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FISIOLOGIA HUMANA AULA 4 Prof.ª Patrícia Carla de Oliveira 2 2 CONVERSA INICIAL O sistema urinário, também denominado sistema excretor ou sistema renal, é responsável pela remoção de compostos tóxicos da corrente sanguínea, por meio da filtragem do sangue e formação da urina, o que permite a homeostase corporal, mantendo os níveis de algumas substâncias, como água sais, aminoácidos e glicose em níveis adequados. A partir dessas informações, descreveremos os principais processos fisiológicos envolvidos no funcionamento do sistema urinário, para que os objetivos que se seguem possam ser alcançados. São eles: • Retomar as principais características anatômicas dos componentes do sistema urinário, destacando suas principais funções na regulação da composição sanguínea; • Descrever a estrutura do néfron, de forma a relacionar cada porção anatômica à sua função específica durante a formação da urina; • Compreender os processos de filtração, reabsorção e secreção de substâncias para a formação da urina, bem como os locais onde ocorre cada etapa; • Identificar as barreiras da filtração glomerular, as membranas filtrantes e sua relação com a taxa de filtração glomerular (TGF); • Entender como ocorre o controle neuroendócrino do sistema excretor, evidenciando as funções do sistema nervoso central e dos hormônios ADH, aldosterona, paratormônio e peptídeo natriurético atrial. TEMA 1 – ORGANIZAÇÃO DO SISTEMA URINÁRIO Conhecido pela função de eliminar resíduos metabólicos por meio da urina, o sistema urinário tem como principal função, na verdade, a regulação homeostática do conteúdo de água e íons no sangue, também chamada de equilíbrio hidroeletrolítico, sendo a eliminação de resíduos importante, porém, secundária a essa função. De forma geral, o sistema urinário é capaz de exercer as seguintes funções: • regulação do volume, da composição e da pressão arterial, por meio do controle da osmolaridade e do equilíbrio iônico, principalmente do dos 3 3 íons Na+, K+ e Ca2+, evidenciando o trabalho integrado do sistema urinário com o sistema circulatório; • a regulação homeostática do pH através da excreção de H+ e conservação de íons bicarbonato (HCO3-), evitando a acidez do líquido extracelular; • a conservação de nutrientes importantes como a glicose, aminoácidos e a água pelo processo da reabsorção nos túbulos renais; • a eliminação de resíduos metabólicos como a ureia e o ácido úrico, além da excreção de creatinina e fármacos após sua metabolização pelo fígado; • a produção de hormônios como a eritropoietina envolvida na produção dos eritrócitos; • a produção de enzimas como a renina, que atua no processo de regulação da pressão sanguínea e as enzimas que auxiliam na conversão da vitamina D no hormônio ativo calcitriol, envolvido no equilíbrio do Ca2+. O sistema urinário é composto pelos rins e pelas vias coletoras de urina — pelve renal, ureteres, bexiga urinária e uretra. Os rins são os elementos funcionais do sistema, localizam-se na parte posterior da parede abdominal, são revestidos por uma cápsula de tecido conjuntivo denso e, na sua face medial, apresentam o hilo renal, por onde passam a artéria renal, a veia renal, os vasos linfáticos, os nervos e a pelve renal. Internamente, os rins se dividem em zona cortical e zona medular, esta última sendo composta pelas pirâmides renais, colunas renais, cálices maiores e cálices menores, que desembocam a urina na pelve renal (Figura 1). Elementos contráteis na pelve e nos ureteres encaminham a urina para seu armazenamento na bexiga urinária até que a micção aconteça por meio da uretra. A bexiga urinária é um órgão muscular oco, localizada dentro da cavidade abdominal. Possui formato esférico quando o músculo detrusor é levemente distendido pela urina, tornando-se piriforme conforme o volume de urina aumenta. Sua capacidade varia entre 700 e 800ml. A uretra é a porção terminal do sistema urinário. No homem, a uretra é longa, tem função urinária e reprodutora, além de possuir dois esfíncteres, o interno involuntário e o externo voluntário. Na mulher, a uretra é mais curta, tem função apenas urinária e apresenta apenas o esfíncter externo. 