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TÓPICO 3 ANTECEDENTES-A ANTIGUIDADE TARDIA- História Medieval

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AS ORIGENS DA IDADE MÉDIA
UNIDADE 1
ANTECEDENTES: A ANTIGUIDADE TARDIA
TÓPICO 3
1 INTRODUÇÃO
No tópico anterior tratamos da forma como os estudiosos interpretaram a
transformação do mundo antigo na sociedade medieval. Agora, conheceremos os
eventos que levaram a essa transformação, para podermos, nós mesmos, avaliar o
processo. Isso ocorreu no período que se costuma chamar, atualmente, de
Antiguidade Tardia: um período situado, de forma imprecisa, entre os primórdios
da era Cristã e a quebra do poder político romano, seja com as invasões
germânicas, seja com o avanço muçulmano.
Você perceberá, à medida que for tomando conhecimento de detalhes dessa
transformação, que vários dos preconceitos mais comuns sobre a Idade Média,
especialmente no que se refere aos povos germânicos, estão vinculados a esse
período, mas não têm razão de ser.
No �nal do tópico, as leituras complementares escolhidas reforçarão mais ainda
essa nossa a�rmação e trarão um panorama mais amplo sobre o quotidiano dos
homens do início do período medieval. Boa leitura!
2 O AUGE E A DECADÊNCIA DO IMPÉRIO ROMANO
Prezado(a) acadêmico(a)!
Unidade 1 - Tópico 3 
Vamos falar sobre o processo de transformação do Império Romano na
cultura medieval. Repare, ao longo do texto, que várias das características
medievais estão surgindo nesse momento.
As conquistas militares sempre estiveram no centro da estrutura do Estado
romano e foram elas que possibilitaram a grandeza e a glória do Império. A
conquista de territórios possibilitava a ampliação das áreas sob o comando de
Roma, garantindo a paz ao livrar as fronteiras da presença dos povos bárbaros.
Com as conquistas, eram transformados em escravos (e, geralmente, transferidos
para outras partes do Império). Foi essa quantidade enorme de escravos que pôde
manter o modo de vida luxuoso dos patrícios romanos. No entanto, como a
escravidão era baseada essencialmente nos prisioneiros de guerra, era necessário
conquistar terras sem parar, sob risco de o sistema econômico entrar em colapso.
No entanto, muitas conquistas signi�cavam muitos problemas. Havia a
necessidade de ocupar essas regiões, fundar e manter cidades e garantir o bem-
estar dos romanos que lá vivessem. Regiões muito distantes eram de difícil
controle e os transportes terrestres não eram tão bons quanto os marítimos. Por
esse motivo, o Império Romano pôde desenvolver-se com facilidade ao redor do
Mar Mediterrâneo, ao passo que enormes regiões na Europa, ao norte dos rios
Reno e Danúbio, permaneceram de fora, servindo de lar a dezenas de povos
nômades e externos à cultura romana (chamados ‘bárbaros’ por eles).  Com o
tempo, a administração dessa máquina militar e administrativa tornou-se
excessivamente cara, especialmente pela necessidade de se manter um exército
muito grande e muito poderoso, e as conquistas se tornaram inviáveis.
O reinado de Trajano assistiu à máxima expansão do Império, com a breve
conquista da Armênia e da Mesopotâmia, em 116-177 d.C. A partir desse
momento, as conquistas praticamente cessaram e a estrutura econômica baseada
no escravismo lentamente entrou em decadência.
FIGURA 1 – IMPÉRIO ROMANO EM SUA MÁXIMA EXTENSÃO, SOB TRAJANO (177
D.C.)
Unidade 1 - Tópico 3 
Fonte: Disponível em: <http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/0/00/Roman_Empire_Tr
ajan_117AD.png/800px-Roman_Empire_Trajan_117AD.png>. Acesso em: 15 fev. 2013.
2.1 POR QUE A DECADÊNCIA?
Provavelmente, você vai se perguntar: como é possível que um império tão
extenso e poderoso como o romano entrasse em decadência? A resposta é
complexa e envolve diversos fatores: sociais, culturais, políticos e religiosos. A
própria preocupação que temos com a “decadência” de Roma já é, em si só,
signi�cativa: desde Gibbon, pelo menos, essa é uma questão que assombra os
estudiosos.
Como vimos no tópico anterior, os estudiosos sempre analisam a História a
partir de questões com que se deparam em sua própria época. Seria a
preocupação com a queda do Império Romano um re�exo do temor de
decadência da nossa própria sociedade?
