Buscar

aula 5 - Direitos Federativos e Direitos Econômicos

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 21 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 21 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 21 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

DIREITO 
DESPORTIVO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Ficha Catalográfica 
DIRETORIA DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Direito Desportivo 
 
 
São Paulo 
2021 
 
 
 
FICHA TÉCNICA 
Titulação e Nome Completo do Professor@ 
Presidência da Mantenedora 
 
Titulação e Nome Completo do Professor@ 
Vice-presidência Executiva 
 
Titulação e Nome Completo do Professor@ 
Reitoria 
 
Titulação e Nome Completo do Professor@ 
CEO 
 
Titulação e Nome Completo do Professor@ 
Diretoria de EaD 
 
Titulação e Nome Completo do Professor@ 
Coordenador@ Pedagógico 
 
Titulação e Nome Completo do Professor@ 
Coordenador@ de Área 
 
Titulação e Nome Completo do Professor@ 
Revisor de Conteúdo 
 
Rogério Batista Furtado 
Supervisor de Conteúdo 
 
Giovanna Messias Aléo 
Web Designer 
 
Profa. Ma. Natália Bertolo Bonfim 
Autoria 
 
 
Todo material didático disponibilizado, por meio físico ou digital, ao 
longo e para consecução de seu Curso, não poderá ser 
reproduzido, parcial ou integralmente, sob pena de ser 
responsabilizado civil e criminalmente, nos termos da Lei 9.610/98, 
por violação de propriedade intelectual, pois que todo e qualquer 
material é de propriedade da UNIVERSIDADE BRASIL e deverá 
ser utilizado exclusivamente em âmbito privado pel@ ALUN@. 
 
 
 
 
 
APRESENTAÇÃO 
 
 
Car@ Alun@, 
 
Nesta unidade, você conhecerá os direitos federativos e 
econômicos do atleta profissional, o que ajuda a entender a 
dinâmica das transações financeiras envolvendo o atleta e o 
clube. Em seguida, aprenderá a distinguir a cláusula 
indenizatória desportiva da cláusula compensatória desportiva, 
que estabelecem multa para o caso de descumprimento do 
contrato de trabalho por uma das partes da relação. Após, 
compreenderá o mecanismo de cessão de atletas para outros 
clubes e, ao final, analisará as hipóteses de suspensão, 
interrupção e extinção do contrato especial de trabalho 
desportivo. 
Bons estudos! 
NATÁLIA BERTOLO BONFIM 
 
 
 
 
 
DIREITO DESPORTIVO 
 
DIREITO DESPORTIVO DO TRABALHO (PARTE II) 
 
 
 
1. DIREITOS FEDERATIVOS E DIREITOS ECONÔMICOS 7 
2. CLÁUSULA INDENIZATÓRIA DESPORTIVA E CLÁUSULA 
COMPENSATÓRIA DESPORTIVA 9 
3. CESSÃO DO ATLETA 11 
4. SUSPENSÃO E INTERRUPÇÃO DO CONTRATO DE TRABALHO 12 
5. EXTINÇÃO DO CONTRATO DE TRABALHO 13 
 TÉRMINO DA VIGÊNCIA DO CONTRATO 14 
 DISTRATO 14 
 PAGAMENTO DA CLÁUSULA INDENIZATÓRIA DESPORTIVA 
OU DA CLÁUSULA COMPENSATÓRIA DESPORTIVA 14 
 RESCISÃO INDIRETA POR INADIMPLEMENTO SALARIAL 15 
 RESCISÃO INDIRETA POR JUSTA CAUSA DO EMPREGADOR 16 
 DISPENSA IMOTIVADA DO ATLETA 16 
 RESCISÃO POR JUSTA CAUSA 16 
 RESOLUÇÃO 18 
 INCAPACIDADE OU MORTE DO ATLETA 18 
REFERÊNCIAS 20 
5 
 
 
6 
 
 
 
AULA 5 
 
 
DIREITO DESPORTIVO DO 
TRABALHO (PARTE II) 
 
 
Objetivo 1. Distinguir os direitos federativos dos direitos 
econômicos. 
Objetivo 2. Conhecer a cláusula indenizatória desportiva e a 
cláusula compensatória desportiva. 
Objetivo 3. Aprender as hipóteses de cessão de atletas, 
suspensão, interrupção e extinção do contrato especial de trabalho 
desportivo. 
 
