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Sangramento Uterino Anormal A regra do PALM-COEIN se refere a mulheres em idade reprodutiva e após exclusão de gestação Exclusão da gestação → DUM, atividade sexual e usa método contraceptivo ANAMNESE: Tempo de história, ciclos menstruais, sintomas associados, comorbidades, medicações em uso EXAME FÍSICO: Estado geral/sinais vitais, abdome, exame especular, toque vaginal Definição O termo SUA refere-se a anormalidade na quantidade, duração ou frequência do sangramento proveniente do útero. Pode ser caracterizados como agudo ou cronico AGUDO: Episódio severo o suficiente para necessitar de intervenção imediata CRÔNICA: Ocorre na maior parte dos ciclos nos 6 ciclos anteriores. Ciclo normal dura em média → 28 dias, com variação de 7 dias. Já o fluxo dura de 2-6 dias PRONTO SOCORRO Exames complementares: BHCG, hemograma e USG pélvico - Podem ser solicitados para investigação: TSH, coagulograma, PRL (prolactina), RM, histeroscopia. Causas PALM-COEIN PALM - Causas estruturais Pólipos, Adenomiose, Leiomioma, Malignidade COEIN - Causas não estruturais Coagulopatia, Ovulação disfuncional, Endométrio disfuncional, Iatrogenia e Não classificadas em outra parte. Abordagem Identificação da fonte do sangramento e exclusão da gravidez . Em caso de sangramento agudo intenso, deve-se estancar o sangramento agudo e posteriormente investigar a causa. Manejo Se paciente se apresenta anêmica, hipovolemia, hipotensão, com taquicardia deve-se fazer medidas para estancar sangramento . - 1° passo: Restabelecer equilíbrio hemodinâmico: Cristalóides e uso de vasopressores. - Estrogênio conjugado EV 25mg a cada 4-6h por 24h - Combinar estrogênio e progesterona pelos dias seguintes Contraceptivos orais combinados - Etinilestradiol 35 mcg 3x/dia por 7 dias ou Acetato de medroxiprogesterona 20mg 3x/dia - após 1cp por 3 semanas Ácido tranexâmico 10mg/kg EV a cada 8h - evitar em pacientes com alto risco trombolítico MEDIDAS NÃO FARMACOLÓGICAS Tamponar útero com catéter Foley e enchendo com balonete com 10-30 Ml de soro Algumas vezes é necessário fazer curetagem uterina FASE AGUDA Hormônios, anti-fibrinolítico, AINES → HORMONAIS: estrogênio, progesterona e E+P Estrogênio: Ajuda a reepitelizar endométrio que estava sangrando Progesterona: Estabiliza endométrio - diminui chance do coágulo se desfazer → AINES: Diminui prostaglandinas (responsáveis pelo sangramento), diminuindo assim o sangramento. PÓLIPOS Lesão de glândula e estroma endometriais - projetadas na cavidade Acomete mulheres com > 40 anos QUADRO CLÍNICO: Assintomáticas, sangramento uterino e infertilidade - dificulta nidação EXAME FÍSICO: Normal ou pólipo cervical pode ser visualizado RISCOS: Malignidade → pós menopausa e sangramento Diagnóstico: Histológico - biópsia excluir malignidade INVESTIGAÇÃO: USG TV, Histeroscopia e histerossonografia TRATAMENTO Histeroscopia cirúrgica Avaliação da cavidade endometrial, polipectomia e estudo histológico → O pólipo sem atipia é considerado benigno. A taxa de malignização de um pólipo na pós-menopausa é de 0,5%, mas como não há nenhum método de acompanhamento seguro, recomenda-se a retirada desse pópilo (polipectomia) com biópsia ADENOMIOSE Endométrio ectópico no miométrio Associado com paridade AUMENTO DIFUSO DO ÚTERO TRATAMENTO CIRÚRGICO Pode ocorrer em cicatrizes prévias QUADRO CLÍNICO: Assintomáticas, dismenorréia, sangramento uterino, dor pélvica crônica, dispareunia e infertilidade EXAME FÍSICO: Normal, útero com aumento difuso e dor à palpação Diagnóstico: USG TV, RM - FORMA COMPLEMENTAR Aumento volume uterino de forma difusa, miométrio heterogêneo, áreas císticas e zona juncional espessada. TRATAMENTO: Clínico ou cirúrgico Clínico: Contraceptivos hormonais, DIU de levonorgestrel, AINES, anti-fibrinolítico (ÁCIDO TRANEXÂMICO) e análogos de GnRH Cirúrgicos: Histerectomia - caso haja falha no tratamento clínico HISTERECTOMIA E TIRA TUBAS (SALPINGECTOMIA) - A adenomiose de caracteriza por glândula ou estroma endometrial no miométrio USTV → Assimetria entre paredes uterinas, heterogeneidade miometrial difusa, perda de limite entre endométrio e miométrio. A adenomiose é a "endometriose do útero" ESTRIAS QUE SAEM DO USG DIFERENÇA ESPESSURA PAREDE UTERINA DIVISÃO PERDE DO ENDOMÉTRIO E ENDOMÉTRIO LEIOMIOMA*** TUMOR BENIGNO MONOCLONAL Crescimento das células da musculatura lisa do útero TUMOR MÚSCULO LISO GERALMENTE EM MENACME CRESCEU AÓS MENOPAUSA - RISCO DE MALIGNIDADE → Dependem de hormônios para seu crescimento Acomete principalmente mulheres na idade reprodutiva Subseroso → Camada mais externa do útero - GERALMENTE ASSINTOMÁTICO Submucoso → Abaula cavidade uterina - LIGADO A INFERTILIDADE Intramural → Acomete própria musculatura do útero Quadro clínico: Depende da posição, tamanho e quantidade Geralmente assintomáticas - Sangramento uterino, dismenorréia, infertilidade, massa pélvica e sintomas compressivos SUBMUCOSO - Causa mais sangramento e aumenta chance de infertilidade EXAME FÍSICO: Normal e aumento do útero DIAGNÓSTICO: Histologia Presuntivo através de exames de imagem USG Pélvico, RM, histeroscopia TRATAMENTO: Individualizado - dependendo da sintomatologia, idade e desejo reprodutivo Métodos contraceptivos, anti-fibrinolítico e AINES → CONTROLE DOS SINTOMAS Análogos de GnRH - simula menopausa, embolização de artérias uterinas Desejo reprodutivo - miomectomia Sem desejo reprodutivo - Histerectomia Mioma submucoso - histeroscopia COM MIOMECTOMIA cirúrgica ou por laparoscopia ASSINTOMÁTICO- NÃO TRATA COEIN não estruturais COAGULOPATIAS → Doença de Von Willebrand - coagulopatia mais comum → Diminuição do fator de VW, responsável pela agregação plaquetária Quadro clínico: SUA pós menarca, epistaxe, hematomas e gengivorragia Exames: Plaquetas, TP/TTPA e fator VW Tratamento: estrogênio, anti-fibrinolíticos → Uso de anticoagulantes → Ovulatória- Quadro clínico - Sangramento imprevisível no fluxo e duração Anovulação crônica - não faz corpo lúteo e não produz progesterona Endométrio estrogênio instável Causas: SOP, hipotireoidismo, hiperprolactinemia, obesidade, estresse, extremos de idade Tratamento: hormônios, anti-fibrinolítico e tratar causa base IATROGÊNICAS - hormônios e DIU