Ocorre que o Império Romano era mais frágil do que parecia. Mesmo hoje, as
modernas estratégias de administração e as tecnologias avançadas de
comunicações e transportes nem sempre são su�cientes para garantir a e�ciência
do governo de um território tão extenso como era o do Império Romano, que dirá
há mais de 1.500 anos!
Unidade 1 - Tópico 3 
http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/0/00/Roman_Empire_Trajan_117AD.png/800px-Roman_Empire_Trajan_117AD.png
http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/0/00/Roman_Empire_Trajan_117AD.png/800px-Roman_Empire_Trajan_117AD.png
A aparente pujança do Império era ilusória ou no mínimo uma memória de um
passado distante. Toynbee (1986) considerava, como vimos no tópico anterior, que
o Império já havia sido criado em um formato politicamente disfuncional e que a
autoridade do imperador foi mantida à custa de muito sangue, pois do contrário
seria insustentável.
Não havia um sistema e�ciente e seguro de arrecadação de tributos, por isso o
Império não dispunha de recursos su�cientes para manter uma burocracia
funcional. O resultado era uma concentração exagerada de poder e riqueza nas
mãos do imperador. No entanto, dependia da força do exército e de conspirações
palacianas para manter-se no poder.
No momento em que os imperadores decidiram (ou precisaram) interromper as
conquistas, cessou o crescimento, cessaram os recursos para o Exército (que já
eram mal geridos) e lentamente declinou a autoridade imperial.
2.1.1 O fim das conquistas militares
As conquistas não poderiam mesmo prosseguir inde�nidamente. Apesar de sua
�nalidade ser a exploração dos recursos e a escravização das populações,
conquistar uma determinada região implicava trazê-la para o mundo romano, e,
consequentemente, colonizá-la. Isso signi�cava a concessão de terras para colonos
ricos, a construção de estradas, a transferência de população para o local, o
estabelecimento de uma burocracia e uma estrutura urbana em alguns lugares e a
manutenção de tropas legionárias enquanto a região ainda oferecesse riscos de
insurreição ou estivesse na fronteira do Império. Por vezes, as legiões �cavam
muitas décadas estacionadas na mesma região.
Avançar, às vezes, era arriscado. Rios largos como o Reno e o Danúbio eram
fronteiras naturais relativamente fáceis de manter, mas conquistar a margem
oposta deixaria as novas regiões vulneráveis. A menos que toda a nova região de
vastas planícies fosse ocupada até o próximo rio, o custo de manter legiões
voltadas para regiões abertas poderia ser proibitivo. Na Bretanha, a solução
encontrada foi construir a Muralha de Adriano, para isolar os povos gaélicos do
norte. Em outras regiões, como a Germânia, os con�itos eram inevitáveis.
A conquista da Dácia (atual Romênia), em 105-106 d.C., demonstrou com clareza
essa di�culdade. A região, localizada além-Danúbio, era a única do Império que
não tinha uma barreira natural em sua fronteira exterior, e sua colonização foi
tarefa complexa e que em poucos anos malogrou. A grande diminuição
populacional (os dácios foram escravizados e movidos para outras regiões do
império) não foi compensada pelo a�uxo de imigrantes de outras regiões do
Império, de modo que a região �cou bastante despovoada. A instabilidade militar e
o despovoamento das províncias limítrofes levaram ao seu abandono pelo
Imperador Aureliano em 271.
Unidade 1 - Tópico 3 
2.1.2 A crise do século III
No início do século III, o império estava enfraquecido e ameaçado por dois
inimigos poderosos: os diversos povos germânicos ao norte, e o Império Sassânida
(de origem persa) a leste. A necessidade de garantir a segurança das duas
fronteiras gerava gastos extraordinários e uma tensão permanente entre os
comandantes militares e o imperador. As di�culdades fariam o Império mergulhar
em uma profunda crise econômica durante pelo menos metade do século III (235-
285).
O �naldas conquistas militares gerou, como vimos, uma diminuição da oferta de
escravos no Império. Apesar de a condição escrava ser hereditária, os escravos
conseguiam, aos poucos, libertar-se e a seus descendentes dessa situação, e não
havia mais como repor esse tipo de trabalho.
Por outro lado, não havia na Roma imperial uma situação econômica que
favorecesse o trabalho livre, muito menos o assalariado, em grande escala, de
modo que os escravos pudessem simplesmente ser absorvidos em uma economia
urbana de mercado. Muito ao contrário, a crise e a concentração de legiões nas
fronteiras enfraqueceram as rotas comerciais entre as províncias.
