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Prévia do material em texto

DIREITO PROCESSUAL DO 
TRABALHO
Audiências, Acordo Extrajudicial, 
Resposta, Conciliação
Livro Eletrônico
Presidente: Gabriel Granjeiro
Vice-Presidente: Rodrigo Calado
Diretor Pedagógico: Erico Teixeira
Diretora de Produção Educacional: Vivian Higashi
Gerência de Produção de Conteúdo: Magno Coimbra
Coordenadora Pedagógica: Élica Lopes
Todo o material desta apostila (incluídos textos e imagens) está protegido por direitos autorais 
do Gran Cursos Online. Será proibida toda forma de plágio, cópia, reprodução ou qualquer 
outra forma de uso, não autorizada expressamente, seja ela onerosa ou não, sujeitando-se o 
transgressor às penalidades previstas civil e criminalmente.
CÓDIGO:
230727118946
GUSTAVO DEITOS
Professor de cursos preparatórios para concursos públicos. Analista Judiciário do 
Tribunal Superior do Trabalho (Gabinete de Ministro). 
Outras convocações: Técnico Judiciário do TRT-SC (7° lugar) e Analista Judiciário do 
TRF da 3ª Região. Aprovado em 8° lugar para Analista Judiciário do TRT-MS.
 
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARILIA ALVES CASTRO TRIGUEIRO - 05621974352, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
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DiREito PRoCEssuAl Do tRAbAlho
Audiências, Acordo Extrajudicial, Resposta, Conciliação
Gustavo Deitos
SUMÁRIO
Apresentação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4
Audiências, Acordo Extrajudicial, Resposta, Conciliação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6
1. Audiência: Regras Gerais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6
2. Audiência: Procedimento, Arquivamento e Revelia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10
2.1. Distinções entre Revelia e Confissão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21
2.2. Atos Processuais Praticados em Audiência . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 24
3. Jurisdição Voluntária e Homologação de Acordo Extrajudicial . . . . . . . . . . . . . . 30
3.1. Jurisdição Voluntária no Processo do Trabalho . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 31
4. Conciliação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 36
5. Súmulas e OJs do TST sobre o Conteúdo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 41
Exercícios . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 44
Gabarito . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 69
Gabarito Comentado . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 70
 
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DiREito PRoCEssuAl Do tRAbAlho
Audiências, Acordo Extrajudicial, Resposta, Conciliação
Gustavo Deitos
APREsENtAÇÃoAPREsENtAÇÃo
Olá, querido(a) aluno(a) do Gran! Espero encontrá-lo muito bem! Neste curso, apresento-
lhe várias aulas autossuficientes de direito processual do trabalho, com o objetivo de lhe 
disponibilizar, de forma prática e completa, o substrato de conteúdo necessário para ter 
o melhor desempenho possível na prova.
Esta aula, assim como as demais aulas em PDF, foi elaborada de modo que você possa 
tê-la como fonte autossuficiente de estudo, isto é, como um material de estudo completo 
e capaz de possibilitar um aprendizado tão integral quanto outros meios de estudo.
A preferência por aulas em PDF e/ou vídeos pertence a cada aluno, que, individualmente, 
avalia suas facilidades e necessidades, a fim de encontrar seus meios de estudo ideais. 
Dessa forma, o aluno pode optar pelo estudo com aulas em PDF e vídeos, ou somente com 
um ou outro meio.
Aqueles que preferem estudar somente com materiais em PDF terão o privilégio de 
contar com as aulas em PDF autossuficientes do nosso curso, a exemplo desta aula. De 
qualquer forma, nada impede que as aulas em PDF sejam utilizadas como fonte de estudos 
de forma aliada com as aulas em vídeo do Gran. Tudo depende, unicamente, da preferência 
de cada aluno.
Nesta aula, estudaremos especialmente os seguintes tópicos de Direito Processual 
do Trabalho:
• Audiências (conciliação, unas, instrução e julgamento);
• Arquivamento, contumácia, revelia e confissão;
• Conciliação;
• Homologação de acordo extrajudicial;
• Resposta do reclamado.
A aula é acompanhada de exercícios selecionados e reunidos de modo a abranger todos 
os pontos importantes da aula, a fim de que seu conhecimento seja ainda mais solidificado. 
O número de exercícios é determinado de acordo com dois parâmetros: complexidade 
do conteúdo e número de questões de concursos existentes. Por resultado, o número de 
exercícios disponibilizados é determinado de modo que seu conhecimento sobre os temas 
seja efetivamente testado e fixado, mas sem que haja uma repetição obsoleta.
Nosso curso possibilita a avaliação de cada aula em PDF de forma fácil e rápida. Considero 
o resultado das avaliações extremamente importante para a continuidade da produção e 
edição de aulas, como fonte fidedigna e transparente de informações quanto à qualidade 
do material.
 
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Audiências, Acordo Extrajudicial, Resposta, Conciliação
Gustavo Deitos
Peço-lhe que fique à vontade para avaliar as aulas do curso, demonstrando seu grau de 
satisfação relativamente aos materiais. Seu feedback é importantíssimo para nós. Caso 
você tenha ficado com dúvidas sobre pontos deste material, ou tenha constatado algum 
problema, por favor, entre em contato comigo pelo Fórum de Dúvidas antes de realizar 
sua avaliação. Procuro sempre fazer todo o possível para sanar eventuais dúvidas ou corrigir 
quaisquer problemas nas aulas.
Cordialmente, torço para que a presente aula que seja de profunda valia para você e sua 
prova, uma vez que foi elaborada com muita atenção, zelo e consideração ao seu esforço, 
que, para nós, é sagrado.
Caso fique com alguma dúvida após a leitura da aula, por favor, envie-a a mim por 
meio do Fórum de Dúvidas, e eu, pessoalmente, a responderei o mais rápido possível. Será 
um grande prazer verificar sua dúvida com atenção, zelo e profundidade, e com o grande 
respeito que você merece.
Bons estudos!
Seja imparável!
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Audiências, Acordo Extrajudicial, Resposta, Conciliação
Gustavo Deitos
AUDIÊNCIAS, ACORDO EXTRAJUDICIAL, RESPOSTA, AUDIÊNCIAS, ACORDO EXTRAJUDICIAL,RESPOSTA, 
CONCILIAÇÃOCONCILIAÇÃO
1 . AuDiÊNCiA: REGRAs GERAis1 . AuDiÊNCiA: REGRAs GERAis
Antes de entrarmos na parte procedimental da audiência trabalhista, é importante 
conhecermos algumas regras gerais aplicáveis a ela. Estas regras encontram-se nos artigos 
813 a 817 da CLT, e dizem respeito à duração e à ordem das audiências, não muito aos atos 
processuais em si.
De modo a tornar seu estudo mais sistematizado, abordarei as regras gerais das audiências 
em forma de comentários individualizados aos pertinentes artigos da CLT, com necessárias 
considerações.
Art. 813 - As audiências dos órgãos da Justiça do Trabalho serão públicas e realizar-se-ão na 
sede do Juízo ou Tribunal em dias úteis previamente fixados, entre 8 (oito) e 18 (dezoito) horas, 
não podendo ultrapassar 5 (cinco) horas seguidas, salvo quando houver matéria urgente.
Via de regra, como qualquer audiência, a audiência na Justiça do Trabalho é pública. A 
publicidade somente será restringida nos casos previstos em lei como de segredo de justiça.
De acordo com o art. 11, parágrafo único, do CPC, “nos casos de segredo de justiça, 
pode ser autorizada a presença somente das partes, de seus advogados, de defensores 
públicos ou do Ministério Público”.
O art. 189 do CPC traça quatro hipóteses em que os processos tramitarão em segredo 
de justiça:
Art. 189. Os atos processuais são públicos, todavia tramitam em segredo de justiça os processos:
I – em que o exija o interesse público ou social;
II – que versem sobre casamento, separação de corpos, divórcio, separação, união estável, filiação, 
alimentos e guarda de crianças e adolescentes;
III – em que constem dados protegidos pelo direito constitucional à intimidade;
IV – que versem sobre arbitragem, inclusive sobre cumprimento de carta arbitral, desde que a 
confidencialidade estipulada na arbitragem seja comprovada perante o juízo.
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Audiências, Acordo Extrajudicial, Resposta, Conciliação
Gustavo Deitos
Destas quatro, aplicam-se ao processo do trabalho três delas:
SEGREDO DE JUSTIÇA
CAUSAS QUE ENVOLVAM
ARBITRAGEM, COM CLÁUSULA DE
CONFIDENCIALIDADE
INTERESSE PÚBLICO OU
SOCIAL
DADOS PROTEGIDOS PELO
DIREITO À INTIMIDADE
Ademais, as audiências sempre devem ocorrer em dias úteis previamente fixados. Em 
cada dia, as audiências poderão iniciar-se entre as 8 e as 18 horas. Não haverá problema 
se a audiência terminar após as 18 horas. Elas não poderão ter início após as 18 horas.
