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Resumo - Parto Vaginal Operatório

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J U N H O D E 2 0 2 1
PARTO VAGINAL OPERATÓRIO
P R O F. N ATÁ L I A C A R VA L H O
Estratégia
MED
Prof. Natália Carvalho | Parto Vaginal OperatórioOBSTETRÍCIA 2
PROF. NATÁLIA 
CARVALHO
APRESENTAÇÃO:
@estrategiamed
/estrategiamedEstratégia MED
t.me/estrategiamed
@profnataliacarvalho
Apesar de ser um assunto pouco abordado nas provas de 
Residência Médica, o parto vaginal operatório foi um tema que 
apareceu em provas importantes nos últimos 5 anos. Portanto, 
conseguir resolver questões sobre o assunto será um grande 
diferencial para você, uma vez que muitos alunos acabam 
estudando somente os temas mais relevantes, deixando de 
lado conteúdos menos frequentes, como é o caso deste. Não 
deixaremos que você cometa esse erro! 
Assim, para que ganhe tempo, já selecionamos tudo que 
precisa saber sobre parto vaginal operatório, dando atenção 
especial aos tópicos mais cobrados que são: aplicações e tipos 
de fórcipes. 
Vamos lá?
https://www.instagram.com/estrategiamed/?hl=pt
https://www.facebook.com/estrategiamed1
https://www.youtube.com/channel/UCyNuIBnEwzsgA05XK1P6Dmw
https://t.me/estrategiamed
https://www.instagram.com/profnataliacarvalho/
Estratégia
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OBSTETRÍCIA Parto Vaginal Operatório
Prof. Natália Carvalho | Resumo Estratégico | Junho 2021 3
SUMÁRIO
1.0 PARTO VAGINAL OPERATÓRIO 4
1.1 FÓRCIPE 7
1.2 APLICAÇÃO DO FÓRCIPE 8
1.3 VÁCUO-EXTRATOR 12
1.4 APLICAÇÃO DO VÁCUO-EXTRATOR 13
2.0 LISTA DE QUESTÕES 18
3.0 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 19
4.0 CONSIDERAÇÕES FINAIS 20
Estratégia
MED
OBSTETRÍCIA Parto Vaginal Operatório
Prof. Natália Carvalho | Resumo Estratégico | Junho 2021 4
1.0 PARTO VAGINAL OPERATÓRIO
O parto vaginal operatório, também chamado de parto vaginal assistido ou parto instrumental, refere-se ao parto em que há a 
necessidade do uso do fórcipe, do vácuo-extrator ou outro instrumento para extrair o feto da vagina e diminuir a duração do segundo período 
do parto (período expulsivo). O uso desses instrumentos é aceito quando existe a necessidade de intervenção para ultimar o nascimento, em 
situações que o parto vaginal operatório é mais seguro e rápido do que a cesárea. 
A escolha do instrumento depende da experiência do obstetra, não havendo superioridade de um sobre o outro. De maneira geral, o 
vácuo-extrator é menos traumático para a mulher, mais fácil de aplicar, não requer anestesia e pode ser usado quando há dúvida da variedade 
de posição. Por outro lado, o fórcipe tem maior taxa de sucesso, possibilita partos mais rápidos, pode ser usado em fetos < 34 semanas e em 
apresentação anômala. 
Figura1: Parto vaginal operatório. A: uso de fórcipe. B: uso de vácuo-extrator.
As principais indicações de parto vaginal instrumentalizado estão listadas na tabela a seguir: 
TABELA 1: PRINCIPAIS INDICAÇÕES DOPARTO VAGINAL OPERATÓRIO
Maternas Fetais
Doenças maternas cardíacas, neurológicas e pulmonares Sofrimento fetal no período expulsivo
Exaustão materna
Variedade de posição anômala: occipitossacra ou 
occipitotransversa
Alívio de período expulsivo prolongado Parada da progressão
Uso de drogas analgésicas Cabeça derradeira: fórcipe de Piper
CAPÍTULO
Estratégia
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Por outro lado, as contraindicações gerais ao parto instrumentalizado são: óbito fetal, prematuridade extrema, doenças fetais que 
aumentam a chance de sangramento e lesão óssea, cabeça não insinuada, apresentação que não a occipital e suspeita de desproporção 
cefalopélvica. Além disso, o vácuo-extrator não deve ser usado antes de 34 semanas nem para rotação do polo cefálico. 
