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1 
OAB DESCOMPLICADA 
 
DIREITO EMPRESARIAL 
Teoria Geral do Direito Empresarial 
1) OAB/FGV – Exame de Ordem Unificado XXVII – 2018 
Roberto desligou-se de seu emprego e decidiu investir na construção 
de uma hospedagem do tipo pousada no terreno que possuía em Matinhos. 
Roberto contratou um arquiteto para mobiliar a pousada, fez cursos de hotelaria 
e, com os ensinamentos recebidos, contratou empregados e os treinou. Ele 
também contratou um desenvolvedor de sites de Internet e um profissional de 
marketing para divulgar sua pousada. 
Desde então, Roberto dedica-se exclusivamente à pousada, e os 
resultados são promissores. A pousada está sempre cheia de hóspedes, 
renovando suas estratégias de fidelização; em breve, será ampliada em sua 
capacidade. 
Considerando a descrição da atividade econômica explorada por 
Roberto, assinale a afirmativa correta. 
a) A atividade não pode ser considerada empresa em razão da falta tanto de 
profissionalismo de seu titular quanto de produção de bens. 
b) A atividade não pode ser considerada empresa em razão de a prestação de 
serviços não ser um ato de empresa. 
c) A atividade pode ser considerada empresa, mas seu titular somente será 
empresário a partir do registro na Junta Comercial. 
d) A atividade pode ser considerada empresa e seu titular, empresário, 
independentemente de registro na Junta Comercial. 
 
COMENTÁRIOS: 
A resposta da questão fundamenta-se nos Artigos 966 e 967 do Código Civil: 
Art. 966. Considera-se empresário quem exerce profissionalmente 
atividade econômica organizada para a produção ou a circulação de 
bens ou de serviços. 
Parágrafo único. Não se considera empresário quem exerce profissão 
intelectual, de natureza científica, literária ou artística, ainda com o 
concurso de auxiliares ou colaboradores, salvo se o exercício da 
profissão constituir elemento de empresa. 
Art. 967. É obrigatória a inscrição do empresário no Registro Público 
de Empresas Mercantis da respectiva sede, antes do início de sua 
atividade. 
Nesse sentido, a questão deixa muito claro que a atividade é organizada 
para a produção ou circulação de bens e serviços. Assim, trata-se de empresa, e, ainda 
 
 2 
OAB DESCOMPLICADA 
que não esteja regularizada na Junta Comercial, Roberto é considerado empresário (no 
caso, irregular). 
VÍDEO AULA INDICADA 
Empresa vs Empresário – Trilhante 
https://www.youtube.com/watch?v=QllqTzAK5qE 
 
GABARITO: ALTERNATIVA D 
 
 
2) OAB/FGV – Exame de Ordem Unificado XXIX – 2019 
Álvares Florence tem um filho relativamente incapaz e consulta você, 
como advogado(a), para saber da possibilidade de transferir para o filho parte das 
quotas que possui na sociedade empresária Redenção da Serra Alimentos Ltda., 
cujo capital social se encontra integralizado. 
Apoiado na disposição do Código Civil sobre o assunto, você 
respondeu que 
a) é permitido o ingresso do relativamente incapaz na sociedade, bastando que 
esteja assistido por seu pai no instrumento de alteração contratual. 
b) não é permitida a participação de menor, absoluta ou relativamente incapaz, em 
sociedade, exceto nos tipos de sociedades por ações. 
c) não é permitida a participação de incapaz em sociedade, mesmo que esteja 
representado ou assistido, salvo se a transmissão das quotas se der em razão 
de sucessão causa mortis. 
d) é permitido o ingresso do relativamente incapaz na sociedade, desde que esteja 
assistido no instrumento de alteração contratual, devendo constar a vedação do 
exercício da administração da sociedade por ele. 
 
COMENTÁRIOS: 
O incapaz pode ingressar na sociedade, desde que esteja assistido no 
instrumento de alteração contratual. Além disso, ele não poderá exercer o cargo de 
administração da sociedade. Isso se encontra disposto no Artigo 974 do Código Civil: 
Art. 974. Poderá o incapaz, por meio de representante ou devidamente 
assistido, continuar a empresa antes exercida por ele enquanto capaz, 
por seus pais ou pelo autor de herança. 
 
§ 1 Nos casos deste artigo, precederá autorização judicial, após exame 
das circunstâncias e dos riscos da empresa, bem como da 
conveniência em continuá-la, podendo a autorização ser revogada pelo 
juiz, ouvidos os pais, tutores ou representantes legais do menor ou do 
interdito, sem prejuízo dos direitos adquiridos por terceiros. 
 
§ 2 Não ficam sujeitos ao resultado da empresa os bens que o incapaz 
já possuía, ao tempo da sucessão ou da interdição, desde que 
estranhos ao acervo daquela, devendo tais fatos constar do alvará que 
conceder a autorização. 
 
 
 3 
OAB DESCOMPLICADA 
§ 3 O Registro Público de Empresas Mercantis a cargo das Juntas 
Comerciais deverá registrar contratos ou alterações contratuais 
de sociedade que envolva sócio incapaz, desde que atendidos, de 
forma conjunta, os seguintes pressupostos: 
 
I – o sócio incapaz não pode exercer a administração da 
sociedade; 
 
II – o capital social deve ser totalmente integralizado; 
 
III – o sócio relativamente incapaz deve ser assistido e o absolutamente 
incapaz deve ser representado por seus representantes legais. 
 
GABARITO; ALTERNATIVA D 
 
3) OAB/FGV – Exame de Ordem Unificado XXIX – 2019 
Luzia Betim pretende iniciar uma sociedade empresária em nome 
próprio. Para tanto, procura assessoria jurídica quanto à necessidade de inscrição 
no Registro Empresarial para regularidade de exercício da empresa. 
Na condição de consultor(a), você responderá que a inscrição do 
empresário individual é 
a) dispensada até o primeiro ano de início da atividade, sendo obrigatória a partir 
de então. 
b) obrigatória antes do início da atividade. 
c) dispensada, caso haja opção pelo enquadramento como microempreendedor 
individual. 
d) obrigatória, se não houver enquadramento como microempresa ou empresa de 
pequeno porte. 
 
