ORGANIZAÇÃO DA JUSTIÇA DO TRABALHO

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ORGANIZAÇÃO 
DA JUSTIÇA DO 
TRABALHO
ÍNDICE
1. BREVE PERCURSO HISTÓRICO DA ORGANIZAÇÃO DA JUSTIÇA DO TRA-
BALHO .....................................................................................................................................3
Solução de Litígios Trabalhista até 1932 ................................................................................................................. 3
Juntas de Comissão e Julgamento ........................................................................................................................... 3
Criação da Justiça do Trabalho .................................................................................................................................... 3
Constituição de 1988 ............................................................................................................................................................ 3
2. TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO .....................................................................5
Órgãos que Compõem o TST ....................................................................................................................................... 5
Órgãos que Funcionam Junto ao TST .................................................................................................................... 5
TRIBUNAIS REGIONAIS DO TRABALHO ..................................................................................6
3. ÓRGAÕS AUXILIARES DA JUSTIÇA DO TRABALHO ...........................................8
4. MINISTÉRIO PÚBLICO DO TRABALHO.....................................................................9
Principios Institucionais do MPT ..................................................................................................................................9
Garantias dos Membros do MPT (Art. 128, §5º, I, Cf/88) ............................................................................9
5. REQUISITOS PARA SER JUIZ DO TRABALHO .......................................................11
CONCURSO UNIFICADO ...............................................................................................................11
GARANTIAS DOS MAGISTRADOS (ART. 95, CF/88) .............................................................11
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1. Breve Percurso Histórico da Organização da Justiça do 
Trabalho
Solução de Litígios Trabalhista até 1932
Grosso modo, até 1932, não havia solução institucionalizada especializada para a solução 
de demandas trabalhistas. Essas demandas eram julgadas com base no Código Civil de 
1916 e remetidas à Justiça comum, sob a alçada de um juiz de direito.
No ano citado, foram criadas as Juntas de Comissão e Julgamento, para julgar os dissídios 
individuais, e as Comissões Mistas de Conciliação, para julgar os dissídios coletivos.
Juntas de Comissão e Julgamento
As Juntas de Comissão e Julgamento tinham natureza administrativa. O Ministério do 
Trabalho, Indústria e Comércio podia avocar qualquer processo, dentro de seis meses, a 
pedido do interessado, nos casos de flagrante parcialidade dos julgadores ou violação 
de direito.
As Juntas eram constituídas de por um juiz de direito e dois juízes leigos, conhecidos 
como classistas ou vogais, sendo um representante dos empregados e o outro dos 
empregadores.
Criação da Justiça do Trabalho
A Constituição de 1946 integra as Juntas ao Poder Judiciário, criando a Justiça do 
Trabalho.
Aos juízes do trabalho (togados e classistas), são garantidas a vitaliciedade, a 
inamovibilidade e a irredutibilidade de subsídios.
Constituição de 1988
A Constituição de 1988 manteve a estrutura das Juntas inclusive com a presença dos 
classistas.
Críticas! Os juízes classistas foram considerados um ônus excessivo à administração da 
Justiça do Trabalho no Brasil.
No entanto, a EC 24/99 extinguiu a representação classista na Justiça do Trabalho.
A despeito de diversas alterações, a CLT ainda guarda resquícios do processo do trabalho 
como um processo administrativo, como os termos reclamante e reclamado.
A EC 45/99 ampliou a competência da Justiça do Trabalho para julgar questões oriundas 
da relação de trabalho, e não apenas relação de emprego, multas aplicadas pela Delegacia 
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Regional do Trabalho, controvérsias entre sindicatos e entre estes e seus representados, 
e extinguiu o poder normativo da Justiça do Trabalho ao exigir, para a postulação de 
dissídio coletivo, a concordância do suscitado.
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2. Tribunal Superior do Trabalho
O TST foi criado em 1946, quando a Justiça do Trabalho foi integrada o Poder Judiciário. 
Tem sede em Brasília e jurisdição em todo o território nacional.
É composto por 27 ministros. São requisitos para ocupar o cargo:
a) ter idade de mais de 35 e menos de 65 anos
b) ter notável saber jurídico e reputação ilibada
c) ser aprovado por maioria absoluta do Senador Federal
d) ser nomeado pelo Presidente da República
Observação: 1/5 dos ministros do Tribunal deve ser composto por membros 
oriundos da advocacia, com mais de dez anos de efetiva atividade profissional 
e membros do MPT também com mais de dez anos de efetivo exercício (art. 
