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Curso PreparatórioCurso PreparatórioCurso Preparatório 1ª fase da OAB1ª fase da OAB1ª fase da OAB Direito Tributário Aula 01 - 26/03Aula 01 - 26/03Aula 01 - 26/03 Vamos aproveitar esse sábado de sol para relembrar os principais temas do Direito Tributário para arrasar na 1º fase do exama de ordem? Professor Rubens Kindlmann @rubenskindlmann rubens@kindlmann.com.br Rubens Kindlmann Contatos Em caso de dúvidas não deixe de entrar em contatoEm caso de dúvidas não deixe de entrar em contato É ramo do Direito Público e, tendo natureza obrigacional, refere-se à relação de crédito e débito entre os sujeitos da relação jurídica. UNIÃOUNIÃOUNIÃO ESTADOSESTADOSESTADOS DFDFDF MUNICÍPIOSMUNICÍPIOSMUNICÍPIOS PESSOASPESSOASPESSOAS JURÍDICASJURÍDICASJURÍDICAS DE DIREITODE DIREITODE DIREITO PÚBLICOPÚBLICOPÚBLICO INTERNOINTERNOINTERNO Paulo de Barros Carvalho: "O Direito Tributário é o ramo didaticamente autônomo do Direito, integrado pelo conjunto de poprosições jurídico-normativas, que correspondam, direta ou indiretamente, à instituiço, a arrecação e fiscalização de tributos". (CARVALHO, Paulo de Barros. Curso de Direito Tributário, 16 ed, p.15) Luciano Amaro: "É a disciplina jurídica dos tributos, com o que abrange todo o conjunto de princípios e normas reguladores da criação, fiscalização e arrecadação das prestações de natureza tributária". (AMARO, Luciano. Direito Tributário Brasileiro, 14 ed., São Paulo: Saraiva, 2008, p. 2) Hugo de Brito Machado: "O Direito Tributário é o ramo do direito que se ocupa das relações entre Fisco e pessoas sujeitas a imposições tributárias de qualquer espécie, limitando o poder de tributar e protegendo o cidadão contra os abusos desse poder". (Machado. Hugo de Brito. Curso de Direito Tributário, 29 ed., São Paulo: Malheiros, 2008, p. 49/50) Rubens Gomes de Sousa: "É o ramo do direito público que rege as relações jurídicas entre o Estado e os particulares, decorrentes da atividade financeira do Estado no que se refere à obtenção de receitas que correspondam ao conceito de tributo". (SOUSA, Rubens Gomes de. Compêndio de Legislação Tributária, 2 ed, Rio de Janeiro: Edições Financeiras) RECEITA PÚBLICA: são os ingressos/entradas definitivas de dinheiro nos cofres públicos para que o Estado cumpra suas funções típicas e possa gerir a economia em geral. Exemplo: tributos, multas, resultados de execuções fiscais, exploração de bens próprios do Estado, etc. Lembre-se: para se caracterizar como RECEITA, o ingresso deve gerar acréscimo permanente as patrimônio público, não estando sujeito a devolução. TRIBUTO é uma espécie do gênero RECEITA PÚBLICA. Derivadas: são extraídas do patrimônio dos particulares pelo Estado, no exercício do seu poder de império (reflexo da soberania estatal). São compulsórias, a exemplo dos tributos, das multas e do confisco decorrente do tráfico de entorpecentes. Originárias: decorrentes da exploração de uma atividade econômica pelo próprio Estado, das rendas decorrentes do patrimônio público imobiliário, das tarifas, dos ingressos comerciais. Transferidas: são repassadas de um ente político a outro, a exemplo da repartição de impostos previstas nos arts. 157 a 159 da Constituição Federal Artigo 3º, a TRIBUTO é uma espécie de RECEITA PÚBLICA DERIVADA e se destaca como a principal fonte de receitas públicas, voltadas ao atingimento dos objetivos fundamentais insertos no art. 3º da CF/88, tais como a construção de uma sociedade livre, justa e solidária, a garantia do desenvolvimento nacional, a erradicação da pobreza e da marginalização, tendente à redução das desigualdades sociais e regionais, bem como a promoção do bem estar da coletividade. Artigo 3º, a Não obstante o conceito de tributo ser assunto de suma importância para a própria aplicação da Constituição Federal dentro do Direito Tributário, nossa Carta Magna não prescreve expressamente o que é um tributo, deixando a cargo da legislação infraconstitucional tal tarefa (art. 146, III, “a”, CF). Vejamos: At. 146 CF. Cabe à lei complementar: (...) III - estabelecer normas gerais em matéria de legislação tributária, especialmente sobre: a) definição de tributos e de suas espécies, bem como, em relação aos impostos discriminados nesta Constituição, a dos respectivos fatos geradores, bases de cálculo e contribuintes; (...) Assim, a definição de tributo é dada pelo nosso Código Tributário Nacional (CTN), em seu artigo 3º CTN. Artigo 3º, CTN Artigo 3º, CTN Artigo 3º, CTN Prestação Pecuniária Artigo 3º, CTN Prestação Pecuniária Prestação Compulsória Exigido mediante ato administrativo vinculado Artigo 3º, CTN Prestação Pecuniária Prestação Compulsória Instituída por LEI Artigo 3º, CTN Prestação Pecuniária Prestação Compulsória Instituída por LEI Que não seja resultado de Sanção Artigo 3º, CTN Prestação Pecuniária Prestação Compulsória Instituída por LEI Que não seja resultado de Sanção Exigido mediante ato administrativo vinculado Artigo 3º, CTN Prestação Pecuniária Prestação Compulsória Instituída por LEI Que não seja resultado de Sanção Exigido mediante ato administrativo vinculado DEVE SER RECEITA PÚBLICA Artigo 3º, CTN Prestação Pecuniária Seu pagamento deve ser em dinheiro. "Em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir". Vedado o pagamento em bens/serviços. LC 104/01: Permitiu sua quitação por Dação em Pagamento de bens imóveis, na forma e condições da lei. (in natura ou in labore) Artigo 3º, CTN Prestação Pecuniária Seu pagamento não é facultativo, mas OBRIGATÓRIO ao contribuinte. Ocorrido o fato gerador o sujeito tem o dever de pagar o tributo, independentemente de sua vontade. Por não depender da vontade do contribuinte, os civilmente incapazes também são obrigados ao pagamento dos tributos. É uma receita derivada. Artigo 3º, CTN Prestação Compulsória Prestação Compulsória Instituída por LEI Tributo é obrigação ex lege, ou seja, para que seja exigido legitimamente, torna-se necessário que a lei o estabeleça com antecedência. Reflexo do Princípio da Legalidade. Instituição de tributos só por LEI ORIDINÁRIA LEI COMPLEMENTAR MEDIDA PROVISÓRIA Artigo 3º, CTN Instituída por LEI NÃO HÁEXCEÇÃO A prestação que origina o tributo não constitui sanção de ato ilícito, já que o tributo é cobradas em decorrência de um FATO GERADOR. TRIBUTO MULTAS (caráter sancionatório = decorre de um ilícito que pode ser penal, administrativo, tributário) Artigo 3º, CTN Que não seja resultado de Sanção Artigo 3º, CTN ATO ADMINISTRATIVO VINCULADO é aquele exercido por autoridade administrativa em observância à estrita lei. Assim, no advento do fato gerador deve ser o crédito tributário devidamente constituído e cobrado. A AUTORIDADE ADMINISTRATIVA não pode decidir pela conveniência e oportunidade da exação fiscal. Reflexo do Princípio da Indisponibilidade do Interesse Público. Exigido mediante ato administrativo vinculado Artigo 145, CF/88 Art. 145. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão instituir os seguintes tributos: I - impostos; II - taxas, em razão do exercício do poder de polícia ou pela utilização, efetiva ou potencial, de serviços públicos específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte ou postos a sua disposição; III - contribuição de melhoria, decorrente de obras públicas. § 1º Sempre que possível, os impostos terão caráter pessoal e serão graduados segundo a capacidade econômica do contribuinte, facultado à administração tributária, especialmente para conferir efetividade a esses objetivos, identificar, respeitados os direitos individuais e nos termos da lei, o patrimônio, os rendimentos e as atividades econômicas do contribuinte. § 2º As taxas não poderãoter base de cálculo própria de impostos. IMPOSTOS TAXAS EMPRÉSTIMO COMPULSÓRIO CONTRIBUIÇÕES ESPECIAIS CONTRIBUIÇÃO DE MELHORIA T R R I P A R T I D A P E N T A P A R T I D A TEORIA TRIPARTIDA Também conhecida como Teoria TRIPARTITE ou TRICOTÔMICA. Tal corrente, se lastreia na redação da CF (art. 145) e do CTN (art.5) Existem 3 espécies tributárias O STF adotou a TEORIA PENTAPARTIDA (ou PENTAPARTITE) das espécies tributárias. Existem 5 espécies tributárias Corrente Pentapartida (STF) IMPOSTOS IMPOSTOS TAXASCorrente Pentapartida (STF) IMPOSTOS TAXAS CONTRIBUIÇÃO DE MELHORIA Corrente Pentapartida (STF) IMPOSTOS TAXAS CONTRIBUIÇÃO DE MELHORIA EMPRÉSTIMO COMPULSÓRIO Corrente Pentapartida (STF) IMPOSTOS TAXAS CONTRIBUIÇÃO DE MELHORIA EMPRÉSTIMO COMPULSÓRIO CONTRIBUIÇÕES ESPECIAIS Corrente Pentapartida (STF) IMPOSTOS TAXAS CONTRIBUIÇÃO DE MELHORIA EMPRÉSTIMO COMPULSÓRIO CONTRIBUIÇÕES ESPECIAIS tributosfinalísticos Corrente Pentapartida (STF) Disciplinada pela Constituição Federal; Delimita os poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios (entes políticos/entes com poderes legislativos) na instituição das leis que instituem tributos. Ou seja, é poder que detem os entes federativos de criar tributos por meio de leis. Ao analisar a figura da COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA, podemos dividi-la em 2 grandes figuras: a) COMPETÊNCIA PARA LEGISLAR b) COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA É CONCORRENTE (art. 24 da CF) A Constituição Federal não cria tributos, ela dá competência tributária para os entes federativos (União, Estados, Distrito Federal e Municípios) criarem seus tributos (art. 153 a 156 da CF). Logo, os entes de federativos se valendo da competência dada pela Carta Magna criam tributos por meio de lei. Assim, recebido o poder de tributar (competência tributária para instituir tributos), deve o ente federativo, para exercê-la, legislar. A) COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA PARA LEGISLAR Logo, no âmbito da legislação concorrente, a competência da União limita-se a estabelecer normas gerais em direito tributário, o que não exclui nem a competência suplementar dos Estados e do Distrito Federal nem a competência dos Municípios para legislar sobre assuntos de interesse local. Isto é, os Estados, o Distrito Federal, os Municípios e a própria União não podem ferir as competências constitucionais, os princípios constitucionais em matéria tributária. A) COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA PARA LEGISLAR A COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA possui 4 grandes características dos tributos: 1) LEGISLAR indelegável 2) INSTITUIR 3) FISCALIZAR delegável 4) ARRECADAR B) COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA A COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA possui 4 grandes características dos tributos: 1) LEGISLAR indelegável 2) INSTITUIR 3) FISCALIZAR delegável 4) ARRECADAR B) COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA F A L I i s c a l i z a r a r r e c a d a r e g i s l a r n s t i t u i r 1) INDELEGABILIDADE: os entes federativos não podem delegar as características de legislar e instituir tributos, podendo tão somente delegar as características de fiscaliza- los e arrecadá-los. A principal função de legislar que encabeça a competência tributária não pode ser repassa pelo ente nem mesmo por força de lei, bem como a função de instituir que é poder atribuído pela própria CF, e sendo assim, somente o próprio texto constitucional, se alterado, poderia provocar eventual alterações da competência. 2) IRRENUNCIABILIDADE: os entes federativos não podem renunciar a competência tributária de instituir tributos por meio de lei. CARACTERÍSTICAS DA COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA 3) INCADUCABILIDADE: não há prazo determinado para que a competência tributária seja exercida. Tem-se, portanto, que o exercício da competência tributária, ainda que por prolongado tempo, não tem a possibilidade de impedir que a pessoa política venha ao final criar o tributo que lhe foi constitucionalmente atribuído. 