COMENTÁRIOS: 
O Artigo 967 do Código Civil assim prevê: 
Art. 967. É obrigatória a inscrição do empresário no Registro Público 
de Empresas Mercantis da respectiva sede, antes do início de sua 
atividade. 
 
Como se vê, a inscrição é obrigatória antes do início da atividade. Assim, se 
não se inscrever, você continuará sendo empresário, mas empresário irregular. 
A exceção que encontramos é a do empresário rural, que tem inscrição 
facultativa, nos termos do Artigo 971 do Código Civil: 
Art. 971. O empresário, cuja atividade rural constitua sua principal 
profissão, pode, observadas as formalidades de que tratam o art. 968 e 
seus parágrafos, requerer inscrição no Registro Público de Empresas 
Mercantis da respectiva sede, caso em que, depois de inscrito, ficará 
equiparado, para todos os efeitos, ao empresário sujeito a registro. 
 
 4 
OAB DESCOMPLICADA 
 
Como não é o exemplo do caso, a alternativa B está correta. 
GABARITO: ALTERNATIVA B 
 
4) OAB/FGV – Exame de Ordem Unificado XXXI – 2020 
As sociedades empresárias Y e J celebraram contrato tendo por objeto 
a alienação do estabelecimento da primeira, situado em Antônio Dias/MG. Na data 
da assinatura do contrato, dentre outros débitos regularmente contabilizados, 
constava uma nota promissória vencida havia três meses no valor de R$ 25.000,00 
(vinte e cinco mil reais). O contrato não tem nenhuma cláusula quanto à existência 
de solidariedade entre as partes, tanto pelos débitos vencidos quanto pelos 
vincendos. 
Sabendo-se que, em 15/10/2018, após averbação na Junta Comercial 
competente, houve publicação do contrato na imprensa oficial e, tomando por 
base comparativa o dia 15/01/2020, o alienante 
a) responderá pelo débito vencido com o adquirente por não terem decorrido cinco 
anos da publicação do contrato na imprensa oficial. 
b) não responderá pelo débito vencido com o adquirente em razão de não ter sido 
estipulada tal solidariedade no contrato. 
c) responderá pelo débito vencido com o adquirente até a ocorrência da prescrição 
relativa à cobrança da nota promissória. 
d) não responderá pelo débito vencido com o adquirente diante do decursode mais 
de 1 (um) ano da publicação do contrato na imprensa oficial. 
 
COMENTÁRIOS: 
Assim prevê o Artigo 1.146 do Código Civil: 
Art. 1.146. O adquirente do estabelecimento responde pelo pagamento 
dos débitos anteriores à transferência, desde que regularmente 
contabilizados, continuando o devedor primitivo solidariamente 
obrigado pelo prazo de um ano, a partir, quanto aos créditos 
vencidos, da publicação, e, quanto aos outros, da data do 
vencimento. 
 
Gabarito: Alternativa D 
 
Títulos de Crédito 
5) OAB/FGV – Exame de Ordem Unificado XXVII – 2018 
 
 5 
OAB DESCOMPLICADA 
Resende & Piraí Ltda. sacou duplicata de serviço em face de Italva 
Louças e Metais S/A, que a aceitou. Antes do vencimento, o título foi endossado 
para Walter. Há um aval em preto no título dado por Casimiro Cantagalo em favor 
do sacador. Após o vencimento, ocorrido em 11 de setembro de 2018, a duplicata 
foi levada a protesto por falta de pagamento, em 28 de setembro do mesmo ano. 
Com base nas informações dadas, assinale a opção que indica contra 
quem Walter, endossatário da duplicata, poderá promover a ação de execução. 
a) Italva Louças e Metais S/A, exclusivamente, em razão da perda do direito de 
ação em face dos coobrigados pela apresentação da duplicata a protesto por 
falta de pagamento além do prazo de 1 (um) dia útil após o vencimento. 
b) Resende & Piraí Ltda. e Casimiro Cantagalo, somente, pois a duplicata foi 
apresentada a protesto tempestivamente, assegurando o portador seu direito de 
ação em face dos coobrigados, mas não em face do aceitante. 
c) Resende & Piraí Ltda. e Italva Louças e Metais S/A, somente, em razão da perda 
do direito de ação em face do avalista pela apresentação da duplicata a protesto 
por falta de pagamento além do prazo de 1 (um) dia útil após o vencimento. 
d) Resende & Piraí Ltda., Italva Louças e Metais S/A e Casimiro Cantagalo, pois a 
duplicata foi apresentada a protesto tempestivamente, assegurando o portador 
seu direito de ação em face dos coobrigados e do aceitante. 
 
COMENTÁRIOS: 
A fundamentação para resposta está no Artigo 13, parágrafo 4º da Lei 
5.474/68, que diz: 
Art. 13. A duplicata é protestável por falta de aceite de devolução ou 
pagamento. § 4º O portador que não tirar o protesto da duplicata, em 
forma regular e dentro do prazo da 30 (trinta) dias, contado da data de 
seu vencimento, perderá o direito de regresso contra os endossantes 
e respectivos avalistas. 
 
Para saber mais sobre títulos de crédito (matéria importantíssima para 
OAB), leia o artigo do âmbito-jurídico1 e veja a vídeo aula do trilhante2 disponibilizados 
abaixo. 
GABARITO: ALTERNATIVA D 
 
6) OAB/FGV – Exame de Ordem Unificado XXVIII – 2019 
Inocência adquiriu um aparelho de jantar para sua nova residência em 
uma loja de artigos domésticos. A vendedora, sociedade limitada empresária, 
recebeu um cheque cruzado emitido pela compradora e, se comprometeu, a não 
o apresentar ao sacado antes de 10 de janeiro de 2019. Em 13 de dezembro de 
 
1 Disponível em http://www.ambito-
juridico.com.br/site/?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=18460&revista_caderno=8 acesso em 20/05/2019 
2 Disponível em https://www.youtube.com/watch?v=DP0U-pDh1FA acesso em 20/05/2019 
 
 6 
OAB DESCOMPLICADA 
2018, exatamente uma semana após a compra, Inocência verificou, no extrato de 
sua conta-corrente bancária, que o cheque em referência havia sido apresentado 
a pagamento e devolvido por insuficiência de fundos, em decorrência da 
apresentação antecipada ao sacado. 
Sobre a apresentação de cheque pós-datado antes da data indicada 
como sendo a de emissão, com base na jurisprudência pacificada, assinale a 
afirmativa correta. 
a) Caracteriza dano moral. 
b) Não pode ensejar qualquer indenização ao emitente. 
c) Pode ensejar apenas dano material. 
d) Pode ensejar indenização apenas se o cheque não estiver cruzado. 
 
