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interpretação de textos esaf aula 06

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CURSO ON-LINE – INTERPRETAÇÃO DE TEXTO – ESAF 
 
PROFESSOR: ODIOMBAR RODRIGUES 
 
‘’ 
 
LEITURA E INTERPRETAÇÃO DE TEXTO - ESAF 
 
Módulo 06 
 
Prof. Odiombar Rodrigues 
 
Apresentação 
 
Com o módulo 05 (mais o 00) completamos os seis módulos de conteúdo. Estamos 
acrescentando mais um, o 06, que é uma complementação com bibliografia, alguns 
conceitos e mais exercícios de revisão. Este módulo é originado, especialmente, das 
perguntas formuladas durante o curso, pois muitos alunos participaram enviando 
perguntas e sugestões bem como, apontado pontos que gostariam de ver aprofundados. 
 
O importante não é o concurseiro fazer o curso com a intenção de passar 
em uma ou outra prova, mas fazê-lo de forma que lhe possibilite ampliar o 
conhecimento e, a partir daí, promover estudos por conta própria. A busca da 
autonomia é o mais importante. Pensando dessa forma, é que incluímos uma 
bibliografia básica, com critérios definidos, a fim de que cada um possa ampliar 
seus estudos de forma sistemática e segura. 
 
O vocabulário, muito longe de esgotar as possibilidades, pretende servir como 
consulta rápida para os conceitos mais usados durante o curso. Com certeza, muitas 
falhas estão presentes, pois nem sempre se consegue mapear todos os termos ou 
atribuir necessidade a um ou outro. Alguns termos que julgamos necessários podem 
passar por irrelevantes para algum aluno e outros que deixamos de fora, podem estar 
fazendo falta para outros estudantes. A maneira de sanarmos estas falhas é cada um 
contribuir com a indicação do verbete que julgar importante, assim temos condições 
de completar o trabalho com informações, realmente, pertinentes. 
 
Os exercícios que estão no final, foram buscados em provas a fim de 
exemplificar os assuntos tratados durante o curso e permitir, mais uma vez, o treino 
de questões de concursos. Dessa forma, fechamos o ciclo do curso, pois iniciamos com 
um levantamento de questões para elaborar o conteúdo, desenvolvemos os conteúdos 
teóricos e agora retornamos aos exercícios com a finalidade de testagem. 
 
 
 
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PROFESSOR: ODIOMBAR RODRIGUES 
 
 
Os que acessaram, semanalmente, as nossas aulas, devem ter percebido o nosso 
empenho em transformar os conteúdos teóricos em práticas objetivas, a fim de que o 
concurseiro perdesse o mínimo de tempo com discussões desnecessárias. Este desejo de 
síntese pode ter prejudicado, em parte, alguma área de conhecimento, mas a prática 
dos exercícios e os comentários de cada questão devem ter suprido estas lacunas. 
 
Vamos passar para as questões deste módulo, responda-as com cuidado e 
controle o tempo, pois você não deve levar mais do que 3 a 4 minutos por questão, ou 
seja, responda em tempo menor do que 40 minutos. Esta é uma média boa, em termos 
de interpretação de texto, nas questões gramaticais este tempo pode ser menor. 
 
Boa sorte! 
 
 
 
Questões de Concurso e Comentários 
 
 
Questão nº 1. 
 
Os trechos abaixo constituem um texto, mas estão desordenados. Ordene-os nos 
 
parênteses e indique a sequência correta. 
 
( ) Por exemplo: os regimes de câmbio, hoje são diferenciados, e as moedas de cada 
país-membro têm trajetórias, às vezes, muito distintas uma das outras, 
causando desequilíbrios que afetam a competitividade das empresas. 
 
( ) Como superar essa dificuldade? No futuro, os bancos centrais do Mercosul 
precisarão promover ação mais coordenada. Sistemas tributários terão 
de ser ajustados. E os mercados de crédito não poderão limitar-se às 
fronteiras nacionais. 
 
( ) Como instrumento de integração econômica do Cone Sul, ainda há um longo 
caminho a percorrer pelo Mercosul até porque os países-membros têm de 
concluir processo de ajustes internos que lhes permitam, mais adiante, ter 
políticas articuladas. 
 
( ) São avanços que exigem tempo e amadurecimento político Pelos passos já 
 
dados, o Mercosul está predestinado a avançar, e não voltar atrás. 
 
 
 
 
 
 
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(ESAF-APO/MP 2005) 
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( ) Dessa forma, no lugar de complementaridade do sistema produtivo, capaz de 
 proporcionar ganhos de escala para a conquista de terceiros mercados, a 
 competição se acirra dentro do próprio bloco, gerando atritos. 
a) 2, 4, 1, 5, 3 d) 3, 2, 1, 4, 5 
b) 3, 2, 1, 5, 4 e) 5, 1, 3, 4, 2 
c) 4, 3, 2, 1, 5 
 Comentário da nº 1. - Gabarito: A 
 As questões foram selecionadas com a finalidade de proporcionar aplicação dos 
 
conteúdos mais recorrentes em provas de concursos da Esaf. Mais uma vez, é 
importante ressaltar que os gabaritos não são elaborados por nós, mas retirados 
das próprias provas das bancas. A nossa tarefa se limita a buscar a compreensão 
da resposta apresentada pela instituição. 
 
As duas primeiras questões abordam a ordem do texto. Como já 
ressaltamos durante o curso, o modo mais seguro para responder a estas questões é 
avaliar a estrutura linguística das frases. O exame do início e do final de cada uma 
é capaz de indicar a ordem delas no texto, pois estas posições estão preenchidas por 
elementos que estabelecem o encadeamento. Vamos às questões: 
 
Temos cinco frases para colocarmos em ordem, seguindo o nosso 
método, devemos analisar o início de cada uma pela ordem em que estão: 
 
Por exemplo (...) Já se percebe que esta frase não pode iniciar o 
texto, pois ela indica a presença de uma exemplificação que deve 
estar enunciada no final de outra frase. 
 
Como superar essa dificuldade? (...) Esta frase está iniciando por 
uma pergunta que tem um elemento que exige um referente anterior 
“essa dificuldade”, portanto, também, não pode iniciar o texto. 
 
Como instrumento de integração econômica (....) Esta frase não 
necessita de nenhum antecedente, ela aponta para a continuidade do 
sentido. Pode ser a primeira do texto, vamos continuar examinando 
as outras para comprovarmos esta hipótese. 
 
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São avanços (...) Que avanços? Com certeza estão enunciados numa 
frase anterior, portanto não poderá ser a primeira. 
 
Dessa forma (...) A forma referida, deve estar proposta numa frase 
anterior. O que significa que, realmente, não pode iniciar o texto. 
 
Sabemos a frase que inicia o texto. Agora fica tudo fácil. Devemos examinar o final 
dela para sabermos como deve continuar e procurarmos a continuação nas alternativas 
restantes. No final está: (...) “ter políticas articuladas”. Vamos examinar nas restantes que 
elementos podem se encaixar neste fragmento para dar continuidade. 
 
Por exemplo (...) esta é possível, pois é uma exemplificação das 
políticas articuladas citadas a seguir. 
 
Como superar esta dificuldade (...) ninguém está falando em 
dificuldade, o que se fala no final da frase um são políticas 
articuladas. Portanto, esta não serve para dar continuidade. 
 
