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Físico-química aplicada à farmácia Aula 8: Cinética química – Parte II Apresentação As enzimas são substâncias do grupo das proteínas e atuam como catalisadores de reações químicas. Nesta aula, estudaremos como as enzimas atuam nas reações bioquímicas e que o mecanismo de uma reação é o caminho pelo qual uma reação se processa e descreve as várias etapas pelas quais ela passa. Veremos, ainda, qual é a etapa que determina a velocidade de uma reação e quais são os intermediários formados. Objetivos Descrever a atuação das enzimas como catalisadores bioquímicos; Explicar os mecanismos das reações e como eles se processam; Aplicar cálculos cinéticos sobre o mecanismo da degradação de fármacos. Catálise enzimática No interior das células ocorrem inúmeras reações químicas, cuja realização mantém os organismos vivos. Essas reações devem ocorrer a velocidades controladas para que a vida seja mantida. Muitas dessas reações dependem, para a sua realização, da existência de uma determinada enzima, que é uma molécula grande de proteínas com massas moleculares variando entre 10 mil e 1 milhão u. As enzimas apresentam alta seletividade nas reações que catalisam, onde algumas são especí�cas, e atuam somente para uma substância em uma única reação. Exemplo Como exemplo, temos a decomposição de peróxido de hidrogênio pela enzima catalase. Isso é importante, já que o peróxido de hidrogênio é fortemente oxidante, podendo ser �siologicamente perigoso. O sangue e os fígados dos mamíferos contêm a enzima, catalase, que catalisa a decomposição do peróxido de hidrogênio em água e oxigênio: A água oxigenada também é utilizada como um antisséptico, porque durante a sua decomposição pela catalase, ocorre o desprendimento do oxigênio da solução, que inibe o crescimento de alguns fungos e bactérias, evitando infecções, por impedir a proliferação desses microrganismos. 2 2 O +H2O2 − →−− catalase H2 O2 A enzima catalase é responsável pela formação de bolhas resultante da aplicação de água oxigenada em feridas. (Fonte: Shutterstock). Atenção As velocidades das reações que são catalisadas por enzimas chegam a aumentar as suas velocidades em 10 a 10 vezes quando comparadas às velocidades das reações não catalisadas, como, por exemplo, a nucleasse de esta�lococos que ocorre com 1,7x10 reações por segundo, na ausência de enzimas, e 95 reações por segundo na presença de enzimas. 6 12 -13 Classi�cação das enzimas As enzimas são classi�cadas de acordo com o tipo de reação que catalisam, como podemos observar na tabela a seguir que mostra os grupos das enzimas e os tipos de reações que elas catalisam. Hidrolases Termo geral para enzimas que catalisam a reação de clivagem hidrolítica. Nucleases Quebram ácidos nucleicos hidrolisando ligações entre os nucleotídeos. Proteases Quebram proteínas hidrolisando ligações entre aminoácidos. Synthases Nome geral usado para enzimas que sintetizam moléculas em reações anabólicas condensando duas moléculas menores. Isomerases Catalisam o rearranjo de ligações dentro de uma mesma molécula. Polimerases Catalisam reações de polimerização, como a síntese de DNA e RNA. Cinases Catalisam a adição de grupos fosfato às moléculas. Cinases de proteína são um importante grupo de cinases que unem grupos fosfatos às proteínas. Fosfatases Catalisam a remoção hidrolítica de um grupo fosfato de uma molécula. Oxido- Reductases Nome genérico para enzimas que catalisam reações em que uma molécula é oxidada enquanto a outra é reduzida. ATPases Hidrolisam ATP. Muitas proteínas com uma ampla gama de papéis têm uma atividade ATPase aproveitando a energia liberada nessa reação para desempenhar diferentes funções, como, por exemplo, proteínas motoras, como a miosina, e