O resultado foi uma diminuição do poderio econômico das cidades e um
verdadeiro êxodo urbano. Preocupados em garantir sua sobrevivência, muitos
romanos buscaram seu sustento no campo, onde poderiam produzir seu próprio
alimento, mas deviam oferecer alguma compensação para o chefe local, único
capaz de garantir efetivamente sua segurança.
Mas, e o Estado? Como vimos, o Estado romano não era forte o bastante para
garantir a segurança da população, e os imperadores viviam assolados por
conspirações.
Em parte, a crise do período entre 235 e 285 foi gerada pela fórmula da sucessão
imperial. Como não havia um sucessor direto, a disputa era intensa, e quase todos
os imperadores desse meio século (dos 25 imperadores, houve apenas duas
exceções) foram mortos em combate ou assassinados.
Junte-se a isso e às di�culdades econômicas uma série de epidemias de peste, e
torna-se fácil compreender de que forma o império mergulhou em uma crise tão
profunda.
FIGURA 2 - O IMPÉRIO PERSA DA DINASTIA SASSÂNIDA (226-651)
Unidade 1 - Tópico 3 
Fonte: Disponível em: <http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/f/f0/Sassanid_Empire_2
26_-_651_%28AD%29.GIF/769px-Sassanid_Empire_226_-_651_%28AD%29.GIF>. Acesso em: 15 fev. 2013.
OS SASSÂNIDAS
Os Sassânidas foram uma dinastia persa que reinou no chamado Segundo
Império Persa, entre 226 e 651 d.C. Seu primeiro período de apogeu, entre
309-379, coincidiu em grande parte com o período de queda do Império
Romano. Seus territórios iam, em sua máxima extensão, da Líbia à Índia, do
Iêmen ao lago Baikal (Rússia), chegando a incluir toda a Ásia Menor (atual
Turquia). Sua religião era o Zoroastrismo. O Império Persa durou até o
momento da grande expansão árabe do século VII, quando, enfraquecido
pelos con�itos com o Império Bizantino, não resistiu ao avanço fulminante
do Islã.
FIGURA 3 - MÁSCARA DE OURO REPRESENTANDO O REI SASSÂNIDA YAZDGIRD
III
Unidade 1 - Tópico 3 
http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/f/f0/Sassanid_Empire_226_-_651_%28AD%29.GIF/769px-Sassanid_Empire_226_-_651_%28AD%29.GIF
http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/f/f0/Sassanid_Empire_226_-_651_%28AD%29.GIF/769px-Sassanid_Empire_226_-_651_%28AD%29.GIF
Fonte: Disponível em: <http://iranpoliticsclub.net/library/english-library/222-years1/images/Yazdgird%2
0III%20
Sassanid%202.jpg>. Acesso em: 14 nov.  2012.
No Oriente, o antigo Império Persa se reorganizava sob os Sassânidas e assustava
os imperadores romanos. No norte, os germânicos (chamados de “bárbaros” pelos
romanos) começavam a entrar no Império. Mesmo nas províncias africanas havia
pressão de povos vizinhos, como os garamantes.
O termo “bárbaros” signi�cava, originalmente, estrangeiros – para os gregos,
eram os que não falavam seu idioma. Os romanos do �nal do Império viam
os bárbaros germânicos com temor, e depreciavam a sua cultura por não
terem uma organização social tão so�sticada quanto a do Império. Com o
tempo, o termo “bárbaro” ganhou o sentido de violento ou ignorante, de
modo que precisamos tomar cuidado com o seu uso.
Unidade 1 - Tópico 3 
http://iranpoliticsclub.net/library/english-library/222-years1/images/Yazdgird%20III%20%20Sassanid%202.jpg
http://iranpoliticsclub.net/library/english-library/222-years1/images/Yazdgird%20III%20%20Sassanid%202.jpg
http://iranpoliticsclub.net/library/english-library/222-years1/images/Yazdgird%20III%20%20Sassanid%202.jpg
Prezado(a) acadêmico(a), você consegue perceber como é tendenciosa a
denominação “invasões bárbaras”? E como é fácil perceber ‘de que lado
estava’ quem criou essa denominação? O termo em alemão, para as
‘invasões bárbaras’, pode ser traduzido como “migração dos povos”. (Como
você pode imaginar, os alemães, que são descendentes dos povos
‘invasores’, não iriam referir-se como “bárbaros” a seus próprios ancestrais)!