4 4 Figura 1 – Organização do sistema urinário Créditos: Olga Bolbot/Shutterstock. TEMA 2 – UNIDADES FILTRADORAS DO SANGUE As unidades funcionais capazes de formar a urina dentro dos rins são denominadas néfrons (Figura 2). Cada rim possui, aproximadamente, 1 milhão dessas estruturas. A maioria dos néfrons está presente no córtex renal, sendo responsáveis pela reabsorção e secreção de substâncias, enquanto os néfrons justamedulares, localizados mais profundamente e com alças mais longas, se relacionam aos processos de concentração e diluição da urina, portanto, na regulação osmótica. Cada néfron contém uma rede de capilares glomerulares denominada glomérulo, através dos quais grandes quantidades de líquido são filtradas do plasma sanguíneo para a cápsula de Bowman, além de um longo 5 5 sistema tubular no qual esse líquido filtrado é convertido em urina após passar pelos processos de reabsorção e secreção, como veremos mais à frente. Figura 2 – Estrutura do néfron Créditos: Ali DM/Shutterstock. O conjunto formado pelo glomérulo e pela cápsula de Bowman é chamado de corpúsculo renal. O segmento tubular que drena o filtrado da cápsula de Bowman é o túbulo proximal, que compreende o túbulo contorcido proximal e o túbulo reto proximal. A porção seguinte do túbulo é alça de Henle, ou alça néfrica, uma alça com formato de grampo de cabelo que possui um ramo descendente proveniente do túbulo proximal e em um ramo ascendente, que leva ao túbulo contorcido distal. O filtrado passa do túbulo contorcido distal para dentro do sistema de ductos coletores, constituído pelo ducto coletor cortical e pelo ducto coletor medular. Da cápsula de Bowman até o início do sistema dos ductos coletores, cada néfron é totalmente separado dos outros. Essa separação termina quando múltiplos ductos coletores corticais se unem, o que permite a 6 6 drenagem da urina para dentro da cavidade central do rim, a pelve renal, que é contínua com o ureter, que drena a urina para a bexiga urinária. A Tabela 1 apresenta os principais solutos filtrados, reabsorvidos e secretados por cada segmento dos néfrons durante a formação da urina. Tabela 1 – Funções de cada segmento do néfron Segmento do néfron Principais funções Glomérulo Formação do ultrafiltrado plasmático Túbulo proximal convoluto Reabsorção isotônica de 80% do líquido filtrado Secreção de H+ Reabsorção de 80% de Na+ e de 70% de Cl- filtrados Reabsorção de K+, HCO3-, Ca2+, Mg2+, ureia, ácido úrico Reabsorção total de glicose e aminoácidos Alça de Henle Mecanismo contracorrente multiplicador devido a: ● Ramo descendente Reabsorção e excreção de sais e ureia ● Ramo ascendente Reabsorção de sais. Impermeável à água Regulação da excreção de MG2+ Túbulo distal convoluto Reabsorção de pequena fração de NaCl filtrado Regulação da excreção de Ca2+ Ducto coletor Reabsorção de NaCl Secreção de H+ e amônia sem ADH – impermeável à água, dilui a urina com ADH – permeável à água, concentra a urina ● Coletor cortical Secreção de K+ ● Coletor medular Reabsorção ou secreção de K+ Fonte: elaborado com base em Aires, 2018. TEMA 3 – FORMAÇÃO DA URINA O sangue entra nos rins pelas artérias renais e estas se ramificam em artérias menores e posteriormente em arteríolas aferentes, que conduzem o sangue em direção aos glomérulos renais de cada néfron para que ocorra o processo de filtração do fluido sanguíneo. A partir daí, o sangue filtrado deixa cada glomérulo por meio de uma arteríola eferente e passa para uma segunda rede de capilares sanguíneos, os capilares peritubulares, que cercamo túbulo renal e convergem para a formação de vênulas e pequenas veias, enviando o sangue para fora dos rins através da veia renal. 7 7 A filtração do plasma para dentro do lúmen dos túbulos renais é o primeiro passo na formação da urina. Aproximadamente 180 litros de fluidos são filtrados do glomérulo para a cápsula de Bowman a cada dia, porém, o volume total de urina excretada chega a apenas 1,5 litros ao dia, visto que o processo de reabsorção tubular encaminha 99% desse filtrado de volta ao sangue pelos capilares peritubulares para que não aconteça a desidratação do organismo. A composição do filtrado glomerular ou ultrafiltrado é igual à do plasma sanguíneo, entretanto, as proteínas plasmáticas e as células sanguíneas permanecem nos capilares glomerulares, de modo que o filtrado é