COMENTÁRIOS: 
A justificativa se encontra na Súmula 370 do STJ, que assim dispõe: 
Caracteriza dano moral a apresentação antecipada de cheque pré-datado . Rel. Min. 
Fernando Gonçalves, em 16/2/2009. 
Mas veja, pessoal, que o próprio STJ já relativizou a súmula nos casos em 
que houve a compensação do cheque pré-datado em que havia provisão de fundo, fato 
que não gerou qualquer dano moral ao devedor. 
 
ARTIGO INDICADO 
https://www.conjur.com.br/2013-nov-04/apresentacao-antecipada-cheque-pre-datado-
nao-gera-dano-moral 
 
GABARITO: ALTERNATIVA A 
 
 
7) OAB/FGV – Exame de Ordem Unificado XXVIII – 2019 
Filadélfia emitiu nota promissória à vista em favor de Palmas. Antes da 
apresentação a pagamento, Palmas realizou endosso-mandato da cártula para 
Sampaio. 
De posse do título, é correto afirmar que Sampaio: 
a) poderá exercer todos os direitos inerentes ao título, inclusive realizar novo 
endosso sem as restrições daquele realizado em cobrança. 
b) poderá transferir o título na condição de procurador da endossante ou realizar 
endosso em garantia (endosso pignoratício). 
c) somente poderá transferir a nota promissória, por meio de novo endosso, na 
condição de procurador da endossante. 
d) não poderá realizar qualquer endosso do título, pois caso o faça será 
considerado como parcial, logo nulo. 
 
 7 
OAB DESCOMPLICADA 
 
COMENTÁRIOS: 
A fundamentação da resposta se encontra no Artigo 18 do Decreto 
57.663/66 que diz: 
 
Quando o endosso contém a menção "valor a cobrar" (valeur en 
recouvrement), "para cobrança" (pour encaissement), "por procuração" 
(par procuration), ou qualquer outra menção que implique um simples 
mandato, o portador pode exercer todos os direitos emergentes da 
letra, mas só pode endossá-la na qualidade de procurador. 
 
 
VÍDEO AULAS INDICADAS 
Título de crédito – Trilhante 
https://www.youtube.com/watch?v=DP0U-pDh1FA 
 
Aval, nota promissória e outorga conjugal – Trilhante 
https://www.youtube.com/watch?v=XIFAxHzYFLE 
 
ARTIGO INDICADOS 
Requisitos formais da nota promissória – Âmbito Jurídico 
http://ambito-
juridico.com.br/site/?n_link=visualiza_noticia&id_caderno=20&id_noticia=112326 
 
A lei uniforme de Genebra – Âmbito Jurídico 
http://ambitojuridico.com.br/site/?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=6548&revista
_caderno=8 
 
GABARITO: ALTERNATIVA C 
 
 
8) OAB/FGV – Exame de Ordem Unificado XXIX – 2019 
André de Barros foi desapossado de nota promissória com vencimento 
à vista no valor de R$ 34.000,00 (trinta e quatro mil reais), pagável em Lagoa 
Vermelha/RS, que lhe foi endossada em branco pela sociedade empresária 
Arvorezinha Materiais de Limpeza Ltda. 
Em relação aos direitos cambiários decorrentes da nota promissória, 
assinale a afirmativa correta. 
a) A sociedade empresária endossante ficará desonerada se o título não for 
restituído a André de Barros no prazo de 30 (trinta) dias da data do 
desapossamento. 
b) André de Barros poderá obter a anulação do título desapossado e um novo título 
em juízo, bem como impedir que seu valor seja pago a outrem. 
c) A sociedade empresária endossante não poderá opor ao portador atual exceção 
fundada em direito pessoal ou em nulidade de sua obrigação. 
 
 8 
OAB DESCOMPLICADA 
d) O subscritor da nota promissória ficará desonerado perante o portador atual se 
provar que o título foi desapossado de André de Barros involuntariamente. 
 
COMENTÁRIOS: 
A questão está dizendo que André estava na posse de promissória, que, por 
ter sido endossado em branco, se tornou uma nota promissória ao portador, que é o 
legítimo detentor do título. 
A empresa Arvorezinha a endossou, não sendo, portanto, a devedora 
principal. O devedor principal da nota passou para a Arvorezinha e, ela, endossou em 
branco para o André de Barros, que, por sua vez, foi desapossado (não está mais na 
posse). 
O Artigo 909 do Código Civil assim prevê: 
Art. 909. O proprietário, que perder ou extraviar título, ou for 
injustamente desapossado dele, poderá obter novo título em juízo, bem 
como impedir sejam pagos a outrem capital e rendimentos. 
Parágrafo único. Opagamento, feito antes de ter ciência da ação 
referida neste artigo, exonera o devedor, salvo se se provar que ele 
tinha conhecimento do fato. 
 
Nesse sentido, a alternativa “B” está correta. 
GABARITO: ALTERNATIVA B 
 
 
Direito Societário 
9) OAB/FGV – Exame de Ordem Unificado XXVIII – 2019 
Felipe Guerra, de nacionalidade portuguesa, residente em Maceió/AL, 
foi eleito diretor da Companhia Mangue do Porto Empreendimentos Imobiliários. 
Sabe-se que a referida companhia tem sede em Florânia/RN; que ela 
não tem Conselho de Administração e que Felipe Guerra não é seu acionista. 
Com base nessas informações, avalie a eleição de Felipe Guerra e 
assinale a afirmativa correta. 
a) Não foi regular, em razão de não ter a qualidade de acionista da companhia. 
b) Foi regular, ainda que seu domicílio seja em Estado diverso daquele da sede da 
companhia. 
c) Não foi regular, em razão de sua nacionalidade. 
d) Foi regular, diante da ausência de Conselho de Administração; do contrário, 
seria irregular. 
 