Vale a pena memorizar as indicações e contraindicações do uso de fórcipe e vácuo-extrator, pois são 
tópicos que já foram cobrados em questões de Obstetrícia!
Classifica-se o parto vaginal operatório de acordo com o plano da apresentação e o grau de rotação do polo cefálico em: fórcipe ou 
vácuo-extração de alívio, fórcipe ou vácuo-extração baixo, fórcipe ou vácuo-extração médio e fórcipe ou vácuo-extração alto, conforme a 
tabela e a figura a seguir:
TABELA 2: CLASSIFICAÇÃO DO FÓRCIPE OU VÁCUO-EXTRATOR
Fórcipe ou 
vácuo-extrator de alívio
Polo cefálico no assoalho pélvico (passou o plano + 2 de DeLee), couro cabeludo visível 
no introito vaginal, a cabeça do feto no períneo, sutura sagital no diâmetro ântero-
posterior ou nos oblíquos e a rotação não excede 45 graus.
Fórcipe ou 
vácuo-extrator baixo
Ápice da cabeça fetal no plano +2 de DeLee ou abaixo, mas sem atingir o assoalho 
pélvico. Pode haver necessidade de rotação maior que 45 graus.
Fórcipe ou 
vácuo-extrator médio
Polo cefálico não atingiu o plano +2 de DeLee, porém a apresentação já está insinuada. 
Fórcipe ou 
vácuo-extrator alto
Polo cefálico ainda não se insinuou (entre os planos -1 e 0 de DeLee). Não é mais 
utilizado na obstetrícia. 
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Figura 2: Classificação dos partos vaginais operatórios.
Para a aplicação adequada do fórcipe e do vácuo-extrator, deve-se ter obrigatoriamente todas as condições de aplicabilidade presentes. 
A tabela a seguir reúne todas as condições de aplicabilidade do fórcipe e do vácuo-extrator. 
TABELA 3: CONDIÇÕES DE APLICABILIDADE
Colo completamente dilatado
Rotura das membranas fetais
Estreito médio e inferior compatíveis com a cabeça fetal
Concepto vivo
Cabeça insinuada (extremidade do crânio fetal na altura ou abaixo das espinhas isquiáticas - plano zero de DeLee)
Volume cefálico normal
Identificação da variedade de posição
Fórcipe ou vácuo-extração altos: entre -1 e 0
Fórcipe ou vácuo-extração médios: entre os planos 0 e +2
Fórcipe ou vácuo-extração baixos: entre os plano +2 e o assoalho pélvico
Fórcipe ou vácuo-extração de alívio: abaixo do 
plano +2 e no assoalho pélvico
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Atenção para os critérios de aplicabilidade, eles são cobrados nas provas de Residência Médica!
1.1 FÓRCIPE
Os quatro tipos de fórcipes mais utilizados na prática 
obstétrica são: Simpson-Braun, Kielland, Luikart e Piper. Todos os 
fórcipes apresentam dois ramos; cada um deles é constituído por 
colher, articulação e cabo, sendo que a colher apresenta curvatura 
que se adapta à cabeça fetal (curvatura cefálica) e que se ajusta à 
pelve materna (curvatura pélvica). A articulação conecta um ramo 
ao outro e o cabo é o local que o obstetra segura.
Figura 3: Partes do fórcipe. Fonte: arquivo pessoal.
O fórcipe de Simpson-Braun é o mais utilizado de todos os fórcipes. Ele apresenta colher fenestrada com curvatura pélvica acentuada 
e articulação fixa. É usado para as variedades oblíquas e pegas diretas (OP e OS), uma vez que não pode ser utilizado para rotação maior do 
que 45 graus. 
O fórcipe de Kielland apresenta colheres com curvatura pélvica menor e articulação deslizante, permitindo a correção do assinclitismo 
e seu uso para rotação, por isso pode ser utilizado em todas as variedades de posição, inclusive nas transversas. Seguindo a mesma linha, o 
fórcipe de Luikart tem as mesmas características do Kielland, mas suas colheres não são fenestradas, o que distribui melhor a pressão exercida 
por ele no polo cefálico. 
O fórcipe de Piper, por sua vez, apresenta curvatura cefálica e pélvica pouco pronunciada e articulação por encaixe, sendo utilizado nas 
apresentações pélvicas quando há cabeça derradeira. 