A duração máxima de cada audiência é de 5 horas contínuas. Esse limite somente 
poderá ser ultrapassado se houver matéria urgente envolvida na discussão. Geralmente, 
essa urgência consiste no perigo de dano irreparável ou de difícil reparação a alguma das 
partes ou a terceira pessoa. Nessa excepcional hipótese, a audiência poderá durar mais 
que 5 horas, sem limites.
Veremos, mais à frente, o período mínimo necessário entre a designação da audiência 
e a sua realização, em diferentes casos.
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Audiências, Acordo Extrajudicial, Resposta, Conciliação
Gustavo Deitos
§ 1º - Em casos especiais, poderá ser designado outro local para a realização das audiências, 
mediante edital afixado na sede do Juízo ou Tribunal, com a antecedência mínima de 24 (vinte 
e quatro) horas.
§ 2º - Sempre que for necessário, poderão ser convocadas audiências extraordinárias, observado 
o prazo do parágrafo anterior.
Locais diversos para realização de audiências podem ser designados por vários motivos: 
realização de reparos/obras, falta de estrutura para acomodar todos os litigantes, evento 
de força maior que impeça as partes de chegar até a Vara (como quedas de pontes), 
dentre outros.
Audiências extraordinárias, por sua vez, são todas aquelas que fogem à regra traçada na 
CLT (conciliação, instrução e julgamento). Podem enquadrar-se nesse conceito as audiências 
de justificação prévia, para análise de pedidos de tutela provisória, ou audiências solicitadas 
pelas partes para tentativa de conciliação em momento aleatório, por exemplo.
Tanto para designar local diverso para a audiência quanto para designar uma audiência 
extraordinária, o prazo mínimo de antecedência entre a determinação e a realização da 
audiência é de 24 horas.
“Art. 814 - Às audiências deverão estar presentes, comparecendo com a necessária 
antecedência, os escrivães ou secretários.”
Aqui, o “escrivão ou secretário” é o servidor ocupante da Função Comissionada de 
Secretário de Audiências. Este servidor é encarregado de realizar todos os preparativos 
para o bom andamento das audiências, com relação ao ambiente e à estrutura tecnológica 
da audiência (computadores, microfones, acomodações etc.).
Art. 815 - À hora marcada, o juiz ou presidente declarará aberta a audiência, sendo feita 
pelo secretário ou escrivão a chamada das partes, testemunhas e demais pessoas que devam 
comparecer.
As partes serão chamadas, em regra, na hora previamente marcada. A chamada só 
ocorrerá antes do horário marcado se as próprias partes solicitarem, e se for possível que 
o juízo antecipe a audiência sem prejuízo às atividades ou aos direitos de outras pessoas.
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Audiências, Acordo Extrajudicial, Resposta, Conciliação
Gustavo Deitos
A CLT diz que todos os sujeitos da audiência (partes, testemunhas e intervenientes) 
devem ser chamados no início. Na prática, porém, somente as partes e eventuais terceiros 
intervenientes são chamados no início da audiência. Testemunhas, peritos e técnicos são 
chamados, normalmente, apenas no momento em que devam participar.
Parágrafo único. Se, até 15 (quinze) minutos após a hora marcada, o juiz ou presidente não 
houver comparecido, os presentes poderão retirar-se, devendo o ocorrido constar do livro de 
registro das audiências.
Aqui, o prazo é diferente do CPC. O juiz do trabalho pode atrasar-se no máximo por 
15 minutos. Passado esse prazo, as partes poderão, se quiserem, aguardar a chegada do 
juiz. Se não, poderão exercer o direito de retirar-se do recinto, devendo ser designada nova 
data para que a audiência ocorra.
A ausência do juiz deverá ser apontada, pelo Secretário de Audiências, no livro de registro 
das audiências.
“Art. 816 - O juiz ou presidente manterá a ordem nas audiências, podendo mandar 
retirar do recinto os assistentes que a perturbarem.”
Este artigo aborda uma hipótese de exercício do Poder de Polícia pelo juiz. O art. 360 
do CPC elenca outras hipóteses em que o juiz exercerá o poder de polícia:
Art. 360. O juiz exerce o poder de polícia, incumbindo-lhe:
I – manter a ordem e o decoro na audiência;
II – ordenar que se retirem da sala de audiência os que se comportarem inconvenientemente;
III – requisitar, quando necessário, força policial;
IV – tratar com urbanidade as partes, os advogados, os membros do Ministério Público e da 
Defensoria Pública e qualquer pessoa que participe do processo; [este inciso traz mais uma 
limitação ao poderde polícia do que uma hipótese]
V – registrar em ata, com exatidão, todos os requerimentos apresentados em audiência.
Abaixo, a história regra do livro próprio:
Art. 817 - O registro das audiências será feito em livro próprio, constando de cada registro os 
processos apreciados e a respectiva solução, bem como as ocorrências eventuais.
Parágrafo único. Do registro das audiências poderão ser fornecidas certidões às pessoas que 
o requererem.
A partir da informatização dos processos judiciais, o registro das audiências em livro 
tornou-se prática reduzida ao desuso. As atas das audiências são automaticamente juntadas 
aos autos eletrônicos.
O parágrafo único, por sua vez, possibilita que todas as pessoas (partes ou não do litígio) 
requeiram certidões das audiências, que consistem, na prática, em cópias das respectivas 
atas de audiência.
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Audiências, Acordo Extrajudicial, Resposta, Conciliação
Gustavo Deitos
2 . AuDiÊNCiA: PRoCEDiMENto, ARQuiVAMENto E REVEliA2 . AuDiÊNCiA: PRoCEDiMENto, ARQuiVAMENto E REVEliA
Estudamos boa parte do procedimento da audiência na aula em que tratamos dos 
procedimentos ordinário e sumaríssimo, tendo em vista a direta relação entre os temas.
As regras procedimentais dos ritos têm muita relação com a audiência, uma vez que 
o processo do trabalho tem entre suas principais características a concentração dos atos 
processuais em audiência, em decorrência do Princípio da Oralidade.
Algumas regras procedimentais da audiência em si não foram tratadas ainda, mas serão 
a partir de agora. Por outro lado, aproveitaremos o conteúdo passado na aula sobre os 
procedimentos quanto às regras já estudadas, de modo a otimizar seu estudo, concentrando-o 
em um só material, evitando-se fragmentações.
Existe um intervalo mínimo que deve ser observado entre o recebimento da notificação 
inicial pelo reclamado e a data da audiência designada. Veja:
O prazo legal para que a notificação inicial ocorra é de 48 horas, contadas do protocolo 
da reclamação trabalhista. Nesta notificação, deverá constar a data da audiência inicial 
(audiência de conciliação, ou audiência una, se for rito sumaríssimo). Essa audiência deve 
ser marcada com respeito ao prazo mínimo de 5 dias, entre o recebimento da notificação 
pelo reclamado e a data escolhida para a audiência.
Esta regra está no art. 841 da CLT, que enuncia:
Art. 841 - Recebida e protocolada a reclamação, o escrivão ou secretário, dentro de 48 (quarenta 
e oito) horas, remeterá a segunda via da petição, ou do termo, ao reclamado, notificando-o ao 
mesmo tempo, para comparecer à audiência do julgamento, que será a primeira desimpedida, 
depois de 5 (cinco) dias.
Se a audiência ocorrer em prazo inferior a 5 dias da notificação, ela será nula. A ideia 
disso é dar ao reclamado tempo suficiente para estruturar sua defesa. Essa regra é chamada 
de quinquídio legal.
Abaixo, apresentarei comentários individualizados aos artigos 843 a 845, que dispõem 
sobre as condições mínimas que as partes devem preencher em audiência (preposto, 
justificação de ausência, etc.), bem como sobre as consequências do não atendimento 
dessas condições (arquivamento e revelia).
Art. 843 - Na audiência de julgamento deverão estar presentes o reclamante e o reclamado, 
independentemente do comparecimento de seus representantes salvo, nos casos de Reclamatórias 
Plúrimas ou Ações de Cumprimento, quando os empregados poderão fazer-se representar pelo 
Sindicato de sua categoria.
 Obs.: Não dê muita importância ao fato de alguns artigos fazerem menção à “audiência 
de julgamento”. A CLT planejou a audiência trabalhista para ser una (única) em todos 
os ritos, mas, na prática, implementou-se a cisão dela em três (no rito ordinário).
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Audiências, Acordo Extrajudicial, Resposta, Conciliação
Gustavo Deitos
Como já vimos em outras aulas, as partes, no processo do trabalho, podem comparecer à 
audiência sem advogado ( jus postulandi). É por isso que o artigo fala “independentemente 
do comparecimento de seus representantes”. Com ou sem advogado, o reclamante e o 
reclamado devem estar presentes na audiência, ou substituídos por alguém nas hipóteses 
permitidas pela lei, como veremos adiante.