 9 
OAB DESCOMPLICADA 
 
COMENTÁRIOS: 
A fundamentação se encontra no Artigo 146 da Lei 6.404/76, que trata sobre 
as sociedades por ações: 
Art. 146. Poderão ser eleitas para membros dos órgãos de 
administração pessoas naturais, devendo os diretores ser 
residentes no País. 
§ 1 A ata da assembléia-geral ou da reunião do conselho de 
administração que eleger administradores deverá conter a qualificação 
e o prazo de gestão de cada um dos eleitos, devendo ser arquivada no 
registro do comércio e publicada. 
§ 2 A posse do conselheiro residente ou domiciliado no exterior fica 
condicionada à constituição de representante residente no País, com 
poderes para receber citação em ações contra ele propostas com base 
na legislação societária, mediante procuração com prazo de validade 
que deverá estender-se por, no mínimo, 3 (três) anos após o término 
do prazo de gestão do conselheiro. 
 
GABARITO: ALTERNATIVA B 
 
 
10) OAB/FGV – Exame de Ordem Unificado XXVII – 2018 
Dirce Reis trabalha como advogada e presta apoio jurídico aos 
empreendedores da cidade de São Francisco interessados na constituição de 
sociedades cooperativas. Um grupo de prestadores de serviços procurou a 
consultora para receber informações sobre o funcionamento de uma cooperativa. 
Sobre as regras básicas de funcionamento de uma cooperativa, 
assinale a afirmativa correta. 
a) O estatuto da cooperativa deve ser aprovado previamente pela Junta Comercial 
do Estado da Federação onde estiver a sede, sendo arquivado no Registro Civil 
de Pessoas Jurídicas. 
b) Na sociedade cooperativa, cada sócio tem direito a um só voto nas deliberações 
sociais, tenha ou não capital a sociedade, e qualquer que seja o valor de sua 
participação. 
c) A responsabilidade dos sócios de uma cooperativa é sempre limitada ao valor 
do capital social, mas todos respondem solidária e ilimitadamente pela sua 
integralização. 
d) Sob pena de nulidade, o capital social da cooperativa deverá ser igual ou 
superior a 100 salários mínimos, que também será variável durante toda sua 
existência. 
 
 10 
OAB DESCOMPLICADA 
 
COMENTÁRIOS: 
A resposta correta da questão fundamenta-se no Artigo 1.904, VI do Código 
Civil, que diz: 
Art. 1.094. São características da sociedade cooperativa: VI - direito de 
cada sócio a um só voto nas deliberações, tenha ou não capital a 
sociedade, e qualquer que seja o valor de sua participação; 
 
Ademais, a alternativa “C” está incorreta, haja vista que dos sócios pode ser 
limitada OU ilimitada, conforme determina o Artigo 1.905 do Código Civil: 
Art. 1.095. Na sociedade cooperativa, a responsabilidade dos sócios 
pode ser limitada ou ilimitada. 
§ 1o É limitada a responsabilidade na cooperativa em que o sócio 
responde somente pelo valor de suas quotas e pelo prejuízo verificado 
nas operações sociais, guardada a proporção de sua participação nas 
mesmas operações. 
§ 2o É ilimitada a responsabilidade na cooperativa em que o sócio 
responde solidária e ilimitadamente pelas obrigações sociais. 
 
A alternativa “D” também está incorreta em virtude do Art. 1.904, I do CC: 
Art. 1.094. São características da sociedade cooperativa: I - 
variabilidade, ou dispensa do capital social; 
 
E, para finalizar, a alternativa “A” também está incorreta, haja vista a 
disposição legal do Artigo 18, parágrafo 6º da Lei 5.764/71, que diz: 
Art. 18. Verificada, no prazo máximo de 60 (sessenta) dias, a contar da 
data de entrada em seu protocolo, pelo respectivo órgão executivo 
federal de controle ou órgão local para isso credenciado, a existência 
de condições de funcionamento da cooperativa em constituição, bem 
como a regularidade da documentação apresentada, o órgão 
controlador devolverá, devidamente autenticadas, 2 (duas) vias à 
cooperativa, acompanhadas de documento dirigido à Junta Comercial 
do Estado, onde a entidade estiver sediada, comunicando a aprovação 
do ato constitutivo da requerente. 
 § 6º Arquivados os documentos na Junta Comercial e feita a respectiva publicação, a 
cooperativa adquire personalidade jurídica, tornando-se apta a funcionar. 
 
VÍDEO AULA INDICADA 
Tipos societários – Trilhante 
https://www.youtube.com/watch?v=jmjyLXlftZQ 
 
 11 
OAB DESCOMPLICADA 
 
GABARITO: ALTERNATIVA B 
 
 
11) OAB/FGV – Exame de Ordem Unificado XXXI – 2020 
No contrato da sociedade empresária Arealva Calçados Finos Ltda., 
não consta cláusula de regência supletiva pelas disposições de outro tipo 
societário. Ademais, tanto no contrato social quanto nas disposições legais 
relativas ao tipo adotado pela sociedade não há norma regulando a sucessão por 
morte de sócio. 
Diante da situação narrada, assinale a afirmativa correta. 
a) Haverá resolução da sociedade em relação ao sócio em caso de morte. 
b) Haverá transmissão causa mortis da quota social. 
c) Caberá aos sócios remanescentes regular a substituição do sócio falecido. 
d) Os sócios serão obrigados a incluir, no contrato, cláusula dispondo sobre a 
sucessão por morte de sócio. 
 
COMENTÁRIOS: 
Em virtude do contrato não prever de forma diversa, haverá resolução da 
sociedade em relação ao sócio que morreu: 
 
Art. 1.028. No caso de morte de sócio, liquidar-se-á sua quota, salvo: 
 
I - se o contrato dispuser diferentemente; 
 
II - se os sócios remanescentes optarem pela dissolução da sociedade; 
 
III - se, por acordo com os herdeiros, regular-se a substituição do sócio 
falecido. 
 