São avanços (...) para passarmos diretamente para esta o texto 
ficaria sem a explicação de que se entende por “políticas 
articuladas” A frase é conclusiva, prevendo o futuro, portanto, não 
caberia como segundo segmento do texto. 
 
Dessa forma (...) não há como continuar com esta, uma vez que não 
há nada que justifique o “dessa forma” na frase anterior. 
 
Portanto, podemos aceitar a primeira frase do exercício como sendo a frase 
dois do texto. Agora temos uma sequência de duas frases, precisamos definir a 
continuidade do texto. Já vimos que a penúltima (são avanços...) serve como final, 
encerramento do texto. Assim resta para nós definirmos a posição entre as duas 
últimas (“como superar essa dificuldade” e “dessa forma”). 
 
A frase dois do texto termina com um fato negativo (causando 
desequilíbrios....) o que nos permite concluir que a última (Dessa forma..), que 
também é negativa, pode completar o texto. Definida esta a ordem se completa: No 
exercício: 2, 4, 1, 5, 3. Isto corresponde realmente a letra “a” do gabarito. 
 
 
 
 
 
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Foi difícil? Acredito que não, a dificuldade maior está em nos 
desprendermos da idéia de que em linguagem a gente “acha” as respostas e partir 
para uma postura de investigação das relações da linguagem. 
 
Não se assustem, não serei tão minucioso nas demais questões. Esta foi só 
um exemplo para que possam se convencer que o estudo da linguagem é um campo 
racional e sistemático. 
 
Questão nº 2. 
 
Os trechos abaixo constituem um texto, mas estão desordenados, Ordene-
os nos parênteses e assinale a sequência correta. ((ESAF-APO/MP 2005)) 
 
( ) Mas esse mercado ainda é pequeno, quando comparado com as necessidades 
financeiras das empresas brasileiras, e seu desempenho e sua expansão estão 
confeccionados a diferentes fatores, alguns dos quais externos, como a 
confiança dos investidores internacionais no futuro da economia do país. 
 
( ) O plano tem, como metas principais, a melhora da fiscalização, a educação do 
investidor, a redução dos custos de registros das operações, o aumento da 
concorrência no mercado de capitais e a modernização da própria CVM. 
 
( ) A Comissão de Valores Mobiliários (CVM), encarregada de assegurar o 
funcionamento eficiente e regular do mercado de ações, aprovou, pela primeira 
vez desde que foi criada há 28 anos, um plano que, a ser posto em prática até 
2007, revela-se importante por seu ineditismo e por suas diretrizes. 
 
( ) Um tal mercado acionário eficiente, que negocie um volume crescente de 
papéis, atraia mais investidores e ofereça às empresas uma fonte de 
obtenção de capitais menos onerosa do que os financiamentos bancários, 
contribuiria para acelerar o crescimento econômico. 
 
a) 4, 2, 1, 3 d) 3, 1, 2, 4 
b) 3, 2, 1, 4 e) 4, 3, 1, 2 
c) 1, 4, 3, 2 
Comentário da nº 2. - Gabarito: A 
 
 
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Esta questão, também é de ordem do texto, apenas temos a vantagem de que tem 
apenas quatro alternativas. Vamos aplicar todo o mecanismo que detalhamos na questão 
anterior, assim fica fácil chegarmos à ordem desta questão, também. 
 
Como primeiro passo, examinamos o início de cada frase. A frase um inicia por 
“mas”, portanto tem um antecedente ao qual se opõe. Não pode iniciar o texto. A frase 
dois inicia por “o plano tem (...) que plano? Necessitamos de um antecedente que o 
explique, conceitue. A frase três não inicia por elemento coesivo, nem por elemento 
carente de referente, portanto, pode ser a primeira do texto. A última frase não pode 
iniciar o texto por apresentar “um tal mercado acionário (...), ora, que tal mercado? Qual 
mercado? Necessito de antecedente, também. Assim defino a três como inicial do texto. 
 
Agora vamos examinar o final da terceira frase do exercício que consideramos a 
primeira do texto. Esta frase termina com a informação que a CVM aprovou “um plano 
que”. Este final está bem continuado com a explicação do plano (o plano tem...) na frase 
dois da questão que pode tornar-se a frase dois do texto. Examinando o final desta frase 
dois, ela fala em “mercados de capitais” , ora, a última frase do exercício conceitua “um 
tal mercado acionário...”. Pronto, a primeira frase do exercício só pode ser a última do 
texto! A ordem das frases é 4, 2, 1, 3, portanto letra, “a”. 
 
 
Questão nº 3. 
 
Assinale a opção que apresenta a idéia principal do trecho abaixo. (ESAF- 
 
APO/MP 2005) 
 
Gente bem qualificada é um ativo com importância cada vez mais óbvia. Nestes 
primeiros anos do novo milênio, passados os solavancos provocados pelas 
reestruturações, fusões, aquisições, trocas de mão-de-obra por tecnologias e com a 
estrada pavimentada pelas crescentes exportações de produtos nacionais - alimentos, 
bebidas, couros, têxteis, sucos, calçados e vestuário -, a indústria brasileira de bens de 
consumo busca avidamente capitais humanos de alta qualidade para suas necessidades 
presentes e futuras. As empresas mais conscientes de que tais carências podem afetar a 
sustentação do crescimento acelerado do setor têm bastante claro que a gestão do 
capital humano, numa perspectiva temporal de longo prazo, é tão crítica para o êxito 
empresarial quanto dispor de fundos a custos competitivos, tecnologias avançadas e 
clientes satisfeitos. Gente bem qualificada e motivada é um ativo cuja importância é 
 
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cada vez mais óbvia para os que investem na indústria de bens de consumo e fator 
decisivo para se obter níveis de desempenho diferenciados. (Francisco I. Ropero Ramirez, 
Gazeta Mercantil, 22/06/2005) 
 
a) No novo milênio, já passaram os solavancos provocados 
pelas reestruturações, fusões e aquisições. 
 
b) No início deste milênio, houve troca de mão-de-obra por tecnologias, 
fator decisivo para a sustentação do crescimento das empresas. 
 
c) As exportações de produtos nacionais – alimentos, bebidas, couros, 
têxteis, sucos, calçados e vestuário – estão em franco crescimento. 
 
d) No mundo empresarial, é importante dispor de fundos a custos 
competitivos, tecnologia avançada e clientes satisfeitos. 
 
e) Gente bem qualificada e motivada, ativo cuja importância é óbvia, é fator 
decisivo para que sejam obtidos níveis de desempenho diferenciados. 
 
Comentário da nº 3. - Gabarito: E 
 
Você lembra quando falamos em nossas aulas que a idéia central é, geralmente, 
enunciada na primeira frase do primeiro parágrafo. Pois podemos testar esta técnica 
nesta questão. O primeiro parágrafo diz: “Gente bem qualificada é um ativo com 
importância cada vez mais óbvia.” O sintagma nominal “gente bem qualificada” é o 
próprio sujeito da frase o que garante destaque. Continuando, a frase afirma que isso 
é um “ativo importante”. Com estes dois elementos podemos percorrer as alternativas 
para procurar a que mais se aproxima deles. Basta um olhar para descobrirmos a 
letra “E” como a que mais próxima chega desta idéia. Fica como a escolhida. Agora 
vem a tarefa mais difícil que é justificar o porquê das outras não poderem ser corretas 
quanto à idéia central. 
 
