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121 Carta Saúde 121 Sistema Tegumentar - Estruturas anexas

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121 – Sistema Tegumentar – Estruturas Anexas 1 
 
Cartas da Saúde 2020 
Segundo Semestre do Curso de Naturopatia 
Informações: 011- 9-9943-2646 
Pedir as Cartas pelo número e tema pelo e-mail 
CartaSaude2020@gmail.com ou pelo QRCode ao lado 
121 – Sistema Tegumentar – Estruturas Anexas 
 
1. As unhas estão relacionadas com a proteção e também com a manipulação de objetos. Elas são 
formadas por células escamosas queratinizadas e estão localizadas nas porções terminais dos dedos, 
mais precisamente nas falanges distais das mãos e pés. A formação da unha inicia-se na nona 
semana do desenvolvimento embrionário, o que significa que, ao nascer, já possuímos essa placa 
protetora. Ela continua crescendo até o fim da vida. As unhas apresentam algumas partes básicas. 
São elas: 
• Lâmina ou prato ungueal: é a parte que vemos da unha e estende-se desde a matriz até a porção 
livre. Possui consistência dura, está localizada sobre o leito ungueal e não tem coloração. Por essa 
razão, é possível perceber certa coloração rosada resultante da presença de capilares no leito 
ungueal. A porção livre apresenta coloração esbranquiçada, o que resulta do contato com o ar. 
• Matriz ungueal: apresenta um epitélio germinativo e origina a lâmina. 
• Leito ungueal: está localizado abaixo da lâmina ungueal, desde a lúnula até o hiponíquio. Está 
fortemente aderida ao leito. 
• Lúnula: está localizada na parte proximal da lâmina ungueal e apresenta-se como uma meia-lua 
de coloração esbranquiçada. 
• Eponíquio: É uma dobra que recobre a porção proximal da unha. 
• Hiponíquio: Camada da epiderme que se localiza abaixo da borda livre da lâmina ungueal e faz a 
junção entre o leito ungueal e a pele. 
 
2. O pelo é uma estrutura queratinizada formada por três partes básicas: a cutícula, o córtex e a medula. 
Todos os mamíferos apresentam corpo coberto por pelo em alguma fase da vida. Em humanos, não é 
diferente, essa estrutura é encontrada em quase toda a superfície do nosso corpo. O pelo é uma 
estrutura queratinizada que está relacionada principalmente com a proteção contra atrito, agentes 
externos e raios UV. O pelo é composto por três partes básicas: a cutícula, o córtex e a medula. 
• A parte mais externa é cutícula, que é formada por várias camadas de células sobrepostas sem 
pigmentos parecidas com escamas. Essa camada é fundamental para o pelo, pois é ela que 
protege a região do córtex contra a ação de produtos químicos, entre outros fatores. 
• Depois da cutícula, encontra-se o chamado córtex, que é formado por uma grande quantidade 
de células com aspecto de fibras responsáveis por 90% do peso do pelo. 
• A cor do pelo é determinada pela melanina encontrada nessa porção do fio, que é proveniente 
de melanócitos localizados em uma região próxima à papila dérmica. A coloração é determinada 
por uma grande quantidade de fatores genéticos. 
• Na porção mais interior do pelo, encontramos a medula, que é formada por várias células 
dispostas lado a lado que contêm porções de ar entre elas. A estrutura do pelo varia de acordo 
com sua espessura, sendo que, em pelos mais finos, por exemplo, não encontramos a medula. 
• Chamamos de haste a parte do pelo que pode ser observada externamente, 
• já a raiz é a parte que está situada no interior da pele, em uma região denominada folículo piloso. 
 
3. Os folículos pilosos são invaginações do epitélio que apresentam formato de taça de vinho invertida 
quando o pelo está em crescimento. Estima-se que, na pele humana, sejam encontrados cerca de 
cinco milhões de folículos pilosos. Na base do folículo piloso está o bulbo, que contém a matriz 
germinativa, responsável pelo crescimento do pelo. Ela recobre uma papila formada de tecido 
mailto:CartaSaude2020@gmail.com
 
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121 – Sistema Tegumentar – Estruturas Anexas 2 
conjuntivo que recebe o nome de papila dérmica, uma região onde encontramos uma grande 
quantidade de vasos sanguíneos e terminações nervosas. Durante o crescimento do pelo, as células 
da matriz dividem-se e migram em direção à superfície da pele, sendo que progressivamente, durante 
sua ascensão, essas células vão se queratinizando. 
 