Ademais, a CLT dá ao sindicato a legitimidade extraordinária para atuar como 
representante dos trabalhadores em reclamação trabalhista individual plúrima. Já vimos 
em outras aulas que esta espécie de reclamação consiste em litisconsórcio ativo, formado 
quando os trabalhadores reivindicam direitos com identidade de matéria, tendo trabalhado 
na mesma empresa ou estabelecimento.
No caso das Ações de Cumprimento (tema de uma aula específica no nosso curso), 
qualquer empregado pode, individualmente, ajuizá-la. Portanto, o sindicato poderá substituir 
esse empregado mesmo que ele seja o único no polo ativo da ação, diferentemente da 
reclamação plúrima, onde necessariamente há mais de um empregado no polo ativo.
Para sintetizar:
§ 1º É facultado ao empregador fazer-se substituir pelo gerente, ou qualquer outro preposto 
que tenha conhecimento do fato, e cujas declarações obrigarão o proponente.
De acordo com o que estudamos na aula sobre Partes e Procuradores, em qualquer caso, 
sem depender de qualquer justificativa, o empregador poderá ser representado por pessoa 
que tenha conhecimento do fato. Pode ser o gerente, um empregado seu, ou qualquer 
conhecido. O único requisito essencial para representar o empregador reclamado é ter 
conhecimento do fato.
A Reforma Trabalhista acrescentou ao art. 843 da CLT o § 3º, que dispõe: “O preposto 
a que se refere o § 1º deste artigo não precisa ser empregado da parte reclamada.”.
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Audiências, Acordo Extrajudicial, Resposta, Conciliação
Gustavo Deitos
Antes da Reforma, a regra era diferente. Alguns empregadores específicos deveriam 
eleger prepostos necessariamente empregados da reclamada (Súmula 377 do TST). Agora, 
a súmula que tratava sobre isso está totalmente superada. Todo e qualquer empregador 
poderá ser representado em audiência por qualquer pessoa que tenha conhecimento 
dos fatos narrados na reclamação.
Outra regra importantíssima é que o advogado não pode, em hipótese alguma, atuar, 
ao mesmo tempo, como advogado e preposto numa audiência trabalhista. É possível que 
o advogado atue somente como preposto, por exemplo. Essa proibição está também no 
art. 23 do Código de Ética da OAB.
§ 2º Se por doença ou qualquer outro motivo poderoso, devidamente comprovado, não for 
possível ao empregado comparecer pessoalmente, poderá fazer-se representar por outro 
empregado que pertença à mesma profissão, ou pelo seu sindicato.
Para otimizar seu estudo, apresentarei, abaixo, as considerações feitas na aula sobre 
Partes e Procuradores, onde os detalhes da regra ora em comento foram esmiuçados.
O adjetivo “poderoso”, pelo que a grande maioria dos juristas afirmam, foi escritode forma 
equivocada. Na verdade, a redação deveria ser apresentada com o adjetivo “ponderoso”, 
que indicaria um motivo ponderável (comparável, associável) com a doença.
Basicamente, o motivo legalmente justificável para que o reclamante seja representado 
por outra pessoa na audiência é o da doença ou aquele que, não sendo doença, cause 
debilidade proporcionalmente semelhante à que a doença causa.
Poderão representar o reclamante, portanto, as seguintes pessoas:
1) Empregado da mesma categoria profissional
EXEMPLO
metalúrgico é reclamante, representado por outro metalúrgico, da mesma categoria profissional 
da localidade.
2) Sindicato da categoria profissional do reclamante
EXEMPLO
pessoa integrante do sindicato que é incumbida de ir às audiências para representar reclamantes 
em caso de necessidade.
Seja doença, seja outro motivo ponderoso, o fato alegado deve ser devidamente comprovado 
no processo. Cabe ao advogado (ou ao próprio reclamante, se não tiver advogado) juntar 
aos autos do processo prova do motivo alegado para que o reclamante fosse representado 
em audiência por outra pessoa.
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Gustavo Deitos
O TST, na Súmula 122, fixou entendimento acerca de um motivo muito recorrente de 
ausência em audiências. Veja:
JURISPRUDÊNCIA
Súmula 122 do TST
A reclamada, ausente à audiência em que deveria apresentar defesa, é revel, ainda 
que presente seu advogado munido de procuração, podendo ser ilidida a revelia 
mediante a apresentação de atestado médico, que deverá declarar, expressamente, a 
impossibilidade de locomoção do empregador ou do seu preposto no dia da audiência.
A Súmula fala especificamente da reclamada. As bancas, a fim de evitar margem para 
recursos, trabalham com a impossibilidade de locomoção somente se referindo à reclamada. 
Contudo, na prática, a impossibilidade de locomoção também é um motivo entendido como 
“ponderoso” para justificar a ausência do autor em audiência.
Veja que o atestado médico deve declarar que a locomoção do sujeito era impossível. 
Portanto, tratamentos estéticos, ou, ainda, tratamentos de saúde que não impeçam a 
locomoção do sujeito à sala de audiências não são motivos que justifiquem eventual ausência.
Não é elemento útil ao processo o atestado genérico, que apenas enuncia o comparecimento 
do sujeito a consulta ou a exame.
Às vezes, a impossibilidade de locomoção pode decorrer de outro motivo que não seja 
de saúde. Exemplos: sequestro-relâmpago, cárcere privado, acidente de trânsito, etc. 
Nesses casos, deverá igualmente haver comprovação da impossibilidade de locomoção, com 
certidões de órgãos públicos (como boletins de ocorrência) ou, até mesmo, testemunhas.
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Audiências, Acordo Extrajudicial, Resposta, Conciliação
Gustavo Deitos
Apresento, abaixo, mapa mental sobre as diferenças apresentadas (mapa também 
presenta na aula sobre Partes e Procuradores):
Você, ao estudar esse assunto, pode se perguntar:
Por que a regra aplicável ao empregador é mais vantajosa que a regra aplicável ao em-Por que a regra aplicável ao empregador é mais vantajosa que a regra aplicável ao em-
pregado? Não deveria ser o contrário?pregado? Não deveria ser o contrário?
Na realidade, o empregador, na grande maioria das vezes, é pessoa jurídica. O representante 
legal da pessoa jurídica, muitas vezes, é impossibilitado de comparecer às audiências, seja 
em razão da abrangência nacional da empresa, seja em razão do número de reclamações 
trabalhistas existentes.
É por isso que a regra aplicável ao reclamado é mais vantajosa. Nesse contexto, existe 
quase uma “hipossuficiência logística” do empregador, a grosso modo.
“§ 3º O preposto a que se refere o § 1º deste artigo não precisa ser empregado da parte 
reclamada.”
Este § 3º foi incluído pela Reforma Trabalhista (Lei n. 13.467/2017). Como já informado, 
antes da Reforma, a regra era diversa. Alguns empregadores específicos (empregadores 
domésticos, microempresas e empresas de pequeno porte) deveriam escolher como 
prepostos pessoas necessariamente empregadas da reclamada (Súmula 377 do TST).
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Gustavo Deitos
Assim dispunha a ultrapassada Súmula 377 do TST: “Exceto quanto à reclamação 
de empregado doméstico, ou contra micro ou pequeno empresário, o preposto deve ser 
necessariamente empregado do reclamado.”.
Em razão da nova regra (§ 3º), todo e qualquer empregador poderá ser representado em 
audiência por qualquer pessoa que tenha conhecimento dos fatos narrados na reclamação.
Art. 844 - O não-comparecimento do reclamante à audiência importa o arquivamento da 
reclamação, e o não-comparecimento do reclamado importa revelia, além de confissão quanto 
à matéria de fato.
A regra deste artigo é multicampeã de cobrança em provas!
Se o reclamante faltar à audiência, sem se fazer representar por pessoa autorizada 
por lei, a reclamação será “arquivada”. Essa consequência, tecnicamente, é extinção do 
processo sem resolução do mérito. A palavra “arquivamento” é envelhecida diante do 
avanço do direito processual.
Quanto ao reclamado, se ele faltar à audiência (não indo ou não designando nenhum 
preposto), ele será revel e confesso quanto à matéria de fato. Dessa forma, o processo 
prosseguirá com grande vantagem para o reclamante.
DICA
REVELIA: consiste no não oferecimento de defesa .
CONFISSÃO: todos os fatos alegados pelo reclamante serão 
presumidos como verdadeiros .
 Obs.: A prova de alguns fatos depende de perícia por determinação legal. É o caso, por 
exemplo, do trabalho em ambiente insalubre ou perigoso. Nessas situações, a revelia 
e a confissão do reclamado não desobrigarão a realização de perícia técnica, que 
deverá ser determinada ainda que o reclamado seja revel e confesso.
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Regra importante
Se o reclamante der causa ao arquivamento por não comparecimento à audiência inicial 
por duas vezes SEGUIDAS, ele será sancionado pela perempção (não poderá ajuizar ações 
na Justiça do Trabalho por seis meses). Explico abaixo.