A alternativa “a” explora uma idéia secundária de ordem temporal. “...passados os 
solavancos...” que significa que após este acontecimento é que vem o fato principal. 
Observe, também, que é uma oração subordinada adverbial temporal. Seria difícil a idéia 
principal do texto ser expressa por uma oração subordinada. Na letra “b” aparece uma 
informação que é causa para o fato principal, ou seja, a troca de mão-de-obra pela 
 
 
 
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tecnologia promove a busca de capital humano qualificado. Isto não faz sentido 
com o que a alternativa afirma que é o crescimento das empresas. 
 
Na letra “c”, mais uma vez surge uma idéia secundária, ou seja, o franco 
desenvolvimento da indústria. A alternativa “d” fica totalmente fora do contexto 
da idéia central,pois os fatores apontados são apenas mencionados como 
comparação, “é tão crítica para o êxito empresarial quanto....” 
 
Você já sabe que a idéia central, em geral, está presente na primeira frase do 
texto e basta retirar os elementos modalizadores para que o núcleo da frase surja 
como expressão da idéia central. Mais uma vez, o conhecimento da linguagem é que 
nos possibilita resolver as questões e não uma leitura aleatória do texto. 
 
Questão nº 4. 
 
Assinale a opção que está de acordo com as idéias do texto abaixo. (ESAF- 
 
APO/MP/2005) 
 
Infelizmente, há muitas pessoas que ingressam na política para facilitar seus 
negócios, defender interesses escusos ou mesmo obter imunidade parlamentar para 
encobrir delitos e crimes. Com meios suficientes para financiar as despesas da campanha 
eleitoral, essas pessoas, muitas vezes, conseguem êxito e não se submetem ao controle da 
disciplina partidária. Essas são as figuras que dão à política a conotação de atividade 
indigna, senão imoral. Dois outros fatores abrem campo para a corrupção: a facilidade 
para a criação de novos partidos e o excessivo número de cargos em comissão. A 
pulverização de partidos leva a recorrer-se à troca de votos por concessões e 
favorecimentos nem sempre de interesse coletivo. Já os quase 30 mil cargos preenchidos 
por nomeação política pouco contribuem para a coordenação das políticas públicas do 
governo, porque se tornam moeda de troca para a aglutinação partidária e a formação da 
base de apoio. Nosso atual sistema presidencial, de fato, foi concebido para atender aos 
anseios dos donos do poder e não para viabilizar políticas de bem-estar social. Urge, pois, 
uma reforma política radical, conforme as exigências éticas de uma democracia, que 
inclui, além da representatividade política, o atendimento das 
 
demandas sociais e econômicas do povo (Dom Geraldo Majella, Folha de São Paulo, 
 
21/06/2005) 
 
 
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a) Os cargos em comissão são preenchidos por nomeação, o que favorece a 
aglutinação partidária e a formação da base de apoio. 
 
b) A pulverização de partidos permite a representação popular mais ampla 
e o atendimento aos interesses coletivos. 
 
c) Há três fatores que favorecem a corrupção: pessoas que ingressam na 
política com interesses pessoais escusos, facilidade de criação de 
partidos e excessivo número de cargos em comissão. 
 
d) O atual sistema presidencial foi idealizado para viabilizar políticas de 
bem-estar social e não para atender aos anseios dos donos do poder. 
 
e) Uma reforma política radical dever ser postergada para que obedeça às 
exigências éticas de uma democracia. 
 
Comentário da nº 4. - Gabarito: C 
 
O enunciado da questão fala em “de acordo com as idéias do texto”. O que 
significa que a alternativa correta deve englobar a “idéia central” mais as “idéias 
secundárias”. Por isso o primeiro trabalho deve ser novamente localizar a idéia 
central. A primeira frase afirma que há “pessoas que ingressam na política” com 
“interesses escusos”, este é um fator. Depois o texto anuncia – “Dois outros 
fatores...” assim chegamos aos três fatores que a alternativa “c” expressa. A idéia 
principal é que essas figuras inescrupulosas dão à política uma conotação de 
indignidade e são favorecidas pelos três fatores. 
 
Vamos descobrir as impossibilidades das outras alternativas. Dos três fatores, a 
alternativa “a” apenas registra o terceiro, portanto, não contempla a amplitude do 
texto, enquanto a “b” faz o mesmo com motivo dois. Tanto a alternativa “a” quanto a 
“b” tomam parte do texto. A “d” registra uma idéia, exatamente oposta ao texto. A 
frase original: “Nosso atual sistema presidencial, de fato, foi concebido para atender 
aos anseios dos donos do poder e não para viabilizar políticas de bem-estar social” foi 
reescrita de forma inversa: “O atual sistema presidencial foi idealizado para viabilizar 
políticas de bem-estar social e não para atender aos anseios dos donos do poder. 
Parece um absurdo a banca elaborar uma alternativa tão flagrantemente errada, mas 
não o é. Com uma alternativa dessas a banca “captura” aqueles que fazem uma leitura 
 
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superficial, pois na forma sintática as duas frases são praticamente idênticas, elas 
se diferenciam na significação pela inversão dos termos. Não deixa de ser uma 
armadilha, espero que você passe longe dela. 
 
Na alternativa “e”, a banca testa o seu conhecimento vocabular. A frase é 
quase a mesma, apenas no texto aparece “urge” e na alternativa “postergada”. 
Você deve saber que a primeira tem significado de é “urgente”, “não pode ser 
adiada” e a segunda é o antônimo deste sentido, ou seja, deve ser “adiada”, 
“passada para mais adiante..”, portanto, invalida a alternativa. 
 
Questão nº 5. 
 
Assinale a opção que não constitui continuação coesa, 
coerente e gramaticalmente correta para o texto abaixo. (ESAF) 
 
A oportunidade e a ameaça encontram-se no mesmo ponto: o imperativo de 
fazer da causa verde tema central, não periférico, de nossa estratégia de 
desenvolvimento. Para isso, um futuro governo brasileiro deve comprometer-se 
com a promoção de todo o espectro de biotecnologias, desde as energéticas até as 
medicinais, Na fidelidade a esse compromisso, deve.. 
 
a) recorrer, sem dogma, tanto à iniciativa privada quanto ao empreendimento 
público, assegurando nestes critério de concorrência econômica, gestão 
profissional, autonomia decisória (com participação das populações 
diretamente atingidas) e experimentalismo institucional e técnico. 
 
b) promover o que convém em todas as áreas da economia depende da 
multiplicação de elos diretos entre os setores mais avançados e os mais 
atrasados de nossa produção e de nossa força de trabalho, cada um 
desses elos como uma fonte ao mesmo tempo de empregos novos e de 
ganhos de produtividade nos empregos existentes. 
 
c) começar a comercializar os produtos dessas iniciativas, em todo o 
mundo, não sob o controle de multinacionais, mas sob nosso controle, 
como resultados e recursos de um modelo de industrialização e de 
desenvolvimento que interessará a muitos. 
 
 
 
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d) desenvolver a Amazônia não como parque ou como cenário de uma 
atividade agropastoril ou extrativa predatória e autodestrutiva, mas 
como grande laboratório coletivo desse experimento nacional. 
 
e) organizar a proteção do ambiente em todo o país, fora dos parques 
nacionais, para não ficar no regime binário: parque ou vale-tudo. E deve 
transformar esse encontro do brasileiro com a natureza brasileira em palco 
privilegiado do aprofundamento de nossa democracia, mostrando como se 
podem conjugar perícia técnica, realismo econômico e participação social. 
 
