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SONDAS GÁSTRICAS E ENTERAIS
Conteúdo desta aula
Nesta aula, veremos os principais dispositivos para a realização da sondagem nasogástrica e
nasoentérica. Temos como objetivos primordiais:
•Definir o conceitos de nutrição enteral (NE), suas indicações e contraindicações;
• Levantar os materiais necessários e estreitar o passo a passo da execução técnica;
•Contextualizar a SAE no cuidado com cliente focado em sua segurança.
1
TIPOS DE 
DISPOSITIVOS
3
PRÓXIMOS 
PASSOS
INDICAÇÕES E 
CONTRAINDICAÇÕES
2
EXECUÇÃO
TÉCNICA
4
CUIDADOS DE 
ENFERMAGEM
5
DEFINIÇÃO
DE NE
1. Definição de Nutrição Enteral (NE)
1.1 Por definição da RDC 63/2000 a NE se define por:
Um alimento para fins especiais, com ingestão de nutrientes, que pode ser apresentado de forma
isolada ou combinada — de composição definida ou estimada, especialmente formulada e
elaborada para uso por sondas ou via oral, industrializada ou não — utilizado exclusiva ou
parcialmente para substituir ou complementar a alimentação oral em pacientes desnutridos ou
não, conforme suas necessidades nutricionais em regime hospitalar, ambulatorial ou domiciliar,
visando à síntese de manutenção de tecidos, órgãos e sistemas (BRASIL, 2000).
“Terapia de Nutrição Enteral (TNE): conjunto de procedimentos terapêuticos para manutenção ou
recuperação do estado nutricional do paciente por meio de NE (BRASIL, 2000)”.
2. Indicações e Contraindicações
As NEs podem ter dois tipos de apresentação para os fins de administração no cliente:
❑ Nutrição enteral em sistema aberto: requer manipulação prévia à sua administração, para uso
imediato ou atendendo à orientação do fabricante.
❑ Nutrição enteral em sistema fechado: industrializada, estéril, acondicionada em recipiente
hermeticamente fechado e apropriado para conexão ao equipo de administração.
(BRASIL, 2000)
Em ambas as situações se fará necessária a inserção de dispositivos de acesso que são tubos e/ou sondas
colocados diretamente no trato gastrintestinal para administração de nutrientes e/ou medicações.
(BEGHETTO; ASSIS; AZAMBUJA, 2014)
2. Indicações e Contraindicações
2.1 INDICAÇÕES E CONTRAINDICAÇÕES
O uso das NEs sempre é indicado a pacientes que possuem o TGI com preservação de suas funções 
havendo alguma incapacidade em modalidade total ou parcial para a ingestão de alimentos pela 
cavidade oral. (BEGHETTO; ASSIS; AZAMBUJA, 2014)
a) Indicações para o uso de dispositivos de nutrição enteral:
❑ Manejo alimentar em determinadas doenças crônicas e pós-cirúrgicas (face e pescoço);
❑ Descomprimir o estômago e remover gás e liquido;
❑ Desnutrição identificada;
❑ Lavar o estômago e remover as toxinas ingeridas;
❑ Diagnosticar os distúrbios de motilidade gastrintestinal entre outros;
❑ Administrar medicações e alimentos;
❑ Tratar uma obstrução;
❑ Comprimir um local hemorrágico (Sonda de Sengstaken-Blakemore);
❑ Aspirar conteúdo gástrico para análise.
(SMELTZER, 2010, p. 1042)
2. Indicações e Contraindicações
b) Contraindicações para o uso de dispositivos de nutrição enteral:
❑ Comprometimento hemodinâmico significativo;
❑ Colapso metabólico;
❑ Fístulas de elevado débito, dependendo de sua localização anatômica;
❑ Pancreatite (contraindicação relativa);
❑ Falência completa do trato intestinal;
❑ Ileus paraliticus;
❑ Diarreia persistente (contraindicação relativa);
❑ Vômito incontrolável;
❑ Passagem de sondas por via nasal em episódios de traumas de face.