Esta regra é depreendida dos artigos 731 e 732 da CLT:
Art. 731 - Aquele que, tendo apresentado ao distribuidor reclamação verbal, não se apresentar, 
no prazo estabelecido no parágrafo único do art. 786, à Junta ou Juízo para fazê-lo tomar por 
termo, incorrerá na pena de perda, pelo prazo de 6 (seis) meses, do direito de reclamar perante 
a Justiça do Trabalho.
Art. 732 - Namesma pena do artigo anterior [PEREMPÇÃO DE 6 MESES] incorrerá o reclamante 
que, por 2 (duas) vezes seguidas, der causa ao arquivamento de que trata o art. 844.
A perempção, neste contexto, só ocorre se ambos os arquivamentos (extinções sem 
mérito) forem causados pelo mesmo motivo: ausência à audiência inicial. Se um dos 
arquivamentos ocorrer por conta de ausência à audiência inicial e o outro ocorrer por outro 
motivo (como desistência, por exemplo), a perempção não será aplicável.
E se E se ambas as partes forem ausentes na audiência (reclamante e reclamado), o que forem ausentes na audiência (reclamante e reclamado), o que 
deve acontecer?deve acontecer?
É natural que, primeiramente, seja analisada a regra mais prejudicial ao processo, que 
é a regra da ausência do autor (arquivamento). Se o processo fosse arquivado, não teria 
nenhum sentido que o reclamado fosse revel, pois sua revelia não aproveitaria a ninguém.
Logo, se ambas as partes faltarem à audiência inicial, o processo será arquivado (extinto 
sem mérito), como se apenas o reclamante tivesse faltado.
AUSENTE O RECLAMANTE AUSENTE O RECLAMADO AUSENTES AMBAS AS PARTES
ARQUIVAMENTO (extinção) REVELIA (e confissão quanto à matéria de fato) ARQUIVAMENTO (extinção)
Já adianto a você que a abrangência da confissão do reclamado revel pode ser muito 
restringida, reduzindo a vantagem do reclamante, se ocorrer a hipótese do § 5º, que 
abordaremos oportunamente.
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“§ 1º Ocorrendo motivo relevante, poderá o juiz suspender o julgamento, designando 
nova audiência.”
O texto da CLT apresenta a audiência de todos os ritos como una, embora não seja 
assim na prática. Este § 1º servia para que o juiz deixasse para julgar em outro dia, sem ser 
na própria audiência. Era uma carta em branco para poder apresentar sua sentença em 
outro momento.
Hoje em dia, nem mesmo ocorre, na prática, audiência para leitura de sentença. Para 
mais informações, remeto à aula sobre o Dissídio Individual.
§ 2º Na hipótese de ausência do reclamante, este será condenado ao pagamento das custas 
calculadas na forma do art. 789 desta Consolidação, ainda que beneficiário da justiça gratuita, 
salvo se comprovar, no prazo de quinze dias, que a ausência ocorreu por motivo legalmente 
justificável.
§ 3º O pagamento das custas a que se refere o § 2º é condição para a propositura de nova demanda.
Estes parágrafos 2º e 3º são importantíssimos, pois foram incluídos pela Reforma 
Trabalhista. Juntos, eles envolvem muitas informações.
Em 2021, o STF declarou a constitucionalidade do § 2º do art. 844, que havia tido sua 
validade questionada, na ADI n. 5766, sob o aspecto do acesso do trabalhador à justiça.
Portanto, a regra de que o trabalhador ausente à primeira audiência deve pagar as custas 
processuais para ajuizar nova ação continua válida e em vigor.
Se o reclamante faltar à audiência inicial do processo, ele deverá pagar as custas 
processuais decorrentes da extinção sem resolução do mérito. Tais custas são de 2% sobre 
o valor da causa.
DICA
Detalhe: o reclamante deverá pagar essas custas MESMO 
QUE SEJA BENEFICIÁRIO DA JUSTIÇA GRATUITA!
Portanto, o benefício da justiça gratuita não abrange as custas processuais decorrentes 
da extinção do processo em razão de ausência na audiência inicial.
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Audiências, Acordo Extrajudicial, Resposta, Conciliação
Gustavo Deitos
Cuidado para não confundir: o reclamante, se tiver seu processo extinto sem resolução 
do mérito por qualquer outro motivo, não precisará recolher as custas processuais se tiver 
o benefício da justiça gratuita.
O dever de pagar essas custas, mesmo sendo beneficiário da justiça gratuita, só existirá 
se a extinção sem mérito decorrer, especificamente, de ausência na audiência inicial 
(“arquivamento”).
O dever de pagar essas custas processuais só pode ser eliminado em uma hipótese: se 
o reclamante, no prazo de 15 dias, comprovar que faltou à audiência inicial por motivo 
justificado pela lei.
Os motivos justificados por lei são: doença ou outro motivo ponderoso. Como já foi 
dito, o motivo legalmente justificável é o da doença ou aquele que, não sendo doença, cause 
debilidade proporcionalmente semelhante à que a doença causa, como a impossibilidade 
de locomoção.
§ 4º A revelia não produz o efeito mencionado no caput deste artigo se:
I – havendo pluralidade de reclamados, algum deles contestar a ação;
II – o litígio versar sobre direitos indisponíveis;
III – a petição inicial não estiver acompanhada de instrumento que a lei considere indispensável 
à prova do ato;
IV – as alegações de fato formuladas pelo reclamante forem inverossímeis ou estiverem em 
contradição com prova constante dos autos.
O referido efeito é a confissão quanto à matéria de fato, isto é, a presunção de que 
todos os fatos alegados pela parte contrária são verdadeiros.
Nos casos desses quatro incisos, embora de fato ocorra revelia (ausência de defesa), 
não ocorre confissão. A consequência disso é que o reclamante deve, de qualquer modo, 
comprovar os fatos que alegou, sem poder invocar a confissão a seu favor. Isso porque, 
nesses quatro casos, não existirá confissão.
Abaixo, apresentarei um exemplo prático para cada inciso:
EXEMPLO
Inciso I: O reclamante Pedro ajuíza ação trabalhista contra a empresa prestadora de serviços 
a terceiros HGF Terceirizações Ltda e, também, contra a empresa QW, tomadora dos serviços 
terceirizados. Pedro busca cobrar as verbas trabalhistas da sua empregadora (HGF), mas 
pretende o reconhecimento da responsabilidade subsidiária da empresa QW, pelas verbas 
devidas em relação ao período em que prestou serviços em suas dependências.
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Nesse caso, se a empresa HGF oferecer contestação, mesmo que a empresa QW não conteste, 
esta, embora seja revel, não será confessa quanto à matéria de fato.
Inciso II: A empresa Pão Bom ajuíza ação de consignação em pagamento alegando que assinou 
a CTPS do trabalhador, com datas de entrada e saída da empresa, mas o trabalhador, no 
término do contrato, recusou-se a receber suas verbas rescisórias, razão que levou a empresa 
a ajuizar a ação consignatória. Nesse caso, se o trabalhador for revel, a confissão não incidirá 
sobre a alegação de que sua CTPS teria sido assinada. Nada impede que o trabalhador, 
posteriormente, alegue o contrário e prove.
Os direitos trabalhistas são conceitualmente indisponíveis. Contudo, o fato de a revelia 
não produzir confissão quando a causa versa sobre direitos indisponíveis diz respeito à 
indisponibilidade do direito pelo sujeito revel, e não pelo autor.
Os direitos trabalhistas indisponíveis, a ponto de evitar os efeitos de confissão, são aqueles 
absolutamente indisponíveis. Os direitos trabalhistas de natureza pecuniária(patrimonial), 
como salário, férias, 13º salário e aviso prévio, são indisponíveis no sentido de serem 
irrenunciáveis no curso do contrato de trabalho. Não significa que eventual acordo em 
audiência não possa reduzir suas importâncias. Assinatura em CTPS é um exemplo de direito 
absolutamente indisponível do trabalhador. Outros exemplos são as normas de saúde, higiene 
e segurança do trabalho, recolhimento de contribuições previdenciárias, normas de proteção 
ao trabalho da mulher e do menor, dentre outros.
Inciso III: João impetra mandado de segurança contra o órgão local integrante da estrutura do 
Ministério governamental responsável pela pasta trabalhista, por ter negado a expedição de 
certidão requerida em processo administrativo. João alega ter cópia da decisão denegatória, 
mas não junta ao processo tal cópia.
Se essa falta passar despercebida pelo juiz e a União for revel, não serão produzidos efeitos 
da confissão, pois, nesse caso, a lei obriga o sujeito a apresentar, juntamente com a petição 
inicial, o documento comprobatório da violação de direito líquido e certo (art. 6º da Lei n. 
12.016/2009).
