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[Pensar Criminalista] Entenda as novas diretrizes do STJ para o crime de Estupro de Vulnerável

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jusbrasil.com.br
10 de Novembro de 2023
[Pensar Criminalista]: Entenda as
novas diretrizes do STJ para o
crime de Estupro de Vulnerável
Publicado por BLOG Anna Cavalcante há 25 minutos
Resumo do artigo
Confira no artigo a nova tese repetitiva definida pelo Superior Tribunal de Justiça sobre
a continuidade delitiva no contexto do estupro de vulnerável.
Amigos,
Hoje, abordaremos uma recente e importante decisão da Ter-
ceira Seção do Superior Tribunal de Justiça (STJ) que redefine o
entendimento da continuidade delitiva no contexto do estupro
de vulnerável.
https://annapaulacavalcante.jusbrasil.com.br/
Relembrando o tipo penal
Estupro de vulnerável
Art. 217-A. Ter conjunção carnal ou praticar outro ato
libidinoso com menor de 14 (catorze) anos:
Pena - reclusão, de 8 (oito) a 15 (quinze) anos.
§ 1º. Incorre na mesma pena quem pratica as ações
descritas no caput com alguém que, por enfermidade
ou deficiência mental, não tem o necessário discerni-
mento para a prática do ato, ou que, por qualquer ou-
tra causa, não pode oferecer resistência.
§ 2º. (VETADO)
§ 3º. Se da conduta resulta lesão corporal de natureza
grave:
Pena - reclusão, de 10 (dez) a 20 (vinte) anos.
§ 4º. Se da conduta resulta morte:
Pena - reclusão, de 12 (doze) a 30 (trinta) anos.
§ 5º. As penas previstas no caput e nos §§ 1º, 3º e 4º
deste artigo aplicam-se independentemente do consen-
timento da vítima ou do fato de ela ter mantido rela-
ções sexuais anteriormente ao crime.
A continuidade delitiva no Código
Penal
A continuidade delitiva, prevista no art. 71 do CP, é uma ferra-
menta que visa racionalizar a punição de condutas que, embora
praticadas de forma independente, estão inseridas em um
mesmo desenvolvimento delitivo.
Ou seja, quando crimes subsequentes são considerados continu-
ação de um primeiro delito, de acordo com critérios de tempo,
lugar e maneira de execução, a lei penal impõe uma única
punição.
A jurisprudência do STJ é pacífica no sentido de que, quando
duas condutas se enquadram na continuidade delitiva, a fração
de aumento mínima prevista no art. 71, caput, do Código Penal é
de 1/6. À medida que o número de condutas em continuidade
aumenta, essa fração é aumentada até o máximo de 2/3 a partir
da sétima conduta delituosa.
A decisão do STJ
Sob o rito dos repetitivos, o STJ julgou o REsp 2029482/RJ e o
REsp 2050195/RJ, definindo a seguinte tese:
Tema Repetitivo 1202 - “No crime de estupro de vulne-
rável, é possível a aplicação da fração máxima de ma-
joração prevista no art. 71, caput, do Código Penal,
ainda que não haja a delimitação precisa do número de
atos sexuais praticados, desde que o longo período de
tempo e a recorrência das condutas permita concluir
que houve 7 (sete) ou mais repetições.”
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10631430/artigo-71-do-decreto-lei-n-2848-de-07-de-dezembro-de-1940
https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/91614/codigo-penal-decreto-lei-2848-40
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10631430/artigo-71-do-decreto-lei-n-2848-de-07-de-dezembro-de-1940
https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/91614/codigo-penal-decreto-lei-2848-40
https://www.jusbrasil.com.br/jurisprudencia/stj/1766514106
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10631430/artigo-71-do-decreto-lei-n-2848-de-07-de-dezembro-de-1940
https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/91614/codigo-penal-decreto-lei-2848-40
Com esse entendimento, em casos de estupro de vulnerável, a
pena pode ser aumentada substancialmente, mesmo que não
seja possível precisar o número exato de atos libidinosos fre-
quentes e ininterruptos a que a vítima é submetida ao longo do
tempo.