proteínas de transporte, como a bomba de sódio-potássio. Adaptado de Molecular Biology of the Cell, 4th edition Bruce Alberts, Alexander Johnson, Julian Lewis, Martin Raff, Keith Roberts, and Peter Walter. New York: Garland Science; 2002. Podemos mostrar como exemplo, a hidrólise da sacarose catalisada pela invertase: Chama-se de substrato a substância inicial, que é transformada na reação catalisada pela enzima. O mecanismo de ação, que é praticamente o mesmo para todas as enzimas, pode ser descrito como a seguir, onde a enzima forma um complexo com o substrato, a reação ocorre e obtém-se o produto. + → ES → +Enzima (E) Substrato (S) Produto (P) Enzima (E) É importante observar que, por ser um catalisador, a enzima é regenerada ao término do processo. Sítio ativo Embora a enzima seja uma molécula grande, a reação é catalisada em uma posição especí�ca da enzima, chamada de sítio ativo. A explicação para essa especi�cidade das enzimas pode ser feita pelo modelo de chave e fechadura, que diz que a especi�cidade de uma enzima (fechadura) e do seu substrato (chave) provém da complementaridade das respectivas formas. Este modelo está representado na �gura a seguir: De acordo com esse modelo, a especi�cidade ocorre pelo fato de o sítio ativo da enzima ter um formato complementar ao do seu substrato, promovendo um encaixe perfeito, da mesma forma que uma chave que se encaixa em certa fechadura. Esse encaixe facilita a modi�cação do substrato por parte da enzima, fazendo com que ele reaja mais rapidamente, formando os produtos da reação. Como a enzima é um catalisador ela não participa da reação e, depois da sua ação, ela se solta do substrato e se torna disponível outra vez. O modelo chave-fechadura não explica a interação das enzimas com inibidores e equivalentes dos substratos. Na década de 1950, foi proposto o modelo de encaixe induzido, no qual o substrato provoca uma mudança na conformação da enzima, permitindo que ela atinja a forma necessária para que o processo catalítico ocorra. Encaixe induzido. Atenção! Aqui existe uma videoaula, acesso pelo conteúdo online Atenção Acontece uma indução para que existam mudanças que permitam o reconhecimento do substrato. Essa modi�cação gerada na enzima pode ser passada para enzimas próximas, o que garante a e�ciência do processo. Esse é o modelo aceito hoje em dia. Grupos catalíticos Podemos classi�car os grupos catalíticos da seguinte forma: 1 Catálise geral ácido-base Ocorre por transferência de prótons. 2 Catálise covalente Ocorre a formação de ligação covalente transitória entre a enzima e o substrato. 3 Catálise por íons metálicos Os íons metálicos estabilizam os estados de transição. Cerca de 1/3 das enzimas usam íons metálicos nas reações catalíticas. Dica As enzimas, muitas vezes, usam as três estratégias de catálise descritas em conjunto. Fatores que in�uenciam a velocidade das reações enzimáticas Fatores como temperatura e pH alteram a atividade das enzimas e, consequentemente, a velocidade das reações por elas catalisadas, como veremos a seguir: pH Cada enzima possui um pH onde sua atividade é máxima (para a maioria das enzimas entre 4,5 e 8,0). Temperatura A velocidade das reações catalisadas por enzimas, aumenta com o aumento da temperatura, até que a sua velocidade máxima seja alcançada. Caso a temperatura ultrapasse o valor ótimo, a velocidade da reação começa a diminuir e ocorre a inativação das enzimas pela temperatura. Os medicamentos circulam pelo organismo, passando pelo fígado, onde as enzimas agem inativando as drogas ou modi�cando sua estrutura. Certas drogas alteram esse sistema enzimático, fazendo a inativação de outra droga ocorrer com maior ou menor velocidade. Pílulas (Fonte: Freepik). Exemplo Os barbitúricos aumentam a atividade