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Especialização em Farmácia Clínica e Prescrição Farmacêutica
Farmácia Clínica Aplicada aos 
Distúrbios do Sistema Respiratório
Prof. Me. Danillo Ramos de Oliveira
Conteúdo programático
Sistema 
Respiratório
(SR)
Farmácia Clínica Aplicada aos Distúrbios do Sistema Respiratório (SR)
Ementa:
Anatomia e fisiologia funcional
Distúrbios do SR: fisiopatologia e farmacoterapia 
Tosse 
Alergias
Asma e Doença Pulmonar 
Obstrutiva Crônica (DPOC)
Infecções das vias 
respiratórias
Casos clínicos abordando possíveis intervenções/prescrições farmacêuticas
Objetivos:
Ao final deste módulo o aluno deverá ser capaz de:
• Compreender a anatomia e a fisiologia simplificada do SR.
• Compreender a fisiopatologia de diversos distúrbios do SR.
• Compreender e desenvolver habilidades para a relação
terapêutica e as ferramentas para uma comunicação eficiente
com o paciente.
• Avaliar condições do paciente que possam interferir na
farmacoterapia.
Farmácia Clínica Aplicada aos Distúrbios do Sistema 
Respiratório (SR)
Objetivos:
Ao final deste módulo o aluno deverá ser capaz de:
• Compreender o mecanismo de ação, indicações, contraindicações
e as principais interações de fármacos usados em distúrbios do SR.
• Compreender o que o farmacêutico pode prescrever em alguns
distúrbios do TGI.
• Saber aplicar terapias não farmacológicas e outras intervenções
relativas ao cuidado em paciente com distúrbios do SR.
• Identificar situações de alerta para encaminhamento.
Farmácia Clínica Aplicada aos Distúrbios do Sistema 
Respiratório (SR)
Bibliografia sugerida
Bibliografia básica
Bibliografia sugerida
Bibliografia sugerida
Bibliografia complementar
Bibliografia sugerida
B
ib
lio
gr
af
ia
 c
o
m
p
le
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r
O SISTEMA RESPIRATÓRIO
Princípios físicos da troca gasosa;
Difusão de oxigênio e dióxido de Carbono 
através da membrana respiratória
Respiração Prover O2 aos tecidos e remover o CO2
Pode ser dividida em quatro componentes principais: 
Ventilação pulmonar
Transporte de O2 e CO2 no sangue e nos líquidos corporais e suas trocas 
com as células de todos os tecidos do corpo; 
Difusão de O2 e CO2 entre os alvéolos e o sangue;
Regulação da ventilação e outros aspectos da respiração
Respiração O ato de respirar pode ser dividido em dois movimentos:
Inspiração Expiração
Respiração
Unidade respiratória
(também denominada “lóbulo respiratório”)
Após a ventilação pulmonar acontece a
difusão de O2 e CO2 entre os alvéolos e o
sangue ...
Respiração
“O processo de difusão é simplesmente o
movimento aleatório de moléculas em todas as
direções, através da membrana respiratória e dos
líquidos adjacentes” Guyton & Hall, (2017).
Difusão do O2 dos alvéolos para o sangue 
e 
Difusão do CO2 do sangue para os alvéolos
Após a ventilação pulmonar acontece a difusão de O2 e CO2 entre os
alvéolos e o sangue
Base Molecular da Difusão Gasosa
Todos os gases envolvidos na fisiologia respiratória são moléculas
simples, livres para se moverem entre si por “difusão”.
Membrana Respiratória
Ultraestrutura da membrana respiratória alveolar, mostrada em corte transversal
Ultraestrutura da membrana respiratória,
desenhada em corte transversal à esquerda e
hemácia à direita.
A figura mostra, ainda, a difusão de oxigênio
dos alvéolos para a hemácia e a difusão de CO2
na direção oposta.
FATORES QUE AFETAM A INTENSIDADE DA DIFUSÃO
GASOSA ATRAVÉS DA MEMBRANA RESPIRATÓRIA
(1) espessura da membrana respiratória:
inversamente proporcional
A espessura da membrana aumenta:
a) Em decorrência de edema — os gases respiratórios
precisam se difundir não só através da membrana,
mas também através desse líquido.
b) Algumas doenças pulmonares causam fibrose dos
pulmões.
FATORES QUE AFETAM A INTENSIDADE DA DIFUSÃO
GASOSA ATRAVÉS DA MEMBRANA RESPIRATÓRIA
(2) área superficial da membrana: diretamente
proporcional
Redução da área da superfície dos pulmões:
No enfisema, muitos dos alvéolos coalescem,
com dissolução de muitas paredes alveolares;
portanto, a área da superfície total da membrana
respiratória em geral diminui por até cinco vezes
devido à perda das paredes alveolares.
FATORES QUE AFETAM A INTENSIDADE DA DIFUSÃO
GASOSA ATRAVÉS DA MEMBRANA RESPIRATÓRIA
(3) coeficiente de difusão do gás na substância
da membrana: diretamente proporcional
Depende da:
a) solubilidade do gás na membrana
(diretamente)
b) peso molecular do gás (inversamente)
FATORES QUE AFETAM A INTENSIDADE DA DIFUSÃO
GASOSA ATRAVÉS DA MEMBRANA RESPIRATÓRIA
(4) Diferença de pressão parcial do gás entre os
dois lados da membrana.
