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ARMAZENAMENTO E DESCARTE DE AMOSTRAS E PRODUTOS QUÍMICOS

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ARMAZENAMENTO E DESCARTE DE AMOSTRAS E PRODUTOS 
QUÍMICOS 
 
CLASSIFICAÇÃO DO MATERIAL SEGUNDO O USO 
 
 Vários materiais, equipamentos e artigos são utilizados na rotina de um 
laboratório de análises clínicas, tais materiais podem ser divididos de acordo 
com sua periculosidade, podendo ser: 
Artigos Críticos: são considerados materiais que entra em contato 
direto com regiões corpóreas internas, por isso necessitam ser esterilizados. 
Como exemplos desses materiais podem ser citados: seringas com agulhas, 
cateteres, sondas, etc.; 
• Artigos Semicríticos: são considerados materiais que entram em 
contato direto com mucosa, por isso necessitam de um processo de 
desinfecção. Como exemplos desses materiais podem ser citados: swab, 
paletas orais, fita gomada, etc.; 
• Artigos Não Críticos: são considerados materiais que não entram 
em contato com o organismo, geralmente apresentam contato apenas com a 
pele íntegra (sem lesões), para estes materiais basta uma boa limpeza. Como 
exemplo desses materiais pode-se citar: botas, jalecos, etc. 
 
TÉCNICAS ASSÉPTICAS 
 
 Na rotina laboratorial são utilizados materiais que precisam passar por 
alguma técnica asséptica para serem utilizados nos procedimentos 
operacionais. Sendo assim, abaixo são apresentadas algumas técnicas 
assépticas e suas eventuais utilizações: 
Esterilização: constitui-se de uma técnica que provoca a destruição 
completa de todas as formas de vida presentes em materiais que manterão 
contato direto ou indireto com estruturas corpóreas internas. Exemplos de 
materiais que necessitam passar por esse procedimento: seringas com 
agulhas, lâminas de vidro, placas de Petri, etc.; 
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Desinfecção: constitui-se de uma técnica que provoca a destruição de 
micro-organismos patogênicos ou não, sendo utilizada em objetos como 
móveis ou em instalações presentes nos setores laboratoriais. Exemplos de 
materiais que necessitam passar por esse procedimento: bancadas, capelas de 
proteção, etc.; 
Antissepsia constitui-se de uma técnica utilizada para promover a 
diminuição da população bacteriana e prevenção do seu crescimento em 
tecidos vivos, sem que haja necessariamente a destruição de todas as formas 
viáveis. 
Exemplos de uso para esse procedimento: lavagem das mãos. 
 
 
Descontaminação de área após derramamento de material 
Biológico ou Cultura e Micro-organismos 
 
 
Quando houver o derramamento de algum material biológico em algum 
dos setores laboratoriais, onde este evento represente algum risco para os 
demais profissionais, algumas medidas devem ser tomadas como: 
primeiramente devem-se notificar o mais rápido possível os demais 
funcionários do setor; caso haja algum risco biológico, todos os funcionários 
devem deixar imediatamente o setor; os indivíduos envolvidos no acidente. 
Devem verificar suas vestimentas quanto a contaminação com o material, caso 
este evento ocorrer, as medidas de descontaminação da roupa devem ser 
tomadas. 
 
Descontaminação de pequenas áreas (instrução para 
descontaminação) 
 
Quando houver o derramamento de alguma substância em uma 
pequena área, como por exemplo, uma bancada, os profissionais presentes 
nesse ambiente devem se atentar para algumas medidas a serem tomadas 
como: promover o uso de EPIs; após equipado adequadamente deve-se 
file:///D:/Meus%20Negocios/Pensar%20Cursos/www.pensarcursos.com.br
 
 
identificar e marcar a área que necessita de descontaminação; devem-se 
preparar os recipientes para o descarte do material contaminado; durante o 
processo de descontaminação o operador deve mover-se lenta e 
cuidadosamente a fim de evitar a formação de novos aerossóis; deve-se cobrir 
toda a área com uma toalha absorvente e deixar um germicida agir antes de 
recolher com os fragmentos grosseiros; caso o local apresente materiais 
perfurocortantes, estes devem ser descartados em caixas específicas; após 
esse procedimento a remoção das luvas deve ser realizada de forma 
cuidadosa, sendo que estas devem ser descartadas junto com o material 
contaminado; necessita-se a lavagem das mãos com água e sabão e solução 
antisséptica; além de registrar o acidente de maneira adequada para os 
responsáveis pelo laboratório. 
 