enzimática no fígado. Drogas como a warfarina tornam-se menos e�cazes quando tomadas durante o mesmo período. Certas substâncias químicas presentes na fumaça do cigarro podem aumentar a atividade de algumas enzimas do fígado. Consequentemente, o fumo diminui a e�ciência de alguns analgésicos e também de medicamentos utilizados para doenças pulmonares, tais como a teo�lina. Os antibióticos cipro�oxacina e eritromicina são exemplos de drogas que diminuema atividade das enzimas hepáticas, prolongando a ação da teo�lina. Aplicação industrial de enzimas quando comparadas com catalisadores sintéticos. A imobilização das enzimas em substrato sólido, aprisionamento em gel ou uso de membrana semipermeável podem ser utilizados para facilitar o seu uso e remoção do meio reacional. A imobilização da enzima pode fazer com que a mesma se torne mais resistente a altas temperaturas e ao pH que antes da imobilização era impróprio para a sua atividade. Exemplo As enzimas apresentam grande número de aplicações na indústria farmacêutica, já que podem atuar em medicamentos que auxiliam a digestão, no desbridamento e cicatrização de feridas e na terapia anticâncer. A terapia enzimática apresenta limitações, como: Baixa potência e seletividade Regulação inadequada da atividade Instabilidade Imunogenicidade Altos custos de manufatura Mecanismos da reação O mecanismo de uma reação pode ser de�nido como o processo pelo qual uma reação ocorre. Ele descreverá a ordem na qual as ligações são rompidas e, posteriormente, formadas e, também, as variações nas posições dos átomos no decorrer da reação. Etapas elementares De acordo com a teoria das colisões, as reações ocorrem porque as moléculas dos reagentes colidem. Vamos tomar como exemplo a reação da isonitrila de metila (CH NC) para formar cianeto de metila (CH CN). Essa reação ocorre porque as colisões entre as moléculas do reagente CH NC podem fornecer energia, permitindo que ele se rearranje e forme o CH CN, como pode ser visto na �gura a seguir: 3 3 3 3 Como essa reação ocorre em uma única etapa, ela é chamada de etapa elementar. Como de�nimos a molecularidade? A molecularidade da etapa é de�nida pelo número de moléculas que participam como reagentes em uma etapa elementar, da seguinte forma: 1 Reação unimolecular Uma única molécula estar envolvida. 2 Reação bimolecular Duas moléculas se chocando. 3 Reação termolecular Três moléculas se chocando. Atenção As etapas termoleculares são processos que apresentam uma probabilidade de ocorrer muito menor do que os processos unimoleculares ou bimoleculares, e, portanto, raramente ocorrem. A chance de quatro ou mais moléculas se chocarem simultaneamente com alguma regularidade é praticamente nula e, dessa forma, essas colisões nunca são consideradas em um mecanismo de reação. Mecanismos de várias etapas Geralmente uma reação química ocorre por um mecanismo de várias etapas, que consiste de uma sequência de etapas elementares, e que não são representadas em uma equação química. Veremos alguns exemplos a seguir. Clique nos botões para ver as informações. Exemplo 1 Considere, por exemplo, a reação de e : Esta reação ocorre em duas etapas, como pode ser visto a seguir: Em temperaturas menores do que 225 ºC, essa reação ocorre em duas etapas elementares, onde cada uma é bimolecular. Na primeira etapa, duas moléculas de NO colidem e um átomo de oxigênio é transferido de uma molécula para outra: o NO . Na segunda etapa, o NO formado se choca com uma molécula de CO, passando para ela um átomo de oxigênio, formando o CO . As etapas devem ser somadas para fornecer a equação química que represente o processo total. Nessa soma das etapas elementares, as moléculas, que são produtos em uma etapa e reagentes na outra, são intermediários da reação e