Difusão efetiva de gás em uma direção: o efeito do gradiente 
de concentração.
Fonte: Guyton & Hall, p. 1530 (2017) 
A difusão efetiva do gás ocorrerá da área de alta concentração para a 
área de baixa concentração
A B
1
3
2
A difusão efetiva do gás ocorrerá da área de alta concentração para 
a área de baixa concentração
104
40
40
45
PULMÃO
O2 CO2
SANGUE
Difusão dos Gases através dos Tecidos 
Os gases de importância respiratória são todos muito solúveis nos lipídeos 
e, em consequência, são altamente solúveis nas membranas celulares. 
Difusão dos Gases através dos Tecidos 
As composições dos ares alveolar e atmosférico são diferentes
Pressões parciais dos gases respiratórios (em mmHg) quando entram e saem dos pulmões (ao nível do mar) 
Quais as razões para essas diferenças?
O ar alveolar é renovado lentamente pelo ar atmosférico
Expiração de gás de alvéolo, com sucessivas respirações. 
Importância da Substituição Lenta do Ar Alveolar
Evita mudanças repentinas nas concentrações de gases no sangue.
Torna o mecanismo do controle respiratório muito mais estável do que
seria de outra forma.
 Ajuda a evitar aumentos e quedas excessivos da oxigenação tecidual,
da concentração tecidual de CO2 , e do pH tecidual, quando a
respiração é interrompida temporariamente.
Tratamento Farmacológico 
da Asma e da DPOC 
Asma
Doença crônica das vias respiratórias caracterizada por acentuada inflamação e
aumento na responsividade do músculo liso brônquico em respostas a vários
estímulos (hiperresponsividade brônquica).
(American Thoracic Society/Consenso Internacional de Asma, 2022).
Sintomas da asma
Dispneia: Experiência subjetiva de
sensações respiratórias
desconfortáveis.
Dificuldade para respirar, respiração
rápida curta.
Para o paciente: Respiração difícil/
cansada/trabalhosa/pesada, abafamento,
sufocação.
Sibilância: Som de alta frequência
resultante da obstrução das vias
aéreas.
Para o paciente: “apito no peito”, “gatinho no
peito”.
Sintomas da asma
Tosse Produção de muco
Fisiologia do tônus do músculo liso das vias respiratórias
ACh – M3
NA
β1 / β2
Tônus dominante
Secreção de muco
Hipersensibilidade: 
resposta normal a níveis 
anormalmente baixos de 
estímulos
Hiperreatividade: 
resposta exagerada a 
níveis normal ou altos de 
estímulos 
Hiperresponsividade: 
propensão das vias aéreas 
asmáticas de sofrer constrição a 
uma ampla variedade de 
estímulos 
Asma como doença broncoconstritiva
Hiperresponsividade das vias respiratórias na asma
Agonista 
muscarínico
Asma como doença broncoconstritiva
Classes a agentes farmacológicos
 Anticolinérgicos
 Metilxantinas
 Agonistas β-adrenérgicos
 Corticosteroides
 Modificadores da via 
dos leucotrienos
Broncodilatadores Anti-inflamatórios
Agentes de alívio Agentes de controle
Agonistas beta-adrenérgicos
Família de receptores beta-adrenérgicos e a proteína G com a qual cada subtipo é preferencialmente acoplado
Ações dos receptores adrenérgicos
(Fonte: GOLAN, 2014)
Mecanismo de ação dos 
agonistas beta-adrenérgicos
Nas células musculares lisas das vias respiratórias, a ativação da proteinocinase A pelo AMPc leva à
fosforilação de várias proteínas intracelulares e, portanto, ao relaxamento do músculo liso e
broncodilatação.
Relaxamento do músculo liso e 
broncodilatação
1. Catecolaminas: isoproterenol e adrenalina/epinefrina.
2. Resorcinóis:terbutalina, salbutamol, salmeterol e 
formoterol.
formoterol
Anticolinérgicos
Broncodilatadores menos efetivos do que os agonistas beta-2.
Metilxantinas
Teofilina Aminofilina
Teobromina Bamifilina
Mecanismo de ação
das metilxantinas
Qualquer tratamento que aumente o AMPc pode promover relaxamento do 
músculo liso e broncodilatação.
Relaxamento do músculo liso 
e broncodilatação
As metilxantinas inibem enzimas fosfodiesterases, impedindo a degradação 
do AMPc.
Em níveis supraterapêuticos, a teofilina produz náusea, diarreia, vômitos,
cefaleia, irritabilidade e insônia.
Em doses ainda mais altas: convulsões, encefalopatia tóxica, hipertermia,
lesão cerebral, hiperglicemia, hipocalemia, hipotensão, arritmias cardíacas e
morte.
A teofilina é ainda utilizada quando os agonistas beta-adrenérgicos e os
corticosteroides são ineficazes ou estão contraindicados.
Anti-inflamatórios Esteroides
Nas Doenças Respiratórias
Prof. Me. Danillo Ramos de Oliveira
Objetivos da aprendizagem
Ao final desta aula o aluno será capaz de:
Compreender diversos aspectos da terapia farmacológica com anti-
inflamatórios esteroides:
Classes e agentes farmacológicos
Classificação
Mecanismos de ação
Potência anti-inflamatória
Efeitos adversos
Anti-inflamatórios esteroides
Inflamação
Resposta do organismo à lesões
teciduais provocadas por diferentes
estímulos agressores e tem como
função remover os agentes
agressores e promover o reparo
tecidual.