4) FACULTATIVIDADE: A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios são livres para exercitar sua competência tributária, podendo assim criar ou não os tributos que a constituição os outorgou. O não exercício da competência tributária não tem o condão de transferi-lá a outras pessoas políticas. Isso porque, ligada à característica da facultatividade da competência tributária temos a sua indelegabilidade. CARACTERÍSTICAS DA COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA 1) COMPETÊNCIA COMUM: é a competência para instituir Taxas e Contribuições de Melhoria, cuja a instituição qualquer dos entes federativos pode concretizar. Isto é, as taxas e contribuições de melhoria podem ser instituídas pela União, Estados, Distrito Federal e Municípios. Exemplo: A União pode cobrar uma taxa para conservação de um parque nacional, o Estado, uma taxa semelhante para a conservação de um parque estadual e o Município para a conservação de um parque municipal. TIPOS DE COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA 2) COMPETÊNCIA PRIVATIVA: É a atribuição, com exclusividade, dada pela Constituição Federal aos entes federativos, para criar um determinado tributo. Diante disso, conclui-se que a competência privativa ocorre nos casos em que um ente federativo é o único com possibilidade de instituir determinado tributo, não compartilhando essa faculdade com outros entes federativos. A competência para instituir impostos é privativa/exclusiva do ente federativo, de acordo com o art. 153 da CF. Exemplo: Compete privativamente a União instituir : II, IE, IPI, IOR, IR, ITR, IGF, bem como os Impostos Residuais e o Imposto Extraordinário de Guerra. Além dos impostos compete privaticamente a União institui Empréstimos Compulsórios, Contribuições Sociais, CIDE, Contribuições Cooperativas. TIPOS DE COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA 3) COMPETÊNCIA CUMULATIVA: é o acúmulo de competências em único ente em razão de determinado contexto previsto constitucionalmente. A competência cumulativa se refere à aptidão da União, de criar tributos em Territórios Federais, e à aptidão do Distrito Federal, de instituir os impostos atribuídos à competência dos Estados e Municípios. Este tipo de competência encontra-se previsto no art. 147 da CF, vejamos: “CF: Art. 147. Competem à União, em Território Federal, os impostos estaduais e, se o Território não for dividido em Municípios, cumulativamente, os impostos municipais; ao Distrito Federal cabem os impostos municipais.” TIPOS DE COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA 4) COMPETÊNCIA RESIDUAL: é o aquela prevista no art. 154, I, CF, outorgada a UNIÃO, por meio da qual esta poderá, mediante LEI COMPLEMENTAR, criar impostos novos, que não tenham sido previstos pelo texto constitucional. Todavia, para que possam ser realmente considerados residuais, é indispensável que sejam respeitados os seguintes itens: (i) possuam base de cálculo e fato gerador distintos dos impostos já existentes, (ii) seja respeitado o Princípio Constitucional Tributário da Não Cumulatividade, (iii) criação por lei complementar. Por força do art. 195,§ 4º da CF, a competência residual também poderá ser utilizada pela União para instituição de novas fontes detinadas a garantir a manutenção da expansão da seguridade social. Assim, a competência residual não abarca somente a criação de novos impostos como também de novas contribuições e da mesma forma , com contribuições novas, é necessário que possuam base de cálculo e fato gerador diferentes das demais contribuições existentes. TIPOS DE COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA Não se confunde com competência tributária. É a capacidade de figurar no polo ativo da da relação jurídica obrigacional tributária ou o poder de COBRAR, EXIGIR e FISCALIZAR o tributo. Exemplo: O INSS é uma autarquia federal com o poder de arrecadar e fiscalizar algumas contribuições sociais, mas isso nã significa que possui "competência" relativa a tais tributos,que continua sendo exclusiva da União. Tem como características: (i) DELEGABILIDADE, (ii) ATRIBUIÇÃO NÃO LEGISLATIVA, (iii) PRIVILÉGIOS PROCESSUAIS, (iv) ATRIBUIÇÃO REVOGÁVEL, (v) ATRIBUIÇÃO A PESSOA JURÍDICA DE DIREITO PRIVADO. CAPACIDADE TRIBUTÁRIA ATIVA CAPACIDADE TRIBUTÁRIA ATIVACAPACIDADE TRIBUTÁRIA ATIVA COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA TAXAS DIFERENÇA ENTRE Poder para INSTITUIR TRIBUTO; ATRIBUIÇÃO LEGISLATIVA; INDELEGABILIDADE. Titularidade: União, Estados, DF, Municípios; Poder para COBRAR, EXIGIR, FISCALIZAR, ARRECADAR; ATRIBUIÇÃO EXECUTIVA ou ADMINISTRATIVA; DELEGABILIDADE; Titularidade: Qualquer pessoa jurídica de direito público que receba DELEGAÇÃO ente competente. IPTU Impostos Nominados (Art. 145, I, CF + 153, CF + 155, CF + 156, CF) IPTU Impostos Nominados (Art. 145, I, CF + 153, CF + 155, CF + 156, CF) Impostos Residuais (Art. 154, I, CF) IPTU Impostos Nominados (Art. 145, I, CF + 153, CF + 155, CF + 156, CF) Impostos Residuais (Art. 154, I, CF) Imposto Extraordinário de Guerra (Art. 154,II, CF) IMPOSTOS Somente a UNIÃO FEDERAL tem competência para instituir novos impostos (e contribuições) não especificamente previstos na Constituição. Vejamos: Art. 154. A União poderá instituir: I - mediante lei complementar, impostos não previstos no artigo anterior, desde que sejam não-cumulativos e não tenham fato gerador ou base de cálculo próprios dos discriminados nesta Constituição; (....)". IMPOSTOS RESIDUAIS REQUISITOS para sua instituição: 1) Sejam NÃO CUMULATIVOS; 2) Por meio de LEI COMPLEMENTAR; 3) Não tenham FATO GERADOR ou BASE DE CÁLCULO próprios dos dicriminados na CF; IMPOSTOS RESIDUAIS A UNIÃO, na iminência ou no caso de guerra externa, possui competência tributária para instituir este imposto extraordinário, compreendidos ou não em sua competência tributária. Vejamos: “ Art. 154. A União poderá instituir: (...) II - na iminência ou no caso de guerra externa, impostos extraordinários, compreendidos ou não em sua competência tributária, os quais serão suprimidos, gradativamente, cessadas as causas de sua criação. (...)” IMPOSTO EXTRAORDINÁRIO DE GUERRA COMPETÊNCIA PRIVATIVA/EXCLUSIVA da UNIÃO FEDERAL. É um imposto tão extraordinário que está vinculado à figura da guerra, ou seja, ele é vinculado a uma finalidade. Ora, o dinheiro arrecadado a título de Imposto Extraordinário de Guerra deve ser destinado a custear as despesas com a guerra. O inciso II do art. 154 da CF autoriza a bitributação, ou seja, a União poderá cobrar um Imposto Extraordinário de Guerra com o mesmo fato gerador e a mesma base de cálculo de outros