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Medicamentos na Prática Clinica - Barros - 1ed-818

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pressão intracraniana, aumento das tran-
saminases, depressão do SNC, miose, ri-
gidez muscular, estimulação paradoxal do 
SNC, vasodilatação periférica, convulsão 
(em recém-nascidos). 
Interações. Fluconazol, itraconazol, ceto-
conazol, amiodarona, ritonavir, nelfinavir, 
nefazodona, isoniazida, eritromicina, cla-
ritromicina e verapamil podem aumentar 
a toxicidade da metadona. A metadona 
pode aumentar os níveis de fluoxetina, 
paroxetina, nefazodona, risperidona, ri-
tonavir, tioridazina, venlafaxina e antide-
pressivos tricíclicos. 
A associação com depressores do SNC 
(opioides, anestésicos gerais, barbitúri-
cos, sedativos e álcool) pode causar de-
pressão respiratória, hipotensão, sedação 
profunda ou coma. Barbitúricos, carba-
mazepina, fenitoína, primidona, rifampi-
cina, efavirenz, nevirapina e ritonavir po-
dem diminuir os níveis de metadona. Os 
efeitos serotonérgicos da selegilina estão 
aumentados, e o uso concomitante dessas 
duas drogas não é recomendado. 
Gestação e lactação. Categoria de risco 
CID na gestação (uso prolongado ou em , 
altas doses a termo). E secretado no leite 
materno, não recomendado na lactação. 
Comentários 
• Causa depressão do SNC, assim como 
diminuição da habilidade física e men-
tal, devendo seus usuários serem pre-
venidos para atividades que requeiram 
alerta mental. 
• Possui atividade de antagonismo do 
receptor NMDA, sendo um opioide in-
dicado para pacientes com dor neuro-
, . 
pat1ca. 
• Provoca constipação mais intensa do 
que os demais opioides. 
• Usar com cautela em idosos e na dis-
função pulmonar, hepática e renal. , 
• E necessário conhecimento do fármaco 
para titulação de dose, visto que a con-
centração plasmática estabiliza após 4 
Medicamentos na prática clínica 819 
a 7 dias (tempo de 4 a 5 meias-vidas). 
O esquema posológico deve ser ajus-
tado (aumentar espaçamento entre as 
doses após esse período) para evitar 
efeitos depressores no SNC. 
Morfina 
Nomes comerciais. Dimorf®, Dolo moff®, 
Morfenil®. 
Apresentações. Cps de 1 O e 30 mg; cps de 
30, 60 e 100 mg de liberação prolongada; 
solução oral gotas 10 mg/mL; amp de 1 
mL com 1 O mg/mL (para uso parenteral); 
amp de 1 mL com 0,2 mg/mL sem conser-
vante (para uso intratecal); amp de 2 mL 
com 1 mg/mL (para uso peridural). 
Usos. Dor de intensidade intensa aguda ou 
crônica, alívio da dor no infarto agudo do 
miocárdio (IAM) e da dispneia no edema 
agudo de pulmão; medicação pré-anesté-
sica; tratamento da dor pós-operatória via 
EV, SC, raquidiana ou peridural. 
Contraindicações. Pressão intracrania-
na elevada, depressão respiratória grave 
(na ausência de equipamentos para res-
suscitação e suporte ventila tório), crise 
asmática, íleo paralítico diagnosticado ou 
suspeito. 
Posologia 
Adultos 
• VO: 10-30 mg, a cada 4 horas ou a cada 
12 horas (para as formulações de libe-
ração controlada); 
• EV/SC/IM bolus: 2,5-15 mg/dose a 
cada 4 horas. Se necessário, titular a 
dose com 1-3 mg EV a cada 4-5 min 
e manter dose total titulada a cada 4 
horas. 
• EV/SC em infusão contínua: 0,8-10 
mg/h. 
• EV - analgesia controlada pelo pacien-
te (ACP): utiliza bombas de infusão 
especiais com programação para admi-
nistrar bolus conforme a demanda do 
paciente (0,5-3 mg a cada 5-20 min).

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