Imunossupressores
Tratamento de doenças autoimunes
Transplante de órgãos
Redução da 
resposta imune
Antirreumáticos
Redução da 
resposta inflamatória
Regiões do 
córtex suprarrenal
Síntese de hormônios no 
córtex suprarrenal 
Expressão tecidual de enzimas específicas 
nos diferentes tipos de células do córtex
Produção de hormônios diferentes
Hipotálamo: O hormônio liberador de corticotrofina (CRH)
1. Corticosteroides
(glicocorticoides e mineralocorticoides)
2. Androgênios
Sintetiza 2 classes de hormônios:
A etapa limitante: modificação do colesterol em pregnenolona.
90% ligados à 
proteínas plasmáticas
Globulina
de ligação dos 
corticosteróides
(CBG)
Albumina
A afinidade com as proteínas de ligação plasmáticas regulam
a disponibilidade de hormônio ativo e, por conseguinte, a
atividade hormonal.
Excreção
Distribuição
Inativação 
enzimática
Conjugação 
ácido glicurônico
Excreção renal
Glicocorticoides
Farmacocinética
Enzima 11β-Hidroxiesteróide desidrogenase – regulador da atividade do cortisol
11-hidroxiesteróide 
desidrogenase tipo II
11-hidroxiesteróide 
desidrogenase tipo I
Glicocorticoides
Metabolismo
Efeitos 
fisiológicos do 
cortisol
Metabólicos
Aumentam a disponibilidade de 
nutrientes, devido à elevação 
dos níveis sanguíneos de glicose, 
aminoácidos e triglicerídios.
Anti-
inflamatórios
Inibe a ação de vários
mediadores da inflamação
Fisiopatologia
Insuficiência Suprarrenal
Doença de Addison: Destruição seletiva do córtex da suprarrenal
Diminuição da síntese de todas as classes de hormônios adrenocorticais.
Insuficiência suprarrenal secundária: distúrbios hipotalâmicos ou
hipofisários ou a adm. prolongada de glicocorticoides exógenos.
redução na síntese de hormônios sexuais e cortisol
insuficiência suprarrenal primária
Independentemente da causa, a insuficiência suprarrenal tem graves consequências:
fadiga, falta de apetite, perda de peso, tontura e náuseas
Cortisol e análogos de glicocorticoides
Terapia de reposição nos casos 
de insuficiência suprarrenal
Suprimir a inflamação e as 
respostas imunes
associadas a certos distúrbios 
(asma, atrite reumatoide) e
rejeição de órgãos após o 
transplante)
A terapia farmacológica está indicada nos casos de:
Cortisol e análogos de glicocorticoides
Modificações sintéticas na estrutura 
do cortisol
Foram sintetizados inúmeros análogos de 
glicocorticoides.
Anti-inflamatórios
esteroides
Atividade 
anti-inflamatória
A estrutura básica do cortisol é essencial
para a atividade glicocorticoide, e todos os
glicocorticoides sintéticos são análogos do
glicocorticoide endógeno, o cortisol.
Atividade glicocorticoide 
intrínseca
Pró-fármacos
Via de administração 
tópica
Pacientes com disfunção 
hepática
Ativo: cortisolAtivo: prednisolona
11-hidroxiglicocorticoides
11-cetoglicocorticoides
Anti-inflamatórios
esteroides
Cortisol e análogos de 
glicocorticoides
Anti-inflamatórios
esteroides
Cortisol e análogos de glicocorticoides
Corticosteroide - mecanismo de ação
Dímero: molécula formada pela união de duas unidades
1
2
3
4
1 2
Corticosteroide 
mecanismo de ação
3
4
1
2
3
4
ÁCIDO 
ARAQUIDÔNICO
Mediadores inflamatórios - prostanoides
Fosfolipase A2
(FLA2)
Ciclo-oxigenases
(COX-1 e COX-2)
Corticosteroides
Induzem proteínas que 
interferem na ação da FLA2
Lipocortinas
Inibem a ação da COX-2:
(1) reprimindo a expressão do 
gene da COX-2 e da enzima
(2) reprimindo a expressão de 
citocinas que ativam a COX-2
Interferência dos corticosteroides na cascata da inflamação
Ações dos corticosteroides no eixo imune-suprarrenal
Corticosteroides
• Corticosteroides inalados constituem o principal tratamento preventivo
para a grande maioria dos pacientes com asma.
• Inalação: concentrações locais mais altas nas vias respiratórias que as
produzidas por dose administrada sistemicamente.
• Pode-se administrar dose total mais baixa, reduzindo, assim, a
probabilidade de efeitos sistêmicos significativos.
Alteram a transcrição de muitos genes:
Aumentam a transcrição de genes que codificam diversas proteínas anti-
inflamatórias.
Diminuem a transcrição de genes que codificam numerosas proteínas pró-
inflamatórias: IL-2, IL-3, IL-4, IL-5, IL-6, IL-11, IL-13, IL-15, TNF-α.
Corticosteroides - Ações farmacológicas
A inibição de IL-4 e IL-5 diminui acentuadamente a resposta inflamatória na 
asma.
Diminuem a quantidade de células inflamatórias nas vias respiratórias.