Kit de limpeza 
 
 De maneira geral são necessárias instruções para descontaminação por 
escrito e em local de fácil visualização, além de que o laboratório deve possuir 
um Kit específico para a limpeza e descontaminação, possuindo EPIs; pá 
plástica; desinfetantes apropriados e que estejam dentro do prazo de validade; 
toalha de papel absorvente; saco plástico para descarte de material 
contaminado e caixas rígidas para descarte de materiais perfurocortantes. 
É necessária também uma documentação apropriada para registrar os 
acidentes que podem vir a ocorrer, além de equipamentos e materiais para 
promover a esterilização e descontaminação. Esses procedimentos devem ser 
seguidos para o descarte de rejeitos, pois todo material infeccioso ou 
equipamentos utilizados na rotina do laboratório devem ser desinfetados antes 
da lavagem, ou antes, de serem jogados no lixo. O processo de autoclavagem 
deve ser realizado, exceto para materiais reaproveitáveis, produtos oxidantes 
ou produtos que liberem subprodutos tóxicos quando aquecidos. 
 
Autoclavagem 
 
file:///D:/Meus%20Negocios/Pensar%20Cursos/www.pensarcursos.com.br
 
 
O processo de autoclavagem refere-se a procedimentos que envolvam a 
esterilização (completa eliminação de formas vivas presentes nos diversos 
tipos de materiais), sendo ela um importante método para eliminar o risco 
biológico. O uso da autoclave é o método mais utilizado nas instituições de 
saúde e pesquisa, este processo geralmente envolve aquecimento da água em 
uma câmara sob pressão gerando vapor sob alta pressão, o que ocorre em 
temperatura de aproximadamente 121° C por no mínimo 15 minutos. O tempo 
para o processo de autoclavagem é medido após a temperatura de o material 
envolvido atingir 121°C. 
 
Descontaminação 
 
O processo de descontaminação também conhecido como desinfecção, 
pode ser definida como um procedimento que visa à redução da maioria ou 
eliminação dos microrganismos patogênicos na superfície de um objeto, 
impossibilitando que este transmita doenças. Tal procedimento para ter 
efetividade necessita da utilização de um bom desinfetante, diante disso alguns 
fatores podem determinar sua qualidade e eficácia, tais como: a concentração 
do princípio ativo presente do produto; o tempo necessário para a ação; a 
temperatura de armazenamento e o pH; nível de contaminação presente em 
determinado objeto ou material; o tipo de contaminação envolvida no 
procedimento; além das características físicas do objeto ou material que será 
descontaminado. 
 