devem ser cortadas: Após essa eliminação, a soma das etapas nos dá a equação: Observe que a soma das etapas elementares sempre deve corresponder à reação global. Uma das melhores formas de descartar um mecanismo proposto é mostrar que a soma das etapas elementares não é igual à reação global. Exemplo 2 Outro exemplo seria a reação de decomposição do ozônio em oxigênio. Mecanismo em uma etapa: duas moléculas de O colidem e rearranjam-se para formar três moléculas de O . Mecanismo em duas etapas: Na primeira etapa, ocorre, pela ação da radiação solar, a dissociação de uma molécula de O em um átomo de O e uma molécula de O . Na segunda etapa, o átomo O reage outra molécula de O para produzindo mais duas moléculas de O . Observe que o átomo de O neste mecanismo é um intermediário de reação, pois ele é produzido na primeira etapa e consumido na etapa posterior. Dessa forma, é possível cortar o O e somar as duas equações. Exemplos NO2 CO N (g) +CO(g) → NO(g) +C (g)O2 O2 N (g) +N (g) → N (g) +NO(g)O2 O2 O3 N (g) +CO(g) → N (g) +C (g)O3 O2 O2 2 3 3 2 N (g) + → +NO(g)O2 N (g)O2 N (g)O3 +CO(g) → +C (g)N (g)O3 N (g)O2 O2 N (g) +CO(g) → NO(g) +C (g)O2 O2 2 (g) → 3 (g)O3 O2 3 2 2 → 3 O3 O2 3 2 3 2 O+O3 − →−−− Radiação O2 O+ → 2O3 O2 +O3 − →−−− Radiação O O2 + →2 O O3 O2 →203 302 Eliminar os intermediários e somar as reações elementares para dar a reação total da reação é válido para qualquer mecanismo proposto. Avaliação do mecanismo de reação Ao avaliar um mecanismo de reação proposto, duas coisas devem ser veri�cadas: A soma das equações de reação elementar corresponde à reação global. A lei da velocidade para a reação global condiz com a velocidade de cada etapa elementar. Sempre que tivermos mais de um mecanismo possível, devemos veri�car se são con�rmados por dados experimentais. Por exemplo, caso um intermediário esteja presente em um mecanismo proposto, podemos tentar detectá-lo em uma mistura reacional. Caso não seja possível observar experimentalmente um intermediário esperado, este fato não deve excluir o mecanismo proposto, já que o intermediário pode estar presente em concentrações baixas demais para ser detectado. Leis de velocidade para etapas elementares Anteriormente, a�rmamos que as leis de velocidade de uma reação devem ser determinadas experimentalmente. Isso se deve ao fato de que: Cada reação é constituída por uma série de uma ou mais etapas elementares. As leis de velocidade e as velocidades relativas dessas etapas in�uenciarão a lei de velocidade como um todo. Logo, a lei de velocidade para uma reação deve ser determinada a partir de seu mecanismo. Dessa forma, devemos obter mecanismos de reação que levem às leis de velocidade que estejam de acordo com os dados experimentais. Clique nos botões para ver as informações. Como dito anteriormente, várias reações químicas ocorrem por mecanismos que envolvem mais de uma etapa elementar, em que cada uma tem sua própria constante de velocidade e energia de ativação. Muitas das vezes, uma das etapas é muito mais lenta do que as outras e a velocidade total da reação não pode ser maior do que a velocidade da etapa elementar mais lenta de seu mecanismo. Como a etapa mais lenta limita a velocidade total da reação, ela é chamada etapa determinante ou limitante da velocidade. No caso de a etapa mais lenta não ser a primeira reação, deve-se atentar para o fato de que as etapas mais rápidas levam a produtos intermediários que são consumidos na etapa lenta. Em qualquer caso, a etapa lenta da velocidade governa a lei de velocidade para a reação como um todo. Tomemos como exemplo a seguinte reação: A lei de velocidade determinada experimentalmente é igual à: Vamos considerar o seguinte mecanismo para esta reação: Etapa 1: Etapa 2: Como a etapa 2 é lenta, ela