 
Gabarito: Alternativa A 
 
 
12) OAB/FGV – Exame de Ordem Unificado XXXI – 2020 
Anadia e Deodoro são condôminos de uma quota de sociedade 
limitada no valor de R$ 13.000,00 (treze mil reais). Nem a quota nem o capital da 
sociedade – fixado em R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais) – se encontram 
integralizados. 
Você é consultado(a), como advogado(a), sobre a possibilidade de a 
sociedade demandar os condôminos para que integralizem a referida quota. 
Assinale a opção que apresenta a resposta correta. 
 
 12 
OAB DESCOMPLICADA 
a) Eles são obrigados à integralização apenas a partir da decretação de falência da 
sociedade. 
b) Eles não são obrigados à integralização, pelo fato de serem condôminos de 
quota indivisa. 
c) Eles são obrigados à integralização, porque todos os sócios, mesmo os 
condôminos, devem integralizar o capital. 
d) Eles não são obrigados à integralização, porque o capital da sociedade é inferior 
a 100 salários mínimos. 
 
COMENTÁRIOS: 
Assim preveem os Artigos 1.052 e 1.056 do Código Civil: 
 
Art. 1.052. Na sociedade limitada, a responsabilidade de cada sócio é 
restrita ao valor de suas quotas, mas todos respondem solidariamente 
pela integralização do capital social. 
 
§ 1º A sociedade limitada pode ser constituída por 1 (uma) ou mais 
pessoas. (Incluído pela Lei nº 13.874, de 2019) 
 
§ 2º Se for unipessoal, aplicar-se-ão ao documento de constituição do 
sócio único, no que couber, as disposições sobre o contrato social. 
(Incluído pela Lei nº13.874, de 2019) 
 
Art. 1.056. A quota é indivisível em relação à sociedade, salvo para 
efeito de transferência, caso em que se observará o disposto no artigo 
seguinte. 
 
§ 1º No caso de condomínio de quota, os direitos a ela inerentes 
somente podem ser exercidos pelo condômino representante, ou pelo 
inventariante do espólio de sócio falecido. 
 
§ 2º Sem prejuízo do disposto no art. 1.052, os condôminos de quota 
indivisa respondem solidariamente pelas prestações necessárias à sua 
integralização. 
 
 
Gabarito: Alternativa C 
 
Falência e Recuperação de Empresas 
13) OAB/FGV – Exame de Ordem Unificado XXVIII – 2019 
Jacinto Almenara EIRELI teve um bem de sua propriedade arrecadado 
pelo administrador judicial na falência de Rubim & Divisa Ltda., mas foi informado 
que o referido bem já tinha sido alienado pela massa. 
Ciente dessa circunstância, o(a) advogado(a) da EIRELI 
 
 13 
OAB DESCOMPLICADA 
a) não poderá pleitear a restituição do bem nem receber o preço da venda em razão 
de já ter sido alienado pela massa falida. 
b) deverá habilitar o crédito no processo de falência, com a classificação de 
quirografário, diante da impossibilidade de sua restituição in natura. 
c) poderá pleitear a restituição em dinheiro, recebendo o preço obtido com a venda 
do bem arrecadado, devidamente atualizado. 
d) deverá ajuizar ação revocatória para obter indenização da massa falida pela 
venda ilegal do bem arrecadado, que deveria lhe ter sido restituído. 
 
COMENTÁRIOS: 
Jacinto é um terceiro, não falido, que teve um bem que estava na posse da 
Rubim, essa sim teve a falência decretada. 
Quando um patrimônio de terceiro está na posse da empresa que vai à 
falência, muito provavelmente o administrador judicial o arrecadará, porque a Lei de 
Falência determina que o Administrador arrecade tudo que estiver na posse do falido. 
É exatamente nesses termos que surgem os pedidos de restituição. 
Os artigos 85 e 85 da Lei 11.101/2005 determinam: 
Art. 85. O proprietário de bem arrecadado no processo de falência ou 
que se encontre em poder do devedor na data da decretação da 
falência poderá pedir sua restituição. 
Parágrafo único. Também pode ser pedida a restituição de coisa 
vendida a crédito e entregue ao devedor nos 15 (quinze) dias 
anteriores ao requerimento de sua falência, se ainda não alienada. 
Art. 86. Proceder-se-á à restituição em dinheiro: 
I – se a coisa não mais existir ao tempo do pedido de restituição, 
hipótese em que o requerente receberá o valor da avaliação do bem, 
ou, no caso de ter ocorrido sua venda, o respectivo preço, em ambos 
os casos no valor atualizado; 
II – da importância entregue ao devedor, em moeda corrente nacional, 
decorrente de adiantamento a contrato de câmbio para exportação, na 
forma do art. 75, §§ 3º e 4º , da Lei nº 4.728, de 14 de julho de 
1965, desde que o prazo total da operação, inclusive eventuais 
prorrogações, não exceda o previsto nas normas específicas da 
autoridade competente; 
III – dos valores entregues ao devedor pelo contratante de boa-fé na 
hipótese de revogação ou ineficácia do contrato, conforme disposto no 
art. 136 desta Lei. 
 
Nesse sentido, correta a letra “C”. 
 
 
 14 
OAB DESCOMPLICADA 
GABARITO: ALTERNATIVA C 
 
14) OAB/FGV – Exame de Ordem Unificado XXVIII – 2019 
Indústria de Celulose Três Rios Ltda. requereu homologação de plano 
de recuperação extrajudicial no lugar do seu principal estabelecimento. No plano 
de recuperação apresentado há um crédito quirografário em moeda estrangeira, 
com pagamento segundo a variação cambial do euro. Foi prevista ainda pelo 
devedor a supressão da variação cambial pela substituição da moeda euro pelo 
real. O plano foi aprovado por credores que titularizam mais de três quintos dos 
créditos de cada classe, mas Licínio, o credor titular deste crédito, não o assinou. 
De acordo com as disposições legais para homologação da 
recuperação extrajudicial, assinale a afirmativa correta. 
a) O plano pode ser homologado porque, mesmo sem a assinatura de Licínio, 
houve aprovação por credores que titularizam mais de três quintos dos créditos 
de cada classe. 
b) O plano não pode ser homologado porque, diante da supressão da variação 
cambial, o credor Licínio pode vetar sua aprovação, qualquer que seja o quórum 
de aprovação. 
c) O plano pode ser homologado porque o consentimento expresso de Licínio só é 
exigido para os créditos com garantia real, não se aplicando a exigência aos 
créditos quirografários. 
d) O plano não pode ser homologado por não ter atingido o quórum mínimo de 
aprovação, independentemente da supressão da cláusula de variação cambial. 
 
