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SISTEMA DE ENSINO
DIREITO 
PROCESSUAL DO 
TRABALHO
Ação de Consignação em Pagamento 
e Ação Monitória
Livro Eletrônico
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Ação de Consignação em Pagamento e Ação Monitória
DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO
Gustavo Deitos
Sumário
Apresentação .....................................................................................................................................................................3
Ação de Consignação em Pagamento e Ação Monitória ...........................................................................5
1. Ação de Consignação em Pagamento ..............................................................................................................5
1.1. Modalidades de Consignação em Pagamento e Hipóteses de Cabimento ..............................5
1.2. Procedimento e Normas Processuais da AÇÃO de Consignação em Pagamento ..............8
1.3. Possibilidade de Reconvenção na Ação de Consignação em Pagamento ............................16
2. Ação Monitória ...........................................................................................................................................................17
Exercícios ...........................................................................................................................................................................27
Gabarito ..............................................................................................................................................................................36
Gabarito Comentado ...................................................................................................................................................37
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Ação de Consignação em Pagamento e Ação Monitória
DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO
Gustavo Deitos
ApresentAção
Olá, querido(a) aluno(a) do Gran Cursos Online! Espero encontrá-lo muito bem! Neste cur-
so, apresento-lhe várias aulas autossuficientes de direito processual do trabalho, com o objeti-
vo de lhe disponibilizar, de forma prática e completa, o substrato de conteúdo necessário para 
ter o melhor desempenho possível na prova.
Esta aula, assim como as demais aulas em PDF, foi elaborada de modo que você possa 
tê-la como fonte autossuficiente de estudo, isto é, como um material de estudo completo e 
capaz de possibilitar um aprendizado tão integral quanto outros meios de estudo.
A preferência por aulas em PDF e/ou vídeos pertence a cada aluno, que, individualmente, avalia 
suas facilidades e necessidades, a fim de encontrar seus meios de estudo ideais. Dessa forma, o 
aluno pode optar pelo estudo com aulas em PDF e vídeos, ou somente com um ou outro meio.
Aqueles que preferem estudar somente com materiais em PDF terão o privilégio de con-
tar com as aulas em PDF autossuficientes do nosso curso, a exemplo desta aula. De qual-
quer forma, nada impede que as aulas em PDF sejam utilizadas como fonte de estudos de 
forma aliada com as aulas em vídeo do Gran Cursos Online. Tudo depende, unicamente, da 
preferência de cada aluno.
Nesta aula, estudaremos especialmente os seguintes tópicos de Direito Processual do Trabalho:
• Ação de consignação em pagamento;
• Ação monitória.
A aula é acompanhada de exercícios selecionados e reunidos de modo a abranger todos os 
pontos importantes da aula, a fim de que seu conhecimento seja ainda mais solidificado. O nú-
mero de exercícios é determinado de acordo com dois parâmetros: complexidade do conteúdo 
e número de questões de concursos existentes. Por resultado, o número de exercícios dispo-
nibilizados é determinado de modo que seu conhecimento sobre os temas seja efetivamente 
testado e fixado, mas sem que haja uma repetição obsoleta.
Nosso curso possibilita a avaliação de cada aula em PDF de forma fácil e rápida. Con-
sidero o resultado das avaliações extremamente importante para a continuidade da pro-
dução e edição de aulas, como fonte fidedigna e transparente de informações quanto à 
qualidade do material.
Peço-lhe que fique à vontade para avaliar as aulas do curso, demonstrando seu grau 
de satisfação relativamente aos materiais. Seu feedback é importantíssimo para nós. Caso 
você tenha ficado com dúvidas sobre pontos deste material, ou tenha constatado algum 
problema, por favor, entre em contato comigo pelo Fórum de Dúvidas antes de realizar sua 
avaliação. Procuro sempre fazer todo o possível para sanar eventuais dúvidas ou corrigir 
quaisquer problemas nas aulas.
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Ação de Consignação em Pagamento e Ação Monitória
DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO
Gustavo Deitos
Cordialmente, torço para que a presente aula que seja de profunda valia para você e sua 
prova, uma vez que foi elaborada com muita atenção, zelo e consideração ao seu esforço, que, 
para nós, é sagrado.
Caso fique com alguma dúvida após a leitura da aula, por favor, envie-a a mim por meio 
do Fórum de Dúvidas, e eu, pessoalmente, a responderei o mais rápido possível. Será um 
grande prazer verificar sua dúvida com atenção, zelo e profundidade, e com o grande respeito 
que você merece.
Bons estudos!
Seja imparável!
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Ação de Consignação em Pagamento e Ação Monitória
DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO
Gustavo Deitos
AÇÃO DE CONSIGNAÇÃO EM PAGAMENTO E AÇÃO 
MONITÓRIA
1. Ação de ConsignAção em pAgAmento
A ação de consignação em pagamento é comum na Justiça do Trabalho. Trata-se de uma 
ação, de procedimento especial, posta à disposição do devedor da obrigação trabalhista (que 
normalmente é o empregador). Normalmente, é o empregador o autor desta ação.
Nesta ação, o empregador tem por objetivo o reconhecimento judicial (declaração) de que 
suas obrigações trabalhistas para com o empregado já não existem mais, em razão do paga-
mento. O pagamento é o fenômeno jurídico que extingue a obrigação.
O grande objetivo da consignação em pagamento é a eliminação dos efeitos da mora. Ela 
está à disposição do devedor, que poderá dela se utilizar para que contra ele não corram juros, 
correção ou riscos (consequências/efeitos da mora).
Obs.: � A “mora” é o atraso no cumprimento da obrigação, e pode ocasionar o cômputo de 
juros, o crescimento de riscos e a imposição de correção monetária. É para livrar-se 
desses efeitos que o devedor pode ter interesse na consignação em pagamento.
1.1. modAlidAdes de ConsignAção em pAgAmento e Hipóteses de 
CAbimento
A consignação em pagamento pode ser judicial ou extrajudicial. Essas duas modalidades 
são previstas no art. 334 do Código Civil, da seguinte forma:
Art. 334. Considera-se pagamento, e extingue a obrigação, o depósito judicial ou em estabeleci-
mento bancário da coisa devida, nos casos e forma legais.
A consignação judicial e a extrajudicial podem causar o mesmo resultado: isentar o deve-
dor dos efeitos da mora. A diferença entre elas reside nas hipóteses de cabimento.
É possível que, extrajudicialmente, o devedor (na Justiçado Trabalho, normalmente, o em-
pregador) deposite o valor que entende devido ao credor em determinada conta bancária em 
nome do credor. Esta modalidade é menos onerosa e mais rápida. Todavia, nem sempre o pro-
cedimento bancário (extrajudicial) é possível, por vários motivos, como, dentre outros:
• desconhecimento de conta bancária do credor;
• recusa de recebimento por parte do credor, como veremos adiante;
• pendência de ação ajuizada pelo credor contra o devedor.
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Ação de Consignação em Pagamento e Ação Monitória
DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO
Gustavo Deitos
Nessas hipóteses – dentre outras –, a consignação em pagamento, para extinguir a obri-
gação, deverá ser realizada por via judicial, por meio da Ação de Consignação em Pagamento, 
cujo procedimento estudaremos ao longo desta aula.
Ademais, a consignação extrajudicial só tem cabimento diante de obrigações em dinheiro, 
isto é, de pagar quantia.
As hipóteses de cabimento (interesse de agir) da Consignação em Pagamento são previs-
tas no art. 335 do Código Civil, nos seguintes termos:
Art. 335. A consignação tem lugar:
I – se o credor não puder, ou, sem justa causa, recusar receber o pagamento, ou dar quitação na 
devida forma;
II – se o credor não for, nem mandar receber a coisa no lugar, tempo e condição devidos;
III – se o credor for incapaz de receber, for desconhecido, declarado ausente, ou residir em lugar 
incerto ou de acesso perigoso ou difícil;
IV – se ocorrer dúvida sobre quem deva legitimamente receber o objeto do pagamento;
V – se pender litígio sobre o objeto do pagamento.
É importante considerar, também o teor do art. 336 do Código Civil:
Art. 336. Para que a consignação tenha força de pagamento, será mister concorram, em relação 
às pessoas, ao objeto, modo e tempo, todos os requisitos sem os quais não é válido o pagamento.
Por conseguinte, deverá o devedor atender a todas as condições acima especificadas para 
o pagamento das parcelas devidas, mesmo na consignação.
Na CLT, os requisitos objetivos e temporais do pagamento dos salários e demais verbas 
trabalhistas constam dos seguintes artigos:
Art. 459 - O pagamento do salário, qualquer que seja a modalidade do trabalho, não deve ser estipulado 
por período superior a 1 (um) mês, salvo no que concerne a comissões, percentagens e gratificações.