2.2 OS REFORMADORES: DIOCLECIANO E CONSTANTINO
Diocleciano (284-305) pôs �m à maior parte dos con�itos ao iniciar reformas
profundas, que teriam consequências muito importantes para o futuro do Império.
Fortaleceu o exército, permitindo o recrutamento dos bárbaros, neutralizou o
Senado e, em 286, dividiu o império em uma parte ocidental, entregue ao seu
grande amigo Maximiano, e uma parte oriental – que daria origem ao Império
Bizantino –, que conservou para si. Essa divisão marcava uma profunda distinção
que já havia entre as metades do Império e que se acentuariam muito nos séculos
seguintes.
FONTE: Disponível em: <http://go.hrw.com/venus_images/0304MC05.gif>. Acesso em: 20 maio 2012.
FIGURA 4 - A DIVISÃO DO IMPÉRIO ROMANO POR DIOCLECIANO, 395 D.C.
Unidade 1 - Tópico 3 
http://go.hrw.com/venus_images/0304MC05.gif
Fonte: Disponível em: <http://go.hrw.com/venus_images/0304MC05.gif>. Acesso em: 15 fev. 2013.
S
O Império Bizantino será estudado na Unidade 2 deste Caderno de Estudos.
Além disso, nomeou dois césares, para auxiliar os imperadores: Constâncio foi o
César de Maximiano e Galério, o de Diocleciano. Este sistema, conhecido como
tetrarquia, só foi e�ciente durante o reinado de Diocleciano, devido em parte às
relações de amizade entre os governantes. A partir de 305, com a renúncia dos
imperadores em favor dos césares, o sistema entrou em crise. No ano seguinte,
Constantino, �lho de Constâncio, foi proclamado imperador por suas tropas.
Dentre suas realizações, fundou a cidade de Constantinopla e tornou-a capital do
Império. Constantino também é conhecido por suas ações em relação ao
Cristianismo: em 313, liberou o culto e, anos mais tarde, tornou-se ele próprio um
cristão.
S
Unidade 1 - Tópico 3 
http://go.hrw.com/venus_images/0304MC05.gif
Com a conversão de Constantino, a Igreja passou a desfrutar de uma
posiçãobastante poderosa na política romana, como veremos no Tópico 4
desta unidade.
2.3 AS ORIGENS REMOTAS DO FEUDALISMO
Como dissemos anteriormente, a divisão do Império consolidava uma cisão que já
existia entre as partes ocidental e oriental. Essa divisão não era simplesmente
geográ�ca: havia muitas diferenças entre as duas partes do Império.
Uma das principais diferenças era econômica. A parte oriental era muito mais rica
do que a ocidental, por ter ocupação muito mais antiga e intensa, um comércio
mais vigoroso e cidades mais populosas. Por mais que tentassem preservar o seu
ouro, os imperadores do Ocidente, ao contrário de seus equivalentes orientais,
não conseguiam conter a fuga ou a estocagem de recursos, e o resultado foi uma
séria crise in�acionária. Com o dinheiro perdendo praticamente todo o seu valor,
cada vez mais a economia monetária, baseada no ouro e em outros metais, foi
sendo substituída por uma economia natural no Império ocidental.
Economia natural: é o nome que se dá a uma forma de produção que não
envolve o uso do dinheiro. Nesse tipo de produção, as pessoas em geral se
dedicam à subsistência, e os poucos produtos restantes são trocados por
mercadorias de valor equivalente.
Isso gerou tremendas consequências para o Império. Os impostos e salários
começaram a ser pagos in natura, o que era muito vantajoso para os soldados e os
funcionários civis. O desperdício na cobrança de impostos que a cobrança in
natura causava forçou o Imperador Diocleciano a reforçar o exército com os
bárbaros, que eram pagos em terras. Os colonos mais pobres �cavam arruinados
com a exigência de pagamentodos impostos e ameaçavam abandonar suas
fazendas, pondo em risco a produção agrícola.
Unidade 1 - Tópico 3 
Antes de continuar a leitura, imagine que atitudes os imperadores romanos
poderiam tomar para tentar conter esse abandono das fazendas.
A solução encontrada foi obrigar os trabalhadores a permanecerem para sempre
em suas atividades e, mais tarde, tornar hereditária essa condição. Dessa forma,
os colonos pobres, tanto os pequenos proprietários como os arrendatários, se
tornavam cada vez mais dependentes de um senhor poderoso e presos à terra em
que viviam: começavam a tornar-se servos.
