricular, ou feixe AV, também chamado de feixe de His (“hiss”), no septo ventricular. - Percorrido um curto caminho no septo, o fascículo se divide em ramos esquerdo e direito. Esses ramos continuam se deslocando para o ápice do coração, onde se dividem em pequenas fibras de Purkinje, que se espalham lateralmente entre as células contráteis. (As fibras de Purkinje do miocárdio não devem ser confundidas com as chamadas células de Purkinje dos neurônios cerebrais.) - Quando os potenciais de ação se espalham pelos átrios, eles encontram o esqueleto fibroso do coração na junção entre os átrios e os ventrículos. Esta barreira impede que os sinais elétricos sejam transferidos dos átrios para os ventrículos. Consequentemente, o nó AV é o único caminho através do qual os potenciais de ação podem alcançar as fibras contráteis dos ventrículos. - A ejeção do sangue dos ventrículos é ajudada pelo arranjo em espiral dos músculos nas paredes - Uma segunda função do nó AV é atrasar um pouco a transmissão do potencial de ação. Esse atraso permite que os átrios completem suas contrações antes do início da contração ventricular. O atraso no nó AV ocorre devido à diminuição na velocidade de condução dos sinais através das células nodais. - Alguns tipos de exercícios são mais efetivos do que outros em melhorar a saúde do sistema cardiovascular - Os exercícios aeróbicos (ou seja, qualquer atividade que aciona grandes músculos do corpo durante pelo menos 20 minutos) eleva o débito cardíaco e acelera a taxa metabólica - Praticas de exercícios aumenta a demanda de oxigênio para os músculos. O fato da demanda ser atendida depende principalmente da adequação do débito cardíaco e do bom funcionamento do sistema respiratório. - Após varias dias de exercícios uma pessoa aumenta o debito cardíaco máximo (volume de sangue ejetado dos ventrículos para as respectivas artérias por minuto), elevando assim o fornecimento máximo de oxigênio aos tecidos. Além disso, o transporte de oxigênio aumenta porque os músculos esqueléticos desenvolvem mais redes capilares em resposta ao treinamento prolongado - Durante uma atividade extenuante, um atleta pode alcançar o dobro do debito cardíaco de uma 4 Roberta Medeiros – SOI I – S1 – M02 pessoa sedentária, pois causa a hipertrofia do coração. Também chamada de cardiomegalia fisiológica - A prática regular de exercício também ajuda a reduzir a pressão arterial, a ansiedade e a depressão; a controlar o peso; e a aumentar a capacidade do organismo de dissolver coágulos de sangue. - O conteúdo de mioglobina, proteína de cor vermelha que se liga ao oxigênio nas fibras musculares, varia entre as fibras musculares - Uma fibra é classificada como lenta ou rápida dependendo da rapidez com a qual a ATPase nas suas cabeças de miosina hidrolisa o ATP. - Fibras oxidativas lentas (OL): alto conteúdo de mioglobina, aparecem mais escuras (a carne escura das asas e coxas de frango), contêm mais mitocôndrias e são servidas por capilares sanguíneos. Também chamadas de fibras oxidativas lentas (OL), geram ATP principalmente por respiração aeróbica, motivo pelo qual elas são chamadas de fibras oxidativas. Diz-se que essas fibras são lentas porque a ATPase, nas cabeças de miosina, hidrolisa ATP de maneira relativamente devagar e o ciclo de contração procede em ritmo mais lento que nas fibras “rápidas”. Seus abalos musculares levam mais tempo para chegar à tensão de pico. São bastante resistentes à fadiga e adaptadas para a manutenção da postura e para atividades aeróbicas de resistência como corrida de maratona - Fibras Oxidativo- Glicolíticas rápidas (ORG): fibras maiores, elas contêm grandes quantidades de mioglobina e muitos capilares sanguíneos. Desse modo, também tem uma aparência vermelho-escura. Podem gerar uma quantidade de ATP considerável por respiração aeróbica, o que lhes conferem resistência moderada à fadiga. Uma vez que seu nível intracelular de glicogênio é alto, elas também geram ATP por glicólise anaeróbica. As fibras OGR são “rápidas” porque a ATPase nas suas cabeças de miosina hidrolisa ATP 3 a 5 vezes mais rapidamente que a ATPase na miosina das fibras OL, tornando sua velocidade de contração maior. As fibras OGR contribuem para atividades como a caminhada e a corrida de velocidade. - Fibras Glicolíticas rápidas (GR): baixo conteúdo de mioglobina, poucos capilares sanguíneos e poucas mitocôndrias e se mostram de cor branca. Elas contêm grandes quantidades de glicogênio e geram ATP principalmente por glicólise. Devido a capacidade de hidrolisar ATP com rapidez, as fibras GR se contraem forte e rapidamente. São adaptadas para exercícios anaeróbicos intensos devido a sua contração rápida. Programas de treinamento de força que colocam a pessoa em atividades que requerem grande força para curtos períodos aumentam o tamanho, a força e o conteúdo de glicogênio das fibras glicolíticas rápidas. As fibras GR de um levantador de peso podem ser 50% maiores que aquelas de pessoas sedentárias ou de um atleta de resistência por conta da síntese mais intensa de proteínas musculares. O resultado geral é o crescimento muscular decorrente da hipertrofia das fibras GR. Distribuição e recrutamento de diferentes tipos de fibras: - Cerca da metade das fibras de um músculo esquelético típico é composta por fibras OL. - As proporções variam razoavelmente, dependendo da ação do músculo, do regime de treinamento da pessoa e de fatores genéticos. - Os músculos posturais continuamente ativos do pescoço, coluna vertebral e membros inferiores apresentam uma grande proporção de fibras OL. - Os músculos dos ombros e dos braços não são constantemente ativados, sendo usados ocasionalmente, de maneira breve para produzir grandes quantidades de tensão, como no levantamento de peso e nos arremessos. Esses músculosapresentam uma grande proporção de fibras GR - Os músculos dos membros inferiores, que não apenas sustentam o corpo, como também são usados para andar e correr, revelam grandes quantidades de fibras OL e OGR. 1 Roberta Medeiros – SOI I – S1 – M02 – 1. Revisar anatomia e fisiologia do coração 2. Estudar a embriogênese do coração 3. Conhecer os fatores de risco relacionados com a malformação congênita 4. Compreender os tipos de malformação congênita 5. Entender a fisiologia do sopro cardíaco 6. Estudar a anatomia e fisiologia das válvulas cardíacas - O coração é como uma bomba que faz o sangue circular por