7 
 
1. DIREITOS FEDERATIVOS E DIREITOS 
ECONÔMICOS 
Certamente você se lembra que a relação de trabalho entre 
atleta e clube apresenta outras especificidades, e assim as 
partes celebram um contrato de trabalho especial, regido pela 
Lei Pelé e, supletivamente, pela CF e pela CLT. 
No entanto, não basta a assinatura do contrato especial de 
trabalho desportivo. Para que o atleta comece a exercer a sua 
profissão, devem ser observadas outras formalidades para que 
ele tenha validade. 
A primeira destas formalidades são os direitos federativos. O 
direito federativo é o direito que o clube tem de registrar o atleta 
na entidade nacional de administração do desporto e na 
entidade regional à qual o clube está vinculado, para caracterizar 
o vínculo desportivo. 
O vínculo desportivo decorre do vínculo trabalhista, como 
dispõe o art. 28, §5º da Lei Pelé: 
§ 5º O vínculo desportivo do atleta com a entidade de prática 
desportiva contratante constitui-se com o registro do contrato 
especial de trabalho desportivo na entidade de administração do 
desporto, tendo natureza acessória ao respectivo vínculo 
empregatício, dissolvendo-se, para todos os efeitos legais […]. 
Assim, o vínculo desportivo é acessório ao contrato de 
trabalho, passando a existir para os efeitos desportivos com o 
registro do contrato especial de trabalho desportivo na entidade 
de administração do desporto. 
Após o registro do contrato de trabalho, a entidade de 
administração do desporto deverá publicar o nome do atleta em 
 
8 
 
um informativo oficial, sendo este um requisito essencial para 
que o atleta comece a atuar pela equipe. No caso do futebol, por 
exemplo, a confirmação do registro se dá com a publicação no 
Boletim Informativo Diário (BID). 
A segunda formalidade são os chamados direitos 
econômicos. Os direitos econômicos são definidos como todos 
e quaisquer benefícios financeiros e econômicos oriundos de 
eventual cessão temporária (empréstimo) ou definitiva 
(compra/venda) dos direitos federativos de determinado atleta 
(ROSIGNOLI; RODRIGUES, 2017, p. 70). 
Assim sendo, os direitos econômicos têm por objetivo 
assegurar a continuidade do contrato, dando ensejo à aplicação 
de multa em caso de quebra do contrato entre o clube e o atleta. 
Constituem mera expectativa de direito, pois só existirão 
quando ocorrer a cessão temporária ou definitiva dos direitos 
federativos do atleta para outro clube. 
Segundo Rosignoli e Rodrigues (2017, p. 70), as principais 
características que diferenciam estes direitos são: 
• os direitos econômicos podem pertencer a várias pessoas 
(físicas ou jurídicas) e podem ser negociados entre 
diferentes pessoas e em momentos diversos; 
• os direitos federativos só podem pertencer a uma 
entidade de prática desportiva por vez e podem ser 
transacionados por empréstimo (cessão temporária) ou 
definitivamente (pagamento parcial ou total de cláusula 
penal). 
 
9 
 
2. CLÁUSULA INDENIZATÓRIA DESPORTIVA E 
CLÁUSULA COMPENSATÓRIA DESPORTIVA 
O art. 28 da Lei Pelé dispõe que no contrato especial de 
trabalho desportivo deverá constar, obrigatoriamente, a cláusula 
indenizatória desportiva e a cláusula compensatória desportiva. 
Estas cláusulas foram incluídas na Lei Pelé com o objetivo de 
proteger as relações entre o clube e o atleta, estabelecendo 
multa no caso de descumprimento do contrato por uma das 
partes. 
A cláusula indenizatória desportiva é devida pelo atleta ao 
clube nas seguintes hipóteses: 
• transferência para outro clube, nacional ou estrangeiro, 
durante a vigência do contrato de trabalho (art. 28, inc. I, 
alínea “a”); 
• retorno do atleta às atividades profissionais em outro 
clube, no prazo de até 30 meses (art. 28, inc. I, alínea “b”). 
Deste modo, esta cláusula visa proteger o clube ou reparar 
os danos causados pelo descumprimento parcial do contrato de 
trabalho pelo atleta. 
Segundo o art. 28, §1º da Lei Pelé, o valor da cláusula 
indenizatória desportiva será livremente pactuado pelas partes e 
expressamente quantificado no instrumento contratual: 
I — até o limite máximo de 2.000 vezes o valor médio do 
salário contratual, para as transferências nacionais; e 
II — sem qualquer limitação, para as transferências 
internacionais. 
 