Servo é um termo que vem do latim servus, ‘escravo’. Apesar disso, os servos
não eram escravos: estavam presos não a um senhor, mas à terra em que
viviam. Mesmo assim, ao contrário do que se costuma pensar, a escravidão
continuou existindo na Europa durante a Idade Média; apenas era mais rara.
Geralmente, os escravos eram capturados de povos estrangeiros,
especialmente muçulmanos, e havia muitos cristãos escravizados em terras
islâmicas.
No �nal do século IV, a situação havia melhorado um pouco. A tendência à
economia natural e à feudalização pôde ser revertida no Oriente, onde o dinheiro
voltou a ser utilizado para pagar os impostos e salários, mas isso não foi possível
no império ocidental. Em parte, isso pode ser explicado pela capacidade que o
Império oriental tinha de resistir à pressão dos povos bárbaros. Como dispunha de
muito dinheiro, o imperador de Constantinopla podia pagar aos invasores para
que fossem embora, coisa que o imperador do Ocidente não conseguia fazer.
Observe que, até esse momento, as explicações para o colapso do Império
Romano praticamente não �zeram menção aos bárbaros. Isso mostra que a
ideia, muito comum, de que o Império teria caído simplesmente por causa
das invasões bárbaras não é totalmente correta. O Império Romano do
Unidade 1 - Tópico 3 
Ocidente já estava em franca decadência quando as invasões do século V
ocorreram.
3 OS BÁRBAROS NO IMPÉRIO DO OCIDENTE
Desde o �nal do século II, os povos bárbaros vizinhos ao Império Romano estavam
sendo progressivamente assentados como colonos em terras imperiais, na
condição de foederati (federados), uma estratégia diplomática romana para conter
os invasores, ao garantir a sua submissão (em latim, foedus).
Esses povos federados ganhavam o direito a ter um governo próprio e estavam
isentos dos impostos romanos, mas deviam fornecer soldados ao exército quando
necessário. Os romanos que vivessem em regiões dos foederati continuavam
sujeitos às leis romanas. Dentre os povos federados nos séculos III e IV estão os
francos, os godos (divididos em dois ramos, os ostrogodos e os visigodos), os
alamanos, os saxões, os vândalos e vários outros.
Perceba que não estamos falando de pequenos bandos, mas de tribos
inteiras, às vezes, milhares de pessoas, assentadas em terras romanas e
mantendo sua autonomia e sua cultura no interior do Império!
Havia problemas, porém, nessa aliança, para os romanos: os germânicos
entendiam a condição de foederati como um contrato assinado entre líderes, não
entre estados. Portanto, a aliança vencia, no seu entendimento, quando da morte
do imperador romano. Isso se tornou problemático, especialmente nos séculos IV
e V, quando os povos federados começaram a sofrer uma pressão intensa de um
novo e terrível inimigo: os hunos.
O terror inspirado por esse povo nômade levou diversos povos a atravessarem as
fronteiras do Império e lá se �xarem, inicialmente com a concordância dos
romanos. Os godos, que tiveram seus dois reinos nas estepes ao norte do Mar
Negro destruídos pela presença dos hunos, foram os primeiros, em 376. Dois anos
depois, eles entraram em confronto com as legiões romanas na Batalha de
Adrianópolis. A vitória dos godos, atribuída à força de sua cavalaria e aos sérios
erros estratégicos do exército imperial, é considerada um dos grandes marcos da
decadência �nal do poderio romano. A partir deste momento, diversos povos
Unidade 1 - Tópico 3 
germânicos se estabeleceriam dentro do Império e começariam a constituir seus
domínios.
Como você provavelmente já sabia ou já percebeu, o que chamamos de
reinos bárbaros (que serão vistos com mais detalhe no próximo tópico)
surgiram dos domínios que os germânicos passaram a conquistar. O grande
sentido de lealdade dos germânicos a seus líderes lhes deu o status de reis, e
as leis próprias que eles podiam seguir lhes davam autonomia como reinos.
Posteriormente, a associação desses reis com a Igreja consolidou a aura de
divindade que estava associada à nobreza.
Uma tentativa de invasão da Itália foi rechaçada pelo general Estilicão (que era de
origem vândalo-romana). Após a morte de Estilicão, o chefe godo Alarico
comandou um cerco a Roma e, em 410, tomou a cidade e saqueou-a durante três
dias.