todo corpo e assim consiga alcançar todas as células e troque materiais com ela -O coração se contra cerca de 100.000 mil vezes por dia, o que perfaz 35 milhões de contrações por ano - Localização do coração: • Repousa sobre o diafragma, próximo a linha mediana da cavidade torácida • Encontra-se no mediastino (região que se estende do esterno à coluna vertebral, da primeira costela ao diafragma), entre os pulmões • O ápice do coração representa a ponta do ventrículo esquerdo e está sobre o diagrama e direcionado para frente, para baixo e para a esquerda • A base do coração está do lado oposto ao ápice e constitui a sua face posterior - A membrana que envolve o coração é pericárdio e ela restringe o coração à sua posição no mediastino, possibilitando liberdade de movimento suficiente para a contração vigorosa e rápida - O pericárdio pode ser dividido em duas partes: • Pericárdio fibroso: superficial, tecido conjuntivo inelástico, denso, resistente e irregular, impede a hiperdistensão do coração, fornece proteção e ancora o coração no mediastino • Pericárdio seroso: mais profundo, membrana mais fina. A lâmina parietal do pericárdio seroso mais externa está fundida ao pericárdio fibroso • A inflamação no pericárdio é chamada de pericardite - A parede do coração é formada por três camadas: o epicárdio, o miocárdio e o endocárdio • O epicárdio é camada mais externa e é composta por duas camadas • A camada média é chamada de miocárdio que é responsável pela ação do bombeamento do coração e é composto por tecido muscular cardíaco, representa 95% do órgão. As fibras musculares, como as do musculo estriado esquelético, são envolvidas e separadas em feixes por bainhas do tecido conjuntivo. Já as fibras musculares cardíacas são organizadas em feixes que circundam diagonalmente o coração e produzem fortes ações de bombeamento do coração. Embora seja estriado como o musculo esquelético, o musculo cardíaco é involuntário como o musculo liso • Endocárdio é mais interno e fornece um revestimento liso para as câmaras, o que minimiza o atrito de superfície conforme o sangue passa • Miocardite e endocardite - Anatomia do coração: 2 Roberta Medeiros – SOI I – S1 – M02 - O par de átrios recebe sangue dos vasos sanguíneos que retornam o sangue ao coração, as chamadas veias, enquanto os ventrículos ejetam o sangue do coração para vasos sanguíneos chamados artérias. Na face anterior de cada átrio existe uma estrutura saculiforme enrugada chamada aurícula, assim chamada por causa de sua semelhança com a orelha de um cão - Cada aurícula aumenta discretamente a capacidade de um átrio, de modo que ele possa conter maior volume de sangue - O sangue flui para o átrio direito a partir da veia cava superior, da veia cava inferior e do seio coronário, e para o átrio esquerdo pelas quatro veias pulmonares. - No final da segunda semana, a nutrição embrionária é obtida do sangue materno por difusão através do córion, celoma extraembrionário e vesícula umbilical. - A formação inicial do sistema cardiovascular está correlacionada à necessidade urgente de transporte de oxigênio e nutrientes para o embrião a partir da circulação materna através do córion. - No inicio da terceira semana, a formação dos vasos sanguíneos, ou vasculogênese, começa no mesoderma extraembrionário da vesícula umbilical e do pedículo de conexão. - A vasculogênese se inicia no córion e os vasos sanguíneos se originam dois dias depois. - No final da terceira semana, desenvolve-se o primórdio de uma circulação uteroplacentária - Essa formação dos vasos sanguíneos no embrião e nas membranas extraembrionárias durante a terceira semana pode ser: • Vasculogênese: 1- Células mesênquimais se diferenciam em precursores endoteliais ou angioblastos (células formadoras de vasos), que se agregam e formam grupos de células angiogênicas (ilhotas sanguíneas) 2- Dentro das ilhotas sanguíneas, fendas intercelulares confluem, formando pequenas cavidades, formando o primórdio do endotélio 3- Essas cavidades revestidas por endotélio logo se fusionam para formar redes de canais endoteliais • Angiogênese 1- Vasos se espalham nas áreas não vascularizadas adjacentes por brotamento - O coração e os grandes vasos formam-se a partir de células mesenquimais no primórdio do coração ou na área cardiogênica. - Durante a terceira semana, forma-se um par de tubos revestidos por endotélio (tubos cardíacos endocárdicos) que se fundem formando um tubo cardíaco primitivo. - O coração tubular se une a vasos sanguíneos do embrião, do pedículo de conexão, do córion e da vesícula umbilical, formando o sistema cardiovascular primitivo - No final da terceira semana, o sangue circula e coração começa a bater no 21º ou 22º dia. - O sistema cardiovascular é o primeiro sistema que alcança um estágio funcional primitivo. - Os batimentos cardíacos embrionários podem ser detectados por ultrassonografia Doppler durante a quarta semana, cerca de 6 semanas após o último período menstrual normal. 3 Roberta Medeiros – SOI I – S1 – M02 - As anomalias cardíacas e vasculares constituem a maior categoria de defeitos congênitos humanos e são encontradas em 1% dos nascidos vivos. A incidência em natimortos é 10 vezes maior. Estima-se que 12% dos recém-nascidos com defeitos cardíacos tenham uma anomalia cromossômica e, por outro lado, que 33% dos bebês com anomalia cromossômica tenham um defeito cardíaco. Além disso, 30% dos defeitos cardíacos ocorrem em recém-nascidos com outras malformações principais. - Os defeitos cardíacos têm origem heterogênea e são difíceis de classificar epidemiologicamente. - O estabelecimento da lateralidade durante a gastrulação é essencial para o desenvolvimento cardíaco normal porque especifica as células que contribuem e padronizam os lados direito e esquerdo do coração. - As células progenitoras cardíacas também são especificadas nesse período, tanto para as partes do coração que elas formarão quanto para a lateralidade esquerda-direita pela via da lateralidade - Os indivíduos com defeito de lateralidade, como heterotaxia, frequentemente apresentam muitos tipos diferentes de defeitos cardíacos, incluindo dextrocardia (coração no lado direito), defeitos do septo interventricular (comunicação interventricular, CIV), defeitos do septo interatrial (comunicação interatrial, CIA), dupla via de saída do ventrículo direito (DVSVD; aorta e artéria pulmonar saindo do ventrículo direito) e