 Reduzem a lesão do epitélio das vias respiratórias.
A permeabilidade vascular também é reduzida, com consequente resolução
do edema das vias respiratórias.
Além disso, embora os esteroides não afetem diretamente a função contrátil
do músculo liso, a inflamação reduzida leva, com o passar do tempo, a
diminuição da hiperresponsividade das vias respiratórias.
 O resultado final consiste na reversão de muitas das características da
asma pelos corticosteroides.
Corticosteroides - Ações farmacológicas
• Os esteroides inalados atualmente disponíveis incluem:
Beclometasona
 Triancinolona
Fluticasona
Budesonida
Flunisolida
Mometasona
 Ciclesonida
Corticosteroides
Clinicamente é importante conhecer a potência de cada agente em relação ao cortisol,
particularmente quando se considera uma possível substituição de um análogo por outro
que apresenta diferentes atividades glicocorticoides e mineralocorticoides relativas.
Em geral, os agentes glicocorticoides com maior potência anti-inflamatória apresentam
maior duração de ação.
Efeitos farmacológicos e duração de ação de alguns dos corticosteroides naturais e sintéticos mais 
usados. As atividades são todas relativas à hidrocortisona, que é considerada como 1 .
Duração de ação
Influenciada por variáveis farmacocinéticas e 
depende dos seguintes fatores
1. Fração do fármaco ligado às proteínas plasmáticas: apenas a fração livre é
metabolizada.
2. Lipofilicidade do fármaco: aumento da lipofilicidade promove a distribuição
do fármaco nas reservas do tecido adiposo.
3. Afinidade do fármaco pelo receptor de glicocorticoides: quanto maior a
afinidade, maior a duração de ação (complexo fármaco-receptor).
4. Afinidade do fármaco pela 11-HSD II (11-hidroxiesteróide desidrogenase
tipo II): quanto maior a afinidade, menor a meia-vida plasmática mais longa
(metabolização).
Aplicações clínicas
Terapia de reposição em pacientes com insuficiência adrenal: 
Estende-se por toda a vida do indivíduo: menor dose efetiva 
minimiza os efeitos adversosdecorrentes do uso crônico.
Tratamento de doenças inflamatórias e autoimunes:
Asma
Artrite reumatoide
Lúpus
Doença inflamatória intestinal
Esclerose múltipla (sintomático)
Rejeição imune após transplante de órgãos
A terapia farmacológica com glicocorticoides não corrige a etiologia da 
doença subjacente, porém limita os efeitos da inflamação.
Aplicações clínicas
Síndrome de Cushing iatrogênica:
- Secundária ao tratamento farmacológico
com glicocorticoides exógenos
- Resulta da estimulação crônica excessiva
dos órgãos-alvo por glicocorticoides
exógenos.
- Constitui, sem dúvida alguma, a causa 
mais comum da síndrome de Cushing.
Efeitos adversos
Síndrome de Cushing iatrogênicaEfeitos adversos
Efeitos adversos
O aumento da
suscetibilidade à infecção
supressão a longo prazo do 
processo inflamatório.
Efeitos adversos
Elevam os níveis 
plasmáticos de glicose
Diabetes melito
Resistência
à insulina
Corticoides: antagonizam a ação da insulina e promovem a gliconeogênese.
Supressão direta da função 
dos osteoblastos.
Efeitos adversos
Perda óssea
Osteoporose
Terapia
prolongada
A administração crônica em crianças: diminui a velocidade de crescimento linear do osso 
em crianças, podendo causar retardo do crescimento.
Inibição da absorção de cálcio mediada pela vitamina D
hiperparatireoidismo secundário
Alterações do comportamento que podem assumir muitas formas
Efeitos adversos
Classes a agentes farmacológicos
 Anticolinérgicos
 Metilxantinas
 Agonistas β-adrenérgicos
 Corticosteroides
 Modificadores da via 
dos leucotrienos
Broncodilatadores Anti-inflamatórios
Doença pulmonar obstrutiva e inflamatória
Asma
 Edema
 hiperplasia das células 
caliciformes
Componente
obstrutivo
Componente inflamatório
Broncoconstrição  Secreção de muco
 Infiltração celular e 
liberação de citocinas
Via dos leucotrienos na asma
Leucotrienos são potentes
broncoconstritores conhecidos e constituem
mediadores importantes da inflamação nas
vias respiratórias.
Fármacos que inibem a produção de
leucotrienos ou sua ligação a receptores
desempenham um papel no tratamento da
asma.
Agentes modificadores da via dos leucotrienos
O papel central desempenhado pelos leucotrienos na patogenia da asma
sugere que as etapas de inibição na via dos leucotrienos podem servir
como tratamento para a doença.
Zileutona
• Inibição da 5-lipo-oxigenase resultando em inibição da síntese de LTA4 e 
seus derivados ativos.
Montelucaste e Zafirlucaste
• Inibem a ligação de LTC4, LTD4 e LTE4 ao receptor de leucotrienos 
(CysLT1).
• Administração crônica: reduzem a frequência das exacerbações e
melhoram o controle da asma.
• Todavia, em comparação com o efeito dos corticosteroides inalados, o
efeito dos modificadores da via dos leucotrienos sobre a função pulmonar
e controle dos sintomas é limitado.