(B. BRAUN, 2016)
3. Tipos de dispositivos
3.1 Sonda de Levin (nasogástrica)
❑ Possui uma luz única em tamanhos de 14 a 18 Fr. (fig. 1);
❑ Apresenta 125 cm de diâmetro;
❑ Possui indicação terapêutica de curto prazo 3-4 semanas;
❑ Medição: Ponta do nariz ao lóbulo da orelha e deste até o apêndice xifoide.
Fig.1 Sonda de Levin (BIOSANI, 2016, 2 telas).
3. Tipos de dispositivos
Fig.1 Sonda de Levin (BIOSANI, 2016, 2 telas).
3. Tipos de dispositivos
3.2 Sonda DobbHoff (nasoenteral)
❑ Possui dois lúmens (fio guia e injetor lateral para lavagem);
❑ Possui 50 a 150 cm de comprimento (fig. 2);
❑ Possui um fio guia;
❑ Possui na extremidade um peso metálico para facilitar a migração;
❑ Possui marcação radiopaca;
❑ Possui indicação terapêutica de curto prazo 3-4 semanas;
❑ Medição: ponta do nariz ao lóbulo da orelha até o apêndice xifóide e deste
até a cicatriz umbilical.
Fig.2 Sonda DobbHoff (CIRÚRGICA LUCENA, 2016, 2 telas)
3. Tipos de dispositivos
Fig.2 Sonda DobbHoff (CIRÚRGICA LUCENA, 2016, 2 telas)
AULA 5/6: SONDAS GÁSTRICAS, ENTERAIS E ENEMAS
A literatura corrobora com estes
dados ao relatar experiências
onde a introdução de um maior
comprimento de sonda fez com
que ela não progredisse para o
local esperado, o que foi
desencadeado pelo seu
enrolamento na região gástrica, o
retorno da sua ponta distal para
as regiões de risco, e a formação
de nós.
Conclusões: O estudo evidenciou
que o método para introdução de
SNG com maior comprimento não
garante o posicionamento mais
seguro no estômago.
https://proceedings.science/enfhesp/tra
balhos/maior-comprimento-de-sonda-
nasogastrica-nao-garante-localizacao-
adequada-relato-de-experiencia
Conclusão: Os métodos
EXU e NEX+XU oferecem
menor risco ao paciente,
quando comparados ao
método NEX. Na avaliação
da possibilidade de acesso
à região ideal, o método
EXU mostrou-se melhor
que o método NEX+XU. Os
dados permitem indicar o
método EXU para uso
clínico ao paciente adulto
que necessita da SNG de
alimentação
http://repositorio.unicamp.br/h
andle/REPOSIP/325017
Sistematização do Cuidar III
AULA 5/6: SONDAS GÁSTRICAS, ENTERAIS E ENEMAS
https://www.unicamp.br/uni
camp/ju/noticias/2017/12/1
2/enfermeira-desenvolve-
metodo-mais-seguro-para-
uso-de-sonda-de-
alimentacao
Podem ser de diferentes sítios de saída. A GEP é
estomacal sendo definida como gastrostomia
endoscópica percutânea. A JEP possui a localização
jejunal sendo definida como jejunostomia
endoscópica percutânea. (fig. 3)
3. Tipos de dispositivos
3.3 Gastrostomia (GEP ou JEP)
É um procedimento cirúrgico em que uma abertura é criada no estômago ou no jejuno com a finalidade
de administração de alimentos e líquidos. É aflorado através de procedimento cirúrgico um estoma onde
o dispositivo fica afixado em caráter permanente ou transitório (SMELTZER, 2005).
Fig. 3 Sonda tipo (SMELTZER, 205, p. 1056).