 
MANUSEIO, GERENCIAMENTO E DESCARTE DE RESÍDUOS 
SÓLIDOS NOS SERVIÇOS DE SAÚDE 
 
 
Tratando-se do ponto de vista sanitário, o lixo possui grande potencial 
para a transmissão de doenças. Por esse motivo, ele deve ser bem-
acondicionado e receber tratamento adequado anteriormente ao seu descarte, 
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pois a exposição dos resíduos pode favorecer a proliferação de vetores 
capazes de ocasionar riscos de contaminação. 
Nesse contexto alguns dados podem ser observados, de acordo com 
dados do ano 2005 obtidos pela EMBRAPA o Brasil produz em média 241.614 
toneladas de lixo por dia, sendo que desse total, 76% são depositados a céu 
aberto em lixões, 13% são depositados em aterros controlados, 10% são 
depositados em aterros sanitários, 0,9% são utilizadas usinas e 0,1% são 
incinerados. A composição média de o lixo domiciliar brasileiro apresenta uma 
composição diversificada, porém mais da metade dos resíduos produzidos são 
constituídos de matéria orgânica, configurandoum quadro de desperdício. 
Dessa maneira há uma grande perda em faturamento quando não se 
reaproveita o lixo produzido. 
De acordo com o que foi exposto anteriormente, a situação do 
gerenciamento de resíduos de maneira geral apresenta-se de forma muito 
preocupante uma vez que população mundial cresce significativamente a cada 
dia, aumentando consideravelmente a produção de lixo. Diante desse quadro 
se fazem necessários métodos para minimizar seus efeitos negativos dessa 
situação, um deles é a coleta seletiva, que atualmente no Brasil está sendo 
muito difundida. 
Informações sobre a gestão dos resíduos em hospitais e centros de 
saúde incluem aspectos relacionados com a produção de resíduos, levando em 
conta sua quantidade e composição; sistemas de triagem; armazenamento; 
transporte; tratamento e destinação final dos resíduos. Enquanto que para os 
outros segmentos produtores, como por exemplo, laboratórios de análises 
clínicas, procurou-se apenas fazer uma estimativa quantitativa e qualitativa dos 
resíduos produzidos em suas instalações. 
De acordo com o decreto-lei 239/97, de 9 de setembro, que dispões 
sobre resíduos hospitalares, há o estabelecimento de regras sujeitas a gestão 
de resíduos produzidos em unidades de prestação de cuidados de saúde, 
incluindo as atividades médicas de diagnóstico, tratamento e prevenção da 
doença em seres humanos ou animais, além de atividades de investigação 
relacionadas a área. 
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A gestão de resíduos pode ser entendida como operações que envolvam 
o recolhimento, transporte, armazenagem, tratamento e eliminação dos 
resíduos, assim como o planejamento dessas operações, devendo ser 
atribuídas às responsabilidades dessa gestão aos produtores e designando 
unidades de saúde que possibilitam a realização de acordo com empresas 
devidamente autorizadas. 
Hoje em dia o destino oferecido aos resíduos hospitalares apresenta 
sérios problemas devido a sua natureza, pois em sua grande parte está 
contaminada por via biológica, química e radiativa, podendo vir a apresentar 
um alto grau de periculosidade em razão de seu grande volume. Sendo assim, 
é muito importante haver a consciência de que determinados resíduos como 
sangue, secreções, produtos químicos e tecidos humanos são focos de 
contaminação e constituem um sério risco para a saúde pública. 
Essa situação está aumentando as preocupações e cuidados a se ter, 
pois se refletiram igualmente na criação de legislação específica (que pretende 
evitar a sua deposição em lixeiras, por exemplo), com o crescimento das 
quantidades de resíduos a incinerar, provocando problemas ambientais graves. 
Diante desse quadro torna-se necessário o desenvolvimento de 
diferentes estratégias de gestão de resíduos da área da saúde, que permitam a 
redução da sua quantidade e a introdução de processos de tratamentos 
alternativos. Entre diversas estratégias, pode-se citar: 
• A necessidade de redefinir a classificação dos resíduos que 
necessitam de tratamento especial; 
• A necessidade de melhorar as condições de instrução dos 
profissionais da área da saúde, permitindo uma triagem mais eficiente; 
• A necessidade de separação dos resíduos, impedindo que 
materiais não recicláveis se misturem a materiais recicláveis. 
A triagem e o acondicionamento dos resíduos produzidos deverão ter 
lugar junto ao local de produção, possibilitando uma identificação clara da sua 
origem e do seu grupo. O local de armazenamento deve ser dimensionado em 
função da periodicidade em que se é realizado o recolhimento ou eliminação 
dos resíduos produzidos, devendo a capacidade mínima corresponder a três 
dias de produção. 
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Quando se trata da gestão de resíduos da área da saúde, convém citar 
que há uma legislação e divisão em grupos referentes à avaliação de impacto 
ambiental e destinação correta dos resíduos, sendo que os grupos mais 
importantes relacionados a estes aspectos são apresentados a seguir: 
• Grupo A: abrange um grupo de resíduos que apresentam risco 
potencial à saúde pública e ao meio ambiente, devido à presença de agentes 
biológicos; sangue e hemoderivados; peças provenientes de operações 
cirúrgicas e exsudados orgânicos; materiais perfurantes ou cortantes; além de 
materiais resultantes da assistência ao paciente. 
• Grupo B: abrange um grupo de resíduos que apresentam risco 
potencial à saúde pública e ao meio ambiente devido às suas características 
químicas, como resíduos farmacêuticos e resíduos quimioterápicos perigosos. 
 
 
GRUPOS DE RESÍDUOS CONSIDERADOS DE RISCO 
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FONTE: NETO, 2013. 
 
O desenvolvimento de um programa de prevenção pode reduzir os 
gastos relativos ao tratamento e disposição de resíduos, uma vez que o 
aproveitamento pode ser feito de forma mais racional, em que a implantação da 
coleta seletiva tornasse fundamental. Dessa maneira, podem-se estabelecer 
propostas como: despertar a importância da valorização do "lixo" e dos 
problemas relacionados com poluição, doenças, contaminação dos lençóis 
freáticos e saturação dos lixões; viabilizar programas, colocando em prática os 
5Rs: Regenerar, Recusar, Reduzir, Reutilizar e Reciclar, por meio de módulos 
informativos e vivenciais; além de fornecer recursos para proporcionar 
melhores condições e qualidade de vida, pela compreensão dos novos 
paradigmas emergentes. 
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Além das propostas descritas anteriormente, pode-se estabelecer um 
programa de prevenção com a elaboração de um PGRSS – Plano de 
gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde. 
 
EXEMPLO DE UM PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS DE 
SERVIÇOS DE SAÚDE PARA QUÍMICOS 
 
<http://www.hospitaissaudaveis.org/pdf/Palestra%203a%20Daniel%20M
arques%20P%C3%A9rigo.pd f> 
 
 Normas de Vigilância Sanitária 
 
 Essas normas são descritas em vários manuais da ANVISA e são 
definidas por um conjunto de ações e medidas que são capazes de prevenir, 
diminuir ou eliminar riscos à saúde humana e possibilitam intervir nos 
problemas sanitários decorrentes no meio ambiente, assim como na produção 
e circulação de bens e serviços que estão diretas ou indiretamente envolvidos 
na área da saúde. 
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No Brasil, muitas cidades já possuem um serviço de Vigilância Sanitária 
muito organizado e responsável por ações que visam proteger e promover a 
saúde da população. Antigamente, desde o início das primeiras cidades, já era 
possível identificar registros relacionados a preocupações referentes à 
Vigilância Sanitária. 
 