TABELA 4: TIPOS DE FÓRCIPE E SUAS UTILIDADES
TIPO DE FÓRCIPE UTILIDADE
Simpson-Braun Variedades oblíquas e pegas diretas (púbica e sacra).
Kielland
Todas as variedades de posição, inclusive as variedades transversas. Permite 
a rotação da cabeça fetal.
Luikart
Não tem colheres fenestradas, conseguindo distribuir melhor a pressão 
exercida por ele. Mesma utilidadedo Kielland.
Piper Apresentações pélvicas com cabeça derradeira.
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Os tipos de fórcipe e sua utilização são bastante cobrados nas questões de parto vaginal operatório. 
Então, memorize esta tabela!
As principais funções do fórcipe são: apreensão, rotação e extração da cabeça fetal. A apreensão é feita no equador da cabeça fetal, de 
modo que as colheres ficam diametralmente opostas, o que chamamos de pega ideal ou parietomalar. A marca de Baudelocque é o nome 
dado à impressão deixada pela pega correta do fórcipe na cabeça fetal. 
Figura 4: Apreensão com pega ideal ou parietomalar.
Já a rotação deve ser realizada por meio do movimento “chave em fechadura” nos fórcipes que não apresentam curvatura acentuada 
(Kielland e Luikart) ou por movimento amplo de circundação dos cabos naqueles com curvatura pélvica acentuada (Simpson-Braun).
Por fim, a tração deve ser descontínua e ritmada, sem exceder mais de 20kg a 25kg, respeitando o ritmo das contrações e a linha 
fisiológica da progressão fetal, que é para frente e para cima, fazendo um movimento em “J”, imitando a curvatura da pelve materna. Esse 
movimento é chamado de manobra de Pajot.
1.2 APLICAÇÃO DO FÓRCIPE
Para a aplicação do fórcipe utilizamos o mnemônico ABCDEFGHIJ, proposto pela Advanced Life Support in Obstetrics (ALSO) e que é 
seguido pelas instituições brasileiras: 
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Para a colocação do fórcipe, é necessário, primeiramente, realizar a apresentação espacial (figura 5A), que consiste em articular os 
ramos do fórcipe e colocar na frente da vulva, na posição que ele ocupará após sua aplicação. 
A colocação do fórcipe depende de como se encontra a apresentação fetal. Quando a sutura é ântero-posterior, isto é, nas variedades 
de posição occipitopúbica e occipitossacra, a colocação do fórcipe inicia-se pelo ramo esquerdo, que deve ser empunhado pela mão esquerda 
e introduzido do lado esquerdo da pelve e do concepto (figura 5B). Ao iniciar a aplicação, a haste deve estar verticalizada; conforme a colher 
vai entrando na pelve, a haste vai horizontalizando, até a colher ocupar a região parietomalar. 
Em seguida, o ramo direito é então empunhado pela mão direita e aplicado ao lado direito da pelve materna e da cabeça fetal (figura 
5C). Durante a aplicação, a mão esquerda é introduzida na pelve, para proteger os tecidos maternos e guiar a colher. 
Após a aplicação dos ramos, o fórcipe deve ser facilmente articulado se estiver corretamente aplicado. Deve-se checar se a fontanela 
posterior está equidistante dos dois cabos e um centímetro acima deles. Além disso, as fenestras devem estar adaptadas à cabeça fetal, não 
sendo possível introduzir nelas mais do que uma polpa digital. Por fim, deve-se checar se as suturas lambdoides estão acima do plano superior 
das colheres e equidistantes delas. 
 Solicitar ajuda, avisar a paciente, avaliar a necessidade de anestesiaA
 Bexiga vazia; se necessário, utilizar sonda vesical 
 Colo uterino completamente dilatado
 Determinar a variedade de posição e pensar em distócia de ombro 
 Equipamento pronto para uso
 Colocação do fórcipe e confirmação da pega 
 Gentil tração − manobra de Pajot
 Hora de elevar os cabos
 Avaliar necessidade de incisão perineal
 Já é hora de retirar o fórcipe
B
C
D
E
F
G
H
I
J
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• Fontanela posterior
• Fenestra
• Suturas lambdoide e sagital
Posição correta 
do fórcipe
Assim, consideramos que a aplicação do fórcipe está correta após checar a fontanela posterior, a fenestra e as suturas lambdoide e 
sagital (figura 5D). 