São Jerônimo descreveria o saque de Roma em tom de lamentação, da seguinte
forma:
Quem acreditaria que Roma, edi�cada pelas vitórias sobre todo o universo, viesse a
cair; que tivesse sido simultaneamente a mãe das nações e o seu sepulcro; que as
costas do Oriente, do Egito e da África, outrora pertencentes à cidade dominadora,
fossem ocupadas pelas hostes dos seus servos e servas; que em cada dia a santa
Belém recebesse como mendigos pessoas de um e outro sexo que haviam sido nobres
e possuidoras de grandes riquezas? (apud ESPINOSA, 1981, p. 9).
À medida que os povos germânicos invadiam com mais intensidade o Império, os
hunos começaram a se tornar cada vez mais ameaçadores ao próprio Império
Romano.
3.1 OS HUNOS
Há muitas controvérsias sobre a unidade étnica e linguística desse povo – como, de
resto, também entre os povos germânicos. Os hunos eram uma confederação de
povos nômades, provavelmente originários das estepes da Ásia Central (região
entre o Mar de Aral e a Mongólia), que falavam uma língua provavelmente
aparentada ao turco.
Unidade 1 - Tópico 3 
O historiador de origem grega Amiano faz uma descrição dos hunos que dá uma
demonstração clara do terror que esses homens infundiam nos romanos:
Todos eles têm membros compactos e �rmes, pescoços grossos, e são tão
prodigiosamente disformes e feios que os poderíamos tomar por animais bípedes ou
por toros desbastados em �guras que se usam nos lados das pontes.
Tendo, porém, o aspecto de homens, embora desagradáveis, são rudes no seu modo
de vida, de tal maneira que não têm necessidade nem de fogo nem de comida
saborosa; comem as raízes das plantas selvagens e a carne semicrua de qualquer
espécie de animal que colocam entre as suas coxas e os dorsos dos cavalos para as
aquecer um pouco.
Vestem-se com tecidos de linho ou com as peles de ratos silvestres cosidas umas às
outras, e esta veste serve tanto para uso doméstico como de fora. Mas uma vez que
meteram o pescoço numa túnica desbotada, não a tiram ou mudam até que pelo uso
quotidiano se faça em tiras e caia aos pedaços. (apud ESPINOSA, 1981, p. 4-5).
FIGURA 5 - COMPARAÇÃO ENTRE UM SOLDADO GERMÂNICO (ESQUERDA), UM
OFICIAL HUNO (CENTRO) E UM GUERREIRO HUNO (DIREITA)
Fonte: Disponível em: <http://www.ernak-horde.com/huns.jpg>. Acesso em: 18 out. 2012.
Além de assustadores em sua aparência e seus modos, os hunos amedrontavam
os romanos por serem extraordinários guerreiros: sob o comando de Átila (406-
453), ameaçaram a unidade do Império do Oriente, chegaram às portas de
Constantinopla e de Roma (embora não tenham saqueado nenhuma das duas
Unidade 1 - Tópico 3 
http://www.ernak-horde.com/huns.jpg
cidades) e, entre os dois eventos, chegaram a colaborar com o Império do
Ocidente na luta contra os visigodos.
Os hunos chegaram a criar um império nômade que se estendia da atual
Alemanha até os montes Urais (na Rússia, no limite tradicional entre a Europa e a
Ásia), e do Mar Negro e rio Danúbio até o Mar Báltico, ao norte. Com a morte de
Átila, os hunos foram rapidamente dominados e seu império desmoronou.
FIGURA 6 - OS DOMÍNIOS HUNOS EM 450 D.C.
Fonte: Disponívelem: <http://www.emersonkent.com/images/maps/roman_hunnic_empire_450.jpg>.
Acesso em: 18 out. 2012.
Os domínios dos hunos, em sua máxima extensão, estendiam-se do rio Reno
(na fronteira da Alemanha) até as proximidades do mar Cáspio, e da atual
Estônia até o rio Danúbio.
3.2 A QUEDA DE ROMA
O colapso do império huno coincidiu com um enfraquecimento cada vez maior do
Império Romano, que não conseguia mais honrar os acordos ou pagar os tributos
que devia aos foederati. Em 476 d.C., Odoacro, líder dos hérulos, depôs Rômulo
Unidade 1 - Tópico 3 
http://www.emersonkent.com/images/maps/roman_hunnic_empire_450.jpg
Augusto (ou Augústulo, como foi muitas vezes chamado, em alusão ao seu caráter
fraco, o último imperador romano) e abriu caminho para a desagregação completa
do império do Ocidente. A partir daí, consolidam-se os vários reinos comandados
por germânicos, e novas ondas de imigração tornariam irreversível o processo de
feudalização da Europa.