defeitos da via de saída, como transposição dos grandes vasos, estenose da valva pulmonar e outros - Aproximadamente 2% dos defeitos cardíacos se devem a agentes ambientais; porém, a maioria deles é causada por uma interação complexa de influências genéticas e ambientais (causas multifatoriais). Exemplos clássicos de teratógenos cardiovasculares incluem o vírus da rubéola e a talidomida. Outros incluem ácido retinoico, álcool etílico e muitos outros compostos. Doenças maternas, como diabetes melito insulinodependente, também foram relacionadas com defeitos cardíacos. - Há tambémum forte componente genético para os defeitos, como ilustrado pelo fato de que a heterotaxia pode ser familiar e os indivíduos de tais famílias frequentemente têm defeitos cardíacos, independentemente de apresentarem ou não anormalidades de lateralidade • Detroxcardia: é uma condição em que o coração se encontra no hemitórax direito, em vez do esquerdo, e ocorre quando o coração se curva para a esquerda em vez de para a direita. O defeito pode ser induzido durante a gastrulação, quando a lateralidade é estabelecida, ou um pouco mais tarde, quando ocorre a alça cardíaca. A dextrocardia vem acompanhada de situs inversus, uma reversão total de todos os órgãos, ou de sequências de lateralidade (heterotaxia) em que as posições de apenas alguns órgãos estão revertidas • Cardiopatia hipertrófica: Mutações em vários genes que regulam a produção de proteínas sarcoméricas, que pode resultar em morte súbita em atletas e na população geral. A doença é herdada de modo autossômico dominante, e a maioria das mutações (45%) ocorre no gene da cadeia pesada da miosina β (14q11.2). O resultado é hipertrofia cardíaca decorrente da interferência na organização das células musculares cardíacas (irregularidade miocárdica), que influencia adversamente 4 Roberta Medeiros – SOI I – S1 – M02 o débito cardíaco e/ou a condução cardíaca. • Inversão ventricular: é um defeito no qual o ventrículo esquerdo morfológico está à direita e se conecta ao átrio direito por uma valva mitral. O ventrículo direito morfológico está no lado esquerdo e se conecta ao átrio esquerdo por uma valva tricúspide. Algumas vezes, o defeito é chamado de levotransposição das grandes artérias porque a artéria pulmonar sai do ventrículo esquerdo morfológico e a aorta sai do ventrículo direito morfológico. As artérias estão em suas posições normais, mas os ventrículos estão revertidos. A anomalia surge durante o estabelecimento da lateralidade e a especificação dos lados esquerdo e direito do coração pela via da lateralidade. • Síndrome do coração direito hipoplásico e síndrome do coração esquerdo hipoplásico: são defeitos raros que provocam subdesenvolvimento dos lados direito ou esquerdo do coração, respectivamente. À direita, o ventrículo é muito pequeno, a artéria pulmonar é afetada e pode apresentar atresia ou estenose; o átrio pode ser pequeno; à esquerda, o ventrículo é muito pequeno, a aorta pode apresentar atresia ou estenose, e o átrio pode ser reduzido em tamanho. A lateralidade associada a esses defeitos sugere um efeito adverso na especificação das células progenitoras cardíacas direitas e esquerdas nos estágios iniciais da morfogênese cardíaca. Os defeitos também podem surgir quando os fatores de transcrição hélice-alça- hélice Hand1 (ventrículo esquerdo) e Hand2 (ventrículo esquerdo) que regulam o crescimento ventricular estão com a expressão desregulada. • Comunicação interatrial: é uma anomalia cardíaca congênita com uma incidência de 6,4/10.000 nascimentos e com uma prevalência de 2:1 em recém- nascidos do sexo feminino em relação aos do sexo masculino. Um dos defeitos mais significativos é o defeito do óstio secundário, caracterizado por uma grande abertura entre os átrios esquerdo e direito. A anomalia mais séria desse grupo é a ausência completa de septo interatrial. Essa condição, conhecida como átrio comum ou coração trilocular biventricular, está sempre associada a defeitos importantes em outros locais do coração. Ocasionalmente, o forame oval se fecha durante a vida pré-natal. Essa anomalia, o fechamento prematuro do forame oval, resulta em hipertrofia maciça de átrio e ventrículo direitos e subdesenvolvimento do lado esquerdo do coração. A morte ocorre habitualmente logo após o nascimento. Os coxins endocárdicos do canal atrioventricular não dividem apenas esse canal em óstios direito e esquerdo, mas também participam na formação da parte membranosa do septo interventricular e no fechamento do óstio primário. Essa região tem a aparência de uma cruz, com os septos interatrial e interventricular formando a parte vertical, e os coxins endocárdicos, a parte horizontal. A integridade dessa cruz é um sinal importante nas ultrassonografias do coração. Sempre que os coxins atrioventriculares não se fundem, o resultado é um canal atrioventricular persistente, combinado com um defeito no septo cardíaco. Esse defeito septal tem um componente atrial e um ventricular, separados por folhetos valvares anormais no único óstio atrioventricular 5 Roberta Medeiros – SOI I – S1 – M02 • Atresia tricúspide: que envolve a obliteração do óstio atrioventricular direito, é caracterizada pela ausência ou pela fusão das valvas tricúspides. A atresia da valva tricúspide sempre está associada a: (1) persistência do forame oval; (2) comunicação interventricular (CIV); (3) subdesenvolvimento do ventrículo direito; e (4) hipertrofia do ventrículo esquerdo • Anomalia de Ebstein: é uma condição em que a valva tricúspide está deslocada na direção do ápice do ventrículo direito e, como resultado, há um átrio direito expandido e um ventrículo direito pequeno. Os folhetos das valvas estão posicionados anormalmente, e o folheto anterior está geralmente aumentado. Os folhetos da valva tricúspide estão deslocados em direção ao ápice do ventrículo direito e há expansão da região atrial direita. - O som dos batimentos cardíacos é decorrente principalmente da turbulência do sangue causada pelo fechamento das valvas cardíacas. - O fluxo tranquilo do sangue é silencioso - Durante cada ciclo cardíaco, existem quatro bulhas cardíacas, mas em um coração normal apenas a primeira e a segunda bulhas cardíacas (B1 e B2) são auscultadas com um estetoscópio. - A primeira bulha (B1), a qual pode ser descrita como um som de tum, é mais forte e um pouco mais longa do que a segunda bulha. B1 é causada pela turbulência do sangue associada ao fechamento das valvas AV logo depois de a sístole ventricular começar. A segunda bulha (B2), que é mais breve e não tão forte quanto a primeira, pode ser descrita como um som de tá. B2 é causada pela turbulência no sangue associada ao fechamento das valvas do tronco pulmonar e da aorta no início da diástole ventricular. Apesar de B1 e B2 serem decorrentes da turbulência do sangue associada ao fechamento de valvas, são mais bem auscultadas na superfície do tórax em locais que são um pouco diferentes das localizações das valvas. Isto porque o som é transportado pelo fluxo sanguíneo para longe das valvas. B3, que normalmente não é intensa o suficiente para ser auscultada, é decorrente da turbulência do sangue durante o enchimento ventricular rápido, e B4 é ocasionada pela turbulência do sangue durante a sístole atrial. 