composto apenas de água e de solutos de baixo peso molecular dissolvidos, como sais, aminoácidos e glicose. Durante a sua passagem pelos túbulos renais, a composição do ultrafiltrado é alterada pelo movimento das substâncias dos túbulos para dentro dos capilares peritubulares e vice-versa, nos processos de reabsorção e secreção, que são regulados de acordo com as necessidades do organismo. A reabsorção tubular ocorre à medida que o ultrafiltrado flui ao longo do túbulo renal e pelo ducto coletor, de forma a encaminhar 100% da glicose filtrada, 99% da água e muitos solutos importantes, como sais e aminoácidos, de volta a corrente sanguínea, em condições normais. A maior parte dessa reabsorção ocorre no túbulo contorcido proximal, com uma quantidade menor de reabsorção nos segmentos distais do néfron. Contudo, a reabsorção no túbulo contorcido distal é finamente regulada, possibilitando aos rins reabsorverem seletivamente íons e água de acordo com as necessidades do organismo para a manutenção da homeostasia. A passagem dos solutos para fora do lúmen ocorre por meio de transporte ativo ou passivo e a água segue por osmose enquanto os solutos são reabsorvidos. A secreção tubular caracteriza-se pela transferência de moléculas do líquido extracelular para o lúmen do néfron e ocorre à medida que o ultrafiltrado flui ao longo do túbulo renal e pelo ducto coletor, dependendo, principalmente, de sistemas de transporte de membrana em processos ativos contra o gradiente de concentração para a passagem de compostos orgânicos e inorgânicos como os íons K+ e H+, amônia, ureia, creatinina e medicamentos. A partir dessas informações, é possível compreender que a produção e excreção da urina é o resultado de todos os processos que ocorrem no rim e que a urina tem pouca semelhança com o líquido que foi filtrado no corpúsculo renal. Sendo assim, a excreção obedece à seguinte equação: 8 8 EXCREÇÃO = FILTRAÇÃO – REABSORÇÃO + SECREÇÃO TEMA 4 – FILTRAÇÃO GLOMERULAR A filtração ocorre no corpúsculo renal e as substâncias que deixam o plasma precisam passar através de três barreiras de filtração antes de entrarem no lúmen tubular (Figura 3): o endotélio dos capilares; a membrana basal; e uma camada de células epiteliais denominadas podócitos, que circundam a superfície externa da cápsula de Bowman. • Endotélio capilar: a parede dos capilares glomerulares é perfurada por pequenos poros denominados fenestras, que impedem que as células do sangue atravessem em direção a cápsula de Bowman, mas permitem a passagem da maioria dos componentes plasmáticos. Além disso, proteínas presentes na superfície dos poros e carregadas negativamente repelem e evitam a passagem das proteínas plasmáticas também carregadas negativamente; • Lâmina basal: constituída por proteínas como o colágeno e glicoproteínas carregadas negativamente, essa camada de matriz extracelular sem células separa o endotélio capilar da cápsula de Bowman, excluindo a maioria das proteínas plasmáticas do líquido que é filtrado através dela. • Epitélio da cápsula de Bowman: os podócitos presentes nessa barreira envolvem cada capilar glomerular por meio de longas projeções citoplasmáticas. Dessa maneira, são formadas pequenas fendas de filtração fechadas por uma membrana semiporosa composta por proteínas. As células mesangiais glomerulares ficam entre e ao redor dos capilares glomerulares. As células mesangiais possuem feixes citoplasmáticos de filamentos semelhantes à actina, que fazem essas células serem capazes de contrair e alterar o fluxo sanguíneo pelos capilares. 9 9 Figura 3 – Barreiras de filtração Crédito: Elias Dahlke. A filtração é um método em que se separam substâncias sob pressão. Nos néfrons, as três pressões que determinam a filtração glomerular são: pressão hidrostática do capilar, pressão coloidosmótica do capilar e pressão do fluido capsular. A pressão arterial nos capilares glomerulares (pressão hidrostática do capilar) favorece a filtração, pois força a passagem de fluido através dos poros do endotélio em direção a cápsula de Bowman. Mesmo caindo ao longo da filtração, essa pressão continua maior do que a pressão coloidosmótica e a pressão capsular, portanto, a filtração continua ocorrendo ao longo de quase todo o comprimento dos capilares. A pressão coloidosmótica (das proteínas) no interior dos capilares glomerulares e a pressão hidrostática da cápsula de Bowman fazem oposição à filtração, visto que a pressão coloidosmótica é mais alta nos capilares do que na cápsula, devido à presença de proteínas no plasma glomerular, enquanto a pressão hidrostática é mais alta na cápsula do que nos capilares. Sendo assim, o gradiente de pressão osmótica favorece o movimento de líquido de volta para os capilares glomerulares. 