Prezado(a) acadêmico(a), apresentamos na Leitura Complementar a seguir o início
do 4º Capítulo do livro Origens da Idade Média, de William C. Bark, onde o autor
discute em linguagem informal as modi�cações pelas quais o mundo romano
passou nos primeiros cinco ou seis séculos da nossa Era.  Repare que, em um
certo trecho do texto, o autor se dedica a atacar a teoria de Henri Pirenne sobre a
permanência do mundo romano com os germânicos. Você consegue identi�car
onde? Releia o trecho correspondente no Tópico 2, se for necessário.
LEITURA COMPLEMENTAR
ORIGENS DA IDADE MÉDIA
William C. Bark
Se Júlio César ou Adriano, que muito viajaram pelo mundo civilizado de suas
respectivas épocas, tivessem podido visitar a Europa do século V ou VI, teriam
encontrado muitas alterações intrigantes na aparência externa do mundo que
conheceram. Essas modi�cações, bastante acentuadas no Oriente, no Ocidente
teriam sido ainda mais evidentes, especialmente no estado das cidades, grandes e
pequenas, na composição e disposição dos exércitos, o caráter do transporte e do
comércio, as ocupações quotidianas e mesmo a roupa do povo.
Ambos teriam sem dúvida considerado o Ocidente romano como inteiramente
decadente. Mesmo assim, o teriam reconhecido. Embora César sem dúvida se
pudesse aborrecer com o estado das armas romanas e Adriano entristecer-se com
a sorte de suas grandes cidades, a “deterioração” que teriam encontrado seria pelo
menos a deterioração de um ambiente, mais ou menos familiar, de criações e
costumes romanos.
Muito mais surpreendente teria sido a descoberta, se lhes fosse possível fazê-la, de
que por maiores que parecessem as modi�cações externas, eram pequenas se
comparadas a certas alterações mais sutis da perspectiva, dos valores, dos modos
de pensar e das aspirações. A evolução política, econômica e social [...] foi um
movimento de repulsão às velhas práticas romanas, mas no qual ainda se
identi�cavam as antigas instituições que haviam provocado. As demais
modi�cações representavam um movimento no sentido de alguma coisa nova e
inteiramente estranha à experiência de um César ou um Adriano, e dentro em
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breve se expressariam no comportamento externo, bem como no pensamento e
no sentimento.
Os edifícios, ruas, teatros, obras de engenharia de uma grande cidade, nem
sempre desaparecem quando os que foram capazes de planejá-los e executá-los já
não existem. O túmulo de um imperador pode durar vários séculos, servindo
posteriormente como palácio papal, e um palazzo pode continuar existindo como
casa de cômodos. Mesmo assim, ainda há modi�cações: a roupa lavada é
pendurada nas janelas da casa de cômodos, minaretes são acrescidos à Santa
So�a.
As modi�cações no reino do pensamento são mais difíceis de perceber. O sentido
verdadeiro de uma instituição como o exército, ou o sistema de administração
política, pode sofrer uma transformação vital sem se revelar em ajustes de nomes
e aspectos. Nessas circunstâncias, uma organização social aparentemente
vigorosa, uma religião, por exemplo, ou um sistema �scal, pode tornar-se mera
casca que não denuncia externamente a profunda alteração que sofreu.
A função do estudo histórico é interpretar a modi�cação como um todo, manter
especi�camente os sentidos internos que não se mostram na aparência externa.
Não é necessário dizer que isso nem sempre é fácil. Como já vimos, o vinho sírio
era transportado para a França no século II, e também no século VI. O produto era
o mesmo, o meio de transporte o mesmo, a fonte e o destino os mesmos: nada
mais provável, portanto, que as condições continuassem as mesmas, que as
circunstâncias predominantes no Mediterrâneo perdurassem.
A história não pode ser escrita sem analogias semelhantes, baseadas nesse tipo de
fatos. Não obstante, nessa interpretação o historiador pode deixar de identi�car
novas evoluções de aspecto não familiar, pode passar sobre o trigo para ir ocupar-
se do joio. Pode estar descrevendo o lado de fora de uma casca, deixando a
impressão de que se trata mais do que de uma simples casca.