Agentes modificadores da via dos leucotrienos
A via dos leucotrienos constitui apenas um dois vários processos 
responsáveis pela resposta inflamatória na asma.
• Disponíveis como comprimidos orais, em vez de formulações inaladas.
• Todos os três agentes modificadores de leucotrienos são bem tolerados e
exercem poucos efeitos extrapulmonares, particularmente quando comparados a
corticosteroides orais.
• Zileutona tem incidência de 4% de hepatotoxicidade, tornando necessária a
realização periódica de provas de função hepática.
Agentes modificadores da via dos leucotrienos
Caso
• Sr. José, 51 anos, tem longa história de asma e alergia, cujo diagnóstico foi
estabelecido pela primeira vez aos 6 anos de idade. A asma foi tratada com
sucesso durante muitos anos com fluticasona inalada 2 vezes/dia, e uso
ocasional de salbutamol toda vez em que sentia falta de ar e apresentava
sibilância. No último ano, o Sr. José percebeu agravamento dos sintomas e
maior frequência das crises de asma. Tem apresentado dispneia, sibilância
e sensação de constrição no tórax ao correr para pegar o ônibus. Além
disso, passou a ter tosse significativa, particularmente à noite, e começou a
usar salbutamol várias vezes ao dia.
• Em um dia quente e nublado de verão, Sr. José desenvolveu tosse
significativa, sibilos e dispneia em repouso. Fez duas aplicações do inalador
de salbutamol, porém o alívio percebido foi mínimo. Chamou o médico,
porém teve dificuldade até mesmo para completar as frases. O médico o
aconselhou a ir imediatamente ao serviço de emergência.
Caso
• Ao chegar lá, Sr. José recebeu imediatamente salbutamol por nebulizador
e grande dose de metilprednisolona por via intravenosa. Embora, em
seguida, tenha se sentido mais confortável, ele continuou “sentindo uma
constrição” e apresentou sons respiratórios normais ao exame. Felizmente,
com a nebulização contínua de salbutamol e o tratamento com ipratrópio
inalado Sr. José começou a se sentir melhor nas horas seguintes.
• Permaneceu internado por dois dias e recebeu alta com redução gradual
da dose oral de prednisona.
Caso
Na consulta de acompanhamento com seu pneumologista, Sr. José estava
preocupado com o fato de sua asma estar se agravando. Embora o episódio
agudo tenha sido controlado, ele continuou apresentando sintomas
asmáticos frequentes. O médico aumentou a intensidade do esquema
farmacológico, acrescentando salmeterol, e montelucaste. Três meses
depois, o Sr. José relatou que os sintomas melhoraram, mas que apresentou
exacerbação da asma que exigiu tratamento com prednisona.
Atualmente o paciente apresenta redução da frequência das exacerbações da
asma.
Questões
• Qual o mecanismo de ação de cada fármaco utilizado pelo paciente?
• Por que o Sr. José foi inicialmente tratado com corticosteroide inalado (fluticasona),
aplicado 2 vezes/dia, e salbutamol, usado apenas quando necessário?
• Por que foi preferível deixar o paciente em esquema de manutenção com corticosteroide
inalado (fluticasona) em lugar de corticosteroide sistêmico?
• Por que foi necessário administrar corticosteroides sistêmicos (Metilprednisolona) por via
intravenosa e prednisona por via oral) para tratar as exacerbações da asma?
Mucolíticos e antitussígenos
Tosse
• Sintoma comum de diversas doenças pulmonares ou 
extrapulmonares.
• Principal causa: doenças virais do trato respiratório.
• Mecanismos pouco compreendidos.
• Farmacoterapia atual: insatisfatória.
Tosse - Classificação
Tosse – Classificação
Tosse seca ou não produtiva
Ausência de muco. Deve-se à inflamação da garganta ou das vias respiratórias
superiores. O corpo reage a esta inflamação do mesmo modo que reage às
secreções em excesso - tentando expulsá-la para fora das vias respiratórias.
Tosse produtiva
Caracterizada pela presença de muco e expectoração (a secreção se movimenta e é
eliminada).
De modo geral, não deve ser suprimida, uma vez que elimina a expetoração dos
pulmões e das vias respiratórias.
Tosse - Benefícios
Eliminação das secreções das vias aéreas.
Proteção contra aspiração de alimentos, secreções e
corpos estranhos.
Neurofisiologia do reflexo da tosse
Componentes:
1 - receptores de tosse; 2 - nervos aferentes; 3 - centro da tosse; 4 -
nervos eferentes; 5 - músculos efetores..
Os estímulos aferem pelo 
nervo vago até o centro 
da tosse difusamente 
localizado na medula. 
Não se conhece o local 
exato do centro da tosse.
Neurofisiologia do reflexo da tosse
Causas...
A tosse é um reflexo defensivo, sempre que possível trate a 
causa subjacente, e não a tosse!
A história clínica e o exame físico orientam quando a 
etiologia da tosse, permitindo o diagnóstico.
Fármacos antitussígenos
Usos clínicos
Poucas situações requerem a utilização desses fármacos (ausência de 
tratamento específico):
Metástase pulmonar de neoplasia avançada que não regride com 
quimio ou radioterapia;
Condições em que a tosse põe em risco a vida do paciente;
Tosse irritativa e seca (não produtivas) pós infecções virais.