A decisão da Corte partiu da análise de um caso concreto envol-
vendo uma menor que sofreu abusos sexuais cometidos pelo pa-
drasto de forma frequente e ininterrupta durante quatro anos. A
Ministra Relatora, Laurita Vaz, apontou que a proximidade en-
tre o autor e a vítima, bem como a reduzida capacidade de rea-
ção da vítima, tornam difícil a quantificação precisa das
ocorrências.
Para o Tribunal, a aplicação da fração máxima de aumento na
pena pode ser adotada diante da gravidade do caso, sempre que
comprovado que a vítima foi submetida a abusos recorrentes e
constantes.
Essa decisão, portanto, reflete a compreensão de que a gravi-
dade do crime de estupro de vulnerável, em que a vítima muitas
vezes é completamente subjugada, não pode ser ignorada,
mesmo quando não é possível determinar o número exato de
condutas.
Fiquem atentos ao meu blog para mais atualizações jurídicas
importantes e dicas para seus estudos. Até a próxima!
___________________
Referências:
BRASIL. Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de
1940. Código Penal. Disponível em <
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-
https://www.linkedin.com/in/anna-paula-cavalcante-g-figueiredo/
https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/91614/codigo-penal-decreto-lei-2848-40
https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/91614/codigo-penal-decreto-lei-2848-40
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del2848compilado.htm
lei/del2848compilado.htm >
________. Superior Tribunal de Justiça. Habeas Corpus
342.475/RN, Sexta Turma, Relatora Ministra Maria Thereza
de Assis Moura, julgado em 02/02/2016, DJe de 23/02/2016.
Disponível em <
https://scon.stj.jus.br/SCON/GetInteiroTeorDoAcordao?
num_registro=201503005073&dt_publicacao=23/... >
________. ________. Recurso Especial 2.050.195/RJ,
Relatora Ministra Laurita Vaz, Terceira Seção, julgado em
17/10/2023, DJe de 20/10/2023. Disponível em <
https://scon.stj.jus.br/SCON/GetInteiroTeorDoAcordao?
num_registro=202300286071&dt_publicacao=20/... >
________. ________. Recurso Especial 2.029.482/RJ,
Relatora Ministra Laurita Vaz, Terceira Seção, julgado em
17/10/2023, DJe de 20/10/2023. Disponível em <
https://scon.stj.jus.br/SCON/GetInteiroTeorDoAcordao?
num_registro=202203069742&dt_publicacao=20/... >
___________________
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del2848compilado.htm
https://www.jusbrasil.com.br/jurisprudencia/stj/861456888
https://www.jusbrasil.com.br/jurisprudencia/stj/861456888
https://scon.stj.jus.br/SCON/GetInteiroTeorDoAcordao?num_registro=201503005073&dt_publicacao=23/02/2016
https://scon.stj.jus.br/SCON/GetInteiroTeorDoAcordao?num_registro=201503005073&dt_publicacao=23/02/2016
https://www.jusbrasil.com.br/jurisprudencia/stj/1766514106
https://scon.stj.jus.br/SCON/GetInteiroTeorDoAcordao?num_registro=202300286071&dt_publicacao=20/10/2023
https://scon.stj.jus.br/SCON/GetInteiroTeorDoAcordao?num_registro=202300286071&dt_publicacao=20/10/2023
https://scon.stj.jus.br/SCON/GetInteiroTeorDoAcordao?num_registro=202203069742&dt_publicacao=20/10/2023
https://scon.stj.jus.br/SCON/GetInteiroTeorDoAcordao?num_registro=202203069742&dt_publicacao=20/10/2023
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Disponível em: https://www.jusbrasil.com.br/artigos/pensar-criminalista-entenda-as-novas-
diretrizes-do-stj-para-o-crime-de-estupro-de-vulneravel/2040716282
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