§ 1º Quando o pagamento houver sido estipulado por mês, deverá ser efetuado, o mais tardar, até o 
quinto dia útil do mês subsequente ao vencido.
Art. 463 - A prestação, em espécie, do salário será paga em moeda corrente do País.
Parágrafo único. O pagamento do salário realizado com inobservância deste artigo considera-se 
como não feito.
Art. 464 - O pagamento do salário deverá ser efetuado contra recibo, assinado pelo empregado; em 
se tratando de analfabeto, mediante sua impressão digital, ou, não sendo esta possível, a seu rogo.
Parágrafo único. Terá força de recibo o comprovante de depósito em conta bancária, aberta para 
esse fim em nome de cada empregado, com o consentimento deste, em estabelecimento de crédito 
próximo ao local de trabalho.
Art. 465. O pagamento dos salários será efetuado em dia útil e no local do trabalho, dentro do ho-
rário do serviço ou imediatamente após o encerramento deste, salvo quando efetuado por depósito 
em conta bancária, observado o disposto no artigo anterior.
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Ação de Consignação em Pagamento e Ação Monitória
DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO
Gustavo Deitos
Por conseguinte, deverá o empregador atender a todas as condições acima especificadas 
para o pagamento das parcelas trabalhistas devidas, mesmo na consignação.
Dentre as hipóteses de cabimento da consignação em pagamento estabelecidas pelo artigo 
acima, destacam-se, na Justiça do Trabalho, as seguintes situações (mais recorrentes e cotidianas):
• Empresa demite o empregado por justa causa. O empregado recusa-se a receber 
as verbas rescisórias devidas pela cessação contratual por justa causa (salário e 
férias vencidas). A empresa ajuíza Ação de Consignação em Pagamento contra o 
empregado, depositando em conta judicial o valor que entende devido a ele (valor 
das verbas rescisórias do TRCT).
Obs.: � Neste contexto específico, há uma peculiaridade a se ressaltar. Se o empregado, em 
reclamação trabalhista posterior, comprovar que sua dispensa deveria ter sido sem 
justa causa, ele receberá o valor das verbas devidas com base na cessação contratual 
sem justa causa. Até aqui, não há nenhum segredo.
 � Você deve lembrar de que, quando o empregado recebe suas verbas rescisórias APÓS 
os 10 dias seguintes à dispensa, a empresa deve pagar uma multa de um salário (art. 
477, § 8º, CLT) ao empregado, correto? Pois então:
 � O TST entende que, se o empregador ajuizou Ação de Consignação em Pagamento 
DENTRO do prazo de 10 dias após a demissão do empregado por justa causa, o empre-
gador NÃO deve pagar a multa do art. 477, § 8º, da CLT, MESMO QUE a dispensa do 
empregado seja revertida, em reclamação trabalhista, para dispensa sem justa causa.
Um precedente, a título ilustrativo:
JURISPRUDÊNCIA
“[...] RECURSO DE REVISTA. PROCESSO SOB A ÉGIDE DA LEI 13.015/2014. MULTA DO 
ART. 477 DA CLT. AÇÃO DE CONSIGNAÇÃO EM PAGAMENTO. OBSERVÂNCIA AO PRAZO 
DO ART. 477, §6º, DA CLT. Consoante jurisprudência desta Corte, nos casos em que há 
recusa do obreiro em receber o pagamento das verbas rescisórias, somente se o ajuiza-
mento de ação de consignação em pagamento ocorrer dentro do prazo legal é que fica 
afastada a incidência da multa prevista no art. 477, § 8º, da CLT. No caso dos autos, a 
ação de consignação em pagamento foi proposta em observância ao prazo de 10 (dez) 
dias, o que elide a configuração de mora do empregador e evidencia a culpa do credor 
pelo atraso no recebimento. Nesse contexto, o Tribunal Regional decidiu em conformi-
dade com a jurisprudência desta Corte Superior, tanto no sentido de que a multa prevista 
no § 8º do art. 477 da CLT não é aplicada quando houver a culpa do credor pelo atraso, 
quanto diante da orientação de que elide a mora do devedor o ajuizamento de ação de 
consignação em pagamento no prazo do § 6º do preceito celetista. Recurso de revista 
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Ação de Consignação em Pagamento e Ação Monitória
DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO
Gustavo Deitos
não conhecido” (RR-162400-93.2013.5.17.0005, 3ª Turma, Relator Ministro Mauricio Godi-
nho Delgado, DEJT 20/11/2015).
• Empregado abandona o emprego, e a empresa o demite por justa causa, em razão do 
abandono do emprego. Desconhecendo a atual residência do ex-empregado, a empresa 
ajuíza Ação de Consignação em Pagamento, depositando o valor das verbas devidas 
(salário e férias vencidas) em conta judicial, requerendo a busca pelo atual endereço do 
trabalhador, a fim de que ele seja citado para manifestar-se e receber o valor.
• Empregado falece, por qualquer motivo, e a empresa deposita as verbas trabalhistas 
devidas em conta judicial, mediante Açãode Consignação em Pagamento, porque não 
conhece nenhum herdeiro do ex-empregado que possa receber os valores. O mesmo 
pode acontecer quando a empresa não sabe para qual dos herdeiros deve pagar os valo-
res (exemplo: empregado não tinha filhos, mas existem duas mulheres que alegam ser 
companheiras do de cujus).
Embora a parte autora da Ação de Consignação em Pagamento normalmente seja o em-
pregador, também é possível que o empregado a ajuíze.
O maior exemplo prático em que o empregado atua no polo ativo desta ação é quando ele é 
dispensado pela empresa, mas permanece na posse de ferramentas de trabalho, como o carro 
da empresa, os uniformes, materiais manuais, equipamentos eletrônicos etc.
Nesta situação, se a empresa se recusar a receber de volta essas ferramentas, ou não for 
localizada para a respectiva devolução, o empregado poderá ajuizar Ação de Consignação em 
Pagamento, requerendo o depósito desses bens sob responsabilidade do juízo.
1.2. proCedimento e normAs proCessuAis dA Ação de ConsignAção 
em pAgAmento
As partes da ação de consignação em pagamento vivenciam uma lógica distinta da regra 
geral. Estamos acostumados a considerar o autor da ação como o credor, e o réu, o devedor. 
Na ação de consignação, esta lógica é inversa:
• O autor é o devedor, que pretende desonerar-se dos efeitos da mora (obter eficácia 
liberatória).
• O réu é o credor, que dificultou, de alguma forma, o pagamento.
DICA
O autor pode ser denominado, nesta ação, como o consignante.
O réu, por sua vez, pode ser denominado como consignado.
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Ação de Consignação em Pagamento e Ação Monitória
DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO
Gustavo Deitos
O CPC, do art. 539 ao 548, disciplina o procedimento especial da Ação de Consignação em 
Pagamento, em capítulo próprio.
Embora este capítulo aplique-se subsidiariamente ao processo do trabalho, há normas es-
pecíficas ali constantes que não se aplicam ao processo do trabalho, por incompatibilidade 
com preceitos da CLT.
Em seguida, apresentarei comentários a cada artigo do CPC pertinente à Ação de Consig-
nação em Pagamento, com necessárias considerações e associações.
Art. 539. Nos casos previstos em lei, poderá o devedor ou terceiro requerer, com efeito de pagamen-
to, a consignação da quantia ou da coisa devida.
O caput do art. 539 já estabelece a regra pertinente à legitimidade ativa para o ajuizamento 
da ação: o próprio devedor (empregador) ou, até mesmo, um terceiro interessado (como o 
sócio da empresa ou outra empresa do mesmo grupo econômico).
O terceiro poderá ser, ou não, interessado no pagamento da dívida. O fato de o terceiro ser 
ou não um “terceiro interessado” ganha relevância quando da ocorrência das consequências 
do pagamento em consignação por parte do terceiro.
Daniel Assumpção, que transparece o posicionamento doutrinário majoritário, esclarece:
(...) no caso de terceiro juridicamente interessado ocorrerá sub-rogação, de forma que esse terceiro, 
extinta a obrigação por consignação, assume os direitos e ações do credor satisfeito frente ao de-
vedor; no caso de terceiro não interessado, não ocorre sub-rogação, sendo entendida a consignação 
como mera liberalidade deste em favor do devedor.
Explico:
• Se o terceiro for interessado no pagamento da dívida, ele poderá cobrar do primeiro 
devedor, depois do pagamento, o valor que houver consignado. Este é o verdadeiro fenô-
meno da sub-rogação.
• Por outro lado, se o terceiro não for interessado, ele nada poderá cobrar do devedor, en-
tendendo-se, a partir daí, que este terceiro fez uma “graça” ao devedor.