COMENTÁRIOS: 
A recuperação judicial ocorre quando a empresa “chama” os credores para 
organizar o pagamento de seus débitos para tentar sair de eventual crise. 
Esse plano é feito extrajudicial. Se todos os credores acórdão o plano, não 
é necessária homologação judicial. Quando houve credores que não concordaram com 
o plano, pode-se pensar em uma homologação para “forçar” todos a ficarem sujeito a 
eles. Essa homologação está prevista no Art. 163 da Lei 11.101/2005 (Lei de Falência 
e Recuperação Judicial): 
Art. 163. O devedor poderá, também, requerer a homologação de plano 
de recuperação extrajudicial que obriga a todos os credores por ele 
abrangidos, desde que assinado por credores que representem mais 
de 3/5 (três quintos) de todos os créditos de cada espécie por ele 
abrangidos. 
 
Uma das exceções está no parágrafo 5º: 
 
 15 
OAB DESCOMPLICADA 
§ 5º Nos créditos em moeda estrangeira, a variação cambial só poderá 
ser afastada se o credor titular do respectivo crédito aprovar 
expressamente previsão diversa no plano de recuperação extrajudicial. 
 
Portanto, se há credor com variação cambial e o plano altera essa variação, 
deve-se ter autorização expressa do credor que tem crédito de moeda estrangeira. O 
plano, no caso, alterou a forma de variação, e ele não assinou. 
Nesse sentido, o plano não pode ser homologado (lembrando que não há 
homologação parcial). 
GABARITO: ALTERNATIVA B 
 
15) OAB/FGV – Exame de Ordem Unificado XXVII – 2018 
A Fazenda Pública do Estado de Pernambuco ajuizou ação de 
execução fiscal em face de sociedade empresária. No curso da demanda, houve 
o processamento da recuperação judicial da sociedade. 
Em relação à execução fiscal em curso, assinale a afirmativa correta. 
a) Fica suspensa com o processamento da recuperação até seu encerramento. 
b) Não é suspensa com o processamento da recuperação judicial. 
c) Fica suspensa com o processamento da recuperação judicial até o máximo de 
180 (cento e oitenta) dias. 
d) É extinta com o processamento da recuperação judicial. 
 
COMENTÁRIOS: 
Em regra, as execuções ficam suspensa quando há recuperação judicial. 
Entretanto, a exceção se encontra quando se trata de execução fiscal, conforme prevê 
o Artigo 6º, parágrafo 7º da Lei 11.101/2005: 
Art. 6. A decretação da falência ou o deferimento do processamento da 
recuperação judicial suspende o curso da prescrição e de todas as 
ações e execuções em face do devedor, inclusive aquelas dos 
credores particulares do sócio solidário. 
 § 7o As execuções de natureza fiscal não são suspensas pelo 
deferimento da recuperação judicial, ressalvada a concessão de 
parcelamento nos termos do Código Tributário Nacional e da legislação 
ordinária específica. 
 
 
VÍDEO AULAS INDICADAS 
Conceitos Iniciais de direito falimentar – Trilhante 
https://www.youtube.com/watch?v=Sv0gPnF51Nc 
 
 16 
OAB DESCOMPLICADA 
 
Introdução à recuperação judicial – Trilhante 
https://www.youtube.com/watch?v=ZOsK9ivrnA4 
 
Recuperação judicial: conceito, princípio e objetivo – Trilhante 
https://www.youtube.com/watch?v=6Zw4jopIAWM 
 
Recuperação Judicial em 03 minutos – Trilhante 
https://www.youtube.com/watch?v=D-EN3kXoQfA 
 
GABARITO: ALTERNATIVA B 
 
16) OAB/FGV – Exame de Ordem Unificado XXIX – 2019 
Ribamar é sócio da sociedade empresária Junco, Fiquene & Cia. Ltda.Após uma infrutífera negociação de plano de recuperação judicial, a assembleia 
de credores rejeitou o plano, acarretando a decretação de falência da sociedade. 
O desgaste, que já existia entre Ribamar e os demais sócios, intensificou-se com 
a decretação da falência, ensejando pedido de retirada da sociedade, com base 
nas disposições reguladoras da sociedade limitada. 
Diante dos fatos narrados, assinale a afirmativa correta. 
a) A decretação da falência suspende o exercício do direito de retirada do sócio 
Ribamar. 
b) A sociedade deverá apurar os haveres do sócio dissidente Ribamar, que serão 
pagos como créditos extraconcursais. 
c) O juiz da falência deverá avaliar o pedido de retirada do sócio Ribamar e, 
eventualmente, deferi-lo na ação de dissolução parcial. 
d) A decretação de falência não suspende o direito de retirada do sócio Ribamar, 
mas o pagamento de seus haveres deverá ser incluído como crédito 
subordinado. 
 
COMENTÁRIOS: 
O Artigo 116 da Lei de Falência (11.101/2005) é bem enfática ao dizer: 
Art. 116. A decretação da falência suspende: 
I – o exercício do direito de retenção sobre os bens sujeitos à 
arrecadação, os quais deverão ser entregues ao administrador judicial; 
II – o exercício do direito de retirada ou de recebimento do valor 
de suas quotas ou ações, por parte dos sócios da sociedade 
falida. 
 
Em virtude da declaração de falência, os sócios não têm mais direito de 
retirada de sociedade, de tal forma que a alternativa A encontra-se correta. Parece 
 
 17 
OAB DESCOMPLICADA 
pouco óbvio que o sócio possa sair da empresa quando ela é declarada falida, visto que 
com a retirada, ele “tiraria” dinheiro da empresa (quotas). 
 