10 
 
Cabe ao atleta o pagamento da cláusula indenizatória, mas o 
clube para o qual se transferiu é solidariamente responsável por 
este pagamento. 
A cláusula compensatória desportiva é devida pelo clube 
nas hipóteses previstas no art. 28, §5º, inc. III, IV e V: 
• rescisão decorrente do inadimplemento salarial, de 
responsabilidade da entidade de prática desportiva 
empregadora, nos termos desta Lei; 
• com a rescisão indireta, nas demais hipóteses previstas 
na legislação trabalhista; e 
• com a dispensa imotivadado atleta. 
Segundo o §3º do art. 28, o valor da cláusula compensatória 
desportiva será livremente pactuado entre as partes e 
formalizado no contrato especial de trabalho desportivo, 
observando-se, como limite máximo, 400 vezes o valor do 
salário mensal no momento da rescisão e, como limite mínimo, 
o valor total de salários mensais a que teria direito o atleta até o 
término do referido contrato. 
No quadro abaixo, Rosignoli e Rodrigues (2017, p. 71) 
sintetizam as diferenças entre as cláusulas indenizatória e 
compensatória: 
 
11 
 
 
3. CESSÃO DO ATLETA 
O art. 38 da Lei Pelé permite a cessão de atleta, ao dispor 
que “qualquer cessão ou transferência de atleta profissional ou 
não-profissional depende de sua formal e expressa anuência”. 
A cessão de atleta é o ato pelo qual o clube (cedente) 
concorda em ceder os seus serviços profissionais, durante a 
vigência do contrato de trabalho, para outro clube (cessionário). 
A cessão pode ser definitiva, quando há o rompimento do 
vínculo contratual do atleta com o clube, ou temporária, quando 
o atleta se transfere para outro clube por tempo determinado 
(empréstimo), mantendo o contrato de trabalho com o primeiro 
clube. 
Em ambos os casos, a cessão depende da anuência formal 
e expressa do atleta, nos termos do art. 38 acima mencionado. 
O empréstimo do atleta pode ter prazo de duração igual ou 
inferior ao previsto no contrato original, mas deverá ser 
observado o prazo mínimo de 3 meses, e o prazo máximo será 
a data de término do contrato de trabalho original. Se for o caso, 
 
12 
 
o atleta deverá retornar às suas atividades no clube original após 
o fim do prazo. 
Com o empréstimo, os direitos federativos passam a 
pertencer ao novo clube, que, em regra, passa a ter a obrigação 
de pagar os salários do atleta. Na hipótese de não pagamento 
por período superior a 2 meses, o atleta poderá rescindir o 
contrato de empréstimo e o clube deverá pagar a cláusula 
compensatória desportiva (art. 39, §1º, Lei Pelé). 
Se for o caso, após a rescisão do contrato de empréstimo, o 
atleta deverá retornar ao clube cedente para cumprir o antigo 
contrato especial de trabalho desportivo (art. 39, §2º, Lei Pelé). 
4. SUSPENSÃO E INTERRUPÇÃO DO 
CONTRATO DE TRABALHO 
Ocorre a suspensão do contrato de trabalho quando há a 
cessação de sua execução e de seus efeitos, ou seja, não há 
prestação de serviços pelo atleta e o clube não tem obrigação 
de pagar seu salário. 
De acordo com o art. 28, §7º da Lei Pelé, a entidade de prática 
desportiva poderá suspender o contrato especial de trabalho 
desportivo do atleta profissional, ficando dispensada do 
pagamento da remuneração nesse período, quando o atleta for 
impedido de atuar, por prazo ininterrupto superior a 90 (noventa) 
dias, em decorrência de ato ou evento de sua exclusiva 
responsabilidade, desvinculado da atividade profissional, 
conforme previsto no referido contrato. 
Assim sendo, apenas haverá a suspensão do contrato de 
trabalho na hipótese de ato ou evento de exclusiva 
responsabilidade do atleta e alheio à sua atividade profissional, 
que o impeça de atuar por mais de 90 dias. 
 