111-A, I, CF/88).
Órgãos que Compõem o TST
RESOLUÇÃO ADMINISTRATIVA Nº 1295/2008 DO REGIMENTO INTERNO DO TST:
a) Tribunal Pleno
b) Órgão especial (pode ser constituído em tribunais com mais de 25 membros)
c) Secção especializada em Dissídios Coletivos
d) Seção especializada em Dissídios Individuais
Órgãos que Funcionam Junto ao TST
a) Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados do Trabalho 
(ENAMAT)
b) Conselho Superior da Justiça do Trabalho (CSTJ)
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Importante! A EC 92/16 inseriu algumas modificações nos artigos que versam so-
bre o Tribunal Superior do Trabalho na CF/88. Em especial, houver o acréscimo 
“notável saber jurídico e reputação ilibada” como requisito aos nomeados para 
compor o tribunal no art. 111-A, caput, e o acréscimo de um parágrafo 3º a este 
artigo: “Compete ao Tribunal Superior do Trabalho processar e julgar, origina-
riamente, a reclamação para a preservação de sua competência e garantia da 
autoridade de suas decisões.”
TRIBUNAIS REGIONAIS DO TRABALHO
Os Tribunais Regionais sugiram em substituição aos Conselhos Regionais do Trabalho.
São o segundo grau da jurisdição trabalhista. Não é obrigatória a existência de um TRT 
em cada Estado.
Sua previsão se encontra no art. 115, CF/88. É composto de, no mínimo, 7 juízes. São 
requisitos:
a) ter idade de mais de 35 e menos de 65 anos
b) ser nomeado pelo Presidente da República
JUSTIÇA ITINERANTE E CÂMARAS REGIONAIS
Justiça itinerante: é a chamada justiça “móvel” que realiza as audiências e demais 
funções da atividade jurisdicional, nos limites territoriais da respectiva jurisdição (art. 115, 
§1º, CF/88).
Câmaras regionais: operam de forma a descentralizar o funcionamento dos TRT, a fim 
de assegurar o pleno acesso do jurisdicionado à justiça em todas as fases do processo 
(art. 115, §2º, CF/88).
JUÍZES DO TRABALHO
São os magistrados singulares das Varas do Trabalho de primeira instância. Cada Vara 
é composta por um Juiz do Trabalho titular e um substituto. Nas comarcas onde não 
houver Varas do Trabalho, a jurisdição trabalhista será exercida por um juiz de direito (art. 
112, CF/88), no entanto, uma vez instalada a Vara do Trabalho, cessa a competência do 
Juiz de Direito em matéria trabalhista, inclusive para a execução de sentenças proferidas 
(Súmula 10 STJ)
A lei 6.947/81 estabelece que a competência da Vara do Trabalho se estende aos 
Municípios próximos num raio de 100 quilômetros.
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A lei 10.770/03 prevê que cabe a cada TRT alterar e estabelecer a jurisdição das Varas 
do Trabalho.
PRINCÍPIO DA IDENTIDADE FÍSICA DO JUIZ
Corroborando com o princípio da primazia da realidade, esse princípio preleciona que 
o Juiz que colheu a prova deve ser aquele quem deve proferir a sentença. Não eraaplicado à Justiça do Trabalho até a EC 24/99. Atualmente, a jurisdição trabalhista aplica 
este princípio.
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3. Órgaõs Auxiliares da Justiça do Trabalho
Secretaria: recebe petições, autua processo e demais serviços determinados pelo Juiz 
(art. 711, CLT). Vem sofrendo mudanças com a implementação dos processos digitais
Diretor de secretaria: dirige a secretaria preparando os despachos para o Juiz. Nos TRT, 
as secretarias são dirigidas por um secretário (art. 718, CLT).
Oficiais de justiça: desempenham atos determinados pelo Juiz, como citação nas 
execuções, notificações às testemunhas e avaliações (art. 721, §§, CLT).
Distribuidor: distribui os processos para os Juízes por meio de sorteio. Esse órgão existe 
apenas onde há mais de uma Vara do Trabalho. Também emitem certidões e recibos 
(arts. 713 a 715, CLT).
Controladoria: faz cálculos de juros, correção monetária e demais determinações do 
Juiz (órgão ainda sendo implantado).