Inciso IV: 1) Marcos ajuíza ação trabalhista contra seu empregador, Farias ME, pedindo horas 
extras, pois o empregador teria ordenado que Marcos fosse à Lua e voltasse, e Marcos fez 
o que o empregador pediu, e essa tarefa durou mais que 8 horas no dia (fato inverossímil).
2) Cláudio postula o pagamento de saldo de salário, que não teria sido pago, mas acidentalmente 
junta aos autos comprovante bancário que atesta o pagamento dessa verba.
Nesses dois casos, os efeitos de confissão não serão produzidos, ainda que o reclamado não 
apresente defesa.
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Para lembrar (importante)
A revelia não produz confissão na ação rescisória. Esta regra está na Súmula 398 do TST:
JURISPRUDÊNCIA
Na ação rescisória, o que se ataca é a decisão, ato oficial do Estado, acobertado pelo 
manto da coisa julgada. Assim, e considerando que a coisa julgada envolve questão 
de ordem pública, a revelia não produz confissão na ação rescisória.
A proteção à coisa julgada não se enquadraria em quaisquer dos incisos do artigo 
ora em comento. A coisa julgada não é um mero direito da parte, mas sim uma garantia 
fundamental corporificada no art. 5º da Constituição Federal, que repercute em muitos 
outros interesses além do próprio interesse da parte.
A lógica disso está no seguinte pressuposto lógico: não há como alguém confessar que 
outra pessoa fez algo. Se a decisão judicial é um “ato oficial do Estado”, não pode o réu da 
ação rescisória “confessar” que a decisão judicial é viciada por qualquer razão.
“§ 5º Ainda que ausente o reclamado, presente o advogado na audiência, serão aceitos 
a contestação e os documentos eventualmente apresentados.”
Este artigo surgiu para tornar a vida do reclamado muito mais fácil. Mesmo que ele seja 
ausente na audiência, não comparecendo ou não designando preposto, basta que o seu 
advogado esteja presente nela para que a revelia seja afastada (caso a contestação já 
esteja juntada aos autos eletrônicos).
Ademais, todos os documentos que já tiverem sido apresentados nos autos servirão 
para limitar a abrangência dos efeitos da confissão. Portanto, o reclamado revel, se tiver 
advogado presente na audiência inicial, só será confesso quanto à matéria de fato sobre 
a qual não se posicionou na contestação ou não tenha juntado documentos para refutar.
Final da história: se o advogado estiver presente na audiência, o instituto da revelia e 
da subsequente confissão poderá perder sua aplicabilidade. O único modo de a revelia 
e a confissão serem plenamente aplicáveis em caso de o advogado do reclamado ser o 
único a comparecer é no caso de não terem sido juntadas, até a audiência, contestação e 
documentos.
Se nem o reclamado e nem seu advogado comparecerem à audiência inicial, a revelia e a 
subsequente confissão serão plena e normalmente aplicáveis.
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“Art. 845 - O reclamante e o reclamado comparecerão à audiência acompanhados das 
suas testemunhas, apresentando, nessa ocasião, as demais provas.”
O comparecimento das testemunhas em audiência, inicialmente, é de responsabilidade 
da própria parte.
A última disposição normativa desse artigo é envelhecida e inaplicável do modo como 
está: “apresentando, nessa ocasião, as demais provas”.
Eventuais provas documentais são, hoje, costumeiramente apresentadas antes da 
audiência, mediante juntada aos autos eletrônicos. O mesmo ocorre normalmente com 
as perícias.
Para fins de prova, leve em conta a literalidade deste artigo sem apegar-se a 
aspectos práticos.
2 .1 . DistiNÇÕEs ENtRE REVEliA E CoNFissÃo2 .1 . DistiNÇÕEs ENtRE REVEliA E CoNFissÃo
Em alguns casos, a parte pode ser revel sem ser confessa, ou ser confessa sem ser revel.
Já vimos as hipóteses em que a revelia não produzirá confissão (art. 844, § 4º). Agora, 
veremos um caso de confissão, sem que necessariamente haja revelia.
Basicamente, trabalharemos com a regra da Súmula 74 do TST, muito explorada em 
provas. Comentarei cada um dos três itens desta Súmula, separadamente:
JURISPRUDÊNCIA
I – Aplica-se a confissão à parte que, expressamente intimada com aquela cominação, 
não comparecer à audiência em prosseguimento, na qual deveria depor.
Suponha que, em reclamação de rito ordinário, houve audiência inicial, com proposta 
de acordo recusada e oferecimento de defesa. Terminada a defesa, foi designada audiência 
de instrução, para algumas semanas depois.
Na audiência de instrução, para a qual ambas as partes foram intimadas, somente o 
reclamante compareceu. Neste caso, todos os fatos que o reclamante tentar comprovar 
na audiência de instrução (que é a “audiência em prosseguimento”), com depoimentos, 
testemunhas e demais provas, serão considerados, em princípio, verdadeiros. Isso se 
chama CONFISSÃO FICTA.
Exatamente a mesma regra será aplicada se somente o reclamado comparecer. Nesse 
caso, a regra é idêntica, mas é o reclamante quem será confesso. Logo, todos os fatos que 
o reclamado tentar comprovar na audiência de instrução serão considerados, em princípio, 
verdadeiros.
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O reclamante (autor) também pode ser confesso!
Isso acontecerá se o reclamado (réu) comparecer à audiência de instrução e o reclamante 
(autor) faltar sem motivo justificável.
JURISPRUDÊNCIA
II – A prova pré-constituída nos autos pode ser levada em conta para confronto com 
a confissão ficta (arts. 442 e 443, do CPC de 2015 - art. 400, I, do CPC de 1973), não 
implicando cerceamento de defesa o indeferimento de provas posteriores.
A confissão ficta decorrente de falta à audiência de instrução é mais sutil, poistodas as 
provas produzidas anteriormente serão devidamente consideradas, e poderão “combater” 
a confissão.
EXEMPLO
O reclamante alega que a empresa reclamada exigia trabalho em horas extras e nunca pagou 
por isso. Na audiência de instrução, a empresa é ausente (aplicando-se confissão ficta), e o 
reclamante traz duas testemunhas que confirmam sua alegação.
Entretanto, a empresa reclamada, antes da audiência de instrução ( juntamente com a defesa), 
juntou aos autos cartões de ponto que não registram nenhuma hora extra prestada. Como 
a empresa não tinha mais que 10 empregados, era do reclamante o ônus de comprovar que 
o cartão-ponto não corresponde à realidade.
Logo, como havia prova pré-constituída nos autos (cartões de ponto juntados com a defesa), 
o juiz poderá formar seu convencimento com base, também, nessa prova. Logo, tal prova 
será confrontada (comparada) com a confissão, e o juiz poderá considerar ambas as provas 
(cartões de ponto e confissão) para formar seu convencimento.
O segundo item desta súmula somente protege a prova pré-constituída. Após a confissão 
ficta, o juiz poderá indeferir todos os requerimentos de prova formulados pela parte 
confessa, sem que isso configure cerceamento de defesa.
JURISPRUDÊNCIA
III – A vedação à produção de prova posterior pela parte confessa somente a ela se 
aplica, não afetando o exercício, pelo magistrado, do poder/dever de conduzir o processo.
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Vamos aprender a regra do item III a partir de um exemplo prático:
EXEMPLO
João, reclamante, queria ouvir duas testemunhas para comprovar que foi agredido pelo 
empregador, o reclamado. Na audiência de instrução, João faltou, o que o tornou confesso 
(confissão ficta). João, portanto, está proibido de produzir provas posteriormente, em razão 
da confissão ficta.
No entanto, essa proibição somente se aplica a João. O juiz, por força do Princípio Inquisitivo, 
pode determinar a coleta de todas as provas que ele entender necessárias. Desse modo, se 
o juiz quiser ouvir tais testemunhas, ele poderá ouvi-las.
Essa oitiva ocorrerá não porque o reclamante pretendia ouvi-las, mas, sim, porque o juiz 
pretende ouvi-las. Logo, a proibição de produção de provas sobre determinado fato 
controvertido somente se aplica à parte confessa, e nunca ao juiz.
É poder-dever do juiz buscar a verdade real sobre a lide que lhe foi submetida. Para isso, ele 
pode/deve usar todos os meios possíveis.
2 .1 .1 . CoNtuMÁCiA E REVEliA
Há ainda que se dar atenção a outro termo jurídico: contumácia. A contumácia consiste na 
desobediência de ordens judiciais em geral: ausência em audiência, ausência de manifestação 
sobre atos processuais no prazo adequado, falta de esclarecimentos solicitados pelo juiz etc.
De forma mais simples, pode-se afirmar que a contumácia consiste na inércia da parte 
para a prática de quaisquer atos processuais no momento oportuno.
A contumácia é um gênero que abrange a revelia como sua espécie. Afinal de contas, a 
revelia consiste na consequência da ausência de defesa, que é somente uma hipótese do 
abrangente gênero da contumácia. Esta, por sua vez, compreende a inércia para qualquer 
ato processual, inclusive o ato de contestar.