Opioides
Qualquer substância, endógena ou sintética, que produz 
efeitos semelhantes aos da morfina e que são bloqueadospor 
antagonistas dos receptores opioides. 
Alterações mínimas na estrutura básica da
morfina modificam drasticamente os
efeitos da droga/fármaco.
Receptores opioides
• Membros da superfamília de receptores acoplados à 
proteína G.
Fechamento de canais de Ca2+
Membrana Plasmática , , 
opioides
Gi
Citosol
Abertura dos Canais de K+
AC
-
Ca2+
ATP AMPc
Mecanismo de ação
Hiperpolarização e bloqueio da neurotransmissão
Supressão da tosse
Supressão da Tosse
São agonistas de receptores
opioides µ no centro medular
da tosse, elevando o limiar
nesse centro.
Hiperpolarização e inibição da tosse 
Fármacos utilizados predominantemente como antitussígenos
• Apresentam substituintes no grupo hidroxila da 
estrutura da morfina.
• Quanto maior o substituinte, maior a seletividade 
antitussígena versus analgésica!
• Codeína: liga-se aos receptores opioides µ. O sítio de ação no receptor e o
mecanismo de ação não são completamente elucidados.
• Baixa potência analgésica.
• Liga-se fracamente às proteínas.
• Meia vida de 2,5 – 4 horas.
• Contraindicações:
• Casos de depressão respiratória, principalmente em idosos (metabolização
lenta).
• Casos de dependência de droga, inclusive alcoolismo ou tentativa de suicídio.
• Atravessa a placenta: dependência ao feto, causando ao recém-nascido:
convulsão, tremores, febre, irritabilidade, choro excessivo.
• É secretado no leite materno.
Fármacos antitussígenos
Dextrometorfano
• 50% menos potente do que a codeína como antitussígeno.
• Possui poucos efeitos colaterais: não causa sedação, dependência ou depressão
respiratória.
• Não produz analgesia.
• É absorvido por VO.
• Frequentemente associado em pastilhas com a benzocaína (anestésico local),
que bloqueia a dor da irritação da garganta ocasionada pela tosse.
Fármacos antitussígenos
• Levopropoxifeno: 
• Isômero do dextrometorfano. 
• Levemente antitussígeno e raramente utilizado.
• Noscapina: 
• Alcaloide benzilisoquinolínico.
• Não possui efeito analgésico. 
• Fraco efeito antitussígeno, sendo usado em associações para alívio 
da tosse.
Fármacos antitussígenos
Antagonistas 
opioides
Reversão da superdosagem
Naloxona: Alta afinidade pelos três receptores μ, δ e κ. Uso oral (pouco efeito)
Reverte rapidamente a supressão da tosse, a analgesia e depressão respiratória (rápido 
início de ação).
Naltrexona: Uso oral. 3 a 5x mais potente do que a naloxona, com duração de ação 
de até 72 horas. Útil no tratamento de superdosagem de morfina e no tratamento da 
dependência de opióides.
Mucolíticos e expectorantes
• Mucosa respiratória normal: recoberta por um fluido
composto de mucoproteínas, mucopolissacarídeos, proteínas,
gorduras, água e eletrólitos.
• Funções:
Aquecer e umidificar o ar inspirado
Remoção de partículas inaladas
Quando o uso de mucolíticos pode ser benéfico ao paciente?
- Aumento demasiado na produção de muco.
Mucolíticos e expectorantes
• Reduzem a viscosidade do escarro in vitro, facilitando sua 
expectoração.
• Iodeto de potássio
• Guaiacolato de glicerina
• Acetilcisteína
• Bromexina
• Ambroxol
Iodeto de potássio
• Após administração oral o iodeto é secretado no muco, não 
sendo bem estabelecidos seus mecanismos de ação. 
Observa-se liquefação do muco.
• Início de ação: 15-25 minutos.
• Duração da ação: 6 horas.
• Queixa comum: gosto metálico do fármaco.
• Uso na gestação: disfunção na tireoide fetal.
Guaiacolato de glicerina
• Escassas e contraditórias informações sobre sua ação expectorante.
• É absorvido pelo TGI e liberado no muco.
• Provoca náuseas e vômitos, que estão associados a sua ação 
expectorante.
• Duração da ação: 6 horas.
• Efeitos colaterais: broncoespasmos por aumentar a reatividade 
brônquica.
Acetilcisteína
• Possui um grupamento sulfidrila livre que interage com as pontes de 
dissulfeto de mucoproteínas, rompendo a estrutura proteica em 
cadeias menos viscosas.
• Vantagens: ausência de efeitos sistêmicos importantes e não 
demonstrou efeito tóxico nem mesmo em indivíduos com hepatopatias.
• Inconvenientes: sabor e odor sulfuroso podem provocar náuseas e 
vômitos. 
• Efeitos colaterais: Crise de broncoespasmo em pacientes com hiper-
reatividade brônquica (associação com broncodilatadores).
• Administração: oral, endovenosa ou nebulização. 
Bromexina
• Derivado de alcaloide da planta Adhatoda vasica.
• Mecanismo de ação: não está completamente elucidado. Evidências
sugerem que o fármaco promova liberação de enzimas lisossômicas que
degradam mucopolissacarídeos, reduzindo a viscosidade do escarro.
Ambroxol
• Metabólito da bromexina, porém seu mecanismo de ação não é
totalmente conhecido.