O ciclo capilar pode ser dividido em três fases distintas, crescimento, regressão e repouso. A fase de 
crescimento, também chamada de anágena, é responsável pelo aumento do crescimento do pelo e 
varia de acordo com fatores genéticos. Nessa fase, que é a mais longa do ciclo, a matriz está 
trabalhando continuamente. A fase de regressão, também chamada de catágena, caracteriza-se 
pela involução do folículo piloso (início da atrofia). Terminada essa fase, o folículo encontra-se 
completamente atrofiado (fase de repouso ou telógena) e ocorre a queda do pelo. Todo esse 
processo tem duração de cerca de cinco anos. 
 
4. Glândulas sebáceas - As glândulas sebáceas são responsáveis por produzir sebo, uma substância 
lipídica que evita o ressecamento da pele e a perda excessiva de água. A pele humana é formada 
por duas camadas básicas: a epiderme, camada mais externa, e a derme, camada mais interna. 
Além delas, podemos encontrar algumas estruturas associadas à pele denominadas de anexos, como 
os pelos, unhas e as glândulas mamárias, sudoríparas e sebáceas. As glândulas sebáceas são 
estruturas normalmente associadas aos folículos pilosos e são responsáveis pela produção do sebo. 
Essas glândulas são exócrinas alveolares e holócrinas, ou seja, possuem secreção constituída pela 
célula produtora. Os alvéolos dessa glândula possuem uma camada externa de células epiteliais, as 
quais se diferenciam em células arredondadas que acumulam uma secreção de conteúdo lipídico. As 
células localizadas mais ao centro dos alvéolos morrem e rompem-se, liberando o sebo. 
 
As glândulas sebáceas possuem um ducto relativamente curto que termina, geralmente, no folículo 
piloso. Nas áreas onde não existem pelos, como nos lábios, as glândulas sebáceas eliminam sua 
secreção diretamente na superfície da pele. Essas glândulas são amplamente encontradas no couro 
cabeludo e apresentam-se ausentes na palma das mãos e na planta dos pés. 
 
As glândulas sebáceas sofrem alterações durante o desenvolvimento de uma pessoa em virtude das 
variações hormonais. À medida que uma pessoa se torna mais velha, por exemplo, observa-se que a 
glândula aumenta em tamanho, entretanto, a quantidade de glândulas permanece inalterada. Por 
volta dos 17 anos, os níveis máximos de produção sebácea são alcançados. Em mulheres, após a 
menopausa, a produção de sebo diminui, mas em homens permanece normal até aproximadamente 
os 80 anos. 
 
O que é o sebo? - O sebo é uma secreção produzida pelas glândulas sebáceas que se destaca por 
sua constituição oleosa. Ele é formado por triglicerídios, colesterol, ésteres de colesterol e ácidos graxos, 
além de porções da célula secretora. A função do sebo é lubrificar a superfície da pele e do pelo 
aumentar a capacidade hidrofóbica da queratina e proteger os pelos. Além disso, o sebo possui ação 
bactericida. 
 
5. Problemas relacionados com as glândulas sebáceas - Entre os principais problemas relacionados com 
as glândulas sebáceas, podemos destacar a acne e a hiperplasia sebácea. Veja abaixo um pouco 
mais sobre esses problemas: 
• Acne: resulta da inflamação das glândulas sebáceas e dos folículos pilossebáceos. Não provoca 
danos graves à saúde, entretanto, pode ser incômoda, desencadear cicatrizes, além de afetar 
psicologicamente o paciente em virtude do aspecto das lesões. 
• Hiperplasia sebácea: Condição benigna em que ocorre proliferação na unidade sebácea. 
Pacientes com esse problema apresentam pápulas elevadas de coloração amarela pálida ou da 
cor da pele. 
 