Para ilustrar:
2 .1 .2 . PREPosto E DEFEsA DA uNiÃo
Em essência, as regras aplicáveis ao preposto da União, em ações trabalhistas que a 
envolvam, bem como as regras para sua defesa, são praticamente iguais.
Todavia, faz-se necessária a abertura de um tópico específico para tratar deste tema 
em razão de um dispositivo da Lei n. 9.028/95, que dá um contorno especial à atuação do 
preposto e do advogado da União em audiências trabalhistas.
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A Lei n. 9.028/95 dispõe sobre o exercício das atribuições institucionais da Advocacia-
Geral da União, em caráter emergencial e provisório. Em seu art. 5º, ela dispõe:
Art. 5º Nas audiências de reclamações trabalhistas em que a União seja parte, será obrigatório o 
comparecimento de preposto que tenha completo conhecimento do fato objeto da reclamação, 
o qual, na ausência do representante judicial da União, entregará a contestação subscrita pelo 
mesmo.
Este artigo costuma ser cobrado em provas da AGU, mas nada impede que ele seja 
cobrado em provas de outros órgãos e cargos, ante sua inserção no genérico tema das 
audiências trabalhistas. Confira, abaixo, os detalhes deste dispositivo:
• 1) O preposto deve ter completo conhecimento dos fatos. O adjetivo “completo” não 
é previsto na regra geral do art. 843, § 1º, da CLT, que se limita a exigir “conhecimento 
do fato”, seja ele completo ou não.
• 2) O preposto da União pode comparecer sozinho, sem o Advogado da União, como 
prevê a regra geral da CLT. Todavia, neste caso, o preposto será obrigado a entregar 
a contestação escrita da União.
− A contestação entregue pelo preposto deve ser assinada pelo Advogado da União, 
na qualidade de procurador, obviamente. Logo, não pode o preposto fazer as vezes 
de advogado.
− Se o Advogado da União comparecer à audiência ao lado do preposto, seguir-se-á 
a regra geral.
No mais, as regras aplicáveis ao preposto e ao procurador da União são as mesmas 
regras gerais aplicáveis a todas as partes.
2 .2 . Atos PRoCEssuAis PRAtiCADos EM AuDiÊNCiA2 .2 . Atos PRoCEssuAis PRAtiCADos EM AuDiÊNCiA
O processo do trabalho é marcado com muito destaque pelo Princípio da Oralidade. 
Esse princípio tem por consequência natural a grande concentração de atos processuais 
em audiência. Portanto, as audiências no processo do trabalho têm uma função até maior 
do que no processo civil.
Todos os atos que devam ser praticados em audiência provocarão imediatas consequências 
no processo, em razão de correta ou equivocada manifestação, ou da ausência de manifestação 
no momento oportuno. Desse modo, a audiência trabalhista acabou sendo conhecida como 
a mais dinâmica do direito processual brasileiro.
No processo do trabalho, a audiência terá procedimento distinto conforme se trate de 
reclamação trabalhista de rito ordinário ou de rito sumaríssimo.
Abordaremos, primeiramente, as audiências trabalhistas do rito ordinário. Refiro-me à 
audiência no plural (audiências) porque, no rito ordinário, a audiência trabalhista é dividida 
em três partes. Duas dessas partes realizam-se com a presença das partes, e uma delas 
sem tal presença.
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DiREito PRoCEssuAl Do tRAbAlho
Audiências, Acordo Extrajudicial, Resposta, Conciliação
Gustavo Deitos
A seguir, apresentarei as considerações feitas na aula específica do dissídio individual e 
dos ritos ordinário e sumaríssimo, de modo a tornar seus estudos mais dinâmicos, tendo em 
vista, especialmente, o fato de estas duas aulas terem conteúdos diretamente relacionados 
(ritos e audiências).
2 .2 .1 . AuDiÊNCiAs Do Rito oRDiNÁRio
Como dito, no rito ordinário, ocorrem três audiências.Veja:
1ª Audiência: Audiência de Conciliação
Nesta, o juiz ouvirá das partes eventuais propostas de acordo e, em caso de intransigência 
ou injustiça da proposta, o juiz fará sua proposta de conciliação. É o que diz o art. 846 da 
CLT: “Aberta a audiência, o juiz ou presidente proporá a conciliação.”.
Se a conciliação não ocorrer, mesmo após tentativas válidas do juiz, o reclamado deverá 
apresentar sua defesa de forma oral, em 20 minutos, caso ainda não tenha protocolado 
defesa escrita no PJ-e. É o que dispõe o art. 847 da CLT: “Não havendo acordo, o reclamado 
terá vinte minutos para aduzir sua defesa, após a leitura da reclamação, quando esta não 
for dispensada por ambas as partes.”.
Na prática, a leitura da reclamação nunca ocorre. No texto da lei, por sua vez, o 
procedimento é, sucessivamente, o seguinte:
• 1) Juiz propõe a conciliação.
• 2) Não havendo conciliação, a reclamação é lida na íntegra, salvo se as partes, 
mutuamente, dispensarem essa leitura, caso em que essa etapa não ocorrerá.
• 3) O reclamado apresentará defesa de forma oral, em 20 minutos, se ainda não a 
tiver oferecido de forma escrita no sistema do PJe.
2ª Audiência: Audiência de Instrução
Nesta audiência, o juiz atuará em busca da produção de provas em que possa se basear 
para proferir futura sentença, caso as partes não cheguem a um acordo antes dela.
No momento em que a audiência de instrução se inicia, a defesa do reclamado já foi 
oferecida, seja de forma escrita, seja de forma oral, pois o momento mais tardio para 
apresentar defesa é na primeira audiência, de forma oral. Portanto, a audiência de instrução 
iniciar-se-á já com a busca da prova. É o que dispõe o art. 848 da CLT: “Terminada a defesa, 
seguir-se-á a instrução do processo, podendo o presidente, ex officio ou a requerimento 
de qualquer juiz temporário, interrogar os litigantes.”.
 Obs.: Esse “interrogatório”, atualmente, é o depoimento pessoal do reclamante e do 
reclamado. Àquilo que a CLT chama de “interrogatório” aplicam-se as regras do CPC 
relativas ao depoimento pessoal. Estudaremos esse meio de prova na aula sobre 
provas, mas desde já adianto que o depoimento pessoal tem por principal objetivo 
obter-se a confissão da parte, por meio de afirmações que vão contra alegações 
dela em suas peças juntadas aos autos.
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DiREito PRoCEssuAl Do tRAbAlho
Audiências, Acordo Extrajudicial, Resposta, Conciliação
Gustavo Deitos
É necessário que ambas as partes estejam presentes na audiência de instrução, sob pena 
de confissão ficta. Estudaremos melhor esse fenômeno na aula sobre as audiências, mas 
já adianto, também, que a confissão ficta consiste na presunção de veracidade de todas as 
fundamentações da parte contrária na audiência de instrução. Nesse caso, a consequência 
é idêntica para o reclamante e para o reclamado (ao contrário da ausência na audiência 
inicial, que causa revelia para um e arquivamento para outro).
Após o depoimento pessoal (interrogatório) das partes, qualquer delas poderá retirar-
se da audiência, desde que seu advogado nela permaneça. Imagine uma hipótese em que 
a parte está com tempo curtíssimo, por ter um voo marcado para as 15:00, e a audiência 
inicia-se às 14:00. Nesse caso, ela deve comparecer sob pena de confissão ficta, mas 
poderá retirar-se após seu depoimento pessoal, ou após a dispensa de seu depoimento 
(interrogatório). É a regra do art. 848, § 1º, da CLT: “Findo o interrogatório, poderá qualquer 
dos litigantes retirar-se, prosseguindo a instrução com o seu representante”.
Conforme o art. 848, § 2º, da CLT, “Serão, a seguir, ouvidas as testemunhas, os peritos 
e os técnicos, se houver.”. Este rol de produção probatória em audiência é aberto. Caso 
devam ser analisados outros elementos probatórios em audiência, eles serão analisados. 
Às vezes, alguma parte pretende que, em audiência, seja visto um vídeo, ou ouvido um 
áudio, por exemplo.
A oitiva das testemunhas ocorre da seguinte forma: a parte faz a pergunta ao juiz, 
e este, se entender que a pergunta é pertinente, formula a pergunta à testemunha. 
O juiz pode deferir ou indeferir a pergunta, conforme a relevância dela ao processo. Este 
sistema é conhecido como Sistema Presidencial ou Sistema Indireto de coleta da prova 
testemunhal.
É muito rara a oitiva de peritos e assistentes técnicos em audiência. Geralmente, a 
atuação destes sujeitos encerra-se em laudos e esclarecimentos escritos. A lei, contudo, 
prevê a possibilidade de eles serem ouvidos na audiência de instrução.