é a etapa determinante da velocidade. Logo, a velocidade de reação como um todo é governada pela lei de velocidade para a etapa 2: Observando esta lei, vemos que ela depende de um intermediário da reação, que, como sabemos, é instável e deve ser consumido ao longo da reação. Para eliminar esse intermediário da lei da velocidade, vamos igualar as duas velocidades das reações que compõe a etapa 1 (a reação direta e a inversa), que é uma etapa rápida e não determina a lei da velocidade: Isolando o , temos que: Substituindo essa relação na lei de velocidade, temos: Essa expressão é consistente com a lei de velocidade experimental e a constante de velocidade experimental k é igual à . /k-1. Para que qualquer princípio ativo dê origem a um produto de degradação, deve-se terem consideração a ocorrência de colisões e a reorganização molecular. Para que esta degradação ocorra, é necessária a presença da energia de ativação (Ea). Leis de velocidade para mecanismos de várias etapas Atenção! Aqui existe uma videoaula, acesso pelo conteúdo online 2NO+B → 2NO Brr2 V elocidade = [NO [B ]]2 r2 NO(g)+B (g) NOB (g) (rápida)r2 ⇌ k−1 K1 r2 NOB (g) + NO (g) 2NOB (g) (lenta)r2 → k2 r2 V elocidade = k [NOB ]. [NO]r2 =V1 V−1 K1 [NO]. [B ] = k− 1 [NOB ]r2 r2 [NOB ]r2 [NOB ] = [NO] [B ]r2 k1 k−1 r2 v = k [NOBr2]. [NO] V elocidade = k2 [NO] [B ] [NO] = k [B ]k1 k−1 r2 [NO] 2 r2 k2 k1 Atenção! Aqui existe uma videoaula, acesso pelo conteúdo online Equação de Arrhenius Já foi vista anteriormente a in�uência da temperatura na velocidade das reações, que está descrita na equação de Arrhenius (Eq. 1), cuja utilização permite determinar o efeito da temperatura na velocidade de degradação. É possível, dessa forma, prever a estabilidade de inúmeros fármacos, para uma temperatura normal de armazenamento, já que a energia de ativação é diretamente proporcional à estabilidade. Podemos escrever a equação de Arrhenius da seguinte forma: Essa equação pode também ser descrita para que o fator pré-exponencial se encontre calculado para uma temperatura de referência �nita, que é habitualmente a temperatura ambiente. A Tabela a seguir mostra o efeito da alteração da temperatura em 10°C na constante de velocidade, onde é possível observar que se a Ea do processo de degradação for de 10 kcal/mol, ocorrerá aumento da reatividade do fármaco em 1,76, mas, se houver aumento da Ea para 20 kcal/mol e de 10°C, a velocidade de degradação do fármaco aumenta 3,11 vezes. Ea (kcal/mol) 10 1,76 20 3,11 30 5,48 / (T1 = 20 °C, T2 = 30 °C)kT1 KT2 Os valores de Ea encontrados para a degradação de diversos fármacos se encontram entre 10 e 30 kcal/mol. A equação de Arrhenius apresenta limitações quando é utilizada para prever a estabilidade a velocidades de degradação muito rápidas, podendo apresentar resultados inválidos ou incorretos. Outra limitação é a determinação do intervalo de temperatura que pode ser aplicado nos estudos de estabilidade e onde a equação de Arrhenius é válida. Exemplo Como exemplos temos: Formulações que contenham proteínas possuem mecanismos complexos de degradação, que podem variar com diferentes temperaturas. Nesses casos, a utilização da equação de Arrhenius para prever a estabilidade não é aconselhada. Em preparações de insulina, em que é possível aplicar a equação de Arrhenius somente a determinadas temperaturas, foi veri�cado que a equação era válida entre 40°C e 60°C. Atividade 1. Certa reação química genérica é representada pela equação abaixo: A + 4 B → X + Y Ela é formada após a ocorrência de três etapas representadas a seguir: Reação I: A + 2 B → C + D (etapa lenta). Reação II: C + B → X. Reação III: D + B → Y (etapa rápida). Qual das alternativas abaixo contém a expressão da velocidade para essa reação? Adaptado de: Brasil escola. a) v = k.