impostos que já existem. Em outras palavras pode haver um segundo IR, um segundo ICMS, um segundo IPTU, um segundo IPVA. A bitributação ou bis in idem é uma figura vedada na nossa ordem vigente, todavia, nessas situações extraordinárias tais fenômenos acabam sendo admitidos, de acordo com interpretação que deflui da própria leitura do artigo supracitado. IMPOSTO EXTRAORDINÁRIO DE GUERRA TaxasTaxas TaxasTaxas Art. 145, II + §2º, CF e Arts. 77 a 79 do CTN TaxasTaxas Art. 145, II + §2º, CF e Arts. 77 a 79 do CTN Vinculado a uma atividade estatal TaxasTaxas Art. 145, II + §2º, CF e Arts. 77 a 79 do CTN Vinculado a uma atividade estatal Específico e Divisível TaxasTaxas Art. 145, II + §2º, CF e Arts. 77 a 79 do CTN Vinculado a uma atividade estatal Específico e Divisível Decorrente do poder de polícia TaxasTaxas Art. 145, II + §2º, CF e Arts. 77 a 79 do CTN Vinculado a uma atividade estatal Específico e Divisível Decorrente do poder de polícia Utilização efetiva ou potencial TaxasTaxas Art. 145, II + §2º, CF e Arts. 77 a 79 do CTN Vinculado a uma atividade estatal Específico e Divisível Decorrente do poder de polícia Não pode ter BC igual a de impostoUtilização efetiva ou potencial TaxasTaxas Art. 145, II + §2º, CF e Arts. 77 a 79 do CTN Vinculado a uma atividade estatal Específico e Divisível Decorrente do poder de polícia Não pode ser calculada com base no valor da empresa Utilização efetiva ou potencial Não pode ter BC igual a de imposto TaxasTaxas Art. 145, II + §2º, CF e Arts. 77 a 79 do CTN Vinculado a uma atividade estatal Específico e Divisível Decorrente do poder de polícia Não pode ser calculada com base no valor da empresa Utilização efetiva ou potencial Não pode ter Fato Gerador igual de imposto Não pode ter BC igual a de imposto “Art. 145. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão instituir os seguintes tributos: (...) II - taxas, em razão do exercício do poder de polícia ou pela utilização, efetiva ou potencial, de serviços públicos específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte ou postos a sua disposição; (...) § 2º As taxas não poderão ter base de cálculo própria de impostos.” “Art. 77. As taxas cobradas pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municípios, no âmbito de suas respectivas atribuições, têm como fato gerador o exercício regular do poder de polícia, ou a utilização, efetiva ou potencial, de serviço público específico e divisível, prestado ao contribuinte ou posto à sua disposição. Parágrafo único. A taxa não pode ter base de cálculo ou fato gerador idênticos aos que correspondam a imposto nem ser calculada em função do capital das empresas. (Vide Ato Complementar nº 34, de 1967)” TAXA é a remuneração pela contraprestação de um serviço público, específico e divisível, prestado de forma efetiva ou colocado à disposição do contribuinte (uso potencial) ou em razão do poder de polícia e que não tenha fato gerador ou base de cálculo própria de quaisquer dos impostos. Quem pode criar as taxas?Quem pode criar as taxas? Segundo o art. 145, II, CF, todos os entes da Federação: União, Estados, DF e Municípios têm competência para criação das taxas, por isso esse tributo é classificado como de COMPETÊNCIA COMUM. O que se deve observar é a necessidade de os entes instituírem de acordo com a competência administrativa que tiverem e obedecendo à necessidade dos serviços públicos criados/mantidos. Ou seja, a taxa é um tipo de tributo que REMUNERA A CONTRAPRESTAÇÃO DE SERVIÇOS PÚBLICOS, específicos e divisíveis, ou que decorram de poder de polícia, que sejam prestados de forma efetiva ou colocados à disposição do contribuinte e que não possuam nem fato gerador nem base de cálculo próprios de quaisquer dos impostos. Assim, conclui-se que a taxa é uma espécie de tributo que depende de atividade específica do Estado para existir, por ser um tributo IMEDIATAMENTE VINCULADO À AÇÃO ESTATAL. Logo, sem o exercício regular do poder de polícia ou a uma prestação de serviços públicos não há o que se falar em incidência de taxa. CARACTERÍSTICASCARACTERÍSTICAS As taxas têm por característica a RETRIBUIÇÃO. Seja em razão do Poder de Polícia, seja pelo serviço público (prestado ou potencial) Justamente por isso precisam ser específicas e divisíveis. Não é correto que alguém pague por um serviço sem que seja usuário/destinatário dele Taxa de Poder de Polícia Taxa de Serviço O Fato Gerador é o exercício regular do poder de polícia (FISCALIZAÇÃO) Serviços Públicos Específicos e Divisíveis Específicos = sei pelo que estou pagando Divisíveis = é possível determinar os usuários daquele serviço financiado pela taxa. Art. 78, CTN Art. 79, CTN TAXAS CONTRIBUIÇÃO DE MELHORIA TAXA DE POLÍCIA As taxas devidas em razão do exercício do Poder de Polícia também são chamadas de taxa de licença ou de licenciamento, tendo em vista que geralmente são devidas em razão de um pedido de licença (autorização) para o exercício de um direito ou atividade. Para melhor compreendermos as taxas de polícia, primeiramente precisamos aprender o conceito de Poder de Polícia, dada a sua importância, para compreensão da hipótese de incidência da espécie tributária em foco. TAXAS CONTRIBUIÇÃO DE MELHORIA TAXA DE POLÍCIA Art. 78,CTN: “Considera-se poder de polícia atividade da administração pública que, limitando ou disciplinando direito, interesse ou liberdade, regula a prática de ato ou abstenção de fato, em razão de interesse público concernente à segurança, à higiene, à ordem, aos costumes, à disciplina da produção e do mercado, ao exercício de atividades econômicas dependentes de concessão ou autorização do Poder Público, à tranquilidade pública ou ao respeito à propriedade e aos direitos individuais ou coletivos. (...)” TAXAS CONTRIBUIÇÃO DE MELHORIA TAXA DE POLÍCIA ”Parágrafo único. Considera-se regular o exercício do poder de polícia quando desempenhado pelo órgão competente nos limites da lei aplicável, com observância do processo legal e, tratando-se de atividade que a lei tenha como discricionária, sem abuso ou desvio de poder." TAXAS CONTRIBUIÇÃO DE MELHORIA TAXA DE POLÍCIA Segundo a doutrinadora Regina Helena Costa: “A