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Ação de Consignação em Pagamento e Ação Monitória
DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO
Gustavo Deitos
§ 1º Tratando-se de obrigação em dinheiro, poderá o valor ser depositado em estabelecimento ban-
cário, oficial onde houver, situado no lugar do pagamento, cientificando-se o credor por carta com 
aviso de recebimento, assinado o prazo de 10 (dez) dias para a manifestação de recusa.
§ 2º Decorrido o prazo do § 1º, contado do retorno do aviso de recebimento, sem a manifestação 
de recusa, considerar-se-á o devedor liberado da obrigação, ficando à disposição do credor a 
quantia depositada.
§ 3º Ocorrendo a recusa, manifestada por escrito ao estabelecimento bancário, poderá ser proposta, den-
tro de 1 (um) mês, a ação de consignação, instruindo-se a inicial com a prova do depósito e da recusa.
§ 4º Não proposta a ação no prazo do § 3º, ficará sem efeito o depósito, podendo levantá-lo o 
depositante.
Os parágrafos do art. 539 cuidam da Consignação Extrajudicial (bancária). Logo de início, 
é importantíssimo destacar que a consignação extrajudicial só tem cabimento diante de obri-
gações em dinheiro (início da redação do § 1º), isto é, de pagar quantia.
Não é possível que o devedor utilize a consignação extrajudicial (bancária) para obrigações de 
entregar coisa, uma vez que a operacionalidade do banco é viável somente diante de obriga-
ções em dinheiro.
Depositado o valor pelo devedor na conta do credor, este terá o prazo de 10 DIAS para re-
cusar o valor depositado. Se o credor nada disser, o devedor poderá considerar-se exonerado 
das obrigações (acontece o efeito de pagamento).
Se, dentro do prazo de 10 dias, o credor recusar o depósito, o devedor terá o prazo de um 
mês para ajuizar a Ação de Consignação em Pagamento (fase judicial).
Obs.: � Esse prazo de um mês, caso perdido pelo devedor, NÃO provoca a perda do direi-
to de consignar em pagamento, pois a única consequência prevista para a perda 
desse prazo é a ineficácia do depósito, caso em que o valor depositado voltará para 
o devedor (§ 4º).
Art. 540. Requerer-se-á a consignação no lugar do pagamento (Cuidado!), cessando para o devedor, 
à data do depósito, os juros e os riscos, salvo se a demanda for julgada improcedente.
A regra de competência territorial para as ações na Justiça do Trabalho é prevista no art. 
651 da CLT. A ação de consignação em pagamento é, também, um dissídio individual, embora 
sujeito a procedimento especial.
Em regra, é competente a Vara do Trabalho do local da prestação dos serviços ao empre-
gador (art. 651). Portanto, a grande maioria da doutrina justrabalhista posiciona-se no sentido 
de que prevalece o foro do local da prestação dos serviços pelo trabalhador, caso o “lugar do 
pagamento” seja diverso daquele.
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Ação de Consignação em Pagamento e Ação Monitória
DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO
Gustavo Deitos
No mesmo sentido, posicionam-se Carlos Henrique Bezerra Leite e Sergio Pinto Martins.
O PULO DO GATO
Por ser de caráter territorial, o lugar do pagamento é um critério relativo de competência. Logo, 
se a ação de consignação em pagamento for ajuizada em outro foro e o consignado nada ale-
gar no momento oportuno, a competência será prorrogada.
O depósito não ocorre ao tempo do ajuizamento da ação. Ele somente ocorre depois que 
o juiz receber a petição inicial e proferir despacho,determinando que o consignante deposite, 
finalmente, o valor em uma conta judicial, à disposição do juízo. Não realizado tal depósito no 
prazo de 5 dias, o processo deverá ser extinto sem resolução do mérito.
Somente em uma hipótese o depósito em dinheiro não precisa ser efetuado durante o proces-
so da consignação: quando, antes do ajuizamento da ação, tenha havido depósito em sede de 
consignação extrajudicial. Neste caso, basta que o devedor (consignante) junte aos autos o 
comprovante de depósito do valor em conta bancária posta à disposição do consignado.
Se tudo ocorrer normalmente e o depósito for realizado, serão cessados, no momento do 
depósito, quaisquer juros e riscos que pudessem ser computados em desfavor do devedor. A 
este fenômeno dá-se o nome de eficácia liberatória (desoneração do devedor).
Se a consignação em pagamento for julgada improcedente, todos os juros e riscos serão con-
tabilizados como se a ação nunca tivesse sido ajuizada. A improcedência da consignação 
ocorrerá em dois casos:
1) Quando o juiz entender, em sentença, que a consignação era incabível;
2) Quando o juiz entender, em sentença, que a consignação foi insuficiente (Informativo n. 
636 do STJ – REsp 1108058/DF, Rel. Ministro Lázaro Guimarães (desembargador convocado 
do TRF 5ª Região), Rel. p/ Acórdão Ministra Maria Isabel Gallotti, Segunda Seção, julgado em 
10/10/2018, DJe 23/10/2018).
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Ação de Consignação em Pagamento e Ação Monitória
DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO
Gustavo Deitos
Art. 541. Tratando-se de prestações sucessivas, consignada uma delas, pode o devedor continuar 
a depositar, no mesmo processo e sem mais formalidades, as que se forem vencendo, desde que o 
faça em até 5 (cinco) dias contados da data do respectivo vencimento.
Este artigo possibilita que, numa mesma ação, o devedor deposite várias parcelas que deva 
ao credor. No prazo de 5 dias após o vencimento de cada parcela, o consignante poderá de-
positar na conta judicial o valor da respectiva parcela, sem mais nenhum tipo de formalidade.
Conforme Marinoni, Arenhart e Mitidiero, a faculdade de depósito parcelado do valor con-
signado (prestações sucessivas) pode ser exercida até o trânsito em julgado da consignação 
em pagamento.
É muito mais rara a hipótese de consignação de prestações sucessivas na Justiça do Tra-
balho. Contudo, não é impossível. É possível imaginarmos o seguinte exemplo fictício:
EXEMPLO
André, caminhoneiro, aceita emprego de JJ Distribuidora de Eletrônicos, que realiza entrega de 
produtos por todo o Brasil, utilizando-se de caminhões. A empresa sedia-se em Macapá (AP).
André responsabiliza-se por realizar viagem de duração de cinco meses, passando por quase 
todas as cidades do sul e sudeste do Brasil. O salário de André seria pago até o 5º dia útil do 
mês subsequente ao trabalhado.
Ao depositar em conta bancária o salário de André, a empresa percebe que o número da conta 
era equivocado. Logo, a empresa tenta entrar em contato com André, sem sucesso. Agora, a 
empresa não sabe para quem deve entregar os valores dos salários, e André não responde às 
tentativas de contato.
A empresa sabe que André está executando o contrato normalmente, pois os clientes comuni-
cam que André realmente descarregou a carga no local apropriado, no dia combinado.
Nesta hipótese, como a empresa sabe que André está executando suas obrigações, mas não 
consegue ter contato com ele para pegar novo número de conta bancária, poderá consignar, no 
prazo de até 5 dias após o vencimento de cada salário, o valor deste, em conta judicial.
Perceba: até 5 dias APÓS o 5º dia útil (5 dias após o vencimento da obrigação).
Art. 542. Na petição inicial, o autor requererá:
I – o depósito da quantia ou da coisa devida, a ser efetivado no prazo de 5 (cinco) dias contados do 
deferimento, ressalvada a hipótese do art. 539, § 3º;
II – a citação do réu para levantar o depósito ou oferecer contestação.
Parágrafo único. Não realizado o depósito no prazo do inciso I, o processo será extinto sem resolu-
ção do mérito.
Estes dois pedidos são obrigatórios na petição inicial da ação de consignação em pagamento.
Se o juiz perceber que, realmente, existe interesse de agir para a propositura da ação de 
consignação em pagamento (mediante enquadramento em uma das hipóteses do art. 335 do 
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Código Civil), ele proferirá decisão deferindo o pedido de depósito e ordenando que o autor 
deposite o valor em conta judicial no prazo de 5 DIAS.
Não se realizando o depósito em 5 dias, a ação será extinta sem mérito, e o devedor, con-
denado ao pagamento de custas processuais, salvo se for beneficiário da justiça gratuita.
Somente depois de efetuado o depósito é que o consignado (réu) será citado para aceitar 
o valor depositado ou, querendo, apresentar contestação, alegando alguma(s) das matérias do 
rol do art. 544, adiante comentado.
Art. 543. Se o objeto da prestação for coisa indeterminada e a escolha couber ao credor, será este 
citado para exercer o direito dentro de 5 (cinco) dias, se outro prazo não constar de lei ou do contra-
to, ou para aceitar que o devedor a faça, devendo o juiz, ao despachar a petição inicial, fixar lugar, dia 
e hora em que se fará a entrega, sob pena de depósito.