Comentário da nº 5. - Gabarito: B 
 
Agora vamos testar a sua atenção. Esta questão parece muito difícil, pois 
necessitamos encontrar a que não constitui continuação coesa e coerente. 
Descobrir a coerência é uma tarefa mais complexa, por isso vamos testar a coesão 
que é mais fácil, pois se evidencia no nível da frase. A que tiver problema de coesão 
já pode ser eliminada, basta encontrarmos uma com problema, pois a ordem é a 
“opção que não constitui continuação coesa, coerente e gramaticalmente corre 
para o texto. Uma sendo eliminada é a que corresponde à ordem do texto. Para 
conseguirmos isto vamos tomara última frase do texto e emendar na primeira 
frase da alternativa. Depois basta ler para perceber a presença de coesão ou não. 
 
Na fidelidade a esse compromisso, deve recorrer, sem dogma, 
tanto à iniciativa privada quanto ao empreendimento público (...) 
 
Na fidelidade a esse compromisso, deve promover o que convém em 
todas as áreas da economia depende da multiplicação de elos (...). 
 
Na fidelidade a esse compromisso, deve começar a comercializar 
os produtos dessas iniciativas, em todo o mundo (...) , 
 
Na fidelidade a esse compromisso, deve desenvolver a Amazônia 
não como parque ou como cenário de uma atividade agropastoril 
ou extrativa predatória e autodestrutiva, mas (...) 
 
Na fidelidade a esse compromisso, deve organizar a proteção do 
ambiente em todo o país, (...) 
 
 
 
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Como você pode ver, facilmente, a alternativa “b” não consegue 
continuidade da frase de forma coesa, pois há uma ruptura sintática entre as 
formas verbais “deve” e “depende”. A primeira tem como sujeito subtendido “o 
governo” enquanto que a segunda deve iniciar um novo período, pois requer um 
sujeito, talvez um pronome que retome o referente anterior (promover o que 
convém...). Para a frase tornar-se coesa, necessitamos promover algumas 
alterações como: “Na fidelidade a esse compromisso, (o governo) deve promover o 
que convém em todas as áreas da economia. Essa promoção depende da 
multiplicação de elos (...)” Veja que agora a frase tornou-se coesa. Você está 
convencido do argumento? É fácil, não precisamos nem procurar pela coerência 
das frases, pois basta uma das condições para estar errada e, portanto, 
corresponder ao solicitado pela questão. Quem gosta de análise sintática poderá 
encontrar outras justificativas, mas isto são “outros quinhentos....” 
 
Questão nº 6. 
 
Aponte a opção que, ao dar seguimento ao trecho abaixo, desrespeita a 
progressão das idéias e a coerência do texto. (ESAF) 
 
Infelizmente, muitos impostos no Brasil são idealizados por acadêmicos que 
nunca trabalharam numa empresa e não têm nenhum senso prático. Antecipar 
impostos de cinco a quinze dias, numa economia em que o ciclo de produção do 
minério até o carro pronto chega a superar seis meses, em que as empresas vendem 
em média com prazo de sessenta a noventa dias, é antiprodutivo e antieconômico. 
É um tiro no pé do próprio governo. Hoje, as empresas e a população pagam 
impostos antecipadamente, Empresas pagam imposto muito antes de ter um 
produto final, pagam imposto muito antes de receber a grana do cliente. 
 
a) Pagar imposto adiantado significa que as empresas têm de se endividar 
para poder pagá-lo, ou perder precioso capital de giro, o que é um desastre. 
 
b) A antecipação de impostos é inconstitucional, porque fere o princípio da 
capacidade contributiva, abrigado no artigo 145, parágrafo 1º, da 
Constituição Federal. 
 
 
 
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c) No Brasil, acontece o contrário do que ocorre em outros países, que têm 
impostos somente sobre o consumo final e dão 360 dias ou mais de prazo. 
 
d) Por sinal, esse foi mais um erro dos autores do Plano Real: acabaram 
com a inflação, mas se esqueceram de devolver o capital de giro tomado 
pelo governo durante o período inflacionário. 
 
e) Seria um enorme avanço jurídico-administrativo para as empresas 
pagar imposto de renda sobre lucro presumido onze meses antes de 
definido o lucro da empresa. 
 
Comentário da nº 6. - Gabarito: E 
 
Agora vamos testar a sua capacidade de percepção de detalhe. A ordem 
da questão diz que devemos assinalar a alternativa que desrespeita a 
progressão e a coerência do texto. A progressão é da área da argumentação e o 
caminho é longo. Vamos, por isso, para a avaliação de coerência que depende 
do campo das idéias (campo semântico). 
 
Vamos examinar a alternativa “e”. Deveríamos deixar para o pessoal de 
economia responder esta questão, pois eles perceberiam de imediato que o texto 
reclama da voracidade do governo na cobrança de impostos, portanto, sugerir 
que as empresas paguem sobre o “lucro presumido” e com onze meses de 
antecedência é um absurdo, ou seja, incoerente com o texto. Veja que o 
economista pode responder sem nenhum conhecimento de linguagem, pois a 
resposta depende de uma informação que lhe é bem familiar. Portanto, a letra 
“e” é a solicitada pela ordem da questão. 
 
As demais alternativas são coerentes com o texto, pois o complementam com 
argumentos que dão continuidade às reclamações sobre cobrança de impostos. A letra 
“a” é um argumento direto do texto; a “b” apela para uma questão constitucional, mas 
é irrelevante se isto está disciplinado neste artigo, ou em qualquer outro. O importante 
é que a antecipação seja inconstitucional e favoreça a argumentação do texto, o que 
torna coerente a alternativa. Por favor, não vamos entrar em discussão de 
constitucionalidade. A nossa área é linguagem e o erro quanto ao conhecimento da 
Constituição não invalida o fato linguístico gerador de 
 
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coerência. A “c” traz um exemplo genérico, sem fundamentação, porém 
contribui para a demonstração da voracidade de nossos governantes em 
comparação com os de outros países. Na “d” há mais uma informação de 
economia, mas não nos interessa a veracidade dela, o que nos satisfaz é que 
contribui para o argumento do texto e, portanto, é coerente. 
 
Esta é uma questão discutível sob o ponto de vista econômico ou 
constitucional e pode gerar querelas, porém devemos nos limitar à área de 
linguagem. Para nós o importante é saber se o argumento é coerente com o 
texto ou não, isto é, se contribui para a argumentação. 
 
Questão nº 7. 
 
Julgue como verdadeiras (V) ou falsas (F) as assertivas que comparam os dois 
parágrafos abaixo. Indique, a seguir, a sequência correta. (ESAF- AFC/STN-2005) 
 
A despeito do bom desempenho da economia brasileira em 2004, em torno 
de 37% dos consumidores reduziram gastos em bens e serviços, segundo pesquisa 
do Instituto ACNielsen, enquanto outros 24% optaram por excluir integralmente 
determinados produtos de seu consumo. 
 