6 Roberta Medeiros – SOI I – S1 – M02 • Sopros cardíacos: As bulhas cardíacas fornecem informações valiosas sobre o funcionamento mecânico do coração. Um sopro cardíaco é um som anormal que é auscultado antes, durante ou depois das bulhas cardíacas normais, ou que pode mascarar as bulhas cardíacas normais. Os sopros cardíacos em crianças são extremamente comuns e, geralmente, não representam um problema de saúde. São mais frequentemente detectados em crianças entre os 2 e 4 anos de idade. Estes tipos de sopros cardíacos são chamados de sopros cardíacos inocentes ou funcionais; muitas vezes, diminuem ou desaparecem com o crescimento. Embora alguns sopros cardíacos em adultos sejam inocentes, com frequência um sopro no adulto indica um distúrbio valvar. Quando uma valva cardíaca apresenta estenose, o sopro cardíaco é auscultado quando ela deveria estar totalmente aberta, mas não está. Por exemplo, a estenose atrioventricular esquerda(ver correlaçãO clínica | Valvopatias cardíacas) produz um sopro durante o período de relaxamento, entre B2 e a B1 seguinte. Uma valva cardíaca incompetente, em contrapartida, causa o aparecimento de um sopro quando a valva deveria estar totalmente fechada, mas não está. Então, um sopro decorrente de incompetência da valva atrioventricular esquerda (ver correlaçãO clínica | Valvopatias cardíacas) ocorre durante a sístole ventricular, entre B1 e B2. 1 Roberta Medeiros – S1 – M02 – SOI I APG IX – SISTEMA CIRCULATÓRIO OBJETIVOS 1- Estudar a anatomia dos vasos 2- Entender o que é aterosclerose e conhecer o processo inflamatório causado pela formação das placas de gordura 3- Analisar como os hábitos de vida causam impacto na saúde 4- Revisar Ciclo Cardíaco ANATOMIA DOS VASOS - Estrutura básica dos vasos: A parede de um vaso sanguíneo é composta por 3 camadas: um tecido epitelial interno (túnica íntima), uma de músculo liso e tecido conjuntivo elástico (túnica média) e um revestimento externo de tecido conjuntivo (túnica externa). - As diferenças estruturais se correlacionam com as diferenças de funções - Artérias: são classificados de acordo com o seu diâmetro, em grandes artérias elásticas, artérias de diâmetro médio ou artérias musculares e arteríolas. Grandes Artérias Elásticas: As grandes artérias elásticas contribuem para estabilizar o fluxo sanguíneo e incluem a aorta e seus grandes ramos. Corpos carotídeos: Corpos carotídeos são pequenos quimiorreceptores sensíveis à concentração de dióxido de carbono e oxigênio no sangue, encontrados perto da bifurcação da artéria carótida comum. Seios carotídeos: Esses seios contêm barorreceptores que detectam variações na pressão sanguínea e transmitem essa informação ao sistema nervoso central. Artérias Musculares: contêm a túnica média formada essencialmente por células musculares lisas Arteríolas: diâmetro muito pequeno - Capilares: sofrem variações estruturais que os adaptam para exercer níveis diferentes de troca metabólica entre o sangue e os tecidos circunvizinhos. Os capilares são compostos de uma única camada de células endoteliais que se enrolam em forma de tubo. -Veias: das vênulas, o sangue é coletado em veias de maior calibre, arbitrariamente classificadas como veias pequenas, médias e grandes 2 Roberta Medeiros – S1 – M02 – SOI I ATEROSCLEROSE E PROCESSO INFALAMATÓRIO CAUSADO PELA FORMAÇÃO DE PLACAS DE GORDURA - A aterosclerose é a maior responsável pela doença das artérias coronárias; - Para que ocorra a formação de placas de gordura é necessário que exista um processo inflamatório, do qual deve-se destacar: Presença de algum fator irritante: lipídios (LDL colesterol), toxinas (nicotina – cigarro) e alta pressão sanguínea (hipertensão). Danificação no endotélio Depósito de LDL-c Monócito -> macrófago -> célula espumosa -Lesões ateroscleróticas são caracterizadas por espessamentos focais da túnica íntima, pela proliferação das células musculares lisas e de elementos celulares e extracelulares do tecido conjuntivo, e pelo depósito de colesterol nas células musculares lisas e em macrófagos. -As artérias coronárias estão entre as que apresentam maior predisposição para desenvolver a aterosclerose - Quando há essa danificação no endotélio, o Colesterol (LDL) consegue entrar em contato diretamente com a parede do vaso. Esse LDL consegue se estender pela parede do vaso por causa do fluxo sanguíneo. Tal lipídio irá se oxidar, o que fará o sistema imunológico enviar células de combate, os monócitos. Esse glóbulo branco tentará eliminar o colesterol e, quando chegar ao endotélio, ele se converterá em macrófago. Entretanto, esses macrófagos começarão a se autodestruir, devido ao grande acúmulo de colesterol nos seus interiores. Quando essas células são visualizadas em um microscópio eletrônico, elas apresentam um formato de espuma, por isso são chamadas de células espumosas. -Com o aumento dessa inflamação mais células são danificadas, o que faz aumentar ainda mais as placas de gordura. Com efeito, as células do músculo liso (túnica média) começam a migrar para fora do tecido e adentrar nessas placas, visto que percebem o comportamento anormal do organismo e querem encobrir a placa porque não querem que o trombogênico, que significa coagulante, seja exposto ao sangue. Começa-se, então, a surgir uma casca fibrosa (de proteína feita de colágeno e elastina), isolando-a da corrente sanguínea. -Além disso, quando as células espumosas morrem elas induzem o músculo liso a depositar cálcio dentro da placa. O que torna as artérias bem rígidas -Essas placas acumuladas