Coisa indeterminada é aquela que, mesmo sendo definida pelo gênero e pela quantidade, 
não teve sua qualidade definida.
EXEMPLO
Um contrato de compra e venda de um carro popular novo (zero quilômetros) define gênero 
(carro) e quantidade (um), mas não define sua qualidade (marca, modelo etc.).
Tendo-se em vista que as relações de trabalho não admitem contraprestação em forma 
de coisa indeterminada, nem a realização de trabalho de forma indeterminada, este artigo não 
tem aplicabilidade prática na seara processual trabalhista.
Art. 544. Na contestação, o réu poderá alegar que:
I – não houve recusa ou mora em receber a quantia ou a coisa devida;
II – foi justa a recusa;
III – o depósito não se efetuou no prazo ou no lugar do pagamento;
IV – o depósito não é integral.
Parágrafo único. No caso do inciso IV, a alegação somente será admissível se o réu indicar o mon-
tante que entende devido.
Antes de tudo, convém lembrar que, após ser citado, o consignado poderá tomar duas ati-
tudes, como bem entender:
• Aceitar o valor consignado, caso em que o processo terminará;
• Apresentar contestação.
As possíveis alegações do empregado-réu (incisos I a IV) destinam-se a atacar os pressu-
postos jurídicos básicos da consignação em pagamento.
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Os incisos do artigo ora em comento configuram causas extintivas, modificativas ou im-
peditivas à pretensão do consignante, a depender da situação. Os fundamentos de defesa ali 
enumerados são defesas materiais indiretas.
Se o consignadoalegar que o depósito não é integral (ou seja, que é insuficiente), ele de-
verá indicar, com as provas que tiver, o montante que realmente entende como devido. Essa 
hipótese – prevista no inciso IV –, todavia, nas palavras de Bezerra Leite: “é de duvidosa apli-
cação no processo do trabalho, haja vista que nem sempre é possível precisar o montante 
dos créditos a que o trabalhador (consignado) faz jus, mormente quando há a necessidade de 
prova pericial, testemunhal etc.”.
No caso de o consignado criar controvérsia quanto ao valor que deveria ser depositado, 
fica evidenciada a natureza dúplice da ação de consignação em pagamento.
Nos dizeres de Marinoni, Mitidiero e Arenhart, a natureza dúplice desta ação consiste no 
fato de que a rejeição da pretensão do consignante (depósito do valor e eficácia liberatória) 
pode implicar tutela favorável a uma pretensão implícita do consignado (complementação 
do valor depositado).
Como regra geral, a rejeição de um pedido em uma ação judicial qualquer não significa 
nada além de sua própria rejeição. Perceba: quando na consignação uma pretensão é rejeitada 
(depósito de um valor), outra é automaticamente acolhida (depósito de valor maior). Trata-se 
da natureza dúplice, presente na ação de consignação em pagamento.
Art. 545. Alegada a insuficiência do depósito, é lícito ao autor completá-lo, em 10 (dez) dias, salvo 
se corresponder a prestação cujo inadimplemento acarrete a rescisão do contrato.
§ 1º No caso do caput, poderá o réu levantar, desde logo, a quantia ou a coisa depositada, com a 
consequente liberação parcial do autor, prosseguindo o processo quanto à parcela controvertida.
§ 2º A sentença que concluir pela insuficiência do depósito determinará, sempre que possível, o 
montante devido e valerá como título executivo, facultado ao credor promover-lhe o cumprimento 
nos mesmos autos, após liquidação, se necessária.
Se ficar comprovado que o valor devido pelo empregador seria, na verdade, um valor maior, 
o empregador, reconhecendo essa diferença, poderá depositar o valor restante em 10 dias.
Mesmo antes da consumação deste prazo, o empregado poderá levantar, mediante alvará 
judicial, o valor parcialmente depositado, porque se trata de valor incontroversamente devido.
Se o prazo de 10 dias passar sem que o consignante-empregador deposite o valor faltante, 
e deixando o empregador de se manifestar na sequência do processo, o juiz proferirá sentença 
declarando o valor que realmente é devido. Logo, o empregado-consignado poderá, no mesmo 
processo, promover a execução do empregador.
Art. 546. Julgado procedente o pedido, o juiz declarará extinta a obrigação e condenará o réu ao 
pagamento de custas e honorários advocatícios.
Parágrafo único. Proceder-se-á do mesmo modo se o credor receber e der quitação.
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A ideia do legislador é a seguinte: se o credor-consignado deixou que o devedor chegasse 
ao ponto de ajuizar ação de consignação em pagamento (após frustrada a tentativa de paga-
mento por via extrajudicial), o consignado deve pagar as custas do processo, bem como os 
honorários de sucumbência ao advogado do consignante (devedor).
EXEMPLO
O ex-empregador e devedor Love Ltda. ajuizou Ação de Consignação em Pagamento contra 
Elkeson, credor e ex-empregado, que se recusara a receber o valor devido. O valor da consigna-
ção era de R$ 5.000,00. Logo, o valor da ação também era este.
Elkeson, aceita receber esses R$ 5.000,00 e dá quitação da obrigação. O juiz fixa os honorários 
advocatícios em R$ 500,00 (10% sobre o valor da causa).
Dessa forma, Elkeson receberá, no fim, somente R$ 4.500,00, a menos que seja beneficiário da 
justiça gratuita.
Existe uma regra especial que se depreende do art. 546.
Imagine que o autor, por exemplo, deposita a quantia de R$ 10.000,00 em ação de consignação 
em pagamento para o réu, e o réu demonstra que o depósito é insuficiente, eis que a dívida 
líquida seria de R$ 15.000,00. Neste caso, o autor teve de complementar o depósito com mais 
R$ 5.000,00, totalizando-se os R$ 15.000,00 realmente devidos. Nesse contexto, a regra do 
ônus da sucumbência será diferenciada.
Entende a doutrina majoritária que, diante desta situação, a parte vencida é o próprio autor, pois 
o valor depositado em conta judicial é maior do que o valor apontado pelo autor como devido.
Logo, é o autor quem deverá pagar as custas e os honorários advocatícios.
Este entendimento é adotado pela FGV.
Art. 547. Se ocorrer dúvida sobre quem deva legitimamente receber o pagamento, o autor requererá 
o depósito e a citação dos possíveis titulares do crédito para provarem o seu direito.
É relativamente frequente que a empresa, diante do falecimento de um empregado seu, tenha 
ao menos uma ideia de quem são os filhos e demais parentes próximos do empregado falecido.
A empresa, suponhamos, conhece três filhos do falecido, e não sabe a quem deve pagar as 
verbas trabalhistas remanescentes do contrato.
Num contexto como esse, a empresa pode ajuizar a Ação de Consignação em Pagamento 
contra todos aqueles que ela achar que podem receber, embora não saiba a qual, exatamente, 
deve pagar.
Esses pretendentes ao pagamento deverão, no processo, esclarecer as questões ne-
cessárias à descoberta do correto credor.
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Art. 548. No caso do art. 547:
I – não comparecendo pretendente algum, converter-se-á o depósito em arrecadação de coisas vagas;
II – comparecendo apenas um, o juiz decidirá de plano;
EXEMPLO
Se três pessoas forem citadas na ação e apenas uma se manifestar no prazo, esta pessoa que 
se manifestou receberá todo o valor.
III – comparecendo mais de um, o juiz declarará efetuado o depósito e extinta a obrigação, continuan-
do o processo a correr unicamente entre os presuntivos credores, observado o procedimento comum.
Se a única divergência no processo existir entre os sujeitos que se consideram credo-
res (presuntivos credores), o devedor (consignante) obterá, assim que efetuar o depósito, 
a eficácia liberatória pretendida.
Nesta situação, o processo continuará somente com a participação dos credores, que 
litigarão de modo a convencer o juiz acerca de quem é a pessoa legitimada a receber os 
valores depositados.
1.3. possibilidAde de reConvenção nA Ação de ConsignAção em 
pAgAmento
Algo que ocorre com relativa frequência nas ações de consignação em pagamento ajuiza-
das perante a Justiça do Trabalho é o oferecimento de reconvenção contra o empregador, em 
razão de o valor por ele depositado ser inferior àquele que o empregado entende devido.
Essa controvérsia é comum, especialmente, quando o empregador deposita as verbas de-
vidas por cessação contratual por justa causa, mas o empregado pretende demonstrar que 
não cometeu falta grave que tipificasse justa causa.
Embora a Instrução Normativa n. 39 do TST nada fale sobre a aplicação subsidiária do 
instituto da Reconvenção ao processo do trabalho, é pacífico na doutrina e na jurisprudência o 
cabimento desta peça específica na seara laboral.
