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Nota-se que, a psicose é uma das estruturas psíquicas descobertas por Freud através da resposta estrutural psíquica ao Complexo de Édipo. Desse modo, a psicose por não atravessar este complexo, o inconsciente não encontra-se recalcado, não havendo culpa nem duvida; podendo seu adoecimento desenvolver a paranoia, a melancolia ou a esquizofrenia. Observa-se que, a psicose desenvolve alucinações, gera-se uma outra realidade, na qual o paranoico pode ter o delírio de onipotência e de perseguição, o melancólico possui o esvaimento da libido e o esquizofrênico vive uma desorganização psíquica do próprio corpo. Neste contexto, verifica-se o caso Schreber um jurista alemão que ao ser designado para a presidência do Tribunal de Justiça da época, ficando hierarquicamente com poder de decisão superior aos demais juízes explode em um surto psíquico, o qual anos mais tarde, Freud irá denominar de psicótico, através da autobiografia publicada deixada por Schreber. Lacan diz que as determinações do adoecimento de Schreber se resulta a sua primeira internação que ocorreu quando ele se candidatou ao cargo de magistratura, logo em seguida ficou oito anos tentando ser pai e não conseguiu. E depois foi convocado para um cargo com uma idade que ele não esperava. Sendo assim ele se viu frente a uma grande responsabilidade, no qual ele não teve nenhuma com tamanha grandeza anteriormente e isso o fez o desencadear uma crise. Entende- se do caso de Schreber que as crises começavam quando vinha do Outro, quando ele não podia responder, ou seja a promoção tinha correspondência simbólica com a função paterna, sendo chamado para uma responsabilidade vinha a questão da paternidade. E para isso ele teria que ter o significante do nome-do-pai para poder responder essa questão aí Schreber tropeça no buraco da significação, quando ele tem uma invasão de significante e de gozo.