dentro dos vasos sanguíneos podem causar uma obstrução parcial ou, 3 Roberta Medeiros – S1 – M02 – SOI I até mesmo, total das artérias. Geralmente a obstrução completa das artérias ocorre devido ao rompimento dessa placa, fazendo com que o material que estava dentro dela é expelido para o meio do vaso, formando um coágulo de sangue, impedindo totalmente o fluxo sanguíneo para chegar ao coração. - Se essa placa persistir obstruindo o fluxo sanguíneo para o coração, em cerca de 20 minutos, a parte que deveria ser irrigada pelo coração começará a morrer, caracterizando, assim, um infarto do miocárdio (IM). COMO OS HÁBITOS DE VIDA CAUSAM IMPACTO NA SAÚDE -De fato, a rotina de uma pessoa pode influenciar diretamente no seu bem-estar físico e mental. -Tudo se inicia a partir da alimentação, pois ela é a porta de entrada tanto para suprir as necessidades biológicas do ser humano quanto para proporcionar momentos de felicidade também. Uma alimentação saudável ajudará a manter ou suprir as quantidades necessárias de vitaminas, sais minerais, lipídios, carboidratos e proteínas. Com isso, o organismo, possivelmente, evitará desencadear diversas doenças, como diabetes, hipertensão e patologias ligadas a escassez de vitaminas (beribéri – escassez de B1, escorbuto – escassez de C, xerofitalmia – escassez de A, etc ). -Além disso, vale ressaltar a importância do hábito de exercícios físicos, que, aliados à uma boa alimentação saudável, consegue oferecer diversos benefícios para a saúde do indivíduo. Dentre eles, deve-se ressaltar a possibilidade de equilibrar o saldo calórico do nosso organismo e diminuir sintomas de problemas psicológicos (ansiedade, por exemplo), o estímulo fisiológico de vários órgãos e tecidos, como o muscular e a capacidade de promover a socialização. Evidentemente, se esses fatores não forem hábitos de uma pessoa, as consequências dessa faltam resultarão em um grande impacto negativo nesse ser. Isso pode ocorrer não apenas com o acometimento de doenças, mas também na socialização do ser humano e das pessoas que ele influencia. CICLO CARDÍACO Na contração, o músculo papilar puxa as cordas tendíneas e isso faz com que o sangue não volte para o átrio. -Nome dado ao intervalo de um batimento cardíaco completo até que um novo batimento ocorra. - O ciclo cardíaco pode ser explicado a partir de qualquer ponto, mas como forma de exemplificação, seguiremos a seguinte ondem: Tum = 1ª bulha cardíaca (B1) B1= Fechamento das valvas ventriculares (AV) Ta= 2ª bulha cardíaca (B2) B2 = Fechamento das valvas semilunares -Quando os ventrículos se enchem de sangue, longo em seguida eles se contraem e isso é chamado de sístole cardíaca, -Fases: 1ª fase da sístole cardíaca: contração isovolumétrica 2ª: ejeção cardíaca Ejeção rápida: ~70% do volume no primeiro terço de tempo Ejeção lenta: ~30% do volume nos 2/3 restantes do tempo Contração no ventrículo acaba, o que faz com que a pressão no interior do ventrículo seja menor do que na base da artéria que estava recebendo tal sangue 1ª faseda diástole cardíaca: relaxamento isovolumétrico Enchimento rápido: ~70% do volume no primeiro terço do tempo Diástase cardíaca: fase de enchimento lento dos ventrículos 3ª fase Sístole atrial: 20% do volume no último terço do enchimento Ao fim de cada sístole, existe o volume sistólico final (VSF – 50 ml). Ao fim de cada diástole, volume distólico final (VDF – 120 ml) 1 Roberta Medeiros – SOI I/ APG – S1 – M02 – OBJETIVOS 1. Compreender o que é anamnese direcionada\coerente, sua importância e como ela se encaixa em cada ocasião. 2. Entender como deve ocorrer uma comunicação efetiva e ética entre médico\paciente. 3. Compreender como deve ocorrer uma relação ética e comunicativa entre os profissionais ANAMNESE E SEUS DESDOBRAMENTOS - A anamnese é o primeiro contato que o médico irá estabelecer com o paciente. É a partir dela que este poderá trazer memórias relacionadas a doença. - Ela é feita estilo uma entrevista, por isso se tornará o núcleo da relação médico – paciente - A anamnese deve seguir princípios teóricos e éticos, com humanidade, pois, se ela for bem feita, os diagnósticos e tratamentos serão eficazes - Há alguns tipos de anamnese, entre eles estão: • Relato livre: espontâneo, não há interferência do médico • Condução objetiva: dirigida ou direcionada tecnicamente por esquema mental básico (geralmente mais utilizada por estudantes) • Relato livre + Condução objetiva - Além disso, a anamnese deve seguir alguns princípios: • Demonstração de TOTAL atenção ao paciente. Apresentar cumprimentos e preguntas acerca do nome dele, das situações de dor, ansiedade, sono, estresse, tristeza. Nesse momento que se estabelece a relação médico – paciente • Compreensão das condições socioculturais, pois elas podem ser determinantes no diagnóstico de algumas doenças • Atenção para perceber e observar distúrbios aparentes • Cuidado com preconceitos e ideias preconcebidas - Se esse procedimento for bem realizado, os sintomas bem investigados, o exame físico ajudará a ser mais objetivo - Um histórico clínico mal concebido pode ocasionar vários erros de diagnóstico e colocar a vida do paciente em risco - O médico após obter as queixas e os sintomas do paciente deve ter um raciocínio clínico - Não pode omitir informações na anamnese por conta de exames complementares - O tempo que um médico conduz uma anamnese pode classifica-lo em competente e incompetente - O que não deve faltar em uma anamnese? Nome: não se deve utilizar rotulações ou numerar os pacientes Idade: cada grupo etário tem suas próprias doenças Sexo: prevalência de determinadas doenças quanto ao gênero e a raça Raça/etnia Estado civil Profissão: pode ter relação causal ou agravante da doença atual Local de nascimento e procedência de moradia Religião - Componentes da anamnese: 1 – Queixa principal (QR): • O que motivou a doença? • Por que o paciente me procurou? • O que o(a) senhor(a) está sentindo? 2 Roberta Medeiros – SOI I/ APG – S1 – M02 Ex: “dor de cabeça”, “falta de ar”, “dor de barriga” etc • As palavras do paciente devem ser escritas. Se o profissional quiser utilizar “” para referir a elas, também é possível. • É PROIBIDO PRÉ- DIAGNÓSTICOS! 