GABARITO: ALTERNATIVA A 
 
17) OAB/FGV – Exame de Ordem Unificado XXIX – 2019 
Madeireira Juína Ltda. requereu a homologação de plano de 
recuperação extrajudicial em Juara/MT, lugar de seu principal estabelecimento. 
Após o pedido de homologação e antes da publicação do edital para apresentação 
de impugnação ao plano, um dos credores com privilégio geral que haviam 
assinado o plano pretende desistir unilateralmente da adesão. Tal credor possui 
um terço dos créditos de sua classe submetidos ao plano. 
Com relação ao credor com privilégio geral, após a distribuição do 
pedido de homologação, assinale a afirmativa correta. 
a) Não poderá desistir da adesão ao plano, mesmo com a anuência expressa dos 
demais signatários. 
b) Poderá desistir da adesão em razão da natureza contratual do plano, que 
permite, a qualquer tempo, sua denúncia. 
c) Não poderá desistir da adesão ao plano, salvo com a anuência expressa dos 
demais signatários. 
d) Poderá desistir da adesão ao plano, desde que seja titular de mais de 1/4 do 
total dos créditos de sua classe. 
 
COMENTÁRIOS: 
Quando a sociedade se encontra em uma situação de crise econômica 
financeira, reversível e sanável, é possível reunir os credores e propor um plano de 
recuperação judicial. 
Quando o devedor (empresário em crise) tem aprovação de 3/5 de cada 
classe dos credores aceitando esse plano, ele entra com uma homologação judicial do 
referido plano, que produzirá efeitos ante todos os credores, inclusive sobre aqueles 
que não assinaram. 
O credor que assina o plano não pode pedir desistência após a distribuição 
do pedido de homologação, a não ser que todos os demais também assinem. Isso está 
previsto no Artigo 61, parágrafo 5º da Lei 11.101/2005: 
Art. 161. O devedor que preencher os requisitos do art. 48 desta Lei 
poderá propor e negociar com credores plano de recuperação 
extrajudicial. 
§ 5º Após a distribuição do pedido de homologação, os credores não 
poderão desistir da adesão ao plano, salvo com a anuência expressa 
dos demais signatários. 
 
Nesse sentido, correta alternativa C 
 
 18 
OAB DESCOMPLICADA 
GABARITO: ALTERNATIVA C 
 
18) OAB/FGV – Exame de Ordem Unificado XXX – 2019 
Além da impontualidade, a falência pode ser decretada pela prática de 
atos de falência por parte do devedor empresário individual ou dos 
administradores da sociedade empresária. 
Assinale a opção que constitui um ato de falência por parte do devedor. 
a) Deixar de pagar, no vencimento, obrigação líquida materializada em título 
executivo protestado por falta de pagamento, cuja soma ultrapasse o equivalente 
a 40 (quarenta) salários mínimos na data do pedido de falência. 
b) Transferir, durante a recuperação judicial, estabelecimento a terceiro sem o 
consentimento de todos os credores e sem ficar com bens suficientes para solver 
seu passivo, em cumprimento à disposição de plano de recuperação. 
c) Não pagar, depositar ou nomear à penhora, no prazo de 3 (três) dias, contados 
da citação, bens suficientes para garantir a execução. 
d) Deixar de cumprir, no prazo estabelecido, obrigação assumida no plano de 
recuperação judicial, após o cumprimento de todas as obrigações previstas no 
plano que vencerem até dois anos depois da concessão da recuperação judicial. 
 
COMENTÁRIOS: 
Os Artigos 61 e 73 da Lei 11.101/2005 nos remetem ao gabarito da questão, 
que é a alternativa D. 
Art. 61. Proferida a decisão prevista no art. 58 desta Lei, o devedor 
permanecerá em recuperação judicial até que se cumpram todas as 
obrigações previstas no plano que se vencerem até 2 (dois) anos 
depois da concessão da recuperação judicial. 
§ 1º Durante o período estabelecido no caput deste artigo, o 
descumprimento de qualquer obrigação prevista no plano acarretará a 
convolação da recuperação em falência, nos termos do art. 73 desta 
Lei. 
§ 2º Decretada a falência, os credores terão reconstituídos seus 
direitos e garantias nas condições originalmente contratadas, 
deduzidos os valores eventualmente pagos e ressalvados os atos 
validamente praticados no âmbito da recuperação judicial. 
 
Art. 73. O juiz decretará a falência durante o processo de recuperação 
judicial: 
I – por deliberação da assembléia-geral de credores, na forma do art. 
42 desta Lei; 
II – pela não apresentação, pelo devedor, do plano de recuperação no 
prazo do art. 53 desta Lei; 
III – quando houver sido rejeitado o plano de recuperação, nos termos 
do § 4º do art. 56 desta Lei; 
 
 19 
OAB DESCOMPLICADA 
IV – por descumprimento de qualquer obrigação assumida no plano de 
recuperação, na forma do § 1º do art. 61 desta Lei. 
Parágrafo único. O disposto neste artigo não impede a decretação da 
falência por inadimplemento de obrigação não sujeita à recuperação 
judicial, nos termos dos incisos I ou II do caput do art. 94 desta Lei, ou 
por prática de ato previsto no inciso III do caput do art. 94 desta Lei. 
 
GABARITO: ALTERNATIVA D 
 
19) OAB/FGV – Exame de Ordem Unificado XXXI – 2020 
José da Silva, credor de sociedade empresária, consulta você, como 
advogado(a), para obter orientação quanto aos efeitos de uma provável 
convolação de recuperação judicial em falência. 
Em relação à hipótese apresentada, analise as afirmativas a seguir e 
assinale a única correta. 
a) Os créditos remanescentes da recuperação judicial serão considerados 
habilitados quando definitivamente incluídos no quadro-geral de credores, tendo 
prosseguimento as habilitações que estiverem em curso. 
b) As ações que devam ser propostas no juízo da falência estão sujeitas à 
distribuição por dependência, exceto a ação revocatória e a ação revisional de 
crédito admitido ao quadro geral de credores. 
c) A decretação da falência determina o vencimento antecipado das dívidas do 
devedor quanto aos créditos excluídos dos efeitos da recuperação judicial; 
quanto aos créditos submetidos ao plano de recuperação, são mantidos os 
prazos nele estabelecidos e homologados pelo juiz. 
d) As ações intentadas pelo devedor durante a recuperação judicial serão 
encerradas, devendo ser intimado o administrador judicial da extinção dos feitos, 
sob pena de nulidade do processo. 
 