atividade de polícia administrativa pode ser singelamente definida como a aplicação, pela Administração Pública, das limitações constitucionais e legais impostas ao exercício de direitos individuais, em benefício do interesse público, Cuida-se, portanto, de atividade de fiscalização, de controle do comportamento de particulares, visando a prevenção da ocorrência de danos ao interesse público. A taxa instituída com esse fundamento, objetiva remunerar o custo desta atividade estatal. (COSTA, Regina Helena. Curso de Direito Tributário,1ºed. São Paulo: Saraiva, 2009, p. 116) TAXAS CONTRIBUIÇÃO DE MELHORIA TAXA DE POLÍCIA Conforme o conceito trazido por Hely Lopes Meireles: “Poder de polícia é a faculdade de que dispõe a Administração Pública para condicionar e restringir o uso e gozo de bens, atividades e direitos individuais, em benefício da coletividade ou do próprio Estado”. (Hely Lopes Meirelles. Direito administrativo brasileiro.) TAXAS CONTRIBUIÇÃO DE MELHORIA TAXA DE POLÍCIA Assim, conclui-se que o poder de polícia, nada tem a ver com policiamento, mas sim com o PODER DE POLÍCIA no que tange à FISCALIZAÇÃO. Cuidado para não fazer esta confusão em seu estudo. TAXAS CONTRIBUIÇÃO DE MELHORIA TAXA DE SERVIÇO “CTN: Art. 79. Os serviços públicos a que se refere o artigo 77 consideram-se: I - utilizados pelo contribuinte: a) efetivamente, quando por ele usufruídos a qualquer título; b) potencialmente, quando, sendo de utilização compulsória, sejam postos à sua disposição mediante atividade administrativa em efetivo funcionamento; II - específicos, quando possam ser destacados em unidades autônomas de intervenção, de utilidade, ou de necessidades públicas; III - divisíveis, quando suscetíveis de utilização, separadamente, por parte de cada um dos seus usuários.” TAXA TAXAS CONTRIBUIÇÃO DE MELHORIA TAXA DE SERVIÇO O art. 79 do CTN prevê a possibilidade de cobrança de taxa de serviços pela utilização efetiva ou potencial, de serviço público específico, divisível e compulsório, prestado ao contribuinte ou colocado a sua disposição. Assim, para ensejar a cobrança da taxa de serviço, os serviços públicos precisam existir sendo ESPECÍFICOS e DIVISÍVEIS. Já a utilização pode ser EFETIVA ou POTENCIAL, mas o serviço precisa existir e ser mantido pelo Poder Público e colocado à disposição do contribuinte. Não pode ser instituída a taxa se não existir o serviço ou se não for prestado ou colocado à disposição do contribuinte. TAXAS CONTRIBUIÇÃO DE MELHORIA TAXA DE SERVIÇO Nas palavras do doutrinador Ricardo Alexandre: “A criação das taxas de serviço só é possível mediante a disponibilização de serviços públicos que se caracterizem pela divisibilidade e especificidade. Segundo o Código Tributário Nacional, os serviços são específicos quando possam ser destacados em unidades autônomas de intervenção, de utilidade ou de necessidade públicas; são divisíveis quando suscetíveis de utilização, separadamente, por parte de cada um dos seus usuários (art: 79, II e III).” (ALEXANDRE. Ricardo. Direito Tributário. 11. ed. Juspodivm: 2017, p. 65) TAXAS CONTRIBUIÇÃO DE MELHORIA TAXA DE SERVIÇO Portanto, a taxa precisa de especificidade e de divisibilidade (são requisitos cumulativos, em razão do vocábulo “E”, determinados pelo dispositivo legal, e não “ou”, de modo que não se tratam de requisitos alternativos). A TAXA, é um tributo que tem por hipótese de incidência uma atuação estatal diretamente relacionada com UM CONTRIBUINTE ou COM UM GRUPO DE CONTRIBUINTES (UTI SINGULI). Assim, os serviços remunerados mediante taxa são denominados pela doutrina de serviços UTI SINGULI em contraponto aos serviços remunerados mediante impostos que são conhecidos como serviços uti universi. Sobre serviços públicos universais (uti universi), não se pode incidir taxas de serviço, como exemplos temos: (i) segurança pública; (ii) limpeza pública; (iii) iluminação pública; (iv) asfaltamento. TAXA DE SERVIÇO Súmula Vinculante 19: “A taxa cobrada exclusivamente em razão dos serviços públicos de coleta, remoção e tratamento ou. destinação de lixo ou resíduos provenientes de imóveis, não viola o artigo 145, II, da Constituição Federal” Súmula Vinculante 41: "O serviço de iluminação pública não pode ser remunerado mediante taxa". Súmula Vinculante 29: "É constitucional a adoção no cálculo do valor de taxa de um ou mais elementos da base de cálculo própria de determinado imposto, desde que não haja integral identidade entre uma base e outra" PEDÁGIO É TAXAPEDÁGIO É TAXA?? “1. O pedágio cobrado pela efetiva utilização de rodovias conservadas pelo Poder Público, cuja cobrança está autorizada pelo inciso V, parte final, do art. 150 da Constituição de 1988, não tem natureza jurídica de taxa, mas sim de preço público, não estando a sua substituição, consequentemente, sujeita ao princípio da legalidade estrita. 2. Ação direta de inconstitucionalidade julgada improcedente” (STF, Pleno, ADI800, Rel. Min. Teori Zavascki, 06/2014) TAXA X PREÇO PÚBLICOTAXA X PREÇO PÚBLICO Os serviços públicos também podem ser remunerados por preços públicos (tarifas), mas não deve gerar uma confusão conceitual entre as taxas de serviço e os preços públicos. Ambos possuem caráter contraprestacional, remunerando uma atividade prestada pelo Estado. Em ambos os casos há a exigência de referibilidade, ou seja, há de ser possível a perfeita identificação do beneficiário do serviço, que é devedor da taxa ou do preço público. TAXA X PREÇO PÚBLICOTAXA X PREÇO PÚBLICO SÚMULA 545, STF Preços de serviços públicos e taxas não se confundem, porque estas, diferentemente daqueles, são compulsórias e têm sua cobrança condicionada à prévia autorização orçamentária, em relação à lei que as instituiu. CAPACIDADE TRIBUTÁRIA ATIVATARIFA ou PREÇO PÚBLICO TAXAS TAXAS DIFERENÇA ENTRE Enquadra-se no REGIME JURÍDICO DE DIREITO PÚBLICO; Éspécie de TRIBUTO (natureza tributária); Sujeição Ativa: ente público. Observa os Princípios Tributários, como é o caso do Princípio da Legalidade. Independe da vontade. COMPULSÓRIA; Exemplo: Taxa de Coleta de Esgosto. Enquadra-se no REGIME JURÍDICO DE DIREITO PRIVADO; NÃO é TRIBUTO (natureza