10 10 A taxa de filtração glomerular (TGF) refere-se ao volume de líquido filtrado a partir dos glomérulos para dentro da cápsula de Bowman por unidade de tempo. A TFG depende não só da pressão de filtração efetiva, mas também da permeabilidade das membranas filtrantes do corpúsculo renal e da área de superfície disponível para a filtração e, por esse motivo, os capilares glomerulares são muito mais permeáveis a líquido do que a maioria dos outros capilares, onde um indivíduo de 70kg apresenta TFG é de 180 litros por dia, em média. Considerando que o volume plasmático total do sistema circulatório é de aproximadamente 3 litros, pode-se deduzir que os rins filtram todo o volume plasmático cerca de 60 vezes por dia. Essa alta TFG permite que os rins controlem o volume e a composição dos líquidos corporais de forma precisa e rápida. TEMA 5 – CONTROLE DA EXCREÇÃO A taxa de filtração glomerular (TFG) não é um valor fixo e está sujeita à regulação fisiológica por meio de alterações no tônus das arteríolas aferente e eferente. Essa alteração do tônus pode acontecer por vários fatores, tais como sinalizadores, hormônios e inervação, resultando em alterações na pressão de filtração glomerular efetiva. Por exemplo, quando o tônus da arteríola glomerular aferente aumenta, a pressão hidrostática dos capilares glomerulares diminui, diminuindo também a TGF, ao passo que, se ocorre vasoconstrição da arteríola eferente, a pressão hidrostática dos capilares aumenta, visto que a constrição arteriolar eferente tende a “represar” o sangue nos capilares glomerulares, o que aumenta a TGF. A vasodilatação aferente e eferente provoca efeitos contrários, sendo a vasodilatação da arteríola aferente importante nos casos de queda da pressão arterial, mantendo constante o fluxo sanguíneo renal, ainda que a pressão arterial esteja em níveis mais reduzidos que o normal. Os hormônios afetam a reabsorção de água e íons como o Na+, Cl- e Ca2+, além da excreção de K+ pelos túbulos renais. O principal regulador da reabsorção de água é o ADH (hormônio antidiurético), produzido pelo hipotálamo e armazenado na neuro-hipófise. Esse hormônio aumenta a permeabilidade da água nas células tubulares ao inserir proteínasque funcionam como canais em suas membranas plasmáticas. A angiotensina II aumenta a reabsorção de Na+ e Cl- nos túbulos contorcidos proximais e estimula a liberação de aldosterona pelo córtex das glândulas suprarrenais. A aldosterona, por sua vez, estimula a 11 11 reabsorção de Na+ e Cl- no túbulo contorcido distal e no ducto coletor, além da secreção de K+ nessas mesmas regiões. Nesse processo, a água é reabsorvida por osmose. O paratormônio (PTH) aumenta a reabsorção de Ca2+ no túbulo contorcido distal enquanto inibe a reabsorção de fosfato (HPO42+) no túbulo contorcido proximal, promovendo a excreção de fosfato. O peptídeo natriurético atrial (PNA) é um hormônio produzido pelas células atriais do coração em resposta à distensão atrial quando ocorre o aumento do retorno venoso. Esse hormônio é capaz de aumentar a TGF, pois tem efeito vasodilatador na arteríola aferente glomerular. Ao mesmo tempo, inibe a absorção de Na+ e Cl- nos túbulos renais, inibe a ação da aldosterona e neutraliza o sistema renina-angiotensina-aldosterona. Em consequência, mais água e sal são perdidos na urina, o que contribui para a diminuição do volume sanguíneo. Centros superiores do encéfalo podem controlar consciente ou inconscientemente o reflexo medular da micção. Quando a bexiga urinária se enche de urina, receptores de estiramento presentes nas paredes da bexiga são estimulados e encaminham sinais para a medula espinal através de neurônios sensoriais. Na medula, essa informação é integrada e transferida a neurônios efetores parassimpáticos que inervam o músculo liso da parede da bexiga urinária, fazendo com que esse músculo se contraia e a urina seja empurrada em direção à uretra, o que abre seu esfíncter interno. Simultaneamente, neurônios motores somáticos que inervam o esfíncter externo da uretra são inibidos e esse esfíncter se abre (Figura 4). A urina então passa para fora do corpo com o auxílio da gravidade. 