COMENTÁRIOS: 
A alternativa “A” está correta em virtude do disposto no Artigo 80 da Lei 
11.101/2005, que assim dispõe: 
Art. 80. Considerar-se-ãohabilitados os créditos remanescentes da 
recuperação judicial, quando definitivamente incluídos no quadro-geral 
de credores, tendo prosseguimento as habilitações que estejam em 
curso. 
 
Gabarito: Alternativa A 
 
Direito da Propriedade Intelectual 
 
 20 
OAB DESCOMPLICADA 
20) OAB/FGV – Exame de Ordem Unificado XXX – 2019 
Amambaí Inovação e Engenharia S/A obteve, junto ao Instituto 
Nacional da Propriedade Industrial (INPI), patente de invenção no ano de 2013. 
Dois anos após, chegou ao conhecimento dos administradores a prática de atos 
violadores de direitos de patente. No entanto, a ação para reparação de dano 
causado ao direito de propriedade industrial só foi intentada no ano de 2019. 
Você é consultado(a), como advogado(a), sobre o caso. 
Assinale a opção que apresenta seu parecer. 
a) A reparação do dano causado pode ser pleiteada, porque o direito de patente é 
protegido por 20 (vinte) anos, a contar da data do depósito. 
b) A pretensão indenizatória, na data da propositura da ação, encontrava-se 
prescrita, em razão do decurso de mais de 3 (três) anos. 
c) A pretensão indenizatória, na data da propositura da ação, não se encontrava 
prescrita porque o prazo de 5 (cinco) anos não havia se esgotado. 
d) A reparação do dano causado não pode ser pleiteada, porque a patente 
concedida não foi objeto de licenciamento pelo seu titular. 
 
COMENTÁRIOS: 
A pretenção prescreve em 05 anos, conforme Artigo 225 da Lei 9.279/96: 
Art. 225. Prescreve em 5 (cinco) anos a ação para reparação de dano 
causado ao direito de propriedade industrial. 
 
GABARITO: ALTERNATIVA C 
 
Contratos Empresariais 
21) OAB/FGV – Exame de Ordem Unificado XXVII – 2018 
Móveis Combinados Ltda. (franqueador) pretende licenciar a Ananás 
Móveis e Decorações Ltda. ME (franqueado) o direito de uso de marca, associado 
ao direito de distribuição semiexclusiva de produtos moveleiros. 
De acordo com os termos da Circular de Oferta de Franquia elaborada 
pelo franqueador, eventualmente poderá o franqueado ter acesso ao uso de 
tecnologia de implantação e administração de negócios desenvolvidos pelo 
primeiro, mediante remuneração direta, sem ficar caracterizado vínculo 
empregatício entre as partes. 
Tendo em vista as disposições legais sobre o contrato celebrado, 
assinale a afirmativa correta. 
a) Se o contrato de franquia empresarial vier a ser celebrado, o franqueador deverá 
licenciar ao franqueado o direito de uso de marca e, eventualmente, também o 
 
 21 
OAB DESCOMPLICADA 
direito de uso de tecnologia de implantação e administração de negócio ou de 
sistema operacional desenvolvido. 
b) O contrato de franquia empresarial pode ser ajustado verbalmente ou por escrito; 
neste caso, deverá ser assinado na presença de duas testemunhas e terá 
eficácia em relação a terceiros com o arquivamento na Junta Comercial. 
c) A circular oferta de franquia deverá ser entregue a Ananás Móveis e Decorações 
Ltda. ME, no mínimo, 30 dias antes da assinatura do contrato ou pré-contrato, 
ou ainda do pagamento de taxa de adesão ao sistema pelo franqueado. 
d) Se Móveis Combinados Ltda. veicular informações falsas na circular de oferta 
de franquia, sem prejuízo das sanções penais cabíveis, Ananás Móveis e 
Decorações Ltda. ME poderá arguir a nulidade de pleno direito do contrato e 
exigir devolução de até metade do valor que já houver pago. 
 
COMENTÁRIOS: 
A alternativa correta “A” está fundamentada no Artigo 2º da Lei de Franquias 
8.955/94: 
Franquia empresarial é o sistema pelo qual um franqueador cede ao 
franqueado o direito de uso de marca ou patente, associado ao direito 
de distribuição exclusiva ou semi-exclusiva de produtos ou serviços e, 
eventualmente, também ao direito de uso de tecnologia de implantação 
e administração de negócio ou sistema operacional desenvolvidos ou 
detidos pelo franqueador, mediante remuneração direta ou indireta, 
sem que, no entanto, fique caracterizado vínculo empregatício. 
 
A alternativa “B” está incorreta pelo fato de que o contrato de franquia não 
pode ser verbal, conforme determina o Artigo 6º da Lei mencionada acima: 
Art. 6º O contrato de franquia deve ser sempre escrito e assinado na 
presença de 2 (duas) testemunhas e terá validade independentemente 
de ser levado a registro perante cartório ou órgão público. 
 
A alternativa “C” também está incorreta, haja vista que o mínimo é de 10 
dias, e não 30, conforme mencionado na questão. Vejamos o que dispõe o artigo 4º da 
referida lei: 
Art. 4º A circular oferta de franquia deverá ser entregue ao candidato a 
franqueado no mínimo 10 (dez) dias antes da assinatura do contrato 
ou pré-contrato de franquia ou ainda do pagamento de qualquer tipo 
de taxa pelo franqueado ao franqueador ou a empresa ou pessoa 
ligada a este. 
 
Por fim, a alternativa “D” também está incorreta, pois a devolução dos 
valores é integral, conforme determina o parágrafo único do artigo acima: 
 
 22 
OAB DESCOMPLICADA 
Na hipótese do não cumprimento do disposto no caput deste artigo, o 
franqueado poderá argüir a anulabilidade do contrato e exigir 
devolução de todas as quantias que já houver pago ao franqueador ou 
a terceiros por ele indicados, a título de taxa de filiação e royalties, 
devidamente corrigidas, pela variação da remuneração básica dos 
depósitos de poupança mais perdas e danos. 
 
ARTIGO INDICADO 
Franquias – Conteúdo Jurídico 
http://www.conteudojuridico.com.br/artigo,o-contrato-de-franquia-
empresarial,51012.html 
 
GABARITO: ALTERNATIVA A

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