Manuseio e Transporte Seguro de amostras Biológicas e Materiais 
Infecciosos 
 
De maneira geral, uma amostra qualquer que chega ao laboratório antes 
de ser analisada deve estar identificada com uma etiqueta autocolante, 
contendo uma descrição legível com nome do paciente, sexo, o tipo de exame 
solicitado e a procedência da amostra. 
O procedimento de colagem da etiqueta de identificação deve ser 
realizado de maneira que se possa visualizar a amostra e, a coleta deve ser 
realizada em tubos específicos, não colocar etiquetas em cima do código de 
barra, bem como fitas adesivas que podem prejudicar a leitura dos mesmos. 
 
Acondicionamento para o transporte 
 
O acondicionamento das amostras que serão utilizadas nas análises de 
rotina laboratorial possui alguns cuidados que devem ser observados em seu 
acondicionamento e transporte, com a finalidade de se evitar perdas que 
possam comprometer a qualidade dos serviços prestados. Porém, existem 
algumas diferenças básicas para esses aspectos quando se realiza um 
transporte a curta distância ou a longa distância,sendo que alguns itens devem 
ser observados como: 
Para transporte rápido e a curta distância, os tubos com amostras 
podem vir em estantes e transportados em caixas térmicas; os demais 
materiais podem variar de acordo com as orientações para cada tipo de 
amostra, onde estas devem ser observadas cuidadosamente; 
Para o transporte mais demorado e a longa distância, devem-se colocar 
os tubos com as amostras, devidamente identificados e etiquetados em um 
file:///D:/Meus%20Negocios/Pensar%20Cursos/www.pensarcursos.com.br
 
 
saco plástico e lacrá-lo; posteriormente deve-se colocar o saco com os tubos 
em pé, protegido com papel dentro de um recipiente adequado e selar com fita 
adesiva para fixar o saco com tubos na embalagem; deve-se acondicionar em 
uma caixa térmica com gelo reciclável dentro; colocar em um saco plástico a 
parte as requisições correspondentes às amostras, sendo que estas devem 
estar devidamente preenchidas; deve-se fechar e vedar a caixa 
adequadamente; além de identificá-la com destinatário e remetente, e realizar o 
envio ao laboratório. 
 
Planos de Contingência 
 
Esses planos são conhecidos também como planos gerais de 
emergência e devem ser acionados em casos de acidentes. Caso ocorra um 
acidente no ambiente laboratorial, nunca se deve entrar em pânico, tem que 
pensar na melhor solução para minimizar os riscos e danos, mantendo a 
situação sob controle. Sendo assim, algumas medidas se tornam eficientes em 
caso de acidentes, tais como: 
• Deve-se evitar o pânico e chamar Imediatamente o responsável 
pelo setor para o controle da situação; 
• Devem-se evitar aglomerações na área e proceder ao 
atendimento do acidentado imediatamente; 
• Caso ocorra o derramamento de líquido ou fluido, deve-se isolar a 
área e cobrir o material derramado com hipoclorito de sódio e deixar em 
repouso, não se deve varrer o local antes de descontaminar a área para evitar 
a formação de aerossóis; 
• Deve-se identificar a origem do material contaminado e registrar o 
acidente, se possível com testemunhas; 
• Em caso de emergência, deve-se proceder ao encaminhamento 
do acidentado a um hospital ou pronto atendimento; 
• Caso ocorram acidentes com materiais perfurocortantes devem-
se tomar alguns cuidados adicionais, como: deve-se lavar o local com sabão e 
cobrir o local com gaze estéril; promover a identificação do 
soro/sangue/paciente e comunicar o responsável técnico presente; em alguns 
file:///D:/Meus%20Negocios/Pensar%20Cursos/www.pensarcursos.com.br
 
 
casos o chefe do setor solicitará ao acidentado uma autorização para a 
realização de exame diagnóstico sorológico para HIV e Hepatite com o 
compromisso de não divulgar o resultado. 
Há também procedimentos que são necessários no caso de tratamentos 
profiláticos com as possíveis drogas recomendadas pela Organização Mundial 
da Saúde e Secretaria de Saúde, além de que qualquer acidente deve ser 
registrado e informado nas instâncias superiores do Setor e da Secretaria de 
Saúde, conforme preconizado no POP pela CIBio e pela Vigilância Sanitária. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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file:///D:/Meus%20Negocios/Pensar%20Cursos/www.pensarcursos.com.br
 
 
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