Depois de checar a pega, inicia-se a tração do fórcipe (manobra de Pajot), que deve ser finalizada com a elevação dos cabos para seguir 
a curva J do desprendimento da cabeça fetal, de modo que os cabos permaneçam quase na vertical ao final do desprendimento da cabeça 
(figura 5E). Assim que a mandíbula se torna acessível, retiram-se os ramos na ordem inversa da sua aplicação (figura 5F).
Nas apresentações oblíquas, deve-se iniciar a colocação do fórcipe pela colher que ficará na posição mais posterior da pelve materna, 
e nas apresentações transversas, a primeira colher a ser colocada é a anterior. 
Figura 5: Aplicação do fórcipe. A: apresentação espacial. B: colocação da colher esquerda. 
C: colocação da colher direita. D: confirmação da pega.
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 E: gentil tração. F: desarticulação das colheres. 
Atenção, cai na prova!
Apresentações ântero-posteriores: a primeira colher é sempre a esquerda.
Apresentações oblíquas: a primeira colher deve ser a posterior.
Apresentações transversas: a primeira colher deve ser a anterior.
Após o uso do fórcipe, é obrigatória a revisão do canal de parto, incluindo o colo do útero e as paredes vaginais, procurando-se 
lacerações que precisem de sutura. Deve-se avaliar o recém-nascido à procura de eventuais tocotraumatismos, e identificar a marca de 
Baudelocque para avaliar se a pega foi correta.
As complicações dos fórcipes para o concepto ocorrem pela aplicação errada das colheres, o que culmina em escoriações leves e 
paralisia facial temporária. Podem ocorrer também, raramente, esmagamento dos nervos parietais, fraturas cranianas e lesões oculares. 
Sabe-se que as complicações ocorrem com maior frequência nos fórcipes mais altos e nos de rotação. Já as complicações maternas mais 
comuns são as lacerações perineais e vaginais, sendo que as lesões vaginais extensas com lacerações de grau 3 e 4 são incomuns e têm mais 
chances de deixar sequelas.
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Figura 6: Complicações da utilização do fórcipe. A: paralisia facial temporária. B: escoriações faciais.
1.3 VÁCUO-EXTRATOR
O vácuo-extrator é utilizado nas mesmas indicações do 
fórcipe, mas tem a vantagem de não necessitar de analgesia e de 
causar menos lesão no assoalho pélvico. Ademais, o ele é aplicado 
com mais facilidade do que o fórcipe, pois é autodirecionável.
Esse instrumento é adequado para variedades 
occipitoanterior, occipitoposterior e occipitotransversa e é 
composto por campânula extratora, tubo de conexão, bomba de 
sucção e manômetro.
Figura 7: Vácuo-extrator. Fonte: arquivo pessoal.
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Existem diversos tipos de vácuo-extratores. A maior diferença 
entre eles é que uns apresentam cúpula de metal e outros, de 
plástico. Os vácuo-extratores com cúpula de metal são pouco 
usados, porque requerem mais treinamento e experiência. Já os 
vácuo-extratores com cúpula de plástico são os mais utilizados, pois 
apresentam maior facilidade no manejo, na aplicação e causam 
menos trauma para o binômio materno-fetal. 
Figura 8: Tipos de vácuo-extrator. FonteFonte: arquivo pessoal.
1.4 APLICAÇÃO DO VÁCUO-EXTRATOR
Para a aplicação do vácuo-extrator, utilizamos o mesmo mnemônico do fórcipe (ABCDEFGHIJ): 
 Solicitar ajuda, avisar a paciente, avaliar a necessidade de anestesiaA
 Bexiga vazia; se necessário, utilizar sonda vesical 
 Colo uterino completamente dilatado
 Determinar a variedade de posição e pensar em distócia de ombro 
 Equipamento pronto para uso
 Aplicar o vácuo extrator na sutura sagital, próximo à fontanela posterior
 Gentil tração
 Hora de de parar a tração
 Avaliar necessidade de incisão perineal
 Já é hora de retirar o vácuo-extrator
B
C
D
E
F
G
H
I
J
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A aplicação do vácuo-extrator deveser feita sobre a sutura sagital, próxima à fontanela posterior (lambda). O ideal é aplicar o vácuo-
extrator 3cm à frente da fontanela posterior, denominado “ponto de flexão”. Deve-se então calibrar o manômetro para 100mmHg entre as 
contrações e 500mmHg nas contrações.
Figura 9: Local de aplicação do vácuo-extrator.