• Estudos clínicos sugerem a facilitação da expectoração (degradação
de mucopolissacarídeos???) .
• O fármaco é bem tolerado (casos isolados de distúrbios no TGI e
reações alérgicas).
• Gravidez e lactação: estudo e experiência clínica não evidenciaram
efeitos prejudiciais.
Ambroxol
Usos clínicos:
Terapêutica secretolítica e expectorante,
bronquite aguda e crônica,
otites,
sinusites
sintomas gripais,
profilaxia de complicações pulmonares no pré e pós operatório,
especialmente em cirurgia geriátrica e, sobretudo, em UTI.
• Resumindo...
• Embora patologias broncopulmonares comprometam a produção e
transporte do muco, favorecendo a manutenção de processos infecciosos,
em poucos pacientes se justifica o uso prolongado de expectorantes e
mucolíticos.
• A hidratação adequada ainda é a forma mais simples e eficaz de facilitar a
expectoração, sendo suficiente na maioria dos casos!
• Lembre-se:
A tosse é um reflexo defensivo, sempre que possível trate a causa 
subjacente, e não a tosse!
Farmacoterapia das 
infecções das vias 
respiratórias
Antibióticos 
β-lactâmicos
Estrutura e função da parede celular
A parede celular das bactérias é uma rede tridimensional de polímeros
de açúcares, com ligação cruzada peptídica, que circunda a célula no
lado externo de sua membrana citoplasmática.
Peptidoglicano
Também chamada de:
Mureína
peptídeos açúcares
do latim murus
(“parede”)
Estrutura e função da parede celular
A parede celular possui importância crítica para as bactérias, em
virtude de sua resistência à tração
Permite que a célula mantenha a sua pressão osmótica intracelular em
diferentes ambientes.
Biossíntese da parede celular bacteriana
Etapas
1. Síntese de monômeros de 
mureína
2. Translocação e polimerização 
dos monômeros de mureína
3. Ligação cruzada dos polímeros 
de peptideoglicano
citoplasma
Membrana 
citoplasmática
Espaço periplasmático
Biossíntese da parede celular bacteriana
Na etapa final da biossíntese da parede
celular, ocorre ligação cruzada dos
polímeros adjacentes numa reação
catalisada por transpeptidases bacterianas.
Os antibióticos β-lactâmicos inibem as
enzimas transpeptidases.
Anel beta-lactâmico: 
elemento-chave para o 
mecanismo de ação!
Variam na sua estrutura
química, entretanto, todos
compartilham o mesmo
mecanismo antibiótico de
ação:
Inibição de enzimas 
transpeptidades que 
demeiam a ligação cruzada 
dos polímeros de mureína.
3) Cefalosporinas de terceira geração (ceftriaxona e cefotaxima)
• Altamente ativas contra Enterobacteriaceae (E. coli, Proteus indol-positivo, Klebsiella,
Enterobacter, Serratia e Citrobacter) e contra Neisseria e Haemophilus influenzae.
• Menos ativas contra Gram-positivos .
• Maior resistência às beta-lactamases.
• Tratamento das infecções das vias respiratórias inferiores, meningite por
Streptococcus pneumoniae adquirida na comunidade, infecção gonocócica não-
complicada, endocardite e doença de Lyme.
• Além dos efeitos adversos já mencionados, a ceftriaxona pode causar hepatite
colestática.
β-lactâmicos – CEFALOSPORINAS
Versus 1º 
geração
3) Cefalosporinas de terceira geração (ceftazidima)
β-lactâmicos – CEFALOSPORINAS
A ceftazidima - espectro de ação difere dos outros dois agentes de 3ª terceira
geração: atividade antipseudomonas significativa.
 Gram-positivos:atividade mínima
 Gram-negativas hospitalares: uso predominante (P. aeruginosa).
Todavia, as bactérias Gram-negativas que adquiriram atividade de beta-lactamase
de espectro ampliado mostram-se resistentes às cefalosporinas de terceira geração.
3) Cefalosporina de quarta geração (cefepima)
β-lactâmicos – CEFALOSPORINAS
A cefepima - única cefalosporina de quarta geração disponível.
 Altamente ativa contra Enterobacteriaceae, Neisseria, Haemophilus influenzae
e contra microrganismos Gram-positivos;
 É tão ativa quanto a ceftazidima contra P. aeruginosa.
 Entretanto, ao contrário da ceftazidima, a cefepima não é aprovada para o
tratamento da meningite.
 É mais resistente às β-lactamases do que as cefalosporinas de terceira geração.
Mecanismos de resistência
Os beta-lactâmicos possuem diversas propriedades favoráveis: amplo 
espectro de ação, baixa toxicidade, baixo custo, e podem ser, na maioria dos 
casos, administradas por via oral.
Uso indiscriminado
Resistência ao antibiótico
Resistência aos antibióticos
• Produção de β-lactamases
Catalisam a hidrólise do anel β-lactâmico, 
impossibilitando a atividade antimicrobiana. A 
resistência ao antimicrobiano β-lactâmico irá 
depender da:
• quantidade de enzima produzida;
• habilidade dessa enzima em hidrolisar o 
antimicrobiano em questão;
• velocidade com que o β-lactâmico penetra pela 
membrana externa.
• Inibidores das β-lactamases: 
Inibidores da beta-lactamase
Inibem as beta-lactamases e impedem a degradação do 
fármaco.