2 – História da Doença Atual (HDA): • O médico não pode induzir respostas! • Deve-se apurar exames, tratamentos e a evolução da doença • O profissional deve ler a história escrita para o paciente, para que o mesmo possa confirmar, corrigir ou acrescentar algo • SINTOMA GUIA: a queixa mais longa, ou o sintoma mais destacado (QP) • ESQUEMA PARA A ANÁLISE DE UM SINTOMA: INÍCIO: “quando a dor surgiu?” CARACTERÍSTICA DO SINTOMA: “onde dói?”, “quanto tempo dura?” FATORES DE MELHORA OU DE PIORA: “o que melhora a dor?”, “o que piora a dor?” RELAÇÃO COM OUTRAS QUEIXAS: “você está tossindo?”, “está com falta de ar?” EVOLUÇÃO: “nos últimos três dias essa dor mudou?” SITUAÇÃO ATUAL: “como está a dor hoje?” 3 – Interrogatório sintomatológico • Ajudará a complementar a história da doença e pode ser denominada de “Anamnese especial” ou revisão dos sistemas • Será útil para reconhecer enfermidades sem relação com o quadro sintomatológico na HDA • SISTEMATIZAÇÃO DO IS: Sintomas gerais -> febre, astenia, sudorese, calafrios, cãibras, alterações de peso Pele e fâneros Cabeça e pescoço Tórax Abdome Sist. Hematolinfopoiético Sist. Geniturinário Sist. Endócrino Coluna vertebral, ossos, articulações e extremidades Músculos Artérias, veias, linfáticos e microcirculação Sistema nervoso Exame psíquico e avaliação das condições emocionais 4 – Antecedentes pessoais e familiares (APF) • Avalia-se o estado de saúde passado e presente pessoais e familiares, visto que pode influenciar no processo saúde-doença • Investiga-se: Gestação e nascimento Desenvolvimento psicomotor e neural Desenvolvimento sexual Doenças sofridas pelo paciente Alergias Cirurgias, traumatismos, transfusões sanguíneas História obstetrícia Vacinas Medicamentos em uso 5 – Hábitos de Vida (HV) • Nesse item, investiga-se os hábitos de vida do paciente: Alimentação Ocupação atual e as anteriores Atividades físicas Se há uso de tabaco, bebidas alcoólicas, anabolizantes e drogas 6 – Condições socioeconômicas e culturais • Avalia-se a condições financeiras, situações afetivas familiares, religião, escolaridade, condições de moradia etc. 3 Roberta Medeiros – SOI I/ APG – S1 – M02 ÉTICA MÉDICA ENTRE PACIENTES E OUTROS PROFISSIONAIS -A ética está relacionada ao caráter. É a conduta segundo a moral que vê atitudes pela razão - A ética médica é a conduta centrada no paciente. Ela deve respeitar a dignidade (reconhecer sentimentos morais e religiosos) e reconhecer valores (reconhecer as necessidades materiais) - No cotidiano de uma medicina ruim, ocorre: negligência, imprudência e imperícia - A bioética é a reflexão sobre a adequação das ações que envolvem a vida e o viver - A relação médico-paciente faz parte da essência da profissão médica - Ao longo da história, houve uma evolução dessa relação. Antes, ela era paternalista e autoritária, que havia monopólio dos conhecimentos sobre doenças e tratamentos. Atualmente, a relação é contratualista, pois há o reconhecimento de direitos e deveres, possibilidades e limitações. - Existem alguns cuidados na relação: • Preservação do sigilo médico • Evitar juízo de valor sobre atitudes e comportamentos do paciente • Ter paciência • Uso de habilidades de comunicação • Neutralidade - As principais expectativas do paciente: • Ser ouvido • Ser visto como um todo, não apenas como uma parte ou diagnóstico • Ser atendido por um médico competente • Não ser abandonado - Principais princípios da relação médico- paciente: • Consideração da condição humana do paciente • Precaução com palavras e atitudes • Isonomia de atenção entre os pacientes • Portação adequada aos pacientes • Reconhecimento dos limites de atuação • Aprimoramento contínuo -Padrões e comportamentos médicos: • Paternalista • Autoritário • Agressivo • Inseguro • Tecnista • Otimista • Pessimista • Rotulador • Frustrado • Sem vocação -Padrões e comportamentos do paciente: • Ansioso: gaste mais tempo com fatos não relacionados a doença, pode reduzir a tensão • Deprimido: conquiste a atenção e confiança • Que chora: deixe-o chorar sem indagação e consolo, leve toque na mão, um abraço ou silêncio respeitoso • Verborreico: recondução contanteção relato dos sintomas • Hostil: tenha serenidade e autoconfiança • Agitado: se for grave, contenção física e/ou uso de antipsicóticos • Eufórico • Comretardo mental de fácil reconhecimento: adotar raciocínio simples, com perguntas diretas e corriqueiras • Hipocondríaco: ouvir com paciência e compreensão – atitudes firmes • Surdo: buscar apoio da família para melhores compreensões • Em estado grave: postura objetiva e coletar dados para diagnóstico e exame direcionado • Paciente terminal: sem possibilidade terapêutica curativa – neoplasias 4 Roberta Medeiros – SOI I/ APG – S1 – M02 malignas avançadas – posição médico -paciente difícil. 1 Roberta Medeiros – SOI I – S1 – M02 – – “ ” Objetivos 1 - Estudar os canais iônicos 2 - Conhecer como funciona a eletrofisiologia do coração 3 - Analisar como a atividade elétrica do coração pode ser interpretada e representada Canais Icônicos - Os canais icônicos ficam localizados em partes específicas da membrana plasmática das células. Eles são proteínas transmembranas integrais, ou seja, estendem-se do exterior celular até o seu interior. Eles são os responsáveis por permitir a passagem de íons inorgânicos de baixa carga, que fazem parte de vários processos fisiológicos, como a Bomba de Na+ e K+. -Permitem a passagem de íons inorgânicos pequenos que são muito hidrofílicos para penetrar no interior apolar da bicamada lipídica. - A maioria dos canais iônicos são seletivos, ou seja, só passa um tipo de íon. -O tipo de transporte de membrana que utiliza esses poros é a difusão facilitada mediada por canal. Eletrofisiologia do Coração - Automaticidade cardíaca - O maestro principal: Nó sinoatrial (localizado no átrio direito), pois ele realiza esse ciclo bem mais rápido do que qualquer outra parte do sistema de condução. Se esse falhar, outros podem assumir, porém sem a mesma eficiência, diminuindo a frequência cardíaca. - Esses impulsos são transmitidos não apenas pelo sistema especializado, mas também por células musculares cardíacas que formam o sincício, ou seja, agem como se fossem uma única coisa. Se excitar uma célula, todas as demais também serão excitadas. - Trajeto do impulso elétrico: 1. Criação no nó sinusal (sinoatrial) 2. Sua propagação pelas vias intermodais até o Nó atrioventricular 3. O impulso passa para o átrio esquerdo por meio do Feixe de Bechmann (até esse momento o impulso fica limitado aos átrios, devido ao isolamento elétrico criado pelo esqueleto fibroso, permitindo que prossiga apenas pelo sistema de condução). Isso ocorre para que a sístole atrial ocorra antes da sístole ventricular, permitindo que o sangue acumulado nos átrios seja ejetado para os ventrículos. 