Depois da aplicação do vácuo-extrator (figura 10A), é preciso checar se a colocação ficou correta (figura 10B) e em seguida realizar a 
tração de forma gentil (figura 10C), em um ângulo reto, com o plano da cúpula, que ficará automaticamente no eixo correto da tração. Os 
movimentos de oscilação e rotação não devem ser aplicados, apenas tração constante na linha do canal do parto. Quando a cabeça fetal se 
apoiar na sínfise para iniciar a deflexão, o cabo do vácuo deve ser levantado, mudando-se da posição horizontal para quase vertical (figura 10D). 
A tração deve ser suspensa ao término da contração, com a redução da pressão do vácuo para 100mmHg, liberando a válvula de escape. 
Inicia-se novamente a tração após uma nova contração. O procedimento deve ser abandonado se houver três escapes consecutivos da cúpula 
ou se não houver progresso em três tentativas consecutivas. A cúpula do vácuo deve ser retirada quando a raiz da mandíbula estiver acessível. 
Na maioria das vezes, o vácuo-extrator não necessita de espaço adicional, então, por si só, não requer episiotomia.
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Figura 10: Aplicação do vácuo-extrator. A: colocação da cúpula. B: checagem da aplicação. C: gentil tração. D: elevação do cabo.
As principais vantagens e desvantagens do vácuo-extrator estão listadas na tabela a seguir. De forma geral, o vácuo-extrator tem uma 
aplicação mais fácil, não necessita de analgesia e causa menos lesão no assoalho pélvico. Por outro lado, o parto demora mais do que com 
fórcipe e há maior incidência de céfalo-hematoma.
TABELA 5: VANTAGENS E DESVANTAGENS DO VÁCUO-EXTRATOR
Vantagens Desvantagens
Fácil aplicação Necessita mais da cooperação da paciente
Não necessita de analgesia Parto demora mais do que com fórcipe
Menos lesão do assoalho pélvico Pode levar à perda do vácuo, se a tração não for correta
Pode ser aplicado com a gestante em posição 
verticalizada
Aumenta a incidência de céfalo-hematoma
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Puérpera e recém-nascidos devem ser avaliados para verificar a ocorrência de tocotraumatismos. A presença de bossa serossanguinolenta 
e céfalo-hematomas podem estar presentes no local de aplicação do vácuo-extrator, regredindo de dez minutos a uma semana. 
As complicações do vácuo-extrator para o concepto devem-se à aplicação errada e à tração excessiva. As principais complicações para 
o concepto são céfalo-hematoma, hematoma subaponeurótico e raramente hemorragia intracraniana. Para a mulher, as complicações são 
muito raras e incluem lacerações do canal de parto.
É importante saber diferenciar bossa serossanguinolenta de céfalo-hematoma. A bossa serossanguinolenta consiste em um edema do 
couro cabeludo, não gera complicações para o neonato e tem como característica não respeitar as suturas e desaparecer em horas após o 
parto. Já o céfalo-hematoma ocorre por rompimento de vaso subperiosteal e deve ser acompanhado pelo pediatra, tendo como característica 
o fato de não ultrapassar as suturas e demorar mais dias para desaparecer. O hematoma subgaleal ocorre quando há sangramento entre o 
periósteo e a aponeurose. Nesses casos, o sangramento pode ser extenso, com alta taxa de mortalidade neonatal. 
Figura 11: Diferença entre bossa serossanguinolenta e céfalo-hematoma. A: céfalo-hematoma. B: Bossa serossanguinolenta.
Figura 12: Lesões extracranianas associadas ao parto.
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PARTO VAGINAL OPERATÓRIO
 Fórcipe Vácuo
Indicações
Doenças maternas, exaustão materna, alívio do período expulsivo, sofrimento fetal no 
expulsivo, variedade de posição anômala, parada da progressão e analgesia de parto.
Contraindicações
Prematuridade extrema, doenças fetais que aumentam a chance de sangramento e lesão 
óssea, cabeça não insinuada, apresentação que não a occipital, suspeita de desproporção 
cefalopélvica, vácuo-extrator antes de 34 semanas e rotação do polo cefálico.
Condições de 
aplicabilidade
Colo uterino completamente dilatado, rotura das membranas fetais, estreito médio e inferior 
compatíveis com a cabeça fetal, feto vivo, cabeça insinuada, volume cefálico normal e 
identificação da variedade de posição.
Complicações
Escoriações leves, paralisia facial 
temporária, esmagamento de nervos 
parietais, fraturas cranianas, lesões 
oculares, lacerações perineais.