Embora a pesquisa identifique um quadro melhor do que o de 2003, os 
resultados parecem sinalizar que a renda média dos brasileiros continua relativamente 
deprimida, o que inibe o dinamismo do consumo doméstico, sobretudo nas camadas de 
 
baixa renda. 
Primeiro ( ): ambos iniciam a frase ou oração que têm valor adverbial
de concessão. 
Segundo ( ): o tópico em torno do qual gira o primeiro parágrafo é
o bom desempenho da economia; no segundo parágrafo, o assunto
central é o dinamismo da economia brasileira. 
Terceiro ( ): ambos avaliam positivamente o desempenho da economia
brasileira no ano de 2004. 
Quarto ( ): as informações contidas no primeiro parágrafo exibem
 
resultados de pesquisa sobre o consumo doméstico no ano de 2004; no 
 
 
 
 
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segundo parágrafo, é fornecida uma interpretação dos dados revelados 
 
 pela pesquisa. 
A sequência correta é: 
a) V, F, V, V d) F, F, V, V 
b) V, V, V, F e) V, V, F, F 
c) F, V, F, F 
 Comentário da nº 7. - Gabarito: A 
Nesta questão devemos estabelecer relações entre os dois textos e as afirmativas 
 
que sãofeitas sobre eles. Este é um caso de intertextualidade que estudamos em 
uma de nossas aulas. Cada alternativa é um diálogo entre os textos e o que ela 
afirma, portanto não temos respostas em um ou outro, mas na relação que se 
estabelece entre ambos. Cada frase só pode ser falsa ou verdadeira, portanto, 
verdadeira se der conta da relação e falsa se não a evidenciar. 
 
Vamos ao exame de cada alternativa. A alternativa “a” apresenta uma questão 
de linguagem ao dizer que ambos iniciam com expressão que tem valor de concessiva. 
O primeiro parágrafo inicia por “A despeito de...”, o mesmo que “embora”, que inicia 
o segundo parágrafo, portanto, é verdadeira esta afirmativa. A segunda mantém a 
idéia de concessão, pois o texto fala que apesar do bom desempenho da economia, os 
consumidores continuaram reduzindo os gastos. A segunda parte desenvolve o 
raciocínio contrário, pois o texto diz que “inibe” o dinamismo da economia e não 
“desenvolve” como aparece na alternativa. Esta segunda é falsa. A terceira é 
verdadeira, pois os dois parágrafos avaliam positivamente a economia brasileira no 
ano de 2004. Não podemos nos deixar enganar pelo segundo parágrafo que fala que 
“embora a pesquisa identifique um quadro melhor do que o de 2003....” Na verdade é 
positivo o desempenho de 2004 em relação à 2003. 
 
A última é verdadeira, pois no primeiro parágrafo há a exposição dos dados 
e no segundo a interpretação deles. Portanto, a sequência V, F, V, V é a correta e 
corresponde à letra “a”. 
 
Questão nº 8. 
 
 
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Em novembro do ano passado, a Revolta da Vacina fez cem anos. A 
obrigatoriedade da vacinação obrigatória antivariólica foi estabelecida por lei em 31 
de outubro de 1904, e cercava o cidadão por todos os lados. Exigia atestado de 
vacinação para matrícula em escolas, emprego, hospedagem, viagem, casamento, e 
previa multas para os recalcitrantes. A reação começara desde a aprovação do 
projeto. Oradores operários argumentavam que era grave ofensa à honra do chefe de 
familiar ter seu lar, em sua ausência, invadido por médicos, perante os quais sua 
mulher e filhas seriam obrigadas a se desvendarem para receberem a vacina no braço. 
Finda a resistência, a polícia varreu a área conflagrada, prendendo os suspeitos de 
sempre. O saldo final de vítimas foi de 30 mortos, 110 feridos e 945 presos. 
 
Analisando esta revolta popular, José Murilo de Carvalho afirma que ela “é 
emblemática da dificuldade de relacionamento entre governo e povo no Brasil. Seu 
aspecto mais interessante é que não teve um lado errado e um lado certo, bons ou 
maus”. 
 
Assinale a opção que analisa a revolta da vacina com a mesma 
interpretação que lhe dá José Murilo de Carvalho. (ESAF – AFC/STN-2005) 
 
a) Quando o drástico, posto que necessário, projeto de regulamentação da 
lei de obrigatoriedade da vacina contra a varíola vazou para a 
imprensa, os políticos da oposição cerraram fileira contra a vacina, na 
ânsia de enfraquecer o presidente Rodrigues Alves. 
 
b) A revolta foi um trágico desencontro entre a política bem intencionada e 
esclarecida de Oswaldo Cruz, Diretor Geral da Saúde Pública, e valores 
populares que tinham a ver com a dignidade pessoal e a inviolabilidade 
do lar. 
 
c) A assim chamada “Revolta da Vacina” colocou em confronto, cada qual 
em sua trincheira, militares e políticos da oposição que queriam 
derrubar o governo, de um lado; de outro, jornais governistas e 
autoridades que apoiavam Rodrigues Alves. 
 
d) Os positivistas tratavam a obrigatoriedade da vacina como despotismo 
sanitário e estigmatizavam a vacina como sendo o túmulo da liberdade. 
 
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e) A revolta foi consequência do obscurantismo popular, da ação 
ensandecida de uma “turba-multa irresponsável de analfabetos”, 
segundo palavras de Olavo Bilac. 
 
Comentário da nº 8. - Gabarito: B 
 
A questão oito solicita que o candidato analise cada alternativa em 
comparação com a interpretação de José Murilo de Carvalho. A nossa atenção tem 
de se voltar para a passagem que está destacada como discurso direto (lembram da 
nossa aula?): “é emblemática da dificuldade de relacionamento entre governo e 
povo no Brasil. Seu aspecto mais interessante é que não teve um lado errado e um 
lado certo, bons ou maus”. A análise de José Murilo apresenta duas frases, cada 
uma com um argumento: o primeiro argumento é a dificuldade de relação 
governo/povo; o segundo argumento é que não há bons nem maus. Com estes dois 
elementos, vamos às alternativas, alguma deve contemplá-los. 
 
A opção “b” contempla a oposição entre governo e povo ao falar em 
“desencontro” e avalia as posições de cada um com “política bem intencionada e 
esclarecida de Oswaldo Cruz (governo) e os valores pessoais de dignidade da 
população. Assim, a “b” corresponde a todos os elementos da análise do autor. 
 
A alternativa “a” aborda assunto do primeiro texto, mas não da interpretação 
de José Murilo, portanto não serve. As alternativas “c”, “d” e “e” trazem elementos 
que nem estão presentes no texto e, muito menos, pertencem à análise do José Murilo. 
 
Questão nº 9. 
 
Leia o fragmento de texto abaixo para responder à questão. 
 
O enquadramento pós-estruturalista da teoria da comunicação analisa o modo 
como a comunicação eletronicamente mediada (o que eu chamo modo de informação) 
desafia, e ao mesmo tempo reforça os sistemas de dominação emergentes na sociedade e 
cultura pós-moderna. A minha tese é que o modo de informação decreta uma 
reconfiguração radical da linguagem, que constitui sujeitos fora do padrão do indivíduo 
racional e autônomo. Esse sujeito familiar moderno é deslocado pelo “modo de 
informação” em favor de um que seja múltiplo, disseminado e descentrado, interpelado 
 
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continuamente como uma identidade instável. Na cultura, essa instabilidade coloca 
tanto perigos como desafios que se tornam parte de um movimento político – ou se 
estão relacionados com as políticas feministas, minorias étnicas/raciais, posições gays e 
lésbicas, podem conduzir a um desafio fundamental às instituições e estruturas sociais 
 
(Haik Poster. A segunda era dos mídia) 
 
 
modernas. 
 