A Reconvenção é um instituto processual estruturado no CPC que possui o dom de ser, ao 
mesmo tempo, uma respostado réu e uma ação nova.
Isso quer dizer que o oferecimento de Reconvenção só se mostra possível quando outra 
pessoa (parte autora e, em seguida, reconvinda) ajuíza uma ação contra o reconvinte (que 
oferece a reconvenção). A reconvenção é oferecida na oportunidade de resposta/contestação, 
mas tem natureza de ação nova, que tramita nos mesmos autos do processo principal, em que 
foi protocolada a petição inicial.
Embora a reconvenção tenha natureza de ação nova – por veicular pretensão própria do 
reclamado, agora reconvinte –, os direitos postulados na reconvenção devem ter CONEXÃO 
com a ação principal ou com as razões defensivas: devem ter alguma relação com os pedidos 
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formulados na petição inicial do reclamante, ou direta relação com os fundamentos que justi-
ficam a defesa oferecida em contestação (art. 343 do CPC).
É por isso que a discussão sobre a modalidade de rescisão contratual (por justa causa 
ou sem justa causa) costuma ocorrer em ações de consignação em pagamento: há perfei-
ta conexão entre os fundamentos da ação consignatória (justa causa) e os da defesa (não 
houve justa causa).
EXEMPLO
Jânio Confeiteiro ME ajuíza ação de consignação em pagamento na Justiça do Trabalho, depo-
sitando em juízo os valores que entende devidos ao ex-empregado Pedrinho, demitido por 
justa causa, por supostamente ter cometido ato de improbidade.
Pedrinho, inconformado com o fundamento de sua demissão, procura seu advogado, que, até 
o dia da audiência, oferece, juntamente com a contestação, uma RECONVENÇÃO, alegando 
que sua dispensa foi imotivada e que, portanto, os valores depositados por Jânio Confeiteiro 
ME são muito menores do que o montante realmente devido.
Estas duas pretensões contrárias (reclamação principal e reconvenção) tramitarão nos autos 
do mesmo processo.
2. Ação monitóriA
A ação monitória consiste em procedimento especial destinado a tornar exequível (passí-
vel de execução) uma dívida comprovada por prova escrita (documental) que ainda não tenha 
eficácia de título executivo.
A ação monitória na Justiça do Trabalho observa as mesmas regras de competência ter-
ritorial de todos os dissídios individuais comuns: Vara do Trabalho do lugar da prestação dos 
serviços (art. 651 da CLT).
Além do mais, para que a Justiça do Trabalho seja materialmente competente, a dívida 
sem eficácia de título executivo deve derivar das relações de trabalho (art. 114, inciso I, Cons-
tituição Federal).
Grandes exemplos de documentos demonstrativos de dívida que não têm eficácia de título 
executivo são: cheque prescrito, duplicata sem aceite, nota promissória prescrita, contrato de 
abertura de crédito em conta corrente acompanhado do demonstrativo de débito e extratos 
autênticos de escritos contábeis.
A doutrina é divergente a respeito da natureza da ação monitória, se é de conhecimento 
ou de execução. A maioria perfilha a corrente de que a ação monitória é uma ação de conhe-
cimento, porque, se ainda não existe um título executivo, não é possível a utilização de meios 
propriamente executórios logo de início.
No conceito de “dívida”, englobe as hipóteses do art. 700 do CPC, a seguir citadas:
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Art. 700. A ação monitória pode ser proposta por aquele que afirmar, com base em prova escrita 
sem eficácia de título executivo, ter direito de exigir do devedor capaz:
I – o pagamento de quantia em dinheiro;
II – a entrega de coisa fungível ou infungível ou de bem móvel ou imóvel;
III – o adimplemento de obrigação de fazer ou de não fazer.
A ação monitória destina-se a conseguir o adimplemento (cumprimento) de obrigações de 
pagar quantia, entregar algo e fazer ou não fazer algo. Caso o devedor não cumpra tal obri-
gação – quando reconhecida na ação monitória –, a execução será viabilizada por meio da 
constituição de título executivo.
A prova escrita é aquela que, por lei, não pode justificar uma execução forçada de imediato, 
mas confere um certo “juízo de probabilidade” da existência da dívida. Afinal, a força executiva 
é conferida por lei somente àqueles documentos nela expressos (art. 784 do CPC, que elenca 
os títulos executivos extrajudiciais), e às decisões judiciais (títulos executivos judiciais).
Para você ter uma ideia do que seria a prova escrita, cito a Súmula 247 do STJ, que enuncia:
JURISPRUDÊNCIA
Súmula 247 do STJ
O contrato de abertura de crédito em conta-corrente, acompanhado do demonstrativo de 
débito, constitui documento hábil para o ajuizamento da ação monitória.
O contrato de abertura de crédito em conta corrente, acompanhado do demonstrativo do 
débito, não tem força de título executivo, mas demonstra a existência do débito. Logo, a ação 
monitória é a ação adequada para tanto (conferir força executiva a documento sem eficácia de 
título executivo – art. 700 do CPC).
Portanto, a ação monitória destina-se a conseguir o adimplemento (cumprimento) de obri-
gações de pagar quantia, entregar algo e fazer ou não fazer algo. Caso o devedor não cumpra 
tal obrigação – quando reconhecida na ação monitória –, a execução será viabilizada por meio 
da constituição de título executivo.
Vejamos, agora, as demais regras aplicáveis ao ajuizamento da ação monitória:
§ 1º A prova escrita pode consistir em prova oral documentada, produzida antecipadamente nos 
termos do art. 381.
O CPC admite a prova oral como elemento fundamental da cobrança da dívida na ação 
monitória, desde que tal prova seja documentada posteriormente.
EXEMPLO
Diálogo por telefone transcrito em ata notarial redigida em Cartório.
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Tal dispositivo confirma que as provas pré-constituídas para ajuizamento de ação monitó-
ria devem ter natureza documental.
§ 2º Na petição inicial, incumbe ao autor explicitar, conforme o caso:
I – a importância devida, instruindo-a com memória de cálculo;
II – o valor atual da coisa reclamada;
III – o conteúdo patrimonial em discussão ou o proveito econômico perseguido.
O enunciado do § 2º diz “conforme o caso” porque o inciso a ser observado dependerá da 
natureza da dívida cobrada: obrigação de pagar quantia, obrigação de entregar coisa, obriga-
ção de fazer ou de não fazer.
DICA
INCISO I – Indicação da importância devida: para OBRIGA-
ÇÕES DE PAGAR QUANTIA
INCISO II – Indicação do valor atual da coisa: para OBRIGA-
ÇÕES DE ENTREGAR COISA
INCISO III – Indicação do conteúdo patrimonial ou do proveito 
econômico visado: para OBRIGAÇÕES DE FAZER ou NÃO FAZER.
O valor dado à causa deve coincidir com a importância da quantia cobrada, do valor atual 
da coisa ou do substrato patrimonial/econômico da obrigação de fazer ou não fazer, conforme 
o caso (§ 3º).
Caso a parte autoranão faça as indicações desses incisos, de acordo com a natureza da 
dívida cobrada, a ação monitória será extinta sem resolução do mérito, por consequência do 
indeferimento da respectiva petição inicial (§ 4º).
§ 3º O valor da causa deverá corresponder à importância prevista no § 2º, incisos I a III.
§ 4º Além das hipóteses do art. 330, a petição inicial será indeferida quando não atendido o disposto 
no § 2º deste artigo.
§ 5º Havendo dúvida quanto à idoneidade de prova documental apresentada pelo autor, o juiz inti-
má-lo-á para, querendo, emendar a petição inicial, adaptando-a ao procedimento comum.
É possível que o juiz entenda que a prova apresentada pelo autor não tenha formalidade 
suficiente para ser considerada como prova documental. Nesse contexto, já que tal prova deve 
necessariamente acompanhar a petição inicial, pode o juiz determinar que a emenda da inicial 
para que o autor dê natureza documental à prova, ou consiga outra.
§ 6º É admissível ação monitória em face da Fazenda Pública.
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Gustavo Deitos
Antes do CPC de 2015, havia grande controvérsia doutrinária e jurisprudencial acerca do 
cabimento de ação monitória contra a Fazenda Pública. Pelo fato de prevalecer a tese de que 
a ação monitória é uma ação de conhecimento, prevalecia também, por consequência, a tese 
de que cabia ação monitória em face da Fazenda Pública.
Inclusive, isso levou o STJ a editar a Súmula n. 339: “É cabível ação monitória contra a Fa-
zenda Pública”.
A partir do CPC de 2015, tal discussão foi encerrada, pois o § 6º, acima, admite expressa-
mente a ação monitória contra entes e entidades com personalidade jurídica de direito público.
§ 7º Na ação monitória, admite-se citação por qualquer dos meios permitidos para o procedimento 
comum.