13 
 
Para que o prazo de suspensão do atleta seja prorrogado 
automaticamente, deverá constar no contrato de trabalho 
cláusula expressa nesse sentido. 
Na interrupção do contrato de trabalho entre o atleta e o 
clube, o vínculo trabalhista é mantido, bem como algumas 
obrigações. O atleta não presta serviços, mas o clube continua 
obrigado a pagar seu salário e o tempo de paralisação é 
computado como tempo de serviço. 
São exemplos de interrupção do contrato de trabalho as 
férias, a convocação do atleta pela Seleção, a licença 
paternidade, dentre outros. 
5. EXTINÇÃO DO CONTRATO DE TRABALHO 
A extinção do contrato de trabalho ocorre quando há o 
término do vínculo de emprego entre o clube e o atleta, com a 
cessação de todas as obrigações entre eles. 
O art. 28, §5º da Lei Pelé prevê todas as hipóteses de 
extinção do contrato de trabalho: 
§ 5º O vínculo desportivo do atleta com a entidade de prática 
desportiva contratante constitui-se com o registro do contrato 
especial de trabalho desportivo na entidade de administração do 
desporto, tendo natureza acessória ao respectivo vínculo 
empregatício, dissolvendo-se, para todos os efeitos legais: 
I — com o término da vigência do contrato ou o seu distrato; 
II — com o pagamento da cláusula indenizatória desportiva 
ou da cláusula compensatória desportiva; 
 
14 
 
III — com a rescisão decorrente do inadimplemento salarial, 
de responsabilidade da entidade de prática desportiva 
empregadora, nos termos desta Lei; 
IV — com a rescisão indireta, nas demais hipóteses previstas 
na legislação trabalhista; e 
V — com a dispensa imotivada do atleta. 
A seguir, vamos estudar cada uma das hipóteses previstas 
no artigo supracitado. 
 TÉRMINO DA VIGÊNCIA DO CONTRATO 
Esta forma de extinção do contrato de trabalho não tem 
segredo. É a forma natural de extinção e ocorre com o fim do 
prazo estipulado no contrato. Neste caso, não há que se falar 
em cláusula indenizatória ou compensatória. 
 DISTRATO 
O distrato ocorre quando as partes, em comum acordo, 
decidem colocar fim ao contrato de trabalho antes do prazo 
previsto, hipótese na qual não haverá o pagamento de qualquer 
tipo de multa. 
 PAGAMENTO DA CLÁUSULA INDENIZATÓRIA 
DESPORTIVA OU DA CLÁUSULA COMPENSATÓRIA 
DESPORTIVA 
Esta hipótese de extinção ocorre por iniciativa de qualquer 
das partes. Se de iniciativa do atleta, deverá pagar a cláusula 
indenizatória desportiva ao clube. Se de iniciativa do clube, 
deverá pagar a cláusula compensatória desportiva ao atleta. 
 
15 
 
 RESCISÃO INDIRETA POR INADIMPLEMENTO 
SALARIAL 
A rescisão indireta pelo não pagamento de salários ocorre por 
culpa do clube, nos termos do art. 31 da Lei Pelé: 
Art. 31. A entidade de prática desportiva empregadora que 
estiver com pagamento de salário ou de contrato de direito de 
imagem de atleta profissional em atraso, no todo ou em parte, 
por período igual ou superior a três meses, terá o contrato 
especial de trabalho desportivo daquele atleta rescindido, 
ficando o atleta livre para transferir-se para qualquer outra 
entidade de prática desportiva de mesma modalidade, nacional 
ou internacional, e exigir a cláusula compensatória desportiva e 
os haveres devidos. 
§ 1º São entendidos como salário, para efeitos do previsto no 
caput, o abono de férias, o décimo terceiro salário, as 
gratificações, os prêmios e demais verbas inclusas no contrato 
de trabalho. 
§ 2º A mora contumaz será considerada também pelo não 
recolhimento do FGTS e das contribuições previdenciárias. 
§ 3º (Revogado pela Lei nº 12.395, de 2011). 
§ 4º (Incluído e vetado pela Lei nº 10.672, de 2003) 
§ 5º O atleta com contrato especial de trabalho desportivo 
rescindido na forma do caput fica autorizado a transferir-se para 
outra entidade de prática desportiva, inclusive da mesma 
divisão, independentemente do número de partidas das quais 
tenha participado na competição, bem como a disputar a 
competição que estiver em andamento por ocasião da rescisão 
contratual. 
 