 
 
Assinale a inferência que não está coerente com a argumentação do texto. (ESAF 
 
– AFRFB-2005). 
 
a. Na cultura pós-moderna, o modo de informação estabelece com os 
sistemas de dominação relações em dois sentidos. 
 
b. Uma reconfiguração da linguagem repercute na reconfiguração dos 
sujeitos sociais, seja na cultura moderna seja na pós-moderna. 
 
c. Uma identidade instável caracteriza o sujeito, múltiplo, disseminado 
e inserido em movimentos políticos, culturais e sociais. 
 
d. Sujeitos deslocados pelo modo de informação eletronicamente mediado 
provocam uma instabilidade que se torna parte de movimento político. 
 
e. O padrão do indivíduo racional e autônomo conduz a políticas que 
podem desafiar os fundamentos das instituições e estruturas modernas. 
 
Comentário da nº 9. - Gabarito: E 
 
Outra questão de inferência, pois este é um tema preferido da Esaf. Ainda 
bem que estamos bem treinados neste assunto, além de ser objeto de uma de 
nossas aulas, surgiu em diversos exercícios. Vamos examinar cada uma: 
 
De acordo com o texto, a “e” apresenta erro ao afirmar que o “indivíduo 
racional e autônomo” desafia “os fundamentosdas instituições e estruturas 
modernas, quem desafia é o indivíduo “deslocado”, “instável”. Esta alternativa 
não está coerente com o texto, portanto, é a solicitada pela ordem da questão. 
 
Na alternativa “a” expressa os dois sentidos que a comunicação pós-moderna 
se relaciona com os sistemas emergentes: desafia e reforça, portanto correta. A 
alternativa “b” evidencia o fato das alterações de linguagem transformarem 
 
 
 
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(reconfigurarem) os sujeitos, tanto na cultura moderna como na pós-
moderna, portanto, pode ser inferido do texto. 
 
Na letra “c” a instabilidade é a característica principal do sujeito “fora 
do padrão” e inserido nos movimentos políticos, culturais e sociais, 
corresponde ao texto. A “d” afirma que estes sujeitos “deslocados” provocam 
“um desafio fundamental às instituições e estruturas sociais”, e “faz parte do 
movimento político”. 
 
Na referência bibliográfica do texto não há informação de que ele tenha 
sido adaptado, mas deve ter sofrido alguns cortes, pois as informações carecem 
de elementos de conexão entre os argumentos. A compreensão fica dificultada 
pelas lacunas que talvez existam. 
 
Questão nº 10. 
 
Para responder a questão 10, leia o texto abaixo. (ESAF) 
 
Mas os problemas do mundo dos nossos netos e bisnetos serão diferentes. 
Eles viverão no meio de um crescimento perigosamente desequilibrado entre os 
povos. Sim, porque dois terços dos moradores do planeta – cerca de dois bilhões de 
habitantes – terão de ser alimentados e educados em nações pobres e sem recursos. 
 
Assinale a opção que constitui uma paráfrase coerente e gramaticalmente 
correta para o trecho acima. 
 
a) Contudo, os problemas do mundo dos nossos netos e bisnetos serão 
diferentes porque eles viverão em meio a um crescimento perigosamente 
desequilibrado entre os povos, dado que dois terços dos moradores do 
planeta – cerca de dois bilhões de habitantes – terão de ser alimentados e 
educados em nações pobres e sem recursos. 
 
b) Mas os problemas do mundo dos nossos netos e bisnetos serão diferentes, 
posto que eles viverão no meio de um crescimento entre os povos 
perigosamente desequilibrados. Sim, pois dois terços dos moradores do 
planeta (aproximadamente de dois bilhões de habitantes) terão de ser 
alimentados e educados em nações pobres e sem recursos. 
 
 
 
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c) Todavia os problemas do mundo dos nosso netos e bisneto serão diferentes: 
eles viverão no meio de um crescimento perigosamente desequilibrado entre 
os povos; num planeta em cujos dois terços dos moradores – cerca de dois 
bilhões de habitantes – terão de ser alimentados e educados em nações 
pobres e sem recursos. 
 
d) Porém, os problemas do mundo, e dos nossos netos e bisnetos, serão diferentes, 
pois viverão entre povos de um crescimento perigosamente desequilibrado. 
Isso, porque cerca de dois bilhões de habitantes do planeta (dois terços deles) 
terão de se alimentar e educar em nações pobres e sem recursos. 
 
e) No entanto, os problemas do mundo dos nossos netos e bisnetos serão 
diferentes, eles viverão em nações pobres e sem recursos, no meio de um 
crescimento perigosamente desequilibrado entre os povos, onde terão de ser 
alimentados e educados. Sim, porque serão dois terços dos moradores do 
planeta – cerca de dois bilhões de habitantes. 
 
Comentário da nº 10. - Gabarito: A 
 
Estamos diante de outra questão de paráfrase e esta é muito simples, 
vejamos. O texto parafraseado inicia com “mas” e, ao examinarmos as 
alternativas, percebemos que todas iniciam com conetivo de valor adversativo: 
“contudo, mas, todavia, porém, no entanto”. Um primeiro nível de paráfrase 
consiste em alterar apenas os elementos de conexão, trocando conetivos e/ou 
alterando a construção sintática. Vamos examinar a alternativa “a”. 
 
O texto original tem três orações, mas nesta alternativa aparece apenas uma 
oração. Cabe verificar como se processa esta transformação. Vamos copiar o texto 
original, destacando as transformações. 
 
Contudo1 (mas) os problemas do mundo dos nossos netos e bisnetos serão 
diferentes porque2 (. Eles) viverão em 3 (no) meio de um crescimento 
perigosamente desequilibrado entre os povos, dado que 4 (. Sim, porque) dois 
terços dos moradores do planeta – cerca de dois bilhões de habitantes – terão de 
ser alimentados e educados em nações pobres e sem recursos. 
 
 
 
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Como se pode observar as alterações são estruturais e não afetam o sentido, 
isto condiz com a paráfrase. Na (1) há apenas a troca da conjunção (mas > contudo). A 
(2) transforma a oração simples em subordinada adverbial causal. A alteração de “no 
meio” para “em meio” só retira o artigo definido da palavra meio, deixando-a mais 
indeterminada. A última alteração (4) transforma a oração simples numa subordinada 
adverbial causal, isto não altera a significação. Portanto esta é uma ótima paráfrase. 
Agora vamos examinar as alternativas para descobrirmos as impropriedades delas. 
 
A “b” altera de “crescimento perigosamente desequilibrado” para “povos 
perigosamente desequilibrados”, este procedimento altera totalmente o sentido. A 
“c” traz uma razão de impropriedade lexical para a não aceitação: o uso da 
expressão “em cujos” no lugar de “cujos”. 
 
Na letra “d” ocorre a transformação de “problemas do mundo de nossos netos...” 
para “problemas do mundo, e de nossos netos...” A transformação cria o “problema do 
mundo” e reduz o “problemas dos netos..” a uma situação de inclusão. Na última 
alternativa, letra “e”, a expressão “onde terão de ser alimentados e educados” torna-se 
referente aos netos. Em vez da população dos países pobres são eles (os netos e bisnetos) 
que serão alimentados por países que vivem perigosamente desequilibrados. 
 