Inclusive, cabe destacar que é possível que o réu seja citado, diretamente, para cumprir a 
obrigação, independentemente de defesa ou manifestação. Sim, esta é uma das hipóteses 
excepcionais em que o contraditório é diferido (postergado), por determinação do próprio CPC.
Quanto ao procedimento da ação monitória após o despacho da petição inicial, estas são 
as regras previstas no CPC, nos seguintes termos:
Art. 701. Sendo evidente o direito do autor, o juiz deferirá a expedição de mandado de pagamento, 
de entrega de coisa ou para execução de obrigação de fazer ou de não fazer, concedendo ao réu 
prazo de 15 (quinze) dias para o cumprimento e o pagamento de honorários advocatícios de cinco 
por cento do valor atribuído à causa.
§ 1º O réu será isento do pagamento de custas processuais se cumprir o mandado no prazo.
§ 2º Constituir-se-á de pleno direito o título executivo judicial, independentemente de qualquer for-
malidade, se não realizado o pagamento e não apresentados os embargos previstos no art. 702, 
observando-se, no que couber, o Título II do Livro I da Parte Especial.
O caput do art. 701 trata do mandado monitório. O juiz ordenará a expedição deste man-
dado quando, ao analisar a prova escrita apresentada pelo autor, ficar convencido da probabili-
dade da existência da dívida. Neste caso, o réu terá 15 dias para cumprir a obrigação tida pelo 
juiz como evidente/provável.
A evidência/probabilidade do direito do autor da ação monitória torna possível a expedição 
do mandado monitório para pagamento antes da oitiva do réu. Logo, nesta hipótese, o contra-
ditório será diferido. Quanto à desnecessidade de prévio contraditório (hipótese excepcional), 
assim dispõe o art. 9º do CPC:
Art. 9º Não se proferirá decisão contra uma das partes sem que ela seja previamente ouvida.
Parágrafo único. O disposto no caput não se aplica:
I – à tutela provisória de urgência;
II – às hipóteses de tutela da evidência previstas no art. 311, incisos II e III;
III – à decisão prevista no art. 701.
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Mais adiante, trataremos sobre os embargos monitórios. Contudo, é preciso que você sai-
ba desde já que o réu pode evitar a constituição do título executivo judicial opondo os embar-
gos monitórios. Conforme o § 4º do art. 702, tais embargos suspendem a decisão judicial que 
ordena o cumprimento da obrigação.
Portanto, se os embargos monitórios não forem opostos e o réu simplesmente não pagar 
a obrigação cobrada, a dívida cobrada pelo autor deixará de ser um mero documento escrito 
e passará a ter natureza de título executivo judicial, que, doravante, poderá ser executado me-
diante regular procedimento de cumprimento de sentença.
Passadas essas questões, analisaremos o restante do procedimento especial da ação 
monitória:
§ 3º É cabível ação rescisória da decisão prevista no caput quando ocorrer a hipótese do § 2º.
Se o título executivo judicial for definitivamente constituído, haverá coisa julgada material. 
Logo, será cabível ação rescisória contra tal decisão.
§ 4º Sendo a ré Fazenda Pública, não apresentados os embargos previstos no art. 702, aplicar-se-á 
o disposto no art. 496, observando-se, a seguir, no que couber, o Título II do Livro I da Parte Especial.
Em razão de a ação monitória ser uma ação de conhecimento, a decisão que reconhecer 
a dívida da Fazenda Pública será de natureza condenatória. Logo, deverão ser observados os 
limites do art. 496, relativos à imposição de remessa necessária (reexame necessário) do pro-
cesso ao tribunal superior, em razão do valor da condenação, nas seguintes proporções:
• União e respectivas autarquias e fundações: 1000 salários mínimos;
• Estados, respectivas autarquias e fundações e Municípios que sejam capitais estaduais: 
500 salários mínimos;
• Municípios e respectivas autarquias e fundações: 100 salários mínimos.
§ 5º Aplica-se à ação monitória, no que couber, o art. 916.
O art. 916 do CPC trata do parcelamento das dívidas cobradas em execução. Tal artigo se 
aplica à ação monitória, permitindo, portanto, que o réu da ação monitória parcele sua dívida 
em até seis vezes (quando for de pagar quantia em dinheiro), desde que ele deposite 30% do 
débito total de forma antecipada.
Art. 702. Independentemente de prévia segurança do juízo, o réu poderá opor, nos próprios autos, 
no prazo previsto no art. 701, embargos à ação monitória.
§ 1º Os embargos podem se fundar em matéria passível de alegação como defesa no procedimento 
comum.
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Ação de Consignação em Pagamento e Ação Monitória
DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO
Gustavo Deitos
Os Embargos Monitórios (ou embargos à ação monitória) têm caráter de contestação, na 
qual deve ser alegada toda a defesa cabível à hipótese, com todos os elementos impeditivos, 
modificativos ou extintivos da obrigação dobrada pelo autor.
Os embargos monitórios podem ser interpostos sem qualquer preparo/depósito. Não exis-
te necessidade de garantia do juízo para oposição desses embargos, e essa é umadas carac-
terísticas que afastam o procedimento da ação monitória ainda mais do procedimento execu-
tório, porque no executório a garantia do juízo seria, em regra, obrigatória.
Quanto ao prazo, o CPC deixa claro que é de 15 dias. Alguns autores, como Bezerra Leite, 
sustentam que a compatibilização dos embargos ao processo do trabalho levaria o prazo a ser 
de 5 dias, em adaptação ao art. 884, que estabelece o prazo de 5 dias para os embargos à exe-
cução. Esse argumento, no entanto, parece esbarrar no entendimento de que a ação monitória 
é uma ação de conhecimento, e não de execução.
Essa divergência quanto ao prazo ainda não foi solucionada. Para provas, é mais seguro 
levar consigo o prazo previsto no CPC: 15 DIAS, a contar da expedição do mandado para cum-
primento da obrigação (pagar, entregar, fazer ou não fazer).
Obs.: � O prazo para apresentação de embargos à ação monitória é o mesmo interstício tem-
poral no qual o réu deve cumprir a obrigação. Os 15 dias para as duas coisas (embar-
gos e pagamento), embora elas sejam frontalmente contrárias, transcorrem no mesmo 
lapso temporal universal.
§ 2º Quando o réu alegar que o autor pleiteia quantia superior à devida, cumprir-lhe-á declarar de ime-
diato o valor que entende correto, apresentando demonstrativo discriminado e atualizado da dívida.
§ 3º Não apontado o valor correto ou não apresentado o demonstrativo, os embargos serão liminar-
mente rejeitados, se esse for o seu único fundamento, e, se houver outro fundamento, os embargos 
serão processados, mas o juiz deixará de examinar a alegação de excesso.
A lógica desses dois parágrafos é simples: se o réu alega que a obrigação devida é, na ver-
dade, menor que a cobrança do autor, o réu está confessando a existência do débito.
Dessa forma, o réu deverá cumprir dois encargos, cumulativamente:
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Ação de Consignação em Pagamento e Ação Monitória
DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO
Gustavo Deitos
• Declarar o valor que entende devido, ainda, ao autor;
• Apresentar cálculo demonstrativo individualizado e atualizado da dívida.
Conforme o § 3º, se quaisquer desses dois encargos não for cumprido, os embargos à 
ação monitória serão liminarmente rejeitados se a única razão jurídica que os sustentam for 
essa. Se houver outros fundamentos, os embargos serão analisados somente com vistas aos 
argumentos restantes.
§ 4º A oposição dos embargos suspende a eficácia da decisão referida no caput do art. 701 até o 
julgamento em primeiro grau.
Acima, foi feita observação no sentido de que o lapso temporal de 15 dias após a expedi-
ção do mandado para cumprimento da obrigação dá início a dois prazos, que correm ao mes-
mo tempo. Nesse lapso de 15 dias, o réu poderá fazer uma dentre estas duas coisas:
• Cumprir voluntariamente a obrigação
Obs.: � Se fizer isso no prazo, o réu ficará isento de custas, mas deverá pagar honorários advo-
catícios igualmente.
• Apresentar embargos à ação monitória
Se o réu optar pela segunda opção (embargos), os efeitos da decisão judicial que ordena o 
cumprimento da obrigação em 15 dias ficarão suspensos. Isso serve para que o réu exerça o 
contraditório com tranquilidade.
§ 5º O autor será intimado para responder aos embargos no prazo de 15 (quinze) dias.
§ 6º Na ação monitória admite-se a reconvenção, sendo vedado o oferecimento de reconvenção à 
reconvenção.
A Reconvenção é um instituto processual estruturado no CPC que possui o dom de ser, ao 
mesmo tempo, uma resposta do réu e uma ação nova.