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4. Ministério Público do Trabalho
O Ministério Público não integra o Judiciário. É um órgão a parte cuja incumbência é 
defender a ordem pública, o regime democrático e os interesses indisponíveis da 
sociedade e dos indivíduos. (art. 129, CF/88).
O Ministério Público do Trabalho (MPT) é um dos ramos do Ministério Público Federal. 
O chefe do MPT é o Procurador-Geral da Justiça do Trabalho, que é nomeado pelo 
Procurador-Geral da República, entre os integrantes do MPT com mais de 35 anos de 
idade e cinco anos de carreira. A Procuradoria Geral do Trabalho atua perante o TST. As 
Procuradorias Regionais do Trabalho atuam perante os TRT.
É uma instituição independente do Poder Judiciário. Atua junto a esse Poder, ora como 
parte, representando ou tutelando interessados, ora como fiscal da lei (custos legis), 
atuando em todos os processos que afetem, diretamente, a ordem social.
Na Justiça do Trabalho, o MPT atua no 1º grau de jurisdição (Vara do Trabalho), em regra, 
em processos que demandem menores de idade ou incapazes e nos demais casos em 
que for mister a participação da Procuradoria do Trabalho.
Nos 2º e 3º graus de jurisdição (TRT /TST), sua atividade se divide entre a emissão de 
pareceres, antes da apreciação por turmas e/ou grupos de turmas dos tribunais, bem 
como na composição das mesmas, proferindo votos.
Principios Institucionais do MPT
Unidade: os membros de cada ramo do Ministério Público integram um único órgão, sob 
a direção única do Procurador Geral.
Indivisibilidade: os membros do MPT não se vinculam aos processos que atuam, 
admitindo-se a substituição de uns pelos outros na forma da lei.
Independência funcional: não há hierarquia funcional entre seus membros, não estando 
subordinado ou vinculado a ninguém.
Promotor natural: ninguém será processado nem sentenciado senão pela autoridade 
competente (art. 5º, III, CF/88).
Garantias dos Membros do MPT (Art. 128, §5º, I, Cf/88)
Vitaliciedade: adquirida após dois anos de exercício, não podendo perder o cargo senão 
por sentença judicial transitada em julgado.
Inamovibilidade: salvo por motivo de interesse público, mediante decisão do órgão 
colegiado competente do Ministério Público, pelo voto da maioria absoluta de seus 
membros, assegurada ampla defesa.
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Irredutibilidade de subsídio: sua remuneração não pode ser reduzida, salvo disposto 
nos arts. 37, X e XI, 150, II, 153, III, 153, § 2º, I.
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5. Requisitos para ser Juiz do Trabalho
O art. 93, I, CF/88 dispõe das regras gerais para o ingresso na carreira da magistratura, 
o que se aplica aos Magistrados do Trabalho. O ingresso se dá pelo cargo inicial de juiz 
substituto, mediante concurso público de provas e títulos, com a participação da OAB 
em todas as fases. É exigida a formação em direito e a comprovação de, no mínimo, três 
anos de atividade jurídica. As nomeações dos aprovados em concurso devem obedecer 
à ordem de classificação.
CONCURSO UNIFICADO
A resolução de 2016 unificou os concursos públicos da Magistratura do Trabalho. O 
concurso se destinará para o preenchimento das vagas existentes à época da publicação 
do edital de convocação e de todas as vagas que surgirem em todos os TRT durante a 
realização do concurso e no seu prazo de validade.
GARANTIAS DOS MAGISTRADOS (ART. 95, CF/88)
Vitaliciedade: adquirida após dois anos de exercício, não podendo perder o cargo senão 
por sentença judicial transitada em julgado.
Inamovibilidade: salvo por motivo de interesse público, mediante decisão do órgão 
colegiado competente do Ministério Público, pelo voto da maioria absoluta de seus 
membros, assegurada ampla defesa.
Irredutibilidade de subsídio: sua remuneração não pode ser reduzida, salvo disposto 
nos arts. 37, X e XI, 150, II, 153, III, 153, § 2º, I.
Importante! É vedado ao magistrado exercer a advocacia no juízo ou tribunal do 
qual se afastou, antes de decorridos três anos do afastamento do cargo por 
aposentadoria ou exoneração (art. 95, § único, V, CF/88).
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do Trabalho
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