16 
 
Neste contexto, o atraso no pagamento de salário superior a 
3 meses, o não recolhimento do FGTS e das contribuições 
previdenciárias dão ensejo à mora, podendo extinguir o vínculo 
entre as partes. 
 RESCISÃO INDIRETA POR JUSTA CAUSA DO 
EMPREGADOR 
Esta forma de extinção do contrato de trabalho está prevista 
no art. 483, alínea “d” da CLT, que dispõe que o empregado 
poderá considerar rescindido o contrato e pleitear a devida 
indenização quando não cumprir o empregador as obrigações 
do contrato. 
 DISPENSA IMOTIVADA DO ATLETA 
Esta forma de extinção do contrato de trabalho ocorre quando 
o clube dispensa o atleta sem motivação. Neste caso, o clube 
deverá pagar ao atleta as verbas rescisórias e a cláusulacompensatória desportiva. 
 RESCISÃO POR JUSTA CAUSA 
A rescisão por justa causa ocorre quando o atleta pratica um 
ato faltoso que dá ensejo à extinção do contrato de trabalho. 
Neste sentido, o art. 482 da CLT apresenta uma lista 
exemplificativa de situações: 
Art. 482 — Constituem justa causa para rescisão do contrato 
de trabalho pelo empregador: 
a) ato de improbidade; 
b) incontinência de conduta ou mau procedimento; 
 
17 
 
c) negociação habitual por conta própria ou alheia sem 
permissão do empregador, e quando constituir ato de 
concorrência à empresa para a qual trabalha o empregado, ou 
for prejudicial ao serviço; 
d) condenação criminal do empregado, passada em julgado, 
caso não tenha havido suspensão da execução da pena; 
e) desídia no desempenho das respectivas funções; 
f) embriaguez habitual ou em serviço; 
g) violação de segredo da empresa; 
h) ato de indisciplina ou de insubordinação; 
i) abandono de emprego; 
j) ato lesivo da honra ou da boa fama praticado no serviço 
contra qualquer pessoa, ou ofensas físicas, nas mesmas 
condições, salvo em caso de legítima defesa, própria ou de 
outrem; 
k) ato lesivo da honra ou da boa fama ou ofensas físicas 
praticadas contra o empregador e superiores hierárquicos, salvo 
em caso de legítima defesa, própria ou de outrem; 
l) prática constante de jogos de azar. 
m) perda da habilitação ou dos requisitos estabelecidos em 
lei para o exercício da profissão, em decorrência de conduta 
dolosa do empregado. 
Parágrafo único — Constitui igualmente justa causa para 
dispensa de empregado a prática, devidamente comprovada em 
 
18 
 
inquérito administrativo, de atos atentatórios à segurança 
nacional. 
Assim, se o atleta praticar algum ato previsto no art. 482, ou 
outro que possa dar ensejo à sua dispensa, terá o contrato de 
trabalho rescindido pelo clube. 
 RESOLUÇÃO 
A resolução do contrato de trabalho ocorre quando uma das 
partes deixa de cumprir com obrigação que lhe incumbe. 
 INCAPACIDADE OU MORTE DO ATLETA 
Por fim, ocorre a extinção do contrato de trabalho nas 
hipóteses de morte ou incapacidade do atleta.
 
19 
 
SAIBA MAIS 
Leia a reportagem de Rodrigo Viga Gaier e Eduardo Simões. 
Flamengo suspende contrato de goleiro Bruno. Disponível em: 
https://esportes.estadao.com.br/noticias/futebol,flamengo-
suspende-contrato-de-goleiro-bruno,578364 
Leia a matéria Fifa quer restringir empréstimo de atletas e 
ajudar clubes formadores. Disponível em: 
https://www.mg.superesportes.com.br/app/noticias/futebol/futebol-
internacional/2020/02/28/noticia_futebol_internacional,3837973/fifa-
quer-restringir-emprestimo-de-atletas-e-ajudar-clubes-
formadores.shtml 
Leia a matéria Jogador de basquete dispensado antes do 
término do contrato receberá todos os salários. Jounal Jurid. 
Disponível em: 
https://www.jornaljurid.com.br/noticias/jogador-de-basquete-
dispensado-antes-do-termino-do-contrato-recebera-todos-os-salarios 
 