[A] .[B]2 b) v = k.[A].[B]2 c) v = k.[A].[B] d) v = k.[B]2 e) v= k [A]2 2. A bioluminescência é o fenômeno de emissão de luz visível por certos organismos vivos, resultante de uma reação química entre uma substância sintetizada pelo próprio organismo (luciferina) e oxigênio molecular, na presença de uma enzima (luciferase). Como resultado dessa reação bioquímica é gerado um produto em um estado eletronicamente excitado (oxiluciferina*). Este produto, por sua vez, desativa-se por meio da emissão de luz visível, formando o produto no estado normal ou fundamental (oxiluciferina). Ao �nal, a concentração de luciferase permanece constante. O esquema ilustra o mecanismo geral da reação de bioluminescência de vagalumes, no qual são formados dois produtos diferentes em estados eletronicamente excitados, responsáveis pela emissão de luz na cor verde ou na cor vermelha. O esquema ilustra o mecanismo geral da reação de bioluminescência de vagalumes, no qual são formados dois produtos diferentes em estados eletronicamente excitados, responsáveis pela emissão de luz na cor verde ou na cor vermelha. A partir das informações contidas no texto, é correto a�rmar que a enzima luciferase: Luciferina + Oxiluciferina* → Oxiluciferina + hO2 − →−−−− luciferase v(450−620nm) a) Aumenta a energia de ativação da reação global de formação da oxiluciferina. b) É um dos produtos da reação. c) É responsável pela emissão de luz. d) É o intermediário da reação, a partir do qual se originam os produtos. e) Atua como catalisador, pois interfere na reação sem ser consumida no processo. 3. Uma reação química hipotética é representada pela seguinte equação: A(g) + B(g) → C(g) + D(g) Ela ocorre em duas etapas: A(g) → E(g) + D(g) (Etapa lenta) E(g) + B(g ) → C(g) (Etapa rápida) A lei da velocidade da reação pode ser dada por: a) v = k.[A] b) v = k.[A].[B] c) v = k.[C].[D] d) v = k.[E].[B] e) v = k[E] . 4. Para inibir a ação de uma enzima, pode-se fornecer à célula uma substância que ocupe o sítio ativo dessa enzima. Para isso, essa substância deve: a) Estar na mesma concentração da enzima. b) Ter a mesma estrutura espacial do substrato da enzima. c) Recobrir toda a molécula da enzima. d) Ter a mesma função biológica do substrato da enzima. e) Promover a desnaturação dessa enzima. 5. Nos laboratórios químicos, a maneira mais frequente de ativar uma reação é fornecendo calor, que funciona como energia de ativação. Nos seres vivos, isso não é possível, pois se corre o risco de as proteínas serem desnaturadas. A estratégia desenvolvida pelos seres vivos para superar a barreira inicial das reações foi a utilização de: a) ATP. b) Enzimas. c) Hormônios. d) Glicose. e) Clorofila. Notas Título modal 1 Lorem Ipsum é simplesmente uma simulação de texto da indústria tipográ�ca e de impressos. Lorem Ipsum é simplesmente uma simulação de texto da indústria tipográ�ca e de impressos. Lorem Ipsum é simplesmente uma simulação de texto da indústria tipográ�ca e de impressos. Título modal 1 Lorem Ipsum é simplesmente uma simulação de texto da indústria tipográ�ca e de impressos. Lorem Ipsum é simplesmente uma simulação de texto da indústria tipográ�ca e de impressos. Lorem Ipsum é simplesmente uma simulação de texto da indústria tipográ�ca e de impressos. Referências ATKINS, P., PAULA, J., SMITH, D. Físico-química: fundamentos. 6. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2018. LEVINE, Ira. Físico-química. Rio de Janeiro: LTC, 2012 Próxima aula Coloides; Sistema coloidal Explore mais Pesquise na internet sites, vídeos e artigos relacionados ao conteúdo visto. Em caso de dúvidas, converse com seu professor online por meio dos recursos disponíveis no ambiente de aprendizagem.
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