Isso quer dizer que o oferecimento de Reconvenção só se mostra possível quando outra 
pessoa (parte autora e, em seguida, reconvinda) ajuíza uma ação contra o reconvinte (que 
oferece a reconvenção). A reconvenção é oferecida na oportunidade de resposta/contestação, 
mas tem natureza de ação nova, que tramita nos mesmos autos do processo principal, em que 
foi protocolada a petição inicial.
Embora a reconvenção tenha natureza de ação nova – por veicular pretensão própria do 
reclamado, agora reconvinte –, os direitos postulados na reconvenção devem ter CONEXÃO 
com a ação principal ou com as razões defensivas: devem ter alguma relação com os pedidos 
formulados na petição inicial do reclamante, ou direta relação com os fundamentos que justi-
ficam a defesa oferecida em contestação.
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Gustavo Deitos
Na ação monitória, a reconvenção pode ser vislumbrada quando a parte ré pretende com-
provar que o débito tido com o autor, na verdade, é diferente ou não existe, por diversas outras 
razões de fato.
EXEMPLO
Pedro ajuizou ação monitória na Justiça do Trabalho contra a sociedade empresária JJ Roupas 
S/A, cobrando determinada gratificação que a empresa lhe teria oferecido como contrapresta-
ção a certa meta de produtividade estabelecida.
Como prova dessa dívida, Pedro possui um áudio enviado por aplicativo de mensagens instan-
tâneas devidamente transcrito em ata notarial (prova oral documentada).
A empresa JJ Roupas, indignada com a cobrança, apresenta reconvenção, com vistas a com-
provar que Pedro não faz jus à requerida gratificação. Na reconvenção, a empresa pretende 
comprovar que Pedro não atingiu as metas de produtividade estabelecidas, embora a gratifi-
cação realmente tenha sido prometida por meio do aplicativo de mensagens, informalmente.
Neste caso, Pedro pode apresentar resposta à reconvenção, mas não pode apresentar outra 
reconvenção, pois se isso fosse possível o processo nunca terminaria.
§ 7º A critério do juiz, os embargos serão autuados em apartado, se parciais, constituindo-se de 
pleno direito o título executivo judicial em relação à parcela incontroversa.
Imagine que numa ação monitória o autor alega que é credor de duas obrigações (uma de pa-
gar quantia e outra de fazer), e que o réu apresenta dois argumentos nos embargos monitórios:
1º argumento: a quantia devida na obrigação de pagar quantia é inferior
2º argumento: a obrigação de fazer já prescreveu
Por ter alegado que o valor da obrigação de pagar quantia era menor, o réu deveria in-
formar o valor realmente devido e juntar demonstrativo atualizado e discriminado, coisas 
que não fez. Logo, os embargos serão liminarmente rejeitados naquela parte, e será imedia-
tamente constituído título executivo judicial para que o autor possa executar, se quiser, a 
obrigação de pagar quantia.
Todavia, neste nosso exemplo, os embargos ainda geram controvérsia processual no que diz 
respeito à obrigação de fazer. Logo, é possível que o juiz, por medida de celeridade, organização 
e economia processual, determine a separação dos embargos: a parte já rejeitada (obrigação de 
pagar quantia) é executada em um novo volume de autos, enquanto a parte ainda controversa 
(obrigação de fazer) continua tramitando nos autos do processo da ação monitória.
§ 8º Rejeitados os embargos, constituir-se-á de pleno direito o título executivo judicial, prosseguindo-
-se o processo em observância ao disposto no Título II do Livro I da Parte Especial, no que for cabível.
O referido título é o do “cumprimento de sentença”. Em se tratando de ação monitória no 
processo do trabalho, o procedimento subsequente seria o da execução trabalhista.
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A rejeição dos embargos monitórios significa “procedência” da ação monitória. Logo, ten-
do o autor da ação monitória o título executivo da obrigação em mãos, caberá a ele promover 
a competente execução, observando seu devido procedimento.
Portanto, após a constituição do título executivo judicial na ação monitória tramitada na 
Justiça do Trabalho, o procedimento executivo será o próprio do processo trabalhista, repre-
sentado no mapa mental abaixo:
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§ 9º Cabe apelação contra a sentença que acolhe ou rejeita os embargos.
Como dito, a rejeição dos embargos monitórios importa procedência da ação monitória, 
enquanto o acolhimento dos embargos monitórios acarreta improcedência da ação monitória.
Portanto, cabe Recurso Ordinário – no processo do trabalho – contra a sentença de proce-
dência/improcedência.
§ 10. O juiz condenará o autor de ação monitória proposta indevidamente e de má-fé ao pagamento, 
em favor do réu, de multa de até dez por cento sobre o valor da causa.
§ 11. O juiz condenará o réu que de má-fé opuser embargos à ação monitória ao pagamento de 
multa de até dez por cento sobre o valor atribuído à causa, em favor do autor.
O reconhecimento de ato de má-fé sempre depende do entendimento do juiz.
Aqui, não se trata da clássica “litigância de má-fé”, cujos atos configuradores são elencados no 
art. 793-B da CLT. A má-fé a que se referem este dois parágrafos é um elemento mais genérico, 
concretizado no caso concreto pela interpretação do juiz da causa.
De forma basilar, podemos partir do pressuposto de que todo ato de má-fé decorre de uma 
conduta que, normalmente, não é praticada por uma pessoa que tenha a estrita intenção de 
defender os direitos de que é titular. Na verdade, o ato de má-fé é um ato praticado por alguém 
que pretende, lesar o patrimônio jurídico de outra pessoa como circunstância necessária para 
desonerar o seu próprio patrimônio.
No mais, você precisa memorizar os três elementos estruturantes desta multa especial:
• O percentual é fixo (10%, somente). Não há nenhuma variação, como ocorre nos atos de 
litigância de má-fé clássicos.
• A multa é sempre calculada sobre o valor da causa. Não há variações quanto ao valor da 
condenação ou do proveito econômico.
• O valor final da multa (10% do valor da causa) é pago à parte contrária (parte lesada).
Esta multa especial só é aplicável quando a má-fé nortear o próprio ajuizamento da ação ou 
o próprio oferecimento dos embargos. Portanto, se houver ato de litigância de má-fé no meio 
desse processo (sem que tenha havido má-fé no momento do ajuizamento da ação ou do ofe-
recimento dos embargos), os atos de litigância de má-fé poderão normalmente ser verificados, 
e a multa do art. 793-C da CLT ser aplicada.
Obs.: � Base de cálculo e percentual não dois elementos matemáticos invariáveis na definição 
desta multa especial (má-fé em ação monitória).
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DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO
Gustavo Deitos
EXERCÍCIOS
001. (2017/FGV/OAB) Jorge foi dispensado e, no dia designado para homologação da ruptura 
contratual, a empresa informou que não tinha dinheiro para pagar a indenização. O TRCT esta-
va preenchido, com o valor total de R$ 5.000,00 que Jorge deveria receber. Diante da situação 
narrada pela empresa e da extrema necessidade de Jorge, o sindicato concordou em fazer a 
homologação apenas para liberar o FGTS e permitir o acesso ao seguro-desemprego, lançan-
do no TRCT um carimbo de que nada havia sido pago. Jorge, então, ajuizou ação monitória na 
Justiça do Trabalho, cobrando a dívida de R$ 5.000,00. Sobre a situação narrada, assinale a 
afirmativa correta.
a) O comportamento de Jorge é viável, sendo que, nesse caso, o juiz expedirá mandado de 
pagamento, nos moldes do CPC.
b) Na Justiça do Trabalho, a ação monitória somente é possível em causas de até dois salários 
mínimos, sendo que da sentença não caberá recurso, o que não é a hipótese retratada.
c) Jorge deveria ajuizar ação de execução de título extrajudicial, que é a natureza jurídica do 
TRCT preenchido, mas não quitado.
d) Jorge agiu mal, porque não cabe ação monitória na Justiça do Trabalho, em razão da incom-
patibilidade de procedimentos.
002. (2019/FCC/AFAP/ANALISTA DE FOMENTO/ADVOGADO) Em relação à ação monitoria, 
considere:
I – A ação monitória pode ser proposta por aquele que afirmar, com base em prova escrita sem 
eficácia de título executivo, ter direito de exigir do devedor capaz o pagamento de valor em di-
nheiro ou o adimplemento de obrigação de fazer ou de não fazer, exclusivamente.
II – É admissível ação monitória em face da Fazenda Pública.
III – Havendo dúvida quanto à idoneidade de prova documental apresentada pelo autor, o juiz 
intimá-lo-á para, querendo, emendar a petição inicial, adaptando-a ao procedimento comum.
IV – Desde que previamente seguro o juízo, o réu poderá opor, nos próprios autos, no prazo de 
quinze dias, embargos à ação monitória.