• Bombas de efluxo: diminuição da acumulação do fármaco no 
interior da célula.
Mecanismos de resistência
Mecanismos de resistência
Diminuição da permeabilidade bacteriana ao antimicrobiano através de
mutações e modificações nas porinas, proteínas que permitem a
entrada de nutrientes e outros elementos para o interior da célula.
Tratamento de infecções por 
gram-negativos:
Quinolonas
BIOQUÍMICA DA REPLICAÇÃO, TRANSCRIÇÃO E 
TRADUÇÃO DO DNA PROCARIÓTICO
O DNA parental é copiado
O DNA é transcrito em RNA
Quinolonas
Atuam através da inibição das topoisomerases tipo II 
em gram-negativos e topoisomerase IV em gram-
positivos
Separação do DNA filho entrelaçado, 
para permitir a segregação do DNA nas 
células-filhas.
As topoisomerases desempenham importantes funções:
Remoção do excesso de superenrolamento
do DNA durante a replicação
• Ácido nalidíxico: uma das primeiras quinolonas
de uso clínico.
• As quinolonas mais recentemente introduzidas 
são, em sua maioria, fluoradas (fluoroquinolonas)
• Ciprofloxacino
• Ofloxacino
• Levofloxacino
• Gatifloxacino
• Levofloxacino
• Moxifloxacino
• Norfloxacino
Terminam com “floxacino” 
Atuam através da inibição das topoisomerases tipo 
II bacterianas.
Amplamente utilizadas no tratamento de infecções 
urogenitais, respiratórias e gastrintestinais causadas 
por Gram-negativos.
E. coli
Klebsiella
pneumoniae
Pseudomonas
aeruginosa
Salmonella
Neisseria
gonorrhoeae
Enterobacter
Fluoroquinolonas
Quinolonas
Introduzidas no início dos anos 60 –
ácido nalidíxico – enterobactérias em vias urinárias. 
Mudanças moleculares no início dos anos 80 –
norfloxacino, ofloxacino e ciprofloxacino. 
Aumento do espectro de ação para bacilos g(-): 
enterobactérias + P. aeruginosa – infecções de vias urinárias e 
intestinais. 
1ª geração: 
2ª geração: 
Introdução do flúor – “Fluoroquinolonas”
Quinolonas
Desenvolvimento de novas quinolonas: 
levofloxacino e moxifloxacino.
3ª geração – 1985: 
Ação sistêmica + g(-) + g(+) e estafilococos.
Trovafloxacino, gemifloxacino e 
clinafloxacino. 
4ª geração: 
Infecções sistêmicas + g(-) + anaeróbios (Bacterioides sp., 
Actinomyces sp., Clostridium sp.)
Mecanismo de ação das 
quinolonas
• Inibição da síntese de ácido nucleico.
Inibem a atividade da 
DNA girase
(topoisomerase II)
Síntese descontrolada de RNA mensageiro e de proteínas.
Bactérias g(-)
Mecanismo de ação das 
quinolonas
• Inibição da síntese de ácido nucleico.
Inibem a atividade da 
topoisomerase IV
Responsável pela separação 
das fitas de DNA durante a 
divisão celular 
Importante ação em batérias g(+)
Bactérias g(+)
Mecanismo de ação das 
quinolonas
• Consequências:
Degradação cromossomial (quebra do 
cromossomo).
BACTERICIDAS
Mecanismo de resistência das 
quinolonas
1. Alteração na DNA girase:
- Mutação cromossômica – muda afinidade
da quinolona pela subunidade A da DNA
girase.
2. Alteração na permeabilidade do fármaco
– porinas;
3. Bomba de efluxo.
Propriedades farmacológicas 
das quinolonas
Bem absorvidos pelo TGI –
biodisponibilidade superior a 50%.
Pico sérico – 1 a 3 h após adm.
Alimentos não reduzem absorção
Meia-vida longa – 7 a 8 horas – pode ser 
administrada pela via IV ou VO uma vez 
ao dia. 
Indicações clínicas das 
quinolonas
A. Trato gênito-urinário
B. Trato gastrointestinal
C. Trato respiratório
Quinolonas – 3ª geração
• Levofloxacino, moxifloxacino e 
gatifloxacino: 
- Espectro de ação:
1. Maior cobertura contra g(+) e
micobactérias;
2. “Quinolonas respiratórias” – S.
pneumoniae.
Quinolonas – 3ª geração
• Farmacocinética: 
Melhor absorção oral
Boa distribuição tecidual
Meia-vida longa (dose única diária)
Menores interações medicamentosas
Quinolonas – 3ª geração
• Indicações:
- Infecções do trato respiratório
inferior e superior;
- DSTs;
- Infecções entéricas;
- Infecções intrabdominais;
- Infeções ostearticulares;
- Micobactérias
Efeitos adversos das 
quinolonas
• São fármacos relativamente seguros e os efeitos
adversos mais comuns envolvem:
TGI – 3 a 17%: anorexia, náuseas, vômitos e 
desconforto abdominal.
SNC – 0,9 a 11%: cefaleia, tontura, insônia e 
alterações de humor; podem ocorrer convulsões.
Alergias e reações cutâneas – 0,4 a 2,2%: rash
cutâneo (mais comum).
Erosões de cartilagem – uso limitado em 
crianças.

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