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Infectologia – Amanda Longo Louzada 1 MENINGITE BACTERIANA AGUDA DEFINIÇÃO: Infecção purulenta das meninges e do espaço subaracnoide FISIOPATOLOGIA: A bactéria chega na via aérea do paciente, ela passa para a corrente sanguínea, e através dela chega no SNC Em algumas situações pode chegar ao SNC sem ser pelo sangue, como na TCE, fístula liquórica Como no líquor tem poucas células de defesa, isso facilita a proliferação bacteriana, culminando em inflamação Essa inflamação gera hipertensão intracraniana ETIOLOGIA: RN: Streptococcus grupo B, E.coli e Listeria 1 a 3 meses: Streptococcus grupo B, E.coli , Listeria, meningococo, pneumococo e H. inflluenzae 3 meses a 55 anos: pneumococo, meningococo e H. inflluenzae > 55 anos: pneumococo, meningococo e Listeria O mais comum é o meningococo (algumas bancas podem cobrar o mais comum como pneumococo) CLÍNICA: Tríade: febre + cefaleia + rigidez de nuca Sinais de Rigidez de Nuca: Sinal de Kernig: Sinal de Brudzinski: Em caso de acometimento do parênquima (encefalite), o paciente pode ter déficit focal, convulsões ... Sinais de hipertensão intracraniana Hiponatremia (SIADH) Rash, petéquias e púrpuras = Doença meningocócica DOENÇA MENINGOCÓCICA: TIPOS: Meningite “Pura” Meningoccemia: sepse, é a mais letal Síndrome de Waterhouse-Friderichsen: destruição bilateral hemorrágica das adrenais Não é exclusivo de doença meningocócica Meningite + meningoccemia DIAGNÓSTICO: Hemocultura PUNÇÃO LOMBAR: Situações e que deve fazer o exame de imagem antes da punção: Imunossuprimidos Pacientes oncológicos História de TCE recente Redução do nível de consciência Papiledema Déficit neurológico focal Não deve esperar a punção para iniciar o antibiótico Líquor de meningite bacteriana: Pressão de abertura > 18 cmH2O Celularidade > 500 células\mm3 com predomínio de polimorfonucleares Proteínas > 45 mg\dL Bacterioscopia positiva em 60% dos casos Meningococo: cocos ou diplococos gram- negativos Pneumococo: diplococos gram-positivos Infectologia – Amanda Longo Louzada 2 MENINGITE BACTERIANA AGUDA Haemophilus: bacilo gram-negativo Listeria: bacilo gram-positivo Cultura positiva em 80% dos casos Diagnóstico diferencial: Fungo e tuberculose: glicose diminuída com predomínio de linfomononucleares Vírus ou Asséptica: glicose normal com predomínio de linfomononucleares TRATAMENTO: Antibiótico de forma empírica RN até 3 meses: cefotaxima + ampicilina 3 meses a 55 anos: ceftriaxone podendo associar a vancomicina > 55 anos: ceftriaxone + ampicilina, podendo associar ou não a vancomicina Corticoide: dexametasona, 20 minutos antes do antibiótico, por até 4 dias Para pneumococo e Haemophilus Isolamento respiratório por 24 horas após o início do antibiótico Para meningococo e Haemophilus QUIMIOPROFILAXIA: Caso não tenha iniciado o tratamento com cefalosporina de 3ª geração, deve fazer profilaxia para o próprio paciente N. MENINGITIDIS: Para todos os contatos próximos ao paciente ou para profissionais que foram expostos sem o equipamento adequado Profilaxia com Rifampicina 600 mg 12\12 horas por 2 dias Em gestante segundo a sociedade americana deve fazer Ceftriaxone e no Brasil pode fazer Rifampicina H. INFLUENZAE: Para contactantes próximos apenas se houver crianças suscetível (não vacinada e menores de 4 anos) ou imunocomprometidos Profilaxia com Rifampicina 600 mg\dia por 4 dias MENINGOENCEFALITE HERPÉTICA: Causado por Herpes simples tipo 1 (HSV-1) Clínica: meningite + encefalite (alteração de comportamento + sinais focais) Diagnóstico: Padrão viral Imagem: acometimento de lobo temporal Tratamento: Aciclovir Possui letalidade de 20 a 30%
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