Chegamos ao final de nossa revisão. Ficaram dúvidas? Não deixe de nos enviar 
suas perguntas, comentários e sugestões. Teremos grande prazer em respondê-los. 
 
 
Vocabulário 
 
Organizamos aqui uma pequena seleção de termos que podem auxiliar você na 
hora do estudo. Com certeza, não esgotamos a lista, mas aguardamos a sua sugestão 
para ampliá-la. Os conceitos ao lado são bastante resumidos, durante as aulas eles 
foram desenvolvidos com mais profundidade quer de forma teórica, quer através de 
exercícios. Aqui eles são apenas uma forma de você rememorar com facilidade. 
 
Aguardamos a sua contribuição para que o nosso vocabulário seja ampliado. 
 
 
 
Vocábulo Conceitos 
Ambiguidade É uma duplicidade de sentidos que pode ocorrer, tanto pelo emprego de 
palavras como pela construção da frase. Ex: Aquela mulher é uma gata. 
 
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 (linda ou traiçoeira?). Paulo saiu com João e seu irmão. (irmão de Paulo ou 
 João?) 
Anáfora Ocorre quando o termo que dá sentido à interpretação de uma frase 
 antecede-a. Ex. Pedro comprou um carro e João também. A palavra 
 “também” tem como referente a expressão “comprou um carro” que a 
 antecede na frase. 
Coesão lexical “É obtida pela reiteração de itens lexicais idênticos ou que possuem o 
 mesmo referente, Inclui-se aí, também, o uso de nomes genéricos. 
 (FÁVERO: 1999, p. 15) v. coesão referecial. 
Coesão São termos que são interpretados através do sentidode outro termo. O termo 
referencial é vazio de sentido, ele depende do outro para que possamos atribuir-lhe 
 sentido. Ex: Gosto de ler Erico Verissimo, ele é um grande escritor gaúcho. 
 Para ter o sentido de “ele” na segunda frase, necessito reportar-me a Erico 
 Verissimo na primeira frase. A coesão referencial pode ocorrer por 
 substituição ou reiteração. v. coesão lexical. 
Discurso “O discurso é a atualização de uma competência discursiva do falante, isto é, 
 de uma capacidade de estruturar discursos. (...) é no discurso que se 
 manifestam, com toda a plenitude, as coerções ideológicas que incidem 
 sobre a linguagem. (FIORIN: 1995, p. 79) 
Enunciação É o ato de produzir o enunciado. Para a produção de um texto, há 
 necessidade de reunir recursos linguísticos e conteúdos semânticos a fim de 
 elaborar uma “trama” (texto) que sustente a significação. Esta elaboração 
 linguística é conhecida como enunciação. 
Enunciado É o resultado de uma combinação linguística capaz de produzir sentido. O 
 enunciado é a própria manifestação da linguagem 
Escala Uma conclusão é construída pela concorrência de diversos argumentos. A 
argumentativa ordenação destes argumentos forma uma escala que pode ser ascendente ou 
 descendente, ou seja, do menor para o maior ou do maior para o menor, 
 respectivamente. 
Estrutura Considera-se estrutura semântica o conjunto de elementos e relações que são 
semântica empregados para a construção do sentido. A estrutura semântica é da campo 
 das idéias assim como a estrutura gramatical é do campo da organização da 
 linguagem na superfície da frase. 
Hiperonímia Ver hiponímia. 
Hiponímia Ocorre na relação entre dois termos quando um está contido no sentido do 
 outro que é mais genérico. Ex: gato é um hipônimo de mamíferos, assim 
 como mamíferos é um hipônimo de animais. A hiperonímia é o contrário, ou 
 seja, a relação pela qual um termo contém os demais. Ex: No sentido de 
 animais já está contida a idéia de mamíferos, assim como quando digo 
 mamíferos já incluo gatos. 
Implícito É o sentido associado a uma frase que depende da verificação da verdade 
 dessa frase para que possa ser considerado verdadeiro ou não. O implícito 
 não está na superfície da frase, mas no seu sentido. Ex: Maria saiu de carro. 
 Posso ter como implícito que Maria tem carteira de motorista, mas para que 
 esta inferência seja verdadeira eu preciso conferir como verdadeira que 
 Maria saiu dirigindo, pois ela poderia ter saído de carona ou dirigido sem 
 carteira. A inferência necessita de uma prova de verdade, é uma “armadilha” 
 em concursos públicos, cuidado! 
Intertexto É o conjunto de textos que mantêm relações de sentido entre si. Da relação 
 de um texto com o outro é que o sentido é construído. 
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Linguística Estudo das operações linguísticas, cognitivas e argumentativas reguladoras e 
textual controladoras dos processos de produção, constituição, funcionamento e 
 compreensão dos textos escritos ou orais. (FÁVERO: 1999, p. 98) 
Macroestrutura É a estrutura profunda do texto, ou seja, o seu nível de significação global. A 
do texto macroestrutura é a organização semântica do texto. v. microestrutura 
Microestrutura É a organização superficial da linguagem, abrange o nível das relações dos 
do texto termos e das frases entre si. A microestrutura tem como referente os 
 elementos linguísticos expressos no texto. v. macroestrutura 
Ocorrência Em linguagem, considera-se ocorrência a presença de um elemento 
 linguístico dentro da frase. Cada palavra ou procedimento gramatical é uma 
 ocorrência. Ex: Ele pediu meu livro e meu caderno. O possessivo “meu” tem 
 duas ocorrências nesta frase. Ler e escrever são ações de nosso cotidiano. 
 Temos duas ocorrências de “infinitivo” (ler e escrever) na frase. 
Paráfrase São versões de um mesmo sentido com estruturas linguísticas diferentes. Na 
 paráfrase há mudança da organização da frase, mas o sentido permanece o 
 mesmo (ou muito próximo). Ex: Maria recebeu as flores enviadas por João. 
 / As flores enviadas por João foram recebidas por Maria. 
Paralelismo O paralelismo é a repetição da estrutura da frase, ou seja, a organização dela 
 repete-se com outros termos e conteúdos. Ex: A esperança é a última que 
 morre, mas a morte é a última que chega. São duas frases com a mesma 
 estrutura sintática, com a substituição de alguns elementos lexicais, o 
 sentido, obviamente, é diferente também. 
Pressuposição Ver implícito 
Semântica É a parte da gramática encarregada de estudar as possibilidades 
 significativas que o texto apresenta. 
Texto A palavra texto designa um enunciado qualquer, oral ou escrito, longo ou 
 breve, antigo ou moderno. Concretiza-se, pois numa cadeia sintagmática de 
 extensão muito variável. (GUIMARÃES: 1997, p. 14) 
Textualidade Princípios que definem um conjunto de frases ou palavras como texto. A 
 textualidade é avaliação se frases (ou palavras) têm condições de coesão e 
 coerência para transmitir o sentido. 
 
 
Bibliografia Comentada 
 
A bibliografia, apresentada abaixo, é apenas uma orientação para o estudo. Foi 
 
elaborada sob alguns critérios: 
 
a. Foram incluídas apenas obras de fácil leitura (sem linguagem acadêmica) e que 
possam servir de consulta rápida. Excetuando dicionários e gramáticas, todas as obras 
são textos curtos de no máximo 100 páginas. 
 
b. O comentário, ao lado, não inclui todos os itens abordados nas obras, apenas indica as 
passagens que são de maior interesse para os concurseiros. Quem tiver o interesse 
despertado pelo assunto, pode ler o texto completo que terá grandes vantagens. 
 