O objetivo deste capítulo é examinar quatro aspectos diferentes do novo mundo
que se formava atrás da casca do velho, e era parcialmente obscurecido por ela. A
modi�cação que marcou época, ou a série de modi�cações, ocorridas entre os
séculos IV-V e IX-X, foram tanto internas como externas: 1) na forma pela qual os
homens pensavam e nos objetos de seus pensamentos; 2) na forma pela qual
viviam e se expressavam; 3) naquilo que julgavam compensador fazer; e 4) na
forma pela qual o faziam. O que estava realmente ocorrendo nesse período — isto
é, o que os homens faziam e os pensamentos que os levavam a tal ação — era
muito diverso do que ocorrera na época do poderio romano. [...]
A tese primordial [...] deste trabalho como um todo é a de que algo novo, distinto e
essencialmente original começou na parte europeia ocidental do Império Romano,
que seus elementos são identi�cáveis a partir do século IV, e alguns até mesmo
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RESUMO DO TÓPICO
O Império Romano estava desgastado com o �m das conquistas militares no
século II, e iniciou um longo processo de decadência. Apesar de revertido
parcialmente em alguns momentos, esse processo levou a uma ruralização
progressiva da sociedade romana.
Os imperadores Diocleciano e Constantino �zeram reformas profundas na
tentativa de salvar o Império da decadência. Dentre elas, a divisão do Império
antes. Esse “algo de novo” talvez se compreenda melhor como uma nova atitude
para com a vida. Nos séculos de sua formação, ela é parcialmente obscurecida
pelas aparências externas dos remanescentes romanos, mais familiares e mais
evidentes, pela turbulência da época e pela escassez de nossas fontes.
Grande parte das informações que mais gostaríamos de ter não pareceu aos
contemporâneos como merecedora de ser preservada, sob qualquer forma; outra
parte perdeu-se para nós em incêndios, guerras, mau trato. Talvez a pior ameaça
de todas tenham sido certas ideias �xas poderosas: a preocupação com a imensa
epopeia do declínio e queda, a opinião “autorizada” de que o princípio da Idade
Média foi uma época de ignorância supersticiosa e letargia geral, animada apenas
por instantes de violência e crueldade bárbaras. [...]
Sabemos agora que a Idade das Trevas não foi de trevas. Ignorância, letargia,
desordem, existiram então como hoje, e longe estiveram de predominar numa
época ansiosa de conhecimento, vigorosa em seu modo de viver e de se expressar,
e idealista nas suas construções.
Talvez não seja demais dizer que a sociedade medieval tinha formas funcionais
com que a idade antiga nem sonhara, formas essas que levaram a �ns jamais
imaginados em épocas anteriores. Por “funcional” entendo que era uma sociedade
ativa, trabalhadora, experimentadora, cometendo erros frequentemente, mas
também utilizando a energia de seu povo muito mais integralmente que suas
predecessoras, e �nalmente permitindo a esse povo um desenvolvimento muito
maisamplo e mais livre.
O fato de que as condições, acontecimentos e povos se tivessem reunido de tal
forma no princípio da Idade Média foi extremamente feliz para os atuais herdeiros
da tradição ocidental.
FONTE: BARK, William C. Origens da Idade Média. Rio de Janeiro: Zahar, 1979, p. 97-101.
Neste tópico você viu que:
Unidade 1 - Tópico 3 
em Oriental e Ocidental e a aceitação de bárbaros no exército.
Os bárbaros passaram a ser assentados no interior do Império na condição
de federados, tendo direito a seguir suas próprias leis e com grande
autonomia em relação a Roma.
Os hunos foram um povo especialmente temido por bárbaros e romanos, e a
pressão que eles faziam acelerou a queda do Império.
AUTOATIVIDADES
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UNIDADE 1 - TÓPICO 3
Tente imaginar a vida moderna baseando-se nas trocas de produtos e em
pagamentos in natura. Seria possível? Se o dinheiro não circulasse entre nós, seria
viável vivermos em cidades? Como as pessoas fariam para sobreviver?
De que formas as alianças com os foederati representavam um indício de fraqueza
do Império Romano? Tente pensar em todas as razões que puder.
Unidade 1 - Tópico 3 
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1 Explique a relação entre a crise do escravismo e a decadência do Império
Romano.
2 Estabeleça uma relação entre a pressão dos bárbaros e as crises políticas do
Império.
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Tópico 2  Tópico 4
Conteúdo escrito por:
3 Como foi dito no tópico anterior, William C. Bark acredita que o Império Romano
caiu por causa das tentativas de mantê-lo. Encontre neste tópico elementos que
permitam con�rmar essa teoria.
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