contratual). Sujeição Ativa: ente público ou privado. Não necessita respeita os Princípios Tributários. Depende de vontade. FACULTATIVA (não compulsória); Exemplo: Tarifa de Telefonia. Contribuição deContribuição de MelhoriaMelhoria Contribuição deContribuição de MelhoriaMelhoria Art. 145, III, CF + 81 e 82, CTN Contribuição deContribuição de MelhoriaMelhoria Art. 145, III, CF + 81 e 82, CTN Decorre de Obras Públicas Contribuição deContribuição de MelhoriaMelhoria Para fazer face ao custo da obra Pública que resultou na valorização imobiliária Art. 145, III, CF + 81 e 82, CTN Decorre de Obras Públicas Contribuição deContribuição de MelhoriaMelhoriaPara fazer face ao custo da obra Pública que resultou na valorização imobiliária Só pode ser cobrado em caso de valorização imobiliária Art. 145, III, CF + 81 e 82, CTN Decorre de Obras Públicas Contribuição deContribuição de MelhoriaMelhoria Para fazer face ao custo da obra Pública que resultou na valorização imobiliária Só pode ser cobrado em caso de valorização imobiliária Art. 145, III, CF + 81 e 82, CTN Decorre de Obras Públicas Limite total: o gasto na obra Contribuição deContribuição de MelhoriaMelhoria Para fazer face ao custo da obra Pública que resultou na valorização imobiliária Só pode ser cobrado em caso de valorização imobiliária Art. 145, III, CF + 81 e 82, CTN Decorre de Obras Públicas Limite individual: o acréscimo no valor do imóvel Limite total: o gasto na obra Contribuição deContribuição de MelhoriaMelhoria Para fazer face ao custo da obra Pública que resultou na valorização imobiliária Só pode ser cobrado em caso de valorização imobiliária Art. 145, III, CF + 81 e 82, CTN Decorre de Obras Públicas Limite individual: o acréscimo no valor do imóvel União, Estados, DF e Municípios podem instituir Limite total: o gasto na obra Quem pode criar as Contribuições de Melhoria?Quem pode criar as Contribuições de Melhoria? Segundo o art. 145, III, CF, todos os entes da Federação: União, Estados, DF e Municípios têm competência para criação das contribuições de melhoria, por isso esse tributo é classificado como de COMPETÊNCIA COMUM. Art. 145. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão instituir os seguintes tributos: (...) III - contribuição de melhoria, decorrente de obras públicas. (...) Art. 81. A contribuição de melhoria cobrada pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municípios, no âmbito de suas respectivas atribuições, é instituída para fazer face ao custo de obras públicas de que decorra valorização imobiliária, tendo como limite total a despesa realizada e como limite individual o acréscimo de valor que da obra resultar para cada imóvel beneficiado. Art. 82. A lei relativa à contribuição de melhoria observará os seguintes requisitos mínimos: I - publicação prévia dos seguintes elementos: a) memorial descritivo do projeto; b) orçamento do custo da obra; c) determinação da parcela do custo da obra a ser financiada pela contribuição; d) delimitação da zona beneficiada; e) determinação do fator de absorção do benefício da valorização para toda a zona ou para cada uma das áreas diferenciadas, nela contidas; II - fixação de prazo não inferior a 30 (trinta) dias, para impugnação pelos interessados, de qualquer dos elementos referidos no inciso anterior; III - regulamentação do processo administrativo de instrução e julgamento da impugnação a que se refere o inciso anterior, sem prejuízo da sua apreciação judicial. § 1º A contribuição relativa a cada imóvel será determinada pelo rateio da parcela do custo da obra a que se refere a alínea c, do inciso I, pelos imóveis situados na zona beneficiada em função dos respectivos fatores individuais de valorização. § 2º Por ocasião do respectivo lançamento, cada contribuinte deverá ser notificado do montante da contribuição, da forma e dos prazos de seu pagamento e dos elementos que integram o respectivo cálculo. Art. 2º Será devida a Contribuição de Melhoria, no caso de valorização de imóveis de propriedade privada, em virtude de qualquer das seguintes obras públicas: I - abertura, alargamento, pavimentação, iluminação, arborização, esgotos pluviais e outros melhoramentos de praças e vias públicas; II - construção e ampliação de parques, campos de desportos, pontes, túneis e viadutos; III - construção ou ampliação de sistemas de trânsito rápido inclusive tôdas as obras e edificações necessárias ao funcionamento do sistema; IV - serviços e obras de abastecimento de água potável, esgotos, instalações de redes elétricas, telefônicas, transportes e comunicações em geral ou de suprimento de gás, funiculares, ascensores e instalações de comodidade pública; V - proteção contra sêcas, inundações, erosão, ressacas, e de saneamento de drenagem em geral, diques, cais, desobstrução de barras, portos e canais, retificação e regularização de cursos d’água e irrigação; VI - construção de estradas de ferro e construção, pavimentação e melhoramento de estradas de rodagem; VII - construção de aeródromos e aeroportos e seus acessos; VIII - aterros e realizações de embelezamento em geral, inclusive desapropriações em desenvolvimento de plano de aspecto paisagístico. Depende de ATUAÇÃO ESTATATAL ESPECÍFICA (obra pública que acarrete valorização imobiliária) para ser cobrada, sendo um tributo classificado como tributo vinculado, justamente por depender de uma atuação Estatal específica para sua instituição (diferente dos impostos) Nesse sentido, Regina Helena Costa ensina: O ENTE FEDERATIVO que realizou a obra visa recuperar, ao menos em parte, os gastos que efetuou junto àqueles que se beneficiaram (contribuintes) do resultado dessa atuação (valorização imobiliária). “constituindo, tal como a taxa, tributo vinculado a uma atuação estatal, por meio de contribuição de melhoria, a pessoa jurídica que realizou a obra visa recuperar, ao menos em parte, junto àqueles que se beneficiaram especialmente do resultado dessa atuação, o gasto que se efetuou.” (COSTA, Regina Helena. Direito Tributário Brasileiro. 