4. A partir daí, após o atraso do nó atrioventricular, o impulso segue pelo feixe atrioventricular e pelos seus ramos esquerdo e direito, por meio do septo interventricular até o ápice cardíaco 5. Do ápice cardíaco, o impulso segue pelas paredes livres, pelas fibras de Purkinje, alcançando todo o restante dos ventrículos 6. Devido essa conformação das fibras de Purkinje, a despolarização ocorrerá do ápice para a base. Ou seja, os ventrículos ordenam o sangue em direção a base cardíaca, que ficam os óstios dos grandes vasos, que são as rodas desejadas no momento pelo ciclo (maior eficiência na ejeção) - A despolarização ocorre pela mudança nas concentrações iônicas - Tudo ocorre nos canais iônicos presentes na membrana celular, especialmente nos de Na, K e Ca - Inicialmente, o meio intracelular se encontra com a carga negativa em relação ao meio extracelular. Ou seja, a célula está polarizada, com uma concentração de K maior no seu interior e de Na e Ca maior no meio externo -Essa diferença se mantem devido a impermeabilidade da membrana e pelo trabalho da 2 Roberta Medeiros – SOI I – S1 – M02 bomba de sódio e potássio, que favorece essas concentrações utilizando energia (ATP) - Os canais seletivos desses íons se abrem, permitindo o deslocamento deles a favor do gradiente de concentração quando estão sob determinada voltagem - Os canais de sódio lento permitem uma entrada constante de Na, que aos poucos irá “positivando” esse potencial. Quando o potencial chega a -40mV (o potencial inicial é -60mV), os canais de cálcio dependentes de voltagem se abrem, permitindo um grande influxo de cálcio, o que eleva o potencial a valores positivos, ou seja, leva a despolarização da membrana - Quando o potencial da membrana se torna positivo, os canais de potássio se abrem, repolarizando novamente a membrana. A partir daí, as bombas de Na e K e as bombas de Ca retomam as concentrações originais, expulsando o Na e o Ca e recapitando o K para a célula - Essa perturbação é chamada a nível celular de potencial de ação - Esse processo acontece 1 vez por segundo. O que teoricamente quer dizer que nosso coração bate 1 vez/segundo -Criação do potencial de ação nos nós = resposta lenta -Condução do impulso elétrico nas demais células cardíacas = resposta rápida - Como ocorre a reposta rápida: • Nas demais células cardíacas, haverá outros tipos de canais de iônicos: os canais de Na (rápido) e Ca (igual ao do sinoatrial) e de K (lento) • As células musculares cardíacas possuem as junções comunicantes (GAP) e o retículo sarcoplasmático, que é uma estrutura que armazena cálcio internamente. Nesses, existem canais de cálcio dependentes de voltagem • Alguns dos íons de Na e Ca que entraram na fase de despolarização no potencial de ação, irão para as células adjacentes por meio das junções comunicantes e lá desencadearão outro processo • Na condução, o gatilho para a perturbação do equilíbrio será a entrada desses íons. Isso 3 Roberta Medeiros – SOI I – S1 – M02 porque o potencial de membrana dessas outras células cardíacas (inicialmente a - 90mV) será levemente positivado, o suficiente para abrir os canais de sódio rápido e desecandear um grande influxo de sódio, consequentemente depolarizando a membrana BRUSCAMENTE • Essa despolarização irá resultar na abertura dos outros dois canais. O de cálcio irá se abrir devagar, logo o potássio começa a sair repolarizando a célula, porém, em uma velocidade menor, o cálcio começa a entrar • A entrada de cálcio não permite uma repolarização brusca (forma o efeito platô – pois as cargas que estão entrando e saindo serão equilibradas) e dispara a saída do cálcio armazenado no retículo sarcoplasmático • Logo, uma grande quantidade de cálcio se concentra no meio intracelular, o que é importantíssimo, pois é ele que dispara o processo de contração muscular • Com a leve queda do potencial no platô, os canais de cálcio voltam a fechar novamente, pois ele deixa de ser adequado para mantê- los abertos. • Com isso, a repolarização ocorre RAPIDAMENTE, pois apenas o potássio está saindo • As bombas irão restabelecer as concentrações iniciais, inclusive dentro do retículo sarcoplasmático - Fases • Fase 0: despolarização (pelo Na) • Fase 1: repolarização inicial (saída de K) • Fase 2: platô (equilíbrio da mov. do K e do Ca) • Fase 3: repolarização final (saída unicamente de K) • Fase 4: restauração das concentrações - Período refratário: durante esse período a célula ou está inviabilizada de sofrer nova despolarização ou necessita de um estímulo muito maior • Efetivo: os canais de Na não serão novamente abertos, independentemente do potencial • Relativo: os canais só serão abertos se ocorrer um potencial maior do que o exigido anteriormente - Esses períodos são importantes para que as células miorcárdias não entrem em tentania, ou seja, fiquem mais tempo do que o necessário contraídas. Ou seja, apenas quando entrar na fase 4, é que os canais atenderão aos potenciais padrões Interpretação e representação da atividade cardíaca - Todo o trajeto do impulso cardíaco pode serregistrado no eletrocardiograma (ECG) 4 Roberta Medeiros – SOI I – S1 – M02 - O ECG é tipo como se fosse uma filmadora que fará registros do impulso elétrico a partir da posição do ápice do coração, considerando se o mesmo se aproximou e se afastou dela - O impulso sai do nó sinoatrial (sinusal) em direção ao nó atrioventricular, despolarizando os átrios. Ou seja, aproximando-se da “câmera” que registra a onda positiva (onda P). - O nó atrioventricular atrasa o impulso e, como não há movimentação, o ECG registra apenas uma linha reta que é o segmento PR. - Na despolarização inicial do septo, é preciso que todas as resultantes se afastem da “câmera” e registe a onda negativa Q - O impulso segue bruscamente em direção ao ápice, pelos ramos, aproximando-se bastante da “filmadora”, registrando a grande onda R - Posteriormente, há a subida pelas paredes livres dos ventrículos se afastando novamente da câmera, o que forma a onda negativa S, despolarizando os ventrículos - Após a despolarização, as células voltam ao seu estágio inicial (repolarização), formando a onda T -Resumindo: • A onda P é a despolarização dos átrios, ou seja, é quando eles recebem o estímulo da contração • O complexo QRS é a despolarização dos ventrículos • A onda T é a repolarização dos ventrículos • A repolarização dos átrios ocorre em um período semelhante a despolarização ventricular, que é mais intensa e por isso não aparece no ECG Referências Bibliográficas Berne & Levy, fisiologia humana Guyton & Mall, fisiologia Médica 1 Roberta Medeiros – SOI I – S1 – M02 APG XII – A SAÚDE DAS PERNAS Objetivos 1. Estudar a anatomia e fisiologia dos vasos nos membros inferiores. 