No procedimento ordinário (ora em estudo), o número máximo de testemunhas é 
de TRÊS para cada parte (art. 821 da CLT). Este número é diferente no sumaríssimo e no 
inquérito judicial para apuração de falta grave. No inquérito, o limite é de seis para cada.
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Audiências, Acordo Extrajudicial, Resposta, Conciliação
Gustavo Deitos
De modo geral, a produção de toda e qualquer prova deve ocorrer na audiência de instrução. 
Caso alguma, por sua natureza, não possa ser produzida em audiência (como expedição 
de ofícios a outras entidades para fornecimento de informações, requisição de imagens 
de câmeras de segurança, dentre outras), pelo menos o requerimento dessa prova deve 
ser feito, no mais tardar, na audiência de instrução.
Após a audiência de instrução, as partes não mais poderão produzir quaisquer provas.
Veja o que dispõe o art. 850 da CLT:
Terminada a instrução, poderão as partes aduzir razões finais, em prazo não excedente de 10 
(dez) minutos para cada uma. Em seguida, o juiz ou presidente renovará a proposta de conciliação, 
e não se realizando esta, será proferida a decisão.
Após a produção de todas as provas necessárias (testemunhas, peritos etc.), as partes 
poderão sustentar suas razões finais, por no máximo 10 minutos cada uma. As razões finais 
servem para esclarecer pontos abordados por diferentes provas, de modo que a parte que 
está arrazoando possa mostrar ao juiz a melhor forma de interpretar uma prova ou um 
conjunto de provas produzidas.
Na prática, muitas vezes, os juízes permitem que as razões finais sejam oferecidas de 
forma escrita, por meio de petições nos autos, após a audiência. Pela lei, as razões finais 
devem ser orais em audiência, o que dá expressão ao princípio da oralidade.
Após as razões finais orais (ou após a dispensa delas), o juiz deve propor, novamente, a 
conciliação, com vista a todas as dificuldades do processo, que, a partir da produção das 
provas, tornam-se mais evidentes e admissíveis pelas partes.
Há doutrinadores que defendem que as razões finais consistem no momento processual 
adequado para a renovação de protestos realizados em audiência. É o chamado “protesto 
antipreclusivo”. Explico.
Os chamados “protestos” são insurgências levantadas pelas partes no curso de uma 
audiência, com o fim de evitar a convalidação de uma nulidade relativa. Trata-se de uma 
forma de impugnar, imediatamente, alguma medida adotada pelo juiz, ou o indeferimento 
de alguma medida solicitada pela parte. Dessa forma, em grau recursal, poderá a parte 
seguramente apoiar-se na nulidade de algum ato do juiz para reverter uma situação 
processual desfavorável.
Os protestos antipreclusivos possuem um fundamento remoto na CLT, em seu art. 765: 
“As nulidades não serão declaradas senão medianteprovocação das partes, as quais deverão 
argui-las à primeira vez em que tiverem de falar em audiência ou nos autos.”. Embora a 
CLT não preveja a figura do protesto nos autos, ela exige que as nulidades relativas sejam 
arguidas no primeiro momento em que a parte prejudicada tiver a palavra em audiência 
ou nos autos.
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Audiências, Acordo Extrajudicial, Resposta, Conciliação
Gustavo Deitos
Muitos Tribunais Regionais, em seus acórdãos, manifestam o entendimento de que as 
nulidades arguidas em protestos devem ser renovadas em razões finais, para que sejam 
conhecidas em grau de recurso ordinário. Todavia, o TST não respalda esse entendimento.
Para o TST, não há previsão legal de que os protestos devam ser renovados em razões finais, 
de modo que a parte, ao protestar em face de nulidade em audiência, já cumpre o dever do 
art. 795 da CLT: alegar a nulidade no primeiro momento em que lhe couber falar nos autos.
Confira, a título de exemplo, o seguinte precedente:
JURISPRUDÊNCIA
RECURSO DE REVISTA. LEIS Nos 13.015/2014 E 13.467/2017. DISPENSA DO 
DEPOIMENTO PESSOAL DA RECLAMANTE. PROTESTO EM AUDIÊNCIA. DESNECESSIDADE 
DE RENOVAÇÃO EM RAZÕES FINAIS. AUSÊNCIA DE PRECLUSÃO. TRANSCENDÊNCIA 
POLÍTICA RECONHECIDA. O art. 795 da CLT determina que a parte deve arguir a 
nulidade na primeira oportunidade de falar, em audiência ou nos autos. Tendo a parte 
protestado contra o indeferimento do depoimento da parte adversa em audiência logo 
depois da decisão judicial, despicienda a renovação da insurgência em razões finais, 
ante a inexistência de exigência legal nesse sentido. Não há que se falar em preclusão. 
Reconhecida transcendência política da causa por violação ao art. 5º, LV, da Constituição 
Federal e à jurisprudência reiterada deste Tribunal Superior acerca da validade do 
protesto antipreclusivo feito exclusivamente em audiência. Precedentes. Recurso de 
revista de que se conhece e a que se dá provimento (RR-11135-53.2020.5.15.0070, 
3ª Turma, Relator Ministro Alberto Bastos Balazeiro, DEJT 09/06/2023).
As nulidades relativas, que se sujeitam à preclusão (convalidação), podem (podem, 
não devem) ser renovadas em razões finais pelo fato de as razões finais serem uma etapa 
processual expressamente prevista em lei.
 Obs.: As nulidades absolutas (como incompetência material do órgão) não precluem, razão 
pela qual, mesmo que a parte deixe de protestá-las, poderá alegá-las em qualquer 
tempo e grau de jurisdição.
EXEMPLO
A parte autora requer a oitiva de uma testemunha. O juiz indefere o requerimento, com 
fundamento na desnecessidade de novas provas para o fato. A parte autora, neste momento, 
poderá registrar em ata de audiência o seu protesto, de modo que, no futuro, poderá 
fundamentar eventual recurso em “cerceamento de defesa” ou outra razão pertinente.
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Audiências, Acordo Extrajudicial, Resposta, Conciliação
Gustavo Deitos
Os protestos antipreclusivos, para muitos doutrinadores, devem ser renovados nas 
razões finais, quer orais, quer escritas. Mas, como visto, o TST não chancela essa tese.
DICA
A banca jamais chegaria ao ponto de cobrar a matéria 
de “protesto antipreclusivo em razões finais” se ela não 
conhecesse esse posicionamento (de que os protestos 
deveriam ser renovados em razões finais) . Portanto, 
se a banca abordar diretamente esse entendimento, 
considere-o como inválido. Afinal de contas, o TST tem 
farta jurisprudência no sentido de que não é necessária a 
renovação de protestos em razões finais.
Resumidamente, a Audiência de Instrução tem a seguinte sucessão cronológica:
• 1) Depoimento pessoal (interrogatório) do reclamante e do reclamado
 Obs.: Após o depoimento, as partes podem, se quiserem, retirar-se, desde que o advogado 
da parte retirante fique na audiência até o fim
• 2) Produção das demais provas (testemunhas, peritos, técnicos etc.).
 Obs.: Até 3 testemunhas para cada parte.
• 3) Razões finais, pelo tempo de 10 minutos para cada parte.
• 4) Renovação da proposta de conciliação pelo juiz.
3ª Audiência: Audiência de Julgamento (ou de Encerramento)
Esta audiência, na realidade, não acontece com a presença das partes. Ela é apenas 
lançada no processo para efeitos de publicação da sentença definitiva.
Cabe citar novamente o art. 850 da CLT:
Terminada a instrução, poderão as partes aduzir razões finais, em prazo não excedente de 10 
(dez) minutos para cada uma. Em seguida, o juiz ou presidente renovará a proposta de conciliação, 
e não se realizando esta, será proferida a decisão.
Quando for designada a audiência de encerramento/julgamento, não haverá nenhuma 
oitiva das partes, mas somente publicação da decisão judicial. Logo, trata-se de uma 
audiência “fictícia”, a grosso modo.
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Audiências, Acordo Extrajudicial, Resposta, Conciliação
Gustavo Deitos
2 .2 .2 . AuDiÊNCiA ÚNiCA Do Rito suMARÍssiMo
Por sua vez, o rito sumaríssimo é seguido a partir da concentração de atos processuais 
numa única audiência, sem subdivisões. Veja:
Todas aquelas etapas de conciliação, instrução (testemunhas, peritos, técnicos etc.) 
e julgamento são programadas para ocorrerem num único evento. Trata-se de uma 
concentração de todas aquelas fases que elencamos anteriormente. Veja como ficará a 
sequência dessa audiência:
• 1) Juiz propõe a conciliação.
• 2) Não havendo conciliação, a reclamação é lida na íntegra, salvo se as partes, 
mutuamente, dispensarem essa leitura, caso em que essa etapa não ocorrerá.
• 3) O reclamado apresentará defesa de forma oral, em 20 minutos, se ainda não a 
tiver oferecido de forma escrita no sistema do PJ-e.