1 ed., São Paulo: Saraiva, 2009, p. 124) O Código Tributário Nacional (CTN) em sua atribuição de instituir normas gerais em direito tributário, apresenta em seu art. 81, dois limites para o valor da cobrança da contribuição de melhoria: (i) LIMITE TOTAL: limita a cobrança do tributo ao valor da despesa realizada com a obra, vedando que o Estado arrecade valor superior ao seu custo. (ii) LIMITE INDIVIDUAL: limita a cobrança ao acréscimo do valor no imóvel do contribuinte beneficiado pela obra pública. EmpréstimosEmpréstimos CompulsóriosCompulsórios EmpréstimosEmpréstimos CompulsóriosCompulsórios Art. 148, CF EmpréstimosEmpréstimos CompulsóriosCompulsórios Art. 148, CFCompetência exclusiva da União EmpréstimosEmpréstimos CompulsóriosCompulsórios Só pode ser criado por LEI COMPLEMENTAR Art. 148, CFCompetência exclusiva da União EmpréstimosEmpréstimos CompulsóriosCompulsórios Só pode ser criado por LEI COMPLEMENTAR Para despesas extraordinárias (guerras / calamidades) Art. 148, CFCompetência exclusiva da União NÃO Obedece àAnterioridade EmpréstimosEmpréstimos CompulsóriosCompulsórios Só pode ser criado por LEI COMPLEMENTAR Para despesas extraordinárias (guerras / calamidades) Art. 148, CFCompetência exclusiva da União Investimentos Públicos de caráter urgente e de relevante interesse nacionalNÃO Obedece àAnterioridade Obed ece à Anter iorida de EmpréstimosEmpréstimos CompulsóriosCompulsórios Só pode ser criado por LEI COMPLEMENTAR Para despesas extraordinárias (guerras / calamidades) Art. 148, CFCompetência exclusiva da União Investimentos Públicos de caráter urgente e de relevante interesse nacional Empréstimo, pressupõe devolução NÃO Obedece àAnterioridade Obed ece à Anter iorida de EmpréstimosEmpréstimos CompulsóriosCompulsórios Só pode ser criado por LEI COMPLEMENTAR Para despesas extraordinárias (guerras / calamidades) Art. 148, CFCompetência exclusiva da União A aplicação dos recursos é vinculada à despesa Investimentos Públicos de caráter urgente e de relevante interesse nacional Empréstimo, pressupõe devolução Obed ece à Anter iorida de NÃO Obedece àAnterioridade EMPRÉSTIMOS COMPULSÓRIOS De investimento (art. 148, II) Extraordinários de calamidade publica ou guerra (art. 148, I) ART. 148, CF ART. 15, CTN EMPRÉSTIMOS COMPULSÓRIOS Art. 148. A União, mediante lei complementar, poderá instituir empréstimos compulsórios: I - para atender a despesas extraordinárias, decorrentes de calamidade pública, de guerra externa ou sua iminência;II - no caso de investimento público de caráter urgente e de relevante interesse nacional, observado o disposto no art. 150, III, "b". Parágrafo único. A aplicação dos recursos provenientes de empréstimo compulsório será vinculada à despesa que fundamentou sua instituição. ART. 148, CF ART. 15, CTN EMPRÉSTIMOS COMPULSÓRIOS A LEI COMPLEMENTAR é requisito e nela DEVERÁ constar: ◦A FINALIDADE; ◦PREVISÃO DE RESTITUIÇÃO. CONTRIBUIÇÕES Sociais Seguridade Social CIDE's De interesse das categorias profissionais ou economicas Iluminação Pública Gerais Nominadas Residuais Funcionalismo Público art. 149, primeira parte, e §§ 2º, 3º e 4º, CF art. 149, primeira parte, e §§ 2º, 3º e 4º c/c art. 195, I, II, III, CF art. 149, primeira parte, c/c art. 195, § 4º, CF Federal: arts. 40 e 149 Estadual, Municipal, Distrital: arts. 40 e 149, CF art. 149, segunda parte, e §§ 2º, 3º e 4º, CF art. 149, terceira parte, CF art. 149-A, CF “Art. 149 CF: Compete exclusivamente à União instituir contribuições sociais, de intervenção no domínio econômico e de interesse das categorias profissionais ou econômicas, como instrumento de sua atuação nas respectivas áreas, observado o disposto nos arts. 146, III, e 150, I e III, e sem prejuízo do previsto no art. 195, § 6º, relativamente às contribuições a que alude o dispositivo. (...)" SÃO 3 TIPOS DE CONTRIBUIÇÕES ESPECIAIS: 1) Contribuições Sociais; 2) Contribuições de Intervenção no Domínio Econômico (CIDE); 3) Contribuições de Interesse das Categorias Profissionais ou Econômicas; “Art. 149 CF: § 1º Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios instituirão contribuição, cobrada de seus servidores, para o custeio, em benefício destes, do regime previdenciário de que trata o art. 40, cuja alíquota não será inferior à da contribuição dos servidores titulares de cargos efetivos da União. (...) " “Art. 149 CF: § 2º As contribuições sociais e de intervenção no domínio econômico de que trata o caput deste artigo: I - não incidirão sobre as receitas decorrentes de exportação; II - incidirão também sobre a importação de produtos estrangeiros ou serviços; III - poderão ter alíquotas: a) ad valorem, tendo por base o faturamento, a receita bruta ou o valor da operação e, no caso de importação, o valor aduaneiro; b) específica, tendo por base a unidade de medida adotada. § 3º A pessoa natural destinatária das operações de importação poderá ser equiparada a pessoa jurídica, na forma da lei. § 4º A lei definirá as hipóteses em que as contribuições incidirão uma única vez." Diferentemente dos impostos (tributos não vinculados), as contribuições especiais POSSUEM VINCULAÇÃO, ou seja, elas existem para financiar algo específico que motivou sua criação. Assim, ao estudarmos as contribuições especiais, devemos sempre lembrar que elas possuem como principal característica: a finalidade para a qual são criadas. Por exemplo, a finalidade das contribuições sociais é o financiamento de atividades relacionadas à ordem social, que tem como objetivo o bem- estar e a justiça social (conforme previsão do art. 193 da CF) As CONTRIBUIÇÕES ESPECIAIS, salvo algumas exceções, são tributos de competência exclusiva da UNIÃO e possuem como principal característica a FINALIDADE PARA QUE FORAM CRIADAS. "Art. 195 CF. A seguridade social será financiada por toda a sociedade, de forma direta e indireta, nos termos da lei, mediante recursos provenientes dos orçamentos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, e das seguintes contribuições sociais: I - do empregador, da empresa e da entidade a ela equiparada na forma da lei, incidentes sobre: a) a folha de salários e demais rendimentos do trabalho pagos ou creditados, a qualquer título, à pessoa física que lhe preste serviço, mesmo sem vínculo empregatício; b) a receita ou o