2. Entender como funciona o retorno sanguíneo. 3. Abordar ações de promoção e proteção da saúde do trabalhador. Anatomia e fisiologia dos vasos nos membros inferiores - Os membros inferiores possuem veias superficiais localizadas no tecido subcutâneo (veia safena parva e safena magna) e veias profundas que acompanham as principais artérias - A artéria ilíaca externa supre os músculos da parede abdominal e o membro inferior - A artéria femoral é a continuação da artéria ilíaca externa após o ligamento inguinal e ela supre o períneo, o quadril, a coxa e o joelho - Na altura da região poplítea origina a artéria poplítea, que se estende até a margem inferior do músculo poplíteo. - A artéria tibial posterior se estende ao longo face posterior da perna e origina as artérias planares medial e lateral - A artéria tibial anterior se estende pela face anterior da perna e dá origem à artéria dorsal do pé -As artérias digitais dorsais se originam das artérias metatarsais dorsais 2 Roberta Medeiros – SOI I – S1 – M02 - As duas principais veias superficiais no membro inferior são as veias safenas e parva - A veia safena magna é formada pela união da veia dorsal do hálux e o arco venoso dorsal do pé Retorno sanguíneo - À semelhança dos membros superiores, o sangue dos membros inferiores é drenado por veias superficiais e profundas - Todas as veias dos membros inferiores apresentam válvulas, que são mais numerosas do que nas veias dos membros superiores 3 Roberta Medeiros – SOI I – S1 – M02 - O retorno venoso nos membros inferiores começa inicia nos arcos venosos do pé (dorsal e plantar) -Dos arcos venosos, as veias se convergem para a veia safena magna e parva - A veia safena magna se estende por todo o comprimento do membro inferior (considerada a maior do corpo) e coleta sangue das veias superficiais e através do hiato safeno desemboca na veia femoral - A veia femoral é uma veia profunda que acompanha a artéria femoral do hiato dos adultos ao ligamento inguinal e recebe sangue de todas as veias que drenam o membro inferior Saúde do trabalhador - Compreende práticas interdisciplinares e interinstitucionais - Sua abordagem busca superar a saúde ocupacional e a medicina do trabalho, pois além da medicina e engenharia de segurança, inclui outras disciplinas: a epidemiologia, a administração e planejamento em saúde e as ciências sociais em saúde -Saúde e doença estão condicionados e determinados pelas condições de vida das pessoas e são expressos entre os trabalhadores também pelo modo como vivenciam as condições, os processos e os ambientes em que trabalham. 4 Roberta Medeiros – SOI I – S1 – M02 - A execução das ações de ST, segundo a Constituição Federal, Art. 200 é competência do SUS devendo este:”II - executar as ações de vigilância sanitária e epidemiológica, bem como as de saúde do trabalhador; e...VIII - colaborar na proteção do meio ambiente, nele compreendido o do trabalho”. - A atuação da área de Saúde do Trabalhador ultrapassa os limites do SUS e deve ser realizada necessariamente em conjunto com outras áreas do poder público, com a cooperação da sociedade e dos próprios trabalhadores organizados pois estes são os que conhecem de fato seu trabalho e os riscos a que estão submetidos. - A Política Nacional de Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora- PNST: são definidos os princípios, as diretrizes e as estratégias nas três esferas de gestão do SUS – federal, estadual e municipal, para o desenvolvimento das ações de atenção integral à Saúde do Trabalhador, com ênfase na vigilância, visando a promoção e a proteção da saúde dos trabalhadores e a redução da morbimortalidade decorrente dos modelos de desenvolvimento e dos processos produtivos sendo este o seu objetivo. - Quem são os trabalhadores para os quais o SUS dirige a PNST? São todos os trabalhadores, independentemente de sua localização, urbana ou rural, de sua forma de inserção no mercado de trabalho, formal ou informal, de seu vínculo empregatício, público ou privado, assalariado, autônomo, avulso, temporário, cooperativados, aprendiz, estagiário, doméstico, aposentado ou desempregado; diferentemente do público alvo do Ministério do Trabalho e Emprego e da Previdência Social que se ocupam dos trabalhadores formais. - Como o SUS realiza a PNST? Articulando ações individuais de assistência e de recuperação dos agravos, com ações coletivas, de promoção, de prevenção, de vigilância dos ambientes, processos e atividades de trabalho, e de intervenção sobre os fatores determinantes da saúde dos trabalhadores; ações de planejamento e avaliação com as práticas de saúde; o conhecimento técnico e os saberes dos trabalhadores. - São alguns objetivos da PNST: Fortalecer a Vigilância em ST e integrá-la aos demais componentes da Vigilância em Saúde; Promover a saúde e ambientes e processos de trabalho saudáveis; Ampliar o entendimento da ST como ação transversal, identificando a relação saúde-trabalho em todos os pontos da rede de atenção; Incluir nas análises de situação de saúde e nas ações de promoção da saúde a categoria trabalho; Identificar a situação do trabalho dos usuários nas ações e serviços de saúde e considerar o trabalho das pessoas e suas consequências nas intervenções em saúde; - Principais estratégias de implantação da PNST Análise do perfil produtivo e da situação de saúde dos trabalhadores; Estruturação da Rede Nacional de Atenção Integral à Saúde do Trabalhador- RENAST no contexto da Rede de Atenção à Saúde: ações junto à APS, à Urgência e Emergência e Atenção Especializada (Ambulatorial e Hospitalar). Fortalecimento e ampliação da articulação intersetorial; Estímulo à participação da comunidade, dos trabalhadores e do controle social; Desenvolvimento e capacitação de recursos humanos; 5 Roberta Medeiros – SOI I – S1 – M02 Apoio ao desenvolvimento de estudos e pesquisas. 1 Roberta Medeiros – SOI I – S1 – M02