 
 
 
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c. Dentre os gramáticos, indiquei, apenas, o Celso Cunha o que não quer dizer que não 
reconheça o valor de outros gramáticos como Cegalla, Bechara, Luft e outros, mas 
gramático é mais ou menos como benzedeira, cada um acredita numa! 
 
d. Quanto aos dicionários não podemos baixar a guarda. A Academia é quem decide 
sobre grafia, portanto..... 
 
e. Caso alguém tenha interesse em bibliografia mais especializada, é só mandar uma 
mensagem que terei prazer em atender. 
 
 Bibliografia Comentário 
ACADEMIA BRASILEIRA DE LETRAS. É um dicionário de referência. Está atualizado 
Dicionário Escolar da Língua Portuguesa. 2ª com o novo Acordo Ortográfico. 
Ed. São Paulo: Companhia Editora Nacional. 
2008. 
ACADEMIA BRASILEIRA DE LETRAS. É a referência para questões de grafia. Não é 
Vocabulário Orográfico da Língua dicionário. 
Portuguesa. 5ª Ed. São Paulo: Global. 2009. 
BECHARA, Evanildo. O que muda com o Bechara é autor de referência em grafia no 
novo acordo ortográfico. Rio de Janeiro: Brasil. É uma obra importante para quem 
Nova Fronteira. 2008. deseja atualização. 
BOAVENTURA, Edivaldo. Como ordenar as É uma obra que aborda com clareza as partes 
idéias. 3ª Ed. São Paulo: Ática. 1999. do texto: introdução, desenvolvimento e 
 conclusão. 
CEGALLA, Dicionário de dificuldades da Excelente dicionário para consulta rápida 
Língua Portuguesa. Rio de Janeiro: Lexikon sobre algumas dificuldades de linguagem. 
& Porto Alegre: LPM. 2007. 
CITELLI, Adilson. Linguagem e persuasão. Excelente texto sobre argumentação. No 
7ª Ed. São Paulo: Ática, 1993. primeiro capítulo há um ótimo estudo sobre 
 metáfora e metonímia. O capítulo 5 faz um 
 bom estudo sobre a persuasão. 
 
CITELLI, Adilson. O texto argumentativo. Ótimo texto, principalmente sobre
SãoPaulo: Scipione. 1994. argumentação, pressupostos, coesão e
 coerência. 
COSTA VAL, Maria da Graça. Redação e Os dois primeiros capítulos são teóricos e 
textualidade. 2ª Ed. São Paulo: Martins abordam texto e textualidade. É uma boa 
Fontes. 1999. leitura. Os outros capítulos são aplicações que 
 não apresentam interesse a concurseiros. 
CUNHA, Celso & CINTRA, Lindley. Nova Edição atualizada com o novo acordo. É uma 
gramática do português contemporâneo. 5º gramática tradicional, com explicações claras 
Ed. Rio de Janeiro: Lexikon, 2008. que permitem o aluno estudar sozinho. 
FÁVERO, Leonor Lopes. Coesão e coerência Obra fundamental sobre coerência e coesão. 
textuais. 6ª Ed. São Paulo: Ática. 1999. 
FIORIN, José Luiz. Linguagem e ideologia. É uma obra excelente para quem pretende 
7ª Ed. São Paulo: Ática. 1995. iniciar estudo sobre as relações entre 
 linguagem e ideologia. 
GUIMARÃES, Elisa. A articulação do texto. Aborda muito bem e de forma clara a
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CURSO ON-LINE – INTERPRETAÇÃO DE TEXTO – ESAF 
 
PROFESSOR: ODIOMBAR RODRIGUES 
 
5ª Ed. São Paulo: Ática, 1997. articulação do texto, tanto os elementos 
 temáticos como os estruturais. 
ILARI, Rodolfo e GERALDI, João Obra muito elucidativa sobre questões de 
Wanderley. Semântica. 5ª Ed. São Paulo: significação. 
Ática, 1992. 
KOCH, Ingedore G. Villaça. Argumentação e Uma obra clássica da linguística de texto no 
linguagem. 2ª Ed. São Paulo: Cortez, 1987. Brasil. Excelente capítulo sobre as marcas 
 linguísticas da argumentação. 
KOCH, Ingedore G. Villaça. Desvendando o Obra fundamental para o estudo da referência 
texto. 5ª Ed. São Paulo: Cortez, 2006. e da articulação do texto. 
MARCUSCHI, Luiz Antônio. Análise da É um texto fundamental para o estudo do 
conversação. São Paulo: Ática. 1986. registro da linguagem oral e sua passagem 
 para a escrita. 
ORLANDI, Eni. A linguagem e seu É um estudo clássico sobre a estrutura da 
funcionamento. São Paulo: Brasiliense, 1983. linguagem, enfocando o seu funcionamento 
 através da tipologia de texto. 
 
 
 
 
 
 
Conclusão 
 
Como o curso é em EAD, os vínculos parecem mais tênues, a solidão parece 
ter sido a companheira constante, mas na verdade o convívio foi intenso, a troca de 
mensagens estabeleceu parceria e o grupo surgiu como por encanto na tela do 
computador. Agora estamos encerrando, não será motivo de tristeza, mas de 
alegria pelo projeto realizado, pelas novas amizades e pelas contribuições que cada 
um pode socializar no grupo. 
 
Ao findar este curso, cada um toma um rumo próprio, mas espero que 
ninguém seja egoísta a ponto de esquecer o convívio deste tempo. Espero continuar 
recebendo informações de cada um, continuar participando dos projetos pessoais 
de todos e estreitando a amizade aqui iniciada. No momento em que tiverem a 
felicidade de passar num concurso, espero ser merecedor de partilhar desta 
alegria, mas se tal alegria tiver que ser protelada, estarei, aqui, disposto a ouvi-los 
e pronto para colaborar em novos projetos. O velho refrão deve ser repetido como 
mantra: Não se estuda para passar, mas até passar. 
 
 A minha relação com o Ponto dos Concursos deve se prolongar, de minha parte,
por muito mais tempo, pois foi muito gratificante trabalhar com esta equipe de
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PROFESSOR: ODIOMBAR RODRIGUES 
 
 
profissionais competentes e atenciosos. Acredito que este mesmo curso deva 
retornar com algumas adaptações a fim de atender especificamente concurseiros 
que enfrentarão outras bancas. Em breve, deverei lançar outro curso, na área de 
gramática, baseado na mesma metodologia, ou seja, exercício/teoria/exercício. 
 
Na parte aberta do site do Ponto dos Concursos, continuarei postando artigos e 
espero tê-los como leitores e colaboradores. Enviem sugestões de assuntos, façam suas 
críticas e contem suas experiências, tudo é importante para as nossas conversações. 
 
Para aqueles que tiverem interesse em continuar mantendo contado, deixo o 
meu e-mail partícula: odiombar@yahoo.com.br e no momento em que chegarem a 
estes pagos, não deixem de oportunizar um encontro a fim de que a amizade 
virtual possa se transformar num encontro real. 
 
Muito estudo a todos, pois “sorte” socorre os 
esforçados. A cada um e a todos de suas famílias e 
amigos. Felicidades! 
 
Odiombar Rodrigues 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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