• 4) Depoimento pessoal (interrogatório) do reclamante e do reclamado
 Obs.: Após o depoimento, as partes podem, se quiserem, retirar-se, desde que o advogado 
da parte retirante fique na audiência até o fim.
• 5) Produção das demais provas (testemunhas, peritos, técnicos etc.).
 Obs.: No procedimento sumaríssimo, existe regra especial permitindo somente até DUAS 
testemunhas para cada parte (número diferente do rito ordinário).
• 6) Razões finais, pelo tempo de 10 minutos para cada parte.
• 7) Renovação da proposta de conciliação pelo juiz.
• 8) Julgamento.
Na prática, a prolação da sentença ( julgamento) também ocorre a distância, e não na 
própria audiência. Pelo texto da lei, o julgamento deveria ocorrer na audiência, e é isso o 
que pode ser cobrado em provas.
3 . JuRisDiÇÃo VoluNtÁRiA E hoMoloGAÇÃo DE ACoRDo 3 . JuRisDiÇÃo VoluNtÁRiA E hoMoloGAÇÃo DE ACoRDo 
EXtRAJuDiCiAlEXtRAJuDiCiAl
A Lei n. 13.467/2017 (Reforma Trabalhista) instituiu um procedimento especial de 
jurisdição voluntária próprio do processo do trabalho, com capítulo próprio na CLT: o 
procedimento de homologação de acordo extrajudicial.
Doravante, a CLT passa a contemplar normas de caráter puramente contencioso e 
algumas normas personalizadas à natureza da jurisdição voluntária, com foco noacordo 
extrajudicial.
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Audiências, Acordo Extrajudicial, Resposta, Conciliação
Gustavo Deitos
3 .1 . JuRisDiÇÃo VoluNtÁRiA No PRoCEsso Do tRAbAlho3 .1 . JuRisDiÇÃo VoluNtÁRiA No PRoCEsso Do tRAbAlho
Quanto à relação jurídica submetida ao juiz pelas partes, a jurisdição pode ser voluntária 
ou contenciosa. Os procedimentos que estudamos ao longo do nosso curso são todos 
inerentes ao procedimento de jurisdição contenciosa, que é a regra geral, e você logo 
verá o porquê.
Afinal de contas, qual é a diferença entre jurisdição voluntária e contenciosa?Afinal de contas, qual é a diferença entre jurisdição voluntária e contenciosa?
Abaixo, apresentarei a conceituação feita por Carlos Henrique Bezerra Leite:
• JURISDIÇÃO CONTENCIOSA: O Estado visa à composição de litígios por meio de um 
processo autêntico, no qual exista uma lide (conflito) a ser resolvida, com a presença 
das partes e aplicação das regras processuais de ônus probatório, revelia e confissão. 
Nessa modalidade jurisdicional, a decisão judicial pode produzir coisa julgada formal 
e material.
• JURISDIÇÃO VOLUNTÁRIA: O Estado participa como mero administrador de interesses 
privados, dando validade a negócios jurídicos por meio de um procedimento judicial. 
Neste caso, não existe lide (conflito) e nem partes (autor e réu), mas apenas interessados 
(requerentes). Nesta modalidade jurisdicional, a decisão judicial pode produzir tão 
somente coisa julgada formal.
 Obs.: Em razão de o procedimento de jurisdição voluntária envolver somente interessados, 
e não autor/réu, em busca da satisfação de interesse comum a eles, o Procedimento 
de Homologação de Acordo Extrajudicial não possui reclamante/reclamado, mas, sim, 
requerentes. Ambos os sujeitos do acordo (trabalhador e empregador), portanto, 
são requerentes, sem distinção.
Ainda, registro que a jurisdição voluntária tem sua natureza jurídica conceituada na 
doutrina de duas formas:
• TEORIA CLÁSSICA OU ADMINISTRATIVISTA: Segundo os filiados a essa teoria, na 
jurisdição voluntária, o juiz não atua exercendo atividade propriamente jurisdicional. 
Ele atua exercendo mera administração de interesses privados.
 Obs.: As bancas CESPE e VUNESP já adotaram este posicionamento.
• TEORIA REVISIONISTA OU JURISDICIONALISTA: De acordo com esta teoria, apesar de 
a jurisdição voluntária ter suas peculiaridades, o juiz atua exercendo, sim, atividade 
jurisdicional no sentido próprio da palavra.
 Obs.: Quando a banca não sinalizar a adoção de teoria diversa, será preferível levar em 
conta esta teoria para a resolução da questão.
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DiREito PRoCEssuAl Do tRAbAlho
Audiências, Acordo Extrajudicial, Resposta, Conciliação
Gustavo Deitos
Aplicando o CPC de forma subsidiária, a jurisprudência justrabalhista reconheceu o 
cabimento de alguns procedimentos de jurisdição voluntária na Justiça do Trabalho, como 
o de expedição de alvarás (art. 725, inciso VII, CPC).
A seguir, lançarei comentários individualizados a cada dispositivo pertinente ao 
procedimento de homologação de acordo extrajudicial (arts. 855-B a 855-E da CLT, inseridos 
pela Reforma Trabalhista), de modo a tornar seu estudo mais sistematizado.
Art. 855-B. O processo de homologação de acordo extrajudicial terá início por petição conjunta, 
sendo obrigatória a representação das partes por advogado.
§ 1º As partes não poderão ser representadas por advogado comum.
§ 2º Faculta-se ao trabalhador ser assistido pelo advogado do sindicato de sua categoria.
Em outras aulas do curso, você já teve contato com a informação de que a Reforma 
Trabalhista criou uma nova hipótese em que o jus postulandi não será aplicável. Essa hipótese 
é a que estudaremos agora.
As partes, obrigatoriamente, devem ter advogado representando-as nesse procedimento 
especial. Portanto, a lista de exceções ao jus postulandi contida na Súmula 425 do TST deve 
ser estendida, com a inclusão do Procedimento de Homologação de Acordo Extrajudicial.
O procedimento terá início a partir de uma única petição, formulada de forma conjunta 
pelas partes. Como a jurisdição voluntária tem por essência a busca por interesse comum 
às partes, o pedido pode ser formulado conjuntamente.
Embora a petição possa ser conjunta, cada parte deverá ter o seu próprio advogado!
Esta é a regra do § 1º: o interesse é comum, mas o advogado deve ser separado.
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Audiências, Acordo Extrajudicial, Resposta, Conciliação
Gustavo Deitos
Portanto, deverão ser juntadas ao processo as procurações dos advogados de ambas as 
partes. Esse é um pressuposto processual específico desse procedimento. Se quaisquer 
das procurações não for juntada aos autos, a representação processual da respectiva parte 
estará irregular. Nesse caso, o juiz dará à parte prazo razoável para que corrija o problema 
( junte procuração).
Alguns juízes costumam, na prática, permitir que a procuração seja juntada até a data 
da audiência designada para deliberação acerca do acordo extrajudicial.
O trabalhador, por sua vez, poderá, se quiser, solicitar assistência do advogado do sindicato 
dos trabalhadores de sua categoria (§ 2º). Isso é apenas uma faculdade: o trabalhador 
também é livre para escolher o advogado que quiser.
Art. 855-C. O disposto neste Capítulo não prejudica o prazo estabelecido no § 6º do art. 477 
desta Consolidação e não afasta a aplicação da multa prevista no § 8º art. 477 desta Consolidação.
O § 6º do art. 477 da CLT estabelece o prazo máximo para que o empregador pague ao 
empregado as verbas decorrentes da cessação do contrato de trabalho, de acordo com a 
modalidade da cessação (com justa causa, sem justa causa, culpa recíproca, acordo mútuo, 
força maior). Em todos os casos, o prazo máximo será de 10 dias, a contar do término 
do contrato.
Em termos literais, o § 6º do art. 477 dispõe:
A entrega ao empregado de documentos que comprovem a comunicação da extinção contratual 
aos órgãos competentes bem como o pagamento dos valores constantes do instrumento de 
rescisão ou recibo de quitação deverão ser efetuados até dez dias contados a partir do término 
do contrato.
O art. 855-C quer dizer que o fato de as partes protocolarem o acordo extrajudicial 
para homologação não suspende e nem interrompe, de nenhum modo, o prazo de 10 
dias estabelecido no referido artigo.
Portanto, mesmo que um dia após o término do contrato as partes protocolem acordo 
extrajudicial para o juiz homologá-lo, se o empregador deixar de pagar as verbas rescisórias 
ao empregado no prazo de 10 dias a contar do término do contrato, ele ficará sujeito ao 
pagamento da multa do art. 477, § 8º, da CLT (um salário do empregado).
Dessa maneira, o trabalhador poderá, se quiser, reivindicar o pagamento da multa do 
art. 477, § 8º, da CLT (um salário), após a homologação do acordo extrajudicial, desde que 
não tenha dado quitação integral do contrato de trabalho.
Alguns juízes permitem que as partes estipulem

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