3. Tipos de dispositivos
4. Execução técnica
4.1 Sondagens Nasogástrica e Nasoenteral
a) Reunindo os materiais necessários:
❑ Bandeja (se houver);
❑ Toalha sobre o peito do paciente para caso de êmese;
❑ Sonda tipo Levin ou DobbHoff em calibre adequado;
❑ Seringa de 20 ml;
❑ Luvas de procedimento;
❑ Gel anestésico;
❑ Pacote de gaze estéril;
❑ Estetoscópio;
❑ Micropore /esparadrapo ou fixador próprio.
Fig. 5 Materiais para sondagem 
(BEGHETTO, 2014).
4. Execução técnica
b) Passo a passo da técnica:
❑ Reunir materiais;
❑ Lavar as mãos;
❑ Garantir a privacidade do cliente;
❑ Apresentar-se e explicar ao cliente o procedimento;
❑ Elevar a cabeceira do cliente 30 a 45°
❑ Proceder a medição e marcação do limite de inserção (Atenção – medição gástrica ≠ medição enteral);
❑ Lubrificar a narina e a ponta do dispositivo com gel anestésico;
❑ Introduzir a sonda no sentido cranial e, após, para trás e para baixo.
4. Execução técnica
❑ Solicitar ao cliente que realize movimentos de deglutição (quando cooperativo);
❑ Introduzir a sonda até o limite da marcação;
❑ Realizar a fixação do dispositivo (observar critérios de preservação da autoimagem do cliente);
❑ Proceder testes de averiguação de sua confirmação antes da administração de quaisquer 
alimentação ou líquidos;
❑ Retirar o fio guia (se DobbHoff);
❑ Registrar, no prontuário, a ocorrência ou não de complicações durante a realização do 
procedimento e dos testes à beira leito (BEGHETTO, ASSIS e AZAMBUJA, 2014).
4. Execução técnica
c) Medição e sinais de certeza:
De acordo com Smeltzer (2005), são sinais de certeza do posicionamento correto das sondas:
❑ A mensuração de seu comprimento;
❑ O exame visual do aspirado gástrico;
❑ A mediçãodo pH do aspirado (uso de medicações supressoras do Hcl, como o Omeprazol, podem 
comprometer a interpretação do resultado).
Também são importantes metodologias apontadas por Beghetto (2014):
❑ O método auscultatório (introdução de 20 ml de ar pela sonda e ausculta do ar em posição gástrica 
através do auxilio do estetoscópio (relatos de falsos positivos são registrados na literatura);
❑ A realização de RX (Padrão Ouro).
Nunca: Uso de copos com água para evidência de borbulhas.
4. Execução técnica
4.3 Alimentação por JEP ou GEP - (fig. 6)
a) Reunindo os materiais necessários:
❑Formula de alimentação; 
❑Seringa de 60 ml;
❑Gazes;
❑Micropore;
❑Bomba de alimentação com equipo adequado (se for prescrito durante 24 h);
❑Luvas de procedimento;
❑Água potável (Em casos de pacientes imunocomprometidos e desconhecimento da procedência da água 
opte pela água estéril).
4. Execução técnica
b) Passo a passo da execução da técnica:
❑Propicie privacidade e lave as mãos;
❑ Apresente-se e explique o procedimento ao cliente;
❑Avalie e monitore os sons intestinais;
❑Peça ao cliente para sentar ou eleve o decúbito em semifowler;
❑Calce as luvas de procedimento.
Fig. 6 Alimentação por JEP ou GEP 
(SMELTZER, 2005).
4. Execução técnica
❑ Meça previamente o resíduo gástrico;
❑ Permita que 30 ml de água fluam previamente no circuito;
❑ Administre a fórmula na temperatura ambiente;
❑ Avalie sinais de cólicas e diarreias;
❑ Após a administração lave o circuito com 30 a 60 ml;
❑ Guarde os materiais, lave as mãos e proceda o registro de enfermagem.
Obrigada !!!
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