Céfalo-hematoma, hematoma 
subaponeurótico, hemorragia 
intracraniana.
Vantagens
Resolução mais rápida do parto, necessita 
de pouca cooperação da paciente e pode 
ser usado em apresentações anômalas.
Fácil aplicação, não necessita de analgesia, 
menos lesão no assoalho pélvico, 
permite aplicação em algumas posições 
verticalizadas.
Desvantagens
Mais laceração perineal, maior 
dificuldade na aplicação e necessidade de 
analgesia.
Menos chance de ultimação do parto, 
maior incidência de céfalo-hematomas, 
necessita de mais cooperação da paciente, 
pode levar à perda do vácuo se a tração for 
incorreta.
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3.0 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1. ZUGAIB, Marcelo (ed). Zugaib Obstetrícia. 4. ed. Barueri, Manole, 2020.
2. MORON, Antonio Fernandes; CAMANO, Luiz; JÚNIOR, Luiz Kulay. Obstetrícia. Barueri: Manole 2011.
3. AMERICAN ACADEMY OF FAMILY PHYSICIANS. Advanced Life Support in Obstetrics provider course syllabus. 4th ed.
4. AMERICAN COLLEGE OF OBSTETRICIANS AND GYNECOLOGISTS' COMMITTEE ON PRACTICE BULLETINS − OBSTETRICS. Operative Vaginal 
Birth: ACOG Practice Bulletin, Number 219. Obstetrics and gynecology, 2020; v. 135,4: e149-e159. 
5. AMERICAN COLLEGE OF OBSTETRICIANS AND GYNECOLOGISTS, SOCIETY FOR MATERNAL-FETAL MEDICINE. Obstetric care consensus no. 
1: safe prevention of the primary cesarean delivery. Obstetrics and gynecology. 2014; v. 123, p. 693.
6. GEI, A. F.; BELFORT, M. A. Forceps-assisted vaginal delivery. Obstet. Gynecol. Clin. North. Am. 1999; v. 26, p. 345.
7. EDOZIEN. L. C. Towards safe practice in instrumental vaginal delivery. Best Pract. Res. Clin. Obstet. Gynaecol. 2007; v. 21, p. 639.
8. WALDMAN, R. ACOG Practice Bulletin No. 198: Prevention and Management of Obstetric Lacerations at Vaginal Delivery. Obstetrics and 
gynecology. 2019; v.133, p.185.
9. O'MAHONY, F; HOFMEYR, G. J.; MENON, V. Choice of instruments for assisted vaginal delivery. Cochrane Database Syst. Rev. 2010; 
CD005455.
10. MAZOUNI, C., BRETELLE F., COLLETTE E. et al. Maternal and neonatal morbidity after first vaginal delivery using Thierry's spatulas. Aust. 
N. Z. J. Obstet. Gynaecol. 2005; v. 45, p. 405.
11. WORLD HEALTH ORGANIZATION (WHO). Odon device. Disponível em: www.odondevice.org.Acesso em 23 jun. 2015.
12. PATIENT SAFETY AND QUALITY COMMITTEE; SOCIETY FOR MATERNAL-FETAL MEDICINE. SMFM Special Statement: Operative vaginal 
delivery: checklists for performance and documentation. Am. J. Obstet. Gynecol. 2020; v. 222, B15.
13. CAUGHEY, A. B.; SANDBERG, P. L.; ZLATNIK, M. G. et al. Forceps compared with vacuum: rates of neonatal and maternal morbidity. Obstetrics 
and gynecology. 2005; v. 106, p. 908. 
CAPÍTULO
Estratégia
MED
OBSTETRÍCIA Parto Vaginal Operatório
Prof. Natália Carvalho | Resumo Estratégico | Junho 2021 20
4.0 CONSIDERAÇÕES FINAIS
CAPÍTULO
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Natália Carvalho
Estratégia
MED
OBSTETRÍCIA Parto Vaginal Operatório
Prof. Natália Carvalho | Resumo Estratégico | Junho 2021 21
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	1.0 PARTO VAGINAL OPERATÓRIO
	1.1 Fórcipe
	1.2 Aplicação do fórcipe
	1.3 Vácuo-extrator
	1.4 Aplicação do vácuo-extrator
	2.0 LISTA DE QUESTÕES
	3.0 Referências Bibliográficas
	4.0 CONSIDERAÇÕES FINAIS

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