V – Quando o réu alegar que o autor pleiteia quantia superior à devida, cumprir-lhe-á declarar de 
imediato o valor que entende correto, apresentando demonstrativo discriminado e atualizado 
da dívida; não apontado o valor correto ou não apresentado o demonstrativo, os embargos se-
rão liminarmente rejeitados, se esse for o seu único fundamento, e, se houver outro fundamen-
to, os embargos serão processados, mas o juiz deixará de examinar a alegação de excesso.
Está correto o que se afirma APENAS em
a) I, IV e V.
b) I, II, IV e V.
c) II, III e V.
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Gustavo Deitos
d) II, III, IV e V.
e) I, II e III.
003. (2016/FGV/OAB) Pedro, munido de documento comprobatório de vínculo jurídico de 
prestação de serviço com Carlos e, esgotadas todas as possibilidades consensuais para tentar 
exigir o cumprimento da obrigação, promove ação observando o rito especial monitório.
Citado, Carlos oferece embargos, apontando em preliminar, que o rito da ação monitória não é 
adequado para pleitear cumprimento de obrigação de fazer e, no mérito, alega exceção de con-
trato não cumprido. Oferta, ainda, reconvenção, cobrando os valores supostamente devidos.
Diante da situação hipotética, sobre os posicionamentos adotados por Carlos, assinale a afir-
mativa correta.
a) A preliminar apontada por Carlos nos embargos deve ser acolhida, pois é vedado pleitear 
cumprimento de obrigaçãode fazer por intermédio de ação monitória.
b) A reconvenção deve ser rejeitada, em virtude do descabimento dessa forma de resposta em 
ação monitória.
c) A preliminar indicada por Carlos não deve prosperar, tendo em vista que é possível veicular 
em ação monitória cumprimento de obrigação de fazer.
d) A forma correta de oferecer defesa em ação monitória é via contestação, sendo assim, os 
embargos ofertados por Carlos devem ser rejeitados.
004. (2018/VUNESP/MPE-SP/ANALISTA JURÍDICO DO MINISTÉRIO PÚBLICO) Acerca da 
ação monitória, assinale a alternativa correta.
a) A ação monitória não admite citação por edital.
b) O juiz condenará o réu que de má-fé opuser embargos à ação monitória ao pagamento de 
multa de até dez por cento sobre o valor atribuído à causa, em favor do autor.
c) Não se admite como prova escrita, para fins de adoção do procedimento monitório, a prova 
oral documentada, produzida por meio de produção antecipada de prova.
d) Sendo ré a Fazenda Pública, não apresentados embargos à ação monitória, a constituição 
do mandado monitório não enseja reexame necessário.
e) Não se admite a reconvenção nos embargos monitórios.
005. (2016/TRT 2R-SP/TRT/2ª REGIÃO-SP/JUIZ DO TRABALHO SUBSTITUTO/ADAPTA-
DA) Acerca das ações civis admissíveis no processo trabalhista, julgue:
É admitida a ação monitoria a quem pretender, com base em prova escrita sem eficácia de título exe-
cutivo, pagamento de soma em dinheiro, entrega de coisa fungível ou de determinado bem móvel.
006. (2015/TRT 21R-RN/TRT-21ª REGIÃO-RN/JUIZ DO TRABALHO SUBSTITUTO/ADAPTA-
DA) Considerando os Procedimentos Especiais na Justiça do Trabalho, avalie o seguinte item:
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DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO
Gustavo Deitos
Após intenso debate jurisprudencial, o Tribunal Superior do Trabalho sumulou entendimento de 
que a ação monitória é ação de rito especial incompatível com o processo do trabalho.
007. (2012/TRT 2R-SP/TRT/2ª REGIÃO-SP/JUIZ DO TRABALHO/ADAPTADA) Conforme 
previsão legal e jurisprudência sumulada do Tribunal Superior do Trabalho em relação às ações 
civis admissíveis no processo do trabalho, julgue:
Nas ações monitorias não se admite contraditório visto que se trata de mandamento executivo 
de título extrajudicial.
008. (2009/MPT/PGT/PROCURADOR DO TRABALHO/ADAPTADA) Julgue:
A ação monitória, cabível na Justiça do Trabalho, é ação de conteúdo cognitivo, submetida ao 
procedimento especial de jurisdição contenciosa, mediante a qual a parte pretende obter a 
satisfação de um crédito, representado por documento destituído de eficácia executiva, como 
se verifica na hipótese em que o empregado, portador de um termo de rescisão do contrato de 
trabalho, ajuíza ação monitória, com base nesse documento, a fim de obter do sujeito passivo 
a prestação inadimplida.
009. (2021/FCC/PGE-GO/PROCURADOR DO ESTADO SUBSTITUTO) Reinaldo ajuizou ação 
monitória contra o Estado de Goiás, fundada em prova escrita sem eficácia de título executivo, 
pretendendo haver o pagamento de dívida pecuniária. Citado, o réu deixou de opor embargos à 
ação monitória no prazo legal. Nesse caso, o juiz deverá
a) declarar a constituição de título executivo judicial em favor do autor, exigindo-se a remessa 
dos autos ao tribunal para reexame necessário, independentemente do valor da dívida.
b) declarar a constituição de título executivo extrajudicial em favor do autor, exigindo-se a re-
messa dos autos ao tribunal para reexame necessário se o valor da dívida for igual ou superior 
a quinhentos salários mínimos.
c) extinguir o processo sem resolução do mérito, por carência da ação, dado que a Fazenda 
Pública não pode ser ré em ação monitória.
d) declarar a constituição de título executivo judicial em favor do autor, exigindo-se a remessa 
dos autos ao tribunal para reexame necessário se o valor da dívida for igual ou superior a qui-
nhentos salários mínimos.
e) declarar a constituição de título executivo judicial em favor do autor, não se exigindo a re-
messa dos autos ao tribunal para reexame necessário, independentemente do valor da dívida.
010. (2022/CEBRASPE/DPE-RS/DEFENSOR PÚBLICO) Acerca da vedação de decisões sur-
presas, consagrada no Código de Processo Civil e logicamente decorrente do princípio do con-
traditório, julgue o item a seguir.
A vedação de decisões surpresas encontra exceções nos casos de exame de tutela provisória 
de urgência, em hipóteses de apreciação de tutela de evidência, bem como na análise, em sede 
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Gustavo Deitos
de ação monitória, do pedido de expedição de mandado de pagamento, de entrega de coisa ou 
para a execução de obrigação de fazer ou não fazer.
011. (2019/CONSULPLAN/TJ-MG/TITULAR DE SERVIÇOS DE NOTAS E DE REGISTROS) 
Segundo a Súmula 247 do STJ, o contrato de abertura de crédito em conta-corrente, acompa-
nhado do demonstrativo de débito, constitui documento hábil para o ajuizamento em juízo de 
ação de interesse do credor. Nesse diapasão, considerando as diretrizes da referida súmula, é 
correto afirmar que a ação em questão é:
a) Monitória.
b) De cobrança.
c) De execução por quantia certa.
d) De execução em desfavor de devedor insolvente.
012. (2018/CESGRANRIO/TRANSPETRO/TRANSPETRO/ADVOGADO JÚNIOR) L, paciente 
de M, celebrou com ela contrato de prestação de serviços médicos, ficando ajustado que o 
pagamento seria realizado de forma fracionada, por meio da emissão de cheques pré-data-
dos, em quantias a serem depositadas ao longo de quatro meses. Ocorre que, no decorrer do 
período, L perdeu o emprego, o que a deixou sem condições de honrar o pagamento da última 
parcela. Ultrapassado o prazo convencionado, o derradeiro cheque apresentado por M retor-
nou por insuficiência de fundos, fato que levou L a figurar como inadimplente no serviço de 
proteção ao crédito. Após três meses, L conseguiu um novo emprego. Visando a sanar a dívida 
pendente, ela buscou estabelecer contato com M, sem sucesso, pois esta se havia mudado 
para destino incerto.
Considerando a situação apresentada, que ação judicial é cabível com a finalidade de saldar a 
dívida de L?
a) Ação Monitória
b) Ação de depósito
c) Ação de repetição de indébito
d) Ação de consignação em pagamento
e) Ação de execução de título extrajudicial
013. (2021/FCC/MANAUSPREV/PROCURADOR AUTÁRQUICO) Na ação de consignação em 
pagamento,
a) em se tratando de prestações sucessivas, consignada uma delas, deverá o devedor continu-
ar a depositar, no mesmo processo, as que se forem vencendo, até dez dias contados da data 
do respectivo vencimento, sob pena de extinção do processo sem resolução do mérito.
b) a insuficiência do depósito conduz ao julgamento de improcedência, pois o pagamento par-
cial da dívida não extingue o vínculo obrigacional.
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