 
https://esportes.estadao.com.br/noticias/futebol,flamengo-suspende-contrato-de-goleiro-bruno,578364
https://esportes.estadao.com.br/noticias/futebol,flamengo-suspende-contrato-de-goleiro-bruno,578364
https://www.mg.superesportes.com.br/app/noticias/futebol/futebol-internacional/2020/02/28/noticia_futebol_internacional,3837973/fifa-quer-restringir-emprestimo-de-atletas-e-ajudar-clubes-formadores.shtml
https://www.mg.superesportes.com.br/app/noticias/futebol/futebol-internacional/2020/02/28/noticia_futebol_internacional,3837973/fifa-quer-restringir-emprestimo-de-atletas-e-ajudar-clubes-formadores.shtml
https://www.mg.superesportes.com.br/app/noticias/futebol/futebol-internacional/2020/02/28/noticia_futebol_internacional,3837973/fifa-quer-restringir-emprestimo-de-atletas-e-ajudar-clubes-formadores.shtml
https://www.mg.superesportes.com.br/app/noticias/futebol/futebol-internacional/2020/02/28/noticia_futebol_internacional,3837973/fifa-quer-restringir-emprestimo-de-atletas-e-ajudar-clubes-formadores.shtml
https://www.jornaljurid.com.br/noticias/jogador-de-basquete-dispensado-antes-do-termino-do-contrato-recebera-todos-os-salarios
https://www.jornaljurid.com.br/noticias/jogador-de-basquete-dispensado-antes-do-termino-do-contrato-recebera-todos-os-salarios
 
 
20 
 
REFERÊNCIAS 
BELMONTE, Alexandre Agra et al. Direito do trabalho desportivo: os aspectos 
jurídicos da Lei Pelé frente às alterações da Lei nº 12.395/2011. São Paulo: LTr, 
2013. 
 
CAÚS, Cristiana; GÓES, Marcelo. Direito aplicado à gestão do esporte. São Paulo: 
Trevisan Editora, 2013. 
 
GONÇALO JUNIOR. Por alojamento precário, jogadores do União Suzano 
conseguem rescisão na Justiça. O Estado de São Paulo, 02 ago. 2019. Disponível 
em: https://esportes.estadao.com.br/noticias/futebol,por-alojamento-precario-
jogadores-do-uniao-suzano-conseguem-rescisao-na-justica,70002952647 Acesso 
em: 03/2021. 
 
MACHADO. Rubens Approbato et al. Curso de Direito Desportivo Sistêmico. v. 2. 
São Paulo: Quartier Latin, 2010. 
 
MARTINS, Sérgio Pinto. Direitos Trabalhistas do Atleta Profissional de Futebol. 
São Paulo: Atlas, 2011. 
 
MELO FILHO, Álvaro et al. Direito do Trabalho Desportivo. Atualizado com a Nova 
Lei Pelé. São Paulo, Quartier Latin, 2012. 
 
MELO FILHO, Álvaro. Nova Lei Pelé — Avanços e Impactos. Rio de Janeiro: Ed. 
Maquinária, 2011. 
 
OLIVEIRA, Leonardo Andreotti P. de et al. Direito do Trabalho e Desporto. São 
Paulo: Quartier Latin, 2014. 
 
ROSIGNOLI, Mariana; RODRIGUES, Sérgio Santos. Manual de direito desportivo. 
São Paulo: LTr, 2017. 
 
SOUZA, Gustavo Lopes Pires de et al. Direito Desportivo. Belo Horizonte: Arraes 
Editores, 2014. 
 
VEIGA, Maurício de Figueiredo Correa. A Evolução do Futebol e as Normas que 
o Regulamentam — Aspectos Trabalhistas-Desportivos. São Paulo: LTr, 2013. 
 
 
 
Este conteúdo foi produzido para o Núcleo de Educação a Distância da Universidade Brasil e 
sua reprodução e distribuição são autorizadas apenas para alunos regularmente matriculados 
em cursos de graduação, pós-graduação e extensão da Universidade Brasil e das Faculdades e 
dos Centros Universitários que mantêm Convênios de Parceria Educacional ou Acordos de 
Cooperação Técnica com a Universidade Brasil, devidamente celebrados em contrato. 
https://esportes.estadao.com.br/noticias/futebol,por-alojamento-precario-jogadores-do-uniao-suzano-conseguem-rescisao-na-justica,70002952647
https://esportes.estadao.com.br/noticias/futebol,por-alojamento-precario-jogadores-do-uniao-suzano-conseguem-rescisao-na-justica,70002952647
 
 
21 
 
 
− .
..

Outros materiais