faturamento; c) o lucro; II - do trabalhador e dos demais segurados da previdência social, podendo ser adotadas alíquotas progressivas de acordo com o valor do salário de contribuição, não incidindo contribuição sobre aposentadoria e pensão concedidas pelo Regime Geral de Previdência Social; III - sobre a receita de concursos de prognósticos. IV - do importador de bens ou serviços do exterior, ou de quem a lei a ele equiparar. (...) Devida por pessoas jurídicas e empregadores É destinada a fundo específico Incide sobre Folha de Salários, Receita ou faturamento e Lucro Do Empregador e da Empresa: Art. 149, CF + Art. 195, I, CF Devida por Trabalhadores, Autônomos, Profissionais Liberais Incide sobre os salários e rendimentos Devida por pessoas jurídicas e empregadores É destinada a fundo específico Incide sobre Folha de Salários, Receita ou faturamento e Lucro Do Empregador e da Empresa: Art. 149, CF + Art. 195, I, CF Do Trabalhador e demais segurados: Art. 149, CF + Art. 195, II Devida por Trabalhadores, Autônomos, Profissionais Liberais Incide sobre os salários e rendimentos Incidente sobre concursos de prognósticos (loteria) Devida por pessoas jurídicas e empregadores É destinada a fundo específico Incide sobre Folha de Salários, Receita ou faturamento e Lucro Do Empregador e da Empresa: Art. 149, CF + Art. 195, I, CF Do Trabalhador e demais segurados: Art. 149, CF + Art. 195, II Sobre Concursos de prognósticos: Art. 149, CF + Art. 195, III Devida por Trabalhadores, Autônomos, Profissionais Liberais Incide sobre os salários e rendimentos Incidente sobre concursos de prognósticos (loteria) Incidente sobre importação de serviços e bens Devida por pessoas jurídicas e empregadores É destinada a fundo específico Incide sobre Folha de Salários, Receita ou faturamento e Lucro Do Empregador e da Empresa: Art. 149, CF + Art. 195, I, CF Do Trabalhador e demais segurados: Art. 149, CF + Art. 195, II Sobre Concursos de prognósticos: Art. 149, CF + Art. 195, III Sobre Importação: Art. 149, CF + Art. 195, IV Art. 149 , CF Art. 149 , CF Competência exclusiva da União Art. 149 , CF Cobrança atrelada à atividades vinculadas à ordem econômica (art. 170, CF) Competência exclusiva da União Art. 149 , CF Cobrança atrelada à atividades vinculadas à ordem econômica (art. 170, CF) Competência exclusiva da União Não tem FG previsto na CF, exceto CIDE- Combustíveis (art. 177, CF) Art. 149 , CF Cobrança atrelada à atividades vinculadas à ordem econômica (art. 170, CF) Competência exclusiva da União Busca intervir na ordem econômica Não tem FG previsto na CF, exceto CIDE- Combustíveis (art. 177, CF) Art. 149 , CF Cobrança atrelada à atividades vinculadas à ordem econômica (art. 170, CF) Competência exclusiva da União Busca intervir na ordem econômica Não tem FG previsto na CF, exceto CIDE- Combustíveis (art. 177, CF) Não in cide na s receit as dec orrent es de exp ortaçã o (149, I, CF) Art. 149 , CF Cobrança atrelada à atividades vinculadas à ordem econômica (art. 170, CF) Competência exclusiva da União Busca intervir na ordem econômica Não tem FG previsto na CF, exceto CIDE- Combustíveis (art. 177, CF) Não in cide na s receit as dec orrent es de exp ortaçã o (149, I, CF) Incide na importação d e produtos estrangeiros (149, II, CF) Contribuição de iluminação pública - cosip Contribuição de iluminação pública - cosip Art. 149-A Contribuição de iluminação pública - cosip Art. 149-A Competência exclusiva dos Municípios e do DF Contribuição de iluminação pública - cosip Art. 149-A Competência exclusiva dos Municípios e do DF Deve ser criada por lei Contribuição de iluminação pública - cosip Art. 149-A Competência exclusiva dos Municípios e do DF Deve ser criada por lei Destinado ao custeio da iluminação pública Contribuição de iluminação pública - cosip Art. 149-A Competência exclusiva dos Municípios e do DF Deve ser criada por lei Destinado ao custeio da iluminaçãopública Obedece as anterioridades Contribuição de iluminação pública - cosip Art. 149-A Competência exclusiva dos Municípios e do DF Deve ser criada por lei Destinado ao custeio da iluminação pública Obedece as anterioridades Pode ser cobrada na conta de energia elétrica Fato Gerador: É o fato da vida que a norma prevê como sendo um fato tributável! É a situação prevista em lei que, quando ocorre, faz nascer a obrigação Fato Gerador: É o fato da vida que a norma prevê como sendo um fato tributável! É a situação prevista em lei que, quando ocorre, faz nascer a obrigação Base de cálculo: Grandeza definida em lei que permite a aferir o montante a ser recolhido a título de tributol Fato Gerador: É o fato da vida que a norma prevê como sendo um fato tributável! É a situação prevista em lei que, quando ocorre, faz nascer a obrigação Base de cálculo: Grandeza definida em lei que permite a aferir o montante a ser recolhido a título de tributol A Base de cálculo deve sempre refletir o Fato Gerador Fato Gerador: É o fato da vida que a norma prevê como sendo um fato tributável! É a situação prevista em lei que, quando ocorre, faz nascer a obrigação Base de cálculo: Grandeza definida em lei que permite a aferir o montante a ser recolhido a título de tributol A Base de cálculo deve sempre refletir o Fato Gerador Alíquota: Valor Fixo ou [%] que, aplicada sobre a base de cálculo (R$) permite chegar no valor financeiro do tributo (moeda) Natureza Fiscal Natureza Extrafiscal Natureza Fiscal Natureza Extrafiscal Função arrecadatória Função não arrecadatória Visa intervir no mercado e regular economia Natureza Fiscal Função arrecadatória Visa garantir dinheiro para o Estado Natureza Extrafiscal Natureza Fiscal Natureza Extrafiscal Função arrecadatória Função não arrecadatória Visa garantir dinheiro para o Estado Natureza Fiscal Natureza Extrafiscal Função arrecadatória Visa garantir dinheiro para o Estado Visa intervir no mercado e regular economia Função não arrecadatória Professor Rubens Kindlmann @rubenskindlmann rubens@kindlmann.com.br Rubens Kindlmann Contatos Em caso de dúvidas não deixe de entrar em contatoEm caso de dúvidas não deixe de entrar em contato
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