12 12 Figura 4 – Controle neural da micção Créditos: Alila Medical Media/Shutterstock. O reflexo aprendido nos adultos mantém o reflexo da micção inibido até que haja o desejo consciente de urinar. Esse reflexo envolve fibras sensoriais adicionais à bexiga urinária que sinalizam o grau de enchimento, além do controle realizado pelos centros do tronco encefálico e do córtex cerebral, que inibem as fibras parassimpáticas e reforçam a contração do esfíncter externo da uretra. 13 13 NA PRÁTICA A urinálise é um dos procedimentos laboratoriais mais solicitados pelos médicos de praticamente todas as especialidades e permite a investigação e o acompanhamento de doenças renais; patologias que podem levar ao acometimento renal, como a hipertensão arterial e o diabetes mellitus, por exemplo; investigação de infecções do trato urinário e litíase renal (pedras nos rins). Características físicas, químicas e microscópicas da urina são avaliadas na urinálise, dentre elas o volume, cor, odor, turbidez, pH, sedimentação, presença de células e microrganismos. Se uma doença alterar a função renal, podem aparecer traços de substâncias que, normalmente, não estariam presentes na urina ou seus próprios constituintes podem aparecer em quantidades anormais. A partir dessas informações, pesquise e escreva quais implicações podem estar relacionadas aos constituintes anormais da urina listados abaixo. • albumina; • glicose; • eritrócitos; • leucócitos; • bilirrubina; • urobilinogênio; • microrganismos. FINALIZANDO Durante esta abordagem, construímos os principais conceitos referentes à fisiologia do sistema urinário, começando pela retomada das principais características anatômicas e funcionais dos órgãos que compõem esse sistema. Relembramos a importância dos rins no processamento do plasma sanguíneo e retirada das toxinas e resíduos metabólicos presentes nele por meio da sua filtração e consequente formação da urina, que ao ser produzida é encaminhada pelos ureteres até a bexiga urinária, para que seja armazenada até o momento da micção através da uretra. 14 14 Todas as porções anatômicas dos néfrons, as unidades filtradoras presentes nos rins, foram descritas e relacionadas às suas funções específicas de filtração, reabsorção e secreção de substâncias durante a formação da urina. Posteriormente, identificamos as membranas filtrantes, representadas pelo endotélio dos capilares sanguíneos, a lâmina basal e o epitélio da cápsula de Bowman, que exercem barreiras ao processo de filtração, determinando, juntamente com as pressões hidrostática e coloidosmótica, a taxa de filtração glomerular (TGF). Finalizando esta abordagem, descrevemos como o controle nervoso e o controle endócrino são realizados para manter o funcionamento do sistema urinário. Os principais hormônios envolvidos no controle das concentrações plasmáticas de água e íons são o hormônio antidiurético (ADH), a aldosterona, o paratormônio (PHT) e a peptídeo natriurético atrial (PNA), enquanto a inervação proveniente do sistema nervoso autônomo promove vasoconstrição ou vasodilatação das arteríolas aferentes e eferentes, interferindo na TGF. 15 15 REFERÊNCIAS AIRES, M. de M. Fisiologia. 5. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2018 HALL, J. E.; HALL, M. E. Guyton & Hall: Tratado de Fisiologia Médica. 14. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2021. MOURÃO JR., C. A. Fisiologia Humana. 2. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2021. SILVERTHORN, D. U. Fisiologia Humana. 7. ed. Porto Alegre: Artmed, 2017. WIDMAIER, E. P. et al. Fisiologia Humana. 14. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2017. CONVERSA INICIAL TEMA 1 – ORGANIZAÇÃO DO SISTEMA URINÁRIO TEMA 2 – UNIDADES FILTRADORAS DO SANGUE TEMA 3 – FORMAÇÃO DA URINA TEMA 4 – FILTRAÇÃO GLOMERULAR TEMA 5 – CONTROLE DA EXCREÇÃO NA PRÁTICA FINALIZANDO REFERÊNCIAS
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