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121 – Sistema Tegumentar – Estruturas Anexas 3 
6. Glândulas Sudoríparas (Gl. do suor): são encontradas em quase toda a parte da pele. Consistem de um 
simples tubo cuja a parte profunda constitui uma bolsa esférica ou oval chamada corpo da glândula,enquanto a porção superior ou ducto atravessa a derme e a epiderme, abrindo-se na superfície da pele 
por uma abertura afunilada. Nas camadas superficiais da derme o ducto é retilíneo, mas nas camadas 
profundas o ducto é enrolado ou mesmo retorcido. São muito abundantes na palma das mãos e planta 
dos pés. 
7. Terminações Nervosas Livres: são encontradas em todos os tecidos conjuntivos. São mielinizadas ou 
amielínicas, mas sempre de diâmetro pequeno e baixa velocidade de condução (Grupo III ou Grupo IV). 
Podem ser polimodais ou unipodais (nociceptores). São sensíveis aos estímulos mecânicos, térmicos e 
especialmente aos dolorosos. São formadas por um axônio ramificado envolto por células de Schwann 
sendo, por sua vez, ambos envolvidos por uma membrana basal. 
8. Terminações em Paliçada – as fibras se aproximam do folículo em diferentes direções, logo abaixo do 
ducto sebáceo, onde se divide e corre paralela com o pêlo na camada folicular externa. Caracterizam-se 
como terminações nervosas livres. 
9. Meniscos Táteis (Céls. de Merkel) – Uma fibra aferente costuma estar ramificada com vários discos 
terminais destas ramificações nervosas. Estes discos estão englobados em uma célula especializada, cuja 
superfície distal se fixa às células epidérmicas por um prolongamento de seu protoplasma e se interdigitam 
com os ceratinócitos adjacentes. Assim, os movimentos de pressão e tração sobre epiderme 
desencadeiam o estímulo. São mecanorreceptores (Tipo I) e de adaptação lenta, receptivos à pressão 
vertical e servidos por grandes aferentes mielinizados (A alfa). São encontrados nas partes distais das 
extremidades e na pele dos lábios e genitais externos. 
10. Terminações Nervosas Encapsuladas - Corpúsculos Táteis (Meissner) – Encontrados nas papilas dérmicas 
da mão e do pé, parte anterior do antebraço, lábios, pálpebra e língua. Tem forma cilíndrica e possui uma 
cápsula de tecido conjuntivo e um cerne central com fibras nervosas mielínicas. São mecanorreceptores 
de adaptação rápida, fornecendo informações a respeito das forças mecânicas rapidamente flutuantes. 
11. Grandes Corpúsculos Lamelados de Vater-Paccini – Encontrados nas faces ventrais da mão e do pé, 
órgãos genitais, braço, pescoço, papila mamária, periósteo e próximos à articulações. São ovóides, 
esféricos e espiralados e cada um possui uma cápsula (30 lamelas), uma zona de crescimento 
intermediária e um cerne central (60 lamelas) que contém um terminal axônico. Cada corpúsculo é 
suprido por uma ou, raramente, duas fibras mielinizadas (A alfa). 
12. Corpúsculos Táteis (Meissner) – Encontrados nas papilas dérmicas da mão e do pé, parte anterior do 
antebraço, lábios, pálpebra e língua. Tem forma cilíndrica e possui uma cápsula de tecido conjuntivo e 
um cerne central com fibras nervosas mielínicas. São mecanorreceptores de adaptação rápida, 
fornecendo informações a respeito das forças mecânicas rapidamente flutuantes. 
Essa fibra perde a bainha de mielina e na junção com a cerne perde a célula de Schwann. São 
mecanoceptores de adaptação muito rápida, respondendo somente a distúrbios repentinos e 
especialmente sensíveis à vibração. Podem chegar a um comprimento de 1 a 4 mm, visíveis a olho nú, 
como corpos brancos ovalados. Ao corte, microscopicamente, tem o aspecto de uma cebola. 
13. Arranjos Cutâneos Especiais – Arranjos que informam o estado mecânico e térmico da superfície do 
corpo, inclusive estímulos nocivos. São subdivididos em: mecanoceptores, termoceptores e nociceptores. 
A atividade de fibras nervosas sensitivas isoladas é ativada somente por certos tipos de estímulos aplicados 
à área da pele que ela inerva, o que mostra o seu alto grau de especificidade, tornando difícil uma 
correlação estreita entre morfologia e função.

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